CRVIS3R Skateboarding #22

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| ANO 4 | EDIÇÃO 22 |

ORIENTE EXTREMO:

CHINA E TAIWAN SEM LIMITES!

ARMANDO ARTILES: UM HERMANO EM SP

PROJETO RL:

DESIGN E RECICLAGEM

ENTREVISTA:

BRENNO BRELVIS

LADO A • DOWNHILL MACHINE • EUAMOLONGBOARD • SKATE CURIOSIDADE • BUSINESS PLAN • INSTA






| índice Davison Paixão aproveita a estrada vazia nos arredores de Belém (PA) pra mandar um b/s full slide com muito estilo em plena Floresta Amazônica! Foto: Igor Lage

Capa: O mineiro Max Ballesteros é atualmente o cara a ser batido no downhill speed nesse ano, com duas vitórias nas cinco primeiras provas de 2016 que o fazem ser o atual líder do circuito da IDF. Fruto de muito foco, muita dedicação e uma técnica bastante apurada, ele é flagrado aqui numa curva pra direira durante a sua primeira vitória no Mt. Keira Downhill Challenge em Wollongong, Austrália. Vai, Max! Foto: Jacob Lambert

30. Projeto RL

O longboarder Renan Lazzarotti apresenta o seu projeto de design, que cria peças de mobiliário e cruisers a partir da reciclagem de skates.

32. Oriente Extremo

Parte da equipe da Hondar foi conhecer um pouco de Taiwan e da China. Timóteo Flores conta e mostra como foi a tour pelo Extremo Oriente.

38. Armando Artiles

Conheça mais sobre esse venezuelano que veio morar em São Paulo para viver no 2o maior cenário de skate do mundo.

42. Entrevista: Brenno Brelvis

A Eu Amo Longboard fala com o “papa-goiaba” que conquistou o maior campeonato de freestyle / dancing do mundo.

Seções: 08. Editorial

Segundo semestre começando... vamos que vamos!

10. Start

Qualquer lugar pode virar um pico de skate - qualquer lugar mesmo!

12. Lado A

Mais conteúdo do que no Facebook! Muitas novidades, campeonatos, lançamentos, curiosidades... e muito mais!

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46. Onde Encontrar

Valorize a sua skate/ boardshop e adquira sua revista CRVIS3R Skateboarding nesses pontos de distribuição. Free!

49. Business Plan

Apresentamos as novidades e produtos das melhores marcas.

50. Insta Foto

Elas fazem o skate ficar mais agradável e os leitores agradecem!


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| editorial

Segundo semestre e avante!

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stamos aqui novamente com mais uma edição da revista CRVIS3R Skateboarding e colocando pra baixo contra as estimativas e perspectivas negativas de mercado, política e da chamada “situação-Brasil”. Talvez seja um pouco de insistência acreditar que não só o pais tem jeito (mesmo que pareça dificil), mas que, acima de tudo, o projeto que iniciamos com essa publicação que tem em mãos (ou online) sobre o skate de ladeira, não pode ser em vão. Como sempre frisamos aqui, estamos há quase 4 anos ou 22 edições expondo o melhor (e o pior também) do crescimento das modalidades, as novidades e conquistas. Desistir seria muito prático e fácil, mesmo contra a vontade, mas andar de skate nunca foi fácil - e trabalhar nesse mercado, menos ainda… Então, nenhuma novidade estar aqui novamente e acreditamos que só os fortes sobreviverão. Culturalmente, o skate brasileiro sempre tem maior atividade no segundo semestre, período que acelera todas as ações como campenatos e vendas, visando uma melhor oportunidade de ter um ano mais aquecido (mesmo com o inverno que promote ser mais rigoroso) e finalizar últimos meses de maneira mais positiva. Talvez não seja um ano tão bombástico como foram 2012 e 2013, quando tivemos o maior contigente de praticantes e movimentação dos últimos tempos, mas pode ser melhor do que se esperava pra um ano precedido de outros tão complicados, desastrosos e cheios de surpresas. Mas enquanto se espera com esperança por momentos melhores nesse Brasil varonil, as rodas não param no asfalto, com iniciativas de eventos em diversas regiões do Brasil, assim como verdadeiros guerreiros continuam gladiando em ladeiras espalhadas nos quatro cantos do mundo, elevando o nível. Por outro lado, algumas empresas não se acomodaram ou desistiram nesse cenário turbulento e se adaptaram à realidade, sem abandonar o mercado e atender a demanda necessária. Assim, nessa edição, estamos trazendo a etapa do circuito mundial da IDF realizada na China, com vários brasileiros detonando do outro lado do mundo. Esse é o diferencial de fazer acontecer… Fomos também conversar com um rider, o Armando Artiles, um venezuelano que já se adaptou a esse cenário local e vem mandando muito no seu long em picos brasileiros. Na arte, tanto na pratica de andar de freestyle com seu long, quanto no novo desafio de utilizar skates nas confecções de suas peças artisticas, Renan Lazzarotti apresenta suas obras. O brasileiro Brenno Brelvis detonou no campeonato europeu de freestyle/ dancing e fala aqui com exclusividade. Tudo isso e muito mais recheiam as páginas que vêm a seguir. Boa leitura e um brinde ao guerreiro skate brasileiro! (FB)

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Um dos melhores free riders do país, Ian Freire também está impressionando os gringos, como nesse drope de Laguna Beach, na California. Foto: Max Ballesteros.



| start

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“Nós, skatistas, ganhamos notoriedade por estarmos sempre nos lugares mais improváveis fazendo as coisas mais impensáveis; sempre que virmos uma oportunidade única, estaremos gastando uretano por aí! Manu Neto (esq) e Thiago de Amigo (dir) fazem questão de seguir a tradição, executando um b/s full slide e um f/s nose slide logo no viaduto de acesso à Av. Cruzeiro do Sul, em plena Marginal Tietê.” Foto: Marcelo Cedeño

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DIVULGAÇÃO / ORANGATANG

Acompanhe mais informações em nossas comunidades sociais.

Realidade virtual POR ALEXANDRE MAIA

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CAROLINA DOTTORI

esta coluna, eu quero falar sobre as filmagens com a tecnologia VR, de virtual reality. Esta tecnologia começou a ser divulgada na década de 20 e 30 através de óculos estereoscópicos que através de fotos em discos criava a sensação 3D. Com o passar do tempo, esta tecnologia migrou das fotos para os filmes, sendo primeiramente utilizado nos games. Através de óculos, a pessoa é transportada para um ambiente onde ela interage completamente com o ambiente do game ao se mover. O grande destaque desses óculos modernos é a capacidade de interagir em sincronia com o movimento da cabeça do usuário. Ao utilizar os óculos, a visão é completamente sobreposta por um visor 3D. A imagem gerada não permanece estática em um único ponto, ela acompanha a movimentação do usuário. Atualmente, muitos esportes estão utilizando esta tecnologia para gerar vídeos que podem ser vistos inclusive em uma tela de computador, mas não com a mesma integração gerada pelos óculos. Outra boa opção é assistir estes vídeos através do celular, pois a cada movimento do aparelho a sua visão muda como se fossem os seus olhos na cena, é incrível! Eu já havia assistido vídeos de surf, snowboard e até a mega rampa com esta tecnologia, mas gostamos mesmo é de uma boa ladeira e a Orangatang nos deu um grato presente com a gravação de alguns vídeos com a tecnologia VR. A sensação é incrível e para todos que eu mostrei esse vídeo, skatistas ou não, a reação de espanto foi a mesma. Você acaba assistindo o vídeo várias vezes, pois a cada vez que assiste você vê situações que não havia visto da primeira

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Alexandre Maia, 43 anos, 29 de skate Patrocínios: Orangatang, Academia Power Club, Evoke, CS Team.

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vez. Um cara te ultrapassa pela direita e, ao mesmo tempo, tem outro te passando pela esquerda que você não vê, mas na outra vez que assiste ao vídeo basta virar a cabeça ou o celular, para o outro lado e você pode ver aquela cena que não havia visto anteriormente. Atualmente encontramos dois vídeos da Orangatang gravados com VR no YouTube. O primeiro foi gravado nas ladeiras de Malibu com os embaixadores Amanda Caloia, Austin Occhiuzzo, Ari Chamasmany, Steven Vera, Dane Webber e Camilo Cespedes. Logo depois, outro vídeo foi lançado com um drope feito em outra ladeira da Califórnia, dessa vez com os embaixadores Dustin Hampton, Riley Irvine, Kalil Hammouri e Augustine Oicchuzzio. Você pode assistir aos vídeos através dos links: https://www.youtube.com/watch?v=ssFQnXnXuBQ e https://www.youtube.com/watch?v=Vy7ZdwouZiU. A sensação é tão real que eu e meus filhos chegamos a assistir aos vídeos aqui em casa, colocando na base e fazendo pegas virtuais. É o mais próximo que alguém que nunca andou de downhill pode chegar da sensação que temos ao descer uma ladeira a mais de 80 km/h. É um ótimo meio para divulgar nossos esporte e tentar transmitir a sensação que sentimos para quem nunca subiu em um skate. Não podemos imaginar onde essa tecnologia pode nos levar nem o quanto a VR pode evoluir. Como disse anteriormente, vai nos ajudar muito a divulgar o esporte e é muito divertido assistir a estes vídeos, mas ainda não substitui a sensação do vento no rosto, os olhos lacrimejando e o skate sendo puxado para fora de uma curva antes de você consertar a linha com um bom drift. Realidade é realidade... e vamos para a ladeira!

Apoio cultural:



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E lá da mesa do café observava tudo pela tela, cada movimento, cada notícia e elas vinham como dominós até a derradeira queda. Ele conseguiu! De reverenciador a reverenciado, talento e humildade muito maiores que seu próprio tamanho fez-me lembrar de Fernando Pessoa. “Não sou da altura que me vêem, mas sim da altura que meus olhos podem ver.” Skate e coragem devem ter sido criados juntos, paridos da mesma mãe em dia de uma lua cheia daquelas que, quando avistada, lembramos logo da namorada. Podem me jogar pedras e xingamentos, mas sou mesmo do tipo romântico, do tipo que ainda manda flores e manobras old school. Coragem muitas vezes é tudo que temos que agarrar; através dela, acabamos não enxergando o tamanho do desafio, do esforço, da dedicação e da própria dificuldade da conquista. Quando conquistamos o desafio que nos impomos, nos tornamos nossos próprios reis. Sem ninguém olhando, sem nenhum aplauso ou cercados por multidões, a sensação é a mesma. Apesar da chance de erros ser percentualmente maior, nós a ignoramos, porque todo skatista tem que ser ignorante! Menosprezar a aritmética e desafiar as leis da física é o que nos faz ter vida. Na pista ou na ladeira, não culpamos ninguém por nossos erros ou acertos, nunca podemos nos fazer de vítima porque essa não é a nossa verdade. Acordamos todos os dias sabendo que podemos nos machucar deixando pele e sangue no asfalto, hematomas e ossos quebrados na pista. Em alguns casos, até a vida! Mas o que buscamos nunca será a dor, muito pelo contrário, muitas vezes ignoramos até a dor para fazermos o que o amor pelo skate nos ensinou. Superação. Persistir na luta é preciso porque sem luta não há conquista, não se vive. A chance da derrota sempre existirá, mas nunca poderá nos deixar estáticos. Seriamos nós os lunáticos? Não, não mesmo, porque somente os pobres de espírito sentam e esperam o tempo passar sem luta e, por consequência, sem vitória. Não sentem o amargo da derrota e não soltam o sorriso e a lágrima da gloria. No final parece que não viveram, apenas passaram pela vida. Mas assim como o tal Fernando, seus olhos viram e miraram longe, o desejo de voar de casa já vinha para mais de um ano. Vendeu suas coisas e teve a ajuda dos amigos. Na bagagem seu skate, sua fé, sua gratidão, o peculiar brilho nos olhos e o sorriso fácil, muitas vibrações emanadas de tantos que torciam por ele, e muita, muita coragem no peito! “É, pai”, o garoto voltou com o ouro no pescoço, deixando por lá queixos caídos, olhos estarrecidos pelos seus pés dançarinos e por aqui sorrisos, inspiração, e porque não a vontade de ir além. “É, pai”, agora abraça, chora e comemora que o guri é do mundo, é o campeão! Esta coluna é dedicada a Brenno Gomes Becker e a tantos outros skatistas brasileiros que, com raça e coragem, conquistam o mundo com a pura teimosia de querer enxergar a vida além da altura que os olhos alheios os vêem.

DEIVID GRASSI

Além

Esta coluna foi escrita por Alexandre Guerra. Visite também: euamolongboard.com, facebook.com/euamolongboard, instagram.com/euamolongboard, youtube.com/euamolongboard, twitter.com/euamolongboard

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Olha o quanto o skate emagreceu nesses mais de 30 anos... POR EDUARDO “YNDYO” TASSARA

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s gerações mais novas nem têm muita ideia do quanto o skate “emagreceu” nesses trinta e poucos anos: aconteceu uma transformação radical do final dos anos 70 para o início dos anos 80. No final da década de 70, os skates eram todos estreitos e relativamente leves, mas, já no inicio dos anos 80, o skate começa a ganhar “peso”. Além dos shapes, trucks e rodas ficarem bem mais largos e pesados, foram inseridos dispositivos como: copper, grabber, lapper, tail e nose guards, riser/wedger pads, lixas grossas, espaçadores, dezenas de parafusos e porcas. Vixe! Lendo assim, nem dá para imaginar como o skate dos anos 80 ficaria. Calma, vou explicar melhor: – Os coppers eram dispositivos feitos de PVC ou de nylon usados para proteger os trucks dos grinds e 50/50; em algumas marcas, como os da Tracker Trucks, já vinha montado ao truck. - Os grabbers eram duas hastes feitas de nylon parafusadas ao deck (uma de cada lado) para melhor deslizar e também ajudar a proteger a arte do deck, além de dar grip para as mãos em algumas manobras. Esse dispositivo ainda é usado por muitos old school skaters até os dias de hoje. - O lapper era um dispositivo que ficava preso ao truck traseiro, evitando que o mesmo ficasse travado na borda da pista de skate e impedindo o temido hang-up. - Os espaçadores eram pequenos cilindros vazados feitos de aço que eram alojados entre os rolamentos; a ideia era evitar que o miolo da roda estourasse caso o skater viesse a apertar muito a porca da roda. Esse dispositivo é muito utilizado até os dias de hoje pelo pessoal do downhill e do slalom e por quem curte usar rodas macias, pois permite um alinhamento perfeito entre os rolamentos e evitando que os mesmos se desloquem em altas velocidades. Nos últimos anos, inclusive surgiram espaçadores integrados aos rolamentos, trazendo maior segurança aos praticantes do speed. - Protetor de Nose/Nose Guard era uma proteção feita de plástico macio para proteção do nose (bico do skate), que ficou no esquecimento até a popularização do skate de ladeira; atualmente, muitos praticantes usam para evitarem que seus longs se defor-

mem no caso de baterem contra a calçada. Já o protetor de tail / tail guard era feito de duroplástico para ajudar a não gastar o tail (rabeta) do skate; os praticantes de freestyle nunca deixaram de usá-lo pois, além de ajudar a conservar o deck, também auxilia na execução de algumas manobras. - Os pads (riser/wedger pads) eram dispositivos de borracha ou de duroplástico que eram instalados entre a madeira e o truck, dando mais altura ao mesmo e evitando o travamento da roda com a madeira – o temido wheelbite. Esse é bem conhecido de todos os que andam em skates do tipo cruisers, que voltaram a ser bastante populares nos últimos tempos. - Já as lixas, além de pesadas, ainda eram coladas com cola de sapateiro, o que ajudava a aumentar ainda mais o peso do skate. Desde que a marca Jessup lançou lixas próprias para o skate, a evolução não parou mais e hoje pode-se comprar a mesma com vários graus de aderência. O pessoal do freeride prefere as mais grossas, do tipo “rala-côco”, fundamentais para a sobrevivência nos slides executados em alta velocidade. Tenha em conta que, além de todos esses plásticos, eram necessárias dezenas (sim, dezenas...) de parafusos, porcas e arruelas de pressão para fixar tudo isso no deck. O skate chegou a ganhar quase 2 quilos de peso só com estes dispositivos, e um skate completo chegava fácil aos 5 kgs... confesso que era bem mais difícil de carregar o skate! Com o passar das décadas, o skate foi perdendo peso, muitos dos dispositivos foram perdendo a sua importância e deixados de lado, o que foi uma mega evolução. O que vemos hoje é um skate parecido com aquele que foi desenvolvido lá nos anos 60: um par de trucks em media estreitos (entre 110 mm do slalom e 180 mm do speed), rodas duras com tamanhos variando de 50 a 60 mm, rodas macias entre 60 e 75 mm e shapes mais estreitos e finos, com lixa autocolante superfina. Até mesmo os rolamentos de hoje são muito leves, sendo fabricados com materiais tão diferentes como o aço inoxidável, o titânio e cerâmica. Como se pode se notar, o skate “engordou e emagreceu” nos últimos 30 poucos anos. Tudo na vida é evolução; no skate, não podia ser diferente!

Eduardo “Yndyo” Tassara é um local de Guaratinguetá e está há 40 anos em cima do skate, além de ser o maior colecionador de relíquias do carrinho da América Latina. Seu blog é o skatecuriosidade.com – uma referência quando o assunto é a história do skate e os fatos curiosos do universo dos carrinhos e carrões. Acesse e aprenda!

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carlosyndyo@hotmail.com www.skatecuriosidade.com - Resgaste da História do Skate



TADEU FERREIRA

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Capacete sempre

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O Vereador George Hato de SP, esteve no Museu do Ipiranga pra falar com a galera da ladeira e também com membros da Guarda Civil Metropolitana para saber sobre a recepção da comunidade do longboard para a Lei Municipal 16.362 de 2016. Essa lei foi um pedido dos skatistas locais da Ladeira do Museu do Ipiranga e originada do projeto de lei de sua autoria que trata da obrigatoriedade do uso do capacete no pico. Esperamos que a regulamentação dessa lei saia logo para evitar tantos acidentes sérios que infelizmente ocorrem no local. (Tadeu Ferreira)

Downhill This Is My Life A produtora gaúcha R7 está envolvida em uma grande realização: a produção da web série “Downhill – This Is My Life”. O objetivo da série é divulgar o downhill speed entre seus praticantes, admiradores e ao público em geral, contribuindo pra que se acabe com o preconceito que ainda insiste em existir em relação à modalidade. As imagens estão sendo captadas em picos e eventos de speed no Sul do país e do mundo, como em Teutônia, São João do Deserto, Morro da Borússia e Linha Araripe (todos no RS), Praia Grande (SC), Maryhill (EUA) e Whistler (Canadá). O cast de skatistas andando e dando depoimentos é composto só por feras: profissionais como Douglas Dalua, Max Ballesteros, Thiago Gomes Lessa, Pedro Medula, Bernardo Brambila e Jonas Richter, amadores como Fruke Alves, Lucas Perdoná e Thiago Mohr, masters como Daniel “Tebas” e Silon Garcia e mulheres como Melissa Brogni e Morgana Luiz. A previsão do lançamento do primeiro episódio é em julho e a CRVIS3R Skateboarding é uma parceira de mídia dessa série que promete agitar o cenário, portanto fique ligado! Você pode acompanhar as novidades da produtora em sua página no Facebook: https://www. facebook.com/ProdutoraR72/ <18>

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Somos 8 milhões e meio de skatistas no Brasil - Pesquisa Datafolha 2015 Na última edição relatamos os números da pesquisa Datafolha realizada em 2015, sobre os números de praticantes de skate no Brasil, com o incrível número de 8.500.000 (oito milhões e quinhentos mil). Assim, abaixo, vamos colocar e detalhar alguns itêns e números dessa pesquisa, que ajuda muito a decupar o perfil desses praticantes. O resultado foi supreendente e o mais otimista skatista não poderia imaginar o quanto o número de gente com skate em casa aumentou ultimamente, comprovando o que se vê nas ruas! Em porcentagem, o número de domicílios que tem algum praticante de Skate aumentou de 5% em Dezembro de 2009 para 11% em Março de 2015. Cada um dos 11% de domicílios tem em média 1,18 pessoas que praticam Skate. Levando em conta que o número de domicílios no Brasil, apurado e divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD de 2013 era de 65.100.000 (sessenta e cinco milhões e cem mil) domicílios permanentes, o número de praticantes de Skate é de aproximadamente 8.449.980 (oito milhões quatrocentos e quarenta e nove mil novecentos e oitenta) pessoas. Da última pesquisa para cá, o aumento no número de praticantes foi mais de 100%, já que em Dezembro de 2009 eram aproximadamente 3.864.000 praticantes e agora é de aproximadamente 8.450.000. Vale ressaltar que de 2002 para 2006 o crescimento no número de skatistas foi de 11%; já de Julho de 2006 para Dezembro de 2009, o aumento no número de praticantes foi 20%. O aumento de mais de 100%, apurado de 2009 para 2015, mostra que o número de praticantes de Skate nunca esteve numa ascensão tão expressiva. Quanto ao sexo, houve um aumento no número de praticantes do sexo Feminino, saindo de 10% em 2009, para 19% em 2015, o que representa aproximadamente 1.600.000 (um milhão e seiscentas mil) mulheres. Quanto à idade, na hora da leitura da pesquisa é preciso se atentar que existe a informação de idade do respondente e do praticante. A maioria dos praticantes (36%) tem idade entre 11 a 15 anos de idade. Crianças até 10 anos são 26% deste público. Adolescentes e jovens entre 16 e 20 anos somam mais 21%, enquanto 17% têm 21 anos ou mais. A idade média dos praticantes é de 15 anos.



IDSA.COM

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Quase 500 kms em 24 horas!

BMW e Skate - Making of As grandes empresas e marcas de renome nacional e internacional sempre utilizam o skate pra rejuvenescer ou dar um toque mais “agressivo” nas suas marcas, em diversas propagandas para TV, cinema ou canais digitais. Desta fez, foi a gigante e conceituada marca alemã BMW que realizou uma ótima campanha da sua nova moto G310 R, com uma produção de filmagens em um comercial com muito skate downhill nas ladeiras e diversas regiões de São Paulo. Pra deixar essa propaganda ainda melhor, os personagens sobre o skate foram os tops das ladeiras, Guto Negão e Reine Oliveira, além do Vina! O skate agradece! Aperte o play, a tecla sap/CC (o audio é em inglês) e divirta-se com a velocidade da moto... e dos skates!

Durante o Ultra Skate de 2016, evento tradicional de long distance push realizado no autódromo de Homestead em Miami (EUA), o espanhol naturalizado norte-americano Andrew Andras conseguiu uma façanha considerada como impossível pra muitos: ultrapassar o limite de 300 milhas (ou 480 kms). Dessa vez, ele ganhou a disputa pela terceira vez seguida e chegou à impressionante marca de 309,5 milhas percorridas em 24 horas, ou nada menos que 498 quilômetros. Só pra efeito de comparação, a distância entre o Rio de Janeiro e São Paulo é de 408 kms; a distância percorrida em apenas um dia é a mesma entre a paulistana Avenida Paulista e a carioca Praia de Ipanema! Andrew é membro de uma equipe de paramédicos no condado de Miami-Dade, na Flórida, e está acostumado a trabalhar em turnos de 24 horas, o que certamente o ajuda na resistência ao grande desafio cujas marcas ele vem superando ano após ano. E aí, vai encarar?!

DIVULGAÇÃO / RED BULL

Um novo recorde mundial de velocidade?!

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O site da Red Bull publicou um drope do legendário speedeiro sueco Erik Lundberg, no qual ele atingiu a incrível velocidade de 130,63 km/h. A façanha foi realizada numa estrada nos arredores de Québec, no Canadá, num trecho de apenas 1 km com um gradiente de 18% - ou seja, bastante inclinado! Ainda não está claro se a marca será sancionada pelo Livro Guinness dos Recordes, mas a certeza é que mais uma barreira foi superada. (GJz)



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7º Skateboarding Hall of Fame 2016 TEXTO E FOTOS ANTONIO DOS PASSOS THRONN

O Hall of Fame Skateboarding foi realizado esse ano no City National Grove of Anaheim, California, e foi um evento a nível de Oscar. O evento valoriza a raiz do Skateboard Americano, amizade, história, fotografia, indústria, música e arte. Assistir a essa premiação no ano de 2016 é um sonho realizado! O 7th Annual Skateboarding Hall of Fame estava magnífico, com Ty Page sendo homenageado. Ele é um skatista que eu cresci ouvindo falar e vendo-o nas Skateboarder Magazine do anos 70, foi um inovador do skate com manobras que hoje a gente usa e nem tem ideia quem inventou como o “shove-it”. A vibe da premiação estava carregada de muita gratidão e emoção pelo skateboarding nos discursos dos monstros desse estilo de vida; Mike Muir do Suicidal Tendencies fez um resumo sobre o skate na sua vida e, com muito emoção, não se aguentou e teve um momento de forte caindo no choro (isso mas faz lembrar quantas vezes ja chorei com meus amigos no Brasil pelo skateboard). Numa fusão muito interessante, o Steve Alba tocou com os membros do Suicidal Tendencies detonando um skate rock legítimo e fazendo uma grande apresentação. Steve Alba é um aficcionado em guitarra e o cara apavora demais. Veja a lista do homenageados esse ano e curta as fotos.

1960s Skip Frye 1970s Era One – Ty Page 1970s Era Two – Steve Alba 1980s Era One – Eddie Elguera 1980s Era Two – Tommy Guerrero 1990s Ed Templeton 1970s Female - Ellen Berryman 1980s Female – Cindy Whitehead 1990s Female – Jen O’Brien 2016 Icon Awards: Mörizen “Mofo” Föche, Powell-Peralta, Suicidal Tendencies.

PT assina óculos Maloca Fina Veterano nas ladeiras do downhill brasileiro, Luciano PT está assinando um modelo de óculos de sol da marca Maloca Fina. A marca, cravada no bairro da Vila Madalena (zona oeste de SP) tem incentivado os praticantes de ladeira, como o também praticante de downhill slide, Kauê Mesaque. Luciano PT sempre foi uma figura irreverente, com seu estilo punk e também adepto do skate overall, não sendo difícil vê-lo andando nas ladeiras, mas também em transições e sessions de street. Boa sorte nessa parceria entre a Maloca Fina e Luciano PT! <22>

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Circuito São-Pedrense de Longboard POR CRI DUARTE | FOTOS MIRNA CALDERON RESULTADOS Street 1º Artinho Dog 2º Madruga 3º Andrius Braga(Dri) 4º Leo Lima 5º Amarildo Rodriguez Mini Rampa 1º Cri Duarte 2º Artinho Dog 3º Madruga 4º Amarildo Rodriguez 5º Andrius Braga(Dri) Campeão Overall Longboard Artinho Dog

DIVULGAÇÃO / RED HOT CHILI PEPPERS

tos nas duas competições levaria pra casa o troféu de Campeão Overall do dia. E esse cara foi o Artinho Dog, que venceu o Street e ficou em segundo na mini, levando assim nada menos que 3 taças pra casa. Vale destacar também o número de competidores inscritos em uma única cidade: 17 riders que são locais, vizinhos e que andaram em tudo pra se divertir. Agradecemos à Prefeitura de São Pedro pelo apoio dado e aos amigos Vampiros do Asfalto pelo dia de muito skate e diversão. Ainda faltam duas etapas e muita coisa vai acontecer até o fim do ano, mas uma coisa é certa: o longboard está tendo seu espaço cada vez mais reconhecido e merecido.

DIVULGAÇÃO AUDI

Depois de 12 anos, o longboard teve outro evento onde se incluiu o skate grandão na modalidade street; o último tinha sido o Circuito CEU Street em 2004, no CEU Butantã em São Paulo, que sagrou um campeão depois de três etapas. O tempo passou e os longs tiveram espaço outra vez em um circuito de street: esse circuito é o São-pedrense de Street de São Pedro, no interior de São Paulo, organizado pela Ambient Skate Shop e Vampiros do Asfalto, que tem muitos riders que andam em qualquer terreno. Por isso, nada mais justo que satisfazer e incluir os carrões! A primeira etapa contou com disputas de street e mini-rampa e o competidor que somasse mais pon-

“Compre um carro e ganhe um longboard!” O Salão do Automóvel de Beijing, na China, apresentou uma novidade da prestigiada marca alemã Audi: nada menos que um longboard elétrico acoplado a um carro! Na verdade, trata-se do Connected Mobility Concept do novo A3 Quattro, um novo conceito de mobilidade e conectividade que está virando tendência em projetos das montadoras do primeiro mundo. O long é fabricado em alumínio e fibra de carbono, sendo carregado automaticamente sempre que o carro é ligado, e o sistema de navegação do veículo calcula se a melhor opção de deslocamento é de carro ou de skate. Além disso, o long é bem versátil e pode ser utilizado de três maneiras diferentes: como um skate elétrico, um patinete ou um carrinho de carga, que seguirá o proprietário através de um aplicativo instalado no celular ou no smartwatch. O produto não é nada fraco, sendo capaz de atingir cerca de 30 km/h e com uma autonomia de pouco mais de 10 quilômetros. Tá bom pra você?! (GJz) <24>

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Longboard funk groove! Uma das melhores bandas do mundo com seus longboards e que sempre expressa o melhor “California style”: RED HOT CHILI PEPPERS!



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Novo site da revista CRVIS3R Skateboarding Stick Skateboards A Stick Skateboards inovou e está lançando sua nova nova coleção de trucks em vários tipos e modelos para diversas modalidades. Shapes, equipamentos de segurança, skates montados e uma completa linha de acessórios. Acesse o site: www.stickskateboards.com.br

THIAGO DE AMIGO

O novo site da revista CRVIS3R Skateboarding já está no ar, totalmente revigorado e atualizado. Agora você vai poder acompanhar tudo o de melhor que acontece no universo do skate de ladeira, com muito mais dinamismo e atualizações frequentes. Todo o novo layout e tecnologia foram desenvolvidos pela Vivaz Digital, que também produz, entre outras plataformas, o ótimo App Na Ladeira. Acessa lá: www.crvis3rskateboading.com.br

Ana Maria Suzano em Londres A top longrider Ana Maria Suzano esteve em junho na Inglaterra, para participar de um novo clip da banda Beaty Heart. As filmagens em terras londrinas foram totalmente direcionadas com a sua ótima performance de freestyle sobre o longboard, com manobras e leveza particular que conquistaram solos estrangeiros. Toda a coordenação ficou por conta do pessoal da Guanabara Boards, através do Alex Batista e de sua mulher natural da Inglaterra, Teresa Madeleine. Congrats!

Sabrina Sato & Longboard A apresentadora, modelo, ex-BBB e caipira Sabrina Sato é capa da revista Boa Forma com posando ao lado de seu longboard… Alguém já fez uma session com ela nas ladeiras?! <26>

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O skatista profissional Jonathan Borges assina seu primeiro Pro Model de bonés pela John Roger São dois modelos, Snapback e Strapback, produzidos em brim, bordados em alto relevo a palavra “É NOSE LONGBOARD” (pronuncia É NOUZE) que se assemelha “É NÓIS”, cujo significado é “Estamos Juntos” e “LONGBOARD” representa sua modalidade pelo qual é profissional, logo a parte interna dos bonés são de tecido de cetim com sua assinatura. A linha Pro Models de bonés da John Roger Brand é especial e limitada, onde valoriza seus profissionais como uma forma de prêmio por dedicarem parte de suas vidas em suas respectivas modalidades, fortalecendo seus trabalhos e tendo um maior comprometimento com seus skatistas e com o mercado! Modelos disponíveis no site: www.johnroger.com.br



FOTOS JADER OLIVEIRA

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Skate em qualquer lugar! O mês de maio teve alguns dias bem quentes, que fizeram lembrar do verão mais intenso dos últimos anos. Na dúvida entre dar um mergulho na piscina e andar de skate, Reine Oliveira não pensou duas vezes e decidiu unir o útil ao agradável. Esse talvez tenha sido o rolé mais seguro já feito numa backyard pool em todos os tempos!



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Projeto RL

Renan Lazzarotti Barros é um paulista que é skatista “por amor, profissão e hobby”, sendo embaixador da Orangatang Wheels e Paris Trucks Co. Por mais que ele pretenda que o skate jamais saia de sua vida, a crise do país e a dificuldade de se viver de skate no Brasil fizeram com que ele tivesse de arrumar um plano B. Formado em design de produto pelo Centro Universitário de Belas Artes de São Paulo, ele sempre teve uma meta: conseguir juntar os mundos do design e do skate. Assim surgiu o Projeto RL, uma iniciativa de reaproveitamento de decks e alguns materiais de skate, o qual o próprio Renan explica a seguir. Essa é a grande sacada, reciclar e ser criativo! (GJz) POR RENAN LAZZAROTTI BARROS (INTRODUÇÃO: GUTO JIMENEZ) | FOTOS FABRIZIO PEPE

D Acima: Skatista e designer de produtos: Renan Lazzarotti, flip varial.

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urante o meu trabalho de conclusão de curso (TCC), tivemos como tema o excesso e a escassez na cidade de São Paulo. No meio de muitas ideias, um fato me veio em mente: como temos tantos skatistas não só na cidade, mas no Brasil todo - afinal, somos o segundo país com mais skatistas no mundo -, muitos skates acabam em desuso. Durante a coleta de dados, pude perceber uma quantidade absurda de skates quebrados ou velhos que vão parar nos aterros sanitários. São mais de 80 mil por ano!

Nós, como skatistas, sabemos que o skate é feito para aguentar pancadas de gaps, corrimãos, bordas e quedas erradas, ou seja, é um material de excelentes propriedades mecânicas; ali achei uma oportunidade de criar algo, utilizando o excesso de matéria prima e a escassez de meios de reutilização do skate quebrado. E hoje tenho o maior prazer do mundo em apresentar o Projeto RL para vocês, que consiste na criação de produtos feitos de skates velhos e quebrados. Através da sustentabilidade, upcycling, ergonomia e design, esses


DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO

materiais acabam ganhando novas formas e funções, evitando que cheguem aos aterros, sendo reinseridos ao mercado. O Projeto RL é muito recente, foi inaugurado na 12ª SP-ARTE dos dias 6 a 9 de abril de 2016, no estande ROTAS da Belas Artes, que graças a Deus foi muito bem-sucedido. Estou muito feliz com o desenvolvimento do projeto e como as coisas estão caminhando, fechando novas parcerias e feiras. Acabei de participar do Armazém do Marton e só tenho a agradecer às oportunidades que estão surgindo e a todas as pessoas que estão me ajudando. Agora estou focado na construção do meu próprio ateliê. No momento o Projeto RL conta com três tipos de produtos disponíveis para venda: a Banqueta Skate RL, a Tábua multiuso de cozinha RL e o Shape mini cruiser RL Cada peça é quase que única, pois é muito difícil conseguir as peças de skates das mesmas marcas, tamanhos e desenhos, o que faz com que cada produto possua o seu próprio toque artístico e valor. Afinal, quem vai saber por quais lugares andou e a quem pertenceu aquele shape, roda, truck, lixa, enfim, a sua história? As vendas dos produtos são realizadas através do e-mail projeto.rl@hotmail.com e também durante feiras, exposições e galerias, que sempre são divulgadas através da página do Projeto RL no Facebook. Todos que tenham skates quebrados e velhos em casa e queiram se desfazer deles ou doá-los, saibam que estou recebendo esses materiais e em troca oferendo descontos em qualquer produto do Projeto Rl. Qualquer dúvida sobre os produtos ou como doar o material, é só mandar mensagens na página do Facebook ou via e-mail. Muito obrigado à CRVIS3R Skateboarding pela oportunidade e por sempre estar junto comigo na correria do skate. Skateboarding é família! Temos que valorizar tudo o que temos de melhor e o skate brasileiro merece mais valor e respeito pelas marcas e skatistas.

No alto à esquerda: Renan testando a banqueta skate RL. No alto à direita: Um mini cruiser com o shape RL. No meio: Os produtos do Projeto RL. Ao lado: Renan tirando onda num crooked grind. CRVIS3R SKATEBOARDING

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oriente extremo

Oriente extremo Após uma viagem de aproximadamente 18 mil quilômetros e de mais ou menos 36 horas entre vôos e esperas em aeroportos, finalmente chegamos a Taiwan com a equipe da Hondar Skateboards. Ao desembarcarmos em Taipei, capital do país, já era nítida a diferença de culturas. Não apenas por estarmos cercados por ideogramas de mandarim, mas também por cheiros, gostos e referências visuais bem diferentes dos que estamos acostumados. TEXTO E FOTOS TIMÓTEO FLORES

T Acima: Thiago Mohr aproveita as curvas da estrada de Mt. Wufen, em Taiwan.

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aipei é uma cidade grande, com muitos prédios e com um trânsito realmente intenso, porém bem organizada e com estradas que suprem a demanda dos carros. Dentre essas estradas, muitas foram construídas para dar acesso a monta­ nhas que estão presentes em toda a ilha; vale ressal­ tar que elas são muito altas e muitas delas ficam co­ bertas de neblina em boa parte do tempo. Exploramos algumas dessas ladeiras e podemos dizer que Taiwan é um ótimo lugar para a prática do downhill. No nosso primeiro dia, encontramos os riders da Am­ great Integration, uma loja diferenciada e que fortalece o cenário do downhill em Taiwan. Eles nos levaram até

uma ladeira muito insana, que se destina a uma estação climática que fica no topo da subida. Cheia de curvas e cotovelos e com uma vista privilegiada do mar, sem du­ vida é uma ladeira que vale a pena ser explorada. Ape­ sar de não ter um top speed tão alto, faz com que se torne um pouco técnica devido a essas curvas e ao fato de ter partes com penhasco na sua lateral, pois um erro pode causar a queda pra fora da estrada direto no pe­ nhasco. Passamos o dia gravando e aproveitando a la­ deira, que nos deu um visual incrível ao final do dia. Nosso segundo dia foi dividido entre duas ladeiras, ambas nos arredores de Taipei. A primeira era uma es­ trada longa e bem larga, porém muito movimentada.


Cheia de prédios comerciais e casas no per­ curso e com um parque no topo, acabava tendo um trânsito intenso o tempo todo, com diversos ônibus manobrando. Após poucos drops e raw runs, decidimos procu­ rar outro lugar. No caminho paramos para visitar o Memorial Histórico de Taiwan e, para nossa surpresa, acabamos encon­ trando uma rampa de madeira que descia do memorial por um longo percurso até a rua, e aproveitamos para fazer algumas fo­ tos e vídeos ali. A segunda ladeira era bem diferente da primeira, embora também tivesse um tran­ sito muito intenso. Essa era estreita e com cotovelos fechados e, assim como a pri­ meira, era longa, o que possibilitava andar em diferentes percursos no decorrer da des­ cida. Com curvas variadas para ambos os la­ dos, é um ótimo local pra quem gosta de per­ cursos onde é preciso recorrer aos slides. O segundo dia, diferente do primeiro, não acabou assim que escureceu. Durante a noite, Taipei se transforma revelando to­ das as suas luzes e gerando um visual di­ ferenciado com todos os seus letreiros e fachadas com leds. Decidimos então, dar algumas voltas embalando pela cidade e aproveitando esse visual. No dia seguinte viajamos para a China, onde aconteceu o Yuping Red Bull Long­ board Open. Chegando em Chengdu, tínha­ mos ainda mais 3 horas de carro ate a montanha onde aconteceria o evento. Con­ seguimos então uma van para nos levar ate lá. Saímos de Chengdu já tarde da noite e começamos a viagem. Após uma parte do percurso, começamos a subir as montanhas e foi ai que tivemos uma surpresa: o motor da van em que estávamos fundiu. Passamos alguns minutos tentando achar uma saída e sem muita expectativa, já achando que só chegaríamos no evento no dia seguinte, até que apareceu outra van na estrada. Por sorte ela estava vazia e, após alguns minu­ tos de conversa, já estávamos a caminho do hotel, onde finalmente chegamos após mais algum tempo de viagem. Quando acordamos na manhã seguinte, ao contrário de Taiwan que nos recebeu com muito calor, a China nos recebeu com muito frio. No café da manhã pudemos experimen­ tar um pouco da culinária chinesa. Diferente da culinária do país vizinho, mas também muito longe da nossa, era composta por muita pimenta, muita mesmo, e por algumas coisas que nunca imaginei experimentar, como suco de laranja quente por exemplo.

No alto: O “local fantasma”. No meio: Os brazucas e a galera da Am Integration, em Taipei. Embaixo: O chinês Tae Yun Lee faz a tangente no “S” do circuito. CRVIS3R SKATEBOARDING

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oriente extremo

Abaixo, da esquerda para a direita: Max & Os Thiagos em Taiwan. Um autêntico pagode chinês na estrada.Os brazucas se preparando para a competição. Na foto maior: Max Ballesteros, soberano em Yuping.

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Passado o primeiro contato, chegamos à ladeira que ficava a poucos minutos do hotel, na mesma estrada. Em seu segundo ano consecutivo, o campeonato se mostrou bem organizado, fazendo parte do calendário IDF como prova WQS. O numero de participantes não foi muito grande, mas contava com riders de varias par­ tes do mundo como Adam Yates (AUS), Max Vickers (USA) e o grupo de brasileiros composto por Thiago Lessa, Max Ballesteros, Tiago Mohr, Reine Oliveira e Ju­ liano Cassemiro. Apesar de não ser tão rápido, o trajeto da corrida também contava com cotovelos fechados e curvas de alta. No primeiro dia de competição, os atletas puderam treinar e conhecer a ladeira e tudo se encerrou com um slide jam na primeira reta do percurso. A Red Bull, patro­

cinadora maior do evento, criou uma competição onde eram colocadas latas da bebida em duas fileiras parale­ las e os competidores tentavam atravessar todo o per­ curso com slides. Os que mais se destacaram na brinca­ deira foram o australiano Cameron Hancock, com seus fulls gigantes, e o brasileiro Juliano Cassemiro, com um Layback monstruoso que acabou vencendo o slide jam. Já nas tomadas de tempo, os brasileiros dominaram as primeiras colocações e conseguiram mantê­las até co­ meçarem as baterias. No feminino, a campeã foi Jenny Schauerte, vindo diretamente de Londres, seguida da neozelandesa Elissa Mah e da austríaca Anna Pixner. Já na final Open, foram para disputa os brasileiros Max Ballesteros, Thiago Lessa e Tiago Mohr, além do nor­ te­americano Max Vickers. O drop começou com o trio


brasileiro na frente, liderado por Lessa e se­ guido por Ballesteros e Mohr, porém Lessa acabou ficando com a 4ª posição após uma queda, deixando assim o primeiro lugar para Max Ballesteros, que se consagrou campeão pela segunda vez consecutiva nesta prova. O segundo e terceiro lugares ficaram res­ pectivamente para Tiago Mohr e Max Vi­ ckers. A cerimonia de encerramento e a premiação aconteceram em um terraço pró­ ximo da ladeira, com uma vista de tirar o fô­ lego. Além de uma competição com muita adrenalina, as serras chinesas nos surpre­ enderam muito com suas curvas enormes, montanhas altas e muita natureza. De volta a Taiwan, viajamos para o leste da ilha. Diferente de Taipei, que é uma ci­ dade grande, o leste é composto em grande parte por montanhas, rios e árvores. Com poucos estabelecimentos comerciais e ca­ sas, o que chama atenção são os templos que estão por toda parte, até mesmo no

No alto: Thiago Lessa e Thiago Mohr. Ao lado: Reine Oliveira esticando o layback. CRVIS3R SKATEBOARDING

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oriente extremo

Abaixo: Incensário, templo e moradia chineses. Na foto maior: Juliano Cassemiro mostrando que entende muito de laybacks.

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topo das montanhas. Maiores, menores, mais colori­ dos ou menos enfeitados, chamam a atenção de quem passa por sua beleza de detalhes e pela arquitetura. As ladeiras dessa região são insanas! Íngremes, com mui­ tas curvas e com um visual bem diferente propiciam um role com uma vibe única. Ficamos por lá o dia todo e achamos algumas ladei­ ras. Em muitas partes delas, era impossível de andar devido à água que escorria das montanhas e se acu­ mulava na pista. Quando achamos uma seca, aproveita­ mos ao máximo! No topo, um hotel com temas dos nati­ vos de Taiwan, com uma estrada estreita e bem íngreme que leva até lá que, se não fossem os carros subindo e descendo, seria perfeita para uma sessão de freeride. Aproveitamos o drop que começava em uma reta mais abaixo, com muitas curvas, pontes e que acabava em

uma estátua que lembra muito as típicas estatuas de pedra da Ilha de Páscoa, é outro lugar que deve ser vi­ sitado para uma sessão de skate. Além de tudo isso, como na primeira ladeira que fomos, essa também deu um show no final do dia. No último dia da viagem fomos pegos pela chuva, o que estragou os nossos planos de ir para outra ladeira dentro de Taipei. Aproveitamos então o dia para conhe­ cer um pouco mais da cidade, o que vale muito a pena, e chegou então a hora de voltar para o Brasil. O que pode­ mos dizer sobre Taiwan e China é que, sem dúvida, são lugares perfeitos para dar aquele role, independente­ mente do estilo que você mais curta. Tem ladeiras rápi­ das, técnicas, boas para freeride e lugares muito bonitos para pratica de dancing e freestyle. Valeu muito a pena!


No alto: A austríaca Anna Pixner foi veloz durante toda a disputa. Embaixo à esquerda: Pódio com todos os finalistas. Embaixo à direita: O Buda mostrando o caminho e as medalhas estilosas. CRVIS3R SKATEBOARDING

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armando artiles

Vivência por experiência Armando Artiles é nascido em Caracas, capital da Venezuela, e mora atualmente no Brasil, na cidade de São Paulo. Seguiu com um sonho de infância após muita vivência e responsabilidades, começando a andar de skate com mais frequência aos 22 anos, num momento em que muitos pensam em abandonar seus sonhos. Foi quando este jovem “caraqueño” decidiu deixar uma vida para trás, despedindo-se de sua família e de amigos de uma vida inteira para procurar viver o seu sonho. POR SAMANTHA CARLINI | FOTOS THIAGO DE AMIGO

E

m 2013, com muito esforço e dedicação, Armando veio ao Brasil e, junto com suas principais referências, começou a compartilhar grandes momentos de aprendizado e evolução. Em especial, foi recebido por seu amigo e skatista profissional Diego Polito, que antes era sua grande referência, do qual assistia por vídeos na internet e hoje é seu grande amigo, como um irmão da vida. Armando faz parte da crew da Priority Longboard, uma grande família, e também da @obscores crew de amigos @prioritylongboad. Hoje com 28 anos, já são 3 anos de vivência e experiência aqui no Brasil. O que te impulsionou a decidir vir morar no Brasil? E porque escolheu São Paulo? A situação do meu país, política e economicamente, e ver que aqui tinha uma cena

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muito forte no longboard, que eu já acompanhava por vídeos e que eu já tinha visto em 2012 quando vim ao Brasil pela primeira vez. E, junto a isso, a minha história de amor com quem hoje em dia é minha esposa, foram as coisas que me motivaram a vir buscar meu sonho e aprender a evoluir. Como é a sua rotina hoje? Atualmente trabalho na US Boards, moro na Zona Norte de São Paulo e, como todo paulistano, já estou habituado à rotina de pegar ônibus e metrô lotados toda manhã (risos). Combinando o resto do dia com um pouco de trabalho, um pouco de skate e risadas com os amigos da sessão, assim é minha rotina por aqui. Como se sente nesta nova realidade em um país diferente? Eu me sinto bem, graças a Deus, tenho

tido muitas vivências desde que estou aqui. Cada dia é uma aprendizagem que me ajuda a crescer como pessoa e ver as coisas com outro ponto de vista, aprendendo a dar valor às oportunidades. Você citou as oportunidades, poderia descrever alguma em especial? As viagens, eu participei em campeonatos e compartilhei bons momentos com meus amigos. Recentemente estive em Belém do Pará, onde vivi uma experiência distinta, tive a oportunidade de ser convidado e passar de julgado a juiz, algo que nunca imaginei que fosse acontecer. O campeonato foi o Amazon Slide, um evento incrível, que me deixou um grande aprendizado. Como ser juiz em um campeonato influenciou no seu ponto de vista sobre esses eventos?


No meu ponto de vista, isso me deu outra visão como competidor, porque estive no outro lado, do lado que avalia e não do avaliado. Percebi que é muita responsabilidade ter a decisão de quem é o ganhador, já que um campeonato é um conjunto de avaliações, e às vezes o melhor não ganha, mas sim quem melhor se apresenta. É uma questão de preparação e treino, mas também de muita sorte. Você se considera um competidor? Eu me considero sim. Primeiramente sou competidor do meu sonho, compito contra mim mesmo para alcançar minhas metas e também participo de competições porque eu gosto de ter reconhecimento do meu esforço. Por isso é satisfatório para eu competir, é uma forma de procurar uma boa colocação o que me motiva a evoluir mais e aprender mais. Longboard só em competições ou muito mais? Qual é o seu objetivo? Muito mais que competições, acho que Na página ao lado: De passagem pela Roosevelt. Nesta página no alto: Numa das muitas ladeiras da cidade, b/s full slide. No meio: O cotidiano da megalópole. Embaixo: “Cê é loco, mano?!” Armando Artiles apavorando com um crooked grind no Anhangabaú.

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armando artiles aqui em São Paulo me liguei que o skateboarding é algo muito pessoal. A competição é um momento, um dia, algo da hora, gratificante, mas o skate é muito mais que isso, é uma paixão, é um esporte que pode te levar para qualquer lugar, que te apresenta pessoas, amizades e culturas e que, além de tudo, te traz inúmeras experiências. São coisas vividas por você mesmo, é uma superação pessoal. Meu objetivo atualmente é continuar evoluindo, aprender cada vez mais e também registrar a minha evolução fazendo vídeos, fotografando, para em um futuro ter material para recordar. Atualmente estou trabalhando na minha video parte, que espero publicar no final do ano. Armando, deixe uma mensagem para finalizar. Nunca desista de seus sonhos, a vida nos dá grandes surpresas. É mais que uma mensagem, isso é pensamento que eu pratico diariamente. Primeiramente seja feliz com o que você faz para você mesmo! Isso é o que importa! Eu quero aproveitar para agradecer as marcas que me apoiam e à revista pela oportunidade e agradecer a todas as pessoas que me apoiam aqui no Brasil e em outros países. Agradeço muito por toda motivação! Priority Life Skateboarding!

> ARMANDO ARTILES

28 anos Natural de Caracas, Venezuela Reside em São Paulo Apoios : US Boards, Priority Longboard, Obscore, Dados Store.

Nunca pensei que viveria em um lugar rodeado de skate! São Paulo tem muito skate, muitos lugares famosos de skate, muitos picos que são referência para andar espalhados por toda cidade, lugares com muita história, e cada lugar tem uma energia diferente que nos motiva a evoluir e a andar cada vez mais. Skate por amor!

No alto: Mais uma na Roosevelt: flip escada abaixo. Embaixo: A faixa no Centrão é de pedestres, mas serviu pra um 360 flip.

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FOTOS: FELIPE MEDEIROSK8

Felipe Medeiros, Celinho, Cri Duarte, Cacá Coutinho, Leo Lima e Alex Busnello

slideordiecrew Léo Lima, Cacá Coutinho, Alex Busnello, Celinho e Cri Duarte.

Slide Or Die


brenno “brélvis”

Entrevista:

Brenno “Brélvis” Se você gosta de dancing e longboard freestyle, então conhece ou deveria conhecer Brenno “Brélvis”! Cara de estilo suave e linhas cheias de estilo próprio, Brenno é um cara fiel aos amigos e a sua terra, São Pedro Da Aldeia (RJ). Um de seus sonhos era conseguir levar seu longboard para a maior competição de dancing/freestyle do mundo e para isso ele não poupou esforços. Fiz uma entrevista com Brenno antes de sua ida para o mundial de Eindhoven, na Holanda. Pois bem! Agora de volta com o caneco na mão, tive que conversar novamente com esse dançarino dos pés mágicos. POR ALEXANDRE GUERRA/EU AMO LONGBOARD | FOTOS DEIVID GRASSI

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uem é Brenno Brélvis? Brenno Brélvis é nada sem o longboard O que o longboard representa para você? Representa uma liberdade, todos podem ser livres através do Longboard. Longboard é para todos! Trick que mais gosta de fazer e qual ainda não conseguiu fazer? Crossfoot 360 shove-it é a favorita. E o crossfoot 360 shove-it double rainbow é a que eu ainda não faço. Onde você mais gosta de andar? O “Velhoeste”, o lugar onde mais andei na vida com meus amigos. Fica na minha aldeia, em São Pedro Da Aldeia, é uma rua que os skatistas apelidaram. Qual o lugar que gostaria de andar e por quê? Califórnia, pelo estilo livre que vejo em fotos e vídeos. Quais os motivos que te levaram a praticar o longboard? O estilo do surf que sempre gostei, e vi que com o longboard daria para surfar no asfalto.

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Quem são seus riders favoritos e por quê? Meus riders favoritos são meus amigos que sempre andam comigo e o cara que no começo me ajudou bastante, Deivid Grassi. Quem são esses amigos que andam sempre com você? Como surgiram e qual o objetivo dos Los Brelvis? Conte um pouco desta história. Sim, os Brelvis é um grupo de amigos que visam sempre a vitória coletiva, alguns dos Brelvis andam de skate street e outros de long, mas o mais importante é a união do grupo, um querendo ajudar o outro. Você tem uma rotina de treinos? Como ela funciona? Há um tempo, eu andava todos os dias, sem exceção, mas hoje em dia só ando quando ouço uma música irada. Coloco no celular e vou dançar nessa mágica que o longboard nos proporciona. Conta aí que tipo de música você gosta de ouvir no role e dê algumas dicas de som para tornar o dancing/freestyle melhor. Pode ser a trilha per-


feita para o seu role, tipo o que não pode faltar? Gosto muito de ouvir the Strokes, Jimi Hendrix e Bob Dylan no rolé, faz o rolé ficar verme! Esse é o estilo de música que me amarro. O que você deseja alcançar praticando o longboard, quais são seus objetivos e sonhos? Patrocínios, que ainda almejo, e meu objetivo é sair pelo mundo com os amigos andando de longboard e podendo sustentar a familia e a si próprio. Esse é o meu sonho. A cena do longboard dancing e freestyle vem aos poucos crescendo, porém a grande massa e os patrocinadores ainda fazem suas apostas no skate de ladeira. Em sua opinião, a cena do freestyle depende de competições para crescer ou teria outro estimulo que fomentaria esta cena? Falta patrocinio pro dancing e freestyle longboard, nem é uma modalidade oficial ainda, gostaria muito que fosse, isso ajudaria bastante! O longboarder que pratica dancing freestyle tem de ir pra gringa para poder crescer, por isso fui a todo vapor pro champ da Holanda Qual foi a sua maior dificuldade para ir para o So You Can Longboard Dance? Quem te ajudou? Minha maior dificuldade foi arrumar dinheiro, a Brasil Boards, o lpc e meus amigos me ajudaram muito. Em uma modalidade na qual a pontuação/avaliação pelos juízes da performance do atleta é tão subjetiva, qual foi o seu maior diferencial para os outros riders? Meu diferencial foi que foquei muito no dance e coloquei um pouco da ginga brasileira nisso. Você teve alguma dificuldade dentro da competição? Como se sentiu nas primeiras voltas? Na primeira bateria, eu errei todas as tricks que tentei, mas acertei bastante dance. Como os juízes são muito bons em tricks, pensei que não iria me classificar... Ainda bem que estava enganado! Houve algum momento que você sentiu, “dá para ganhar esse título”? No momento que realizei a manobra que criei, o powerspin Brelvis, eu fiquei confiante. Voltando lá no começo, nos seus primeiros passos em um longboard: o que tem daquele menino ainda no Brenno de hoje e no que você mudou?

Tenho bastante orgulho de poder representar o Brasil no maior champ do mundo, mas a humildade continua a mesma. Já pensa em defender esse título ou por enquanto a ideia é só comemorar? Penso em defender o título! Queria te dizer que me emocionei muito em te ver chegando às finais, e mais ainda te ver no alto do pódio. O que você sentiu quando foi levantado pelo apresentador do evento e sabendo que ali tinha conquistado o título? Quando fui levantado como primeiro lugar, só procurava os meus amigos para comemorar, espero que ano que vem tenham mais brasileiros. O que você pensa sobre o uso do capacete? Apesar de várias campanhas, parece que por aqui as pessoas não se preocupam muito com isso. Quais são as precauções que você toma em se tratando de segurança? Com o capacete, eu me sinto muito mais seguro para realizar e aprender novas manobras. Em ladeiras, nunca ando sem capacete, mas no rolé de bobeira às vezes ando sem capacete sem arriscar muita coisa. Fale um pouco sobre os skates que você já usou, sobre o que você usa hoje e o que seria um setup ideal para começar e evoluir no dancing e freestyle? Ja andei no classic, pintail e simétrico. O setup que eu recomendo é um shape Tamanduá da Brasil Boards, truck Sabre, rodas Orangatang Stimulus e rolamento Bones, é o setup que uso e me proporciona o melhor flow que já tive até hoje.

> BRENNO GOMES BECKER

20 anos, 5 de skate São Pedro Da Aldeia/RJ

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ano 4 | edição 22

abril/maio 2016

Editores: Fabio “Bolota” Britto Araujo e Guto Jimenez Arte: Edilson Kato Redação: Guto Jimenez gutojimenez@gmail.com Colaboradores: Texto: Alexandre Guerra, Alexandre Maia, Antonio dos Passos Thronn, Eliana Castanho, EuAmoLongboard.com.br, Renan Lazarrotti Barros, Samantha Carlini, Tadeu Ferreira, Timóteo Flores Fotografia: Antonio dos Passos Thronn, Deivid Grassi, Eliana Castanho, Fabrizio Pepe, Igor Lage, Jacob Lambert, Jader Oliveira, Marcelo Cedeño, Max Ballesteros, Mirna Calderon, Tadeu Ferreira, Thiago de Amigo, Timóteo Flores Comercial: DHS Esportes (11) 3384-0703 (11) 99299-5620 Marcio Natividade marcio.dhsesportes@gmail.com Sandra Santos sandra.dhsesportes@gmail.com Fabio Bolota fabiobolota1@gmail.com (11) 96357-3492

Editora Circuito das Águas Ltda Rua Paraná, 525 – Jd. Bela Vista Jaguariúna - SP - Fone: 55 (19) 3867.0795 Diretor-Presidente: Ricardo Azevedo Coordenação: Sérgio Marini

SANTA CATARINA Curva de Hill Skate Boards - Rua Laurindo Januario da Silveira, 5555 - Florianópolis Hotglass - R. Acacio Garibaldi Santhiago 864 - Joaquina - Florianópolis Ilha Bela Surf Shop - Rua Irineu Bornhaussem, 510 - Centro - Praia Grande Jamaica Skateboard - Rua Felipe Schmidt, 249, loja 14 Centro - Florianópolis JBay - Rua Felipe Schmidt, 249, Centro Comercial ARS loja 209, 1º Piso - Centro - Florianópolis Pousada Hi Adventure - Rua Sotero Farias, 610 - Rio Tavares - Florianópolis Rola Bosta Longboards - Rua 1500, 435 - Loja 4 - Balneário Camboriú Roots - Av. Nereu Ramos, 473, Lojas 2 e 3 - Penha

Distribuição gratuita em lojas e boardshops (Acompanhe os pontos de distribuição na página “Onde Encontrar” da sua CRVIS3R Skateboarding e no site: www.crvis3rskateboarding.com.br e facebook: www.facebook/crvis3rskateboarding)

SÃO PAULO/CAPITAL/ABC Banca Ibirapuera - Pq. do Ibirapuera (dentro do parque) Bomba Store - Av. Cel. Sezefredo Fagundes, 2055 - casa1 - Jd. Tremembé - São Paulo

A Revista CRVIS3R SKATEBOARDING é uma publicação bimestral. As opiniões dos artigos assinados nem sempre representam a opinião da revista e sim a de seus autores.

Lojistas: Informações de como distribuir e ser um novo ponto de distribuição, envie e-mail para lojascrvis3r@gmail.com Assinatura (informações): assinaturacrvis3r@gmail.com Deus é grande!

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Max Ballesteros Foto: Jacob Lambert CRVIS3R SKATEBOARDING



| onde encontrar Central Surf - Shopping Aricanduva - Av. Aricanduva, 5555 âncora 9 - Vila Matilde - São Paulo Flow Skate Shop1 - Av. São João, 439 - loja 233 - Centro - São Paulo Flow Skate Shop2 - Av. São João, 439 - loja 323 - Centro - São Paulo Forever Skate Shop - Av. São João, 439 - loja 448 Centro - São Paulo Galeria Alma do Mar - Rua Harmonia, 150 - loja 05 - Vila Madalena - São Paulo GoodDeal - Av. Prof. Alfonso Bovero, 1.048 - Perdizes São Paulo Led Rockskate - Estrada do Campo Limpo, 354 - loja 402 - Vila Prel - São Paulo Mys Pot - Rua Alfonso Bovero, 1410 - Pompéia - São Paulo MISSION - Rua São João, 439 - loja 126 - Térreo - Centro - São Paulo MISSION - Rua São João, 439 - loja 323 - 2º andar Centro - São Paulo Old School - Gal. Ouro Fino - Rua Augusta, 2.690 - Loja 228 - São Paulo Overboard (Aricanduva) - Shopping Leste Aricanduva loja 121/125 - Aricanduva - São Paulo Overboard (Santana) - Rua Dr. Olavo Egídio, 51 - Santana - São Paulo Pyro’s Skateshop - Rua São João, 439 - loja 225 - Centro - São Paulo Red Beach - Av. Júlio Buono, 2070 - Vila Gustavo - São Paulo Sativa - Rua 24 de Maio, 116 - loja 19 - Centro - São Paulo SAM (Skate Até Morrer) - Av. São João, 439 - loja 109 Centro - São Paulo SAM - Av. São João , 439, loja 124 - Centro - São Paulo SK8-1 - Rua Dr. Jesuíno Maciel, 605 - Campo Belo Star Point (Ibirapuera) - Av. Iraí, 224 - Moema - São Paulo Star Point - Shopping Eldorado - Piso 2 - loja 329E Pinheiros - São Paulo Secretspot/Curva de Hill - Rua dos Patriotas, 548 - São Paulo Sick Mind - Rua São João, 439, loja 227 - Centro - São Paulo Sick Mind - Loja Ouro Fino - Rua Augusta, 2690 - loja 216 - São Paulo Surf Trip (Centro) - Rua 24 de Maio, 199 - Centro - São Paulo Surfavel Surfboards - Rua Conselheiro Saraiva, 912 São Paulo Styllus - Rua Visconde de Inhaúna, 980 - São Caetano do Sul Terceiro Mundo - R. 24 de Maio, 62 - 2º andar, Loja 364, Centro - São Paulo Tent Beach - Av. Ramiro Colleone, 255 - Santo André Toobsland - Rua Cerro Corá, 635 - Lapa - São Paulo Ultra Skate - Rua Engenheiro Adelmar Mello Franco, 111 Brooklin Paulista - São Paulo US Boards - Rua Engenheiro Ranulfo Pinheiro de Lima, 182 - Ipiranga - São Paulo Vitaboard - Av. São João, 439 - loja 201 - Centro - São Paulo Wollong Board Store - Rua Schilling, 347 - sobreloja Vila Leopoldina - São Paulo SÃO PAULO/INTERIOR - LITORAL Action Now - Rua Dr. Thomas Alvez, 216 - Campinas Action Now - Rua Dr. Paulo Frontin, 261 - Centro - Mogi das Cruzes AIS - ALL IN SPORTS - Rua Santo Antônio Claret, 391 Jardim Chapadão - Campinas Ambient Skate Shop Rua Veríssimo Prado, 513 - Centro - São Pedro Ambient Skate Shop Rua Santa Cruz, 923 - Centro - Piracicaba Clube C - Rua Pinduca Soares, 138 - Centro - Ibiuna Dirty Joy - Rua Almeida de Morais, 30 - Santos Dorgo Skate - Rua Alameda das Margarida, 628 - loja 6 Guarujá Dylan Skate Bags - Rua Princesa Isabel, 73 - 45 - Itarare - São Vicente Evolution - Av. Mal. Floriano Peixoto, 44 - lj. 96 - Santos Gás Inflamável Skate Shop - Rua Quinze de Novembro, 1817 - Centro - São Carlos Industria Skateshop - Av. Andromeda, 227 - loja 127 Jd. Satelite - São José dos Campos Jaws - Av. Carlos Mauro, 379 - Centro - Águas De São Pedro Life Core - Travessa Marquez do Herval, 82 - Centro Pindamonhangaba A Toca Skateria - R. Frei Gaspar, 952 - São Vicente SPIN SKATESHOP - Rua Pará, 1910 - Catanduva Surf Track - Plaza Avenida Shopping - Av. José Munia, 4775, Loja 195, Piso 1 - São José do Rio Preto Trash Skateboards - Av. Prof. Thomaz Galhardo, 454 - loja 04 - Centro - Ubatuba Vahlent Boardshop - Av. Siqueira Campos, 51 - Centro Jacareí Via 83 - Av. Ana Costa, 549 - loja 83A - Gonzaga - Santos Confira também as relações de lojas em www.facebook.com/crvis3rskateboarding

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Banca Ibirapuera, São Paulo/SP.

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LOJISTAS: Cadastro aberto para novos pontos de distribuição da revista CRVIS3R Skateboarding em todo o Brasil! As skateshops e boardshops são os “templos” para se adquirir os melhores produtos e materiais de skate, mas também são locais de informação! Essa informação pode ser feita através da revista, que é distribuída gratuitamente aos consumidores sedentos por saberem de tudo o que acontece no universo do skate de ladeira e em qualquer tipo de terreno. Assim, caso a sua loja esteja interessada em ser mais um ponto de distribuição da CRVIS3R Skateboarding, a melhor revista de skate da América Latina que há dois anos vem trazendo tudo sobre longboards, downhill speed e slide, cruisers, lifestyle etc, entre em contato conosco! Envie email para: lojascrvis3r@gmail.com Você receberá todas as informações que precisa para se tornar um novo ponto de distribuição e, assim, presentear os seus consumidores. A partir daí, a sua loja fará parte da seção ONDE ENCONTRAR em todas as edições (tanto na versão impressa quanto na online), com o nome e o endereço de sua skateshop. Valorize a sua skateshop!


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