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janeiro|fevereiro|março 2014 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA VERSÃO DIGITAL
O bom filho à casa torna
PUBLICAÇÃO DA
RESULTADO
2013
A festa foi linda, a Sala Municipal Baden Powell estava cheia e a noite de 27 de janeiro foi incrível. Fortalecemos os laços de amor por um veículo tão especial que é o Rádio.
Melhor Repórter: Alberto Brandão | Super Rádio Tupi Melhor Programa de Rádio: Show do Tino | BEAT98 Melhor Repórter Esportivo: Mauro Leão | FM O Dia Melhor Locutor Esportivo: José Carlos Araújo | Band News/Bradesco Melhor Rádio Web: Rádio Globo FM Melhor Site: BEAT98 Melhor DJ: Dennis DJ | BEAT98 Melhor Programador Musical: Zequinha | BEAT98
Melhor Promoção de Rádio: Maratona Fm O Dia | FM O Dia Melhor Âncora: Ricardo Boechat | Band News FM Melhor Operador: Toninho Malvadeza | Rádio Globo Melhor Locutora: Viviany Tenório | Rádio FM O Dia Melhor Locutor: Tino Junior | BEAT98 Melhor Comunicador: Antonio Carlos | Rádio Globo Melhor Rádio: FM O Dia Melhor Produtor: Van Damme | BEAT98
Obrigada a todas as rádios que compareceram, independente de torcida. Foi a festa do Rádio Carioca.
ÍNDICE
02 Editorial
13 Por trás do microfone
03 Microfone Aberto
18 Música
04 Por onde anda?
19 Esporte
07 Capa
20 Mural
José Carlos Araújo
Jaquelini Azeredo
O bom filho à casa torna
14 Humor
O Rádio, a música, a vida Não por acaso que a CBF
é no Rio
Aniversariantes do mês de janeiro, fevereiro e março.
Jorge Nunes
UMA PUBLICAÇÃO DA ESCOLA DE RÁDIO diretor
revisora /ombdsman
Ruy Jobim
Leila Sarmento
editora- chefe
diagramação
Cris Jobim
Nicoli Ferraz
repórter
assistente de
Thayz Guimarães
produçao
colunistas
Maurício Menezes Bruno Menezes Luiz Antonio Mello Acácia Vieira
Andressa Vieira
facebook.com/radioemrevista twitter.com/radioemrevista contato
Rua Pedro Américo, 147, lj A, Catete Rio de Janeiro/RJ • (21) 3495-4900 contato@radioemrevista.com www.radioemrevista.com
produção
Allan Lima
contato para publicidade
comercial@radioemrevista.com R ádio em R evista é uma publicação da escola de rádio e circula gratuitamente na cidade do R io de J aneiro. A s opiniões que aparecem nos artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista .
EDITORIAL
V
er a nova cara da Rádio em Revista me deu um ânimo enorme! Espero que todos gostem dessa repaginação.
A mudança não foi só no visual, convidamos três novos profissionais para fazerem parte da nossa equipe de colunistas. Além de Maurício Menezes que tem a coluna de humor desde o lançamento da RR, Luiz Antonio Mello se une para falar sobre música, Bruno Menezes sobre esporte e Acácia Vieira assina o “Por Onde Anda?”. Outra novidade é a chegada da webradio da Rádio em Revista com direito a site exclusivo: www.radioemrevistaweb.com. Uma programação focada em mostrar novos talentos da música e da locução. Espaço reservado para ex-alunos da Escola de Rádio e músicos que desejem divulgar seus trabalhos. O Rádio também começou o ano cheio de novidades: o grupo JB anuncia a chegada em março da Rádio Cidade no dial 102,9. Falamos sobre a história da emissora que marcou uma geração e foi responsável pela mudança de linguagem no Rádio carioca. Uma edição histórica. Garotinho é o nosso entrevistado especial do “Por trás do Microfone” e conta sobre os novos rumos dele e de sua equipe. Um ícone do esporte! A maior novidade é o formato da nossa revista: ela passa a ser digital apenas. Caso surjam patrocinadores, futuramente retornaremos a rodar nossos exemplares. Curtam nossa página, mandem email, se manifestem sobre a RR. Sua opinião é importante. Cris Jobim
José Carlos Araújo sai da Rádio Bradesco Esportes - onde ficou desde 23 de maio de 2012 - e inicia uma nova etapa na Rádio Transamérica. Com ele, o time: Deni Menezes, Áureo Ameno, Fernando Bonan e outros. A estreia foi dia 02 de fevereiro de 2014. O produtor Rômulo Oliveira, mais conhecido como “Magrinho”, está de casa nova. Ele que atuava na BEAT98 agora está na FM O Dia. Depois de quase quatro anos, Bruno Menezes solicitou seu desligamento do Sistema Globo de Rádio onde atuava como Supervisor de Emissora da BEAT98. Esta foi a terceira passagem do profissional pela casa. Neste mês de março, Bruno completa 20 anos de rádio.
em 91,9. Ainda não foi oficialmente divulgada a data de estreia da emissora no Rio. A partir do dia 5 de março, aniversário de Villa-Lobos e Dia Nacional da Música Clássica, a Rádio MEC FM do Rio de Janeiro apresenta diversas novidades para os amantes da música de concerto. A emissora fará a estreia de novos programas ao longo de uma semana (de 5 a 11 de março). Faleceu em 31 de janeiro o jornalista, e comentarista esportivo, Jorge Nunes. O Rádio perde o comentarista do povo. O comunicador Loureiro Neto faleceu em 26 de fevereiro. Famoso comentarista esportivo, o radialista foi homenageado em diversos veículos.
No dia 29 de janeiro uma ótima notícia aos ouvintes: a Rádio Cidade Rock de volta ao dial 102,9! É a “Cidade voltandopara casa”. Estreia oficial em 10 de março.
Comunicamos o falecimento do único filho do casal Daisy Lúcidi e Luiz Mendes, Luiz Mendes Junior faleceu dia 13 de fevereiro.
A Kiss FM, conhecida rádio rock de São Paulo, também tem dado os ares pelo dial carioca. A emissora tem sido ouvida
Acompanhe as novidades do rádio no site www.radioemrevista.com.
MICROFONE ABERTO
MOVIMENTAÇÃO NO RÁDIO
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POR ONDA ANDA? 4
JAQUELINI AZEREDO
por Acácia Vieira
Rádio em Revista: Como foi na sua infância e adolescência sua relação com a música, a notícia e o Rádio? Jaquelini Azeredo: Bem, a minha infância foi regada a música, numa época em que só dispúnhamos de um radinho e, no caso dos mais felizardos, um gravador portátil para gravar o que desejássemos. Neste caso eu era uma das felizardas pessoas que, por inspiração do meu pai, foi presenteada num belo dia de natal com um inesquecível gravador, que fez toda a diferença em minha vida. Eu tinha oito anos. Finalmente podia reter as músicas do The Jackson 5 (“Music and Me”, “Ben”...), Carpenters, Stevie Wonder, Genesis, Secos e Molhados (... o gato preto cruzou a estrada, passou por debaixo da escada e lá no fundo azul...) e por aí vai. Ainda sobre o gravador de capa de couro com alça de transporte, me tornei a repórter da família, sem nenhuma inibição. Meu avô logo profetizou: é repórter, essa menina vai
longe... (risos). E ele tinha razão. Aos 17 anos fui morar longe de Saquarema, em Niterói, para trabalhar na Fluminense FM, a Maldita, que à época era pilotada pelo genial Luiz Antonio Mello, que escreveu editoriais memoráveis, os quais tive o privilégio de ler no programa Rush. A cereja do bolo. Mas isso é outra história. Vamos voltar atrás. A minha adolescência também respirou música e, mais uma vez o meu pai, me apresentou a Rádio Eldorado. Ouvia sempre. A Mundial também. Mas o rádio sempre sintonizava a Eldorado e me acostumei a ouvir o Orlando de Souza, locutor. Qual não foi a minha surpresa, anos depois, ao perceber que o locutor que trabalhava comigo na JB AM, um senhor gentil, era o dono da voz que me acostumei a ouvir! Ponto. RR: Quando começou a trabalhar em Rádio e como foi? JA: A primeira Rádio que me contratou foi a Serramar FM, de Saquarema,
RR: Por quais emissoras passou e qual delas considera a mais marcante? JA: Serramar FM, Fluminense FM Maldita, Estácio FM, JB AM e FM, Antena 1, Tupi FM e Globo FM. A Fluminense FM foi marcante pelo pioneirismo, o momento único em que lançou o rock nacional, com as fitas cassete que armazenavam o que hoje faz parte da memória nacional. Viva o programa Espaço Aberto! Inesquecível tudo o que vivi nessa Rádio. A JB AM me trouxe o profissionalismo tão marcante em minha história. RR: Qual o momento mais feliz da sua carreira e o mais triste? JA: Vivi esses dois momentos numa mesma empresa, a Jornal do Brasil. Foi o melhor ambiente de trabalho, o espaço físico era impressionante, num prédio na Av. Brasil, onde hoje estão as instalações do INTO - Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia. Na Rádio JB tive reconhecidos todos os meus direitos trabalhistas e isso, à época, era incrível. Imagine trabalhar em um andar onde havia muitos estúdios de Rádio - incluindo a lendária Rádio Cidade - e um salão que abrigava 90 jornalistas só para as Rádios? Vivi isso. Só alegria e gratidão. O momento mais triste também foi neste mesmo emprego, quando venderam a JB AM e toda a grande equipe foi
desmontada e a maioria demitida. Essa Rádio era um luxo, das instalações aos profissionais que ali trabalhavam. Que faculdade fantástica cursei neste ambiente. RR: Quais as suas atividades profissionais atuais? JA: Hoje sou terapeuta floral, profissão que me abraçou e sou grata por isso. Esse é o meu lado “fluido”, etéreo, espiritual. Cuidar das emoções de pessoas, ajudando-as a encontrar o equilíbrio e saúde integral tão necessários. Cuido das minhas emoções com os mesmos florais, que são remédios extraídos de flores silvestres, cultivadas pela natureza, à qual reverencio. Mas ainda trabalho gravando para vídeos institucionais, spots etc. Gravo na minha “base”, em Cabo Frio, onde moro, e distribuo via internet. RR: Voltaria para o Rádio? Há algo no Rádio que não fez e gostaria de tentar? JA: Voltar para o Rádio, sim, mas para realizar o sonho do meu marido, Roberto Lobão, que deseja formatar uma Rádio, produzir com uma boa equipe. Roberto é do nosso meio, digo é, porque nunca deixamos de fazer parte deste mundo mágico, regido pelas notas musicais e timbres de vozes que ainda nos intrigam e fazem sonhar. Minha gratidão a todos que fazem parte dessa minha história, que ainda me emociona, e a você, Acácia, que não me deixa esquecê-la.
POR ONDA ANDA?
locutor para trabalhar de madrugada. Mas contrataram a menina simpática e deram um bom horário para ela. Tramas do destino.
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ESPECIAL
Novidade
na
Escola
de
Rádio
A Escola de Rádio está autorizada pelo Conselho de Educação (parecer favorável E-03/015/3040/2013) a realizar TODOS os Cursos Profissionalizante de Rádio e TV. Com isso a ER passa a oferecer Registro Profissional na SRTE, antiga DRT, para os seguintes cursos:
• • • • • •
Produçao de Rádio e TV Noticiarista de TV Apresentador de TV Operação de áudio Edição de áudio Sonoplastia
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Programação musical Operaçao de câmera Direção de imagens Ediçao de vídeo Iluminação Locução Rádio e TV
6 Já estão abertas as matrículas para os profissionalizante de Locução Rádio e TV, Produção Rádio e TV, Operação de áudio e Edição de áudio. Para saber mais detalhes entre em contato a Escola de Rádio pelo telefone: 212225-5794 e acesse o site www.escoladeradio.com.br
OMBUDSMAN
por Leila Sarmento Jornalista
A Rádio em Revista é sua e quer ouvir você. Mande seus comentários, críticas e sugestões para que a gente possa melhorar cada ver mais a nossa RR! Todas as mensagens serão lidas com atenção e cuidado e faremos o possível para atender a todas as solicitações. Erramos: Na edição anterior (out/nov 2013) o aniversariante Renan Miranda foi creditado como produtor quando na verdade é gerente executivo. A grafia do locutor Charles UCHoa está errada. leilasarmento@radioemrevista.com
por Thayz Guimarães
CAPA
O BOM FILHO A CASA TORNA
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Em 1º de maio de 1977, Dia do Trabalhador, era inaugurada a Rádio Cidade, primeira Rádio jovem do FM carioca. Revolucionária por origem e exemplo de inovação no Rádio até hoje, ela fez do dial 102,9 sua estação por quase três décadas. Em março de 2006, porém, ela deixaria órfãos milhares de ouvintes que a tinham como companheira fiel nas horas mais variadas do dia. No período que se seguiu, a Rádio manteve sua sobrevida na internet, sob o nome de Cidade Web Rock, mas sem o mesmo prestígio. O dial 102,9 em 06 de março de 2006 passa a pertencer a OI FM, constituída pela maior operadora de telefonia fixa e móvel do país, a Oi (ex-Telemar). Surge uma nova forma de fazer Rádio,
com interatividade através de telefonia celular. Na virada do ano para 2012, quem sintonizou o dial passou a ouvir o novo prefixo: “Rádio Verão FM”. A mudança significava o fim do contrato entre o Grupo Bel e a operadora de telefonia Oi, que marcou uma das primeiras operações de Rádio customizada no Brasil. De março de 2012 até outubro de 2013, o dial passa a ser ocupada pela Jovem Pan 2 FM, mas devido a problemas financeiros, voltou a ficar vago. Com o dial 102,9 FM vazio novamente, teve início no twitter uma campanha capitaneada pelo músico Tico Santa Cruz, que pedia a volta da rádio à sua antiga casa. O #voltaradiocidade, rapidamente, ganhou adesão nas redes
CAPA 8
sociais e a “Rádio Rock” virou motivo de burburinho nos corredores das Rádios. E, finalmente, no dia 10 de março, a Rádio Cidade voltou a operar no dial carioca, em 102,9 FM, e com uma nova logomarca escolhida pelo público. A decisão do retorno foi tomada pelo grupo que controla a emissora carioca e ainda a Rádio JB FM – 99,9. Mas, o que esperar dessa nossa fase da Rádio Cidade? Que bons ventos a aguardam a partir de agora? O que pensam os antigos ouvintes a esse respeito? Com vocês, um pouco da história dessa rádio que, não apenas inovou o modo de se fazer Rádio no Rio e em todo o Brasil, como também influenciou muitas gerações.
E NASCE UMA ESTRELA Em 1976, o Jornal do Brasil adquiria a Rádio Jornal Fluminense, de Niterói, com o intuito de levar o transmissor para o Sumaré, no Rio de Janeiro. Fernando Veiga, então superintendente geral, pediu que fossem apresentadas cinco propostas de Rádios. Dentre os três projetos principais, um se destacou mais do que os outros: era a Rádio Cidade de Carlos Townsend! Townsend acabara de voltar dos EUA e trazia em sua bagagem o encanto pelo dinamismo das Rádios americanas. Por essa razão, o modelo apresentado por ele vinha nos moldes do que seria a Rádio Cidade: uma Rádio jovem e de estilo pra frente, movimentado. Em 1977, não existia Rádio FM para o público jovem. “A Rádio Cidade foi a primeira, ela foi tudo”, garante
a jornalista Érika Carvalhosa. Ela explica que, nessa época, havia apenas duas rádios jovens no Rio: a Tamoio e a Mundial, ambas da banda AM e as Rádios FM que existiam quando a Rádio Cidade surgiu eram chamadas “rádios de consultório” ou “rádios de elevador” e que, antes da Rádio Cidade, a programação do FM era toda em formato “vitrolão”, ou seja, tocava uma música atrás da outra sem o locutor anunciar de qual se tratava. “O que você tinha de mais dinâmico no Rádio talvez fosse o Big Boy, da Rádio Mundial, mas era na banda AM”, comenta. Infelizmente, Big Boy morreria, em São Paulo, três meses antes do surgimento da Rádio Cidade. Rui Taveira, DJ e sonoplasta do Sistema Globo de Rádio, afirma que as Rádios que dominavam essa época eram muito populescas e a Rádio Cidade veio para atender a uma classe mais elitizada. Contudo, segundo Érika Carvalhosa, apesar de ter sido feita para o público da Zona Sul, a Rádio atingiu, em meses, o Rio de Janeiro inteiro. Mesmo com poucos aparelhos de recepção FM a Rádio Cidade, com quatro semanas de existência, já era líder de audiência no Ibope. Esses números fizeram com que o Pólo Industrial de Manaus passasse a produzir, rapidamente, rádios veiculares com banda FM por causa do enorme sucesso da Rádio Cidade.
“UMA AMÁLGAMA DE VÁRIAS COISAS IMPORTANTES” Para falar do que foi a Rádio Cidade nos seus primórdios e com todas as inovações, ninguém melhor do que seu
próprio criador. Com a palavra, Carlos Townsend:
CAPA
“De cara, a Rádio Cidade revolucionou a forma como o Rádio estava se comunicando até então com os ouvintes. Foi difícil, porque foi uma técnica que já se usava nos Estados Unidos, mas você precisava adaptá-la ao Brasil, à embocadura brasileira, aos costumes brasileiros, enfim, à malemolência, ao ritmo, que é bem diferente do americano. A Rádio Cidade era uma Rádio onde o locutor também operava. Até então não tinha isso, os locutores ficavam em uma sala e os operadores em outra, locutor não botava a mão em equipamento. Enquanto isso, nos EUA, havia o que eles chamavam de ‘operação combo’ que é, justamente, o cara fazer tanto a operação da mesa quanto a locução. Isso dava uma dinâmica muito maior, porque você tinha uma pessoa só controlando tudo, a fala e a música. Na Rádio Mundial AM, no Rio, os locutores eram todos muito empostados, com a voz muito colocada, e sem liberdade de falar nada, eles tinham que ler o que estava escrito. E na Rádio Cidade a filosofia era justamente oposta,
você dava ao locutor o que ele tinha que falar, mas ele falava da forma dele e de maneira conversada, não ‘locutada’. Em relação à música, a programação da Rádio Cidade foi uma amálgama de várias coisas importantes que a influenciaram e me influenciaram também. Na minha infância e juventude eu ouvia a Rádio Mundial e conhecia todas as músicas que fizeram sucesso antes de 1977. Eu era ouvinte de Rádio e acompanhava de perto e, falando inglês - eu tenho nacionalidade americana - eu tinha uma facilidade de lidar com a língua e com as coisas que vinham de fora. Acabou que o estilo da Rádio Cidade se tornou um estilo diferente de tudo, não ficou parecido com uma rádio americana nem com a Rádio Mundial, nem com nenhuma outra coisa, na verdade. Foi um estilo novo! Que, por sinal, foi muito copiado depois. A Rádio Cidade teve vários pontos importantes: ela foi a primeira Rádio jovem do FM, com a vantagem de que as duas concorrentes dela eram do AM, ou seja, a qualidade de som não podia nem ser comparada. Então, mesmo que as músicas da Rádio Cidade não fossem tão boas assim, talvez valesse a pena escutá-la, apenas por conta da qualidade do FM. Segundo, ter trazido dos EUA a técnica do combo, onde o cara falava e operava a mesa ao mesmo tempo. Terceiro, uma programação musical que foi baseada no que era flashback e, naquela época, estava entrando um movimento novo, chamado discotech, que era a disco music. Eu botei bastante pop-rock e MPB, mas a disco music dava
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CAPA
uma levantada na programação da Rádio. E as vinhetas que a gente mandou fazer nos EUA especialmente para a rádio davam um dinamismo muito grande na programação. A Rádio Cidade era muito pra cima, ela levantava mesmo o astral das pessoas. O Rádio que se fazia até então era muito antigo, muito atrasado, um pouco retrógrado e a Rádio Cidade deu uma acelerada nisso, deu um up-todate, colocou o Rádio bem parecido com o que estava acontecendo lá fora, principalmente nos Estados Unidos, e isso deu uma levantada no veículo como um todo.”
FALTA CRIATIVIDADE
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Pegue tudo o que você sabe a respeito de se fazer Rádio no Brasil hoje e, tenha certeza, pelo menos 70% disso é fruto das inovações implantadas pela Rádio Cidade durante seus 29 anos de vida no dial 102,9. “Se, hoje, você tem uma Rádio que é dinâmica e interativa, foi a Rádio Cidade que fez isso”, afirma Érika Carvalhosa. De acordo com ela, o que se percebe é que, desde então, vemse apostando em fórmulas prontas e
já não se ousa experimentar nada que seja diferente, não se compram mais ideias. “Eu acho que faltam mais Carlos Townsend no mercado de Rádio. Falta criatividade! Depois da Rádio Cidade ninguém criou nada de diferente. Pensar dá trabalho, né?”, alfineta a jornalista. Carlos Townsend considera que nós “emburrecemos” musicalmente de lá pra cá. “Com a emergência da Classe C nos últimos anos, ela está consumindo mais e aumentou a circulação do tipo de música que tem a ver com suas origens – axé, pagode, sertanejo universitário. O que dá audiência hoje? Quem toca o que o público quer. É o que a FM O Dia faz. De certa maneira, a FM O Dia tem características parecidas com a Rádio Cidade, por ser uma Rádio líder, uma Rádio pra cima, alegre e comunicativa. Nesse aspecto, ela incorporou o que a Cidade tinha naquela época, mas só isso, no resto ela não é parecida em nada”, enfatiza. “O que eu vejo é que houve uma mudança de águas. Antigamente todo mundo ouvia quase as mesmas coisas em termo de pop-rock e agora mudou, todo mundo ouve os mesmos pagodes, os mesmos não-sei-o-quê,
Equipe da Rádio Cidade no seu quarto ano. Fonte da imagem: www.locutor.info
mas em matéria de segmentos mais sofisticados, a coisa evoluiu, e aí você tem Rádios de internet específicas, uma que toca só techno, outra só trance. E isso não tem saída”, desabafa.
Carlos Towsend considera ser muito natural essa reação do público em pedir a volta da Rádio Cidade desde que o
TRIBO DOS CARETAS Foram quase três décadas ininterruptas de existência e algumas mudanças, principalmente de estilo, ao longo do caminho. Gerações bastante distintas e distantes foram educadas ao som da Rádio Cidade, seja no tempo da disco music, seja depois, já na fase rock and roll. Mas uma coisa era certa: por mais que mudassem o gênero musical da estação, o estilo dos ouvintes, quase sempre, permanecia o mesmo. Rui Taveira conta que existiam duas tribos: a dos “caretas” e a dos “doidões”. Segundo ele, o “doidão” ouvia a Fluminense, já o “careta” ouvia a Rádio Cidade. “Era assim mesmo! A Fluminense tocava aqueles rocks progressivos que duravam 20 minutos. Isso jamais aconteceria na Rádio Cidade! Lá, as músicas já chegavam em cartucho no estúdio, e não podiam passar de quatro minutos”.
CAPA
#VOLTARADIOCIDADE
102,9 FM do Rio ficou vago. Para ele, a Cidade sempre esteve ligada a este dial e, com o sucesso que ela fez, solidificou esse número, que virou mitológico. No entanto, ele não acredita em um retorno da Rádio Cidade no estilo que era originalmente. A esse respeito, ele é taxativo: “De jeito nenhum! Eu acho que é muito difícil fazer algo sequer parecido com a Rádio Cidade. Você tem duas opções: ou mantém uma rádio sofisticada, que não toca axé, não toca pagode ou você toca o popular. Então, qualquer formato, mesmo que seja o mesmo formato da Rádio Cidade daquela época, com os mesmos locutores, com a mesma dinâmica, não vai ter audiência para isso, as pessoas vão estar ouvindo FM O Dia ou BEAT98.” Érika Carvalhosa é da mesma opinião: “Mas aí volta em que situação? Volta como? A marca é muito forte. Tem a marca daquela pessoa que começou
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CAPA
vindo a Rádio Cidade lá no começo. Tem a minha marca, que comecei a escutar Rádio no final da década de 1980, começo da década de 1990. E tem a galera agora que conhece a Rádio Cidade como ‘Cidade Rock’. Essa Cidade Rock, pra mim, não é a mesma rádio. Apesar de ter bons profissionais que já trabalhavam lá, pra mim, não é a mesma rádio que eu ouvi. Claro que a gente não está falando em voltar para a Rádio Cidade da década de 1970, mas você também não pode pegar uma marca e colocar qualquer coisa no lugar. Isso é acabar com ela”.
Rui Taveira acrescenta: “Será que a Rádio Cidade de hoje conseguiria ter a mesma graça de antes? Acho que não é mais possível repetir o sucesso que ela teve. Seria uma decepção para mim e para a galera dos anos 70, porque a rádio não ia conseguir voltar nem 10% do que foi. Não me refiro à audiência, mas no sentido de importância mesmo”. Agora é questão de esperar o que vem por aí! Muita sorte a todos da Rádio Cidade e que as nossas tardes possam ser, mais uma vez, repletas da boa música que essa rádio sempre nos proporcionou. Aquele abraço! •
a nova RÁDIO CIDADE 12
No dia 10 de março de 2014 as 7 horas da manhã, a Rádio Cidade Rock é inagurada no Rio de Janeiro, a equipe de locutores que fará parte desta nova fase se apresenta ao público. O time de locutores que irá comandar o microfone é: das 6h às 10h – Wagner Torres, das 10h às 14h - Serginho Bitenka, das 14h às 19h, Zeca Lima e das 20h às 24h - Demmy Morales.
Essa é a nova marca, escolhida pelo público através do site.
O RÁDIO, A MÚSICA, A VIDA por Luiz Antonio Mello - jornalista
sileiras. Valia dinheiro vivo, viagens, carros, enfim, o jabá é um animal performático, multifacetado e mantém seu (mau) caráter vinculado à metamorfose. Hoje, o Brasil vive mais um momento de crise em boa parte das emissoras musicais, o que por um lado é bom. É bom porque força os magnatas a investirem em mão de obra qualificada e não gente que ganha a vida recortando hit parade de revista americana para programarem depois. O tiro de misericórdia no esquemão de muitas emissoras musicais lentas, provincianas e também corruptas (jabá) foi a internet. A internet surgiu como uma espécie de Princesa Isabel digital, abrindo as senzalas do Rádio em todo o mundo. Hoje, qualquer pessoa, em casa, monta uma webradio, que o público vai consagrar ou sepultar. Simples. A seleção natural está acontecendo na savana do saber e não na do jabá. Mudou o norte dessa história. E não são poucas as webradios no Brasil. No resto do mundo já passam de um milhão, como podemos constatar acessando o sensacional portal www.radios.com.br que fica em Varginha-MG. Vamos em frente. Em alto e bom som! * www.colunadolam.blogspot.com
MÚSICA
O Rádio e a música começaram a viver um caso nos anos 1950. Os historiadores dizem que, a princípio, lamentavelmente foi por uma medida econômica calhorda. A música começou a servir de tapa-buracos para as radionovelas e programas similares que, evidentemente, custavam caro e foram sendo ceifados. Muitas emissoras, visando lucros, começaram a inserir música chamada de mecânica (gravações) para substituir atores, atrizes, narradores. O problema é que a música virou receita de sucesso e o sucateamento do Rádio produzido, pensado, roteirizado foi inevitável. Nos anos 1960, os discos estavam consagrados nas Rádios brasileiras, que sempre se inspiraram no modelo norte-americano. Só que lá os poderosos (até hoje) sindicatos contiveram o apetite dos magnatas das comunicações, obrigados a não demitir. De forma alguma. No Brasil, com raras exceções, os sindicatos de radialistas sempre foram comandados pela triste e lamentável figura do pelego. Como escreverei sobre música aqui na Rádio em Revista, inauguro a seção com essa breve exposição de motivos. Bom, se a música se consagrava na mídia Rádio nos anos 1960, um de seus subprodutos, o famigerado jabá, começava a ganhar força, tornando-se figura nefasta e obrigatória em muitas emissoras bra-
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HUMOR
JORGE NUNES por Maurício Menezes
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A morte chegou para Jorge Nunes quando ele estava na melhor fase de sua curta vida de radialista. Jorginho, como todos o chamavam, pediu demissão da Light para trabalhar em rádio. E passou a ganhar ¼ do que recebia na Light. “Quando contei isso em casa, minha mulher quis me matar”, lembrou certa vez. E Jorginho não foi trabalhar numa rádio grande. Foi para uma pequena emissora e as reportagens eram feitas de um orelhão para o estúdio, para simular o som de uma externa. “Eu levava quilos de ficha de telefone”, contou. Foi Washington Rodrigues quem o descobriu e o levou para a Tupi. Da rua do Livramento, Jorginho foi para o jornal O Povo e para o Balanço Esportivo, da CNT, com Edilson Silva. Passou também a gravar comerciais para o rádio e a TV. Menos de 10 anos depois de deixar a Light, Jorginho provou que estava certo. Tinha um bom carro, um apartamento em Cabo Frio, um bom apartamento no Rio. Mas Jorginho não escondia suas origens de menino pobre do Sampaio. Certa manhã chorou muito no programa do Clóvis Monteiro , ao confessar que estava no trem, com alguns amigos e viu o pai passar, vendendo pentes e Jorginho fingiu não vê-lo. “Quando cheguei em casa, chorei muito, pedi desculpas, porque meu pai era um herói.” Jorginho era um menino. Se visse alguém precisando de calças, voltava nu para casa. Algumas vezes me falou que tinha medo de morrer, porque não era possível que tudo o que a vida estava lhe oferecendo não tivesse uma cobrança. Adorava o Rádio, a TV, o Jornal, seus amigos, o Vasco, as peladas. Mexia com todo mundo. Jorginho era um cara do bem e às vezes não entendemos porque a vida faz essas coisas com gente como ele.
POR TRÁS DO
MICROFONE
JOSÉ CARLOS ARAÚJO
por Thayz Guimarães
Quem não o conhece até o confunde com um “garotinho” se ouvir apenas a sua voz. Ex-aluno do Colégio Pedro II, José Carlos Araújo sonhava em ser médico, mas, por força do destino, todos os caminhos trilharam para o microfone e os estádios. Ele começou aos 14 anos narrando jogos de futebol de botão entre amigos e participando de programas estudantis na Rádio Nacional e na Roquette Pinto. Garotinho – apelido pelo qual ficou conhecido desde a Copa de 1974, graças a Deni Menezes que assim o intitulou, pois Zé Carlos chamava a todos que conhecia de “garotinho” – cobriu o milésimo gol de Pelé, no Maracanã, e narrou o milésimo gol de Romário, no São Januário. Entre um e outro, mais de três mil jogos no comando da transmissão. Com vocês, nosso entrevistado, eleito o Melhor Locutor Esportivo pelo Prêmio Rádio Rio 2013.
Rádio em Revista: José Carlos, você começou no Rádio aos 14 anos, mas também se formou em Geografia pela UERJ e foi oficial R/2 do Exército Brasileiro. Como explicar essa sua ligação com o magistério e o serviço militar? José Carlos Araújo: A minha vida inteira eu estudei em escola pública. A minha turma do Pedro II tinha 22 alunos e, desses, 18 são médicos. Eu também me preparei para fazer medicina, só que, pra isso, eu tinha que parar de trabalhar e, como eu era de origem muito humil-
de, escolhi então uma carreira que desse para conciliar o emprego com a faculdade. Fiquei em dúvida entre neolatinas e geografia, mas acabei optando pela segunda. Cursando medicina, eu teria de ficar cinco anos na faculdade mais dois anos de residência, além da especialização, ou seja, pelo menos, uns dez ou doze anos sem trabalhar. Fazendo Rádio, eu não precisei parar de estudar. RR: A sua narrativa é jovem, pra frente. Quem não te conhece pode até
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MICROFONE POR TRÁS DO
achar que você é mesmo um “garotinho” só ouvindo a sua voz no Rádio durante as partidas. De onde vem tanta alegria? JCA: É que eu gosto do que eu faço, principalmente, porque eu sou um cara entusiasmado, tanto que, com 42 anos de Rádio Globo, eu pedi demissão para lançar um projeto na Rádio Bradesco, e agora, depois de implantado esse projeto, um ano e sete meses depois, eu pedi demissão e estou com um novo desafio na Rádio Transamérica a partir de fevereiro.
É que eu gosto do que eu faço, principalmente, porque eu sou um cara entusiasmado, tanto que, com 42 anos de Rádio Globo, eu pedi demissão para lançar um projeto na Rádio Bradesco.
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RR: E por falar nisso, por que você resolveu deixar a Rádio Globo depois de tantos anos e, em um curto espaço de tempo, mudar de casa novamente? JCA: Exatamente por esse entusiasmo. Primeiro porque precisava de alguém agitando e que desse uma mexida no mercado profissional de Rádio. Isso aconteceu quando eu saí da Rádio Globo e está acontecendo de novo, agora, quando eu estou deixando o Grupo Bandeirantes de Rádio e indo para a Transamérica. E, durante todo esse tempo, a gente sentiu, por exemplo, na Bandeirantes, que a Bandeirantes investiu em
Rádio, continua investindo e o Grupo é entusiasmado com o veículo Rádio, só que, como eu já tinha cumprido a minha missão de implantar uma rádio para dar oportunidade aos jovens, eu achei por bem dar oportunidade, agora, para aqueles que são mais veteranos, tipo Áureo Ameno, Rui Fernando, o Gerson e o Gilson que já são veteranos comigo. Todos eles vão trabalhar comigo exatamente em função dessa nova filosofia na Transamérica. É questão de filosofia e eu gosto de encarar os desafios, exatamente porque, a cada ano, eu me sinto renovado. RR: Você tem um ritual antes de começar a narração de um jogo? JCA: Não... O melhor remédio para quem trabalha em Rádio e, principalmente, para transmitir futebol, é ter dormido bem a noite anterior. Então, eu não faço noitada, eu não frequento a noite, eu sou um cara que faz exercícios às 7h, 7h30 da manhã todo dia, chova ou faça sol. Eu cuido da minha saúde para poder ter um desempenho profissional até onde papai do céu me der condição. RR: Como é a sua relação com o público? JCA: Eu hoje transmito futebol com o laptop aberto o tempo todo, interagindo com ouvintes do mundo inteiro, por exemplo, tem brasileiros no Havaí, brasileiros na Flórida que me acompanham até na troca de emissoras, só pelas redes sociais já sabem que eu estou na Transamérica. Então, já estão mandando mensagem pra mim e, nesse
RR: Pra você, quem é o grande nome da locução esportiva no Rio hoje? JCA: Eu admiro muito o trabalho do
MICROFONE
RR: E quais são as suas expectativas nessa nova fase, agora na Transamérica, com um time novo? JCA: Olha, a minha expectativa é a mesma de sempre. Eu vou continuar na TV Bandeirantes e como colunista do jornal Metro, que também é do Grupo, mas, na Rádio Transamérica é um trabalho novo, quer dizer, não posso nem comparar com o da Bradesco. É um projeto diferente. Mas eu acho que quem sai vitorioso é o Rádio, porque vamos abrir mais portas, valorizar mais o mercado e oferecer mais oportunidades aos jovens e também àqueles que, aparentemente, tinham parado de trabalhar.
J. Santiago, que, por sinal, foi lançado por nós na Rádio Nacional. Admiro o trabalho do Evaldo José, respeito o trabalho do Penido... Acho que todos eles estão no mesmo nível, então, não existe inimizade, não existe concorrência, existe sim uma valorização da profissão que, cada vez, fica com menor número de adeptos no Brasil.
POR TRÁS DO
jogo de estreia, Vasco x Botafogo, no dia 2, no Maracanã, eu já tô mandando “alô” e interagindo com eles.
RR: O que você gosta de fazer nas horas livres, quando não está trabalhando? JCA: Vou à praia às 7h30 da manhã, caminho na areia, faço exercício. Hoje já dei meu mergulho. Como eu estou de férias, agora, por exemplo, eu estou lendo, repousando, relaxando aqui em casa na Barra. RR: E quando o assunto é futebol, mas fora da locução, por qual time carioca o seu coração bate mais forte? JCA: Ahh, com certeza pelo Fluminense.
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NÃO POR ACASO QUE A CBF É NO RIO ESPORTE
por Bruno Menezes
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É triste o que tenho para falar sobre futebol. Não sou pessimista. Não mesmo. De feliz, só o convite da Rádio em Revista para escrever sobre minha paixão, assim como, provavelmente, é uma das suas. Mas olho para o futebol brasileiro e principalmente para o carioca e não me animo. Não pelo que acontece em campo e muito menos indo para o jargão “Carioquinha não vale nada”. Mas pela zona que é. Por mais que seja chata a novela que terminou o Brasileirão do ano passado, não foi feita justiça. Chega a ser ingênuo pensar que sim. Fui contra, não por ser o Fluminense. Se fosse o Flamengo, fariam o mesmo. Mas pelo futebol. Foi tudo por interesse. Isso é negócio. Paixão é para mim e para você, como disse anteriormente. Para os jornalistas, jogadores e, principalmente dirigentes, é um negócio. Estão errados? Sinceramente, acho que não. Mas que teriam que fazer diferente, com certeza. Ter dois clubes cariocas na segunda divisão, com a grana que o Fluminense investe e gera, não vale a pena. E arrisco dizer que o Flamengo estava nesse jogo de interesses. O Flu, que se dizia não interessado, foi o que mais apareceu em todo julgamento. Não houve virada de mesa. O tricolor está sofrendo as consequências pelo passado. Se não tivesse acontecido tudo aquilo antes, teríamos esquecido
o que aconteceu agora e eu não estaria mais aqui falando disso. E não vou mais falar. ********** Vamos para o Cariocão. Para este ano estipularam os pontos corridos e, sem turnos, extinguiram a disputa pela Taça Guanabara e Taça Rio. São 16 times e quem chegar primeiro na fase corrida, é o campeão da Taça GB. O melhor “pequeno” colocado faturará a Taça Rio. Nos confrontos seguintes da semifinal e final entre os quatro primeiros colocados, quem tiver feito melhor campanha tem vantagem do empate. Mas só se terminar empatado. Não entendeu? O 1º colocado vai enfrentar o 4º. Se terminarem 2 a 2 os dois jogos, o de melhor campanha passa. Se o favorito vencer o primeiro jogo por 1 a 0 e perder o segundo pelo mesmo placar, pênaltis. Ou seja: é uma vantagem de empate que só vale para o... empate. E ainda querem o Eurico de volta! ********** Nossa Copa que não está pronta. O Ricardo Teixeira se escafedeu pra não dar ruim. O que assume, guarda medalha de garotos e declara que os atrasos nas obras são iguais ao de uma noiva, foi o que disse José Maria Marin. Impressionado com
********** Sobre o prêmio de melhor do mundo, acho o Cristiano Ronaldo o melhor mesmo. O Messi para mim é um ET do filme MIB. Fico achando que a qualquer hora ele vai meter a mão na nuca e se revelar uma barata gigante. Não dou bola para quem defende que o argentino é sem sal e
que o português é mais interessante pelo que faz fora dos gramados. Acho que falta ao futebol as declarações de Romários e Renatos Gaúchos. Mas isso não diminui em nada o camisa 10 do Barça. A definição do jornalista Lédio Carmona é perfeita: “O Cristiano Ronaldo se esforça, treina, sua, se dedica para fazer o que faz. O Messi faz ainda mais, sem esforço.”
ESPORTE
nossa desorganização, Joseph Blatter, Presidente da Fifa, que está na entidade há 40 anos, declarou que o Brasil “é o país que teve mais tempo para executar as obras. Foram sete anos. É o país mais atrasado desde que estou na Fifa.” Sinto vergonha alheia.
********** A cada partida, Hugo Lago, da Rádio Globo, vem surpreendendo e se mostrando um narrador que vale a pena a atenção e o investimento da emissora.
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RÁDIO MURAL
RÁDIO ANIVERSARIANTES janeiro/fevereiro/março
Alexandre Chalita Locutor esportivo 22 de janeiro
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Luiz de França Locutor 3 de fevereiro
Ricardo Alexandre Produtor 15 de janeiro
Mauricio Manfrini Humorista 5 de janeiro
Mário Marcio Locutor 3 de janeiro
Luizinho Campos Comunicador 8 de fevereiro
Renata Victor Produtora 16 de janeiro
Juninho Tititi Repórter 21 de fevereiro
Felipe Borba Produtor 5 de março
André Ribeiro Repórter Esportivo 5 de Janeiro
Jorge Baccarin Locutor 26 de fevereiro
Fernando Mansur Locutor 13 de março
Eloy Decarlo Locutor 1 de Fevereiro
Emerson Rocha Repórter e Produtor 8 de janeiro
Francisco Barbosa Comunicador 19 de março
André Gonçalves Repórter 8 de janeiro
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