MAGAZINE com poster
ConCept 508 peUGeot SpoRt enGIneeReD
NOVO ReNauLt CaPtuR Periodicidade: Mensal • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA • Ano V - Nº55 - JANEIRO 2020
ue q a t s e D Em
Entrevista Luís Miguel Rego
Honda Civic Type R FK8
Yamaha Ténéré 700
MONT’ALVERNE & CA., S.A. Rua Eduardo Soares Albergaria, 12 - Canada dos Valados - Relva Telefone: 296 305 700 | Email: montalverne@ilhaverde.com
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ENTREVISTA LUÍS MIGUEL REGO, BI-CAMPEÃO DOS AÇORES DE RALIS
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AZORES MOTORS SPORT
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AZORES REVIEW HONDA CIVIC TYPE R FK8 2019
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DESPORTIVOS CONCEPT 508 PEUGEOT SPORT ENGINEERED
BALANÇO CAR 2019
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NOVO RENAULT CAPTUR
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RODAS MÁQUINAS NISSAN JUKE
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CLÁSSICOS MORRIS MINOR 1000 TRAVELLER
EM DESTAQUE
26 YAMAHA TÉNÉRÉ 700 AZORES MOTORS
Propriedade:
Rua do Espírito Santo, 77 - r/c Esq. 9500-465 Ponta Delgada NIF: 513 281 070 Email: criativa.azores@gmail.com
962 370 110
Nº Registo: 126652 Depósito Legal: 391620/15
Diretora: Natacha Alexandra Pastor Editor: Carlos Costa Direção Comercial: Eduardo Andrade Sede da Redação/Editor: Rua Espírito Santo, nº 77 R/chão Esqº 9500-465 Ponta Delgada Sócio-gerente com mais de 5% do Capital: Carlos Costa Periodicidade: Mensal Tiragem: 3.000 exemplares Impressão: Coingra - Companhia Gráfica dos Açores Parque Industrial da Ribeira Grande - Lote 33 9600-499 Ribeira Grande
Design Gráfico e Paginação: Melissa Canhoto Fotografia: Carlos Costa e Pedro Couto Colaboradores: Clube Motard de São Miguel, Filipe Tavares, Bruno Botelho, Pedro Carreiro e Silva, Renato Carvalho. O uso e reprodução parcial ou total de qualquer conteúdo existente nesta revista é expressamente proibido. Os anúncios existentes nesta revista são da inteira responsabilidade dos anunciantes.
ESTATUTO EDITORIAL - A Revista RODAS Magazine é uma revista mensal de informação especializada no setor automóvel que oferece, quer através de textos quer de imagens, a mais ampla cobertura de assuntos, que se correlacionam com o Desporto automóvel, Desporto com e sem motor, de maior relevância que ocorram no mercado açoriano, com especial enfoque no mercado dos Açores. - A Revista RODAS Magazine é independente de qualquer poder político e económico. - A Revista RODAS Magazine pauta a sua ação em total cumprimento das normas éticas e deontológicas do Jornalismo português. - A Revista RODAS Magazine defende o pluralismo de opinião, respeita as crenças, ideologias políticas e religiosas, diferenças sociais e culturais, sem prejuízo de poder assumir as suas próprias posições. - A Revista RODAS Magazine identifica-se, como tal, com os valores da Democracia. - A Revista RODAS Magazine prosseguirá a sua linha de trabalho procurando a imparcialidade.
DR
Breves
TRÊS QUARTOS DOS CARROS AVALIADOS EM 2019 RECEBERAM NOTA MÁXIMA
NÚMERO DE MORTOS NAS ESTRADAS DIMINUIU O número de mortos nas estradas diminuiu 7% no ano passado em relação a 2018, totalizando 472, mas os acidentes rodoviários e os feridos graves aumentaram, segundo indicadores da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR). Os dados provisórios da sinistralidade e fiscalização rodoviária de 2019 dizem respeito a Portugal Continental e às vítimas mortais cujo óbito foi declarado no local do acidente ou a caminho do hospital.
RECORDE HISTÓRICO EM PORTUGAL NA INDÚSTRIA AUTOMÓVEL A indústria automóvel em Portugal fechou o ano de 2019 com um recorde histórico, algo que já era prevesível de acordo com a produção dos primeiros seis meses e tendo em conta as perspetivas. Assim atingiu-se as 346.688 unidades produzidas, mais 17,4% que no ano anterior. De acordo com nota da ACAP, a Europa continua a ser o mercado líder nas exportações dos veículos fabricados em território nacional – com 92,7% – com a Alemanha (23,3%), França (15,5%), Itália (13,3%), Espanha (11,1%) e Reino Unido (8,7%) a assumir as posições iniciais do ranking.
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De acordo com o Euro NCAP, em 2019 houve um número recorde de modelos a conseguir as ambicionadas cinco estrelas de segurança: 41 em 55. Audi A1, BMW 3 series, Mercedes-Benz CLA, Renault Clio, Subaru Forester, Tesla Model 3 (tanto em familiar como entre os eléctricos/híbridos) e Model X foram os melhores das suas classes.
FISCO VAI RESTITUIR IUC PAGO A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) vai restituir o IUC pago pelos proprietários de carros importados após 1 de julho de 2007, mas com primeira matrícula anterior a esta data. A legislação que entrou em vigor no dia 1 de janeiro deste ano passou a prever que daqui em diante os carros importados de outros países da União Europeia, com primeira matrícula anterior a julho de 2007, passam a pagar Imposto Único de Circulação (IUC) pelas regras e tabelas em vigor antes desta data, mas não havia ainda indicações sobre uma eventual devolução do valor pago em anos anteriores.
INSPEÇÕES A AUTOMÓVEIS MAIS CARAS Com a entrada do novo ano, o valor das inspeções periódicas obrigatórias a veículos motorizados (IPO) têm novas tarifas. As tabelas atualizadas, conforme documento já publicado em Diário da República, e com base na taxa de inflação medida pelo índice de preços no consumidor (sem habitação) em 2019, sofrem um agravamento de 0,25%, o que significa, no caso das inspeções normais, um acréscimo na ordem dos 8 cêntimos.
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em destaque
NOVO ReNauLt CaPtuR MaIs PeRsONaLIDaDe
Natacha Alexandra Pastor
Carlos Costa
O renault Captur teve um secesso incrível em portugal, desde o seu ano de lançamento. agora, a marca mostra um renovado Captur, que corre o sério risco de voltar a conquistar o consumidor.
Em relação à geração anterior, um Captur 11 centímetros mais comprido (e com mais dois centímetros de distância entre eixos), mas também com o novo design a contribuir para essa perceção, uma vez que as linhas são mais atléticas e expressivas, enquanto a linha de cintura da carroçaria é mais elevada. Ou seja, um Captur ainda mais SUV! Mas ainda no exterior não faltam imensos grandes detalhes que lhe conferem uma imagem estatutária e, ao mesmo tempo, algo irreverente.
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Os novos faróis 100% LED, em forma de “C”, na dianteira, assim como os originais novos faróis traseiros, igualmente em forma de “C”; bem como a nova grelha; os novos para-choques; as novas proteções; os vários elementos cromados e, claro, a pintura bi-tom da carroçaria são bons exemplos de um visual exterior cativante. Estão disponíveis quatro cores para o tejadilho, isto no caso da opção não recair na cor da carroçaria: Preto Estrela, Laranja Atacama, Cinzento Highland e Branco Alabastro. Para além disso, o novo CAPTUR também pode ser equipado com barras de tejadilho longitudinais, ou teto de abrir semi-panorâmico vidrado. O ambiente tecnológico impressiona, desde logo por culpa do imponente ecrã multimédia de 9,3 polegadas. Com acabamento brilhante anti-
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reflexo e posicionado na consola central, é em tudo idêntico o que equipa o Novo CLIO. Ou seja, é o maior do segmento e de toda a gama Renault, disponibilizando o sistema multimédia EASY-LINK, mais evoluído e muito mais intuitivo. A qualidade dos materiais e dos acabamentos é facilmente percetível. Os revestimentos macios estão presentes em várias zonas, nomeadamente no painel de bordo, na consola central e nos painéis das portas. A ergonomia é outro dos aspetos em que o novo CAPTUR evolui extraordinariamente, não faltando exemplos disso mesmo: o novo volante com mais funcionalidades, a nova manete da caixa de velocidades (mais curta e colocada em posição superior), as novas teclas tipo “piano”, os novos comandos da climatização colocados abaixo do ecrã central, assim como a democratização dos
comandos táteis ou a redistribuição das áreas para arrumação e transporte de objetos. Na consola central, passa a estar disponível uma área para o smartphone, com carregamento por indução. Ao nível da segurança as estreias na gama da Renault vão para a câmara 360º e o sistema de travagem ativa de emergência com deteção de ciclistas e peões. O que a juntar ao regulador e limitador de velocidade, à comutação automática das luzes de estrada/cruzamento, ao sistema de travagem ativa de emergência, ao alerta de ângulo morto, ao reconhecimento dos painéis de sinalização com alerta de excesso de velocidade, ao alerta de saída involuntária de via e assistente de manutenção de via, ao sistema de ajuda ao estacionamento dianteiro, traseiro e lateral, bem como à tecnologia Easy Park Assist, elevam a segurança.
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Destaques : O novo Captur surge com uma gama completa de motores a gasolina e diesel, com um intervalo de potências entre os 95 e os 155 cavalos. : 130 cavalos e 240 Nm de binário, pode ser associado a uma caixa manual de 6 velocidades ou à rápida e eficaz caixa automática EDC de 7 velocidades, de dupla embraiagem, com comandos por patilhas no volante. : Para tornar ainda mais especial a comercialização da nova geração do SUV líder do segmento, está disponível uma série limitada de 50 unidades, todas numeradas, designada Captur Edition One.
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criativaDESIGN criativaDESIGN criativaDESIGN
rodas mรกquinas
Nissan Juke DR
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CaRaCTeRÍsTiCas Transmissão Manual de 6 velocidades; Patilhas de mudanças no volante; Modo ecológico / Modo Sport; Seis airbags standard; Encostos de cabeça BOSE® Personal® Plus; Y-Beam de alta tecnologia; Tejadilho flutuante; Bancos aquecidos; Jantes de liga leve 19’’; Bancos desportivos MONOFORM; Écrã Advanced Drive-Assist de 7’’; Sistema inteligente anticolisão traseiro; Câmara de visão 360º inteligente; Identificador de sinais de trânsito; 117 Cv; 200Nm de binário máximo.
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entrevista
LuÍs MiGueL ReGO, Bi-CaMPeÃO DOs aÇORes De RaLis
“TeNHO uMa eQuiPa, FaMÍLia e aMiGOs FaNTÁsTiCOs”
Renato Carvalho Pela segunda vez consecutiva, Luís Miguel Rego venceu o Campeonato dos Açores de Ralis. O piloto do Team Além Mar fez equipa com o experiente navegador Jorge Henriques e utilizou um Skoda Fabia R5. Fora dos Açores, participou em duas provas do Campeonato Portugal Ralis.
Rodas Magazine – Qual o balanço que faz da última época? Luís Miguel Rego – O balanço é mais do que
positivo, alcançamos o nosso objetivo principal que era a conquista do Bicampeonato e o 15º título consecutivo para o Team Além Mar. Portanto, só podemos, enquanto equipa, estar orgulhosos de todo o trabalho que desenvolvemos ao longo da época.
Os resultados da primeira parte do campeonato foram menos positivos. A que se deveu?
Não considero que tenho sido menos positivo. Percebo a questão porque os 3 primeiros ralis
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Carlos Costa / Pedro Carreiro e Silva do ano não vencemos, comparando com os restantes 3 ralis da segunda parte do campeonato em que vencemos todos. Mas simplesmente não conseguimos materializar resultados que pareciam certos, por um conjunto de adversidades que foram surgindo na primeira parte do campeonato. Abrimos a época da melhor forma com um bom ritmo no Azores Rally, onde éramos os segundos melhores portugueses até sermos forçados a abandonar o rali por motivos físicos. Nas restantes duas provas (Rali Sical e o Rali Além Mar Ilha Azul) fomos sempre superiores e mais fortes, pois andamos sempre na frente, mas um furo e uma transmissão que cedeu ditou o nosso abandono no Rali Sical, um pião no penúltimo troço do Rali Além Mar Ilha Azul fez-nos perder uma vitória que parecia certa. Tudo isso faz parte dos ralis, e claro que nos ressentimos quando as coisas nos correm menos bem, mas felizmente tenho uma equipa, família e amigos fantásticos que não me deixam baixar os braços,
fazendo com que continue sempre focado no meu objetivo e no meu trabalho dia após dia.
A retirada do principal adversário, Bernardo Sousa, quando o mesmo era líder do campeonato, ‘’facilitou’’ a conquista do ceptro?
Não diria que facilitou, simplesmente mudou a nossa estratégia para as provas que faltavam até ao fim do campeonato. Até porque o Team Além Mar entra sempre para todas as provas com o intuito de vencer e a vinda do Diogo Gago em nada facilitou o nosso trabalho, pois mostrou uma grande adaptação aos nossos ralis, sendo logo desde início muito rápido. Gerimos as provas de uma forma inteligente para não cometer erros que nos pudessem hipotecar o campeonato, mas andamos sempre rápido.
Uma análise do estado actual do desporto automóvel nos Açores?
Acho que no momento com a presença de duas equipas a lutar pelo campeonato veio certamente aumentar a visibilidade e o interesse em acompanhar o mesmo. Agora não se resume tudo a duas equipas ou a dois pilotos, na minha opinião acho que, além de muitas outras coisas, faz falta um troféu de iniciação com custos controlados e acessíveis, que permita a entrada de jovens pilotos, pois são eles a geração futura do automobilismo nos Açores, e neste momento são muito poucos os pilotos jovens que vão aparecendo.
Qual a importância do Team Além Mar na sua carreira?
Na minha carreira tive/tenho 3 pilares fundamentais, só graças a eles é que foi possível iniciar-me e continuar a minha carreira nos ralis. O primeiro é a minha família representada pelo meu pai, foi ele o impulsionador da minha entrada no mundo dos automóveis e que muito lutou, proporcionou e ensinou para um dia alcançar o tão almejado título de Campeão de Ralis dos Açores. O segundo, a minha equipa e os elementos dela que me acompanham desde a minha primeira prova ainda nos Autocross quando tinha 11 anos de idade até aos dias de hoje. O meu terceiro pilar caminha comigo lado a lado desde os meus 18 anos, altura em que ingresso nos mundo dos ralis, o Team Além Mar, que confiou em mim, dando-me tempo e condições para poder ir evoluindo sem pressões ao longo dos últimos 10 anos, com o intuito de me preparar para um dia poder retribuir-lhes todo esse apoio com um título de Campeão de Ralis dos Açores, neste momento já lhes
consegui dar dois títulos, mas espero poder dar muitos mais.
Em 2019 esteve presente em duas provas do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR) fora dos Açores, qual o impacto a nível nacional global da participação de uma equipa açoriana?
É sempre um orgulho poder estar presente e competir entre os melhores pilotos nacionais e logo neste ano que passou que deve ter sido dos anos mais competitivos de sempre, tendo em conta a qualidade das equipas e pilotos presentes, o que faz com que seja um campeonato muito mediático e com um grande impacto publicitário sendo uma mais-valia para os Açores estarem presentes. Além disso permitiu-me enquanto piloto sair da minha zona de conforto, ver novas realidades e evoluir enquanto piloto. Portanto, a nossa passagem pelo CPR foi sem dúvida muito positiva.
Quais os objectivos para o ano de 2020?
Os objetivos é primeiramente defender o título de Campeão de Ralis dos Açores. Sabendo que será um campeonato muito disputado pois os nossos adversários também querem muito ser campeões, mas vamos continuar a trabalhar com a mesma dedicação, humildade e profissionalismo que nos caracteriza. No que diz respeito ao nosso regresso ao CPR, vamos tentar em 2020 ter mais algumas participações do que em relação a 2019, de forma a poder dar continuidade na aprendizagem e conhecimento de um dos campeonatos mais competitivos dos últimos tempos.
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AZORES MOTORS SPORTS
BALANÇO CAR 2019 TEXTO E FOTOS: PEDRO CARREIRO E SILVA
F
inalizado mais um Campeonato dos Açores de Rali e a dois meses de se iniciar um novo campeonato é hora de efetuar um balanço à época que termina. Ainda antes do início da época a grande novidade foi a tentativa por parte da FPAK em criar uma fase de terra e outra de asfalto no campeonato, com a inversão da ordem do Rali Sical e do Rali Ilha Azul, passando este para mês de abril, logo após o Azores Rallye, numa tentativa de reduzir alguns custos às equipas. Desta forma, o arranque da época deu-se em março no Azores Rallye, também com uma novidade, uma vez que para efeitos de classificação no CAR contava a classificação do final do segundo dia de prova. Desta forma os primeiros classificados foram Ricardo Moura/ António Costa, contudo esta prova foi a única em que participaram. Na 2ª posição ficou a dupla do Team Além Mar, Luís Miguel Rego/Jorge Henriques e na 3ª posição a equipa da Play Auto Açoreana Racing, Bernardo Sousa/Victor Calado. Nas 2RM, os irmãos Rodrigues, no seu Peugeot 208 R2, não deram hipóteses à concorrência e venceram a prova, foram secundados pela dupla Rafael Botelho/Rui Raimundo e em terceiros ficaram Ruben Santos/Nuno Pereira. No mês de abril foi para a estrada o Rali Ilha Azul que percorreu os magníficos troços de terra da ilha do Faial. Numa prova muito bem disputada no que diz respeito à luta pela geral, a vitória acabou por sorrir à dupla Bernardo Sousa/Victor Calado, após Rego/Henriques terem perdido muito tempo na penúltima especial o que os colocou no 2º lugar da geral, em 3º ficou a dupla “local” João Borges/Sandro Laranjo. Nas 2RM o destaque foi para o regresso da dupla Henrique Moniz/ Jorge Diniz, agora em Peugeot 208 R2, que após uma luta interessante com Botelho/Raimundo, acabaram por ficar em 3º lugar e a dupla do Citroen DS3 R3T a ficar com o 2º lugar da classe. Em 1º lugar e demonstrando um ritmo a todos os níveis notável, ficou novamente a dupla Ruben Rodrigues Estevão Rodrigues. A prova seguinte foi o Rali Sical, na ilha Terceira, que teve lugar no mês de junho. Mais uma prova com um
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início emocionante, Rego/Henriques tiveram um furo na 3ª PE, o que lhes fez perder algum tempo, contudo nunca baixaram os braços e recuperaram algum do tempo perdido ainda na parte da manhã. Quando se pensava que da parte da tarde iria haver luta pela vitória, a dupla do Team Além Mar é vítima de um problema mecânico e abandona a prova, com a vitória a sorrir à dupla da Play Auto Açoreana Racing, Sousa/Calado. No 2º lugar ficaram os irmãos Rodrigues que, apesar de não terem ninguém por perto, nunca baixaram o ritmo, vencendo desta forma também nas 2RM. No 3º lugar à geral ficou a dupla madeirense Filipe Pires/Vasco Mendonça. Nas 2 RM o 2º lugar ficou entregue à dupla Rafael Botelho/Rui Raimundo, e o 3º posto a Henrique Moniz/Jorge Diniz. Ainda antes da prova seguinte do CAR, veio a notícia que viria a manchar o campeonato deste ano o piloto da Play Auto Açoreana Racing, Bernardo Sousa, acusou positivo num controlo anti doping, ficando suspenso preventivamente e posteriormente castigado. Desta forma a escolha recaiu sobre o jovem algarvio Diogo Gago, que mantinha ao seu lado Victor Calado. O mês de agosto trouxe-nos o Rali de Santa Maria, que apesar de ter lugar na ilha do sol, foi pautado por condições atmosféricas adversas. Gago/Calado demonstraram um ritmo muito interessante ao longo de toda a prova, contudo um toque no final da prova obrigou-os a desistir entregando a vitória ao Team Além Mar. Na 2ª posição os suspeitos do costume, os irmãos Rodrigues, em mais uma prova exemplar, vencendo novamente entre as 2RM. Em terceiros da geral e segundos das 2RM ficaram Henrique Moniz/Jorge Diniz, com Rafael Botelho/Rui Raimundo a serem terceiros nas 2RM. Em setembro teve lugar na ilha Terceira o Rali Ilha Lilás, antes do início da prova veio a saber-se do cancelamento do Lotus Rali, o que trouxe várias condicionantes em termos de estratégias para a prova. No campo desportivo foi mais uma prova emocionante com as duas principais equipas a passar pela liderança, com Gago/Calado a mostrarem uma toada de ataque no
início da prova, com Rego/Henriques a controlar, mas a desferirem um ataque no final da prova que lhes permitiu levar a melhor com uma vantagem de 4,3 seg. Na luta pela 3ª posição acabaram por ser os irmãos Rodrigues a subir ao lugar mais baixo do pódio, vencendo também nas 2RM, deixando Henrique Moniz/Jorge Diniz na 2ª posição e Rafael Botelho/Rui Raimundo na 3ª posição desta classe. No mês de outubro foi a vez da caravana do CAR rumar à ilha montanha para o Rali do Pico. Com várias classes já com os campeões encontrados faltava saber quem seria a dupla campeã à geral, até podendo dar-se o caso de o campeão nos condutores ser de uma equipa e dos navegadores ser de outra. Diogo Gago/Victor Calado mantiveram um ritmo muito forte nas traiçoeiras estradas que circundam a montanha, mas voltaram a não ser consistentes e acabaram por desistir entregando desta forma a vitória na prova e no campeonato à dupla do Team Além Mar. Luís Miguel Rego/Jorge Henriques mostraram grande maturidade ao longo do campeonato, sabendo gerir as diversas circunstâncias, controlando o ritmo e atacando quando era necessário. Na prova, no 2º lugar à geral e 1º entre as 2 RM ficaram os irmãos
Rodrigues com 25,1 seg. de vantagem sobre Henrique Moniz/Jorge Henriques (3º à geral e 2º nas 2 RM) e 56,5 seg. de vantagem sobre Rafael Botelho/Rui Raimundo que após um Rali de Santa Maria menos conseguido vieram a subir e mostraram um andamento bastante consistente nesta prova. Desta forma e em termos de CAR à geral os campeões foram a dupla do Team Além Mar Luís Miguel Rego/ Jorge Henriques, após a segunda posição já não temos duplas, devido à situação do Bernardo Sousa, mas sim condutores e navegadores com classificações diferentes. Assim nos condutores a 2ª posição ficou entregue a Ruben Rodrigues e a 3ª a Rafael Botelho, que assim alcançou a sua melhor classificação de sempre à geral. Nos navegadores Victor Calado ficou em 2º lugar e Estevão Rodrigues em 3º. Nas 2RM a vitória foi para a dupla Ruben Rodrigues/Estevão Rodrigues, o 2º posto para Rafael Botelho/Rui Raimundo e o lugar mais baixo do pódio para Henrique Moniz/Jorge Diniz. Nos VSH o campeão foi Ruben Santos, o 2º lugar ficou entregue a Adalberto Correia e o 3º posto a Fábio Silva. Continuem atentos, 2020 promete ser um ano cheio de novidades.
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TEXTO: FILIPE TAVARES FOTOS: PEDRO CARREIRO E SILVA
HONDA CIVIC TYPE R FK8 2019
O
lá a todos! Desta vez trazemos até vós o novo Honda Civic Type R 2019, versão esta designada de FK8. Precisamente há um ano atrás tivemos a oportunidade de estar com a primeira unidade vinda para os Açores, na versão Tiago Monteiro, mas não fizemos um teste completo. Desta vez e tendo a oportunidade de testar esta unidade profundamente, agarramos a mesma. E o que dizer deste Civic Type R num primeiro contacto? Sendo esta unidade testada de cor preta, o carro transmite todo um lado agressivo, onde cada linha da sua carroçaria transporta-nos para o universo do mundo das corridas automóveis, e onde os pormenores em vermelho que nos ligam ao mundo R da Honda, se destacam no meio de vários pormenores. Aileron, jantes de 20’’, pneus de perfil baixo, grelhas de ventilação nas abas das rodas para arrefecimento do sistema de travagem entre muitos outros pormenores, visam tornar este Civic num carro que não passa despercebido com todo o seu ar musculado. Este design não agrada a qualquer um, pois todo o ar racing, faz parecer um carro de corridas em estrada, ou mesmo um carro alterado sendo alvo de olhares e mesmo registos fotográficos! Passando ao seu interior, sendo este agora mais refinado face às gerações anteriores, deparamo-nos com as backets desportivas em vermelho e preto, pormenores de acabamento imitando carbono, o famoso punho de mudanças em alumínio maciço, faltando apenas o travão de mão que fui substituído por um elétrico. A consola central cresceu, onde agora temos os modos de condução, e o sis-
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tema de infotainment é completamente novo! Relativamente à geração anterior FK2 (2015), nota-se perfeitamente uma evolução no melhoramento dos interiores, umas backets menos “agressivas” facilitando o entrar e sair do carro e onde a almofada de apoio à cabeça foi melhorada, e com o crescimento do carro nota-se que este ganhou algum espaço interior. O volante apesar de continuar a ter um excelente acabamento, não gostei apenas e isso já tinha visto na versão normal 1.6 diesel, dos botões do mesmo, pois estes têm um tato rígido, e que ao clicarmos faz um click irritante transmitindo falta de qualidade, espero que melhore na próxima geração. Nota muito positiva para a posição de condução, apesar de continuar alta, melhorou muito em relação à geração anterior. Passando à estrada, e sendo proprietário de um modelo 2016 em que faço dia-a-dia, logo nos primeiros metros, deparamo-nos com um carro mais bem comportado, em que toda a ajuda eletrónica torna este tranquilo, sem falsas reações, e com uma nota de escape diferente, mais rouca. Arranquei em modo Sport, e rapidamente apercebi-me que tudo estava diferente, era notório o melhoramento da suspensão, principalmente a traseira, não só no seu amortecimento, como no próprio conforto, não perdendo qualquer desempenho em curva. Outro dos pontos foram as descargas de turbo, que passaram a ser bem mais silenciosas, e ao acionarmos o modo de condução Confort, na cidade, ajuda imenso, com a suspensão ainda mais macia, e com a uma direção bem mais leve.
Passando ao modo R, de novo o Type R transforma-se, mas desta vez bem mais domável, onde todo o comportamento do carro é perfeito! Muitos vão dizer que o carro perdeu algum purismo, mas não acho, ganhei outra confiança que não tenho no meu actual FK2, devido a ser impulsivo, e muito mecânico, mesmo com todas as evoluções face a gerações anteriores. Nota positiva para a caixa de velocidades, que está cada vez melhor, isenta de vibrações, e onde cada passagem é feita de forma tão certinha e mecânica. Desta vez e finalmente neste carro, a Honda aplicou o auxílio de aceleração nas reduções da caixa de velocidades, tornando assim as reduções bem mais suaves e rápidas. Agora a pergunta que muitos vão fazer. Gostas mais do FK2 ou deste FK8? Se pudesse trocava pelo novo FK8,
principalmente pelas mudanças faladas acima, pois gostei muito da sensação de maior segurança, no entanto o FK2 e para quem procura um carro mais puro e duro, continua a fazer-nos viajar até aos modelos mais antigos. O único problema desta nova geração foi realmente os mais 10.000€ que a geração anterior, tornando o carro menos acessível e acima dos 50.000€. Recomendo vivamente este novo Honda Civic Type R 2019, e se ainda não o conheces de perto de que estás à espera? Obrigado à Rubestecar pela cedência desta viatura, e ao Ruben Rodrigues e Estevão Rodrigues pela grande colaboração connosco e reconhecimento pelo trabalho da Azores Motors. Esperemos voltar em breve com mais novidades! Até ao próximo teste.
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CLรกssiCos
Carlos Costa
MORRIS MINOR 1000 TRAVELLER
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Nos últimos anos, fiz um restauro muito significativo no veículo. Deixei-o ao cuidado de um mecânico, com conhecimentos, e acompanhei todo o processo, procurando as peças originais necessárias, quer na cidade do Porto, quer encomendando diretamente de Inglaterra. Foi feito um trabalho de recuperação que primou por recuperar muitas das peças originais, porque entendo que tem quem um carro de coleção não deve substituir as peças por outras parecidas, nem deve fazer alterações, que o diferenciem do original. Primeiro devemos optar pela recuperação de todas as peças. Foi esse o percurso deste carro, que está na minha posse há mais de 30 anos. Ele foi importado da
Bermuda, pelo meu pai. Chegou a São Miguel em 1974, e passou para mim em 1985. Um dos restauros importantes foi o da substituição das madeiras, que são características deste modelo. Foi um trabalho feito na ilha das Flores, recorrendo a cedro do mato, uma madeira altamente resistente. Todas as semanas tenho de zelar pelo meu Morris. Mantenho-o reservado numa garagem, devidamente resguardado. É essencial que um carro de coleção tenha certos cuidados. Naturalmente, que quando as pessoas o veem a circular nas estradas tendem a admirá-lo. Há quem o observe atentamente e tire fotografias. M.D.
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criativaDESIGN criativaDESIGN criativaDESIGN
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criativaDESIGN criativaDESIGN
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ConCept 508 peUGeot SpoRt enGIneeReD
R das magazine
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desportivos
Concept 508 PEUGEOT SPORT ENGINEERED
Os especialistas em engenharia da Peugeot Sport foram designados para desenvolver o Concept 508 Peugeot Sport Engineered, um derivado do radical Peugeot 508 HYBRID sedan, oferecendo alto desempenho com baixas emissões e padrões surpreendentes de desempenho, combinados com um design elegante e atlético. Os engenheiros da PEUGEOT SPORT associaram três motorizações – um bloco PureTech 200 e dois motores elétricos, com 110 cv à frente e 200 cv atrás – duas energias e quatro rodas motrizes, assegurando recuperações espetaculares, graças a um binário excecional de 500 Nm. Estas caraterísticas colocam as performances do Concept 508 PEUGEOT SPORT ENGINEERED no mesmo patamar de um veículo com motor térmico de 400 cv.
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Em modo Sport, as fontes de energia térmica e elétrica podem ser agregadas até 190 km / h, proporcionando uma aceleração impressionante nas marchas em todas as condições! A travagem foi adaptada para este nível de desempenho, com discos dianteiros ventilados de 380 mm. Montados numa estrutura em alumínio, possuem pinças fixas com quatro êmbolos (de 38 e 41 mm de diâmetro). O excelente chassis do novo PEUGEOT 508 recebeu afinações específicas – estrutura rebaixada, novas leis de amortecimento e vias alargadas com 24 mm à frente e 12 mm atrás – bem como uma direção ainda mais precisa, o que resulta em níveis acrescidos de eficácia e prazer de condução.
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AZORES MOTORS MOTORCYCLES
YAMAHA
Uma das novidades mais aguardadas do ano 2019 foi a Yamaha Ténéré 700, ou se preferirem, a T7. As primeiras imagens do protótipo e que marcavam o tão aguardado regresso da marca japonesa às motas de aventura puras geraram um enorme frenesim, ansiedade, desejo e inquietação, pois esta mota vinha a colmatar uma lacuna na Yamaha. Além disso, apresentava uma imagem verdadeiramente aventureira e cheia de caráter, com forte inspiração nas motas de rally raid, tendo este facto contribuído imensamente para a sua grande e imediata aceitação. É certo que antes da T7 e em anos mais recentes, a Yamaha teve na Ténéré 660 a sua mota de aventura mais pura, mas esta nunca se afirmou verdadeiramente ou oferecia especificações convincentes. Também tinham e ainda têm a Ténéré 1200, mas esta é grande, pesada e praticamente vocacionada para um mototurismo de estrada ou com incursões suaves e limitadas no fora de
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TEXTO: BRUNO BOTELHO FOTOS: PEDRO CARREIRO E SILVA
estrada. Portanto, havia um espaço por ocupar, que durante muitos anos foi ocupado pelas míticas e lendárias Super Ténéré 750 ou mesmo Ténéré 600 e 660. Estas motas possuíam um carisma muito forte, pois descendiam das motas que competiram na mítica prova Paris – Dakar, e que tantas vitórias ofereceram à Yamaha. Além disso, a própria Yamaha possui uma ligação muito especial às motas de aventura e inspiradas no Dakar, pois foi a 1ª marca a vencer a 1ª edição desta dura prova, em 1979 e através de uma XT 500, com Cyril Neveu aos seus comandos. E a ligação às areias do deserto é tão grande e forte que levou a Yamaha a apelidar de Ténéré as suas trail, como clara e direta alusão ao deserto do Ténéré. Por conseguinte, recaía sobre a nova Ténéré 700 uma grande responsabilidade, pois tinha não só uma grande herança a defender, como também tinha gerado muito
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expectativa. Posto isto, na Azores Motors também havia muita curiosidade em testar esta Ténéré 700. A oportunidade surgiu através de um amigo e seguidor do nosso trabalho, o Pedro Eleuterio, que gentilmente cedeu a sua T7 durante quase uma semana e praticamente sem restrições em termos de uso. Ou como diria o Pedro, “divirtam-se”. A T7 do Pedro já não estava de série, isto é, já contava com algumas alterações oriundas maioritariamente do catálogo de acessórios da Yamaha, nomeadamente uma ponteira de escape Akrapovic, suporte de matrícula, piscas em led, assento mais alto, proteção do tanque, elevadores/risers de guiador e pneus cardados, nomeadamente um Motoz na dianteira e um Mitas na traseira. Perante estas alterações, principalmente os pneus cardados, estavam reunidas as condições necessárias para explorar condignamente a T7 no fora de estrada, assim como retirar dela grandes doses de diversão. Em modo estático, esta T7 impressiona desde o primeiro momento, porque apresenta uma silhueta muito esguia, com dimensões muito contidas, ligeiras e onde a altura ao solo impressiona, ou seja, é uma mota realmente alta. E depois tem a já referida imagem geral de mota de rally raid, onde a secção dianteira marca definitivamente a identidade deste modelo. O painel de instrumentos é simples e espartano, oferecendo apenas a informação necessária e de forma legível. Passar a perna por cima da Ténéré não é tarefa fácil, especialmente para aqueles que tiverem uma altura abaixo do 1,80, pois tal como já mencionei, é uma mota muito alta, 875 mm de altura do assento. Uma vez sentados, somos brindados com uma posição de condução natural e descontraída, com as costas a ficarem direitas, braços naturalmente apoiados sobre o amplo guiador e pernas pouco dobradas ou recuadas. Todo o corpo fica relaxado, e o encaixe que este assento mais alto oferece junto ao depósito de combustível é muito bom. Os comandos são tipicamente japoneses, isto é, todos acessíveis e intuitivos, e os poisa pés são tipo rally, ou seja, após retirarmos a borracha de proteção e anti-vibração, são largos o suficiente e oferecem muito apoio em condução de pé e “grip” às botas. Ao premir o botão de start da T7 somos brindados com um som muito discreto, mas encorpado e muito parecido a um bicilindríco V, só que neste caso é um bicilindríco paralelo. O som ganha mais caráter e profundidade à medida que procuramos rotações mais elevadas, mas nunca chega a ser exagerado, visto que o Akrapovic que tinha montado é homologado e possui o restrictor de ruído obrigatório. Em todo o caso, trata-se de um motor muito conhecido,
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fiável e utilizado na famosa naked MT-07, que é somente a best seller da Yamaha na Europa. Um motor com tecnologia Crossplane, reconhecido por uma energia viciante e traquinas. Na prática e nesta reencarnação, produz cerca de 75 cv às 9,000 rpm e 68,0 Nm às 6,500 rpm. Em andamento este motor revela o porquê da escolha da Yamaha para a T7, ou seja, é de uma suavidade e progressividade assinaláveis, oferecendo um nível de controle e acessibilidade muito bons. Mas não se pense que não tem alma ou caráter, bem pelo contrário, assim que desejarmos e enrolarmos o punho direito com convicção, este motor responde com um nível de contundência muito interessante e impressionante para a sua cilindrada e potência. A partir das 2,000 rpm é possível abrir o acelerador sem qualquer cerimónia que este nos catapulta com relativa rapidez até quase ao corte rotação. Praticamente não se nota pontos fracos ao longo da faixa de rotação, e apenas notamos que não vale a pena continuar a puxar pelo mesmo após sensivelmente as 9,000 ou cerca de 9,500 rpm, altura em que já começa a perder fulgor. Além disso, notamos igualmente que este motor põe muita tração no chão, permitindo a tal rápida progressão no terreno. Mesmo em zonas mais parecidas a trialeiras, com muitas valas, buracos, drops, pedra rolante ou piso mole, a tração é sempre grande, e se formos suaves com o acelerador a tal suavidade e progressividade permite a T7 ultrapassar os obstáculos sem dificuldades de maior. Fiquei deveras apaixonado com o caráter deste motor no fora de estrada. No asfalto não impressiona tanto como no fora estrada, ou seja, continua a oferecer doses de energia muito boas e até nos permite atingir ritmos muito aceitáveis, ou simplesmente tranquilos e suaves, mas devido a todo o figurino estar vocacionado para a aventura, é lá que este realmente revela todas as suas valências e caráter. Numa situação ou outra no asfalto notei alguma falta de refinamento no acelerador, onde era notório alguma brusquidão quando deixávamos a rotação cair e voltávamos a abrir o acelerador. Os consumos também são muito bons, e numa utilização turística ou tranquila conseguimos fazer médias abaixo dos 5,0 L/100 km. Numa utilização mista e com algumas “puxadas” andou na casa dos 6 e tal L/100 km, e no fora de estrada numa pilotagem realmente agressiva e contra o cronómetro andou na casa dos 8 L/100 km. Por fim, importa referir a suave e certinha caixa de velocidades, que não se nega a nada ou mostrou sinais de fadiga. Passando para a ciclística, a Yamaha provou que fez bem o trabalho de casa, e o tempo que perderam a desenvolver esta mota não foi em vão. Aliás, a T7 demo-
rou imenso a chegar ao mercado, e esta situação gerou algum desconforto nos fãs ou naqueles que ambicionavam adquirir uma. O quadro e sub-quadro são uma peça única, uma estrutura tubular em aço de berço duplo. Um quadro que juntamente com os plásticos minimalistas ajudam a conferir à T7 uma ligeireza muito apreciada, assim como grande agilidade. E no asfalto a T7 sente-se realmente uma mota de dimensões contidas e ligeira, e é um prazer realizar mudanças de direção, pois é muito ágil e maneável. O peso de 204 kg com todos os líquidos e devidamente distribuídos ajudam a toda esta destreza e facilidade. Porém, existem algumas situações em que toda esta ligeireza também prejudica a T7. Por exemplo, num dos dias de teste em que estava muito vento, a T7 foi fortemente abalada por este elemento, e foi muito difícil manter uma pilotagem estável e confiante. Passando para o fora de estrada, todas estas características que tornam a T7 ligeira e ágil revelam-se uma mais valia e acertadas. É aqui que se nota a real vocação, o porquê de determinadas especificações, o tempo de desenvolvimento ou a herança oriunda do Dakar. A ciclística da T7 mesmo de série está à altura dos desafios e objetivos a que a marca de propus e, muito sinceramente, nunca pensei que fosse assim tão boa. Na T7 a ciclística foi bem concebida, e a mesma surpreende positivamente e consegue suportar uma utilização além do normal ou mesmo agressiva. Quer eu ou o seu proprietário, que é um excelente piloto de TT, abusamos bastante e sem qualquer dó ou piedade, e a T7 manteve sempre um nível de performance fantástico, inesperado e surpreendente. Mesmo em zonas mais irregulares, as suspensões absorvem as irregularidades e suportam bem os abusos. Já a traseira é muito macia e oferece um conforto de pilotagem muito agradável. De salientar que neste teste não realizamos qualquer ajuste às suspensões, estavam stock, pelo que com alguns ajustes as mesmas podem vir a melhorar o seu desempenho em alguns pontos. No que diz respeito à travagem, o conjunto formado por pinças Brembo, que modem 2 discos de travão de 282 mm na dianteira, e um disco de 245 mm na traseira, funcionam corretamente, mas sem deslumbrar, particularmente no asfalto. Diria que a travagem está igualmente mais orientada para o fora de estrada. Gostaria que numa futura geração quadro e sub-quadro fossem 2 peças independentes, porque sendo uma estrutura única e em caso de queda que danifique o sub-quadro, teremos que substituir toda a estrutura. Em jeito de conclusão do fora de estrada, a T7 revelou-
-se uma trail impressionante e com reais capacidades, através de um conjunto que prima por uma grande agilidade e ligeireza, onde a boa distribuição de peso ajuda bastante. Apenas a tampa do motor do lado direito revela-se algo pronunciada e incómoda quando conduzimos com botas de MX, dificultando a movimentação e acessibilidade do pé no acionamento do pedal de travão.
Resumindo, esta Yamaha Ténéré 700 não desiludiu, foi uma autêntica surpresa e a prova de que menos é mais. Além de uma imagem muito inspirada no Dakar e que carrega uma grande herança, mística e carisma, está uma base mecânica sólida, fiável e muito disponível, que associada a uma ciclística simples e competente produz resultados muito além do esperado. Adorei, fiquei deslumbrado ou mesmo apaixonado, e arrisco dizer que numa ótica aventureira / off-road foi a trail que mais me agradou e fez vibrar. Obrigado Yamaha pelo excelente trabalho desenvolvido! E muito obrigado ao Pedro Eleuterio pela oportunidade de testar a sua T7.
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reGionaL
DELL TECHNOLOGIES ESPECIAL SPRINT A 24 E 25 DE JANEIRO Natacha Alexandra Pastor Dell Technologies Especial Sprint é o nome da primeira prova da Refreshing Podium - Desportos Motorizados, que irá para a estrada nos dias 24 e 25 de janeiro. Inicialmente, a organização designou a prova como Dell Technologies Rallye, e chegou a apresentá-la, no início deste mês, dessa forma, mas em seguida teve de ser alterada pelo clube micaelense para respeitar o alvará que possui, e respeitando instru-
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Carlos Costa
ções da FPAK. A primeira prova do “DELL TECHONOLOGIES ESPECIAL SPRINT” vai então manter-se nas datas estimadas, arrancando no dia 24 de janeiro à noite, em Vila Franca do Campo, com duas passagens em formato de super especial. No segundo dia, à tarde, com três passagens, também em formato de super especial, o evento decorre na cidade da Ribeira Grande.
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