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INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

alternativas, que não são feitas em fornos elétricos, como a queima de raku, saggar firing, obvara firing, queima de buraco e outras. Nessas técnicas alternativas a cerâmica é exposta diretamente ao fogo e a materiais orgânicos inflamáveis. Essas técnicas resultam em peças surpreendentes e ajudam a aprofundar meu conhecimento sobre a cerâmica.

Sempre em busca de mais conhecimento sobre cerâmica, fiz muitas viagens em diferentes países, sempre enfatizando a oportunidade de conhecer a cerâmica produzida no local e sua história.

Em 2019, meu filho estava iniciando um doutorado na Universidade de Coimbra, e assim tive a oportunidade de vir para Coimbra, e conheci a cidade como turista. Em 2022 retornei para passar seis meses e queria vivenciar e explorar melhor a produção da cerâmica portuguesa.

Assim que cheguei em dezembro de 2022, comecei a buscar ceramistas e lugares para conhecer melhor a produção de cerâmica em Portugal. Fui recebida de forma muito especial e carinhosa pela coordenadora de gestão do local, Ana Carvalho, que me contou a histó- ria de como nasceu a LUFAPO (Lusitânia, Faianças e Porcelanas) na década de 40. Fiquei encantada ao conhecer a história da LUFAPO e do nascimento da CTCV anos depois. Também tive a oportunidade de conhecer as novas instalações do CTCV, onde pude ver e vivenciar um mundo de possibilidades e muito conhecimento em tecnologia envolvendo cerâmica e vidro.

Com tudo isso, não tive dúvidas de que era ali que queria passar os seis meses que estaria em Coimbra. Além do acolhimento caloroso, havia toda a infraestrutura montada para receber uma ceramista para pesquisas e produção.

Durante minha estadia em Coimbra, tive a oportunidade de conhecer a ceramista Juliana Marcondes, que estava iniciando um belo projeto chamado "CERAMICAR-TE". Juntamos nossas habilidades e produzimos diversas peças cerâmicas, além de ministrar workshops para pessoas que nunca haviam tido contato com cerâmica, incluindo alunos de arquitetura da Universidade de Coimbra.

Posteriormente, juntaram-se a nós outras ceramistas: Claudia Cid, da Galícia-Espanha, e Lenny Arqque Aranguri, Cusco-Peru. A integração foi perfeita, com trocas de experiências muito ricas e interessantes.

Durante esse período, também tivemos a oportunidade de realizar uma pequena exposição de nossas peças nos corredores da LUFAPO, o que nos proporcionou maior visibilidade e divulgação da nossa produção.

Minha experiência em Coimbra com cerâmica foi marcante, muito preciosa e cheia de aprendizado. Pretendo voltar ainda este ano e ficar por um período mais longo para explorar e aproveitar todas as possibilidades que o LUFAPO Hub e Portugal oferecem em relação à cerâmica de uma forma rica e especial.

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