CRVIS3R Skateboarding #20

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| ANO 4 | EDIÇÃO 20 |

GUTO

NEGÃO CAMPEÃO MUNDIAL 2015

MEGA GRAND PRIX: GUTO NEGÃO CRAVA O TÍTULO!

TRIP TO CALI:

THIAGO BOMBA E DIEGO POLITO NA TERRA DO SKATE

TEUTÔNIA:

MAX BALLESTEROS DOMINA A MAIS RÁPIDA

SETE CURVAS: ESTREANDO NO CIRCUITO MUNDIAL

LADO A • DOWNHILL MACHINE • EUAMOLONGBOARD SKATE CURIOSIDADE • BUSINESS PLAN • CUIDE-SE • INSTA










| índice

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Beleza e arte em duas dimensões: a parede grafitada e o switch no comply de Sara Watanabe compõem um painel raro e colorido. O freestyle longboarding da Guanabara Boards é muito cool! Foto: Vinicius Porto

Capa: Ele bem que avisou na entrevista da edição passada... Guto Negão, agora o campeão mundial de downhill speed de 2015. Valeu, grande! Foto: Guilherme Ogava

34. Mega Space

Na última etapa WC do circuito mundial da IDF, um dos melhores picos pra competições de speed em todo o mundo testemunhou a definição do ranking de 2015 - e deu Brasil! Saiba tudo sobre a prova que consagrou Guto Negão como campeão do mundo.

40. Trip to Cali

Thiago Bomba e Diego Polito, brothers de skate e viagens, dessa vez gastaram rodas, trucks e longs em sessões na California que pegaram fogo. Entre perdidos e achados, todos sobreviveram... Leia a matéria e entenda.

44. Teutônia

A ladeira mais rápida do mundo foi palco de um campeonato independente, feito na raça e com amor por quem escreve a história todos os dias. Alexandre Maia conta os detalhes do evento que contou com uma das finais mais emocionantes de todos os tempos: o local e bicampeão do mundo Douglas Dalua contra o pilhado e destemido Max Ballesteros. Confira!

50. Skate Run

Mais uma vez, a maior push race do planeta foi o destaque da Virada Esportiva de São Paulo, dessa vez com um trajeto diferente que conseguiu uma façanha: deixar longas avenidas dedicadas somente ao skate. Quem disse que São Paulo não pode parar?

54. 7 Curvas

Pela primeira vez, o pico de Águas de Lindóia (SP) sediou uma etapa do circuito mundial WQS da IDF. As Sete Curvas impressionaram os gringos e fizeram a festa dos brazucas. Veja como foi!

Seções: 12. Editorial

Parabéns Guto Negão, campeão mundial 2015!

14. Start

O olhar apurado nas grandes cidades sempre é muito bem recompensado...

18. Lado A

Mais conteúdo do que no Facebook! Muitas novidades, campeonatos, lançamentos, curiosidades... e muito mais!

60. Foto Leitor

Nossos leitores, clicando e andando em todos os lugares!

61. Cuide-se!

Diretamente de Brasília, nossa colunista Larissa Sampaio, como sempre, traz a melhor maneira pra se manter em forma no melhor estilo!

62. Onde Encontrar

Novas lojas a cada edição. Valorize sua skate/boardshop e adquira sua revista CRVIS3R Skateboarding nesses pontos de distribuição. Free!

65. Business Plan

Apresentamos as novidades e produtos das melhores marcas.

66. Insta Foto

Elas fazem o skate ficar mais agradável e os leitores agradecem!

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| editorial

JULIANA VAZ DE MELO RODRIGUES

Campeão mundial em alta velocidade!

Sem dar chance aos adversários durante toda a disputa, Guto Negão coroou o seu melhor ano com a vitória no Mega Grand Prix e a conquista do título mundial de downhill speed. Go Guto! Foto: Vitor R. Duarte.

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B

em vindos a última edição do ano nessa reta final de 2015! Pra nós brasileiros, novamente vai ser um ano pra ficar na história, positiva e negativamente, infelizmente. NegativaNegativa mente porque estamos novamente passando por um mo momento delicado e conturbado da política e da economia brasilei brasileiras. Difícil ficar indiferente a essa situação que vem corroendo o país e, com isso, afetando direta e indiretamente o nosso mercado produtivo do skate, assim como das demais produções nacionais. Mas graças ao bom Deus, diferente de outras décadas na histó história do skate brasileiro, nas quais crises semelhantes devastavam o skate no país, temos a satisfação de dizer que a prática ainda não foi afetada por essa contaminação chamada corrupção sistemática e “desgovernância aguda”. Afinal, quem gosta de andar de skate, seja lá em qual terreno e modalidade for, tem a diversão e o prazer como escapes, deixando de lado as falcatruas desse Brasil varonil. E esse é o lado positivo... Mesmo com um país andando no “pi “piloto-automático”, não poderíamos deixar de documentar mais um feito para o skate brasileiro, com a conquista do campeonato mundial de velocidade pelo Carlos Augusto Correia Paixão, o “Guto Negão”. Servindo como exemplo de dedicação e foco, Guto trilhou o circuito mundial da IDF (International Downhill Federation) e foi conquistando respeito e credibilidade a cada competição que participou - que não foram poucas -, nas etapas dos Estados Unidos, Canadá e Europa. Pra finalizar com chave de ouro, a vitória na última etapa no Brasil durante o Mega Grand Prix em Minas Gerais, que você pode verificar a matéria exclusiva nessa edição. A vitória em terras mineiras cravou a conquista do título mundial, estampando novamente a boa imagem do skate brasileiro pelo mundo. Diferente da atual situação do nosso país, manchada pelos problemas politicos, economicos e de infra-estrutura deficiente com pestes, pragas, surtos, descasos, lamas etc, tivemos a bandeira verde e amarelo do skate levantada de forma positiva e vitoriosa. Parabéns Guto Negão pela conquista e que essa perseverança e dedicação vencedoras sirvam de exemplo para as demais áreas desse país chamado Brasil... É o skate brasileiro campeão mundial! E que venha 2016! Pra finalizar, desejamos Boas Festas, muito skate na passagem do ano e que 2016 seja um ano de retomada e sucesso para todos! (FB)



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“Andar de skate é fazer o improvável num local inusitado em um momento inesperado”. Um dos axiomas máximos do skate aplica-se à perfeição nesse bs full slide de Gui Celestino, executado num dos acessos à Radial Leste (SP). O idealizador do app Na Ladeira não perdeu a chance!” Viaduto Antônio Abdo, Radial Leste São Paulo/SP - Foto: Thiago de Amigo

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ano 4 | edição 20

dezembro 2015/janeiro 2016

Editores: Fabio “Bolota” Britto Araujo e Guto Jimenez Arte: Edilson Kato Redação: Guto Jimenez Colaboradores: Texto: Alexandre Guerra, Alexandre Maia, Aron Moussatche Ribas, Cri Duarte, Eduardo Yndio Tassara, EuAmoLongboard.com.br, Larissa Sampaio, Taylane Almeida, Reine Oliveira, Thiago “Bomba” Lamego, Vanessa Gonçalvez Fotografia: Aron Moussatche Ribas, Chicão Pessoa, Diego Polito, Elisa Voland, Fernando Fruke Alves, Gilmar Radis, Guilherme Ogava, Jeff Oliveira, Juliana Vaz de Melo Rodrigues, Luciano Lima Jr., Manu Rezende, Martha D. Vargas, Miguel Azanza , Pablo Cordeiro, Papito, Ryan Monotoshi, Raphael Kumbrevicius, Roberto Tatto, Stephanie Abreu, Thiago de Amigo, Vitor R. Duarte

Comercial: DHS Esportes (11) 3384-0703 (11) 99299-5620 Marcio Natividade marcionatividade@dhsesportes.com.br Sandra Santos sandrasantos@dhsesportes.com.br Fabio Bolota fabiobolota1@gmail.com (11) 96357-3492

Lojistas: Informações de como distribuir e ser um novo ponto de distribuição, envie e-mail para lojascrvis3r@gmail.com Assinatura (informações): assinaturacrvis3r@gmail.com Deus é grande! A Revista CRVIS3R SKATEBOARDING é uma publicação bimestral. As opiniões dos artigos assinados nem sempre representam a opinião da revista e sim a de seus autores. Acesse: Facebook: /crvis3rskateboarding Instagram: @crvis3rskateboarding Issuu: /crvis3rskateboarding Site: www.crvis3rskateboarding.com.br

Editora Circuito das Águas Ltda Rua Paraná, 525 – Jd. Bela Vista Jaguariúna - SP - Fone: 55 (19) 3867.0795 Diretor-Presidente: Ricardo Azevedo Coordenação: Sérgio Marini Distribuição gratuita em lojas e boardshops (Acompanhe os pontos de distribuição na página “Onde Encontrar” da sua CRVIS3R Skateboarding e no site: www.crvis3rskateboarding.com.br e facebook: www.facebook/crvis3rskateboarding)

Guto Negão Foto: Guilherme Ogava



Acompanhe mais informações em nossas comunidades sociais.

MIGUEL AZANZA

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Henry Ortiz, Vancouver.

Downhill for fun POR ALEXANDRE MAIA

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CAROLINA DOTTORI

a edição de outubro, comemoramos três anos da revista Crvis3r com muito longboard e skate de ladeira. Nunca um veículo especializado neste universo teve tanta longevidade no Brasil. Nestes três anos de revista, tive o prazer de escrever muitas colunas. No início a foco eram as competições, com atenção especial aos eventos da IGSA e, com o passar do tempo e a necessidade de falar de outros assuntos, mudei o nome da coluna. Mesmo assim, os assuntos de alguma forma sempre foram sérios, visando falar sobre a organização e o crescimento do nosso esporte. O inverno aqui na Região Sul sempre é rígido e faz com que o ritmo de treinos naturalmente diminua. A primavera foi bem complicada e talvez uma das mais chuvosas da história, mais uma razão para os skates ficarem mais guardados do que gostaríamos. Com a chegada dos primeiros dias realmente quentes da nova estação e o horário de verão, o slogan da revista logo me veio à mente, “a diversão está de volta”, e por isso não

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Alexandre Maia, 41 anos, 27 de skate Patrocínios: Orangatang, Downhill Machine, Drop Dead, Academira Power Club Apoios: Evoke, CS Team

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quero nesta coluna falar de nenhum assunto sério. Na realidade não tenho vontade nem de escrever, apenas de pegar meu skate e correr para a ladeira mais próxima, seja para “enquadradar” umas rodas no DHS, seja para mandar umas manobras clássicas no meu 40 polegadas ou seja para fazer um free ride no gás lá na Serra do Tabuleiro. A forma não importa, o que importa é sentir o vento na cara que só o downhill pode proporcionar, andar no gás até as lagrimas correrem pelo rosto, mandar manobras até as pernas não aguentarem mais. Sem falar nas transições, sim, nas transições, pois nada melhor do que mandar uns carvings com o long. Já falei demais, deveria estar em cima do skate ao invés de estar na frente de uma tela. Aconselho que faça o mesmo. Termine de ler a revista, veja as fotos alucinantes e corra para a ladeira mais próxima para aproveitar o verão em cima do carrão ou do carrinho! Let’s go skateboarding!

Apoio cultural:



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Ando de skate não para escapar da vida, mas para não deixar a vida escapar de mim

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o ano acabou! Passou voando, e verdade seja dita, parece que foi ontem que via os fogos com os pés na areia, e já estou vendo “neve” e Papai Noel espalhados pelos shoppings e comerciais de TV. Os dias passam tão rápido que é como engolir uma comida e não sentir o seu gosto. Mais um ano e neste em especial eu venho me perguntando, o que eu fiz? Como o que fiz e deixei de fazer estão em lados opostos da balança, tenho que medir se houve equilíbrio. Afinal, já disse em outras colunas, esta é a base de todos longboarders. Assim como Jedis, estamos sempre a procura do equilíbrio da força. Com quem estive? Quem abracei, com quem sorri e brindei? Evoluí ou estagnei? Qual foi o dia que parei e realmente vivi um momento com a calma para sentir seu verdadeiro sabor. Sem celular, sem computador, sem internet, sem pensar no trabalho e em como chegar no horário. São tempos modernos de escravidão deixando para trás um rastro de uma vida tão morta. Benvindo ao lado negro. A areia do tempo está correndo rápido demais, e minha sensação é a de que estou dando mais importância ao menos importante e dando mais valor para coisas ruins que boas. Basta ao vício de viver sem ter tempo para sentir! Será este o meu pedido ao Papai Noel. É claro que também não recusaria um novo deck para

freeride! Com alguns jogos de rodas para poder me dedicar mais aos longos slides. Não se pode comprar felicidade, é um fato, mas você pode comprar um skate e isto já é a metade do caminho. Ando de skate não para escapar da vida, mas para não deixar a vida escapar de mim. Brincadeiras a parte, tenho uma lista de desejos e agradecimentos intermináveis em algum lugar por aqui. Essa lista mudou muito desde antes de perceber que o senhor Noel realmente existe - e ele existe, acredite! Grandes presentes deixaram de fazer parte dos meus desejos, porque hoje são as coisas miúdas que fazem diferença na minha vida. Miúdas do tipo: caminhar com pés descalços e olhos fechados sobre uma grama fofa. Agora meus agradecimentos, esses são imensos e para incontáveis pessoas. Mas principalmente gostaria de dedicá-los a minha mulher. Por escorregar as mãos pelos meus cabelos e me acordar com beijos, por querer dançar sempre comigo mesmo eu não tendo nenhum jeito para isso. Por torcer pelo meu time, mesmo não sendo o dela. Por dividir comigo a intimidade do silêncio a dois. Por me fazer acreditar que meus inúmeros defeitos são menores que minhas poucas qualidades. Em tempo, fui realmente um bom menino este ano, então Papai Noel não esqueça do meu skate! Minha cartinha já está nos correios. Bom Natal e um ano melhor para todos nós!

Esta coluna foi escrita por Alexandre Guerra. Visite também: euamolongboard.com, facebook.com/euamolongboard, instagram.com/euamolongboard, youtube.com/euamolongboard, twitter.com/euamolongboard

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“Pistas de Skate” dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro dos anos 70 POR EDUARDO “YNDYO” TASSARA

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oje em dia, existem no nosso extenso Brasil centenas de skateparks de todos os tipos - e dizer que a nossa primeira pista foi construída há quase 40 anos: foi em 1976 que grupo de skaters da cidade de Nova Iguaçu (RJ) saiu atrás do sonho de ter sua própria pista de skate. Com projeto do skater Sergio Alexandre, o “China”, e apoio do então prefeito João Batista Lubano, nascia então a o primeiro lugar especificamente para prática do skate do Brasil; a pista ainda existe e o lugar é conhecido como Praça do Skate. Em 1977, surgia nos arredores da cidade de São Paulo a pista de Alphaville, uma pista gigante de paredes lentas e piso liso projetada pelo arquiteto Reinaldo Pestana nas dependências do Alphaville Tênis Club, o local acabou por ser ponto de encontro de todos os skaters da Capital que curtiam velocidade e adrenalina. No mesmo ano, um visionário jovem paulista chamado Charles Putz fez uma viagem aos EUA e conheceu as novíssimas e recém-inauguradas skateparks norte-americanas, e voltou com a ideia de fazer o que viu por lá. Nascia a Wave Park, um complexo de snake e bowls e um insano bowzão, além de uma loja para venda de skates, o local foi de suma importância para o crescimento do skate brasileiro, foi sem dúvidas um celeiro de skaters campeões, os intitulados Wave Boys; a pista funcionou até 1981. Em novembro de 1978, nascia uma das mais importantes skateparks do Rio de Janeiro, a famosa pista de Campo Grande; o desenho em forma de L foi do arquiteto José Carlos Ferreira Bronze e a pista foi cenário de muitos campeonatos importantes e celeiro de muitos skaters de renome nacional e ainda está em atividade. No mesmo ano, era inaugurada a pista de Jacarepaguá (hoje conhecida como Pista do Tanque), uma pista com paredes lentas e baixas, mas fazia a alegria dos skaters do Rio de janeiro. De volta para ci-

dade de São Paulo, era construída a Cash Box, pista feita no quintal da loja de mesmo nome; como o espaço era apertado, com paredes altas e rápidas, era difícil de andar. No inicio de 1979, era inaugurada a Franete, pista também feita nos fundos da loja que ficava no bairro da Moóca, era uma pista divertida com paredes médias e com um transição bem legal. Também no mesmo ano, era inaugurada pela prefeitura de Volta Redonda (RJ) a Pista de “Volta”, uma skatepark gigante que ficou conhecida pelo seu bowl insano de 5 metros de altura com 60 cms de vertical e um bowlzão, o “Bacião”, de 40 m de comprimento com 12 de largura e 4.5 de altura, classificado na época como a maior pista da da América Latina. Apesar das dimensões gigantes, era uma pista bem feita com azulejos e coping; para sair do Bacião, tinha um túnel. Ainda no estado do RJ, nascia ainda em 1979, na badalada cidade praiana de Búzios, o banks da praia de Geribá, alegria dos skaters que viajam para a Região dos Lagos. Na cidade de Santos (SP), tinha o bowl do surfista Homero, um bowl bem cabuloso, cujo canyon tinha um drop insano - para sair dele, tinha uma corda para ajudar -; o mais legal era que, abaixo do bowl, tinha uma pequena fábrica de pranchas da Homero Surboards. Na mesma cidade de Santos tinha a Gogo Skatepark, uma pista tipo “Concrete Waves” cheia de curvas, construída em um terreno onde tinha até arvores no meio. Em 1979, foi inaugurada a pista do Acampamento Pumas na cidade de Pindamonhangaba (SP); o lugar era um acampamento para jovens estudantes e a pequena pista era super-lenta, mas fazia a alegria dos skaters e rollers, esta é considerada como a primeira pista de skate do Vale do Paraíba. Hoje em dia, vemos skateparks supermodernas para prática de um skate bem diferente do que foi nos anos 70 e 80. É, amigos, o mundo evoluiu, o skate evoluiu e as skateparks também. Vamos a elas!

Eduardo “Yndyo” Tassara é um local de Guaratinguetá e está a 40 anos em cima do skate, além de ser o maior colecionador de relíquias do carrinho da América Latina. Seu blog é o skatecuriosidade.com – uma referência quando o assunto é a história do skate e os fatos curiosos do universo dos carrinhos e carrões. Acesse e aprenda!

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carlosyndyo@hotmail.com www.skatecuriosidade.com - Resgaste da História do Skate



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Rodas R.A.D. Model Max Ballesteros

O universo do skate downhill encerra o ano de luto, com a partida de um de seus maiores nomes de todos os tempos pra Grande Ladeira. Michael “Biker” Sherlock foi o skatista e luger mais premiado da história dos XGames, quando as modalidades de skate de ladeira ainda faziam parte das competições, com 4 ouros, 2 pratas e 1 bronze; além disso, ele foi um dos idealizadores dos Gravity Games, jogos de esportes de ação promovidos pelo canal norte-americano NBC, e tornou-se também o mais vitorioso desta competição, com 4 ouros e 3 pratas. Ele foi um dos fundadores da EDI (Extreme Downhill International), a entidade que regulava as provas de DH na virada do século, tendo sido também o campeão mundial de speed de 2000. Como se tudo isso não bastasse, ainda foi dono da Dregs Skateboards, uma das marcas pioneiras de longboards e luges de todo o mundo, promovendo o esporte e atraindo cada vez mais fãs pras modalidades em filmes como “Roll The Dice”. A influência dele no desenvolvimento do DH e em sua popularização jamais poderá ser medida com justiça, tendo sido um dos grandes nomes do skate de ladeira dos últimos 20 anos marcando pelo menos duas gerações de skatistas. Descanse Em Paz, Biker Sherlock. <24>

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Zóio Coffin Amante de transição e, sempre que possível, de instigar e desafiar os amigos em uma session em piscina, o veterano Bruno Zóio arriscou andar de skate no seu “caixão”... Calma! Zóio apenas montou o seu skate cruiser em formato “coffin” (caixão em inglês) e foi pra session na Cave Pool pra testar o seu carrinho. Mesmo com um skate de tamanho reduzido, seus grinds eram ouvidos no além.

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Michael “Biker” Sherlock 1968-2015

REPRODUÇÃO

REPRODUÇÃO

A marca ABEC 11 está colocando no mercado a nova TechSlide com 60 milímetros. Sergio Yuppie é o maior slideiro técnuico que o mundo já viu e, com o título de “Rei do Downhill Slide”, ajudou a desenvolver essa roda, junto a outros riders da marca. O “boss” Chris Chaput completou a missão e o resultado é a nova fórmula com resistência inigualável para anti-flatspotting (não enquadrada), perfeita para asfalto e concreto. Experimente!

FABIO BOLOTA

Nova roda ABEC11 Sergio Yuppie

2015 é um ano que o Max Ballesteros jamais irá se esquecer. Além das expressivas vitórias na Yuping Cup (a primeira prova internacional de downhill speed realizada na China) e em Teutônia, o mineiro comemora mais uma vitória: o lançamento do “Ballesteros Influence”, seu pro model de rodas pela R.A.D. – Rider Approved Designs. Com 77ª de dureza, 74 mm de diâmetro e superfície de contato de 61mm, é mais uma opção versátil e confiável de uma das marcas de rodas mais respeitadas em todo o cenário mundial. Parabéns, “Cuei”!

Nova Roda Orangatang Durante anos, as rodas da Orangatang são referência e conceito quando de fala em modelos para longboard e ladeiras. O mercado cresceu e inumeras marcas surgiram, mas a Oranga nunca deixou de aprimorar os seus produtos e continuar sendo uma das melhores rodas do mercado mundial na atualidade. Confira os novos modelos que estão chegando por aqui e boas sessions!



MANU REZENDE

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The Signal Hill Speed Run

Nova Loja Six Trucks

ARQUIVO PESSOAL

Com certeza você já conhece os produtos Six Trucks e toda a sua história. Agora, a marca está diversificando os seus negócios e acaba de abrir a sua primeira loja própria com todos os produtos disponíveis para o consumidor final. Vale a pena passar e conferir a gama de materiais e o que está disponível na região do bairro da Saúde, em São Paulo. De passagem, aproveitem para da um salve nos “tiozeras” Leone e Claudinho. Vai lá: R. Prof. Aprígio Gonzaga, 238 - Saúde (próximo ao metrô São Judas).

Há 40 anos, acontecia o primeiro evento de downhill speed da história num pico que ficou marcado em toda uma geração. O campeonato rolou entre 1975 e 1978 na cidade de Signal Hill (na região de Long Beach, em LA), ficando marcada pelo fato de ser emocionante e perigosa tanto pros competidores quanto pro público que lotava a Hill Street. Na verdade, Signal Hill marcou o surgimento de muita coisa na história do skate: os primeiros campeonatos de downhill, o surgimento dos luges e dos skatecars, o domínio sobre os slide, o lançamento de equipamentos específicos da modalidade (como luvas). Recentemente, foi lançado o doc “The Signal Hill Speed Run”, que conta a história dessa legendária prova de skate de ladeira, com depoimentos de caras que fizeram a história, como Guy Grundy (o primeiro campeão de speed), Sam Puccio, John Hutson, Waldo Autry (RIP), Ty Page, Terry Nails, o promotor Jim O’Maloney e vários outros nomes que deixaram suor, pele e sangue no pico imortal. O filme tem narração de ninguém menos do que Ben Harper e cenas memoráveis dos pioneiros do skate de ladeira de competição; vale a pena correr atrás do DVD!

Homenagem ao longboarder profissional O skatista profissional Jonathan Borges recebeu pela segunda vez consecutiva uma homenagem de méritos esportivos, representando o skate de ladeira, mais precisamente o longboard. A cerimônia de homenagem aconteceu na Casa da Frontaria Azulejada em Santos (SP) durante o Festival Free Session, que teve a sua primeira edição realizada em 2011 de forma independente, elaborada pelo esportista Leonardo Branco. Com a idéia de realizar um evento convidando alguns amigos de seu círculo social de diferentes atividades, cada um agregando com seu talento tanto na arte quanto na música e no esporte, mas com apelo social beneficente. E, pelo sucesso durante os anos e pela boa divulgação na cidade, foi oficializado na câmara de vereadores de Santos e o evento fará parte do calendário da cidade a partir de 2016.

GANHADORES CAMISETAS CRVIS3R: • Nome: JONATAZ FERREIRA DE JESUS (jonatazjesus@XXX.com) Frase: CRaVando e reInvetando o Skateboard nesses 3 anos Radicais. • Nome: NIK DUTRA (nik.dutra@XXX.com) Frase: Andar de Skate me deixa crazy, mas ler as melhores notícias de Skate me deixa CRVIS3R... • Nome: FERRNANDO DOS SANTOS SOUZA (fernando.santossouza@XXX.com) Frase: Skate ou long no pé, no asfalto, o que não pode me faltar é a Edição da Crvis3r para me manter ligado e a camiseta para ficar irado, sem tudo isso só eu estiver desligado. • Nome: ROGER FERRAZ DE LIMA (rogerferraz@XXX.com) Frase: Sem cultura o skate não sobrevive e a revista CRVIS3R faz isso para da melhor maneira para os amantes do longboard, dhs, freeride, etc.

• Nome: RODRIGO FERNANDES (rodrigofernandes765@XXX.com) Frase: Posts de revistas virtuais se perdem com o tempo, mas uma revista material de qualidade pode ser vista, lida e passada de geração pra geração, se tornando Old School para as novas gerações no futuro, e colecionada, guardada com carinho por aqueles que um dia tiveram como lançamento. Parabéns pelo trabalho, Revista CRVIS3R, e por nos manter informados sobre o que acontece no mundo do Skate Longboard. • Nome: JULIETE SANTANA (j.santana@xxx.com.br) Frase: Sem descriminação, o skate feminino cresceu muito com as publicações da CRVIS3R... Garotas na ladeira e revista na mão!



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Amazon Slidera Longboard POR REINE OLIVEIRA | FOTOS PABLO CORDEIRO, RYAN MONOTOSHI E PAPITO

No último dia 22 de novembro, rolou na capital paraense a segunda edição do Amazon Slidera, no qual tive o privilégio de trabalhar com os convidados Armando Artiles e Jonathan Borges para dividir a responsabilidade de julgar os atletas, que vieram de varios estados do Norte e Nordeste. Contando com o apoio do Shopping Bosque Grão Pará, o pico no Condomínio Cidade Cristal viu aparecer por lá gente peso destas regiões, aonde o longboard esta num momento de grande evolução; eram competidores do Maranhão, Amazonas, de Macapá e ainda locais de toda Belém. Fomos todos muito bem recebidos pela estrutura desse evento, que contou com equipos, serviços e atividades ao ar livre, como slackline, exercícios funcionais, corrida e patins, foodtruck, sem contar com a presença do Fabio Break que representou na locução do evento. A sonzeira ficou por conta do Dj Albery Rodrigues, que comandou as picapes e abriu o espaço pras bandas locais durante a premiação. Um evento fino, que durante o dia teve a presença das famílias paraenses com uma infra-estrutura sensacional. Foram três categorias: na Iniciante, a mais difícil de julgar pelo alto nível dos atletas, quem se destacou foi Pedro Sarmanho, que <28>

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cumpriu todos os critérios de julgamento e levou a melhor. No feminino, senti de perto a evolução e dedicação das minas no drop e Juliana Castro ficou com a primeira colocação. Ja na Master, a chapa esquentou fazendo jus ao calor de Belém, e o George Gomes fez a linha do pódio mostrando toda a classe dessa categoria. Pra fechar com chave de ouro, a presença do astro-rei se fez notar num lindo por do sol que abriu uma noite muito quente e cheia de brilho com uma festa top, com muito reggae que só deixou saudades dessa terra e desse povo tão receptivo. Não posso deixar de mencionar e ainda mais agradecer de coração o convite e todo o suporte dos organizadores Vitor Yamaguchi e Salomao Levy e demais envolvidos no backstage! #odropnaopara #pokemon #enose

Iniciante 1º Pedro Saramanho 2º Lucas Oliveira 3º Rodrigo Silva 4º Luan Santos

Feminino 1º Juliana Castro 2º Thalissa Flecha 3º Tissine Rodrigues 4º Claudia Dias

Master 1º George Gomes 2º Joelcio Batman 3º Alexandre Auad 4º Salin Haber



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Skatista brasileiro conquista título no Panamá POR VANESSA GONÇALVES | FOTOS MARTHA D. VARGAS

O skatista Rodrigo Gonçalves da Silva, o “Didi Azeda Moio”, conquistou título de downwill slide no Panamá e conta como foi a experiência, apesar da falta de incentivo do governo. Como foi participar de evento como este no Panamá? Foi gratificante representar o Brasil na América Central vendo a evolução do downhill slide. Além disso, é muito bom ter a oportunidade de passar regras e normas aplicadas no Brasil pela Confederação Brasileira de Skate (CBSk) através de uma palestra. Qual é o papel do Brasil no cenário internacional do skate? É importante e fundamental para o crescimento da modalidade em países como o Panamá, que ainda não são confederados. Portanto, são inexperientes em regras e arbitragem na modalidade. Sendo assim o Brasil tem papel importante na cena do downhill slide servindo como modelo e referência mundial. Quais as maiores dificuldades para competir fora do país? A falta de patrocínio, apoio e incentivo do governo. Mesmo sendo <30>

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profissional confederado, participo de eventos nacionais desde 1997 e internacionais desde 2010 com recursos próprios. Para adquirir os recursos, eu tenho uma profissão paralela e com isso o tempo de treinamento fica comprometido. Diante de tantas dificuldades, os resultados têm sido positivos pela persistência e amor ao skate. O que representa conquista uma vitória como esta? Representa a recompensa pelo trabalho e dedicação de muitos anos. Sermos campeões sul-americanos traz para o Brasil o mérito para seus representantes na modalidade e muito orgulho por ter escolhido praticar esse esporte, que me ensinou muita coisa sendo praticado na rua. Queria agradecer a toda minha família por sempre me apoiar, aos meus amigos que me incentivam e estão sempre ao meu lado mesmo nas quedas ... E a todos os hermanos que me acolheram no Panamá e nos países pelos quais já passei. Espero poder retribuir a todos à altura. E, por fim, obrigado às marcas que me apoiaram para esta conquista e a todos os skatistas do mundo.



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Ladeeeiiiraaaaa!! Animais do Downhill movimenta Suzano POR ILTON JR. “TATÁ”* | FOTOS JEFF OLIVEIRA, ELISA VOLAND E GILMAR RADIS

O centro de Suzano foi tomado por um grupo enorme de skatistas e simpatizantes para o evento Animais do Downhill; na quarta edição da competição, os atletas correram no domingo em um novo endereço, perto ao centro da Cidade. Ilton Jr, o “Tatá”, é o idealizador do projeto e se dividiu entre a família, a profissão, as competições de skate e as ações sociais, onde ministra aulas da modalidade para crianças carentes. O envolvimento com o lado social chegou à edição desse ano do evento, isso porque a organização do campeonato está recebendo doações de roupas e brinquedos para os pequenos. Ninguém melhor do que ele pra contar como foi realizar mais uma edição de um dos campeonatos mais estilosos de todo o país. Solta o verbo, Tatá! “Na verdade, o evento Animais do Downhill é um sonho pessoal realizado. Atrelados às condições da cidade de Suzano, enxergamos um grande potencial em alguns praticantes da região, espaços para a prática, lojas especializadas e vislumbramos grandes parcerias, como a da Prefeitura de Suzano, que nos ajudariam na estrutura e no investimento, em um projeto sério e de qualidade que já se tornou um dos melhores do Brasil. Em 2013, fomos oficializados como uma das quatro etapas do circuito Brasileiro de Downhill, cumprindo todas as exigências e regulamentações da CBSK (Confederação Brasileira de Skate). A competição é válida para o ranking nacional de downhill skate e trouxe para a cidade de Suzano nada menos que 123 competidores oriundos de todo território nacional. A galera simpatizante apareceu em peso e foram quase 900 pessoas curtindo o evento, tendo sido também a média nos outros anos. Além da competição em si que pegou fogo, tivemos a presença de atletas profissionais, show com a banda “Limados” e o DJ <32>

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Renatinho, que quebrou tudo nas pickups. Além disso, a estrutura contou com praça de alimentação, tendas das marcas apoiadoras com demonstrações de produtos e muitas brincadeiras com sorteio de brindes”. “O evento coletou agasalhos e alimentos para as ONGs Exército da Salvação e o Projeto Filhos da Promessa no bairro Boa Vista, que também irá contar com aulas de skate gratuitas as quartas e quintas-feiras para a criançada cadastrada, ministradas por mim e pela minha esposa, a professora Mariane Matos.” “Para o ano que vem, além do evento Animais do Downhill 2016, queremos batalhar junto aos órgãos governamentais e não governamentais um espaço para a prática do skate de ladeira - ou seja, uma área de lazer com estrutura de lanchonete e segurança e que possa ter aulas de skate para as categorias de base, para pessoas interessadas e para os competidores da região treinarem para representar a nossa cidade no circuito brasileiro, como já faz o atleta Marcelo Franciscini da loja Space Skate de Suzano”. “Gostaria de agradecer a todas as empresas, às pessoas e entidades que, de alguma forma, nos ajudaram a realizar mais um grandioso evento em nossa cidade. Que Deus ilumine as suas vidas e que o skate continue sendo um agente transformador nas vidas das pessoas! Parabéns! YEAH!” * ILTON JR. 39 anos, casado, pai de Yasmin e Fernando, skatista há 25 anos, profissional desde 2013. Foi campeão do Circuito Brasileiro de Skate Downhill em 2009 e vice-campeão em 2010, participante das principais competições em skate parks, bowls e banks, também participa de competições de speedboarding, é paraquedista e adora esportes radicais. É patrocinado pela MIssion Store e pela marca de shapes Board Rider e participa de projetos Sociais, trabalha como executivo de contas na Focoh Comunicação e realiza um dos maiores eventos de downhill do Brasil.


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ARON MOUSSATCHE RIBAS

mega grand prix 2015

Mega Grand Prix 2015

Durante três longos dias de skate, disputas, quedas e muitas, muitas rodas gastas, rolou a etapa do Circuito Mundial de Downhill Speed em Belo Horizonte, o Mega Grand Prix, com alguns dos grandes riders da atualidade, sendo que muito deles eram brasileiros. O grande atrativo do campeonato foi o de ser o palco da decisão do ranking da modalidade: o canadense Dillon Stephens liderava com uma diferença mínima sobre Carlos Augusto Paixão, o “Guto Negão”, e sobre o local mineiro Thiago Gomes Lessa. A torcida era toda pros brasileiros, claro... mas será que seria suficiente? POR ARON MOUSSATCHE RIBAS E GUTO JIMENEZ FOTOS LUCIANO LIMA JR., VICTOR R. DUARTE E ARON MOUSSATCHE RIBAS

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LUCIANO LIMA JR. VICTOR R. DUARTE

Na página ao lado: A bateria final foi incendiária! Guto Negão dominou o percurso e deixou a briga pra Dillon Stephens, Douglas Dalua e Thiago Gomes Lessa. Nesta página no alto: Melissa Brogni, soberana no feminino. Ao lado: O futuro é agora: pura técnica da nova geração com Luca Visconti, André Gibram e Leonardo “Mozin”.

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LUCIANO LIMA JR.

esumindo o primeiro dia: muitos drops de treino, muitos ajustes, algumas quedas e um bocado de trabalho até o início das atividades. O segundo dia foi o do qualifying race: sol rachando, muitos atletas voando, muitas quedas e muito sangue nos olhos e foi assim o dia todo. Dillon foi logo mostrando o carteado, fazendo o melhor tempo em sua segunda descida e sendo perseguido pelas descidas consecutivas de Guto, e acabou levando a melhor sobre o brasileiro. Porém, no final do dia, os organizadores pegaram de surpresa os 10 melhores riders do dia e fizeram um desafio: o melhor tempo da descida ali na hora levaria um cheque de R$ 1.000 pra casa. E, claro, quem levou foi nada menos que o Guto, com o tempo mais rápido da ladeira (o único abaixo de 1’13”). Seria esse um aviso?! No terceiro e ultimo dia, tivemos algumas batalhas de gigantes, uns se dando bem outros se dando bem mal. Nas disputas finais, depois de um dia inteiro de corrida debaixo de um sol muito quente, vieram vitórias dos

LUCIANO LIMA JR.

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No alto: Douglas Dalua puxando o bonde. Embaixo: O futuro é agora: João Guttemberg botando pra baixo.

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LUCIANO LIMA JR. VICTOR R. DUARTE

LUCIANO LIMA JR.

No alto: Ninguém é de ninguém na curva: Borjão e Rodrigo “Rato” rebocam Adam Persson. Acima à esquerda: Guto Negão a duas curvas da vitória. Acima à direita: Dan Padua, Manoel Rocha e Bruno Dumont na Curva 1 do Mega Space.

grandes riders que levaram merecidamente os títulos. Entre os Juniors, Otacílio Costa vinha sendo o mais rápido da categoria, tendo sido um dos mais rápidos entre todos; na disputa final, acabou sendo derrotado pelo Jeremias Gasparotto na bateria mais disputada do dia. Entre as mulheres, Melissa Brogni superou a espanhola Paloma Dorado nas duas descidas e se sagrou a campeã da etapa. Silon Garcia confirmou o seu favoritismo e levou a disputa dos masters, levando a melhor sobre Rafael Sabella, Norberto Bertoncello e Leo Ferraz na final. A disputa mais aguardada do dia ficou reservada pra final do Open. Tanto Dillon Stephens como Guto Negão foram vencendo todas as baterias em que competiram desde o primeiro round; as semifinais foram verdadei-

ros duelos de titãs, e cada um deles venceu a sua chave, que tinha um ex-campeão mundial na disputa (Douglas Dalua de um lado e Adam Persson de outro). O “Viking Gentil” ficou de fora e a grande final seria entre o canadense que liderava o ranking até ali contra seus perseguidores Guto e Thiago Gomes Lessa, sem falar no Dalua voando baixo... Demais! Após a largada, Guto disparou na frente e deixou Dillon encaixotado atrás dos outros brazucas; o canadense conseguiu ultrapassar Thiago e Dalua, mas foi impossível chegar naquele que venceria o campeonato. Guto Negão é o campeão mundial de downhill speed de 2015!

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JULIANA VAZ DE MELO RODRIGUES

LUCIANO LIMA JR.

LUCIANO LIMA JR.

mega grand prix 2015

MEGA GRAND PRIX 29/10 a 01/11/2015 Prova WC do Circuito Mundial da IDF Open 1º Carlos Augusto Paixão “Guto Negão”; 2º Dillon Stephens (Canadá) 3º Douglas Silva “Dalua” 4º Thiago Gomes Lessa Master 1º Silon Garcia 2º Rafael Sabella 3º Norberto Bertoncello 4º Leonardo Ferraz Martins Junior 1º Jeremias Gasparotto 2º Otacílio Costa 3º Richard Faria 4º Weyder Lourenço Feminino 1º Melissa Brogni 2º Paloma Acha Dorado (Espanha)

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No alto: Max Ballesteros e Jonas Richter, pressão total na saída de curva. Embaixo: Dillon Stephens se livrando de um pelotão logo depois da largada.



trip to cali

Trip to Cali Thiago Bomba e Diego Polito, ambos de São Paulo, brothers por mais de 10 anos e com várias histórias para contar. Ambos já conheciam a Califórnia, mas tinham algo em comum o desejo de viajar juntos para viver novas experiências do skate. Começaram a planejar e conseguiram tirar a ideia do papel e então vieram ansiedade, euforia e gratidão por mais um sonho que estava prestes a se realizar. Contaram ainda com a parceria da Priority Crew e em especial do Adriano Aziz, que fortaleceu a viagem levando eles de casa até o aeroporto de Guarulhos. POR THIAGO BOMBA | FOTOS DIEGO POLITO

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hegou o grande dia, embarque de São Paulo com destino a Detroit para uma conexão e no meio da festa, um perrengue: a polícia federal de lá encrencou com o Diego e já o levaram para uma salinha reservada. Bomba, sem ter o que fazer, já começou a se questionar se o Diego era algum criminoso internacional procurado. Então ele partiu então sozinho para Los Angeles apreensivo com o que aconteceria, mas chegando ao aeroporto de LAX recebeu a notícia de que Diego chegaria ao próximo voo e que então a trip poderia de fato começar. Ufa, que ali-

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vio! Os dois se encontraram e então Vinicius, um amigo brasileiro dos dois, foi buscá-los no aeroporto e fez uma recepção style para eles em casa com direito a um churrasco à moda brasileira. No mesmo dia, outro amigo, Gustavo (Saraiva), que já tinha feito umas sessions com o Bomba, abriu as portas de sua casa para os dois e então Thiago e Diego se hospedaram lá por toda a trip. Após toda a euforia da chegada, na manhã seguinte Bomba já acordou pilhado para sessão e Diego foi mesmo na preguiça; lá começaram as ideias, risadas e muito

skate. Na sequência foram pra pista de O.B. (Robb Field Skate Park), onde fizeram altos roles e curtiram a pista, que tinha o piso um pouco áspero mas era muito bem projetada; por lá eles fizeram altas sessões e manobraram em outros dias também. Ainda naquele dia, encontraram Raphael, outro amigo brasileiro que vive em San Diego e os levou para um skate park irada chamada Penasquitos Skate Park. Lá tinham vários obstáculos, rampas com transferências, uma área grande de street, wallrides e o piso era perfeito; finalizaram o role ali mesmo e ainda pegaram um por do sol ca-


liforniano muito style, motivo pelo qual só conseguiam agradecer mais essa vivência. Chegando em casa, reviram os vídeos que fizeram durante a session, conversaram sobre skate e descansaram. Na manhã do dia seguinte, Thiago recebeu uma mensagem do team manager da Gravity Skateboards (marca com quem tem parecia há mais de 2 anos), Kevin, então os dois foram encontrar com ele lá na fábrica, onde estavam muitos outros skatistas, dentre eles Brad Edwads, Jesse Park, Robbie Lyons e André Taylor. Fizeram mais um churrasco e então a sessão pegou fogo: wallrides, corrimãos, caixotes. Brasileiros e americanos se comunicavam através de uma única língua, o skateboard. Ainda nesse mesmo dia, foram para um ditch sinistro, enfrentaram uma pequena caminhada na estrada de terra e com muitas árvores, mas logo avistaram as duas paredes bem íngremes posicionadas uma de frente pra outra, do mais puro concreto e ali então rolaram muitas manobras, quedas e diversão. No dia seguinte, os dois estavam com muitas dores então pegaram uma praia para descansar e andaram por OB no estilo mais autentico de turista, foram em algumas ladeiras em Sunset Clifs e por lá fizeram mais uma sessão como de costume e altas imagens pra registrar aquele momento. Também curtiram o por do sol, que é indescritível de tão lindo. Esse dia foi a prova de que, com skate no pé, bons amigos e os presentes da natureza, qualquer pessoa consegue ser feliz sem precisar de muita coisa. A essa altura da viagem, algumas histórias já pra contar e Thiago havia recebido um novo apelido de Diego, “insônia”. Fazendo jus ao codinome, ele acordou cedo e programou os roles pro dia todo enquanto Diego dormia. Então, foram com o Gus e o Rapha para o a skatepark em Carlsbad, lugar que Bomba já conhecia mas o Diego não; lá o sono de Diego passou, pois ele ficou alucinado com a pool perfeito que tinha escada larga com 3 degraus, banks grandes com transições perfeitas e uma área com muitos obstáculos de todos os tipos imagináveis. Deram um tempo no skate, foram almoçar e na sequência foram pra um secret ditch bem mais suave e com transições pra mandar vários tipos de manobras. Os dois monstros, lógico, andaram muito ali também e então tiveram a ideia de alugar um carro pra facilitar a locomoção de um pico pra outro, já que eles passavam sem-

Na página ao lado: Diego Polito e Thiago Bomba, irmãos pelo skate. Nesta página: Bomba em dois ataques a vulcões: bs nose grind (acima) e bs smith em Ranchos Penasquitos. CRVIS3R SKATEBOARDING

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trip to cali

THIAGO BOMBA

pre por mais de um lugar no mesmo dia. Foram alugar o carro e tiram o dia para pegar praia surfar e viver o lifestyle californiano. De bem com a vida, marcaram mais uma session com team Gravity Skateboards para Poway Skatepark, Jesse Parker levou uma caixa de som e o rock’n’roll comendo solto instigando a sessão; a pista com piso, obstáculos e transições perfeitas, emendando em um snake irado com altura média e terminando em um bowl fundo. Ao fim da sessão conversaram e decidiram ir a outro ditch nas proximidades, tudo ok: Diego no toque do caranga e Bomba segurando na pressão no copiloto - em frações de segundos, Diego olha para o Bomba e disse: “meu brother, acho que perdi os caras e digo mais: estou perdido!” Tentaram encontrar por instinto, mas os levou a uma ladeira alucinante em uma área militar, e ali fizeram uma sessão de downhill loucos para

No alto: O mestre Brad Edwards decora a linha do bowl da Washington Street com um belo layback grind. Embaixo: A bela pista de Ocean Beach recebe o ataque de Diego Polito em um feeble into fakie.

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ser presos! À noite, Tibs Parise apareceu na Gustavo’s House e combinaram de ir ao bowl da Sector 9 (Brad Bowl). Logo pela manhã, foram no sentido da Sector 9; chegando lá, conheceram todos que fazem parte da indústria e logo encontram o famoso bowl. A sessão rolou por horas, Thiago e Diego fizeram a cabeça em mais um pico diferente e desejado pelos dois; Tibs mostrou que realmente era local e mandou altas manobras, deixando bem claro que conhecia o pico como ninguém. Sem descanso, no outro dia foi a vez de Guto Lamera apresentar mais uma skatepark iradíssima: Encinitas Plaza, um pico novo com uma área de street gigante com obstáculos diferentes e perfeitos e, na parte de baixo, uma pool perfeita; para finalizar o dia, um role na ladeira de Sunset Cliffs. Depois de dias intensivos, decidiram ficar dois dias de descanso em pegar praia e curtir da melhor maneira possível a tão sonhada Califórnia e assim armaram outra trip agora iriam para Los Angeles no lendário Skate Park de Venice Beach. Chegando lá, o trio olha e avista uma galera muito style, com altas bandas tocando nas praças, uma verdadeira vibe positiva e foram seguindo até o skatepark; só monstro andando, cada um em seu estilo de andar, mas todos destruindo com manobras alucinantes. Ficaram andando por horas, fazendo a cabeça e rendendo boas imagens de fotos e vídeos, curtiram a tarde e finalizaram com por do sol digno de aplausos! No outro dia logo cedo foram à Hollywood, começaram a subir ladeiras sem parar para aproximar do placar turístico e decidiram parar e fazer um downhill, pois daquele local daria para ver a placa muito bem. Voltaram a Venice e fizeram mais uma session por lá e terminaram com a cabeça feita! Chegando a volta para o Brasil, Thiago e Diego queriam finalizar em grande estilo e tiverem a ideai de chamar os amigos e referências Brad Edwards e Jesse Parker para fazer a session no pico que respira skate e feito por skatistas: Washington Street Skate Park. Chegando à pista, aquela sensação de respeito e alegria, foram para a sessão, andaram em todas as partes do pico e ainda presenciaram alguns monstros do skate fazendo imagens para a Thrasher Magazine. Uau, que dia alucinante! Depois de todos esses dias maravilhosos de muito skate, era só esperar a volta Brasil, mas enquanto isso não acontecia, era passar o dia com muita praia, curtição e, claro, muito skate.

No alto: Muito estilo numa foto: Tibs Parise, fs grind em Venice Beach. No meio: O registro do bs nose slide do Bomba em colinas californianas. Embaixo à esquerda: Momento de diversão pura nesse double de Robbie Lyons e Brad Edwards no ditch. Embaixo à direita: A diretoria: Renato dos Anjos, Brad Edwards, Thiago Bomba, Robbie Lyons, Raphael Azevedo, Kevin e Diego Polito na fábrica da Gravity. CRVIS3R SKATEBOARDING

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FRUKE ALVES

pro teutônia 2015

Pro Teutônia 2015 A décima segunda edição do Pro Teutônia foi marcado por vários imprevistos e mudanças. Para começar, depois de seis anos o evento deixou de fazer parte do calendário anual da IGSA e passou a ser um evento independente, sem vinculo com qualquer entidade. Além disso, a crise econômica que nosso país atravessa foi responsável pelos sérios problemas para fechar acordos comerciais, o que fez com que o evento ficasse sem um apresentador este ano, sem falar na falta de apoio público como em outros anos. Como se não bastasse tudo isso, as fortes chuvas que assolaram toda a região sul nos meses de outubro e novembro prejudicaram a produção de fenos e tivemos a agradável surpresa de receber fenos com a metade do tamanho, faltando um dia para o inicio do evento. POR ALEXANDRE MAIA | FOTOS FRUKE ALVES E VITOR R. DUARTE

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correria foi grande e, mesmo assim, a estrutura do evento ficou muito abaixo do desejado pela organização e esperado pelos atletas. De qualquer forma, nenhum problema pode apagar a grandeza de um campeonato realizado na ladeira mais rápida do mundo. Mesmo com tantos imprevistos, a tensão toma conta do lugar quando os treinos começam e todos se lembram do que foram fazer ali: sentir o que é andar acima dos 110 km/h em uma ladeira cheia de imperfeições e desafios. Isto é Teutônia.

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O evento estava previsto para ser realizado em quatro dias e, com os problemas dos fenos, não foi possível realizar a primeira manhã de treino. A organização se superou e conseguiu liberar a pista para os treinos da tarde; foi ótimo para os que já conheciam a pista poderem soltar a tensão, e melhor ainda para quem não conhecia a pista e pode reconhecer o lugar. Na sexta-feira, a previsão era de chuva para todo o dia e com isso as tomadas de tempo foram adiadas para o sábado. Mesmo com um tempo instável, a chuva não veio


VITOR R. DUARTE FRUKE ALVES FRUKE ALVES

como previsto e os riders puderam treinar por quase todo o dia. O sábado ficou reservado para as tomadas de tempo e, com o asfalto da pista ficando pior a cada ano, não houve quebra de recorde em nenhuma categoria. Na open, o bicampeão mundial e local de Teutônia, Douglas Dalua, ficou com o melhor tempo, 1:21,34. Na categoria Junior, o novo talento Allyson Pastrana fez o tempo de 1:23,20 e ficou na ponta. Entre os masters, Alexandre Marcante foi o melhor com 1:24,68 e no grand masters, Cristiano Indinho com 1:31,14 saiu na frente. Melissa Brogni fez o ótimo tempo de 1:29,21 e levou ótima vantagem na categoria feminino. Nas categorias mais rápidas do downhill, Alexandre Cerri fez 1:17,16 no street luge, Walter Baresi fez 1:19,78 no classic luge e Jiré Gasparelo fez 1:16,43 no street sled. Tivemos ainda a presença do in line onde Fausto Guedes ficou na ponta com o tempo de 1:28,02. Tudo pronto para o grande dia. Restava a todos descansar e guardar energias para as baterias, onde os milésimos de segundo de diferença entre os riders nas tomadas de tempo podiam cair por terra. Os treinos do domingo eram uma prévia do que seriam os pegas nas baterias. A cada ano, vemos mais e mais riders fazendo treinos com baterias de quatro atletas. Quem sabe um dia teremos uma pavimentação nova e proteção suficiente na pista para realizar um campeonato com baterias de quatro riders em Teutônia... Em um campeonato como esse, é difícil destacarmos qualquer bateria ou dizer que uma fase é mais difícil do que a outra, por isso mesmo vou direto ao resultados das baterias finais, caso contrário seriam precisas doze páginas somente de texto para descrever o que são os pegas deste campeonato único. Já que vou falar das baterias finais e o evento começou com tantos imprevistos, não poderiam faltar imprevistos no final. Já no sábado à noite, tivemos a triste noticia do falecimento de um membro da comunidade e o velório foi realizado na igreja no topo da ladeira. Momentos antes das finais todos saíram do velório para realizar o enterro no cemitério que fica bem no meio da ladeira. Campeonato parado momentanea-

Na página ao lado: A final entre Max Ballesteros e Douglas Dalua foi histórica! Nesta página no alto: Ivandro “Mano” Silveira, um dos descobridores do pico, mostrando como se faz. No meio: Douglas Dalua, o “patrão” de Teutônia, em plena tomada de curva. Embaixo: A vibração de Max Ballesteros após mais a sua vitória consagradora: é campeão!

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mente, aguardando o fim do enterro. Mais imprevistos do que estes, impossível. Na categoria open, Max Ballesteros fez sua terceira final consecutiva em Teutônia, repetindo o feito de 2013 e 2014. Nos dois anos anteriores ele enfrentou o atual campeão mundial, Guto Negão, e em 2015 ele tinha pela frente outro campeão mundial, Douglas Dalua. Tarefa mais do que difícil e a bateria foi decidida nos metros finais. Desta vez, Max conseguiu seu primeiro título na ladeira mais rápida do mundo e entrou para um seleto grupo de riders. Na Junior, Miguel Moreira levou a melhor em cima de Bruno Spengler. No master Alexandre Marcante manteve o favoritismo e ganhou a final de Alexandre Castilho. Assim como eu falei durante a premiação, volto aqui a falar sobre ciclos. Creio em ciclos que se completam de tempos em

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MORGANA LUIZ

pro teutônia 2015

No alto: O fotógrafo Fruke Alves encara a pirambeira.

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No alto: Pedro Frangulis se descola de Santiago Espeche na reta final. No meio à esquerda: Kaká Verardi, um dos cabeças da DHM Races. Embaixo: Pedro Medula livra vantagem sobre Gabriel Silva. VITOR R. DUARTE

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tempos e, da mesma forma que o grande Ivandro Mano descobriu essa ladeira há doze anos, agora em 2015 ele se sagrou campeão da categoria com os riders mais experientes, a grand master. Mano se superou e saiu do pior tempo das qualificações para melhorar seus drops segundo a segundo até chegar a final com Dácio Toco, onde Mano levou a melhor e recebeu seu troféu de forma emocionante. Na categoria feminino, Melissa Brogni mostrou que é a rider a ser batida atualmente no Brasil e levou a melhor em cima da argentina Romina Bessone. No inline, Rodolfo Tanno ganhou de Steve Canona. As categorias mais rápidas são dominadas pelos riders do Paraná, mostrando o resultado do excelente trabalho feito nestas modalidades no estado. Em seu segundo ano no campeonato, a categoria street sled mostrou que veio para ficar e Bruno Fernandes conseguiu superar o ri-

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der com o melhor tempo de todo o campeonato, Jiré, e sagrou-se campeão no sled. No classic luge, Walter Baresi mostrou que está andando muito forte e levou a melhor em cima de Alexandre Cerri. Já no street luge, os dois inverteram de posição e Cerri levou a melhor com Baresi em segundo lugar. Este foi o Pro Teutônia 2015, que terminou mais uma vez sem nenhum acidente grave e com um público estimado em 4 mil pessoas. É um dos eventos mais tradicionais do mundo e o mais desafiador com certeza. É preciso agradecer as empresas que, mesmo em meio à crise, acreditaram no evento: Tacna, Orangatang, Muir e Hondar. Mudanças precisam ser feitas para garantir futuras edições, portanto vamos torcer para que essas mudanças se concretizem e possamos ver a décima terceira edição da ladeira mais rápida do mundo.

VITOR R. DUARTE

VITOR R. DUARTE

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No alto: Teutônia é assim: enquanto Weslei Real se dá bem, Gabriel Silva tem problemas... Embaixo: Victor Hugo Cabau puxa Paulo Gatner e deixe os oponentes longe.

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Mais uma vez, milhares de participantes fizeram uma linda festa por algumas das ruas mais movimentadas de São Paulo. O Skate Run 2015 abriu a Virada Esportiva com chave de ouro, e os cerca de 8 mil inscritos correram e desfilaram por algumas das avenidas mais importantes da cidade. Profissionais e amadores, homens e mulheres, crianças e veteranos: fosse pra competir ou simplesmente pra passear com a família e os amigos, todos tiveram motivos pra curtir a maior push race do mundo na atualidade. POR GUTO JIMENEZ | FOTOS RAPHAEL KUMBREVICIUS

Q Acima: Rodrigo Steinbach, o “Rato”: chegada e consagração de campeão.

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uem disse que São Paulo não pode parar?! Com um percurso diferente em relação aos anos anteriores, o evento não só bloqueou algumas das artérias do trânsito da cidade (tais como as avenidas Pedro Álvares Cabral e Rubem Berta), como também prestou uma homenagem a um dos picos mais icônicos do skate brasileiro de todos os tempos, o Ibirapuera. A largada e a chegada foram no portão 10 do imenso parque, palco de sessões de skate em sua marquise e suas ladeiras há quase quatro décadas. Pros e amadores fizeram o percurso de 8 kms que ia até o final da Av. 23 de Maio, enquanto que a imensa maioria fez o

trajeto de 3 kms com retorno no Clube Ipê. Se os objetivos de competir ou passear podiam ser diferentes, uma coisa foi igual a todos: os sorrisos nos rostos na hora de cruzarem a linha de chegada. Emocionante! Esse ano, além da competição em si, rolou também a Arena Skate Run, uma imensa área de lazer dentro do parque dedicada à competição. Minirrampa com spine e área de street liberadas por baterias, tendas dos patrocinadores e apoiadores distribuindo brindes a rodo – inclusive a da CRVIS3R -, a Insônia Crew comandada pelo DJ Wagner Alemão destruindo nas pickups, uma grande área pra relaxar e conversar com os amigos... Não faltaram ati-


FABIO BOLOTA

No alto à esquerda: Fernando Batman agitando a largada. No alto à direita: Milhares de inscritos: um mar de gente! No meio à esquerda: Sandro Dias. No meio à direita: Os MCs Guto Jimenez e Renato Taroba. Embaixo: A largada dos pros pegou fogo no primeiro segundo da prova!

vidades e diversão tanto pra quem participou da disputa como pra quem só estava ali acompanhando os parentes e amigos. Profissionais de speed, DHS e slalom se alinharam ao lado de streeteiros e verticaleiros. Um pouco atrás deles, as mulheres pros à frente do grupo liderado pelo hexacampeão Sandro Dias. Mais adiante, os amadores se acotovelavam em busca de uma melhor posição de partida, tendo uma multidão de participantes das provas de 3 kms atrás deles. Quando o secretário municipal de esportes Celso Jatene agitou a bandeira e Fernando “Batman” tocou a buzina dando a largada, o sentimento foi um só: sai da frente que atrás vem gente! As disputas foram muito acirradas em todas as categorias e houve uma unanimidade entre os competidores com quem eu tive a oportunidade de conversar: todos aprovaram o novo percurso com louvor, uma vez que o mesmo ficou mais veloz ainda. Entre os profissionais, Rodrigo Steinbach (o “Rato”) foi o primeiro a chegar com o incrível tempo de 16’30”, após uma

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No alto à esquerda: Bruno Araújo “Japa”. No alto à direita: Área de street da Arena Skate Run. No meio à esquerda: Georgia Bontorin e Rodrigo “Rato”. No meio ao centro: Thiago Bomba na tenda da CRVIS3R. No meio à direita: Celso Jatene, secretário de esportes. Embaixo: Amadores e pros: alegria contagiante. Ao lado: Feminino pro & amador 8 km. Masculino amador 8 km & pros.

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ROBERTO TATTO

acirrada disputa metro a metro com Bruno Araújo, o “Japa”, justamente os dois vencedores das disputas dos anos anteriores, e mostraram que são “os caras” a serem batidos. Já entre as mulheres, a incrível Georgia Bontorin levou a melhor sobre Laura Alli e terminou como a vencedora do profissional feminino com folga. A categoria mais disputada foi a amador masculino de 8km: Artur Maniero chegou apenas um segundo à frente de Eder Valentin e se sagrou campeão, enquanto que Ana Paula Almeida superou Cris Punk com relativa tranquilidade e acabou como vencedora do amador feminino da mesma distância. Mais importante que os resultados, só mesmo o clima de confraternização e descontração entre skatistas de várias idades e experiências. Enquanto a simples sensação de vento no rosto colocar um sorriso na cara de quem sobe num skate, a diversão será garantida. Parabéns a todos e até a próxima!

ROBERTO TATTO

skate run 2015

RESULTADOS PRO 8 KM MASCULINO Rodrigo Steinbach “Rato” - 16’30” Bruno Alves “Japa” - 16’37” Alisson Solé Garcia - 17’27” Thiago Augusto Tobias - 17’38” Davison Paixão - 17’43” PRO 8KM FEMININO Georgia Bontorin – 22’21” Laura Alli – 27’34” Renata Paschini – 34’51” AMADOR 8 KM MASCULINO Artur Maniero – 20’44” Eder Valentin – 20’45” Natan dos Santos “Alemão” – 21’10” Rafael Paffile – 21’20” Diógenes de Jesus – 21’26” CORRIDA 3KM MASCULINO Paulo Heitor da Fonseca – 21’59” Leonardo Patussi da Ponte – 22’36” Leonardo nascimento dos Santos – 23’10” CORRIDA 3KM FEMININO Thayse Nardelli Silva – 29’01” Ca Suner – 29’37” Manuela Cavalcanti da Silva – 30’51”


Fernando Batman Lembro quando você me falou desse formato de competição em 2010, nas vésperas do campeonato Ladeira da Morte - A Ressureição. Sua ideia naquela época era pra ser nesse novo trajeto: Ibirapuera com acesso à Rubem Berta (continuação da av. 23 de maio). Como foi realizar esse sonho? Para conseguir o espaço do Ibirapuera foi difícil, pois tem muitos eventos grandes por lá e sempre a data está ocupada. Este ano fiquei atento ao calendário e, como a corrida de revezamento do Pão de Açúcar com 30 mil participantes manteve a data em setembro, o espaço do Ibirapuera teve uma janela aberta e corri para protocolar o evento no local e na data. Quais foram os maiores obstáculos pra conseguir realizar a prova nesse ano e qual foi a distância do percurso? Os obstáculos são os mesmos que todos enfrentam, a burocracia é o principal, mas acho que com a YOUP estive bem assessorado. O Dárcio França é expert em eventos e conseguiu coordenar todas as exigências. O percurso teve como sempre 8 km para amadores e profissionais e 3 km para passear... Os dois primeiros anos do Skate Run foram realizados no trajeto Pacaembu - Memorial da América Latina. Como você compara aquele trajeto com o atual? Quais os prós e contras de cada um? Eu gosto muito dos dois trajetos, acho que são adequados tecnicamente para os competidores, com doses de subidas, descidas e planos. Acho que o Ibirapuera é mais glamouroso, dá uma sensação gigante; já o Minhocão é mais urbano... Ambos são tecnicamente perfeitos para a corrida. Esse formato de competição pode ser facilmente realizado em outras cidades e capitais do país. Alguma possibilidade disso acontecer? O meu papel foi criar e desenvolver a Corrida, acho que a galera do skate que está mais ativa deveria aproveitar essas aberturas e desenvolver em cima disso, só surge algo perfeito com a união de pequenas partes. A SkateRun é muito mais uma forma de se manifestar positivamente, de mostrar a organização dos skatistas e um momento de confraternização entre as tribos. A importância desse evento está relacionada à união de forças, mas ainda não caiu a ficha da Galera, faltam muitos integrantes importantes. Se o bolo crescer, naturalmente irá expandir para outras cidades. Digamos que o meu papel no skate, como Fernando Batman, é o de fomentar... Gostaria que a galera desse sequência ao desenvolvimento dessa modalidade, assim como no downhill e o freestyle, modalidades que precisam de maior visibilidade. Pra fechar, as suas considerações finais. O skate não vai parar de crescer, o que define que tipo de skatista você será não é o número de manobras que você sabe fazer, mas o quanto o skate corre na sua veia. O skatista é um ser humano persistente e essa é uma qualidade cada vez está mais escassa no mundo. Acho que ir de skate é simplesmente o máximo, todo ser humano deveria ter essa capacidade, assim como de ler e escrever ou andar de bicicleta. Se isso acontecer um dia, teremos pessoas mais felizes por aí e um mundo melhor também. O Skaterun é 8 km em 20 minutos na média, mas se quiser pode tentar ir de carro (risos)... CRVIS3R SKATEBOARDING

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gás inflamável downhill festival

Sete Curvas/IDF

Gás Inflamável Downhill Festival As Sete Curvas chegaram pra ficar mesmo! O campeonato, válido pro ranking da IDF como prova WQS, rolou entre 23 e 25/10 no pico do mesmo nome em Águas de Lindóia (SP). Entre os 79 skatistas competindo, estavam gringos de nove países diferentes (Suécia, Canadá, Chile, EUA, Peru, Colômbia, Espanha, Áustria e Argentina) além dos brasileiros. Não faltaram diversão e superação neste campeonato! POR TAYLANE ALMEIDA | FOTOS HENRIQUE SCHANDERT “CHICÃO”

Acima: O vencedor Ian Freire segurando o f/s drift seguido por Rogério Baum e Thiago Mohr entre duas das Sete Curvas.

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A

galera compareceu e botou pra baixo nos treinos livres logo na sexta-feira (23/10), mesmo com água da chuva rolando, e todos já torcendo para que as qualificações do dia seguinte fossem no asfalto seco. Como a previsão do tempo já havia cantado a pedra, no sábado o sol brilhou para os skatistas na ladeira, com sol quente e as rodas saindo soltas

a cada drift e slides nas 7 Curvas. Os competidores iam aumentando o nível a cada descida e fazendo tempos incríveis, como os 1m06s do sueco Erik Lundberg seguido do então prodígio brasileiro Tiago Mohr, que teve apenas alguns centésimos a mais permanecendo também na marca dos 1m06s. No domingo a chapa esquentou com as finais. Na ca-


tegoria Open, Ian Freire fez um rolê seguro e preciso, e o resultado foi o primeiríssimo lugar na competição; no Feminino, Melissa Brogni (que já estava como favorita ao título) não bobeou e sagrou-se campeã da etapa, tendo como adversária a espanhola Paloma Acha ficando em 2° lugar. Nos Masters teve um show de experiência e o astro principal foi o Fael Sabella, que foi campeão da etapa; já na disputa do Junior, quem se superou e levou o troféu pra casa foi o Otávio Fialho que conturbou muito na categoria Open também ficando em 6° lugar. Entre os Luges, o chileno David Morales foi o mais ligeiro nas 7

Curvas sendo campeão da categoria nesta etapa. Além de todas essas emoções, ainda tivemos skatistas gringos de nível absurdamente alto “arregando” bateria para competidores brasileiros. O canadense Dillon Stephens e o sueco Adam Persson, sabendo do rolê afiado de seus oponentes Otávio Fialho e Pedro Leal na bateria de consolação do Open, atrasaram propositalmente a remada; sabendo que a disputa seria difícil, não entraram na briga, ação que despertou muita curiosidade na organização e no público presente. Os caras respeitaram o drop dos locais!

No alto: Dillon Stephens por dentro, Leandro de Moura por fora e Daina Banks chegando junto. Embaixo à esquerda: Toda a experiência de Hélio Silva na saída de curva. Embaixo à direita: Quando Fruke Alves não está fotografando, está driftando - e vice-versa.

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gás inflamável downhill festival

A equipe da IDF ficou muita satisfeita com o evento, com a organização e principalmente com o circuito único que só as Sete Curvas tem, deixando a entender que essas belas curvas entram no Circuito Mundial em 2016 – e, ao que tudo indica, como uma clássica etapa do World Cup. Já estamos ansiosos para ver o Calendário dos Sonhos da IDF em 2016. Go To #7CRVS!

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Na página ao lado no alto: Adam Persson dando a linha a Anders Inde. No meio: Otávio Fialho e Yan Bertinati gastando os casquilhos. Embaixo: Um caminhão de speedeiros num visual de cair o queixo. Nesta página no alto: Rafael Careca alisando o asfalto em mais um trecho veloz do percurso. No meio: Guilherme Leal e Keenan Macartney dividem a curva numa parte alta de Águas de Lindóia. Embaixo à esquerda: Juliano Cassemiro deslizando com toda a milhagem em mais uma curva. Embaixo à direita: Ju Pessoa vibrando muito na linha de chegada.

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Galeria do Rock Valorize a sua skateshop!

A HISTÓRIA DA GALERIA: A Galeria do Rock é um grande centro comercial e acima de tudo um importantíssimo pólo cultural da cidade de São Paulo. É composta por 450 estabelecimentos comerciais segmentados por diversos estilos, tanto de perfil de público como de tipos de serviços.

GALERIA DO ROCK

O edifício foi construído em 1963 e recebeu o nome de Shopping Center Grandes Galerias, abrigando salões de beleza, lojas de serigrafia e assistências técnicas de aparelhos eletro-eletrônicos. Somente no final da década de 70, lojas de disco começaram a se instalar no local. Com o passar do tempo e pelo grande número de estabelecimentos voltados para o público que gostava de rock, o Shopping Center Grandes Galerias recebeu então o apelido de Galeria do Rock. Nos anos 80, algumas lojas de skate se aventuraram em abrir espaços comerciais ao meio das lojas de disco e timidamente, vieram ganhando mais espaços no decorrer dos anos. Hoje, são mais de 20 lojas de skate espalhadas pelos 5 andares da galeria. A localização e a facilidade de transporte até o local, ajudou a se tornar hoje, o maior pólo de skate do Brasil. O prédio, que foi projetado pelo arquiteto Alfredo Mathias que emprestou o seu excepcional talento em cada detalhe arquitetônico, chama a atenção pelo seu formato ondulado, inspirado no Copan. Mathias também foi o responsável pelo projeto do conhecido Shopping Iguatemi, primeiro shopping construído no Brasil e o majestoso Palácio Anchieta (onde se aloca a Câmara Municipal da Cidade de São Paulo), Portal do Morumbi entre outras dezenas de obras no País. Depois de uma revitalização nos anos 90, ficou valorizada pela maravilhosa arquitetura original, onde 20 mil pessoas por dia circulam entre corredores limpos e com segurança. No início de 2014, um projeto de lei quer tornar a galeira em um dos pontos turísticos populares de São Paulo, em patrimônio imaterial do município.

Galeria do Rock: Av. São João, 439 ou Rua 24 de Maio, 62 Centro - SP/SP - CEP: 01041-000

Fotos Vivian Cury


FOREVER SKATEshop Av. São João, 439/ Rua 24 de Maio, 62 - 3º andar - Loja 448 www.foreverskateshop.blogspot.com foreverskateshop@gmail.com instagram.com/foreverskateshop facebook.com/foreverskateshop Fone: (11) 3331-5323

CAFÉ SKATESHOP Av. São João, 439/ Rua 24 de Maio, 62 - 2º andar - Loja 338 Fone: (11) 3361-3721

MISSION Skateshop Av. São João, 439/ Rua 24 de Maio, 62 - Piso Térreo - Loja 126 facebook.com/missionskateshop Instagram @missionskateshop E-mail: missionstore@hotmail.com Fone: (11) 3338-2745

FLOW Skateshop Av. São João, 439 - Loja 233/235 www.facebook.com/flow.skateshop E-Mail: flowsk8shop@ig.com.br Fone: (11) 3338-1441


| foto do leitor As imagens dos leitores estão chegando, e se você também quiser ver sua foto publicada aqui na revista, envie-a para nós. Esse espaço é seu! Basta enviar a sua imagem mais legal, andando de long, cruiser, speed, downhill slide... o que você achar melhor. A foto selecionada vai estampar a “Foto do Leitor”! Então capriche e envie por e-mail para: fotoscrvis3r@gmail.com Utilizando o aplicativo Instagram, basta postar a sua foto preferida com a hashtag #crvis3rskateboarding. Não se esqueça de colocar o nome do skatista, o local, a manobra (opcional) e o nome do fotógrafo. Lembrando que fotos de quaisquer mecanismos são aceitas: celular, câmera fotográfica, captura de vídeo, etc. Boas sessions e boas fotos!

Rider : Thiago Moreira Local : Circuito, Curitiba/PR Foto: Guilherme Marochi

Rider: Gabriel Leão. f/s full slide Local: Castanhal/PA Foto: Jadson Vasconcelos

Rider: Igor B. Local: Ermida Dom Bosco. Brasília/DF Foto: Matheus Marçal

Rider: Kalebi Massucato Local: Alvorada/RS Foto: Alex Sobierajski

Rider: Marcus Ponce (53) Local: Ladeira do Novo Mundo, Rio de Janeiro/RJ Fot: Rodrigo Galvão

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cuide-se |

ARQUIVO PESSOAL

POR LARISSA SAMPAIO*

Se jogue com segurança!

Q

ueridos leitores, há tempos venho observando o grande fluxo de pessoas nas ladeiras querendo aprender a andar de longboard; como uma treinadora física nata e atleta, posso afirmar: é muito importante não pular as etapas para se ter mais confiança e segurança. Nesses muitos anos de ladeira, pude conseguir desenvolver vários métodos e técnicas para aprender e executar as manobras. Quando eu comecei praticar o esporte, sofri demais... Quedas feias, ralados sinistros - e, claro, como uma geminiana teimosa, nunca desisto dos meus sonhos - queria muito aprender e evoluir. Não existiam vídeos no YouTube e meus amigos não sabiam ensinar nada, as palavras eram “vai e se joga”. Até que, um dia, um brother me chamou pra descer uma ladeira perigosa, cheia de carros e bem íngreme (em relação as que eu estava acostumada). Perguntei: “como faço se quiser parar?” e ele responde: “coloca essa luva e, na hora do desespero, se não conseguir parar, põe as mãos no chão”. E lá fui eu, sentindo aquele vento no meu rosto, uma adrenalina

gostosa... O skate embalou, pensei em pular, mas estava muito rápida, meu amigo passou ao meu lado e falou: “não pula, está muito rápido, agacha e mete a mão no chão”. Eu na verdade nem sabia como fazer isso, mas não tinha outra escolha, meu coração estava saindo pela boca , minhas pernas tremendo, abaixei e coloquei as mãos no chão, toda torta, mas consegui me salvar. A partir desse dia, percebi a importância do uso da proteção e comecei a treinar manobras no chão para poder começar a descer as ladeiras sonhadas. Por isso, a dica que dou para meus amigos iniciantes é: use proteção e, se não sabe descer sem frear, não se arrisque, pode ser fatal! Aprenda a fazer manobras de chão ou dar slides para pode reduzir a velocidade; pular do skate é perigoso, pois suas pernas podem não acompanhar, daí é tombo certo. Nas próximas matérias, vou passar o passo a passo de algumas manobras para vocês que estão começando a se aventurar nesse esporte maravilhoso que é o longboard downhill. Desejo a todos um Feliz Ano Novo! Skate na veia! Beijos!

* Larissa de Sousa Sampaio nasceu em Goiânia, mas vive desde os 5 anos em Brasília. Empresaria, professora de ginástica e personal trainer, é formada em educação física e anda de skate há 10 anos. Patrocínio: Grife Larissa Sampaio Sportwear.www.larissasampaio.com.br . Apoio: Vertical Skateboard

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| onde encontrar Esses são os pontos de distribuição da sua revista CRVIS3R Skateboarding. Seja um distribuidor em sua loja. Entre em contato para maiores informações: lojascrvis3r@gmail.com Valorize sua skateshop! AMAZONAS Workshop - Av. João Valério, 148 - loja 4 Norte Shopping - Manaus DISTRITO FEDERAL Funhouse Skatewear - SDS Bloco E, Loja 11- Asa Sul - Brasília Funhouse Est. 1995 - SDS Bloco D, Loja 16 - Asa Sul - Brasília Mormaii Shop - SCN Quadra 5 bloco A - loja 84 - Asa Norte - Brasília Overstreet Skateboards - SDS, Bloco E loja 24 - Asa Sul - Brasília ESPÍRITO SANTO Heijhow Boardshop - Av. Beira Mar, 1772 - loja 06 - Praia do Morro - Guarapari Mavericks Surf Store - Rua João da Cruz, 330, Praia do Canto - Vitória Loja Players - Av. Rio Branco, 1645 - lojas 13 e 14, Praia do Canto - Vitória Hama Hama Skate Shop - Av. Hugo Musso,

610 - loja12 - Praia da Costa - Vila Velha GOIÁS Ambiente Skateshop - Rua T-30/Q 107, 16 - Setor Bueno - Goiânia Roots Skateshop - Rua Leopoldo de Bulhões, 166 - Centro - Anápolis MARANHÃO Dahora Underground - Rua do Sol, 472-B Centro - São Luís MINAS GERAIS Drop Skate Shop - Rua Arrudas, 542 Santa Lucia - Belo Horizonte Pegasos - Av. Rio Branco, 1844 loja 33 Centro - Juiz de Fora Blunt - R. Montes Claros,189 - Carmo - Belo Horizonte De Rua Skateshop - Rua Paraiba, 1061 Savassi - Belo Horizonte

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| onde encontrar 555 - Segundo Piso - loja 259 – Campo Grande Bibi Sucos - Av. Ataulfo de Paiva, 591-A - Rio de Janeiro Bibi Sucos - Shopping Leblon, 4º Piso, 405-E - Rio de Janeiro Boards Co. - Rua Francisco Otaviano, 67 - loja A, B, 30 Galeria River - Arpoador - Rio de Janeiro BOM ROLÉ - Rua Francisco Otaviano, 67 - loja 40 - Galeria River - Arpoador - Rio de Janeiro C4 Skateshop - Rua Francisco Otaviano, 67 - loja 50 Galeria River - Arpoador - Rio de Janeiro DIEX - Av. 7 de Setembro, 97 - Loja 105 e 106 - Icaraí - Niterói Dudu Skate - Rua Francisco Otaviano, 67 - loja 20 Galeria River - Arpoador - Rio de Janeiro Homegrown - R. Maria Quitéria, 68 - Ipanema - Rio de Janeiro Homey - Rua Fracisco Otaviano, 67 - loja 17 - Galeria River - Arpoador - Rio de Janeiro MUS Skate - Rua Belford Roxo, 161 lj H, Copacabana Rollin’ Time Arpex - Rua Francisco Otaviano, 67 - loja 15 Galeria River - Arpoador - Rio de Janeiro Street Force - Rua Francisco Otaviano, 67 - loja 35 - Galeria River - Arpoador - Rio de Janeiro SK8 Rock - Rua Campos Sales, 188 - Maracanã - Rio de Janeiro Skate Rock - R. José de Alvarenga, 65 Lj 16 - Duque de Caxias Skate Rock - Av. Pres Vargas, 187 qd 03 - loja 03 - Duque de Caxias Skatebrothers Rio - Rua Constanca Barbosa, 96 - loja E Meier - Rio de Janeiro Sea Cult - Av. Cesário de Melo , 3006 - loja 118 - Campo Grande UnderHouse - Galeria Oliveira - Av. Roberto Silveira, 110 loja 03 - Paraty SANTA CATARINA Curva de Hill Skate Boards - Rua Laurindo Januario da Silveira, 5555 - Florianópolis Hotglass - R. Acacio Garibaldi Santhiago 864 - Joaquina Florianópolis Ilha Bela Surf Shop - Rua Irineu Bornhaussem, 510 - Centro - Praia Grande Jamaica Skateboard - Rua Felipe Schmidt, 249, loja 14 Centro - Florianópolis JBay - Rua Felipe Schmidt, 249, Centro Comercial ARS - loja 209, 1º Piso - Centro - Florianópolis Pousada Hi Adventure - Rua Sotero Farias, 610 - Rio Tavares - Florianópolis Rola Bosta Longboards - Rua 1500, 435 - Loja 4 - Balneário Camboriú Roots - Av. Nereu Ramos, 473, Lojas 2 e 3 - Penha SÃO PAULO/CAPITAL/ABC Banca Ibirapuera - Pq. do Ibirapuera (dentro do parque) Bomba Store - Av. Cel. Sezefredo Fagundes, 2055 - casa1 Jd. Tremembé - São Paulo Central Surf - Shopping Aricanduva - Av. Aricanduva, 5555 âncora 9 - Vila Matilde - São Paulo Flow Skate Shop1 - Av. São João, 439 - loja 233 - Centro - São Paulo Flow Skate Shop2 - Av. São João, 439 - loja 323 - Centro - São Paulo Forever Skate Shop - Av. São João, 439 - loja 448 - Centro - São Paulo Galeria Alma do Mar - Rua Harmonia, 150 - loja 05 - Vila Madalena - São Paulo GoodDeal - Av. Prof. Alfonso Bovero, 1.048 - Perdizes São Paulo Led Rockskate - Estrada do Campo Limpo, 354 - loja 402 Vila Prel - São Paulo Mys Pot - Rua Alfonso Bovero, 1410 - Pompéia - São Paulo MISSION - Rua São João, 439 - loja 126 - Térreo - Centro - São Paulo MISSION - Rua São João, 439 - loja 323 - 2º andar - Centro - São Paulo Old School - Gal. Ouro Fino - Rua Augusta, 2.690 - Loja 228 - São Paulo Overboard (Aricanduva) - Shopping Leste Aricanduva - loja 121/125 - Aricanduva - São Paulo Overboard (Santana) - Rua Dr. Olavo Egídio, 51 - Santana São Paulo Pyro’s Skateshop - Rua São João, 439 - loja 225 - Centro - São Paulo Red Beach - Av. Júlio Buono, 2070 - Vila Gustavo - São Paulo Sativa - Rua 24 de Maio, 116 - loja 19 - Centro - São Paulo SAM (Skate Até Morrer) - Av. São João, 439 - loja 109 Centro - São Paulo SAM - Av. São João , 439, loja 124 - Centro - São Paulo SK8-1 - Rua Dr. Jesuíno Maciel, 605 - Campo Belo Star Point (Ibirapuera) - Av. Iraí, 224 - Moema - São Paulo Star Point - Shopping Eldorado - Piso 2 - loja 329E Pinheiros - São Paulo Secretspot/Curva de Hill - Rua dos Patriotas, 548 - São Paulo Sick Mind - Rua São João, 439, loja 227 - Centro - São Paulo Sick Mind - Loja Ouro Fino - Rua Augusta, 2690 - loja 216 - São Paulo Surf Trip (Centro) - Rua 24 de Maio, 199 - Centro - São Paulo Surfavel Surfboards - Rua Conselheiro Saraiva, 912 - São Paulo Styllus - Rua Visconde de Inhaúna, 980 - São Caetano do Sul Terceiro Mundo - R. 24 de Maio, 62 - 2º andar, Loja 364, Centro - São Paulo Tent Beach - Av. Ramiro Colleone, 255 - Santo André Toobsland - Rua Cerro Corá, 635 - Lapa - São Paulo Ultra Skate - Rua Engenheiro Adelmar Mello Franco, 111 Brooklin Paulista - São Paulo US Boards - Rua Engenheiro Ranulfo Pinheiro de Lima, 182 - Ipiranga - São Paulo Vitaboard - Av. São João, 439 - loja 201 - Centro - São Paulo Wollong Board Store - Rua Schilling, 347 - sobreloja - Vila Leopoldina - São Paulo

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Industria Skateshop - Av. Andromeda, 227 - loja 127 - Jd. Satelite - São José dos Campos Jaws - Av. Carlos Mauro, 379 - Centro - Águas De São Pedro Life Core - Travessa Marquez do Herval, 82 - Centro Pindamonhangaba A Toca Skateria - R. Frei Gaspar, 952 - São Vicente SPIN SKATESHOP - Rua Pará, 1910 - Catanduva Surf Track - Plaza Avenida Shopping - Av. José Munia, 4775, Loja 195, Piso 1 - São José do Rio Preto Trash Skateboards - Av. Prof. Thomaz Galhardo, 454 - loja 04 - Centro - Ubatuba Vahlent Boardshop - Av. Siqueira Campos, 51 - Centro Jacareí Via 83 - Av. Ana Costa, 549 - loja 83A - Gonzaga - Santos Confira também as relações de lojas em www.facebook.com/crvis3rskateboarding

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