Boletim informativo CRMV-RO Nº 02

Page 1

JORNAL DO CONSELHO

C R M V-RO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DO ESTADO DE RONDÔNIA

março a junho/2014

Rondônia: Ano I - N.º 002

CRMV-RO alerta para o perigo das enchentes A situação de calamidade pública em Porto Velho já foi reconhecida pelo governo federal

Presidentes dos CRMV's reúnem-se em Porto Velho Durante dois dias presidentes de 13 estados da federação estiveram reunidos em Porto Velho para discutir ações e trocar informações sobre assuntos administrativos de suas unidades. pag 6

Parceria CRMV-RO e FIMCA traz curso de oftalmologia veterinária para Porto Velho Doenças como leptospirose, dengue e malária são apenas três das que podem surgir com a enchente.

A situação provocada pela cheia do Rio Madeira, em Porto Velho, não é das melhores. Famílias estão desabrigadas, animais estão morrendo, e a contaminação das águas é dada como certo, mas uma coisa tem preocupado as autoridades responsáveis pela saúde pública e pela Defesa Civil: a disseminação de doenças. Segundo a Médica Veterinária, Mestre em Vigilância em Saúde, Dra. Régia Pachêco Martins, da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho e membro do CRMV-RO, os perigos de contaminação de doenças através do contato com a água das enchentes é grande. Doenças como leptospirose, dengue e malária são apenas três das que podem surgir com a enchente, inclusive após o nível das águas baixarem. “Até agora já foram confirmados 17 casos de leptospirose, relata a Dra. Régia.

Em virtude do perigo iminente o CRMV-RO alerta a população sobre a disseminação, formas de transmissão, manifestações clínicas e medidas de prevenção de doenças, em especial da leptospirose. A leptospirose é uma doença causada por uma bactéria presente na urina de ratos e outros animais, e transmitida ao ser humano, principalmente em situações pela qual Porto Velho está passando. Bovinos, suínos, cães e gatos também podem adoecer e transmitir a leptospirose ao homem. Por isso o CRMV-RO faz um alerta para uma ação preventiva tanto contra a infecção como a transmissão da doença. Dentre as fontes de infecção é preciso controlar a população de roedores; tratar animais de produção e de companhia; armazenar alimentos em locais apropriados; eliminar entulhos,

entre outros. Já, como forma de evitar a contaminação, quando já existem casos da doença, fazse necessário redobrar os cuidados com a água para consumo humano; promover a limpeza da lama residual das enchentes; evitar o contato com a água das enchentes, e utilizar equipamentos de proteção individual, principalmente pessoas que mantém contato direto com o foco contaminado. A situação das cheias do Rio Madeira deste ano é uma situação anormal e após a visita da presidente Dilma Rousseff a Porto Velho, o governo federal reconheceu a situação de calamidade pública. A magnitude dos danos e prejuízos ainda acarretará alguns dissabores, mas é preciso que todos se mantenham firmes e unidos no propósito de reconstruir a cidade após a estabilização do nível das águas.

Oferecer cursos e palestras de profissionais renomados e de grande experiência na área faz parte do Projeto de Educação Continuada do CRMV-RO. pag 5

Delegados representam RO na eleição da nova diretoria do CFMV O pleito deste ano contou com o registro de apenas uma chapa, e reelegeu, com 76% dos votos válidos o Dr. Benedito Fortes de Arruda para o triênio 2014/2017. pag 8


Palavra do Presidente

Os Conselhos Regionais de Medicina Veterinária têm uma missão importante perante a sociedade, que é promover o seu bem-estar, disciplinando o exercício da

profissão de Médico Veterinário e Zootecnista, normatizando, fiscalizando, orientando e valorizando a classe profissional. Mas, o que pouca gente sabe é que os CRMVs também têm responsabilidades sociais. Mediante a tragédia que se abateu sobre Porto Velho, devido as cheias do Rio Madeira, o CRMV-RO cumpriu com sua missão, participando das comissões que se formaram em torno da Defesa Civil auxiliando, com seus profissionais, nas diversas frentes que se formaram no intuito de buscar soluções para o problema. Ciente também de sua responsabilidade social foi solidário e buscou meios de amenizar a dor daqueles que tanto já sofriam. Ao contribuir e auxiliar essas pessoas, com arrecadação de roupas, mantimentos, colchões e tantos outros produtos o CRMV-RO também cumpriu com o seu dever de cidadão, pois entendemos que promover o bem-estar social é dever de cada um de nós, de acordo com a sua capacidade, de ajudar vidas, sempre com ética e respeito. A responsabilidade social é, acima de tudo, estar disposto a contribuir com uma sociedade mais justa. Rodrigo Bruno Loyo Cadette PRESIDENTE

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DO ESTADO DE RONDÔNIA Endereço: Rua Buenos Aires, 2530 - Embratel - Porto Velho - RO - CEP: 76.820-876 - Telefone: (69) 3222-2560 / 3222-4840 web: www.crmv-ro.org.br - email: crmv-ro@crmv-ro.org.br - facebook:.CRMV-RO/Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Rondônia Presidente Rodrigo Bruno Loyo Cadette Vice-presidente José de Arimateia da Silva Secretário geral Adimar Cardoso Junior Tesoureiro Fabiano Benitez Vendrame

02

Conselheiros efetivos Silvana Arnez de Castro Freitass Mauricio Yoshikasu Kato Luis Eduardo Schincaglia Regia de Lourdes Ferreira P. Martins Cláudio Ramalho Townsend Walter Oliveira Castro

Boletim Informativo

Conselheiros suplentes Antônio Henrique M. Fernandes Jaqueline Pereira da Silva Luiz Carlos Tadeu Capovilla Anderson Kuhl Alex Batista Bezerra Assessor Jurídico Filipe Caio Batista Carvalho

Assessora de Imprensa Wania Ressutti -DRT 959/RO Tiragem: 1.500 exemplares Distribuição: gratuita Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade dos autores e manifestam a sua opinião e não necessariamente a linha de pensamento do CRMV-RO.


Entrevista

Dr. JOSÉ DE ARIMATEIA DA SIVA Vice-presidente do CRMV-RO e Secretário executivo adjunto da EMATER-RO

Vice-presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Rondônia (CRMV-RO), o Médico Veterinário, José de Arimateia da Silva, assume a secretaria executiva adjunta da Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater-RO). Primeiro membro da diretoria do CRMV-RO a assumir uma pasta no governo estadual Ari, como é mais conhecido, nasceu em Catolé da Rocha-PB. Graduou-se pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em Patos, ainda naquele estado. Motivado por amigos e familiares que já residiam em Rondônia, chegou por aqui em 1989 acreditando ter encontrado um Estado de grande oportunidade para a prática da Medicina Veterinária. Já atuando no Estado, aprimorou-se na profissão e hoje leva o título de especialista em Gestão em Agronegócios e Mestre em Gestão Ambiental. Dono de uma extensa folha de trabalho em favor do desenvolvimento local, o vice-presidente do CRMV-RO e secretário adjunto da Emater-RO traça um perfil dos profissionais Médicos Veterinários e Zootecnistas de Rondônia e fala de sua perspectiva para o fortalecimento do Estado. Jornal do Conselho – Qual a importância da atuação do CRMV-RO para a sociedade r o n d o n i e n s e ? Arimateia – O Conselho é de fundamental importância para a sociedade rondoniense, principalmente porque o estado tem no setor agropecuário a principal fonte de sua economia. Rondônia conta com um rebanho bovino superior a 12 milhões de cabeças, um setor industrial animal forte, mais de 1.200 profissionais da M e d i c i n a Ve t e r i n á r i a e d a Zootecnia atuando, sendo assim faz-se necessário um Conselho atuante para fiscalizar, orientar, supervisionar e disciplinar as atividades e o exercício da profissão desses Médicos Veterinários e Zootecnistas, defendendo assim a sociedade, evitando a atuação de maus profissionais e daqueles que exercem a profissão ilegalmente. JC – Como o senhor vê a atuação desses profissionais Médicos Veterinários e Zootecnistas no Estado? Como essa atuação poderia ser incrementada? Arimateia – Em nosso estado temos profissionais de alto nível em todos os setores. São profissionais que tiveram sua formação em outros estados e nos últimos anos estamos recebendo profissionais que estão se formando aqui, pelas universidades daqui do estado de R o n d ô n i a . A c re d i t o q u e o fortalecimento de nossa profissão passa obrigatoriamente com melhoria das nossas instituições de ensino, principalmente com abertura de cursos de pósgraduação, mestrado e doutorado. JC – Quais as principais dificuldades e desafios para os profissionais de Medicina Veterinária e de Zootecnia? Arimateia – As principais dificuldades dessas profissões no

momento, é o mercado de trabalho que está cada vez mais escasso. O número de instituições de ensino cresceu por todo Brasil e em Rondônia não foi diferente. Isso proporcionou um aumento na o f e r t a d e p ro f i s s i o n a i s e , consequentemente, uma diminuição de oportunidades de empregos, e muitas vezes há concorrência desleal. O grande desafio está em encontrar alternativas para manter ou melhorar a qualidade dos nossos p ro f i s s i o n a i s e a b r i r n o v o s mercados para Medicina Veterinária e Zootecnia em nosso País. JC – Considerando que vivemos na região amazônica, o que a região norte, e mais especificamente o estado de Rondônia, se diferencia dos demais estados no tocante ao papel dos CRMVs, e na atuação dos profissionais? Arimateia – Com relação ao papel do CRMV-RO com os demais pouco se diferencia, uma vez que existe uma legislação específica, coordenada pelo Conselho Federal d e M e d i c i n a Ve t e r i n á r i a e Zootecnia (CFMV), que norteia o processo. Com relação à atuação d o s p ro f i s s i o n a i s , a g r a n d e diferença da região norte para outras regiões do Brasil é a logística, com áreas geográficas muito grandes, estradas com qualidade inferior e, em alguns estados predomina o transporte f l u v i a l . Tu d o i s s o , a l é m d a dificuldade de acesso, eleva o custo e encarece o serviço. JC – Rondônia tem passado por momentos de tragédia, como o caso das enchentes do Baixo Madeira. Qual foi a atuação da Emater-RO e do CRMV-RO nesse contexto? Arimateia – Realmente Rondônia passou por um momento de

dificuldade com a enchente do Rio Madeira que, segundo especialistas, foi a maior dos últimos cem anos, mas a sociedade rondoniense se mobilizou e realizou um grande trabalho para minimizar os impactos causados pelas enchentes. Através dessa ação conjunta houve uma grande arrecadação de donativos, projetos para captação de recursos do governo federal e ações diversas para a reconstrução dos distritos atingidos pelas águas. Durante todo esse processo tanto a EmaterRO como o CRMV-RO estiveram presentes e, em muitos casos foram imprescindíveis para realização do trabalho. Aliás, as duas instituições, mas especialmente a Emater-RO, estão sempre presentes na maioria das ações que visam o desenvolvimento de Rondônia, seja n o s e t o r a g ro p e c u á r i o , n a educação, na prom oção e assistência social e em tantas outras. JC – O senhor assumiu a secretaria executiva adjunta da Emater-RO recentemente. Arimateia – Sim, foi em abril deste ano. JC – Qual foi a sua trajetória até chegar a esse posto? Arimateia – Bom, quando cheguei a Rondônia trabalhei como profissional Médico Veterinário no município de Vale Do Paraíso, depois fui para Ouro Preto do Oeste, Ji-Paraná e agora em Porto Velho. Nestes anos de serviços prestados à Emater-RO, ocupei os cargos de gerente local, supervisor re g i o n a l , g e re n t e re g i o n a l , coordenador Estadual, gerente estadual, assessor estratégico, diretor, e agora secretario executivo adjunto. JC – Falando como secretário executivo, seria possível uma ação

conjunta entre a Emater e o CRMV-RO? Arimateia – A Emater-RO e o CRMV-RO já tem trabalhos em parceria, um exemplo bem claro e o Programa de Verticalização da Produção da Agricultura Familiar ( P ro v e ) , o n d e a E m a t e r- R O disponibiliza seus profissionais M é d i c o s Ve t e r i n á r i o s c o m o responsáveis técnico, e o CRMVRO, mobiliza toda estrutura para formalização do processo de legalização da agroindústria junto a o C o n s e l h o . Te m o s a i n d a participação conjunta em eventos como: seminários, congressos, dias de campo, palestras entre tantos outros, ou seja, estamos bem próximos em ações que possam contribuir para o desenvolvimento do estado de Rondônia. JC – Como resumiria a sua contribuição para o desenvolvimento da pecuária no estado? Arimateia – Eu acredito que, ao longo dos meus vinte cinco anos de Rondônia, sempre trabalhando na extensão rural, mais especificamente na pecuária leiteira, e analisando que quando aqui comecei, Rondônia tinha apenas uma indústria de laticínios e hoje tem cinquenta e seis; produzia pouco mais de 400 mil litros de leite por dia e hoje produz 2,7 milhões, alcançando um feito histórico como o oitavo maior produtor de leite do país, posso dizer, com certeza, que fiz parte de todo esse crescimento da pecuária leiteira do nosso Estado. JC – Considerações finais. Arimateia – Gostaria de agradecer primeiro à Deus, e à Emater-RO, ao CRMV- RO, aos amigos e aos familiares pelas oportunidades ofertadas no estado, não só profissionalmente, mas como pessoa.

Boletim Informativo

03


Artigo Prevalência de brucelose em matadouro Frigorífico de Rolim de Moura Aliny Pontes Almeida (*) e Marcos Rodrigo da Silva (**)

A brucelose é uma enfermidade cosmopolita que acomete diversas espécies de animais, inclusive o homem. Por ser uma zoonose diagnosticada em todo país, apresenta elevada importância para a saúde pública brasileira. Dentre os animais susceptíveis, destacase o bovino que, alberga o agente causador e também serve como fonte de infecção para o homem. A brucelose é causada por bactérias pertencentes ao gênero Brucella sp . Estas bactérias não são espécie especificas, mas apresentam eletividade de espécie, como por exemplo a B. abortos, B. suis, B. ovis e B. canis que tem por eleição bovinos, suínos, ovinos e caninos respectivamente. Já a B. melitensis tem maior adaptação para infectar os caprinos. A transmissão para o homem pode ocorrer pelo contato com animais infectados e/ou pelo consumo de leite e derivados não pasteurizados. A brucelose bovina é uma enfermidade de elevada importância econômica por acarretar perdas na comercialização de produtos de origem animal. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com a finalidade de erradicar a Brucelose bovina no Brasil, instituiu o Programa Nacional de Controle e Erradicação da brucelose e Tuberculose Bovina (PNCEBT) pela instrução

04

normativa nº. 2, de 10 de Janeiro de 2001, que normatiza as medidas de controle e estabelece a realização do diagnóstico dessa zoonose. O serviço de inspeção veterinária tem como objetivo tornar seguro o consumo dos alimentos inspecionados. A condenação de vísceras, órgãos e carcaças de animais destinados ao abate podem ser de grande valia como forma de prevenir os consumidor e s d e entrarem em contato c o m agentes causadores de diversas patologias zoonóticas como a brucelose. Este trabalho objetivou avaliar a prevalência de Brucelose bovina na região sul do estado de Rondônia através de análises de dados retroativos. Os dados foram obtidos através do banco de dados do Serviço de Inspeção Federal do Matadouro Frigorifico de Bovinos. Os animais que apresentaram bursite na avaliação post mort, lesão sugestiva de infecção por brucelose, foram submetidos à análise e coleta de material para a realização de exames

Boletim Informativo

auxiliares. As amostras suspeitas Ms. Aliny Pontes Almeida foram enviadas para coord. do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Luterano de análise molecular, Ji-Paraná (Ceulji/Ulbra) submetidas à reação de PCR (Reação em Cadeia de Polimerase) para 11%, Alta Floresta D'Oeste 6%, diagnóstico conclusivo. O e as demais cidades 3% cada. O exame foi realizado por um primeiro semestre de 2011 teve laboratório particular a maior ocorrência de casos de conveniado brucelose, totalizando 77% dos a o animais abatidos e o segundo frigorífico. semestres 23%. O mês de No período Janeiro foi o principal mês, estudado totalizando 34% dos casos, f o r a m seguido pelo mês de Junho com abatidos 17%, Fevereiro e Julho com um total de 14%, Maio e Agosto com 6%, 152.338 Março, Abril e Setembro com animais, 3%. A variação da casuística oriundos dos casos de brucelose de de vários acordo com os meses municípios avaliados, pode estar circunvizin correlacionada com a variação hos. Deste climática do estado ou outros t o t a l fatores ambientais ou mesmo somente 35 do agente causador da animais apresentaram resultado brucelose, sendo necessário positivo no PCR, totalizando maiores estudos da um percentual de 0,023% epidemiologia desta doença no [35/152.338] dos animais estado. A real prevalência desta abatidos. A cidade com maior zoonose no rebanho bovino do prevalência foi Novo Horizonte estado de Rondônia necessita do Oeste e Rolim de Moura, de estudos mais abrangente da totalizando 40% dos animais população animal, pesquisa positivos na população. Nova esta programada para ser Brasilândia D'Oeste também se desenvolvida pelo IDARON comporta de forma importante (Agência de Defesa Sanitária por ter apresentado prevalência Agrosilvopastoril do Estado de de 14% dos animais positivos, Rondônia) com início no mês seguido por Presidente Médici de Março deste ano.

No período estudado foram abatidos um total de 152.338 animais. Deste total somente 35 animais apresentaram resultado positivo no PCR.

(*) Aliny Pontes Almeida é Médica Veterinária especialista em Anatomopatologia Veterinária e mestre em Epidemiologia Experimental Aplicada às Zoonoses. (**) Marcos Rodrigo da Silva é Médico Veterinário.


Parceria CRMV-RO e FIMCA contribui na capacitação de profissionais e formação de acadêmicos A oftalmologia veterinária vem se expandindo e a procura pela especialidade é grande

Marcelo Monte Santo é vice-presidente do CRMV-PA.

Profissionais e acadêmicos de M e d i c i n a Ve t e r i n á r i a participaram, no início de abril, de palestra técnica sobre oftalmologia veterinária. O evento foi promovido pela parceria firmada entre o CRMVRO e o curso de Medicina Veterinária das Faculdades Integradas Aparício Carvalho (Fimca). A palestra foi ministrada pelo vice-presidente do CRMV-PA, Marcello Monte Santo e contou com a presença d o D r. E d s o n L a d i s l a u , presidente do CRMV-PA. Oferecer cursos e palestras de profissionais renomados e de grande experiência na área faz parte do Projeto de Educação Continuada do CRMV-RO. “A proposta é levar aos Médicos Veterinários e Zootecnistas a oportunidade de se reciclarem, qualificarem e atualizarem seus conhecimentos” enfatiza o presidente do CRMV-RO, Rodrigo Bruno Loyo Cadette. Desta vez, o tema acordado entre o CRMV-RO e a Fimca foi

Oportunidade de aprendizado

oftalmologia veterinária. “A gente sempre faz uma pesquisa entre os acadêmicos para saber sobre suas necessidades e interesses”, diz Liana Villela, coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Fimca. Responsável pelo diagnóstico e tratamento de enfermidades nos olhos de animais a oftalmologia veterinária vem se expandindo e a procura pela especialidade tem sido grande pelos Médicos Ve t e r i n á r i o s . E n t r e o s acadêmicos a busca pelas inovações e novas oportunidades de mercado é constante e a parceria entre C R M V- R O e F i m c a t e m permitido essa interação. “É uma ação que traz motivação aos alunos e contribui na transmissão dos princípios de éticas e da regulamentação dos profissionais.

aprendizado mais efetivo, e a troca de informações e de experiências com os profissionais nas diversas áreas existentes tem sido salutar. Hemylie Melo, acadêmica do 3.º período de Medicina Veterinária da Fimca demonstrou seu entusiasmo ao falar da oportunidade que a parceria C R M V- R O / F i m c a e s t á oferecendo. “A maioria dos meus colegas visa trabalhar com grandes animais, em áreas de fazenda, mas eu estou aberta para conhecer outros caminhos. Assim como a oftalmologia, a odontologia veterinária também tem despertado meu interesse e essa aproximação da faculdade com o Conselho tem nos permitido obter esses novos conhecimentos”. A palestra sobre oftalmologia

veterinária foi proferida pelo especialista na área, Médico Veterinário Marcello Monte Santo, que abordou o subtema “olho vermelho”. Mas outras como: resenhas de equinos (pelagem); coleta de amostras para anemia e mormo, já estão previstas e deverão ser oferecidas aos profissionais e alunos, em breve. Outra ação que deverá contar com a parceria do CRMV-RO é a semana acadêmica. A atividade será realizada no segundo semestre deste ano pela Fimca, com o objetivo de promover maior integração entre estudantes, professores e a comunidade em geral. “Já estamos trabalhando no planejamento das ações e devemos, em breve, apresentar ao Conselho para convidá-lo a estar conosco”, diz Liana.

A proposta é levar aos profissionasis a oportunidade de se reciclarem.

Oportunidade e aprendizado Para os acadêmicos essa é a oportunidade de se obter um

Acadêmicos da FIMCA

Boletim Informativo

05


Presidentes dos CRMV's reúnem-se em Porto Velho para tratar de assuntos administrativos

O evento contou com a presença do presidente do CFMV , Benedito Fortes de Arruda.

Nos dias 3 e 4 de abril Rondônia sediou a XVII Câmara os presidentes dos Conselhos Regionais de Medicina Veterinária das regiões Norte, Nordeste e Espírito Santo. Durante dois dias presidentes de 13 estados da federação estiveram reunidos em Porto Velho para discutir ações e trocar informações sobre assuntos administrativos de suas unidades. O evento contou com a participação do presidente do Conselho Nacional (CFMV), Benedito Fortes de Arruda. Realizada no auditório do Hotel Larison, a Câmara contou com dois momentos: um de palestras, realizado no primeiro dia, ficando o segundo dia para as discussões internas. As palestras apresentadas tiveram o intuito

de levar ao conhecimento dos participantes as ações que estão sendo realizadas no estado de Rondônia. “Para isso nós convidamos instituições parceiras como o Idaron e Embrapa, que contribuem com o desenvolvimento agropecuário no estado”, diz o presidente do CRMV-RO, Rodrigo Bruno Loyo Cadette. A primeira palestra da manhã foi proferida pelo Médico Veterinário do Idaron, Dr. Fabiano Alexandre, que apresentou os dados da Defesa Sanitária em Rondônia, mostrando o trabalho que vem sendo realizado no estado em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura e a Associação de Assistência Técnica e extensão Rural

Presidentes dos CRMVs, em Porto.Velho-RO

06

Boletim Informativo

(Emater). Na segunda palestra a pesquisadora da Embrapa, Dra. Juliana Alves Dias falou da implantação do Laboratório de Qualidade do Leite no estado. Segundo a pesquisadora Juliana, a Rede Brasileira de Laboratórios de Controle da Qualidade do Leite (RBQL) conta com dez laboratórios, todos distantes da região norte. Entretanto, em 2002, o Conselho Brasileiro de Qualidade do Leite autorizou a criação de duas unidades, uma em Belém/PA e outra em Porto Velho/RO. Enchentes e Processo ético O período da tarde foi dedicado a assuntos administrativos. Em um primeiro momento a Médica Veterinária, Mestre em

Vigilância em Saúde Dra Regia Pachêco Martins, membro do CRMV-RO e representando a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho, mostrou aos participantes dados atualizados da atual situação em que se encontro o estado de Rondônia, por conseqüência da cheia do Rio Madeira. “É preciso divulgar o que realmente está acontecendo e mostrar que não estamos de braços cruzados”, alerta Dr. Rodrigo Cadette, lembrando que o Conselho tem acompanhado, através da Dra Régia, as ações em favor dos desabrigados, dos desalojados e dos animais. Na sequência, para finalizar o primeiro dia de trabalho, o assessor jurídico do CRMVRO, Dr. Filipe Carvalho, abordou o tema “o papel do presidente no processo ético. Penosa para uns, mais fácil para outros, o processo ético é uma ação que tem que ser executada com total imparcialidade. Dr. Filipe esclareceu a competência do presidente, dizendo que cabe a este receber a denúncia, ordenar a instauração e até mesmo arquivar sumariamente processos quando a denúncia não ferir o código de ética da categoria. Também foram discutidas situações hipotéticas a fim de prestar mais esclarecimentos. No segundo dia a reunião foi fechada, permitindo somente a participação dos presidentes. Além da discussão para esclarecimento da Resolução 1022/13 foram tratados assuntos administrativos de interesse dos conselhos regionais, dos médicos veterinários e dos zootecnistas.

O presidente do CRMV-RO, Rodrigo Bruno l.oyo Cadete, abre os trabalhos.


CRMV-RO presente no Dia de Campo da Embrapa sobre tecnologias à cadeia leiteira

Membros da diretoria do CRMV-RO prestigiam Dia de Campo da Embrapa.

Sistema de produção de leite foi o tema do Dia de Campo que a Embrapa Rondônia realizou, em Porto Velho, com o objetivo de apresentar as tecnologias à cadeia leiteira. A atividade foi realizada na sede na instituição onde reuniu produtores,

profissionais e estudantes, interessados em conhecer as novidades. Apoiando a iniciativa a diretoria do CRMVRO marcou presença no evento. As tecnologias apresentadas demonstraram soluções que podem fazer a diferença no dia-

a-dia do produtor rural, garantindo qualidade e produtividade com redução dos custos de manejo para a pecuária leiteria de Rondônia. Dentre essas tecnologias, a novidade ficou por conta de pesquisas que estão sendo desenvolvidas pela Embrapa, para avaliação das emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa por diferentes sistemas produtivos. As atividades realizadas pela Embrapa no estado de Rondônia são de reconhecida importância, principalmente as desenvolvidas em favor do gado leiteiro. Segundo dados do IBGE divulgados pela Embrapa, “Rondônia é o maior produtor de leite da região Norte e responde por 43% de toda produção regional, ficando em 10.º lugar no ranking nacional de estados produtores, com uma produção de 717 milhões litros por ano,

uma queda se comparada à produção de 2010 que atingiu o pico de cerca de 803 milhões de litros”. Reconhecendo a importância da atividade leiteira, que tem grande impacto na economia do Estado, o CRMV-RO não poderia ficar de fora e, com a diretoria reunida, participou das atividades.

REGISTRO DE PROFISSIONAIS E EMPRESAS Exercício 2013 REGISTRO PESSOAS FÍSICAS Auantes Prim. Secun. Total Médicos Veterinários Zootecnistas TOTAL

832 139 971

51 83 3 142 54 1025

PESSOAS FÍSICAS Inscritos em 2013

CO NS EL H O RE G IO NA L DE M ED IC IN A V ET ER INÁRIA - CRMV -RO Pe ríodo: 01/01/2013 à 31/12/2013 BA LANÇ O FINAN CEIRO IN G RESSO S

D ISP ÊND IO S

Re cei ta O rçam en tári a Re cei ta Rea li zad a Re cei tas Co rren te s Re cei ta T rib u t aria Re cei tas de C o n tri b u içõ es Re cei tas de Serv i ço s Re cei tas Fin an cei ras O u tra s Rece it as C orr ent es T ran s f. Fin an cei ras R eceb i d as Re ceb im en to s E x tra orç am en t ári o s Sa ld o em es p éci e d o E x ercí cio A n te rio r

T OT AL :

7 28 .4 9 5 ,7 8 7 28 .4 9 5 ,7 8 7 28 .4 9 5 ,7 6 21 .4 8 8 ,1 1 5 54 .7 0 1 ,3 2 33 .7 4 1 ,0 6 78 .3 5 8 ,0 0 40 .2 0 7 ,2 9 5 68 .2 4 5 ,6 1 5 28 ,1 2 8 ,7 3

D es p es a O rçam en tá ria C red it o E m p ren h ad o L iq u id ad o D es p es as Co rren t es Pe ss o al , E n carg o s e Ben efí ci os U s o d e B ens e Se rvi ço s T ri bu t ari as C o n t rib u t iv as D em a is D es p es as C o rre nt es D es p es as D e C ap it al T ran s f. Fin an ce iras Co nc ed id as Pa gam en t os E x tr ao rçam e nt ári o s Sa ld o em es p éci e d o E x ercí ci o Se gu i n te

1.824.870,12

5 60 . 45 1 ,8 0 5 60 . 45 1 ,8 0 5 51 . 75 1 ,9 2 3 22 . 17 7 ,9 5 2 19 . 07 4 ,4 8 2 . 31 5 ,2 7 8 . 18 4 ,2 2 8 . 69 9 ,8 8 5 61 , 71 3 ,3 3 7 02 . 70 4 ,9 9

Med. Vet. Fa bi ano B enitez Vendrame Tesourei ro CRMV-RO 0 441

Maria Izabel L avoy er C onta dora CRC 6 199/ O-0

87 23 110

5 0 5

92 23 15

PESSOAS JURÍDICAS Atuantes Tributáveis Isentas Trib.s.anuidade Microempreendedor Produtor Rural TOTAL

914 10 10 8 39 981

PESSOAS JURÍDICAS Registros em 2013

1.824,870,12

P orto V elho/ RO, 31 de de zem bro de 2013 Med. Vet. Rodrigo Bruno Lo yo Ca dette Presi dente CRMV-RO 03 75

Prim. Secun. Total Médicos Veterinários Zootecnistas TOTAL

Tributáveis Isentas Trib.s.anuidade Microempreendedor Produtor Rural TOTAL

106 2 2 6 19 135

35º CONGRESSO BRASILEIRO DA ANCLIVEPA

30 ABRIL - 02 MAIO - 2014

EXPOMINAS - BELO HORIZONTE - MG Mais informações: www.anclivepa2014.com.br

Boletim Informativo

07


CRMV-RO entrou na luta em favor das vítimas das cheias do Madeira sede do CRMV-RO, que fica na Rua Buenos Aires, n.º 2.530, no bairro Embratel, em Porto Velho. Os produtos arrecadados foram repassados ao comitê da Defesa Civil responsável pela distribuição às vítimas. Em outros municípios também afetados com as consequências das chuvas o Conselho orientou que as doações fossem entregues às instituições de arrecadação local.

Promover o bem estar da sociedade faz parte da missão dos CRMVs.

O CRMV-RO, solidário às vítimas atingidas com a cheia do rio Madeira, realizou a c a m p a n h a “ C R M V- R O Solidário”. A campanha teve por objetivo arrecadar donativos para atender às necessidades das famílias que sofreram com as inundações provocadas pelas chuvas em Porto Velho. Para isso solicitou aos Médicos Veterinários, Zootecnistas,

empresários que exercem atividades peculiares à M e d i c i n a Ve t e r i n á r i a e sociedade em geral que colaborassem fazendo doações de alimentos, água, roupas, colchões, redes, produtos de limpeza e de higiene, entre outros. As pessoas prontamente atenderam ao chamado e levaram suas doações para a

Além de preocupados com as vítimas, o CRMV-RO também fez alertas para os cuidados com os animais, em especial cães e gatos que abandonados pelos seus donos ao deixarem suas casas para fugirem das águas. Assim, solicitou também a doação de ração para distribuição à entidades que promoveram o acolhimento desses animais.

Para o presidente do CRMVRO, Rodrigo Bruno Loyo Cadette, o Conselho não poderia fechar os olhos para essa tragédia que se abateu em Porto Velho e em outras regiões do Estado, afinal, promover o bem-estar da sociedade também faz parte da missão dos Conselhos Regionais de Medicina Veterinária. “A ação

foi solidária e bem acolhida por todos”.

As pessoas atenderam prontamente ao chamado e levaram seus donativos.

Delegados representam RO na eleição da nova diretoria do CFMV

Resolução1015/2012 é submetida à consulta pública O Conselho Federal de Medicina Veterinária publicou, no dia 26 de fevereiro, a Resolução n.º 1052/2014, que prorroga a entrada em vigor da Resolução n.º1015/2012 para o dia 15 de setembro de 2014 e submete o texto com alteraçōes à consulta pública. Sugestões podem ser enviadas até o dia 31 de maio de 2014 pelo e-mail: consultapublica@cfmv.gov.br.

Resolução determina as instalações e equipamentos necessários para atuação, bem como horário de funcionamento e requisitos para o exercício da especialidade. A exceção fica para os Hospitais-Escola, que deverão ter atendimento continuado a pacientes internados durante o período de funcionamento pré-estabelecido pela Instituição.

A Resolução n° 1.015/2012, que define alguns novos critérios para o funcionamento de estabelecimentos veterinários foi redigida com intuito de garantir melhores condições de atendimento aos animais, acompanhar o desenvolvimento do conhecimento e da tecnologia como também alinhar-se à legislação sanitária vigente.

Segundo afirmou o presidente do CFMV, Benedito Fortes de Arruda, a edição da resolução, teve o intuito de buscar a garantia do atendimento dentro das condições necessárias. “Queremos ainda ouvir os profissionais sobre as novas exigências e dar o tempo suficiente para as devidas adequações".

Dentre as definições a

08

A Resolução 1015/2012 poderá ser lida, na íntegra, na home Page do CFMV.

Boletim Informativo

Todos tiveram direito a voto.

O presidente do Conselho, Rodrigo Bruno Loyo Cadette e o vice-presidente, José de Arimateia da Silva, ambos delegados-natos estiveram em Brasília, no dia 23 de abril, para participar do pleito eleitoral do Conselho Federal de Medicina Veterinária para o triênio 2014/2017. Fabiano Benitez Vendrame, eleito delegado em sessão plenária para representar os demais membros da diretoria, também participou das eleições com direto a voto. Segundo a assessoria de comunicação do CFMV, o pleito deste ano contou com o registro de apenas uma chapa,

encabeçada por Dr. Benedito Fortes de Arruda, presidente do último triênio. Arruda foi reeleito com 76% dos votos válidos e cumprirá mais um mandato à frente do CFMV. Para ele o pleito contou com as principais lideranças da Medicina Veterinária brasileira e reforçou: “a eleição é o momento de exercício da democracia.” Junto com Benedito Arruda foram eleitos Eduardo Luiz Silva Costa (vice-presidente); Marcello Rodrigues da Roza (secretário-geral); e Amilson Pereira Said (tesoureiro), todos Médicos Veterinários. O novo mandato de Arruda terá início em 18 de dezembro deste ano.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.