O DESENVOVIMENTO DE CROQUI PARA O DESENHO DE MODA: UM ESTUDO DE CASO, A PARTIR DE EXPERIMENTAÇÃO DESENVOLVIDA EM CURSO PROFISSIONALIZANTE EM DIVINÓPOLIS / MG Análise da Metodologia Aplicada no Desenvolvimento de Croqui com Alunos em um Curso Profissionalizante Cristiane VICTER,1 Monica FISCHER,2 Leandro CATÃO³ 1 Faculdade de Arte e Design/FACED 2 Faculdade de Arte e Design/FACED ³ Funedi/UEMG
SUMÁRIO O estudo do desenho e as proporções da figura humana são de suma importância para criação do vestuário. Neste sentido, o presente artigo enfoca um estudo de caso, envolvendo o desenvolvimento de técnicas de aprendizado para alunos de design de moda em curso profissionalizante em Divinópolis/MG, levando em consideração metodologias de aprendizado, bem como a evolução individual dos alunos diante da aplicabilidade de algumas técnicas.
PALAVRAS-CHAVE Design, Moda, Vestuário, Croqui, Ensino.
INTRODUÇÃO O processo de desenvolvimento do desenho de moda é uma etapa de suma importância para que o aluno ou para o profissional, para que possa expressar adequadamente a sua criação. O desenvolvimento das habilidades de desenho, ao contrário do que é levantado pelo senso comum, podem ser adquiridas a partir de técnicas, para que o aluno seja levado à percepção das partes que envolvem a criação de uma peça do vestuário. Assim, as reflexões conseguintes têm o propósito de contribuir na busca por uma fundamentação teórica e prática, que pondere as questões particulares da concepção de desenhos de vestuário, abordando, principalmente, aspectos de técnicas e alternativas do ensino do desenho. DESENVOLVIMENTO Cursos profissionalizantes são geralmente cursos de curta duração que tem por finalidade formar mão de obra em pouco espaço de tempo e dar uma panorâmica aos alunos do conteúdo global, afim de que
possam futuramente aprofundá-lo. No caso dos cursos de desenho, em particular de moda, encontramos muitos alunos que se interessam pelo assunto, mas não acreditam ter a capacidade de desenhar ou de conseguir dar expressão, através dos desenhos, de suas criações. Nos cursos propriamente ditos, em um primeiro momento é apresentado o conteúdo programático do curso e solicitando, que façam um desenho da forma como sabem, para futuras comparações. Para que haja a interação do aluno é de suma importância uma metodologia apropriada, para que o conteúdo lhe seja apresentado por partes, deixando que o mesmo treine bastante antes de seguir para a próxima etapa; outra consideração importante é o elogio, pois a elevação da auto estima leva ao aluno a se envolver com as suas criações e libertar-se do bloqueio da criação. A coordenação motora e a leveza dos movimentos levam os alunos a passarem pela percepção, primeiro das mãos e depois dos movimentos por elas executados. O deslizar da mão pelo papel, a espessura do traço, são agora parte de um cotidiano nunca observado pelos participantes. As formas passam a ter novos sentidos, linhas e realidade passam a caminhar mais próximas. Como exemplo, temos os desenhos de curvas para os desenhos de saias. Dentro dos passos a serem seguidos, o conhecimento do corpo, como suporte para roupa, o desenho do croqui, com todas as suas divisões e medidas, são trabalhadas em dois momentos; o primeiro com croquis prontos que servem de base para criação, sendo usado como suporte para que os alunos sintam segurança para desenvolver suas criações. Geralmente eles criam nos alunos uma expectativa e uma possibilidade de visualizar o que propunham na mente, dando ênfase às peças de roupa e seus detalhes. Em um segundo momento, eles são estimulados a criar os seus próprios croquis, partindo das medidas pré-estabelecidas. Parte a parte, os alunos vão aprendendo a desenhar o corpo. Em particular, neste curso é proposto o desenho das pernas para a criação das saias, seguindo o padrão do ensino da modelagem, onde as saias são enfocadas num primeiro momento, por serem mais fácies de serem compreendidas.
Fig.1: Desenho da aluna no primeiro dia de aula
Fig. 2: Desenho da aluna com a técnica de croqui
Em seguida, olhos, bocas, cabelos e narizes são desenhados de várias formas e depois reunidos em um só desenho: o rosto agora é enfocado com todas as divisões possíveis. É perceptível que os alunos começam a ver seus rostos de outra forma; os desenhos passam a ganhar formatos estimulantes para a maioria deles.
fig.3: Desenvolvimento do desenho de rosto, primeiros desenhos, logo após alguns dias de aula.
Por último, os conhecimentos de tecidos, acessórios e as diferenças dos corpos infantis, masculinos e femininos, também são trabalhados. CONSIDERAÇÔES FINAIS Pode-se perceber que ao final do curso, muitos alunos se viam surpreendidos com o resultado positivo, por perceberem que são capazes de imaginar a possibilidade de prosseguir nos estudos, em um nível mais detalhado. Os métodos de ensino são eficazes para ensino do desenho de moda, quando conseguem desbloquear a autocensura. O presente estudo não teve como objetivo explicitar um método ‘correto’ do ensino do desenho, mas sim nortear e mapear parâmetros bem sucedidos, pois torna-se necessário avançar nos estudos e discussões teóricas de metodologias para serem utilizadas, bem como a sua aplicabilidade no meio acadêmico.
APOIO: FAPEMIG REFERÊNCIAS [BARTHES, Roland1979]. O sistema da moda. São Paulo: Nacional, 1979. [CAVALCANTI2004], Janaina Ferreira; SOARES, Marcelo Márcio; SPINILLO, Carla Galvão. Sinalização de segurança: um enfoque da ergonomia informacional e cultural. In: P&D DESIGN, 2004. São Paulo. Anais... São Paulo: P&D, 2004. 7p. 1 CD-ROM. [DOMICIANO1999], Cássia L. Carrara; SILVA, José Carlos Plácido da. A ergonomia e a informação visual: problemas tipográficos no design de jornal. Revista Educação Gráfica, Bauru, v. 3, n. 3, p. 137-147, nov. 1999.
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