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pontos de contacto entre Lisboa e Roma points of contact between Lisbon and Rome
Patrocínios | Sponsors
Organização | Organization
“4 pontos de contacto entre Lisboa e Roma”
Catálogo
“4 points of contact between Lisbon and Rome”
Embaixada de Itália em Lisboa
Concepção | Concept Cristina Filipe, Lucia Sabatini Scalmati
www.pin.pt
Embaixada de Portugal em Roma
www.agc-it.org
Colaboração | Collaborator Manuela Sousa PIN Alexandra Serpa Pimentel PIN Frederica Bastide Duarte PIN
Apoios | Support Agradecimentos | Acknowledgments Fundação Calouste Gulbenkian
Dra. Alexandra Pinto, Dra. Dalila Rodrigues, Dra. Elisa Salazar, Dr. Fabrizio Campoli, Fausto Maria Franchi, Federico Fellini, Prof. Giovanni Biagioni, Dra. Helena Raposo, João César Monteiro, Dr. João Nuno Alçada, Dr. Jorge Vaz de Carvalho, Dra. Leonor d’Orey, Dr. Luis Santos Ferro, Luísa Neves, Dra. Luísa Penalva, Dra. Madalena Braz Teixeira, Dr. Manuel Castro Caldas, Pintor Manuel Costa Cabral, Dr. Nuno Vassallo e Silva, Designer Nuno Vale Cardoso, Silvia Steiner, Dra. Simonetta Luz Afonso, Paola Porru, Teresa Garcia de Matos e Tereza Seabra.
Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento Instituto das Artes | Ministério da Cultura, Instituto Camões Instituto Italiano de Cultura em Lisboa Museu Nacional de Arte Antiga Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual Galeria Tereza Seabra · Jóias de Autor Impresa Commerciale Legnami S. R. L. Lusitália Martini Bacardi Casanostra Restaurant.
Coordenação | Coordination Cristina Filipe PIN
Welcome drink: Martini
À Embaixada de Itália em Lisboa, à Embaixada de Portugal em Roma e a todas as Instituições que mais uma vez confiaram no nosso projecto. À AGC nomeadamente a Andrea Lombardo e Rita Marcangelo, à direcção da PIN pelo empenhamento e dedicação prestado a este projecto e a todos os seus associados que participaram neste evento. The Italian Embassy in Lisbon , the Portuguese Embassy in Rome and all the institutions that belived in our project. To AGC especially Andrea Lombardo and Rita Marcangelo, the direction of PIN for their commitment and dedication to this project and all the members that have participated in this event.
1º Exposição | Exhibition “Joalharia Italiana Contemporânea em Lisboa” | “ Italian Contemporary Jewellery in Lisbon”
Artistas participantes | Participating artists Alberto Zorzi, Alessia Semeraro, Anna Fornari, Barbara Uderzo, Enrico Franchi, Fausto Maria Franchi, Giorgio Chiarcos, Giovanni Sicuro, Maria Cristina Bellucci, Maria Rosa Franzin, Maurizio Stagni, Michele Zanin, Patrizia Bonati, Roberta Bernabei, Rossella Cigognetti Tornquist, Ute Kolar, Yutaka Nagai Artista convidado | Guest artist Mario Pinton Tereza Seabra . Jóias de Autor Rua da Rosa, 158-160 A 1200-389 Lisboa www.terezaseabra.com Montagem | Exhibition Installation Tereza Seabra
3º Conferências | Conferences “ Pontos de vista sobre a joalharia em Portugal e em Itália” | “Views on Portuguese and Italian jewellery” Lugar | Place Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa Conferencistas | Speakers Andrea Lombardo Leonor D’Orey Madalena Braz Teixeira Manuel Castro Caldas Nuno Vassallo e Silva 4º Projecto | Project “ A cada cultura a sua jóia” | “Every culture has its jewellery”
Artistas participantes | Participating artists Alexandra Ribeiro, Ana Andrade, Ana Caldas, Ana Campos, Ana Cardim, Ana Margarida Carvalho, Beatriz Filipe Conefrey, Bia Saade, Catarina Silva, Carla Castiajo, David Pontes, Diana Silva, Dulce Ferraz, Estefânia de Almeida, Hugo Madureira, Inês Nunes, Inês Sobreira, Isa Duarte Ribeiro, José Carlos Marques, Leonor Hipólito, Lúcia Abdenur, Margarida Matos, Natasha Duncan, Nininha Guimarães dos Santos, Paula Mourão, Rita Faustino, Sofia Sobreira, Sónia Graça, Suzana Rezende, Teresa Dantas, Teresa Milheiro e Tereza Seabra
2º Workshop “Roma” | “Rome”
DVD “ A cada cultura a sua jóia” | “ Every culture
Orientador | Leader Fausto Maria Franchi
Realização | Direction Guillaume de Oliveira
Assistente | Assistent Maurizio Stagni Ar.Co - Centro de Arte e Comunicação Visual www.arco.pt
has its jewellery”
Coordenação | Coordination Cristina Filipe, Lucia Sabatini Scalmati Textos | Texts Andrea Lombardo Cristina Filipe Leonor d’Orey Lucia Sabatini Scalmati Madalena Braz Teixeira Nuno Vassalo e Silva Design Gráfico | Graphic Design Oficina design: Nuno Vale Cardoso+Nina Barreiros Tradução | Translation Frederica Bastide Duarte Silvia Steiner Gay Marshall Revisão de textos | Proof-reading Mary Fowke (inglês | English) Pré – Impressão e Impressão Prepress and printing
Textype – Artes Gráficas Edição | Published by AGC – Associazione Gioiello Contemporaneo PIN – Associação Portuguesa de Joalharia Contemporânea ISBN ? Depósito Legal ?
Fundada em Setembro de 2004, a PIN – Associação Portuguesa de Joalharia Contemporânea surge para criar projectos, desenvolver intercâmbios e lançar novas plataformas para uma disciplina que cada vez mais estabelece e proporciona o encontro com outras artes. Sendo uma associação cultural, a PIN tem como objectivo promover a joalharia contemporânea, motivando a troca de informação e de experiências, a realização de projectos teóricos e práticos no âmbito das artes, com especial enfoque na joalharia. A PIN promove workshops, acções de formação e outras actividades de carácter pedagógico no âmbito da joalharia contemporânea, com a organização de encontros, debates, seminários, residências artísticas, exposições e outras iniciativas de carácter cultural, nacional e internacional. Sendo uma associação sem fins lucrativos a PIN pretende criar uma estrutura sólida com fortes alicerces para que a comunidade de artistas joalheiros – nomeadamente os seus associados – se possa apoiar, confiar e servir como rampa de lançamento a projectos ambiciosos e criativos. Desde o seu arranque que tem vindo a criar uma rede de contactos, abrindo portas e estabelecendo inúmeras ligações que não só lançam como inspiram os joalheiros em Portugal. Os “4 pontos de contacto entre Lisboa e Roma” são mais um exemplo desse trabalho. Cristina Filipe,
Founded in September 2004, PIN – Associação Portuguesa de Joalharia Contemporânea (Portuguese Association of Contemporary Jewellery) emerged to create projects, develop exchanges and launch new platforms in a field that increasingly establishes and caters to the encounter with other art forms. Being a cultural association, PIN’s goal is to promote contemporary jewellery, by motivating the exchange of information and experiences, the realization of theoretical and practical projects in the art realm, with a special focus on jewellery. PIN promotes workshops and training courses as well as other activities in the field of contemporary jewellery, through the organization of discussions, debates, seminars, residencies, exhibitions and other cultural activities, both nationally and internationally. Being a non-profit association, we aim to establish a solid structure with strong foundations that the jewellery designers community, namely PIN’s members, can rely on, trust and use as a launching pad for ambitious and creative projects. Ever since its launch we have created a network of contacts that have not only revealed but also inspired jewellers in Portugal. The “4 points of contact between Lisbon and Rome” is yet another example of this work. Cristina Filipe,
chair of PIN
presidente da PIN
Fausto Maria Franchi “Fisga”, bronze e pedra da calçada portuguesa, 2006 “Sling”, bronze and Portuguese cobblestone, 2006 7
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Lisbon-Rome + Rome-Lisbon
Lisboa-Roma + Roma-Lisboa
1984 was when I was first in contact with Rome, as an apprentice in Fausto Maria Franchi’s workshop. We have since then met on several occasions and the “4 points of contact between Lisbon and Rome” result as a consequence of this relationship and of a deep desire to build a collaborative event. When I was last in Rome, in September 2005, as a representative of PIN – Associação Portuguesa de Joalharia Contemporânea, and as a guest of AGC – Associazione Gioello Contemporaneo to take part in a panel discussion, as part of the commemorations of its 1st anniversary, we decided to organize this project and to promote together – both PIN and AGC – the current work of each association and its members through a series of successive and parallel events. The main goal is to promote the most representative jewellery made in Portugal and in Italy, bearing in mind how a subject with such traditional roots in both countries has developed new experiences in concept, form and material. It is important to initiate a dialogue in this sense and to leave the reflection on what is the most striking and what best defines each chain open by promoting debate, revealing points of view that may serve as a trampoline for the exchange of ideas and reflections on the state of jewellery in Portugal and Italy. We established that the “4 points of contact” would occur simultaneously in Lisbon and Rome and that they would be made up of: two exhibitions, two workshops, two conference cycles and two projects. Jewellery is the vital lead – and each point is a stop, a moment of confrontation and reflection. Throughout this journey with these four stops we shall have a broader perspective on the contemporary jewellery of each country: – on what is being made, by visiting the exhibitions that show us the contemporary Portuguese and Italian jewellery – on how it is being made, by taking part in the workshops led by two jewellers, one Portuguese and the other Italian – on what is thought and how by listening to
Foi em 1984 que tive o primeiro contacto com Roma, durante o tempo em que fui aprendiz na oficina do ourives Fausto Maria Franchi. Desde essa data, têm sido inúmeros os nossos encontros e os “4 pontos de contacto entre Lisboa e Roma” surgem como uma consequência desse relacionamento e de uma vontade profunda de construir um evento em parceria. Quando, em Setembro de 2005, voltei pela última vez a Roma, já como representante da PIN – Associação Portuguesa de Joalharia Contemporânea, e convidada pela AGC – Associazione Gioello Contemporaneo para participar numa mesa redonda, no âmbito das comemorações do seu 1º aniversário, decidimos iniciar este projecto e juntos – PIN e AGC – promover o trabalho actual de cada Associação e dos seus membros, através duma série de acções encadeadas e paralelas. O principal objectivo é divulgar o que de mais representativo na joalharia se faz em Portugal e em Itália, tendo em conta a forma como uma disciplina com raízes tradicionais, em ambos os países, tem vindo a desenvolver novas experiências tanto a nível do conceito, como da forma e do material. É importante iniciar um diálogo nesse sentido e deixar em aberto a reflexão sobre o que é mais marcante e melhor define cada corrente da joalharia contemporânea, promovendo o debate, revelando pontos de vista que sirvam de trampolim para o intercâmbio de ideias e de reflexões sobre o estado da joalharia em Portugal e em Itália. Estabelecemos que os “4 pontos de contacto” decorreriam “simultaneamente” em Lisboa e em Roma e que seriam constituídos por: duas exposições, dois workshops, dois ciclos de conferências e dois projectos. A Joalharia é o fio condutor – e cada ponto uma paragem, um momento de confronto e reflexão. Ao longo deste percurso, com estas quatro paragens, poderemos ter uma visão mais abrangente sobre a joalharia contemporânea de cada país: – Do que se faz, ao visitarmos as exposições que nos mostram a actualidade da joalharia portuguesa e italiana.
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– De como se faz, ao participarmos nos workshops liderados por dois joalheiros, um português e outro italiano. – Do que se pensa, e como se pensa, ao ouvirmos os conferencistas convidados por ambas as partes a apresentar as suas comunicações. E por fim, – Do que identifica a cultura de cada país ao nos confrontarmos com a colecção de objectos e imagens que os membros da associação seleccionaram e enviaram entre si, como ponto partida e motivação para a criação de uma nova jóia. Em Lisboa, os 4 pontos de contacto são os seguintes: 1º- Exposição “Joalharia Contemporânea Italiana em Lisboa” A exposição de joalharia contemporânea italiana, em Lisboa, é o primeiro ponto de contacto. O objectivo é mostrar o que actualmente se desenvolve em Itália, com um grupo que tem como elo de ligação o facto de serem todos membros da AGC, o que permite ser um grupo bastante heterogéneo e abrangente. Os participantes vêm de vários pontos de Itália e de diferentes gerações, criando assim uma ampla e diversificada representação italiana. Foram seleccionados por Tereza Seabra, responsável pela Galeria onde vai decorrer a exposição. Mario Pinton é o convidado de honra da AGC pela sua importância na história da Joalharia italiana do sec. XX. A exposição inaugura no dia 27 de Outubro de 2006. Expõem: Alberto Zorzi, Alessia Semeraro, Anna Fornari, Barbara Uderzo, Enrico Franchi, Fausto Maria Franchi, Giorgio Chiarcos, Giovanni Sicuro, Maria Cristina Bellucci, Maria Rosa Franzin, Maurizio Stagni, Michele Zanin, Patrizia Bonati, Roberta Bernabei, Rossella Cigognetti Tornquist, Ute Kolar, Yutaka Nagai e Mario Pinton como artista convidado. 2º - Workshop “Roma” A partir do filme de Federico Fellini, orientado pelo artista ourives Fausto Maria Franchi, o workshop “Roma” é o 2º ponto de
the speakers invited by both parts to present conferences and at last – on what identifies the culture of each country by confronting ourselves with the objects and images that the members of the associations selected and sent each other, as a starting point for the creation of a new piece of jewellery. In Lisbon the 4 points of contact are as follows: 1st – “Italian Contemporary Jewellery in Lisbon” exhibition The Italian Contemporary Jewellery in Lisbon is the 1st point of contact. The aim is to show what is presently being made in Italy with a group that is linked by the fact that they are all members of AGC, which allows the group to be rather heterogeneous and widespread. The participants come from various places in Italy and belong to different generations, thus creating an ample and diverse Italian representation. Tereza Seabra, the owner of the gallery where the exhibition will take place, has selected them. Mario Pinton is the guest of honour of AGC due to his importance in the history of Italian jewellery in the XX century. The exhibition will open on 27 th October 2006. Artists: Alberto Zorzi, Alessia Semeraro, Anna Fornari, Barbara Uderzo, Enrico Franchi, Fausto Maria Franchi, Giorgio Chiarcos, Giovanni Sicuro, Maria Cristina Bellucci, Maria Rosa Franzin, Maurizio Stagni, Michele Zanin, Patrizia Bonati, Roberta Bernabei, Rossella Cigognetti Tornquist, Ute Kolar, Yutaka Nagai and Mario Pinton as the guest artist. 2nd – “Roma” Workshop The workshop “Roma”, which is based on the film by Federico Fellini, and that will be led by the jewellery artist Fausto Maria Franchi, is the 2 nd point of contact. Franchi has previously led workshops in Lisbon and in each of his visits his contagious enthusiasm has turned every workshop into a rich, nutritious and highly caloric experience. It would be unthinkable to imagine this event with9
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out inviting Fausto Maria Franchi– a charismatic roman character, a jewellery, goldsmith and silversmith artist for over 40 years and a great catalyst of jewellery in Italy. The workshop will take place on the 27th, 28th and 30th of October 2006 in Ar.Co’s - Centro de Arte e Comunicação Visual jewellery workshops in Lisbon. 3rd – “Views on Jewellery in Portugal and Italy” – Conferences and debates The cycle of five lectures on jewellery is the 3rd point of contact. The selection of the speakers includes artists, art historians, museum conservators and directors, each one having been invited to approach jewellery from the point of view of their field of specialization. The aim is to have a widespread and crossover reflection from different art contexts and areas that cross and interact with jewellery. This shall take place on Sunday 29th of October 2006 in the Museu Nacional de Arte Antiga’s conference room. Speakers: – Andrea Lombardo, jewellery artist, gallery owner (Alternatives Gallery) and cofounder of AGC – Associazone Gioello Contemporaneo in Italy. – Leonor d’Orey, conservator of the jewellery and goldsmith collections of the Museu Nacional de Arte Antiga, Lisbon. – Madalena Braz Teixeira, director of the Museu Nacional do Traje, Lisbon. – Manuel Castro Caldas, executive director of Ar.Co - Centro de Arte e Comunicação Visual, Lisbon. – Nuno Vassallo e Silva, Joint-director of the Museu Calouste Gulbenkian, Lisbon. 4th – Project “Every culture has its jewelery” The 4th point of contact gives each member of both associations, PIN and AGC, an opportunity to participate. Each member was invited to chose an object or image that represented his or her culture and to send it to a participant of the other country. Each person then had to make a jewel based on the item they received. lisboa-roma
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contacto. Franchi orientou já anteriormente workshops, em Lisboa, e em todas as suas visitas, o seu entusiasmo contagiante fez de cada workshop uma rica, nutritiva e altamente calórica experiência. Não se poderia imaginar este evento sem ter como convidado Fausto Maria Franchi – figura carismática romana, artista joalheiro, ourives e prateiro há mais de 40 anos e grande impulsionador da joalharia em Itália. O workshop decorrerá nos dias 27, 28 e 30 de Outubro de 2006 nas oficinas de joalharia do Ar.Co - Centro de Arte e Comunicação Visual, em Lisboa. 3º – “Pontos de vista sobre a Joalharia em Portugal e em Itália” – Conferências e debate O ciclo de cinco comunicações sobre joalharia é o 3º ponto de contacto. A escolha dos conferencistas recai sobre artistas, historiadores de arte, conservadores e directores de museus, sendo cada um convidado a abordar a joalharia do ponto de vista da sua área de especialização. Pretende-se fazer uma reflexão abrangente e cruzada, em diferentes contextos e sectores das artes que interagem com a Joalharia. Decorrerá Domingo, dia 29 de Outubro de 2006, na sala de conferências do Museu Nacional de Arte Antiga. Conferencistas: – Andrea Lombardo, galerista de galeria Alternatives, artista ourives e co-fundador da AGC – Associazone Gioello Contemporaneo em Itália. – Leonor d’Orey, conservadora das colecções de Joalharia e Ourivesaria do Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa. – Madalena Braz Teixeira, directora do Museu Nacional do Traje, Lisboa. – Manuel Castro Caldas, director executivo do Ar.Co - Centro de Arte e Comunicação Visual, Lisboa. – Nuno Vassallo e Silva, director-adjunto do Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa.
AGC. Foi pedido a cada um dos participantes que escolhesse um objecto ou uma imagem representativa da sua cultura e que o enviasse para um participante do outro país. A partir desse item que recebeu teve de criar e fazer uma jóia . O resultado foi montado, em formato DVD, por Guillaume de Oliveira e irá ser projectado durante a exposição de Joalharia Italiana Contemporânea em Lisboa, na Galeria Tereza Seabra e em todas as outras manifestações durante o evento. Participam por Portugal: Alexandra Ribeiro, Ana Andrade, Ana Caldas, Ana Campos, Ana Cardim, Ana Margarida Carvalho, Beatriz Filipe Conefrey, Bia Saade, Catarina Silva, Carla Castiajo, David Pontes, Diana Silva, Dulce Ferraz, Estefânia de Almeida, Harald Müller, Hugo Madureira, Inês Nunes, Inês Sobreira, Isa Duarte Ribeiro, José Carlos Marques, Leonor Hipólito, Lúcia Abdenur, Margarida Matos, Natasha Duncan, Nininha Guimarães dos Santos, Paula Mourão, Rita Faustino, Sofia Sobreira, Sónia Graça, Suzana Rezende, Teresa Dantas, Teresa Milheiro e Tereza Seabra. Em nome da direcção da PIN gostaria de agradecer: à AGC que desde o início reuniu forças para conjuntamente construirmos este evento em especial à Lúcia Sabatini Scalmati, a pessoa com quem durante este último ano falei, discuti e construi estes “4 Pontos”, passo a passo, dia a dia, entre Lisboa-Roma e Roma-Lisboa. Cristina Filipe,
The result was edited on DVD by Guillaume de Oliveira and will be projected during the Italian Contemporary Jewellery exhibition in Lisbon, in the Tereza Seabra Gallery and in all the other manifestations during the event. Participants for Portugal: Alexandra Ribeiro, Ana Andrade, Ana Caldas, Ana Campos, Ana Cardim, Ana Margarida Carvalho, Beatriz Filipe Conefrey, Bia Saade, Catarina Silva, Carla Castiajo, David Pontes, Diana Silva, Dulce Ferraz, Estefânia de Almeida, Harald Müller, Hugo Madureira, Inês Nunes, Inês Sobreira, Isa Duarte Ribeiro, José Carlos Marques, Leonor Hipólito, Lúcia Abdenur, Margarida Matos, Natasha Duncan, Nininha Guimarães dos Santos, Paula Mourão, Rita Faustino, Sofia Sobreira, Sónia Graça, Suzana Rezende, Teresa Dantas, Teresa Milheiro e Tereza Seabra. I would like to thank, in the name of the direction of PIN: AGC who from the start joined their forces so we could build this project together and Lucia Sabatini Scalmati, with whom I spoke, discussed and built these “4 Points” step-by-step, dayby-day between Lisbon-Rome and Rome-Lisbon. Cristina Filipe,
coordinator of the project in Portugal
coordenadora do projecto em Portugal
4º – Projecto “A cada cultura a sua jóia” O 4º Ponto de contacto é um projecto que proporcionou a participação de todos os membros de ambas as associações PIN e 11
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exposição “joalharia contemporânea italiana em lisboa” exhibition “italian contemporary jewellery in lisbon”
Mario Pinton Alfinete, ouro 750/ooo e rubi, 4,1 x 4,2 cm, 1995, colecção do Museu Civico di Parma Brooch, gold 750/ooo and ruby, 4,1 x 4,2 cm, 1995, Museu Civico di Parma collection lisboa-roma
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Alessia Semeraro
“A cidade” anel, ouro 750/ooo, 4,5 x 2,6 x2,2 cm, 2006 | “The city” ring, gold 750/ooo, 4,5 x 2,6 x2,2 cm, 2006
Colar, carvão e ouro, comp. 52 cm, 2005 | Necklace, charcoal and gold, length 52 cm, 2005
Alberto Zorzi
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© Luciano Cipullo
Barbara Uderzo
Anna Fornari lisboa-roma
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“Bigoli” corrente, prata, comp. 43 cm, 2005 | “Bigoli“ chain, silver, length 43 cm, 2005
“Cavidade” colar, plástico e favos, 6 x 14 cm, 2002 | “Cavity” necklace, plastic and honeycomb, 6 x 14 cm, 2002
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“Escudo do Samurai” pendente, ouro 760/ooo, aço damasquinado, Ø 8 cm, 2005 | “Samurai’s shield” pendant, gold 760/ooo, damaskeened steel, Ø 8 cm, 2005
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Fausto Maria Franchi
“Afinidades electivas”, alfinete, ouro 760/ooo, prata 999,9/ooo e prata 800/ooo, 12,5 x 8,5 x 1,8 cm, 2006 “Elective affinities”, brooch, gold 760/ooo, silver 999,9/ooo and gold 800/ooo, 12,5 x 8,5 x 1,8 cm, 2006
Enrico Franchi
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“Tecido”, alfinete, ferro, ouro 780/ooo e aço, 10 x 2 cm , 2005 | “Tissue”, brooch, iron, gold 780/ooo and steel, 10 x 2 cm , 2005
Giorgio Chiarcos
“Green Vision” alfinete, prata 925/ooo, esmalte a fogo, oxidante e nielo, ø 6 cm, 2005 “Green Vision” brooch, silver 925/ooo, enamel, oxidant and niello, ø 6 cm, 2005 lisboa-roma
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Maria Cristina Bellucci
Maria Rosa Franzin
“Circulos 1” alfinete, prata 925/ooo, 4,5 x 4,5 x 2 cm 2005 | “Circles 1” brooch, silver 925/ooo, 4,5 x 4,5 x 2 cm, 2005
Maria Rosa Franzin lisboa-roma
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“Green Hartung” colar, ouro, prata, aço e esmeraldas, comp.48 cm, 2003 “Green Hartung” necklace, gold, silver, steel and emeralds, length 48 cm, 2003 23
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Maurizio Stagni
Michele Zanin
“Cidade Flor” pendente, prata, prata oxidada e ouro, 5 x 4,5 cm, 2005 | “Flower City” pendant, silver, oxidized silver and gold, 5 x 4,5 cm, 2005
“Q+6” anel, prata serrilhada e rodiada, 2,5 x 2,7 x 0,7 cm, 2005 | “Q+6” ring, rhodium plated silver, scratched surface, 2,5 x 2,7 x 0,7 cm, 2005
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Patrizia Bonati
Roberta Bernabei “Coralâmbar” alfinete, silicone e prata, 10 x 9 x 1 cm, 2005 | “Coralamber“ brooch, silicone and silver, 10 x 9 x 1 cm, 2005
Alfinete, ouro e esmalte, ø 4,5 cm, 2003 | Brooch, gold and enamel, ø 4,5 cm, 2003
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Ute Kolar
Anel, prata 925/ooo, 3 x 5 cm, 2006 | Ring, silver 925/ooo, 3 x 5 cm, 2006
Brincos, cobre oxidado e ouro 750/ooo, ø 5,6 cm, 2005 | Earrings, green patina on copper and gold 750/ooo, ø 5,6 cm, 2005
Rossella Cigognetti Tornquist
Yutaka Nagai
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AlďŹ nete, ferro damasquinado, ouro e prata, 9 x 5,2 cm, 2005 | Brooch, damaskeened iron, gold and silver, 9 x 5,2 cm, 2005
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Mario Pinton guest artist
Mario Pinton artista convidado
Depth of feeling, passion for his work, simplicity and humility in speaking of oneself, are the gifts which Mario Pinton expressed to me during a meeting in September 2005. Director of the Institute of Art “Pietro Selvatico” in Padua, a highly esteemed professor, an internationally recognized jewellery designer, he has shaped generations of goldsmiths and jewellery designers transmitting the mystery of the creative act which is borne from the union between art, inspirational matter and a profound and thoughtful hand. His gold is warm, pictorial, the form is sharp and vibrant in the spaces where the chisel recalls atavic memories creating jewellery – sculptures which speak of a refined surface, of meticulous technique in each detail, creating the profoundness of dreams. There is a singleness in the lightness and sensibility with which the work speaks to us and to the artist it speaks of discipline and precision, both fascinating and enthralling. Born in Padua in 1919, the son of an artisan, a bulin engraver, to his work one owes the extraordinary development of the jewellery sector of the Institute “Pietro Selvatico”, the institute which has rendered Padova one of the most significant points of contemporary jewellery design.
Profundidade de sentimentos, paixão pelo seu trabalho, simplicidade e humildade ao falar de si, são os dons mais elevados que Mario Pinton me comunicou durante um encontro em Setembro de 2005. Director do Instituto de Arte “Pietro Selvatico” de Pádua, professor estimado, artista ourives afirmado internacionalmente, tem formado gerações de ourives transmitindo-lhes o mistério do acto criador que resulta da união da matéria inspiradora com a obra manual de uma mão pensadora. O seu ouro é quente, pictórico, a forma é nítida, vibrante no espaço, com traços de cinzel que contam memórias atávicas; cria jóias esculturas que falam de superfícies requintadas, de técnica meticulosa, cuidadas em todos os seus pormenores e ao mesmo tempo portadoras da profundidade dos sonhos. As suas obras falam-nos de leveza, sensibilidade e singularidade e remetem para o ser humano, para o artista cuja amabilidade, disciplina e preciosidade nos envolve e fascina. Nascido em Pádua em 1919, filho de um artesão, mestre gravador (buril), é a ele e ao seu trabalho que se deve o extraordinário desenvolvimento do sector da ourivesaria do Instituto de Arte “Pietro Selvatico”, que fez de Pádua um dos pontos mais significativos da ourivesaria contemporânea.
Lucia Sabatini Scalmati,
coordinator of the project in Italy
Lucia Sabatini Scalmati,
coordenadora do Projecto em Itália
Alfinete, ouro 750/ooo e rubi, 3,6 x 3,5 x 1,5 cm, 1994, colecção privada | Brooch, gold 750/ooo and ruby, 3,6 x 3,5 x 1,5 cm, 1994, private collection lisboa-roma
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workshop “roma”
© “Roma” | “Rome”, Federico Fellini, 1972
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O workshop, orientado por Fausto Maria Franchi e Maurizio Stagni como assistente, parte de um filme representativo da cultura italiana, – “Roma”, realizado por Federico Fellini em 1972. O workshop visa desvendar o significado do filme para que este evolua, após a sua análise, discussão e fragmentação, num artefacto de joalharia. Uma homenagem a Roma, um retrato da cidade eterna numa espécie de filme fantástico. A infância de Felllini, a sua chegada a Roma, a sucessão estonteante de cenas que ilustram grotescamente a Roma de ontem e de hoje. Uma busca visceral nas raízes profundas da capital, desde a corrida no estaleiro subterrâneo do metro, às reminiscências dos bordéis, passando por uma reevocação do mundo do “avanspettacolo”. Uma panorâmica de vozes, olhares e personagens heterogéneos capturados pelo génio de Federico Fellini. A intenção de Fausto Maria Franchi, partindo de um filme como “Roma”, exuberante e onírico, é estimular a invenção, a fantasia, a liberdade expressiva dos participantes no workshop. Partendo dall’assunto di “una mano pensante” Franchi vuol portare i partecipanti a lavorare sulla materia evidenziandone la plasticità e le caratteristiche. Usando come tecnica di base il semplice lavoro del traforo su lastra, la ricerca vuol essere indirizzata sulla potenzialità di una superficie e del suo sviluppo tridimensionale. Compreender a “mediterraneidade” do filme aliando o fazer e o fazer bem à liberdade da mensagem, captar a sua camada de nostalgia que subjaz à visão onírica, associando-o ao lúdico jogo de imagens, transpor o seu sentido para artefactos de joalharia que graças às suas diferentes marcas de estilo, permitirão transmitir a sua mensagem. Lucia Sabatini Scalmati, coordenadora do Projecto em Itália
purpose of translating its inner sense into pieces of jewellery that throughout different styles convey its meaning. Lucia Sabatini Scalmati, coordinator of the project in Italy
© “Roma” | “Rome”, Federico Fellini, 1972
The workshop, directed by Fausto Maria Franchi and assited by Maurizio Stagni, starts with an insight into Italian culture through the projection of a film – Roma, directed by Federico Fellini, 1972. The participants will search for the film’s meaning and value and are asked to create a piece of jewellery after a thorough discussion, analysis and de-fragmentation of its data. Meant as a homage to the city of Rome, the film portrays its streets and characters in an unconventional manner. Fellini’s childhood and his arrival in Rome, all is depicted in a sweeping succession of grotesque scenes that illustrate the eternal city of the past and the present. By way of an in-depth journey through the capital’s roots, ranging from races in the subway to memories of the city’s brothels, Fellini’s camera offers the viewer a moving reconstruction of the world of “avanspettacolo”, theatrical shows of the time. A merry-go-round of voices, glances and characters of all sorts, captured by the genius of Federico Fellini. With the choice of an exuberant and dreamlike film such as “Roma”, Fausto Maria Franchi aims at stimulating the imagination, creativity and expressive freedom of the workshop participants. Franchi intends to lead the participants to work on the material, revealing its inherent sculptural characteristics, and bringing the participants to a stage where their hand may “think for itself”. The research will be directed towards the potential that the surface of the metal may have and its three-dimensional development, using basic piercing techniques. Grasping the Mediterranean character of the film, associating the freedom of the message to concrete actions and work that is carried out competently, understanding the melancholic patina that covers the artist’s dreamy vision together with the playful dance of images, all this with the
“Concepção de um artefacto de joalharia partindo de um elemento da cultura italiana”
© “Roma” | “Rome”, Federico Fellini, 1972
“Planning a jewellery artifact inspired by an element from Italian culture”
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conferência “pontos de vista sobre a joalharia em portugal e em italia” conference “views on portuguese and italian jewellery”
Margarida Matos “Jóias de Luz”, projecção de slide, latão, caixilho de diapositivo e luz, dimensões variáveis, 2005 “Light jewels”, slide projection, brass, plastic slide frame and light, variable dimensions, 2005 lisboa-roma
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Se considerarmos a joalharia artística como parte integrante do mundo mais vasto da arte contemporânea, teremos então de nos perguntar porque é que este sector não consegue desenvolver uma economia, se não igual, pelo menos, semelhante à do mundo a que pertence. É frequente haver obras de pintura e escultura a serem vendidas por muitos milhões de dólares. A fotografia consegue resultados inesperados com preços de venda que apresentam uma tendência de crescimento da ordem dos 200% nos últimos dez anos. E a joalharia contemporânea? Infelizmente, está bem longe destes desempenhos, mesmo para os mais importantes designers do sector. A meu ver, esta situação é essencialmente devida a duas razões bem definidas: a ausência dos meios de comunicação e a difícil adequação da joalharia contemporânea às mudanças e necessidades de uma nova geração de consumidores. Assim, como acontece hoje no mundo para qualquer tipo de evento, se ele não estiver presente nos meios de comunicação, simplesmente não existe. Por isso, o mundo da joalharia contemporânea deveria organizar-se num sistema capaz de ter uma maior visibilidade mediática, que determine a procura e, por conseguinte, o seu valor. O mundo da joalharia contemporânea deveria ter em conta que os seus apreciadores mudaram e que quem encomenda as obras tem uma disponibilidade e necessidades muito diferentes daquelas dos seus antecessores. Novos coleccionadores poderão ser encontrados, o que representa uma enorme potencialidade de desenvolvimento para o sector, desde que se consiga entrar de forma definitivano circuito das manifestações artísticas contemporâneas. Andrea Lombardo,
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joalheiro, galerista, da “Alternatives Gallery” e co-fundador da AGC
The Market and Contemporary Jewellery
A Museum where works and artists inter-act
Um Museu onde inter-agem obras e artistas
If we consider art jewellery an integral part of the vaster world of contemporary art, we should then ask ourselves why this sector is unable to build up an economy that is at least similar to the one of the world it belongs to. We often see works of art in the form of painting or sculpture being sold for several million dollars. Photography has been obtaining unexpected results with an increasing trend in sales prices by 200% in the last ten years. But what about contemporary jewellery? Unfortunately, it is far removed from these performances even for the most important designers in the sector. In my opinion, there are two main reasons for this; the absence of coverage by the media and the difficulty of contemporary jewellery in adapting to the changes and needs of a new generation of consumers. As is the case for any event occurring in the world today, if it has no media coverage, it simply does not exist. Thus, the contemporary jewellery world should organize a system that is capable of gaining more coverage with the media, consequently determining request and therefore value. The contemporary jewellery world should take note that its enthusiasts have changed and that new types of consumers have emerged, with different needs and financial availability with respect to their predecessors. New kinds of collectors can be reached with great development potential for this sector, on condition that access to contemporary art shows becomes a normal practice.
From the very beginning I have accompanied the evolution and the vitality of contemporary jewellery. It has brought new ideas to the traditional art of jewellery-making, combining both technical training and a total creative freedom, making the use of any material whatsoever that seems adequate to express an idea possible, thus contributing in a crucial way to the redefinition of the contemporary concept of the jewel. The MNAA – Museu Nacional de Arte Antiga (National Museum of Antique Art) has come to recognize this career through the presentation of several shows of contemporary pieces, which in fact started ten years prior to the existence of a permanent jewellery exhibition in the Museum. The first show took place in 1985: New Jewellery in the MNAA, which was followed in 1988-89 by The Language of New Materials, in which 40 pieces of Portuguese jewellery by teachers at Ar.Co were exhibited. Another exhibition in 1995-96 called A Goldsmith and Seven Artists work with Silver resulted from the collaboration between the goldsmith Manuel Alcino and seven famous artists who usually expressed themselves through painting, sculpture and architecture but felt an urge to experiment silver as an alternative or complementary language. The following year there came Jewels for Alexander of Medici. Inspired by a painting in the Museum collection, Tereza Seabra imagined and conceived with extreme elegance a precious array of jewels, almost like a commission for Alexander the discreet, seductive and artistic prince, as portrayed in the XVI century by Jacopo Pontorno. More recently, as part of the International Symposium Ars Ornata Europeana 2005, the Museum was very glad to show the exhibition mais perto | closer, in which Portuguese and foreign jewellery artists took part. The suggested starting point was to establish a dialogue with the Museum’s collections, thus creating bridges between past and present and stimulating inspiring transferals to the creation of contemporary jewels, which were temporarily integrated in the Museum’s permanent collection
Desde o início tenho vindo a acompanhar a evolução e a vitalidade da joalharia contemporânea de autor. Trazendo ideias novas à tradicional arte da ourivesaria, propondo uma formação técnica aliada a uma total liberdade de criação, possibilitando a utilização de todo e qualquer material julgado adequado à expressão de uma ideia, contribuiu de forma decisiva para a redefinição do conceito contemporâneo de jóia. O MNAA – Museu Nacional de Arte Antiga tem vindo a reconhecer este percurso mediante a apresentação de diversas mostras de obras contemporâneas, que aliás tiveram início cerca de dez anos antes de existir no Museu uma exposição permanente de Joalharia. Em 1985, realizou-se a primeira mostra: Nova Ourivesaria no MNAA, à qual se seguiu em 1988-89, A Linguagem dos Novos Materiais, com a participação de 40 jóias portuguesas de professores do Ar.Co. Em 1995-96, outra exposição, esta no âmbito da ourivesaria, intitulada Um Ourives & Sete Artistas trabalham a prata, com a colaboração do ourives Manuel Alcino e de sete reconhecidos artistas que utilizavam a pintura, a escultura e a arquitectura como a sua forma habitual de expressão, mas que sentiram necessidade de experimentar a ourivesaria como linguagem alternativa ou complementar. Logo no ano seguinte, Jóias para Alexandre de Medici. Inspirando-se numa pintura da colecção do Museu, Tereza Seabra imaginou e concebeu com extremo requinte, um precioso conjunto de jóias, como uma espécie de encomenda para Alexandre, o príncipe discreto, sedutor e artista, tal como aparece retratado no século XVI por Jacopo Pontormo. Mais recentemente, por ocasião do Simpósio Internacional Ars Ornata Europeana 2005, a exposição mais perto | closer, em que participaram artistas portugueses e estrangeiros ligados na sua maioria à arte da Joalharia, que o Museu acolheu com o maior interesse. O objectivo proposto foi o de criar um diálogo com as colecções do Museu, estabelecendo pontes entre o passado e o presente e estimulando transferências inspiradoras para a criação de jóias contemporâneas, as quais foram integradas temporariamente no percurso das colecções permanentes do Museu, tornando-o assim mais
Andrea Lombardo,
jewellery artist, gallery director (Alternatives Gallery) and co-founder of AGC
Alternatives Gallery
Mercado e Joalharia Contemporânea
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Leonor d’Orey,
Leonor d’Orey,
conservator of the Jewellery and Goldsmith Collections of the Museu Nacional de Arte Antiga
“Ponto Vermelho” | “Red Dot”, Otto Künzli Museu Nacional de Arte Antiga © C.B. Aragão
conservadora das Colecções de Joalharia e Ourivesaria do Museu Nacional de Arte Antiga
display, making it hence more dramatic and interactive. From this profitable interpellation that ran through and involved the entirety of the space including the exterior of the Museum, there surged a multifaceted array of different proposals that reflected the personality of each artist rather than, as in the past, that of its user. For instance, one of the proposals generated a real interaction between the jewellery collection and the Museum staff, resulting in a photographic/ portrait gallery in which everyone exhibits the jewel he or she chose from the collection. Another example left a mark of personal appropriation, conceived by the artist, on the exterior of the building. In yet another exemple, the jewel was inscribed as a performance since it involves and protects, covers and decorates people, stirred and developed into a dance. And there lingered, in the museum set, a mysterious and playful sense of unexpected revitalization in the way that it established a dialogue (re) creating once again the language of jewellery, versatile and secretive, in its eternal and permanent plurality.
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The “Museu Nacional do Traje” and the New Jewellery The Museu Nacional do Traje (National Costume Museum) opened its doors to the public in 1977, having since then undertaken widely diverse activities. The lecture will give a particular focus on the room created in 1985, that is specifically aimed at the promotion of works by contemporary artists that use textile art, clothing, accessories, experimental tapestry and jewellery. A brief aesthetic and cultural analysis will be made on the relevance of the jewel in the clothing context and on the way the contemporary jewel relates, inspires, interacts and is influenced by clothes. A short history of the exhibitions in the Focus Room will follow with the aim of showing a panoramic view of the jewellers who exhibit their work as a way of promoting designer-jewellery in our country. Pieces made by foreign jewellers who have exhibited in the museum shall be referred to the same manner with a special focus on the Prince of Wales’ Crown conceived by the Welsh jeweller Louis Osman. I shall also speak about the four Symposiums on New Jewellery organized by the museum in 1990, 92, 94 and 96.
O Museu Nacional do Traje e a Nova Joalharia O Museu Nacional do Traje abriu ao público em 1977, tendo realizado até ao presente as mais diferentes actividades. A conferència dará ênfase à criação, em 1985, de uma sala destinada a divulgar a obra de artistas contemporâneos que vêm desenvolvendo trabalho no campo da arte têxtil, do traje, dos acessórios, da tapeçaria experimental e da joalharia. Far-se-à uma breve análise de carácter estético cultural sobre a relevância da jóia no contexto visual da indumentária e sobre a forma como a jóia contemporânea se relaciona, se inspira, interage e é influenciada pelo traje. Seguir-se-à um breve historial das exposições na Sala Destaque, procurando dar uma panorâmica dos joalheiros que apresentaram as suas obras com o intuito de divulgar a jóia-de-autor no nosso país. Do mesmo modo se fará referência às peças concebidas por joalheiros estrangeiros que expuseram no museu, com especial relevo para a Coroa do Príncipe de Gales concebida pelo joalheiro galês Louis Osman. Paralelamente se dará conta dos quatro Simpósios de Nova Joalharia que este museu organizou em 1990, 92, 94 e 96. Madalena Braz Teixeira,
directora do Museu Nacional do Traje
Madalena Braz Teixeira, dIrector of Museu Nacional do Traje
“Argola de guardanapo” | napkin ring Salvador Dali
actuante e inter-activo. Dessa interpelação proveitosa, que percorreu e envolveu todo o espaço interior e até exterior do Museu, surgiu um conjunto multifacetado de propostas diferentes, que reflectiam a personalidade de cada criador, talvez mais do que, como outrora, a do seu utilizador. A título de exemplo, uma das propostas gerou uma autêntica interacção entre a colecção de joalharia e equipa do museu, dando origem a uma galeria de fotos/retratos, onde cada um exibia a jóia que escolhera da referida colecção. Outra, deixou no espaço exterior do edifício uma marca de apropriação pessoal concebida pelo artista. Noutra ainda, a jóia, inscrita em performance, dado que também ela envolve e protege, cobre e decora pessoas, movimentou-se, desenvolvendo-se em dança. E, no cenário museológico, ficou a pairar uma sensação de revitalização inesperada, misteriosa e lúdica, pela forma como se estabeleceu o diálogo, (re)criando-se uma vez mais a linguagem das jóias, versátil e secreta, na sua eterna e permanente pluralidade.
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Portuguese Jewellery: an attempt at historical characterization
“Such was his shyness that he saw no more of her than her ringed hand in water. But it was enough. It was a memorable hand.”
Developed since the dawn of time, in a territory where the raw materials and civilization confluences are abundant, does the jewellery developed after the assertion of Portugal have unique characteristics that differentiate it from that of other European nations? The lecture that we will present seeks thus to tackle certain patterns that may single out the art of jewellery in Portugal, particularly after the discoveries and the flux of precious materials that came from the Orient, and later from Brazil. We shall equally attempt to discuss certain general ideas about the production of jewellers in Portugal that is undeniably amongst those that have undergone the most external influences due to its geographical situation and historical richness.
Virginia Woolf, “Orlando”
Manuel Castro Caldas director executivo | executive director Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual
Nuno Vassallo e Silva,
Joalharia Portuguesa: uma tentativa de caracterização histórica. Desenvolvida desde os mais recuados tempos, num território abundante em matéria prima e confluências civilizacionais, terá a joalharia, desenvolvida após a afirmação de Portugal, características próprias que a distingam das outras nações europeias? A comunicação que apresentaremos procura assim cotejar alguns dos padrões que poderão singularizar a arte da joalharia em Portugal, sobretudo após a epopeia dos Descobrimentos e o fluxo de materiais preciosos vindos do Oriente, e mais tarde do Brasil. Procuraremos igualmente rebater algumas das ideias mais divulgadas sobre a produção dos joalheiros em Portugal, que, significativamente, se conta entre as que mais influências externas sofreu devido à sua situação geográfica e riqueza histórica. Nuno Vassallo e Silva,
director-adjunto do Museu Calouste Gulbenkian
“Jóia” | “Jewel” © Parvulescu Lucian
joint-director of the Museu Calouste Gulbenkian
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projecto editado em dvd “a cada cultura a sua jóia” project edited on dvd “every culture has its jewellery”
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Alexandra Ribeiro / Luciano Mario Rossi
Ana Margarida Carvalho / L. M. Rossi
David Pontes / Enrico Franchi
Hugo Madureira / Andrea Lombardo
José Carlos Marques / AGC
Natasha Duncan / AGC
Ana Andrade / Marco Borguesi
Beatriz Filipe Conefrey / AGC
Diana Silva / AGC
Inês Nunes / Angelo Lomuscio
Leonor Hipólito / AGC
Nininha Guimarães Santos / F. M. Franchi
Ana Caldas / Barbara Uderzo
Bia Saade / Barbara Uderzo
Dulce Ferraz / Luciano Mario Rossi
Inês Sobreira / Maria Rosa Franzin
Lúcia Abdenur / Barbara Uderzo
Paula Mourão / Elisabetta Dupré
Ana Cardim / AGC
Carla Castiajo / AGC
Estefânia de Almeida / Maria Cristina Bellucci
Isa Duarte Ribeiro / AGC
Margarida Matos / AGC
Rita Faustino / AGC
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Sofia Sobreira / AGC
Teresa Milheiro / AGC
Sónia Graça / Roberta Barnabei
Tereza Seabra / Rita Marcangelo
Teresa Dantas / AGC lisboa-roma
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Suzana Rezende / AGC