Por Trás do Microfone
RICARDO BOECHAT Por Thayz Guimarães
Por e-mail, combinamos que eu ligaria na terça-feira, depois das 17h. Foram inúmeras as tentativas sem sucesso, até que, quando já estava por desistir, aquela voz grave soou do outro lado da linha, “Pronto”. No telefone, apresentei-me e pedi 30 minutos para a nossa entrevista. Ele, assustado, respondeu que “nem pensar, não temos 30 minutos”, e caiu na gargalhada. Ricardo Boechat estava no pequeno intervalo que separa suas funções de apresentador da BandNews FM das suas tarefas como âncora do telejornal da Band, e pediu-me que eu o liberasse em dez minutos, “a não ser que você me ligue amanhã de novo e aí fazemos mais dez”. Não foi preciso. Lançada a primeira pergunta, o também colunista semanal da
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ISTOÉ falou sem parar (por bem mais que o tempo estipulado). TG: Você é um jornalista
Rádio em Revista
polivalente,
já
lançou
43 anos de jornalismo e faço Rádio há
livro,
menos de dez. O Rádio foi aquela com
trabalha na TV, no Rádio, escreve
a qual eu mais vibrei, num sentido
para a ISTOÉ. Dentro desse
pleno de satisfação, porque eu sempre
espectro profissional, qual te dá
fui muito envolvido com o que fiz e
mais prazer?
com o que faço, eu vivo a adrenalina
RB: O Rádio. Digamos que foi a
do que faço. Eu mentiria se dissesse
última e a mais intensa das experiências
que na coluna diária que eu fazia em O
profissionais que eu tive. Eu comecei a
Globo ou no JB eu não tinha um grau
fazer Rádio há pouco tempo, eu tenho
de envolvimento que quase beirava o