Revue Cultive - março /2017- n°2

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CULTIVE n°002 | année 01 | 2017

cultura

A Mulher

7 Escrevendo e Pintando o

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Cultive

M u l h e r 2 || Revista 02 RevistaCultive Cultive


CULTIVE magazine

ISSN 25 71-564X Criado por Valquiria Imperiano Data da criação novembro/2016 Colaboradores Diversos escritores, artistas plásticos, fotógrafos © CADA AUTOR DETÉM OS DIREITOS AUTORAIS SOBRE OS TEXTOS PUBLICADOS NESTE JORNAL © Valquiria Guillemin detém os direitos autorais deste jornal Os textos são de autoria e responsabilidade do autor. capa : Luciana Imperiano Bodner © VALQUIRIA IMPERIANO Revisão parcial do autor Revisão geral: Valquiria Imperiano Diagramação: Valquiria Imperiano Editor executivo: Luciana Imperiano Editor chefe: Luciana Imperiano Imagens: ©Marc Guillemin Distribuição gratuita por meios virtuais Tema de março: Mulher Site: http//cultive3.wixsite.com/cultive Email: cultive@bluewin.ch Telefone: 0041 79 616 37 93 Rue du pré- Jérôme 12 1205 Pré-Jérôme Genève - Suisse

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CULTIVE é uma associação que visa divulgar e apoiar a arte e a literatura lusófona, assim como, apoiar e organizar eventos que levem a cultura e ajuda às comunidades carentes. A REVISTA CULTIVE é uma das atividades da Associação CULTIVE. A REVISTA CULTIVE, em seu primeiro ano de edição, pretende agregar escritores e pessoas interessadas pela cultura bem como artistas que queiram divulgar seus trabalhos no Brasil e no mundo, colaborando dessa maneira para que a cultura seja abordada por pessoas de todas as áreas sociais. O criador da CULTIVE produz esse jornal gratuitamente tanto para os interessados em publicar suas obras, quanto para quem quer ter acesso à sua leitura. Para cada edição será proposta um tema e os autores podem enviar seus textos por e-mail, seja texto infantil, literatura para todos, textos históricos, pesquisas, críticas, fotos, pinturas, etc . CULTIVE é uma REVISTA eclética, porém reservamo-nos o direito de não aceitar textos de cunho político, religioso e/ou pornográfico. A CULTIVE não é um veículo de propaganda eleitoral, nem ideológico.

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Art Littérature Solidarité A CULTIVE promove eventos culturais: exposições de arte, salão de livros, vernissages, encontros literários, tardes de autógrafos. Além de difundir os autores e artistas, fornece orientação sobre as atividades literárias, organiza e divulga o Jornal Cultive de Literatura e organiza campanhas caritativo- culturais. A CULTIVE tem o apoio da Académie de Lettres e Arts Luso-Suisse sediada em Genebra, ALALS. Por que criei a CULTIVE? Muitas associações objetivam seu trabalho no lucro excessivo. É claro que ninguém pode trabalhar sem remuneração, todos precisamos sobreviver, mas se pagamos por algo temos que ter retorno, ter nosso trabalho divulgado, mostrado, apresentado etc... Nós da CULTIVE, não somos engajados pelo lucro, porém a CULTIVE não recebe subvenções

e precisa que os participantes contribuam nos eventos nos quais participam. CULTIVE pode fazer esse trabalho sem precisar cobrar valores exorbitantes, dando a possibilidade ao escritor de diminuir seus custos. Além de mim, Valquiria Imperiano, temos outros componentes a apoiar a CULTIVE pegando, cada um de nós, um setor para executar uma parte do trabalho. Acreditamos que a união faz a força, basta que cada um possa dar um pouco de si mesmo. A CULTIVE – CULTUREL EVENTS tem como objetivo divulgar a cultura. Seu trabalho consiste em apoiar e elevar o nome dos escritores e artistas na Europa, promovendo, vernissages, amostras, assim como, exposição de obras literárias e obras plásticas em Genebra, Portugal e Itália, reforçando o entrosamento entre artistas e literatos para que possamos, com a união, tornarmo-nos uma força. RevistaCultive Cultive| |055 Revista


A participação nos eventos da Cultive pode ser com a presença ou não do artista/escritor, porém a Cultive organiza de tal forma seus eventos que mesmo ausente o artista/escritor será apresentado ao público de maneira virtual.

Um nova maneira de apresentar as obras. A Cultive usa um estilo de exposição diferente, misturando arte e literatura. Essa forma de apresentação proporciona uma dinâmica interativa entre o visual e o escrito, dando assim maior criatividade às exposições artísticas e literárias. Sempre que as condições forem adequadas serão realizadas sessões de autógrafos e exposições em conjunto. As exposições são limitadas aos participantes dos projetos da CULTIVE.

Outras propostas da Cultive Divulgar e distribuir trimestralmente a Revista Cultive com participação e distribuição gratuitas, via internet; Guardar os livros e as telas dos participantes do Salão de Genebra com objetivos de divulgá-los da seguinte forma ; Distribuir livros em bibliotecas públicas e livrarias em países da Europa que forem visitados pela Cultive; Expor e distribuir livros em associações sem fins lucrativos; Organizar exposições de Arte na Suíça, Portugal, Itália, Alemanha, França e Inglaterra, entre outros, de acordo com o regulamento a ser proposto; Expor livros na vitrine da CULTIVE em Genebra; Organizar animações no Stand; Realizar e apresentar concursos que serão premiados nos Salões de Exposição; Dar oportunidade aos escritores, todos os dias do Salão durante 1h30, para fazer uma sessão de autógrafo. 6 || Revista 06 RevistaCultive Cultive

A CULTIVE executará as seguintes diretrizes durante seus eventos: Trabalho de marketing para que o artista / escritor possa ser visto e reconhecido, através de vídeos e fotos, correios eletrônico, divulgação nas redes sociais, rádio e jornais; Apresentará artistas plásticos e exporá obras no stand; Fará apresentação virtual do escritor; Distribuirá prémios (medalhas, certificados) e material de divulgação; Proporcionará confraternização e leitura de textos; Dará orientações aos participantes dos eventos quanto à locomoção, hospedagem; Serviço de tradução se necessário; Registará os eventos com fotos e filmagens, para isso contando com os profissionais da área; Encarregar-se-á de toda a logística dos eventos; Organizará encontros e saraus.


Solidariedade

Eventos :

Um dos objetivos da Cultive, é também, oferecer aos mais necessitados alegria e esperança, investindo principalmente na criança, organizando campanhas em lugares desfavorecidos, levando o prazer, o saber e a cultura com três elementos distintos: brinquedos, workshops e livros sem descartar também o alimento do corpo. Esse trabalho é realizado graças às doações dos amigos do projeto anualmente.

2017 Janeiro Campanha da felicidade Em Fortaleza Camarupim João Pessoa Abril CULTIVE estará com um Stand no 31º Salão do Livro de Genebra do 26 ao 30 de abril 2017

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Equipe de trabalho CULTIVE Valquiria Imperiano Revisora Redatora Luciana Imperiano Bodner Diretora designer gráfico Editora

© Os direitos do Magazine Cultive pertencem à Marcela I. Pimentel, Luciana I. Bodner e Marc Guillemin photos: ©Marc Guillemin ©luciana Bodner ©Stephan Bodner Algumas ilustrações são imagens com livre licença de uso. Os textos aqui publicados foram enviados por seus autores. O magazine Cultive não se responsaniliza pelo conteúdo dos textos enviados pelos autores aqui publicados.

Outras fotos O magazine Cultive é um magazine on line sua distribuição é gratuita. Os textos e fotos podem ser reproduzidos, desde que mencionado o nome do autor, respeitando, assim, os direitos autorais do autor. Fica designado o foro de Genebra para questões legais de qualquer ordem. Magazine Cultive 12 rue du Pré Jérôme 1205 Genève- Suisse email: cultive@bluewin.ch https://cultive3.wixsite.com/cultive capa: Luciana Imperiano

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Cultivando letras

10 | Poetando nessa edição 11 | .Mulher na cabeça 12 | .Mulher é marco na história 14 | Fatos marcantes

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Adão Agostinho Aldo Gallina Anabela Alexandra Gaspar Silvestre Andela José Bazo Amalia Mendonça Blenda Bortolini Carmem Hussein

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Sanjo Muchanga Sónia Jardim Tiago Silva Valquiria Impriano Cultive solidariedade Agenda Cultive Exposição

27 | Izabel Hesen Marum 28 | JackMNichel 30 | Jari Zamar 30..|..Jô Mendonça Alcoforado 33 | José Custódio Madaleno 34 | Lou carriço

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Procurei frases sobre mulher no google e deparei-me com vários sites cuja frases atacavam as mulheres de modo cínico, irônico e piegas. Na maioria das frases, mesmo sem estarem assinadas reconhecia-se de imediato o dedo do homem. Fiquei chocada com as imundícies escritas, baixarias e piadas com senso duplo saídas da cabeças de pretenciosos filósofos da natureza humana sobretudo especialistas da mulher. Nem uma frase inteligente e sutil apenas indecências ridículas. Cheguei então à conclusão que o homem cospe sempre no prato que come. Precisa de nós, assim como precisamos deles (pelo menos do seu semem) e usam de sarcasmo para rebaixar a mesma categoria em que encontra-se a sua mãe, sua irmã, sua filha e a mãe dos seus filhos porque não sabe analisar que ao adjetivar a mulher indefinida está também incluindo as mulheres que o cercam. A inteligência relativa desse ser incapaz de raciocinar não se coloca na roda dos atingidos pelas suas próprias palavras e fica violento quando outro chama a sua mãe disso ou daquilo, é a falta de bom senso coletivo, é a falta de auto análise em que o egoísmo o exclui das suas próprias conjeturas. Chego a uma conclusão apos analise dos fatos que esses machos, revoltados com o sexo oposto, camuflam, na verdade, uma revolta escondida dentro de si mesmos por não terem a coragem de assumir o seu lado feminino e RevistaCultive Cultive 10 || Revista

como vingança estúpida põem-se a criticar o objeto da frustração denegrindo sua imagem como se fossem elas as responsáveis pelas tendências escondidas. Se não for essa a explicação continuo ainda sem compreender o motivo de agressividade verbal que são jorradas desses homens revoltados. Continuarei a minha pesquisa quem sabe eu encontre alguma palavra de respeito saída da boca de uma criatura com testosterona. Mas encontrei, afinal, algumas boas frases e, é claro, saídas de cabeças inteligentes, homens e mulheres. Só a inteligência para unir os opostos e acabar com a competição. Valquiria Imperiano


Mulher na cabeça « Os homens distinguem-se pelo que fazem; as mulheres, pelo que levam os homens a fazer. » Carlos Drumond de Andrade «Eu entendo-me sempre melhor com uma mulher do que com um homem. A conversa é sempre mais solta, mais descontraída. Eu acho que a relação com as mulheres é mais directa. José Saramago» «Seria suposto ter um doutoramento sobre o tema da mulher. Mas a verdade é que sou frequentemente reprovado. Sou um apreciador de mulheres, admiro-as. Mas, como todos os homens, não as entendo. Frank Sinatra» «A mulher é uma substância tal, que, por mais que a estudes, sempre encontrarás nela alguma coisa totalmente nova. Tolstoi Lev» «A mulher é o negro do mundo. A mulher é a escrava dos escravos. Se ela tenta ser livre, tu dizes que ela não te ama. Se ela pensa, tu dizes que ela quer ser homem. John Lennon» «Mulher: a mais nua das carnes vivas e aquela cujo brilho é o mais suave.Antoine de Saint-Exupéry» «O caminho mais rápido para mudar a sociedade é o de mobiliRevistaCultive Cultive | 11 Revista


«Ninguém pode fazer você se sentir inferior sem o seu consentimento.» (Eleanor

Roosevelt, frases de mulheres famosas)»

«Continua apesar de todos esperarem que abandones. Não deixes que se enferruje o ferro que há em ti.» (Madre Tereza de Cacultá, frase para motivar mulheres) «Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida removendo pedras e plantando flores.» (Cora Coralina, frases de motivação para mulheres) «Há dois tipos de pessoas: as que fazem as coisas e as que ficam com os louros. Procure ficar no primeiro grupo: há menos competição lá» (Indira Gandhi, estadista) «Você não pode escolher como vai morrer ou quando. Você só pode decidir como vai viver agora.» (Joan Baez, cantora) «Tem sempre presente que a pele se enruga, que o cabelo se torna branco, que os dias se convertem em anos, mas o mais importante não muda! Tua força interior.» (Madre Tereza de Cacultá)

Mulher é marco na história No dia 8 de março lembram de nós mulheres com carinho, é uma forma que a sociedade tem de nos agradecer uns e de desculpar-se outros. A história conta que no dia 8 de março é o marco da mulher. Uma série de fatos que tiveram inicio na metade do século XIX na Europa e nos EUA tais que lutas e reivindicações das mulheres por melhores condições de trabalho, direitos sociais e políticos, princi12 12 || Revista RevistaCultive Cultive

palmente na Europa e nos EUA. Foi no dia 8 de março de 1857 que as mulheres de New York, trabalhadoras da industria têxtil, fizeram greve por melhores condições de trabalho e igualdade trabalhistas mas o movimento foi reprimido com violência pela polícia.


A data foi relembrada na mesma em 1908, pelas mulheres do comércio de agulhas de New York com uma manifestação para exigir o voto feminino e o fim do trabalho infantil que também foi reprimido pela polícia. As condições femininas continuaram precarias durante os anos que antecederam 1911 que culminou com um incêndio no dia 25 de março de 1911, numa fábrica de tecido em New York causando a morte de 145 trabalhadores, sendo a maioria mulheres. As condições de segurança precarias no local de trabalho continuaram. Como reação a esse fato trágico várias mudanças foram feitas nas leis trabalhistas e de segurança de trabalho, gerando melhores condições para os trabalhadores norte-americanos.

Estamos no século 21 e muitas mulheres espalhadas pelo mundo vivem ainda em situação de completo desrespeito humano sem precisar entrar em detalhes sobre os abusos sexuais, a situação de escravidão, a discriminação trabalhista, a submissão familiar, a pressões religiosas O trabalho de emancipação feminina continua e precisa combater principalmente a ignorância que reina em varias comunidades em varios continentes e mesmo nos paises desenvolvidos onde a situação feminina ainda não está de todo resolvida. Valquiria Imperiano

No ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o dia 8 de março passaria a ser o «Dia Internacional da Mulher», em homenagem ao movimento pelos direitos das mulheres e como forma de obter apoio internacional para a luta em favor do direito de voto para as mulheres (sufrágio universal). Mas somente no ano de 1975, durante o Ano Internacional da Mulher, a ONU (Organização das Nações Unidas) passou a celebrar o Dia Internacional da Mulher no dia 8 de março. Embora vivamos um momento de abertura política e de muitas conquistas no campo do direito, ainda vemos em muitas regiões do mundo fatos que provam ainda que a mulher tem que continuar sua luta pela igualdade de direitos e respeito.

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Fatos marcantes pelos direitos da Mulher no mundo. 1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres. - 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros nos EUA - 1859 - em cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres. - 1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia. - 1865 – Louise Otto cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs. - 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas. - 1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres. - 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de medicina. - 1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças. - 1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina. - 1893 - a Nova Zelândia torna-se o primeiro país do mundo a conceder direito de voto às mulheres (sufrágio feminino). A conquista foi o resultado da luta de Kate Sheppard, líder do movimento pelo direito de voto das mulheres na Nova Zelândia. - 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres. - 1951 - a OIT (Organização Internacional do Trabalho) estabelece princípios gerais, visando a igualdade de remuneração (salários) entre homens e mulheres (para exercício de mesma função).

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Em 26 de agosto de 1910, durante a Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas em Copenhagen, a líder socialista alemã Clara Zetkin propôs a instituição de uma celebração anual das lutas por direitos das mulheres trabalhadoras. Em 1975, foi designado pela ONU como o Ano Internacional da Mulher e, em dezembro de 1977, o Dia Internacional da Mulher foi adotado pelas Nações Unidas, para lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres.

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MULHER RevistaCultive Cultive 16 || Revista


NA ESCRITA, o seu primeiro livro de poesias; Também membro do Movimento Lev ‘Arte, a onde tem participado em diversos encontros, retratando assuntos ligado a literatura, nas suas mais diversas representações, assim como falar de arte no seu cômputo geral, desde poesia, musica. Etc. O gosto pela escrita, e o descobrimento da veia poética, Adão desenvolve-o, a partir do momento, que foi ouvindo declamações, e ler obras de vários escritores e fazedores de poesias, desde nacionais e internacionais, apesar do divino dom de Deus, em torno de ideias, e reflecções, surge o envolvimento profundo no mundo da literatura.

Adão Agostinho Zina

A paixão pela música, é um dos grandes veículos incentivadores na composição, e criação de textos poéticos, tendo adquirido o dom de escrever poesias e não só, assim como composição de canções.

nome completo, se preferir Adão Zina por simplesmente, Nascido a 22 de Março de 1983, em luanda, Bairro petrangol distrito do sambizanga (Ngola Kiluanje) luanda , filho de Agostinho Zina e de Josefa Maximiano. Estudante universitário, do curso, de Contabilidade e Gestão Administração de Empresas, Zina, como é chamado por aqueles que o conhecem, É autor do livro: O SENTIMENTO RevistaCultive Cultive | 17 Revista


ZUNGUEIRA Acordada Com amanhecer estampado Sobre o rosto pálido Coberto com desassossegos Decorado com rugas do sofrer Vestindo manhãs cinzentas de cacimbo La vai ela, tentando. Divina proteção Carrega-lhe entre gritos e cansaços Em busca do milagroso pão de cada dia Na cabeça o lenço de preocupações Zunga zungueira. Traz nos delírios da vida O corre-corre sobre ruas de luanda Vestindo sol de outubro Pisando a poeira dos bairros por onde desfila. Ho! Zungueira, de tronco nu Mãe guerreira, com sorriso exposto nos lábios Mulher que luta pela sobrevivência Arrastada pelo vento Zungueira! Que zunga Fecundada pelo tempo, desnuda pelo sofrimento Concebida pela esperança

DOR Tudo parece como se fosse ontem Que aconteceu Uma dor desmedida Tomou conta de mim Sem saber como tudo desfaleceu. Diz-me a onde errei Talvez consiga concertar este erro Bem sei que errei Eu posso te ajudar a perceber Sobre este meu erro. Deixa-me te abraçar Tirar de mim esta dor que me consome Deixa-me te amar Não nos vamos culpar Tua ausência me destrói. Se me desses tempo Eu diria o quanto te amo Se eu tivesse um dia Te mostrava porque te amo. Tudo parece como se fosse ontem Te conheci e tudo aconteceu

Adão Zina

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TORTURA Estou cansada de viver contigo Você se tornou outro Já te encaro como estranho Há tempos que já não te sinto E nem vejo o que via em ti. F Fazia-me varias perguntas Como e aonde será que errei Não encontrava respostas Nem defeitos em minhas atitudes Tu não me amavas Nem deixaste que te amasse. Afoguei-me nos choros Procurando alivio e refugio Você nunca ouvi-o os meus choros Nem quando sorria para ti Você não me deixou partilhar esta alegria contigo. Te chamei em conversas Mas você me disse que nada se passava Pintavas este momento com belas cores

Me dizias que estava tudo bem Eu procurava este verdadeiro bem. Outrora as nossas trocas de olhares Ditava o quanto estávamos bem Pela forma que me fixavas com teu olhar Nos eramos dotados de felicidades. Queria que imaginasses Como me sinto desfeita por ter engolido tudo isto Por ter ficado varias vezes trancada naquele quarto Abafada pelos sussurros dos meus choros Que tanto me destruía por dentro. Confesso que me dói Mas devo te esquecer Por mais que isto me destrói Embora ainda te ame Mais não posso insistir viver com alguém Que só me faz sofrer Nem minha boca beija, meu corpo abraça Minha alma mói Adeus amor ingrato.

Adão Zina

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O Portão Pancadas e outras pancadas espancaste o meu corpo como se fosse uma bigorna Construindo aquele portão que hoje te separa da minha intimidade.

Aldo Gallina,

nome artístico «JONA», nasceu em Soncino (CR) em 26/12/1969, onde frequentou os estudos de Gráfica Editorial. Um artista com talento poliédrico, poeta, escultor, pintor, cantor, iniciou a sua carreira artística realizando espetáculos, recitando poemas de seu primeiro livro «ANGELI UDIBILI», com apresentação completa de exposição de quadros e esculturas. Participou também à leitura de prestigiosos Reading de poesias e Mostras de Arte Contemporânea de nível nacional e internacional.

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cenciada em Língua e Cultura Portuguesas (Ensino) pela Universidade da Beira Interior. Sócia da APP (Associação Portuguesa de Poetas) e da APE (Associação Portuguesa de Escritores). Autora da obra poética Retalhos de Alma editada em 2014; do livro A Essência do Olhar: Crónicas do Quotidiano editado em 2015 e coautora em diversas Antologias e Coletâneas. Alguns dos seus poemas foram musicados por músicos portugueses e brasileiros.

Anabela Alexandra Gaspar Silvestre Nasceu em 1978, na cidade de Covilhã (Portugal), onde reside.

Mestre em Língua, Cultura Portuguesa e Didática, pós-graduada em Ciências Documentais – Opção de Biblioteca e Documentação e licenciada em Língua e Cultura Portuguesas (Ensino) pela Universidade da Beira Interior. Sócia da APP (Associação Portuguesa de Poetas) e da APE (Associação Portuguesa de Escritores). Autora da obra poética Retalhos de Alma editada em 2014; do livro A Essência do Olhar: Crónicas do Quotidiano editado em 2015 e coautora em diversas Antologias e Coletâneas. Alguns dos seus poemas foram musicados por músicos portugueses e brasileiros. Gosta de ler, escrever, meditar, ouvir música, apreciar os inúmeros encantos da natureza… Páginas da escritora: Mestre em Língua, Cultura Portuguesa e Didática, pós-graduada em Ciências Documentais – Opção de Biblioteca e Documentação e li-

Gosta de ler, escrever, meditar, ouvir música, apreciar os inúmeros encantos da natureza… Páginas da escritora: www.facebook.com/anabelagasparsilvestreescritora E-mail: anabela.g.silvestre@gmail.com

Serenidade Fitar as nuvens No céu longínquo Sobejamente azul, Sossegar os anseios Num saboroso Algodão doce, Ouvir o vento Soprando levemente, Escutar o mavioso canto Do rouxinol Que me observa atentamente, Sentir a fragrância das rosas Do jardim, Ler um livro Balouçando na rede, Serenar num leve mergulho Na ribeira de água límpida Ouvindo o som das cigarras. A serenidade Conquista-se no íntimo Do nosso coração. Anabela Gaspar Silvestre RevistaCultive Cultive | 21 Revista


LÂMPADA ACESA

Andela José Bazo

, nasceu aos, 10 de Janeiro de 1977, na cidade da Beira, província de Sofala, de nacionalidade Moçambicana, actualmente radicado em Moçambique, na cidade de Tete, província de Tete, fez curso médio de Estradas e Pontes, no Instituto Industrial e Comercial da Beira. Trabalhou oito anos para ECMEP-Centro, sarl, delegação de Tete, como técnico médio de Estradas e Pontes. Atualmente encontrando-se a trabalhar na consultoria ‘’Royal HaskoningDHV-Tete’’ na área de fiscalização de obras de Estradas. Gosta de ler e escrever poemas, publica seus poemas ‘’Sonetos, Prosas e Quadras’’ no Recanto poético de João Urague e Amigos, Editora Sol e Sol além mar ( atualmente designado por Encantadores de Palavras-EDITORA SOL) e no grupo Intercâmbio de Escritores da Língua Portuguesa, desde o ano 2014 e recentemente nos grupos: Vidas e letras da nossa Literatura, Armando Muniz Poeta, Poesias na veia e entre outros grupos.

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Lâmpada acesa, o poeta no seu olhar, Construindo castelos sobre a terra, mar, Propagar poesia mundo afora, o amor Colher rosas na primavera, amor O poeta no mundo afora inspira, mor Ilumina o mundo com saber, o amor Feito de linguagem pura do saber, Contemplar o mundo de rosas, aprender Como lâmpada abre horizontes Feitos de amor a flor, como presentes Dourados a cor, prenda de amor, amor Com o olhar profundo, transcende mar, Fronteiras e pátrias, vibra o mundo a flor, Como mariposas nas cores da flor

Andela Bazo


Amalia Mendonça

natural de uma aldeia do Norte de Portugal chamada Passos Mirandela, distrito de Bragança, estou emigrada em Genebra há cerca de trinta anos.

CCULTIVE A felicidade é composta de alguns pequenos momentos de que disfrutamos na companhia de algumas pessoas que nos fazem pensar que a vida vale a pena ser vivida AMIZADE Por causa de vocês, hoje eu não corro mais atrás da palavra amar, já a encontrei. A minha perda de visão obrigou-me a abandonar a minha atividade profissional e deixou-me com bastante tempo livre e uma

No final de 2015 o meu primeiro livro, escrito em francês, intitulado “Une Malvoyante qui a tout vu” (Uma invisual que muito viu) foi lançado. O evento decorreu no dia 19 de dezembro, no restaurante “Il Destino”, em Genebra, onde dezenas de pessoas estiveram presente neste momento tão importante para mim. reforma bem modesta, o que não é fácil de aceitar. Eu procuro fazer coisas. Quero desenvolver os meus talentos criativos, descobrir alguns que estejam escondidos, partilhar as minhas experiências com outras pessoas. Sempre me senti uma pessoa “normal”. Reconheço os meus limites, mas eles não me impedem de me sentir “normal”. Quero dar um pouco daquilo que recebi. Foi no acto de ajudar que eu encontrei e descobri a felicidade. Amalia Mendonça

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Blenda Bortolini

nasceu em Belo Horizonte / MG região sudeste do Brasil, no dia 22 de Outubro de 1970. Vive em Genebra, na Suíça. Possui dupla cidadania, é Italiana da Commune Sesto San Giovanni. Estudou Filosofia na Universidade PUCMINAS e Teologia no Centro de Treinamento Bíblico Carisma em BH. Casada desde 2006 e mãe de dois filhos. Escreveu vários livros, entre eles: A Sementinha, O Espinhento, O Mestre Precisa de Você, No colo do inimigo: uma intimidade mortal, Meu defeitinho, Ser de verdade, A Cigarra desafinada, A chavinha que abre o céu, A Conversa dos livros, Vague: um pontinho brilhante no escuro, O Dom de Zeca, Pitico: o passarinho que não sabia voar. Uma brasinha em apuros, O menino de barro, A gotinha. Também escreveu vários poemas, entre eles: O Peso, O velho Tronco, Estupida confusão, Sonhos desfeitos, O relógio, Minh’alma esta em Greve. A porta, Se eu pudesse.. Quem se importa, A vitrine. Teve sua participação e exposição no Salon du Livre et de l’apresse Genève. E no Salão do Livro em Torino na Itália. Coautora de MADRE TERRA - 4° Antologia bilíngue “Italiano & Português” da A.C.I.MA. Coautora da Antologia: Escritores da Língua Portuguesa II, Membro RevistaCultive Cultive 24 || Revista

da ALAF- Academia de Letras e Artes de Fortaleza, participa como Coautora da 7ª Antologia Poética da ALAF. Participa também, da Enciclopédia Italiana de Artistas Contemporâneos Lusófonos, com grandes nomes da Literatura e das Artes em comemoração aos 8 séculos da língua Portuguesa, a enciclopédia de artistas brasileiros e italianos. Recebeu o prêmio da Associação de Poetas de Angra dos Reis em parceria com a Editora Mágico de Oz em Portugal , com a Medalha Monteiro Lobato, a entrega do Prêmio “Escritor Destaque 2015. Coautora da Antologia, Faz de Conto. Blenda é Organizadora da Antologia Salmos Modernos, com lançamento no Consulado Geral do Brasil em Genebra em Outubro de 2016

Quem se importa

Violentaram minha alma! Foram tantos... Não saberia dizer quantos foram. Quem se importa ? Feriram-me, machucaram-me e me deixaram sozinha. Minha alma sangra. Como posso estancar o sangue que me escapa a vida? Quem se importa? Minha alegria vem se apagando como o sol no fim do dia. Não tenho força para soltar o meu grito, minha agonia. Quem se importa? Tamparam minha boca para eu não falar, Silenciaram minhas palavras para não dizêlas Quem se importa? Engoli minhas lágrimas para me alimentarem Tamparam meus olhos para não vê-los. Quem se importa? Blenda Bortolin


em SP em abr/16 ●Menção Honrosa a Poesia (Eternidade) no III Prêmio Varal em nov/15 em Genebra Prêmio Excelência dado pelo CEMD (Diáspora) em 2014.Tem livros divulgados em Lisboa e em Santiago de Compostela,Galícia . Mora em São Paulo e nasceu em Taubaté.

Carmem Lúcia Hussein é poeta e pressora universitária. Doutora com Pós-doutorado em Psicologia Escolar no Instituto de Psicologia na USP. Publicou alguns livros, vários artigos e recebeu 5 distinções internacionais nesta área. Tem 21 livros de poesia sendo 1 livro traduzido em italiano, francês, inglês e espanhol e um outro em espanhol. Participou em 131 Antologias sendo 62 divulgadas no exterior sendo 30 em Portugal e Países Lusófonos.Pertence a Academias (6) e associações(4) no exterior (NLAL -Lisboa, CIEE- Galiza, ALAV- Valparaiso, NLABABuenos Aires; Divine Académie-Paris-Embaixadora; ALB-Suíça; Del Mundo-Santiago, CEMD -Diáspora, ACIMA-Milão;WPS-Canadá;). E a entidades (11) e associações(3) nacionais. Ganhou alguns prêmios nacionais e no exterior como Ganhará o Prêmio Machado de Assis de Honra ao Mérito Cultural do NLAL-Lisboa-Pt no RJ em jan/17● Divine Académie- (Paris) outorgou Altas Insígnias

Publicações: livro pela CBJE “Passagens de Vida “ em 2008; os livros “Retratos”, “Ressonância” , “ Contemplação “, Reminiscências / O Relógio e o Tempo pela CBJE em 2010. Também tem os livros de poesias “ As palavras escolhidas”, “ Caminhos”, “ Um novo horizonte”, “Meditações” , “ Expressão Poética e “Poemas Contemplativos” pela CBJE em 2012 ( traduzido em espanhol). .Ainda publicou os livros pela CBJE “Além do Cotidiano”, “Versos Líricos”, “O verão daquele ano “, “O Fluxo do Tempo” , “ A Casa Amarela” e “ A manhã daquele dia” pela CBJE em 2013 (traduzido em espanhol, francês, inglês e italiano).Seu livro” “A Casa da Rua XV-Versos”- foi lançado pela CBJE em 2014. E os livros “O ypê-roxo no jardim” e “Tempo Presente” pela CBJE .em 2015, “Possui 2 livros de Psicologia da Educação- Bomtempo, E; Hussein, C.L. e Zamberlam, M.A. Psicologia do Brinquedo: Aspectos Teóricos e Metodológicos,SP,EDUSP e Nova Stella,1986 e Leitura Crítica e Criativa: Ensino e Aprendizagem, RJ:CBJE,2008. www.livrariacultura.com www.carmenluciahussein.com.br www.amazon.com

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Ser objeto Mulher objeto Relações descartáveis E coisificadas Ser humano como meio E não fim Fins não humanos Que não atendem às necessidades E interesses humanos Sem considerar a pessoa Ser coisa Ser objeto E ser meio Para outros fins Que não os humanos.

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é natural de Nova Europa, interior de São Paulo. Mora atualmente em Florianópolis. Dedica-se a escrever histórias infantis, coletâneas, contos e crônicas. Seus livros infantis publicados são: «A Luna da Lua», «A bruxinha que virou sereia» e «Cotinha a Galinha Dengosa». No prelo: «O boi de mamão (verde)».

Izabel Hesne Marum PAÍS Minha vontade era ter 20 filhos Jogaria no mundo meu amor com todos eles Brilhantes, ouros, pérolas na montanha azul, com eles moraria. Minha vontade era ter controle Como as asas das águias e voar como Ícaro, com todos para o céu... Brincar com as mangueiras Falar com as orquídeas Comer com meus 20 filhos as mangas e as uvas das parreiras. Quisera ter 20 filhos, jogá-los das nuvens... Caírem nos rios, mergulhando até o fundo de

sua alma... E, saírem vencedores da morte. Quisera meus 20 filhos Serem a alma eterna dos homens Esperando serem humanos E, viajarem, quando o fogo Derrama seu calor no frio da noite. Quisera meus 20 filhos Não serem a mentira que acompanha os que não amam. Quisera ter 50 filhos Todos meus Para conseguir controlar Os movimentos da luta de meu país E todos meus 50 filhos herdarem A honestidade de meus futuros outros filhos. Quisera ter meus 100 filhos Para poder voar com eles, jogando pérolas, ouro, brilhantes Para meu povo Minha terra Minha alma... Meu país... Sem corrupção... por Izabel Hesne Marum

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JackMichel

é o primeiro grupo literário na história da literatura mundial, composto por duas escritoras: Jaqueline e Micheline Ramos. São irmãs e nasceram na cidade de Belém, Estado do Pará (Brasil). O tema de sua obra é variado visto que possui livros escritos nos gêneros ficção, poesia, romance, fábula e conto de fadas. A escritora publicou seu primeiro livro Arco-Jesus-Íris em 2015, pela Chiado Editora. Em 2016 lançou pela Drago Editorial as obras LSD Lua, 1 Anjo MacDermot, Sorvete de Pizza Mentolado x Torpedo Tomate e Ovo. É associada da A.C.I.M.A (Associazione Culturale Internazionale Mandala) e da LITERARTE (Associação Internacional de Escritores e Artistas). Seus poemas constam em duas antologias bilíngues: Amor & Amore, A.C.I.M.A. e Os Melhores Poemas de 2016, ZL Editora. Também foi destaque de diversas revistas on-line de literatura, artes e cultura como Varal do RevistaCultive Cultive 28 || Revista

Brasil, Revista Literária, Ami, Divulga Escritor, Geração Bookaholic, Conexão Literatura. Participou do XXIX Salão Internacional do Livro de Turim 2016, I Salão do Livro de Lisboa 2016 e I Salão do Livro de Berlim 2016. Em 2017 tomará parte nos eventos: XVIII Bienal Internacional do Livro do Rio, XXX Salão Internacional do Livro de Turim, Salão Internacional do Livro de Milão, Feiras Literárias de Modena, Mântua, Bolonha e Roma. Seu slogan é «A Escritora dois em Um»


No Pomar Alegres cantigas evolam deste pomar... numerosos pássaros bicam os frutos... imensas frondes se antolham no percurso... são é o ar que me impele para a frente... Eia! E as velhas tristezas vão embora!... O vento caricioso que sopra a raiz dos meus cabelos e gira em torno, passa e vai, é o mesmo que aparta, brejeiro, um grupo arrimadiço de borboletas e move as folhas no chão, fazendo torvelinho. O húmus úbere faz a alcatifa brotar selvagem tenaz na forma e delgada no caule – tomando os atalhos compridos, trepando no dorso rotundo das pedras, inundando toda a extensão majestática dos campos. À proporção que avanço sinto que a harmonia da natureza me aplaca a amargura e que o meu pesar a melancoliza, tornando-a mais sedutora: o liame indefinível das Correspondências de Baudelaire. O feliz itinerário não é certo e eu não tenha pressa de chegar ao termo. Mas, agora, que vejo?! Cai sobre mim uma chuva policroma! JackMichel

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Jari Zamar,

poeta, romancista, contista e ensaísta, é Membro Acadêmico de quatro Academias de Letras co sede em território brasileiro e autor cinco livros, já publicados, dentre eles Os Caiuniras, classificado entre os cinco melhores romances do 2º Prêmio Talentos Helvético Brasileiros. Participou também de diversas coletâneas.

ESPLÊNDIDA COSTELA O homem que gosta de carne Não dispensa a boa costela Lá na Bíblia, conta que Eva Nasceu justo de uma costela Pra que simbolismo maior? Do boi, é a parte melhor Não podia deixar de ser A mulher faz por merecer Encanta o homem com seu charme Dá-lhe até vida com seu corpo Presenteia-lhe o tempo todo Com ternura, zelo e amor Adão tinha doze costelas Uma delas foi arrancada Parece que Deus escolheu A mais perfeita, a lapidada 30 | Revista Cultive


Jô Mendonça Alcoforado

psicóloga da Universidade Federal da Paraíba, escritora, poeta, artista plástica, atriz, cantora e compositora. Coordena há sete anos o Projeto Intercâmbio Cultural entre a Paraíba, Brasil e outros Países/ UFPB e desenvolve projetos sociais e culturais com incentivo leitura e expressões artísticas. Representante da REBRA-PB. Contato: intercambioculturalentrepaises@yahoo.com.br

POESIA - MEU OXIGÊNIO Jô Mendonça Alcoforado Minhas raízes vêm de longa vida. Não me maltrate, pois, sou sua serva por anos e anos. Carrego as impurezas que venho filtrando para que o oxigênio que respiro seja limpo e saudável. Além do mais, gero flores e frutos que usufruíste e te alimenta. Ao matar-me peço carinhosamente que arranque antes um galho, ou sementes, assim ao plantares nascerão novas árvores. Além da sombra e do frescor que por longo tempo doei e nunca cobrei de ninguém. Minha família continuará te doando. Nossa doação para o meio ambiente é eterna. Por favor, demonstre seu carinho por mim, preservando

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José Maria José Ramada

nasceu a 2 Setembro 1958, em Medelo, concelho de Fafe, era o primeiro de 4 filhos duma família humilde. Sempre teve uma queda especial pela escrita, escrevia poesia e alguns textos, apenas pelo simples prazer de o fazer. Estudou até ao 11º ano porém com a morte do pai teve de começar a trabalhar, concluindo anos mais tarde o curso geral dos liceus. Emigrou

Querida mulher, hoje um dia como

tantos outros, mas diferente no seu essencial, deitei-me na cama que tantas noites partilhamos, nem me tinha dado conta que a tinha feito como se fosse para os dois, sentia o teu perfume na almofada e nos lençóis, lentamente para não te acordar, virei-me. Sabes querida, os meus braços queriam envolver-te naquele habitual abraço, mas apenas encontraram o vazio e o silêncio. Dei-me RevistaCultive Cultive 32 | |Revista

para a Suíça em 1981 para trabalhar na restauração, onde as portas se lhe abriram e pode então tirar o curso de chefe de cozinha e posteriormente de formador, cursos que até hoje abraça com toda a dedicação. Escondia o sonho de um dia editar um livro de poesia, conseguiu realizar o grande sonho, o fruto de alguns anos, “Vagueando em Sonhos”, primeiro livro de Poesia, em Maio de 2014.

conta que estava deitado na nossa cama, mas tu não estavas junto de mim e numa imensa tristeza adormeci desejando acordar contigo a meu lado, como tantas, tantas manhas de inverno. Já era tarde, os raios de sol entravam pelas friestas do tapa sol, o brilho era mais forte por causa do manto de neve que cobria esta linda montanha, a mesma rotina de sempre.


Preparei a mesa e o pequeno-almoço, liguei a música como sabes que gosto, e uma frase no silêncio, « vem o pequeno-almoço está na mesa, Mena». Apenas os raios de sol que entravam pela janela da cozinha, deste belo mas frio dia e a música por companhia, estava só e nem me dei conta, não estou habituado a estar só. Soa aquela música da nossa infância “Chiquitita” tocada em flauta andina do grupo peruano que compramos um CD em Genebra, recordas-te meu amor? Por momentos fechei os olhos e imaginei-nos a dançar, nesta pequena sala, como algumas vezes o fazíamos, logo eu que não gosto de dançar e entre uma lágrima e um sorriso, aquele pensamento nas tuas gargalhadas quando te dizia a brincar « pisei-te, desculpa». Os meus olhos percorreram o pequeno apartamento á tua procura, tu não estás, mas o meu coração sente a tua presença, entre mais um gole de café e uma dentada no pão com

manteiga, escrevo e olho aquele quadro pintado por ti, mais uma vezes fecho os olhos imaginando ver-te sair daquela minúscula cabana, pois o barco estava ancorado á beira-mar e sentares-te a mesa comigo, disfrutando do nascer do sol, como escrevi no poema “vagueando em sonhos. Sim mulher, continuo a vaguear nos sonhos do dia-a-dia, do teu regresso, como é belo sonhar, mas tanta mágoa quando acordamos. Olho a árvore de Natal e sinto mais uma vez a tua presença, naquela pai natal que pintaste de vermelho com tanto carinho. Sabes, fiz como disseste, coloquei outro dos que compramos, junto da árvore, mas este é verde, nele sinto a esperança de que voltes breve. Entre música, o pão com manteiga e o café, acabei por ir buscar os comprimidos, para a tensão, mas apenas eu tomei, pois, por fim dei-me conta que estava sozinho, tu, como tantos outros dias hoje não estás junto de mim…. Mulher. José Ramada

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Nasceu no Torrão, concelho de Alcácer do Sal, em 17 de setembro de 1961. Licenciado em Ciências Militares na especialidade de Infantaria pela Academia Militar, onde obteve o grau de Mestre em História Militar, em parceria com a Universidade dos Açores. Presentemente é Doutorando em Defesa, História e Relações Internacionais na mesma Academia e no ISCTE.

José Custódio Madaleno Geraldo

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Prestou serviço em diversas Unidades militares, nomeadamente na Escola Prática de Infantaria, no Instituto Geográfico do Exército e no Quartel-General do Governo Militar de Lisboa. Foi Assessor de Estudos no Instituto de Defesa Nacional, onde também frequentou o Curso de Defesa Nacional.


TELAPATIA A forรงa que o pensamento Tem de criar o momento Como posso eu saber Posso ao menos tentar E comeรงar a pensar Que tu vais aparecer Fecho os olhos e penso Que me dรก prazer imenso Estar contigo a meu lado Passaram alguns momentos E os nossos pensamentos Talvez se tenham cruzado A mensagem que enviaste A dizer que em mim pensaste Sรณ confirma a verdade Desta vez tu nรฃo vieste Mas na mensagem disseste Que de mim tinhas saudade

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LOU CARRIÇO Lourdes Carriço é natural de Ourém, Portugal, mas vive em Genebra, na Suíça, há mais de 35 anos. Sua paixão pelas Artes começou ainda no tempo de juventude e foi através desse hobby que o seu nome ganhou reconhecimento internacional. Tem sido solicitada para fotografar e mesmo fazer exposições em grandes eventos internacionais em várias cidades europeias: Londres, Roma, Genebra, Zurique, Paris e Lisboa. Tem também participado em várias Antologias, como por exemplo, A Vida em Poesia, Caravelas em Viagem, Espontâneos de Natal e Namorar é Preciso. É Membro Acadêmico e fundadora da ALALS- Académie de Lettres et Arts Luso-Suisse.

SEM POESIA Sem poesia, eu sou Jardim sem flor Campo sem verdura Piscina sem água Barco sem mar Poema sem letras Sou um ser humano Que vai e, vem Mas poesia, sem você sou ninguém...

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Catedral Por entre as árvores Uma catedral Vejo a tarde quase esquiva Põe-se o sol A noite se apressa Catedral eu a vejo... Como um sonho... Aparece num céu tristonho... Toda branca do luar Lou Carriço

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que satisfazer os leitores, pretende envolvê-los numa profunda reflexão entre, relações amorosas, eróticas, romances proibidos, relações profissionais e muito mais. Márcio Batalha incorpora na história da sua carreira literária e para o orgulho do povo Angolano, a menção honrosa e poeta de destaque 2014 em salvador da Bahia no Brasil. Márcio Batalha é um artista de dimensão nacional e internacional, razão pela qual foi convidado pela prefeitura de San Lorenzo, na Argentina, para representar Angola na feira de livro naquele país.

Márcio Batalha

Agora com a reedição do livro A vida Inspira-nos, pela editora minerva será levada e apresentada em todas as províncias de Angola, e posteriormente em Portugal, Suíça, Argentina, Estados Unidos e Uruguai.

“Valorizar a nossa cultura é criar em nós hábitos de leitura .“ Luanda e Maianga viram nascer o vencedor do prémio, Melhores Poetas 2014 no Brasil, prêmio intercâmbio cultural latino-americano Brasil - Argentina em 2013. Dono de um talento inquestionável, o jovem escritor Márcio Batalha, autor da obra literária « A Vida Inspira-nos» e participante de diversas Antologias importantes, entre elas a Geografia Mágica da Kianda, da BJLA; Antologia Luís Vaz de Camões e seus convidados, Varal do Brasil. A vida inspira-nos é uma obra literária, que ilustra a simbiose perfeita entre momentos vividos em sociedade e os momentos de inspiração do poeta. Marcio batalha, mais do RevistaCultive Cultive 38 || Revista


As palavras do nosso Casamento Minha Mulher,

Entrego-te este amor com Fidelidade Uma fidelidade para a nossa felicidade Esta felicidade enobrecida pela cumplicidade A cumplicidade blindada com a Lealdade Uma lealdade conquistada ainda na amizade Minha Mulher, Entrego-te a simplicidade da minha alma A alma que apenas o teu nome chama… As chamas desta paixão que penetram sem calma nesta hora em que a emoção traz uma gota de lágrima pelo fulgor deste simples sorriso que agente ama.

Aos Leitores.. O dom fortalece o talento O talento germina a inspiração, A inspiração emociona o sentimento Este sentimento reveste o coração O coração acende as chamas da paixão Alma apaixonada humildemente vive o Amor, A pureza do amor envaidece o sorriso da flor, nesta flor contempla-se o orgulho de ser escritor, um escritor que reside na arte da escrita para o leitor. Márcio Batalha

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Maria Tereza Penna Poeta, artista plรกstica, envolvida em causas sociais, ecologia, meio ambiente, comunitรกrio

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Maria Tereza Penna


Mulher Que acusada é dos pecados do mundo Tende piedade de Nós Mulher Que carregou em seu ventre O cordeiro de Deus Tende piedade e Nós Mulher que pranteou em seu colo O filho do Criador e irmão dos Homens Tende piedade de Nós Mulher que intercede pelos apelos das súplicas Tende piedade de nós

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Desejo Meu

Sanjo Muchanga, nascido aos 4 de

Março de 1986 em Moçambique, província de Maputo, Funcionário Público, Poeta e Escritor. Participou em Antologias de Solar de Poetas, Som de Poetas, Palavras de Veludos, ALPAS, Colectânea Horizonte, Colectâneas Leveza da Alma, o Mundo dos Sonhadores, Espaço de Poeta, Revistas Literárias Trupe Reticencias em Versos, Folhinha Poética, Entrementes e Soletras. Distinguido duas vezes pela Solar de Poetas e reconhecido com mérito pela Solar dos Poetas e Espaço de Poeta Jorge Guedes, certificado pela Sociedade Mundial de Poetas pela participação na colectânea Leveza da Alma, pelos Poetas que Amam e Choram e duas vezes pela Academia Virtual de Letras e Artes e Cultura. Vencedor em 1º lugardo Concurso de Conto de Casino VegasMaster e Vencedor de 3º lugar no Concurso Literário da Casa de Cultura Brasil e Portugal de São Paulo, um dos 10 vencedores do Concurso de Poesia ICMA/CCFM, vencedor duas vezes em 3º lugar no concurso mensal de Apogeu Poético da AVL. É Presidente e Membro criador do Movimento Literário Ensaísta Kamubukuane .

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Quando o vazio Do meu vazio Sumir na tempestade Do destino… E o poema do meu ser Ser perfeito Na imperfeição Dos olhos teus. Quero te pedir Em namoro Apenas Em pensamentos Para seres A minha eterna Namorada Na imaginação. Sanjo Muchanga


que anseia pelo seu novo livro. Licenciada em Gestão e Administração de Empresas, consultora financeira e analista de risco, acabou por dedicar-se às suas verdadeiras paixões, a escrita e investigação. Recebeu o seu primeiro prémio literário com apenas sete anos, com o seu conto «Grinalda». A 1ª edição do seu romance histórico «Família Jardim - O Segredo», com lançamento em Portugal e Cabo Verde, foi um verdadeiro sucesso esgotando rapidamente nestes dois países. A 2ª edição foi lançada em Paris.

Sónia Jardim,

por muitos considerada a diva escritora de génio, luso-tropical, trouxe à estampa factos históricos e verdadeiros segredos que conquistaram um público

MULHER Sobre o rochedo Olhou para o mar… Quem sou? Ficou a pensar... Não posso ter medo. Sol, Lua e Terra em sintonia Anunciaram as marés vivas E com a protecção das divas Aceitou sem ironia. Sei que tenho braços, Mas não me posso mexer. Aqui vou permanecer E colocar-te no meu regaço. As fortes ondas do mar, A minha raiz te sustentará, A minha luta pacífica te ajudará. Missão de amar, gerar, ensinar. Quem sou eu, afinal?

Sónia Jardim escreve crónicas e poemas regularmente para órgãos de informação on-line. Após o sucesso do romance histórico «Família Jardim - O Segredo», decidiu dar à estampa um livro que, tal como o anterior, tem uma base investigacional, mas dedicado ao público infanto-juvenil, «As Aventuras de Cety na Ilha de Santo Antão». A responsabilidade social assume uma componente importante na vida desta escritora, sendo madrinha de uma escola primária na Ilha de Santo Antão, em Cabo Verde, e ajudando a comunidade carenciada em que a referida escola se insere.

Uma lágrima, uma gota, a maresia? Sorrisos, sorrisos de alegria. Sei que sou emocional Quem és tu, afinal? Então, a árvore falou: És a Mulher que eu sou. O meu tributo a todas as Mulheres e, em especial, às Mulheres corajosas, lutadoras e empreendedoras que deixam as suas terras de nascimento, atravessando fronteiras e rumando ao desconhecido, em busca da realização de sonhos e/ou de um futuro mais promissor… Sónia Jardim

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Valquiria Imperiano Nasceu em João Pessoa - Brasil. Diplomada em Letras. Professora de língua portuguesa em escolas públicas e privadas no Brasil, lecionou português para estrangeiro em Genebra. É artista plástica. Publicações solo : Souhtendon-sea Exhibition, Cofre Aberto, Espelho meu Espelho e A vingança dos Deuses, Navegando em Ondas Altas, O rosa e o Azul e co-autora em mais de 40 Antologias. Textos laureados : na Noruega “Ser Brasileiro” e no Brasil “A Princesa Imperial”. Prêmios: “Excelência Literária da Rebra”, “Corujão das Letras 2015”, “Artífices da Poesia”; menção honrosa. Membro efetivo e secretaria da Académie de Lettres et Arts Luso-Suisse, ocupando a cadeira de número 2, tendo como patrono Ariano

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Sussuna. Fundadora e presidente da Associação CULTIVE Art, littérature e solidarité e da Revista CULTIVE, criou e organiza o projeto “Um dia de felicidade” (campanha para levantar para crianças carentes no Brasil). Site: www.arts-imperiano.com


Ave Maria da liberdade Ave mulher ! Redentora do mundo violento portadora da paz Quase sempre muda sob a voz do ditador Forçada e coagida pelo homem esmagador É vencida pela pressão do patrão explorador Teu direito é aquele autorizado pelo teu algoz, Deuses, machos imortais A força do braço subjuga-te sem clemência Temendo tua maternidade, tua sagacidade e tua inteligência Só um ser que cria outro ser Pode entender o valor da vida, da paz e da decência Não te atrai a guerra do poder, não combates a força varonil dos que portam, nos testículos, a testosterona Tua força não está nos braços, nem nos músculos ! Mulher ! Tua arma não é de ferro, nem porta bala ! Tua arma está dentro do teu útero sagrado ! Tu crias a vida, tu não a destrói ! Tu procuras a paz ! O pavor te força à obediência diária e cala-te sábia, evitando desavenças Se os tempos são modernos e a liberdade é para todos em muitos países continuas abusada, sendo escrava, estuprada, apedrejada violentada, assassinada e mutilada Empacotada, és o objeto de uso privado Mulher és ainda, infelizmente, uma criatura humilhada, desvalorizada O homem, o macho, o forte, o tirano, o ditador decretou-se : o chefe, o caudilho, o dominador Deturpou as leis em seu favor bárbaro, selvagem, autoritário determinou Mulher ! És o vil ser, provocador Subordinando-a e forçando-a a ser obsequente

Um homem derramou seu sangue uma vez pela a humanidade E pelos apóstolos foi beatificado A mulher continua a derramar seu sangue eternamente E foi tachado de pecado… Os tempos são modernos e democráticos mas continuam sob o jugo eterno do machismo Senhores, homens, machos, mulos e varões ! Controlem seus viris atos passionais ! O nosso lugar creiam, é lado à lado Somos homens, mulheres Somos mortais ! Homens ! Não temam! Nós mulheres somos A origem, a matriz da história Somos a redentora do mundo Portadora da Paz. Ave mães !. Ave amor ! Ave Marias ! Ave nós todas ! Ave mulheres de hoje em dia ! Valquria Imperiano

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Tiago Silva

poeta, tem seus poemas publicados pela editora Kelps, em Goiânia, seu primeiro livro se chama Amor, um dos poetas mais lido de sua região. Nasceu na cidade de Inhumas, Goiás, no dia 29 de outubro de 1989, nunca teve pai, mas tem o amor de sua mãe, sua avó e seu irmão.

O seu amor é o meu ar As flores rasgam o meu coração As canções doces me trazem emoção... O seu sorriso quebra qualquer maldição O seu olhar me deixa na perdição. Toque sua lira... O céu vai gostar Quando olho para as estrelas... Sei que sempre irei amá-la...

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Cultivando

CultiveSolidariedade

Arte Literatura Cuide das crianças Ajude seus velhos

Não esqueça dos amigos Ame-se

muito para ter amor para dar! Consciência

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Vivo aqui na Suíça o desperdício é normal. É lamentável ver brinquedos e roupas seminovos que seriam úteis a tantas pessoas carentes serem jogados no lixo diariamente. Há muitas campanhas humanitárias pelo mundo mas ainda é pouco para levar esperança à tantos desmunidos.. Valquiria Imperiano

A campanha UM DIA DE FELICIDADE em janeiro foi um sucesso Como nasceu Nasceu aos poucos. A partir de observações feitas durante viagens e descobrindo que em todo lugar do mundo pessoas vivem em situação de pobreza, conclui que o nosso “ pouco é tudo pra eles”. Não é possível abarcar o mundo com as pernas, mas se cada um de nós fizermos o mínimo por uma pequena comunidade, esse mínimo será muito.

Cidade de Marcação – Aldeia indígena na Paraíba

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Cidade de Marcação – Aldeia indígena na Paraíba

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Marcação na Paraíba é uma aldeia com mais de 100 mil índios Potiguar.

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O céu Estive no Céu, passei no Céu, andei no Céu e abracei os anjos do Céu. Havia árvores verdes e frondosas, havia uma casinha simples pintada de rosa e uma cerca de arame separando os anjos da terra. Não havia cadeado e os anjos ficavam atrás da cerca com desejo de abrir o portão e voar pelo mundo. Os anjos eram de varias cores, havia anjos de pernas, havia anjos arrastando-se com defeitos físicos muito graves, eram anjos de varias idades, anjos bebes de 4 meses, 7 meses, 2,5,7,14 anos e até anjos de 20 anos. Anjos de carne e osso, com o olhar cheio de desejo de carinho. Anjos abandonados, que foram maltratados e encontraram no céu o carinho de professionais também anjos de boa vontade. Anjos sem asas que esperam um lar, que recebem tratamento para combater os vírus que circulam no seu sangue e os ameaçam de cortar suas vidas. Anjos ajudados por anjos pessoas que lhes oferecem amor, carinho, e atenção e ajudam esses anjos a saírem das ruas da miséria para aprenderem a ser homens honestos. Anjos procurando proteção do destino cruel que transforma crianças abandonadas em adultos revoltados. E lá no céu um grupo de mulheres anjos cuidam dos pequenos, um trabalho de amor e paciência 365 dias por ano cuiRevistaCultive Cultive | 51 Revista


dando e revezando-se como podem, dando cuidado, mas, é claro, não estão lá para serem mães e nem podem, estão cuidando e protegendo um anjo que espera fora da barriga uma anjo mulher que possa chamar mamãe.

A 1ª visita do projeto UM DIA DE FELICIDADE Orfanato Céu em Fortaleza

Onde vivem crianças abandonadas pelos pais ou tiradas da família pelo conselho tutelar. Todas possuem um histórico de contato com pessoas portadoras do vírus da Aids. Algumas possuem defieciencia física eles recebem tratamento e esperam adoção. As crianças vivem sob os cuidados de duas assitentes… O CÉU é uma instituição criada no condomínio Espiritual Uirapuru onde são agrupados abrigos para crianças abusadas, abrigos para idosos e para crianças portadoras do vírus da Aids. A Cultive agradece a colaboração de Ana Lúcia Imperiano, Skarlett Imperiano e Edson Holanda

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Graças à doações de pessoas que acreditam no projeto da CULTIVE podemos oferecer informação, lazer, alimento, « ensinamos a pescar » . No próximo ano tem mais.

Barco doado pela Cultive à comunidade de Camurupim. O barco será usado pelas pescadoras e catadoras de mariscos.

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Agenda 2017 Eventos literários Março Dia do 16 ao 18

1 de abril - V - Aniversário da Revista Repórter X, em Baden (Zurique), com a apresentação do evento feita por José Figueiras, da SIC (conforme programação recebida pelo diretor da revista 8 e 9 de abril- Feira do Livro de Sierre (APS): 22 de abril _ Evento cultural literário, em Delémont, cantão do Jura.

Caravana literária composta de Augusto Lopes, Lou Carriço, Lely Costa, Magali Donzel , Valquiria Imperiano, Alexandre De Deus Monteiro, Mar Soares, Amalia Mendonça, Ze Mendonça, Graça De Melo, Rosa Fernandes E Marta Santos sairão de Genebra para uma jornada cultural prestigiando o evento do Aniversário do Jornal Sem Fronteiras e o o encontro literário da ALALS

26 a 30 de abril _ 31 Salon du Livre et de la Presse, em Genebra, onde a ALALS é convidada especial, pela Cultive, de Valquiria Imperiano ( Secretaria da ALALS),

15 a 31 de março - Aniversário do Jornal Sem Fronteiras, em Portugal

30 de abril _ Evento cultural literário, em Genebra, sobre a temática do Índio, organizado por Angela Mota.

18- Econtro literário ALALS

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26 ao 30 de abril- Evento da Cultive no Salão do livro de Genebra


CONCURSO E ANTOLOGIA CULTIVE Criação da capa : Luciana Imperiano Prefácio Jacqueline Aisenman Apresentação : Augusto Lopes Oraganização: Valquiria Imperiano Colaboração: Académie de Lettres et Arts Luso Suisse –ALALS Autores Participantes: Aldo Gallina, Amália Mendonça, Anabela Gaspar Silvestre, Angela Andrade, Angela Mota, Arlete de Jesus, Augusto Lopes, , Blenda Bortolini, Carmem Hussein, Emilia Granda, Ivanilde Gusmão, Izabel Hesne Marum, Jackmichel, Jari Zmar, Jô Alcoforado, José Geraldo, José Maria Ramada, Lou Carriço, Lou Carriço, Luciana Imperiano Bodner, Marcela, Márcio Batalha, Maria Emilia Granda, Maria Tereza Penna, Renata Barcelos, Tiago Silva, Valquiria Imperiano, Dia 15/03 : encerramento das inscrições para o concurso Cultive

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Cultive no Salão do Livro de Genebra representa autores, expões obras de artistas. Stand M1343

Abril - Cultive - Stand M1343 31º Salão do Livro e da Imprensa de Genebra

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A CULTIVE tem a grande honra de convidá-lo a participar do 31º Salão do Livro e da Imprensa de Genebra que se realizará em Genebra – Suíça do 26 ao 30 de abril de 2017.

Sobre o Salão

Prêmio ALALS de Literatura O 1º Concurso Literário de Língua Portuguesa Cultive selecionará obras que serão publicadas na ANTOLOGIA CULTIVE. A Antologia Cultive será lançada no dia 26 de abril na 31ª Edição do Salão do Livro de Genebra que se realizará do 26 ao 30 de abril de 2017, em Genebra, na Suíça.

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Expondo na Cultive Artistas da Edição Leca Araújo

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MarLa

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Valquiria Imperiano Jardim dos Homens

Jardim dos homens São seres escondidos que trabalham conosco e por nós. São a nossa esperança, nosso querer, nosso poder, nossa vontade, nosso trabalho para o bem. São as sementes que plantamos no nosso jardim, no jardim do próximo. São nossas dores reais, também, camufladas, amenizadas exteriorizadas. Somos nós, o bem e o mal lutando, gritando, combatendo, combatendo-nos, disputando-nos, donos da verdade, donos da nossa verdade... Impotentes, irreverentes, orgulhosos, mentirosos e mesquinhos, combativos, desconfiados, críticos, julgadores porque nos damos credibilidade para sermos juízes, surdos e cegos à verdade, somos a balança do próximo. Um mar de movimentos inconscientes, às vezes conscientes. Querendo livrar-nos do peso, encontrar o caminho da paz e da felicidade sem pesar nossas ações, achando-nos merecedores... Somos humanos, caminhando às cegas tateando a felicidade, muitos sem saber que estão acompanhados por Ele, às vezes, chamado anjo; às vezes, chamado santo; às vezes, chamados guia; às vezes, RevistaCultive Cultive 60 || Revista


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Di

Próxima edição do JORNAL CULTIVE : Julho Edição sobre o Salão de Genebra 2018 Participação limitada (enviem seus trabalhos e sugestões pelo e-mail cultive@bluewin.ch Para manter um padrão literário de qualidade limitamos os textos. Serão selecionados os vinte melhores textos que participarão do próximo número.

Colaboradores

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