INVESTIMENTOS NA INFRESTRUTURA DE TRANSPORTES: Avaliação do período 2003-2014 e perspectivas para 2015-2016
Carlos Campos Neto carlos.campos@ipea.gov.br
Abril de 2015 DISET
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Investimento em TRANSPORTES
Fonte: Investimentos públicos (orçamento fiscal federal SIAFI e orçamento das estatais (DEST-MPOG); Investimentos privados (ABCR, ANTF, BNDES). Obs: Valores constantes de dezembro de 2014 atualizados pelo IGP-M.
Em 2014 estes investimentos representaram 0,61% do PIB.
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Investimento Público e Privado em TRANSPORTES
Fonte: Investimentos públicos: orçamento fiscal federal Siga Brasil (SIAFI) e orçamento das estatais (DEST-MPOG); Investimentos privados (ABCR, ANTF, BNDES). Obs: Valores constantes de dezembro de 2014 atualizados pelo IGP-M. Invest. Pub: R$ 126,0 bilhões (53,5%); Invest. Priv: R$ 109,7 bilhões (46,5%). Total R$ 235,7 bi. Média = R$ 19,6 bi-ano
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(IN)EFICIÊNCIA DO INVESTIMENTO PÚBLICO (2003-2013) R$ bilhões de dezembro de 2012
Modal Rodovias Ferrovias Portuário Setor Aéreo Total
Total autorizado 116,81 19,12 19,46 25,20 180,59
Invest. Realizado 73,45 12,82 9,29 14,84 110,40
Diferença
% Execução
43,36 6,30 10,17 10,36 70,19
62,88 67,05 47,74 58,89 61,13
(Inclui orçamento fiscal, cias. Docas e Infraero) significa que a cada dois anos e meio que o governo “trabalha”, um ano ele fica parado.
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Investimentos em infraestrutura de transportes no Brasil •
•
Desta feita, as dificuldades que postergam os investimentos em infraestrutura não são oriundas da escassez de recursos financeiros públicos; Os empreendimentos para serem levados a termo enfrentam uma série de dificuldades de Gestão / Administrativas:
1. Ajustes frequentes nos marcos regulatórios (insegurança jurídica); 2. Legislação complexa e recursos interpostos, inclusive na justiça (Lei 8.666/93 e RDC); 3. Projetos mal feitos que atrasam e elevam os custos das obras; 4. Contratos mal elaborados que permitem sua inadequada execução; 5. Interveniência do TCU; 6. Licenças ambientais (que, além do Ibama, incluem consultas à Funai, Iphan,etc); 7. Dificuldades nas desapropriações; 8. Pendências judiciais.
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Custo Logístico no Brasil e nos EUA como proporção do PIB Custo Logístico
BRASIL
EUA
Transportes
7,1%
5,7%
Estoque
3,2%
1,9%
Armazenagem
0,7%
0,8%
Administrativo
0,4%
0,3%
11,5%
8,7%
TOTAL
Fonte: Instituto ILOS, 2013 (dados relativos a 2012)
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Banco Mundial: Ă?ndice de Desempenho LogĂstico
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Brasil perde oito posições em ranking global de competitividade Os 10 países mais competitivos e o Brasil 1º
Suíça
2º
Cingapura
3º
Estados Unidos
4º
Finlândia
5º
Alemanha
6º
Japão
28º
China
53º
Rússia
56º
África do Sul
57º
Brasil
71º
Índia
FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL – RANKING DE COMPETITIVIDADE
Os avanços graduais nos ambientes regulatório e econômico do Brasil levaram o país a encerrar 2012 entre as 50 economias mais competitivas do mundo, mas essa “conquista” se reverteu nos anos seguintes. No ranking de competitividade elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, o Brasil perdeu nove posições, ao passar de 48º para o 57º lugar, voltando a ficar atrás de Bulgária, África do Sul e Costa Rica, entre alguns exemplos.
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ESTOQUE TOTAL DE INFRAESTRUTURA (% DO PIB)
Fonte: Adaptado de McKinsey Global Institute 2013
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Investimentos Estimados – 2015 R$ bilhões
Modal
Rodoviário Ferroviário Portuário Setor Aéreo
Total
Público 8,00
PIL 2,79
Privado 5,50
Pub. e Privado 16,29
1,50
0,00
4,00
5,50
0,60
1,50
2,00
4,10
1,50
0,88
2,00
4,38
11,60
5,17
13,50
30,27
Estimativas e elaboração do autor. Corresponde a aprox. 0,55% do PIB (de 2015).
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Investimentos Estimados – 2016 R$ bilhões
Modal
Rodoviário Ferroviário Portuário Setor Aéreo
Total
Público 9,00
PIL 2,79
Privado 5,50
Pub. e Privado 17,29
1,00
0,00
4,00
5,00
0,60
2,00
2,50
5,10
1,50
1,00
2,00
4,50
12,10
5,79
14,00
31,89
Estimativas e elaboração do autor. Corresponde a aprox. 0,57% do PIB (de 2016).
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Muito obrigado pela atenção! Carlos Campos carlos.campos@ipea.gov.br (61) 3315 - 5374
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