MANIFESTO DA FRENTE NACIONAL DOS TRABALHADORES DOS CORREIOS Nós, dirigentes dos sindicatos e de oposições sindicais que assinamos este manifesto lançamos a Frente Nacional dos Trabalhadores dos Correios (FNTC) como uma ferramenta alternativa de lutas e de oposição nacional à maioria da direção da FENTECT. Fazemos um chamando a todos os ecetistas de cada local de trabalho, para o fortalecimento desta entidade de lutas de caráter classista, democrático, a serviço da classe trabalhadora e com total autonomia e independência diante do governo Dilma e da direção da ECT. Durante os oito anos do governo anterior - de frente popular - assistimos um verdadeiro vendaval oportunista, quando mais de 600 ex-sindicalistas nos Correios mudaram de lado e foram pegar cargos comissionados nas estruturas gerenciais da ECT e do governo Lula, abandonando as lutas de nossa categoria. Foi a partir daí que começaram todas as traições que sofremos: POSTALPREV, PCCS, PLR, ACORDO BIANUAL, CORREIOS S.A. etc, etc... Agora no governo de continuidade de Dilma Roussef as traições
seguem e tendem a aumentar. Muitos dos atuais dirigentes sindicais governistas seguem vacilantes. Essas constatações são muito visíveis, seja na maioria da diretoria da FENTECT ou dos SINTECTs de cada estado ou região. Daí a necessidade da criação e fortalecimento da Frente Nacional dos Trabalhadores dos Correios em cada local de trabalho. No momento em que lançamos a Frente, acompanhamos com muita atenção a situação da classe trabalhadora em todo o mundo. Saudamos e apoiamos as lutas que ocorrem no norte da África e também nos países árabes, sacudidos por revoltas e mobilizações gigantescas contra as ditaduras opressoras e os planos de ajustes econômicos, resultantes da crise econômica mundial e que atacam os direitos da classe trabalhadora em todo o mundo. Por outro lado, repudiamos toda e qualquer forma de intervenção imperialista aplicada contra a autodeterminação daqueles povos. Em nosso país também ocorre um processo de reorganização do movimento com lutas importantes. Estamos assistindo as lutas dos operários da construção civil nas empreiteiras das obras do PAC, um grande exemplo de
resistência e de luta a ser seguido por nós. Eles lutam contra a superexploração, os baixos salários, o assédio moral, acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, ataques idênticos aos que sofremos também nos Correios. Neste sentido, consideramos urgente e fundamental a necessidade de unificação das lutas de toda a classe trabalhadora, em unidade de ação, como elemento determinante para derrotar os planos de ataques dos governos e da patronal. O governo da presidenta Dilma Roussef, por sua vez, nos seus primeiros meses já demonstrou sua total submissão ao capital financeiro internacional, quando trouxe ao nosso país o principal chefe do imperialismo, o senhor da guerra Barak Obama, para aplicar a rapina na liberalização comercial e entregar nosso petróleo do pré-sal, em troca de uma vaga fixa no Conselho de Segurança da ONU. Por sua vez, o reajuste do salário mínimo com índice abaixo da inflação é uma afronta comparando-se aos absurdos reajustes auto aplicados nos salários dos parlamentares, ministros e até da própria presidenta da repú-