Revista Sindloc 142

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REVISTA

SINDLOC

Ano XVII – Edição 142 – fevereiro 2013

OPORTUNIDADES NO MERCADO DE EVENTOS São Paulo oferece boas oportunidades para o setor de locação

Ressarcimento reduz prejuízos em casos de acidente Sindloc-SP amplia a cobertura jurídica para os associados Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo



Editorial

Fim da taxa de inspeção: compromisso ou discurso vazio? O terceiro mês de gestão já passou e o prefeito de São Paulo Fernando Haddad continua esquivando-se da sua promessa de por fim à cobrança da taxa de inspeção veicular. Uma das principais bandeiras de sua campanha está se transformando em promessa vazia. E seu eventual adiamento para 2014 parece tornar ainda mais explícita uma sanha arrecadatória do poder público, em detrimento do compromisso com a sociedade. A inspeção veicular amplia substancialmente a receita do município, quando na verdade deveria ser um instrumento em benefício do meio ambiente, evitando que os carros em situação irregular continuem transitando pelas ruas da capital. O fato de os veículos com até dois anos – a totalidade da frota das locadoras – serem obrigados a passar pela inspeção endossa o cunho meramente econômico de tal procedimento. Portanto, essa determinação não tem lógica. Afinal, a preocupação deveria ter foco nos veículos mais antigos, que não atendem às normas ambientais e emitem excessivo número de elementos poluentes. A legislação, mais uma vez, contempla interesses contrários ao da população. Para tornar o cenário ainda mais nebuloso, o projeto de lei do novo prefeito ainda traz uma nova obrigação. Os proprietários de veículos emplacados em outras cidades do país, mas que transitam por São Paulo por mais de 120 dias, deverão pagar a taxa de inspeção veicular. Por outro ângulo, percebemos que a administração continua preocupada em arrecadar mais recursos financeiros, de olho na cobrança do ICMS. O prefeito de São Paulo deixa de honrar um dos seus principais compromissos eleitorais. E pior, acabou enviando à Câmara de Vereadores um projeto cujas obrigações foram ampliadas, desvirtuando a sua proposta inicial. Esse cenário lembra o comportamento da maioria dos políticos brasileiros, quando os compromissos de campanha se transformam em discurso vazio! Será que o prefeito Haddad vai entrar nessa? Alberto de Camargo Vidigal Presidente do Sindloc-SP

Expediente A Revista Sindloc SP é uma publicação do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo, distribuída gratuitamente a empresas do setor, indústria automobilística, indústria do turismo, executivos financeiros e jornalistas. Presidente: Alberto de Camargo Vidigal Vice-Presidente: Eladio Paniagua Junior

Diretor Financeiro: Luiz Carlos de Carvalho Pinto Lang Diretor Secretário: Paulo Miguel Jr. Consultor de Gestão: Luiz Antonio Cabral Conselho Fiscal: Eliane Baida, Paulo Gaba Jr. e Paulo Hermas Bonilha Junior Produção Editorial: Scritta – www.scritta.com.br Coordenação: Eduardo Graboski Redação: Eduardo Graboski, Kátia Simões e Fernando Porto Diagramação: Cris Tassi - contato@cristassi.com.br Revisão: Júlio Yamamoto e Leandro Luize Jornalista Responsável: Paulo Piratininga -

MTPS 17.095 - piratininga@scritta.com.br Impressão: Gráfica Revelação Tiragem: 5 mil exemplares Circulação: distribuição eletrônica para 7 mil leitores cadastrados Endereço: Praça Ramos de Azevedo, 209 – cjs. 22 e 23 Telefone: (11) 3123-3131 E-mail: secretaria@sindlocsp.com.br

É permitida a reprodução total ou parcial das reportagens, desde que citada a fonte.

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sumário

05 INDICADOR Segundo a Serasa Experian, o índice de inadimplência do consumidor registrou alta de 14,2% em fevereiro.

07 JURÍDICO Vera Lucia Menezes fala sobre a corrida das empresas pela certidão negativa de débitos para participar de concorrências públicas.

13 GESTÃO Especialistas identificam o melhor momento para se discutir sucessão familiar e aconselham empresários do setor.

14 LEGISLAÇÃO Advogado orienta locadoras notificadas por licenciar veículos no estado do Paraná e vender para terceiros em outros estados.

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SETOR O mercado de eventos em São Paulo pode abrir boas oportunidades de negócios para as locadoras de automóveis.

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MERCADO De olho na fidelização dos clientes, montadoras apostam em novas tecnologias para garantir mais segurança e eficiência aos veículos.


INFORMAÇÕES ÚTEIS

Abracorp: locadoras

faturam 14% a mais com viagens corporativas Foto: Ass. de Imprensa

A Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) acaba de divulgar um balanço que traz os resultados das vendas de 2012 entre seus associados. A movimentação recorde superou R$ 11 bilhões, com crescimento de 13,3% sobre o ano anterior, incluindo itens como transações aéreas, transações terrestres de hotelaria e locação de veículos. O presidente da Abracorp, Edmar Bull, Desse montante total, o setor avalia que aumento é resultado do ótimo de locação de automóveis registrou momento econômico que o país passa frente ao cenário mundial aumento de 14%, obtendo market share nacional de pouco mais de R$ 87 milhões. O tíquete médio chegou a R$ 151,11. “O crescimento, de modo geral, retrata o aumento da demanda do setor de viagens corporativas no Brasil, resultado da boa percepção do Brasil no cenário econômico mundial”, analisa Edmar Bull, presidente da Abracorp. No quesito participação de mercado, as passagens aéreas domésticas encabeçaram a lista com 72% (R$ 2,2 bilhões), em comparação com 17% de transações hoteleiras, 2% de locação e 9% de outros serviços terrestres. O volume de transações, por outro lado, apresentou um vigoroso incremento de 24% em relação a 2011.

Inadimplência do consumidor aumenta

14,2%, aponta Serasa

A Serasa Experian registrou aumento de 18,3% no indicador que afere a inadimplência de consumidores no país. O levantamento considerou os índices de fevereiro de 2012 e 2013. Apesar de ter sido verificado aumento, a Serasa ressalta que houve desaceleração da alta, já que, em relação ao mesmo período de 2010, o avanço fora de 25,4%. Segundo os economistas da Serasa Experian, a alta foi puxada pelo forte endividamento do consumidor, que vem crescendo desde 2010. O alto comprometimento da renda dificultou o pagamento em dia dos compromissos financeiros assumidos, o que causou um montante de dívidas maior. O controle de gastos pelos consumidores, entre janeiro e fevereiro de 2013, é atribuído principalmente pela alta de juros e às despesas típicas de início de ano, como IPVA, IPTU e itens escolares. Além disso, contribuíram as incertezas sobre a crise econômica global. Ainda de acordo com a Serasa, as dívidas não bancárias – como cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços – são as principais causadoras da elevação da inadimplência.

Indicadores do comércio varejista em São Paulo Os dados consolidados da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) apontam que o número de consultas ao SPC e Usecheque, sistemas de proteção ao crédito, cresceu 3% entre janeiro de 2012 e o mesmo mês deste ano. Outra comparação, entre dezembro de 2012 e janei-

ro de 2013, mostra que a oscilação registrada é de -22,5% no SCPC e - 45,2% no Usecheque. De acordo com a ACSP, o número de consultas foi maior em dezembro em virtude do incremento de vendas de fim de ano, quando muitos consumidores aproveitaram para usar o 13º salário.

comparativo JANEIRO 2013

JANEIRO 2012

DEZEMBRO 2012

JANEIRO % 13/12

JAN./DEZ. % 2013

Registros Recebidos

570.889

549.191

523.989

4,0

9,0

Registros Cancelados

400.648

394.926

591.636

1,4

-32,3

SCPC

1.998.315

1.940.300

2.578.707

3,0

-22,5

SCPC CHEQUE (Usecheque)

2.382.782

2.312.393

4.346.214

3,0

-45,2

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coluna

trabalhista

Certidão negativa cria corrida para pagar dívidas trabalhistas A partir de agora, para participar de licitações, as empresas devem obter a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT). Com isso, muitos empreendimentos já recorrem ao Judiciário para quitar dívidas. Ao todo, segundo matéria publicada pelo Valor Econômico, 453 mil processos que envolviam dívidas trabalhistas foram extintos entre 4 de janeiro de 2012 – quando a certidão foi instituída – e 3 de janeiro de 2013. Aproximadamente 60 mil empresas e outras 64 mil pessoas físicas quitaram suas dívidas trabalhistas. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) acredita que esse número deva aumentar consideravelmente em 2013, pois ainda existe 1,139 milhão de devedores na Justiça do Trabalho. Dessa forma, para que as dívidas sejam encerradas, é preciso concluir 1,762 milhão de ações. Isso porque há pessoas e empresas com mais de um processo. O próprio secretário-geral da presidência do Tribunal Superior do Trabalho, Rubens Curado, reconhece a complexidade de extinguir tantos processos. Em 2011, o tribunal recebeu pouco mais de 1 milhão de processos e julgou apenas 40 mil casos a menos do que entraram. Nas empresas, a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas causou efeito reverso. Antes de entrar em vigor, com a Lei nº 12.440, a determinação era atrasar o processo judicial para que a dívida fosse extinta. Agora, as companhias precisam acelerar o processo para acabar com as dívidas e, assim, participar de licitações públicas. A certidão promete mudar essa realidade. Em um ano, o TST emitiu 16 milhões de certidões. Em janeiro de 2012, o primeiro mês de exigência do documento para que empresas pudessem participar de licitações, 666 mil certidões foram expedidas. Em dezembro do ano passado, esse número subiu para 2,7 milhões. Em média, no decorrer do ano passado, o Tribunal Superior do Trabalho emitiu 1,23 milhão de CNDTs por mês. Neste mês, o próximo desafio será no Supremo Tribunal Federal. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) impetrou uma ação contra a exigência das certidões. O relator, mi-

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nistro José Antonio Dias Toffoli, determinou que ela deve ser julgada diretamente pelo mérito.

Iniciada operação de auditoria em compensações previdenciárias No fim do mês de janeiro, a Receita Federal desencadeou uma operação de auditoria em compensações previdenciárias atípicas, que estão realizadas ao Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social – GFIP. Nesta primeira etapa da fiscalização, mil contribuintes foram notificados. Esses deverão informar, por meio do e-CAC, a origem dos créditos computados. Caso o contribuinte não consiga esclarecer a origem do dinheiro, a Receita Federal adotará medidas para a glosa dos créditos e a cobrança dos valores compensados, com multa de 75% a 150% sobre o valor da compensação irregular. Até o fim do ano, outros 12 mil contribuintes devem ser notificados. Por isso, aqueles que cometeram algum equívoco durante o preenchimento da guia podem se antecipar e procurar um posto da Receita Federal para corrigir a declaração e pagar a contribuição previdenciária exigida. No entanto, será cobrados multa de mora de 20% e juros calculados com base na taxa Selic.

Vera Lucia dos Santos Menezes Advogada trabalhista


legislação

Lei Seca: a responsabilidade administrativa e criminal das locadoras A grande repercussão das alterações na Lei Seca regulamentadas pelo Contran (Resolução 432), que instituiu a tolerância a zero com a ingestão de bebida alcoólica pelos motoristas, convida a uma reflexão sobre a responsabilidade administrativa e criminal da locadora ao entregar o veículo ao locatário. Uma das mudanças no art. 165 do Código de Trânsito está no valor da multa, que passou de R$ 957,70 para R$ 1.915,40. Além disso, a partir de agora, em caso de reincidência no período de 12 meses, o valor dobra. Por isso, o motorista que for penalizado por dirigir embriagado pode desembolsar até R$ 3.830,00. Reproduzimos fielmente os artigos que tratam da infração administrativa e criminal, vejamos: Art. 166. Confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa que, mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíquico, não estiver em condições de dirigi-lo com segurança: Infração - gravíssima; Penalidade - multa. Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança. Pena: detenção, de seis meses a um ano, ou multa. O primeiro esclarecimento a ser feito é que imperam o que chamamos de verdade formal na parte administrativa e verdade real na parte criminal. Ou seja, se uma pessoa for pega sem ser habilitada e estiver conduzindo um veículo que não é de sua propriedade, haverá autuação ao condutor (art. 162) e também ao proprietário, por este ter entregue o veículo (art. 163), independentemente de ter havido de fato a ação ou omissão do proprietário. Já sob a ótica criminal, seria necessário demonstrar que houve essa entrega consciente (dolo), e nesse caso não necessariamente o proprietário responderia. No caso da embriaguez, diferentemente da situação de falta de habilitação, a irregularidade se dá usualmente após

assumir a condução do veículo, fora do controle do proprietário. Numa locação por longo período, como trimestral ou superior, poder-se-ia recair uma penalidade de suspensão do direito de dirigir do condutor durante a vigência do contrato de locação, que, por exemplo, estivesse em processo de defesa ou recurso quando firmado o contrato. Para reforçar o esclarecimento sobre a aplicação da verdade formal em relação ao proprietário por infrações de sua responsabilidade, independentemente de o mesmo ter concorrido para que ela ocorresse, podemos exemplificar o caso dos equipamentos obrigatórios. Isso porque o veículo é entregue regular (check-list de entrega), se numa fiscalização não constar o pneu sobressalente, a notificação será em nome do proprietário. Além das questões administrativas e criminais, tecnicamente, a maior dificuldade de aplicação da multa está na reincidência, na qual a multa dobraria novamente. A dificuldade que vemos é que o atual sistema vincula a pontuação à pessoa condutora e a multa (penalidade pecuniária), ao veículo, como acontece, por exemplo, no caso de veículos pertencentes a pessoas jurídicas que não fazem a indicação do infrator no prazo legal. Mas, enquanto a pessoa estiver no processo de defesa e recursos da primeira multa, ela não pode ser considerada reincidente. Portanto, mesmo que cometesse com o mesmo veículo outra infração igual, o valor não poderia dobrar.

Marcelo José Araújo Advogado e professor de Direito de Trânsito. advcon@netpar.com.br

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JURÍDICO

Ressarcimento reduz prejuízos em caso de acidente com terceiros As locadoras de automóveis que somam prejuízos com acidentes de trânsito envolvendo terceiros, ou seja, os próprios locatários, podem ver uma redução significativa no custo da empresa se recorrerem ao processo de ressarcimento. Comuns em grandes corporações, as ações de compensação ainda não são realidade nas pequenas e médias empresas, que não possuem estrutura ou não dão a devida importância ao assunto. De acordo com o advogado Luis Eduardo Cenize, da Sersin Assessoria e Consultoria Jurídica, inicialmente o empresário deve entender a diferença entre ressarcimento e cobrança. O primeiro termo refere-se a um pagamento relacionado a prejuízo, representado por uma eventual responsabilidade do terceiro. Ao contrário, uma cobrança é considerada obrigação, legitimada por um documento. “Essas diferenças nos permitem entender a importância do processo de ressarcimento e a necessidade de reunir o maior número de documentos e provas, desde o momento do acidente ou sinistro. Afinal, esse é o ponto inicial de qualquer acordo ou ação”, ressalta o advogado. “O sucesso no ressarcimento depende de um trabalho que deve começar antes mesmo da ocorrência, com medidas preventivas simples já no momento de entregar o carro ao cliente.” Para facilitar o processo e evitar possíveis prejuízos, Cenize orienta as locadoras a coletar o maior número de informa-

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ções e documentos do causador do acidente. Dessa forma, é mais fácil identificar e localizar esse terceiro, passando à etapa de convencimento deste quanto à sua culpa e à instrução de eventual ação a ser movida na Justiça, caso não haja êxito no ressarcimento durante uma negociação amigável. Segundo levantamento da empresa Sersin, que presta serviços para as principais seguradoras do Brasil, dos 2.326 processos encerrados sem ressarcimento recentemente, os principais motivos foram: terceiro não identificado (18,91%), terceiro não localizado (3,82%), culpa não caracterizada (32,93%), condição financeira (14,05%), ajuizados (21,03%) e outros motivos (9,26%). “Por isso, os atendentes das locadoras devem conhecer todos os procedimentos que devem ser adotados no caso de acidente, e orientar o cliente quanto ao correto preenchimento do relatório de acidentes e à adequada confecção do Boletim de Ocorrência policial – com informações como data, hora, local, dinâmica, dados do condutor do veículo, terceiro proprietário, dados do veículo causador – para os laudos periciais. Esses pontos determinam o sucesso do ressarcimento”, ressalta Cenize. Com esses documentos, caberá à locadora providenciar vistoria, orçamento e fotos do veículo danificado, anexando as notas fiscais de peças e mão de obra, assim como os recibos de pagamento. Seguindo essas orientações, o advogado prosseguirá com o trabalho, convencendo o causador do acidente sobre a sua culpabilidade e responsabilidade perante os prejuízos causados à locadora, além de destacar os benefícios da negociação extrajudicial. “Entretanto, vale salientar que qualquer ajuizamento de ação deverá ser precedido de uma análise da condição financeira do terceiro”, alerta. Atenta a essa necessidade das locadoras, o Sindloc-SP está finalizando uma parceria para oferecer os serviços de ressarcimento em condições diferenciadas para os seus associados, com pagamento apenas após a conclusão do processo, e exclusivamente se houver êxito. A parceria será divulgada em breve.


setor

Mercado bilionário de eventos em São Paulo é oportunidade para as locadoras A metrópole é considerada a capital nacional dos eventos de negócios, movimentando R$ 3 bilhões e reunindo 8 milhões de visitantes

De acordo com o Sebrae Nacional, o Brasil recebe nada menos do que 330 mil eventos de todas as áreas, com 80 milhões de participantes. De hoje até a Copa do Mundo, em 2014, centenas de outros aparecerão. Estar de olho nesse universo e, acima de tudo, lucrar com ele significa integrar um mercado que representa 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e movimenta mais de R$ 50 bilhões por ano. Basta um olhar rápido nas estatísticas e constatamos que só as feiras de negócios, com uma agenda anual média de 837 grandes eventos nacionais e internacionais, movimen-

taram no ano passado o montante de R$ 4 bilhões no país. São Paulo abriga quase 350 eventos ligados a praticamente todos os segmentos da economia nacional, mobilizando 8 milhões de visitantes e um volume de R$ 3 bilhões. Os números de eventos na capital paulista também são expressivos. Em 2012, apenas na cidade de São Paulo foram cadastrados 2.051 eventos de negócios, segundo os dados do São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPCVB). E, ainda segundo a entidade, já estão programados 36 grandes congressos e reuniões nacionais e internacionais para os próximos cinco anos na metrópole. r e v i s ta s i n d lo c

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setor

Na visão de Toni Sando, presidente executivo do SPCVB, trata-se de um filão a ser explorado pelo setor de locação de automóveis. “Mas, para isso, é essencial que as locadoras tenham maior interação com os promotores ou com as próprias entidades, como o SPCVB, estabelecendo novas parcerias que beneficiem ambos”, observa. Para facilitar essas parcerias, a entidade envia aos seus associados, a cada três meses, um Painel de Monitoramento de Eventos (Pamesp), com datas e endereços de todos os eventos que acontecerão em São Paulo, divididos por região. “Em uma cidade que recebe 90 mil eventos por ano, um a cada seis minutos, documentos como esse se tornam essenciais para permitir a fornecedores e prestadores de serviços identificar e prospectar mais oportunidades de negócio”, reforça Sando. De acordo com o executivo, outro segmento interessante para o setor de locação é o de turismo de compras, cujo crescimento tem sido vigoroso nos últimos anos. “Quem vem abastecer o estoque nas regiões do Bom Retiro e do Brás prefere locar um veículo a usar o próprio transporte”, afirma San-

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do. “O caminho para atingir esse nicho de negócios é investir mais em ações de marketing e divulgação para esse tipo de público. Ações direcionadas podem render bons resultados”. Divulgar mais o setor de locação e suas facilidades, assim como investir em promoções segmentadas, também é um caminho para alavancar as vendas do segmento, na opinião de Armando Campos Mello, presidente executivo da União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe) e do Sindicato das Empresas de Promoção, Organização e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do Estado de São Paulo (Sindiprom-SP). “As locadoras podem explorar o calendário de feiras da Ubrafe, como instrumento de ação comercial e fidelização da clientela”, exemplifica. “Uma mensagem encaminhada para o cadastro da Ubrafe, apenas na cidade de São Paulo, alcança expositores de 337 feiras, que recebem 8 milhões de visitantes. Outro canal importante são as agências de turismo que atendem os promotores de feiras e eventos”, avalia. Sérgio Junqueira, diretor da Academia Brasileira de Even-


O caminho para atingir esse nicho de negócios é investir mais em ações de marketing e divulgação personalizadas. Toni Sando, presidente executivo do SPCVB

O setor, de modo geral, pode oferecer pacotes específicos para os eventos, analisando as reais necessidades de cada organizador. Sérgio Junqueira, diretor da Academia Brasileira de Eventos

O segmento de locação de veículos é extremamente útil para a questão da mobilidade. O segredo é entender a necessidade do público local. Paulo Octávio de Almeida, vice-presidente da Reed Exhibitions

As locadoras podem explorar o calendário de feiras da Ubrafe, como instrumento de ação comercial. Armando Campos Mello, presidente executivo da Ubrafe e do Sindiprom-SP

tos, vai além. Ele acredita que, especificamente para os chamados eventos associativos – congressos, simpósios, seminários, convenções e palestras –, há muitas oportunidades para o setor de locação. “O setor, de modo geral, pode oferecer pacotes específicos para os eventos, analisando as reais necessidades de cada organizador, priorizando um serviço personalizado”, comenta. O executivo reforça que, diferentemente dos mercados de feiras e de lazer, o de eventos associativos envolve não só o transporte, mas também a segurança de palestrantes e acompanhantes. “Nesse caso, as locadoras podem oferecer carros blindados ou motoristas particulares. São elementos que agregam valor ao serviço de locação”, acredita. A receita não serve apenas para a cidade de São Paulo. Pelo contrário, pode ser adotada em qualquer região do

país, principalmente em localidades como o interior paulista, onde estão as melhores oportunidades na visão de Paulo Octávio Pereira de Almeida, vice-presidente da Reed Exhibitions Alcântara Machado. “O segmento de locação de veículos é extremamente útil para a questão da mobilidade. Grandes centros e regiões menores dependem desse tipo de transporte de formas diferentes. O segredo é entender a necessidade do público local”, explica. O executivo acredita que um sistema de Check In Express oferecido pelas locadoras seria proveitoso, além de pacotes com preços especiais. Outra proposta seria oferecer minivans ou similares, visto que os expositores não vão sozinhos aos eventos. “Para esse tipo de segmento é preciso pensar além do individual e oferecer opções para o coletivo”, finaliza. r e v i s ta s i n d lo c

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dia a dia

Crédito para a compra de veículos deve crescer 8% Depois do fraco desempenho no ano passado, mesmo com incentivos fiscais do governo federal, a oferta de crédito para a aquisição de veículos deve crescer 8% em 2013. A estimativa, apresentada pela Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), pode facilitar e antecipar os planos das locadoras de incrementar ou renovar sua frota. Em 2012, o montante de financiamentos cresceu 0,3% uma taxa considerada modesta -, atingindo R$ 201,7 bilhões. Para a Anef, o número recorde de financiamentos em 2012 deve-se principalmente à redução da alíquota do IPI, que ampliou o acesso dos brasileiros à compra do carro zero-quilômetro. Além disso, a medida permitiu que mais frotistas substituíssem seus veículos. A constatação se dá pela comparação entre janeiro e maio do ano passado, antes mesmo do IPI reduzido, quando os financiamentos sofreram uma redução de 4,4%. Logo em seguida, as vendas cresceram. Para esse ano, a associação estima um saldo em carteiras de

R$ 217,7 bilhões, resultado da retomada da economia nacional, mesmo diante de turbulências internacionais que podem afetar o segmento. De acordo com o presidente da entidade, Décio Carbonari, os correspondentes bancários associados são responsáveis por mais de 50% dos financiamentos de carros no mercado brasileiro. Entre esses associados, a taxa mensal nos financiamentos passou de 1,5% em 2011 para 1,25% no ano passado. Além disso, o índice de inadimplência também caiu de 6,1% para 5,3% entre maio e dezembro do ano passado. E com critérios mais rigorosos de concessão de crédito, o presidente da Anef acredita que o número de devedores deve seguir o mesmo ritmo de queda. Para ele, ao adotar políticas de crédito mais conservadoras, os bancos e correspondentes permitem transações mais seguras.

taxa de juros para financiamento sofre leve alta De acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a taxa de juros para financiamento de veículos apresentou uma ligeira alta no mês passado. O índice médio de elevação é de 0,02%. Com isso, os juros médios passaram de 1,52% em dezembro para 1,54% ao mês em janeiro. Além do aumento discreto, a Anefac assinala que os bancos passaram a seguir rigorosos critérios ao avaliar os cadastros dos interessados em adquirir esse tipo de bem, o que dificulta a aprovação de fichas cadastrais para compras 100%

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financiadas. Como resultado desses e de outros fatores, como o fim da redução da alíquota do IPI – de janeiro a março de 2012, o imposto era 0% e agora está em 2% - as concessionárias estão mais comedidas ao realizar prognósticos de vendas para fevereiro. Por isso, para driblar a alta dos juros e o fim do incentivo fiscal, as concessionárias e fábricas devem lançar promoções para os últimos dias do mês com taxas subsidiadas pelos bancos de montadoras.


GESTÃO

Como evitar que a sucessão familiar seja o fim da empresa? Pesquisas revelam que a vida média de empresas familiares é de apenas nove anos contra 12 das não familiares. Apenas 30% dessas companhias veem a segunda geração no comando e 5% passam a ser conduzidas pela terceira. Em tempos de gerações Y e Z, surge mais um questionamento: os jovens terão condições e disposição para administrar empresas dos seus pais, calcadas ainda em modelos tradicionais? Por muitos anos, a sucessão familiar foi um assunto intocável em empresas, desde pequenas e médias até em grandes multinacionais. Empresários do passado e sem visão estratégica consideravam a matéria uma intromissão indevida dos herdeiros. Hoje, o tema é discutido amplamente, visto que um planejamento estratégico pode evitar o fim da empresa e da renda de um corpo social que desaparece. Especialista e palestrante em empresas familiares, Eduardo Bocatto acredita ser muito difícil identificar o momento certo para planejar a sucessão. Afinal, muitos só se dão conta desse processo quando um ente é afastado do trabalho

por motivo maior, seja por doença, seja por falecimento. Por isso, é fundamental elaborar um plano sucessório desde a constituição jurídica do empreendimento, olhando sempre para o mercado e não para os objetivos pessoais de cada membro da empresa. “É importante criar regras que regulem a relação dos sistemas família e empresa. E, para elaborá-las, toda a família deve discutir os objetivos da companhia, identificando o papel de cada membro da família para alcançar as metas. Depois de criadas, essas normas devem ser documentadas. Quando necessário, podem ser revisadas e atualizadas. O melhor processo de sucessão é aquele com regras claras e que sejam cumpridas”, destaca Bocatto. Sem esse planejamento, segundo o consultor Mauro Johashi, muitas corporações enfrentam problemas judiciais ou chegam à dissolução em virtude de disputas societárias originadas por desentendimentos familiares. Os motivos estão relacionados, sobretudo, à falta ou à má assessoria empresarial e jurídica recebida durante o nascimento e desenvolvimento da empresa, à inexperiência administrativa e à falta de conhecimento sobre questões societárias. “Existem mecanismos para evitar problemas desse tipo. Por exemplo,

no momento da criação da empresa, é preciso ficar atento à definição do Contrato Social. Nesse documento, deve-se nomear os herdeiros, diretores, administradores, entre outros executivos que apresentem capacidade técnica e profissional para exercer cargos de direção.” Outra medida é profissionalizar a corporação, elegendo técnicos para funções estratégicas. Com isso, são estabelecidos previamente os direitos e deveres de cada herdeiro para com a empresa quando da saída dos dirigentes tradicionais. Para os especialistas, é um erro centralizar o controle e as informações relevantes para a gestão do negócio. Isso deve ser evitado para que, na falta dessas pessoas, a gestão de negócios prossiga sem riscos.

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JurÍdico

Advogado orienta locadoras notificadas pelo estado do Paraná As locadoras do Paraná estão na mira da Secretaria da Fazenda do estado. O órgão deu início a uma pesquisa, via Detran-SP, para identificar as empresas que compraram e licenciaram seus veículos com benefício de 6% no ICMS e do IPVA reduzido, e venderam para terceiros ou transferiram para outros estados. Com isso, muitas empresas da capital paulista com matrizes ou filiais no Paraná estão sendo intimadas a prestar esclarecimentos. O advogado Marcelo Botelho Pupo, do escritório Queiroz e Lautenschläger Advogados, explica que a legislação considera irregular a transferência de veículos comprados e licenciados no estado em tempo inferior a 12 meses. “Ocorre que muitas locadoras estão sendo notificadas injustamente porque compraram em outros estados, licenciaram no Paraná e levaram esses veículos para outras unidades da Federação onde possuem filiais. O processo só seria irre-

gular se o carro fosse comprado e emplacado no Paraná para chegar a outro estado posteriormente”, esclarece. Neste caso, segundo o especialista, é preciso que a locadora comprove que o veículo não foi comprado, mas apenas licenciado no Paraná. Além disso, a empresa deve justificar a transferência como uma necessidade para o giro do negócio, independentemente do lugar onde foi licenciado e emplacado. Mas esse processo depende de um bom trabalho jurídico, pois em alguns casos é necessário impetrar com uma ação na Justiça. Em outros termos, a locadora perderá o benefício fiscal. Em caso de venda para outro proprietário ou transferência para outro estado, antes do prazo de 12 meses determinado por Lei, o processo somente será efetuado mediante autorização da autoridade fazendária competente. Dessa forma, o proprietário do veículo deverá ressarcir o estado do Paraná em 6% do valor total do carro.

Sindloc-SP amplia a cobertura jurídica para os associados Para oferecer toda a assessoria aos seus associados, o Sindloc-SP constituiu um Núcleo Jurídico formado por advogados especializados em todas as áreas do Direito, incluindo, tributária, fiscal, contratual, administrativa, cível e societária. A entidade já oferecia consultoria nas áreas trabalhista e de trânsito que continuarão sendo realizada. Visando oferecer assessoria jurídica profissional e de qualidade, o Sindloc-SP contratou escritórios de advocacia especializados. Com isso o associado ao Sindloc-SP poderá encaminhar suas duvidas sobre qualquer tema relacionado direta ou indiretamente à atividade de locação de automóveis. A principal atribuição dos advogados será elaborar pareceres contendo ampla

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análise e esclarecimentos sobre as demandas recebidas, além de orientações de como o associado ao Sindloc-SP deverá proceder. Questões relacionadas a legislação que afeta os negócios das locadoras, e como agir quanto as exigências dos poderes públicos constituídos também serão contempladas. “Nos últimos meses, constatamos um crescimento expressivo da demanda por orientações sobre temas ligados às mais diversas áreas do direito. Ampliamos, então, a nossa cobertura jurídica. O serviço é gratuito e qualquer associado pode enviar sua consulta ao Sindloc-SP, que providenciará a resposta junto aos advogados especialistas com a maior brevidade possível”, explica o consultor de gestão Luiz Antonio Cabral. A ideia é que o Núcleo Jurídico seja um canal de apoio jurídico das empresas a qualquer tempo.



LÍDER SETORIAL

Paulo Nemer analisa o

mercado e destaca intercâmbio de negócios São Paulo-Espírito Santo A partir desta edição, a Revista Sindloc-SP abre espaço a empresários, líderes setoriais e formadores de opinião, para compartilhar experiências, visões de mercado e identificar novas oportunidades de negócios. O primeiro entrevistado é Paulo Roberto do Val Nemer.

Mesmo com o cenário econômico ainda incerto no Brasil, o vice-presidente da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla), Paulo Roberto do Val Nemer, enxerga um horizonte promissor no caminho. Nemer vincula as expectativas otimistas ao aumento da oferta de crédito e financiamento. Esse é um bom sinal para atividade, que, para elevar sua competitividade, continua apostando na qualificação e profissionalização de seus profissionais.

Para Nemer, o ano começou tímido. Em virtude do período de verão mais curto, de apenas 45 dias, o setor não apresentou a mesma demanda de aluguel de carros, como vinha acontecendo desde 2008. “Mas a partir de março boas coisas começarão a acontecer. O governo federal e os estaduais, nossos maiores clientes, reservaram recursos e ‘arrumaram a casa’ nesse início de ano. E tudo indica que as obras começarão a aparecer”, acredita. Além disso, com a volta gradual do IPI, o setor ainda não sabe como se comportará a equação valor de compra x valor do aluguel x valor de revenda dos veículos. “Nesse contexto, para obter resultados expressivos, precisamos atentar para todas as intempéries que rondam nosso negócio, principalmente a bipolaridade dos dirigentes da economia brasileira”, pontua. Por isso, Nemer prevê um crescimento mais comedido do que em 2012. Entretanto, considera o setor ainda mais maduro, “sem os franco-atiradores de preços e serviços, cuja vida útil é

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curta e que só trazem distorção e malefícios para o mercado de locação”. No Espírito Santo, onde Nemer concentra suas atividades, as dificuldades do ano passado podem prejudicar ainda mais o setor. O estado perdeu o incentivo do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap), envolveu-se na briga pelos royalties do petróleo e não recebeu recursos substanciais dos programas PAC I e II. As BRs 101 e 262 continuam precárias por não terem sido privatizadas e a expansão do aeroporto está engessada há quatro anos. “Mas continuamos com muita esperança. Apesar da queda de preços internacionais de nossos principais commodities, o estado desenvolveu uma grande experiência no comércio exterior e alavancamos o aluguel de veículos”, avalia. “O próprio governo do estado, após estudo de viabilidade com auxílio do Sindloc-ES, passou a terceirizar a maior parte de sua frota, fortalecendo a atividade na região”, acrescenta. Nemer ressalta também a importância da relação com São Paulo, sede das maiores empresas do país, na geração de novos negócios. No entanto, faz uma recomendação. “Muitas companhias com sede em São Paulo, ramificações em todo o país ou com pretensões de atuar em território nacional precisam ter consciência de que os valores praticados em São Paulo não podem valer para outros estados”, acredita. Segundo ele, os custos de peças de reposição e depreciação dos veículos no mercado paulista são muito menores, além da qualidade da mão de obra ser superior. “As empresas chegam a estados onde o cenário é completamente diferente e tentam praticar a mesma planilha de preços. Nesse contexto, os pregões eletrônicos e as grandes contas corporativas nacionais representam um perigo quando não se tem conhecimento exato sobre a realidade local”, finaliza.


tEcNologia

Por novos clientes, empresas apostam em links patrocinados

A cada busca na internet e acesso a grandes portais e blogs, eles aparecem insinuantes, atraindo o usuário pelo tema consultado e seduzindo-o para uma compra. São os links patrocinados, que estão entre as mais eficientes ferramentas de publicidades online. Mesmo com o comprovado retorno de investimento dos links para uma propaganda de baixo custo, o cliente paga somente se o usuário clicar no anúncio. As opiniões de empresários ainda se dividem entre os bem-sucedidos e os frustrados com as campanhas nas ferramentas Google (AdWords e AdSense), além dos concorrentes Facebook Ads, Yahoo e UOL. Para alguns especialistas, essa diferença de resultados está na preparação adequada após a contratação dos serviços. O erro está em querer assumir menos riscos, já que os empresários podem investir qualquer quantia nessa espécie de leilão de palavras-chave associadas ao seu produto ou serviço. Ou seja, não basta torcer para que a palavra-isca seja buscada pelo usuário e o anúncio clicado se transforme em venda. Apesar de a propaganda ser direcionada, a venda final depende do funcionamento correto da loja virtual para receber esse usuário, sempre interessado, mas muitas vezes impaciente e apressado. “O retorno depende da campanha e o destino do link patrocinado deve estar muito bem focalizado. Não adianta atrair o cliente se ele cair numa página confusa para vender o serviço”, explica Rodrigo Leme, gerente de produtos

da agência de mídia digital Espiral Interativa, responsável por campanhas de empresas como Toyota e Positivo Informática. O especialista observa que, frequentemente, a empresa investe em links patrocinados, mas não está preparada para a venda final. Para uma campanha bem estruturada, voltada para conversão de vendas ou promoções, Leme acredita que o ideal é ter uma página específica para receber os possíveis compradores. Com verba inicial de R$ 5 mil já é possível fazer isso. João Dalla, diretor executivo da Goobec Brasil, especializada na aplicação de treinamentos das ferramentas de publicidade do Google, também alerta para a necessidade de se investir na ponta final da campanha. “Vale lembrar que os anúncios levarão seu cliente ao portal da empresa. E se essa proporcionar facilidade para encontrar informações, retorno rápido dos contatos e alta velocidade do site, o investimento é garantido”. E qual a melhor ferramenta para investir? Rodrigo Leme acredita que o Google ainda é imbatível por sua rica base de acessos, mas o Facebook é ideal para quem deseja investir em rede social. “Para o Facebook são indicadas campanhas para promover algo e não para venda direta. Mas dá muito resultado”. No caso de locação de carros, observa Leme, a pessoa vai buscar mais informações sobre o serviço no Google do que na rede social. “O Facebook trabalha no convencimento da base de fãs por meio da interação. No caso do link patrocinado, o usuário conhece diretamente o serviço”, explica. E se o empresário tem tanto a loja virtual como a fanpage na rede social, o recomendável é dividir o investimento entre as duas ferramentas. Como tendência, o especialista aponta o bom retorno dos links patrocinados e filmes publicitários no YouTube. r e v i s ta s i n d lo c

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montadoras

Para ganhar fôlego, montadoras promovem feirões Com a meta de baixar os estoques, as montadoras Fiat, Volkswagen e General Motors (GM) apostam em feirões de carros zero-quilômetro e aproveitam para recuperar o fôlego de vendas de 2012. Nos feirões, os veículos mais procurados são os 1.0, cerca de 10% mais baratos. A seguir vêm os carros com motor flex de 1.0 até 2.0. Nesse caso, os modelos proporcionam economia média de 5,5%. Além da vasta gama de modelos, versões e cores, o motorista encontra opções de financiamento que podem facilitar na hora de fechar negócio. A junção de várias agências, concessionários e montadoras também resulta na diluição dos gastos. Segundo as montadoras, em dias de feirão vende-se até três vezes mais do que um fim de semana normal, desconsiderando ações promocionais.

Geely chega ao Brasil em agosto com carro a R$ 35 mil O potencial do mercado brasileiro despertou também as atenções da montadora chinesa Geely, que iniciará em agosto suas operações no Brasil. A companhia aposta no hatch compacto LC 1.0 e no sedã EC7. Os dois são fabricados no Uruguai e deverão ser vendidos a R$ 35 mil e R$ 55 mi, respectivamente. O hatch promete atrair os olhares de frotistas, interessados em modelos funcionais, com valores populares e baixo custo de manutenção. Já o sedã deve chegar ao país nas opções de câmbio mecânico de cinco marchas e automático, com 1,8 litros. Ambos sairão de fábrica com trio elétrico, direção elétrica, airbags e freios ABS.

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Hyundai HB20 é destaque no ranking dos carros mais vendidos Os veículos populares, com valores na faixa dos R$ 30 mil, ainda lideram a lista dos mais vendidos no Brasil. Mas na primeira quinzena de fevereiro, a mais nova promessa da Hyundai, o HB20, avançou com tudo para a 4ª posição do ranking, com 4.709 unidades comercializadas em todo o país. As informações são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). No quesito vendas, o hatch compacto lançado no fim do ano passado só perdeu para VW Gol (7.709 unidades), Fiat Palio (6.626) e Fiat Uno (5.392). Em janeiro, o HB20 ocupava a 7ª colocação. O Onix, da GM, também ganhou evidência nos primeiros meses do ano, consolidando-se no 5º lugar entre os mais vendidos. Um resultado excepcional para um estreante do mercado. Ranking dos carros mais vendidos em fevereiro* 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º

Modelo VW Gol Fiat Palio Fiat Uno Hyundai HB20 GM Onix Fiat Strada VW Fox Fiat Siena VW Voyage GM Celta VW Saveiro GM Classic Renault Sandero Ford Ecosport GM Cobalt Ford Fiesta Hatch GM S10 Fiat Punto Ford Ka Toyota Corolla

* Dados referentes à primeira quinzena de fevereiro/2013

Unidades vendidas 7.709 6.626 5.932 4.709 4.687 4.430 4.374 3.527 2.959 2.844 2.316 2.257 2.196 1.948 1.878 1.848 1.802 1.721 1.680 1.532


montadoras

Montadoras focam em segurança

e eficiência ao desenvolver novos modelos A indústria automotiva vive uma verdadeira revolução tecnológica. Para atrair e fidelizar novos clientes, inclusive frotistas, as montadoras apostam em segurança e eficiência, oferecendo ainda mais comodidade aos motoristas. E esse avanço vai muito além de aplicativos para comandos de voz, conexão via Bluetooth ou ativação do Facebook por comandos rápidos. Em parceria com empresas fornecedoras de tecnologias, as montadoras desenvolveram um cinto de segurança inflável, que protege os órgãos, músculos e a coluna contra lesões graves causadas pelo impacto da colisão. Diferentemente dos airbags convencionais, que inflam com ar quente, esse item de segurança utiliza ar frio, o que evita possíveis queimaduras. Preocupadas em reduzir o número de atropelamentos e garantir mais visibilidade ao condutor, principalmente durante a noite, outras marcas estão preparando o lançamento de uma câmera de raios infravermelhos. O software pode distinguir o contorno de uma pessoa ou animal, enviando um aviso para os faróis do veículo, que iluminarão o ponto específico. Um alerta para o motorista acende no painel. Outra inovação é a possibilidade de o motorista escolher as informações

que lhe forem convenientes no painel do carro e a substituição dos elementos mecânicos de direção por um novo sistema totalmente eletrônico, que é mais rápido ao transmitir os movimentos do motorista no volante para as rodas. E, para se adequar às novas políticas de redução de consumo de combustível, as montadoras projetam uma caixa de câmbio de nove velocidades. Estima-se que a economia gire em torno de 10% a 16% em relação às transmissões convencionais. Isso se dá pelo maior número de engrenagens, mantendo o motor em rotação baixa para permanecer em determinada velocidade. À medida que essas tecnologias forem disponibilizadas para o grande público brasileiro, as locadoras de automóveis não poderão ficar de fora. Por isso, é necessária uma adequação

aos novos padrões de qualidade e tecnologia, uma vez que o cliente busca sempre um diferencial, principalmente quando o assunto é segurança e eficiência. Além disso, os carros equipados com esses recursos agregam valor ao serviço de locação.

Projeto de lei obriga frotistas a atender chamados de recall Tramita na Câmara dos Deputados o projeto de lei de autoria do deputado Guilherme Mussi (PSD-SP), que torna obrigatório o atendimento da convocação para recall de automóveis. A proposta prevê uma penalidade àqueles que descumprirem a norma. Dessa forma, o motorista que não atender à ordem da montadora estará proibido de licenciar o carro. O projeto também exige que as seguradoras informem o comprador sobre a ocorrência do recall, avisando-o sobre as consequências caso não atenda seu chamado. Já as montadoras e concessionárias seriam obrigadas a entregar os documentos ao consumidor comprovando a realização do recall. Atualmente, o deputado acredita que cerca de 40% dos donos de veículos não retornem às concessionárias para corrigir defeitos de fabricação.

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MUNDO

PMEs norte-americanas repassam taxas dos cartões aos clientes Nos Estados Unidos, as pequenas e médias empresas começaram a transferir as taxas de transações de cartão de crédito para os próprios clientes. As alíquotas variam de 1,5% a 4%, dependendo do valor total da compra. E essa tendência já se estende às locadoras de automóveis, que veem na medida uma forma de reduzir as despesas com as operadoras de crédito, principalmente Visa e Mastercard, que não se posicionaram contra a decisão. Como alternativa ao repasse das taxas, estabelecimentos como postos de gasolina oferecem aos clientes um desconto para pagamento em dinheiro. Outros transferem as taxas para qualquer tipo de cartão, inclusive de débito e o pré-pago. Economistas norte-americanos avaliam que essa medida é recomendável para as empresas de pequeno porte, pois seus lucros diminuem consideravelmente com a cobrança dessas taxas. Mas um questionamento acompanha muitos empresários: vale a pena repassar esse custo ao consumidor? A resposta, segundo os especialistas, depende de fatores como o perfil da companhia e o porte da negociação. Eric Hansen, proprietário de uma locadora em Chicago, acredita que a cobrança de taxas não influi no serviço ao cliente. No Brasil, onde o uso do cartão de crédito é rotineiro, é preciso ponderar todos os fatores econômicos antes de adotar a transferência das taxas. Para as locadoras, a cobrança de uma sobretaxa pode espantar os clientes. Já nos Estados Unidos, o setor está nadando em mar revolto com taxas, sobretaxas e impostos especiais de consumo. Mais do que a taxa de aluguel base do veículo, os locatários muitas vezes pagam encargos, como taxas de aeroporto, taxas de concessão de turismo, taxas da facilidade, da cidade e do condado, impostos e taxas gerais de venda. Por isso, repassar mais um custo pode não ser uma boa ideia. A indústria de aluguel de automóveis e a American Car Rental Association estão empenhadas em aprimorar a questão fiscal nos Estados Unidos, com algumas vitórias. Por isso, transferir as taxas pode não ser a solução. Um dos caminhos é encontrar formas de aliviar a carga das taxas de transações, pressionando o governo e as próprias operadoras de cartões.

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Sindloc-SP

Sindloc-SP

apoio total às locadoras associadas Atualmente, o Sindloc-SP representa cerca de 900 locadoras de veículos no estado. A entidade tem como principal papel criar facilitadores e contribuir com a eliminação de entraves que prejudicam o desenvolvimento da atividade das locadoras de veículos. Durante mais de duas décadas, o Sindloc-SP consolidou seu compromisso com a ética e o respeito, ampliando conceitos de qualidade e profissionalismo entre as empresas, os parceiros, o mercado e a sociedade. A entidade oferece todo o assessoramento de gestão para os seus associados e inúmeros benefícios, como assessoria jurídica sobre todas as questões que envolvem a atividade. Além disso, mantém parceria com fornecedores de produtos e serviços necessários ao negócio de locação em condições diferenciadas e realiza treinamentos e palestras regulares. Não é à toa que, em toda a sua história, o Sindloc SP já cadastrou mais de mil empresas do setor, que juntas disponibilizam uma frota de mais de 150 mil automóveis para locação no estado de São Paulo. Ao mesmo tempo, o Sindloc-SP interage com as autori-

dades constituídas e quando necessário promove ações que visam a preservar o interesse da atividade de locação de automóveis. Como resultado de todo esse esforço, a entidade representativa amplia a cada dia o número de locadoras de veículos associadas. São empresas que enxergam o valor das ações do Sindloc-SP e se utilizam dos benefícios disponibilizados, acreditando que a união é fundamental no processo de desenvolvimento do setor. Ao liderar esse importante segmento da economia brasileira, o objetivo do Sindloc-SP é que essas empresas se profissionalizem cada vez mais e prestem um serviço de qualidade, além de difundir a cultura da locação de automóveis e ampliar o mercado. O incentivo ao contato entre os parceiros de negócios, a atuação diante dos poderes públicos em prol de questões que envolvem o setor e, ao mesmo tempo, a disposição de capacitação e conhecimentos técnicos e de legislação a serviço das empresas locadoras do estado demonstram o empenho da atual Diretoria Executiva para alcançar os objetivos do Sindloc-SP.

Contate-nos pelo telefone (11) 3123-3131 ou pelo e-mail sindloc@sindlocsp.com.br

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artigo

Cultivar talentos nas turbulências Ao menor sinal de crise, a primeira coisa que vem à cabeça dos

É necessário saber onde o corte de funcionários vai impactar

executivos é corte de funcionários. A máxima é repetida pelas em-

menos. Devem ser levadas em conta as perspectivas futuras. Muitas

presas como um mantra. Mas, muito além da redução da folha de

vezes vale mais a pena manter um pequeno volume de ociosidade

pagamento, estão os talentos. Vários deles aptos a contribuir para o

por um curto período de tempo, do que ser pego de surpresa por

aumento da produtividade e diminuir os efeitos de qualquer turbu-

uma repentina retomada do crescimento.

lência nos resultados da companhia.

Perder talentos na crise é muito mais complicado do que quan-

O problema é que, ao ver o faturamento cair, os executivos não

do as coisas vão bem. É o momento em que se exige mais dedicação

pensam nos benefícios de ter um bom funcionário comprometido

e comprometimento. Um funcionário caro, valorizado e experiente

nos seus quadros por um tempo mais prolongado. Eles enxergam

é obrigado a saber lidar com este tipo de situação. Já os novatos

apenas os números imediatos, de curto prazo. Quase dois terços

podem se perder.

dos empregadores brasileiros apontam a retenção de talentos como

É nessas horas que o empresário pode identificar quem re-

um dos três maiores desafios empresariais, segundo o mais recente

almente está comprometido com o trabalho, com a empresa e

relatório Unified HCM and Talent Technology Survey Report, publica-

com a própria carreira. Saber reter talentos e valorizar esforços

do pela Deloitte no ano passado. Mas poucos, porém, contam com

pode gerar bons frutos no futuro. Antes de demitir, sempre uma

programas formais para manter seus melhores profissionais.

decisão drástica, a empresa deve analisar com muito cuidado o

Claro que as empresas aproveitam esses momentos para se reestruturar. Mas é necessário estar atento aos gargalos para não des-

perfil dos seus colaboradores, considerando principalmente quatro fatores:

perdiçar talentos. Se a produtividade caiu com os efeitos da crise econômica, antes de pensar em cortes é necessário analisar se há sinais de que a situação poderá voltar ao mesmo patamar. Eliminar colaboradores experientes pode causar problemas na retomada do crescimento.

• • • •

Impacto no Negócio da Empresa Situação Atual da Empresa X Planejamento Estratégico Avaliação de Desempenho Análise de Potencial

Mesmo com remunerações altas, há profissionais essenciais para todos os processos operacionais das empresas. A exclusão destes

É altamente provável que a demissão de um colaborador que

colaboradores pode, em um primeiro momento, diminuir custos fi-

preencha os fatores mencionados signifique, no futuro, mais despe-

xos. No entanto, em médio e longo prazo, a qualidade do trabalho

sas com recrutamento, seleção e treinamento.

pode ser seriamente comprometida e reduzir mais ainda os lucros.

O erro de demitir um talento promissor pode nunca ser perce-

Existem sim situações que demandam decisões rápidas e, muitas

bido. Mas se bem analisado antes de fazer e evitado, pode ser muito

vezes, drásticas. Mas pensar bem e cortar no lugar certo é ainda

lucrativo para as empresas. Antes de cortar, é necessário olhar para

mais importante. No caso de uma indústria, se a demanda diminui,

o futuro.

a produção também deve ser menor. O corte é inevitável, mas o gestor deve ter precisão cirúrgica. Vale escapar da frieza dos números,

Nelson Moschetti

assumindo uma postura de sintonia fina para administrar pessoas.

é advogado, sociólogo e consultor da Moschetti Associados

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