N°13 | année 04|décembre 2020
n°012| année 04 |setembro 2020
ATRás do tempo O covid 19 -
PAULO BRETAS
Um estranho dia das Mãe
Viagens virtuais LISBOA CURITIBA Caminho do peabiru mamndaguari
BIBLIOTERAPIA EDUCAçãO E INCLUSãO
ARTE Consuli-LuBodner Valquiria Imperiano Nazaré cavalcanti Rita Guedes Nirian goes- Avanai peixe
Quem faz literatura? escritores que nasceram na 2aguerra GREGORIO MATOS RUBEN FONSECA CONTOS-crônicaS-POESIA Revue Cultive - Genève
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Cultive Revue littéraire et culturel 13ª edição da revista Editorial Caro Leitor A décima terceira edição da Cultive fecha o ano de 2020. Um ano conturbado, difícil e incerto. Chegamos ao fim do ano na expectativa de mudanças para a covid 19. A expectativa do término do pesadelo em poucos meses arrastou-se até o fim do ano. A esperança foi todos os dias massacrada pelas noticias alarmantes e tristes de mortes e de superlotação nos hospitais. Amigos e familiares foram desaparecendo e nos enclausuramos em nossas casas com medo do contágio tentando fugir do contágio. Dezembro chegou. A esperança de uma vacina foi anunciada e milhões de incertezas alimentadas pelas mídia e fakes news nos cololcou em alerta. Ultrapassamos o 2020 e entramos no 2021, sempre esperando soluções, mas a luz no fim do túnel não se descortina. Porém estamos aprendendo a conviver e orando cada a sua maneira para que essa vacina funcione e afaste o pesadelo para longe. Essa edição apresenta ao leitor passagens desses momentos de expectativa, esperança, tristezas e transformação. Os aspectos da nossa vida cotidiana Covidal são relatados de diversas formas aqui, nessa edição. Textos literários em prosa e verso recheados de sentimentos, emoções e reflexões são desabafos emitidos por autores e poetas.
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No virar das páginas, você encontrará também assuntos ligados à história, à geografia, a eventos culturais e à educação porque não podemos nos fixar apenas nas dificuldades, pois a vida continua. O leitor descobrirá também que muitos conseguiram continuar a produzir, a criar e a trabalhar. Artistas, cantando, expondo e inovando. O período de dificuldade também se mostra como um período de transformação e de adaptação, e, apesar do pesar Covid, foram realizados muitos eventos. Nas páginas dessa edição você descobrirá como os artistas, autores, estudantes, associações culturais, professores e escolas deram a volta por cima e realizaram muitos projetos com sucesso. Fechando o ano, os votos de esperança e bonança se acumulam através das páginas, um conjunto de mensagens e preces que reforçam o pedido ao universo de melhores tempos. Não esquecemos de prestar homenagem ao grande dramaturgo brasileiro Paulo Pontes que festejaria seu aniversário de 80 anos em novembro de 2020 se estivesse vivo. E para encerrar e estimular os autores, é com grande prazer que criamos o prêmio NATALINO HOHOHOHO. O prêmio será emitido para o texto mais emocionante sobre o tema NATAL enviado à redação na edição de Natal de cada ano. Descubra o ganhador de 2020. Esperamos que tenha uma boa leitura, um Feliz Natal e um Própero Ano Novo de 2021. Valquiria Imperiano Redatora Chefe
SOMÁRIO
Impressum
06 | Prêmio HOHOHO Avani Peixe «Estimado Papai Noel»
Editor - Cultive 12 Rue deu Pré-Jérôme 1205 - Genève Telefone: +41 79 616 37 93 Site web: www.cultive-org.com E-mail: edicaocultive@gmail.com Redator chefe- Valquiria Guillemin Designer : Luciana Bodner luimperianobodner@gmail.com Redator adjunto: Rita Guedes
HOMENAGEADO DA EDIÇÃO PAULO PONTES 10 | Lúcia Sousa - Paulo Pontes Luz Fulgurante
Fotógrafo: Marc Guillemin Algumas fotos livres para utilização foram retiradas de sites na internete
13 | Luciana Imperiano 15 | Valquiria Imperiano A árvore do amor
Copyright © Toda reprodução parcial ou integral do conteúdo da revista Cultive é estritamente proibida.
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Irlana- Buquê da amizade Leci Queiroz - Poesia e Inspiração Maria José Esmeraldo - Seu nome é Paulo Samanta Clara Dutra Tragédia Renovações | Rosalva Santos Amizade | Rita Guedes | Gabriela Lopes | Nagésia Diniz Barbosa De volta ao arco-íris | Neusa Bernado Coelho | Elieder Corrêa | Sandra Nolli | Karmem Pires | Maria Inês Botelho - Ano NovoNatal , Festa de um Rei Menino . Outubro Rosa | Ivanildo Morais de GusmãoCarta ao seres humanos mensage
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45 | Valquiria Imperiano Oração da Cultive Ir lá na Luz do Paraíso, Girassóis de Van Gogh 48 | Angeli Rose - Antepassados de hoje, mulheres de ontem 50 | Norma Brito 52 | Jacqueline Assunção Biblioterapia - a terapia que libera o ser 53 | Izabella Pavesi 54 | Oneida Maria Di Domenico 56 | Pio Barbosa 58 | Tereza Porto 59 | Vera de Barcellos 60 | Celso Correa de Freitas 61 | Sheila Cândida da Costa 61 | Denise Mathias 62 | Antonio Josman Lima Brito 64 | Moisés Ricardo Mpova 65 | Carmem Aoparecvida gomes 66 | Luciana Nascimento 67 | Edenice Fraga - Oração poérica de Natal 68 | Dayane Nayara ALves - Moda e Machado de Assis 70 | Alexandre Santos - Meia Noite 71 | Melania Ludwig Rodrigues - Solidão da Quarentena I e II 100 | Laura Moura Nunes - Mas é Natal 116 | Amauri Holanda de Souza 117 | Paulo Roberto Monteiro
74 | FOCCUS 72 | Gina Teixeira História da Casa do compositor Musical 74 | Montana Cabral - CERN 75 | Gabriela Lopes Dos Santos 76 | Valentine Fontaine 78 | Cia Bate Palmas 82 | Manoel Osdemi 83 | Flipo 85 | Pietro Costa 86 | Maria Quitéria
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VIAGEM VIRTUAL 88 | Maria das Graças Cordeiro dos Santos Roteiro turístico como mecanismo de preservação histórico e cultural da memória de Maria Quitéria em Feira de Santana- Ba. 89 | Lélia Vitor F. De Oliveira- Casarão dos Olhos d’ Água 91 | Liacélia Pires Leal - Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana. 92 | Maria Leci Queiros - A mesa da partilha e do cajú de amor 96 | Neusa Bernado Coelho - ponte Hercílio Luz 101 | José Custódio Madaleno Geraldo Episódio na Ida da Família Real Portuguesa para o Bra sil: 1807 - 1808 103 | José Angelo Pinto - Apreservação da Memória como Identidade Individual e coletiva
EDUCAÇÃO 105 | Clesley Maria Tavares do Nascimento 108 | Lais Castro- Audiodescrição Audiodescrição 109 | Rosa Marta Gerber Renascer nas frequências 113 | Irlana Jane Menas da SilvaCenário da educação em Feira de Santana 115 | Bady Curi Neto A Importância dos direitos autorais
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EDITORA CULTIVE
118 | Regina Naegeli - Max 119 | Paulo Bretas - Méditation 120 | Maria José Esmeraldo RolimLe monde des animaux
MÚSICA 122 124 128 131 132 132 133 133 134 137 139 140 141 141
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Dudu Pimentel Brasil Papaya Banda Sargaço Nigthclub Eliane Bastos Karla Dallmann Daniel Seixas Elias Lins Cicinho Lolão Hupomone Vilanova Marcos Munrimbau Plinio Oliveira Paulo Barreto Roseli Fulaneto Paulo Nunes
ARTE 142 143 144 145 146
| Exposition Adieu 2020 | Ju Pereira - fotografia | Maria Nazaré Cavalcanti | Avani Peixe | Rosalva Santos Luciana Bodner 147 | Zezé Negrão Najara
CULTIVE NEWS 148 | AFAS 149 | Cénacle Cultive de Fortaleza 151 | Cénacle Cultive de Belo Horizonte 153 | CONCURSO NACIONAL DE LITERATURA 154 155 156 157 159 160
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Antonio Roberto Viturino Makawllim Tomé de Jesus Mariany Rodrigues Gomes Helena Lula Rocha Henrique Lamounier Maria Eduarda Paiva Gonçalves Ana Júlia Palhano 161 | Nicolas Brison Chagas 162 | Diana Monteiro 163 | Lohany Geovana dos Santos
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| Angélica de Carvalho Mourão | Emma | Mary R. Gomes | Raphaela Eduarda de Oliveira | Jennifer de Souza Epifanio | Sara Pamela Soares | Flávia João Alves | Giovana Renzi da silva | Micheline Maria Santana | Bernado vieira de Almeida | Laura Librelotto Vasconcellos | Débora Souza Sunmi | Saturno |. Beatriz de Carvalho |..Daniel de Aquino |..Milena Barbosa |..Sophia Monhães de O.Ladislau Igor Tadashi Osanai Miamoto | Dercílio Santana Júnior |..Evylin Pezzi Mesquita Karoline de Bona Beckhauser | Laura martins Felício |..Vitor Luiz | Pedro Henrique Zemke Torres | Yasmim Weber | Noema Santos Conceição Larissa dos Santos Pereira | Mikaely Coelho rocha Maria Fernada de Jesus Maciel | Liara Schulz | Naila Depiere Cândido Vinicius Francisco Reis | João Mauricioo Bastos Ludwing Maiana Souza Francisco | Sophia Debiasi Mattei Vitória Comper | Vinicius Francisco Reis Caroline Floriano Pedroso | Renata Sebold Maria Fernanda de Jesus Maciel | Júlia de Paula Oliveira | Júlia Alessandra D. Buzzi | Samira Dagostim Oenning | Samella Veiga
195 | CATÁLOGO LITERÁRIO CULTIVE Revue Cultive - Genève
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literatura
Prêmio Natalino HohoHo A redação da revue Cultive oferece o
Prêmio Natalino HOHOHO ao texto natalino da escritora Avani Peixe
«Estimado Papai Noel»
Avani Peixe lemos
tante, que tinha uma voz mansa, que tinha cabelos e barbas brancos, que levava nas costas uma sacola enorme com presentes para todas as crianças. Pois bem, morávamos em uma cidade muita fria e muito linda, só que a mamãe esqueceu de nos dizer que de onde você vinha havia neve, feito capuchinhos de algodão. Tão pronto começava, eu a adentrar nos meus sonhos de infância (que foram tantos) associados a belos campos floridos, com pássaros cantando, montanhas azuis...e branquinhas cobertas pela neve. Em quase tudo ela foi fiel nas suas narrativas, - verdade? - E continuava...com sutileza, a contar das nossas dificuldades já que éramos seis irmãos. Nessa época, com a aproximação do maior evento da História Cristã: O Natal, tudo, absolutamente tudo nos parecia bem melhor. Lembro que quando abríamos a janela antiga da nossa sala que dava para uma praça com árvores frondosas. O sol brilhava muito mais intenso! Havia em tudo uma sensação de tranquilidade reinante. As pessoas se abraçavam...riam e riam felizes cumprimentando-se com cordialidade e nunca se viu tanta gentileza com gestos e atitudes de tanta solidariedade!
O céu à noite nos permitia, com uma luz espetacular, que contássemos as estrelas porque havia em tudo a impressão de uma realidade palpável e transmissora de uma energia mensurável. Sim! Mas, precisávamos lembrar do presentinho de Natal e foi assim que na minha primeira cartinha eu lhe pedi presentinhos para mim e para as minhas irmãs (poderia ser lembrancinhas iguais, poderia), uma bonequinha e um chocolate que tinha formato de peixe; para os irmãos, carros em miniaturas. Só não poderia esquecer dos chocolates, que eles apreciavam tanto! E assim ficávamos na espera do grande dia, ocupando-nos com a armação da laEstimado Papai Noel Agora já posso me fazer entender bem melhor do pinha, com santinhos feitos de madeira, que contaque há algumas décadas passadas, quando lhe es- va a história do nascimento do Menino Jesus. crevi a minha primeira cartinha, - o Sr. lembra? – Fazíamos, em família, a nossa árvore de um pinNaquela época tinha apenas seis anos de idade. ho natural e produzíamos um cenário, por mamãe Com a ajuda da mamãe, resolvemos lhe fazer uma pintado, onde tinha o céu, as estrelas, a Estrela de cartinha, onde contávamos um pouquinho da Belém, indicando o caminho à Jesus. nossa história que, em alguns detalhes, se não me falha a memória, a mamãe fazendo uso da sua brilhante imaginação, nos levavam a sonhar e singrar novos mares e novos horizontes. Ela nos contava que o Sr., Papai Noel, morava num país muito dis6
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A Ceia de Natal era muito simples, não faltando o momento do nosso reconhecimento e gratidão a Deus por tudo o que nos havia dado em toda a nossa vida.
literatura Nessa Prece de convicta fé e devoção, pedíamos por somos irmãos. “Paz na Terra e aos Homens de boa vontade” Depois do grande dia, acordávamos ansiosos e corríamos à arvore de Natal. E lá, estavam os nossos presentinhos lindamente embalados com papéis vermelho e dourado, com laços de fita verde. Sabe, Papai Noel?! Essa não foi um fim de uma história, mas, o começo de muitas outras que viriam (com outra Ideias formadas, é claro) mas com a mesma crença em um ser bondoso e tão solidário. Um grande abraço, De Avani Peixe Ava para Amigos, mais que amigos: Amigos na Arte Minha estimada Ava, e na Poesia “Ho-ho-ho”....Quanto tempo queridinha! Como poderia eu esquecer da sua cartinha? Quando a li FELIZ NATAL!!! pela primeira vez guardei-a na esperança de um dia puder encontrá-la. Com esta, pude rever e lem- A Amizade brar, com muito carinho, passagens interessantes, É uma linda voz sonora quando fizeste uso das mais doces palavras para Melíflua de um rouxinol expressar-te, o que me fez transportar, mesmo que Que chega de mansinho em pensamento, para perto de ti e da tua amada Invade os nossos ouvidos família, contando de maneira simples e ingênua a Desperta os nossos sentidos tua linda história, juntando-se ao teu tão simples E adentra os nossos corações pedido: Um presentinho. Diante de tanto euforia Pousa leve e suave na pele infantil, tão logo, me chamou atenção à leveza da Como a brisa que enternece tua escrita e muito mais ainda a lindeza da tua ca- Tem a leveza de uma nota ligrafia que me pareceu essencialmente uma obra Musical enriquecida de arte, sem que coubesse interpretações, mas so- Pela emoção do grande artista mente admirá-la. E foi assim que fiz, para guardá- Nos grandes palcos da vida. la na minha inesgotável memória. A amizade é sol que desponta No inverno frio e tenebroso À medida que te escrevo, vou construindo ideias e É a lua que surge na noite escura imagens da tua tão amável família. Os tempos mu- A amizade é o repouso que advém do som daram! Usando das tuas mesmas palavras: - “Há produzido pelas ondas do mar... algumas décadas passadas...”, contudo, na firmeza Ondas que se deitam na praia "al rayar del alba" da tua simplicidade e fé, no amor depositados, me A amizade é o ombro amigo vejo um amigo fiel de ti e da tua tão estimada fa- Na glória e na desventura mília. É o silêncio compartilhado Um abraço amigo, No mais íntimo silêncio... Ho-ho-ho! É o não dizer nada Porque já se disse tudo. A amizade é um sentimento Que abraça corpo e alma Na mais terna compreensão Do amor mútuo e declarado.
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literatura Necessitava de dias intensos e projeção imediata para protagonizar a sua própria história, dentre outras. Aproveitando o impulso dado às impressões causadas por novas ideias e questões, deleita-se com os fatos para os quais se entrega de corpo e alma e que a faz acreditar cada vez mais estar no momento e no lugar certo. Na súbita disposição na qual se envolve, sai às ruas para melhor conhecer a cidade. Inicialmente, se surpreende com a beleza dos casarões; em seguida, com a iluminação das ruas por velhas luminárias
Um Quadro à luz do tempo O inverno chegava frio e nebuloso, não obstante, aconchegante e oportuno, convidando a escrever, a pintar, a volta às leituras poéticas, às narrativas, aos hábitos dos cafés quentes e às viagens mais misteriosas. Naquele fim de tarde, a nova hóspede de um dos hotéis bem conhecido da cidade, depois de guardar as malas e se acomodar, buscava entre os pertences o livro que havia destinado a ler nessas férias. Sem muita concentração no momento e indisposta, talvez desistisse de ler. O livro que serviria de estudo e análise sobre as questões relativas aos relacionamentos pessoais e sociais à luz da lógica, da razão, da sensatez, do bom senso e da verdade. Onde haveria de se encaixar tão bem o “bom senso”? Uma confusão mental se instalava, resultante da viagem longa, cansativa e de muitas perspectivas. Todos os esforços, apesar de tudo, diriam da necessidade de se encontrar e poder dar mais entusiasmo à realização dos seus projetos, tendo como foco principal escrever histórias fundamentadas e fazêlas compreendidas. Para tanto, foram feitas pesquisas e entrevistas com pessoas. Contava com a possibilidade de um resultado satisfatório que viesse à compreensão dos meios nos quais elas se utilizavam para justificarem as suas queixas. É de suma importância lembrar que na consciência está a clareza (fundamental) para melhor entendimento, encontrando em si a fortaleza para seguir em frente.
Os casarões mantinham-se semifechados e com pouco iluminação. Com essa limitação aparente, diziam-se ainda mais belos e românticos, transformando toda essa circunstância de inquietude aparente em uma calma sentida. Tão oportuno à escritora, no momento turista, volta e meia faz como se estivesse só e voltasse a ser criança, uma brincadeira que a levava a um passado um tanto quanto distante, e joga amarelinha. Essa euforia, vinha de um desejo de liberdade que se fazia cada vez mais presente à medida que se adaptava ao meio ambiente, fazendo ensaiar novas falas para um espetáculo, ali mesmo produzido, diante de um cenário propício e naturalmente constituído à cena, declamando um Poema:
Borboletas e estrelas Onde estão as Borboletas coloridas De azul turquesa, amarelo ouro Vestidas de pontinhas pretas Transformadas pela lei da realeza? Onde estão as estrelas Que se vestem de borboletas Para confundir a Natureza? Horizontes que ampliam Uma visão interna que as acolhem A vida assim procede e encanta Há uma força astuta que determina Pressupõe-se Revue Cultive - Genève
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LUCIA SOUSA - Psicóloga, escritora, é membro Internacional, Délégue e Jornalista correspondente em Recife-PE da Cultive-Genebra-Suíça. Membro da diretoria da União Brasileira de Escritores-UBE-Tesoureira Geral. Integra a diretoria da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil-AJEB/PE. Esposa de Evandro Barbosa, este fazendo busca nos assentamentos de seus arquivos, encontrou os registros da passagem de vida do seu tio-avô João Pontes Barbosa, pai do dramaturgo Paulo Pontes, que estaria fazendo 80 anos no dia 08 de novembro de 2020. Lucia decidiu prestar uma homenagem in memorian ao Paulo Pontes.
Paulo Pontes, Luz Fulgurante
Filho de João Pontes Barbosa e Laís Holanda, que tiveram mais dois filhos. Como era uma família de “A existência do povo é uma coisa mais importante pouco recursos, necessitaram se transferir para a do que o teatro, porque, enquanto um pode pegar capital em busca de melhores oportunidades para apenas um momento da existência do povo, o povo a família. é a própria história, porque dela participa e faz história reivindicando.” Paulo Pontes Sobre Paulo Pontes, escreveram escritores, jornalistas, poetas e grandes críticos. No momento, O célebre escritor, jornalista e dramaturgo Paulo historiadores e dissertações acadêmicas procuram Pontes, este é seu nome artístico, nasceu Vicente exaltar a sua obra e a sua atuação como personalide Paulo. O nome Vicente é originado do latim dade do seu tempo e sobre a dimensão que ele obVincentius, deriva de vincente, particípio passado teve na esfera artística, social e política. Não ficou do verbo vincere, que significa “vencer”, “o que está idoso e prostrado, teve uma vida curta de apenas 36 vencendo” e por extensão atribuído o significado anos. Faleceu em 27 de dezembro de 1976 no Rio de “vencedor”. Sim, Vicente de Paulo, venceu e se de Janeiro. Consolidou-se com grande projeção intornou uma referência nacional como verdadeiro telectual, possuía uma dialética com a formulação artista. de ideias capaz de sensibilizar sem que ninguém pudesse argumentar, tal o seu raciocínio célere sem Paulo Pontes nasceu no dia 08 de novembro de prelúdio e de muito brilho. 1940, na cidade de Campina Grande, Paraíba. 10
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homenageado que realizou tinha um ideal a partir do mais absoluto respeito ao povo, sempre com uma proposta consciente que todos somos interligados. Sentia-se interpelado pelas dores do mundo, que assumiu com o seu trabalho intelectual direcionado a questionar o papel da desigualdade social. Articulava pensamentos e práticas de mudança cultural, que realizou através da dramaturgia, seu maior legado. Lançou um olhar sobre suas raízes e com a sua capacidade criativa e inventiva realizou, pelo meio da arte, seu manifesto de ação cultural, que defendia com ideias democráticas e modernas. Paulo acrediPaulo Pontes foi de natureza genética deficiente tava que era necessário atuar na raiz do problema, dos pés, o que dificultava o seu caminhar, tendo construir uma sociedade inovadora e participativa. que ser conduzidos nos braços até os quatros anos Tais ideias o levou ao teatro para que fossem visde idade. Se era difícil comandar o corpo a mente tas e assimiladas, sempre movido pelo desejo de agia com rapidez. Após um ano do seu ingresso na construir um mundo mais igualitário, estrategicaescola da professora Cristina Di Lorenzo, já conse- mente voltado para o povo, frente à desigualdade guia escrever bilhetes, dizia sua mãe. Aos dez anos social. de idade, teve o seu nome impresso no “Diário Carioca” no Rio de janeiro em uma matéria intitula- Neste viés do pensamento, tentou trazer para a reada: “Emocionante apelo de lidade o sentimento de souma criança de dez anos de lidariedade, com propostas idade”. Paulinho, (como era humanistas para todo muconhecido) fez um pedido de ndo. Considerava que, fosse ajuda pública para que o Dr. qual fosse o estado de vida, Napoleão Laureano, que se o ser humano era mereceencontrava doente em camdor da oportunidade de viver panha de combate ao câncer, em harmonia na sociedade e fosse atendido. O menino que precisava ser mudada em Paulo realizava este apelo em nós mesmo à reflexão sobre reconhecimento e agradecio princípio da fraternidade mento ao médico por ter reauniversal com nossa contrilizado uma intervenção cirúrgica ortopédica nos buição e manifestações concretas lançava desafios seus pés. de um trabalho colaborativo. Essa foi sua referência mais profunda que procurou realizar em tudo Devido as suas condições modestas, a família, aquilo em que acreditava. que não imaginava a magnitude que alcançaria o filho, através das ideias e propostas culturais, não Então, quem foi Paulo Pontes nesse País? Uma luz atendiam a demanda do filho que lhe pedia para fulgurante. Será essa atribuição exagerada? Foi adquirir impressos. A sede de saber e a necessidade a melhor que encontrei depois de muito refletir de aprofundar seus conhecimentos encorajava-o e sobre ele, outra não serviria para caracterizá-lo tão o menino não desistia, assim buscava jornais que bem. Um homem simples? Sim, foi um homem eram descartados nas ruas. Sua mãe, que era en- simples. De grande capacidade intelectual? Claro, fermeira, dizia reclamando: “jogue isto fora, têm foi de grande capacidade intelectual. Mas, foi prinmuitos micróbios”. cipalmente uma personalidade que olhava para o outro ancorado na investigação daquilo do que é Carismático, não iludia, nem procurava fazer nada provável e factível, um desafiador na decifração da para que o admirassem. Muitos não entendiam, a realidade, particularmente em seu tempo, mas que maioria ficava fascinada com suas palavras. Corria não estão desvinculados das situações atuais; Paulo e corria, parecendo estar perto de terminar. Tudo Pontes, Luz Fulgurante! Revue Cultive - Genève
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Lúcia Sousa A Deus 2020 Ouço vozes: adeus 2020 Peço a Deus: adeus 2020 Ano que partiu nossos encontros Abraços e carinhos Ano em que muitos partiram Sem dizer: adeus Peço a Deus: adeus 2020 Quisera não lembrar de ti Quisera para sempre esquecer de ti Mas, ouço vozes: adeus 2020 Peço a Deus, que cuide de mim, de ti e de todos nós Não quero mais chorar Quero sorrir, amar e abraçar Ouço vozes... Querem cantar: a Deus 2020
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Luciana Imperiano Bodner
Que todo medo causado pelas incertezas do nosso mundo doente dê lugar à uma imensa Hoje é dia de festejar, de estar com a família, alegria e à coragem. com amigos, de receber e enviar bênçãos. É dia de sentir amor pelo próximo, de se ale- Que possamos estar com quem amamos, e grar e estar consciente que o amor universal sentir amor e enviá-lo a todos quem nos é a luz que precisa se sair dos nossos cora- sintamos abraçados e beijados. ções para outros, outros irmãos. Um Feliz Natal e que hoje seja um dia para amar ,amar e se alegrar pois esta data tem o significado do nascimento daquele que esteve aqui para falar de amor, de fé, de paz, de transformação e simplicidade. Jaohushua, Jassa, Jesus Cristo. Ele, que também foi um bebê. E um bebê que nasce sempre me causa alegria, pois é a vida que se renasce.
Um Feliz Natal e paz aos povos do mundo.
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literatura
Sarau Natalino Cultive 2020 Amigo poético Oração de São Francisco Senhor, fazei-me instrumento da vossa paz Onde houver ódio, que eu leve o amor Onde houver ofensa, que eu leve o perdão Onde houver discórdia, que eu leve a união Onde houver dúvida, que eu leve a fé Onde houver erro, que eu leve a verdade Onde houver desespero, que eu leve a esperança Onde houver tristeza, que eu leve alegria Onde houver trevas, que eu leve a luz Ó mestre, fazei que eu procure mais Consolar que ser consolado Compreender que ser compreendido Amar que ser amado Pois, é dando que se recebe É perdoando que se é perdoado E é morrendo que se vive Para a vida eterna Ó mestre, fazei que eu procure mais Consolar que ser consolado Compreender que ser compreendido Amar que ser amado Pois, é dando que se recebe É perdoando que se é perdoado E é morrendo que se vive Para a vida eterna
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De Luciana Imperiano Bonder PARA ANGELI Eu não seria capaz de transmitir em duas linhas tudo que lhe desejo para você. No silêncio do meu ser há do fundo do coração o imenso querer que sua vida seja cheia de alegrias, amor, e saúde para bem viver. Deixo aqui também uma oração de São Francisco de Assis para você ler.
literatura A árvore do amor
Valquiria Imperiano
Dezembro tem árvore, dezembro lembra Jesus, seu
nascimento, sua história. Dezembro renasce a esperança é o nascimento celebrado que ressurge no nosso ser
chamando nossa atenção para o dia do advento, presente maior que ganhamos, a vida. Natal, o dia da esperança, o dia em que começamos também a renascer. É preciso desejar bem-aventurança. É preciso agradecer por
estarmos tendo a grande oportunidade de crescer, de
revisar quem somos e recomeçar a cada dia. Mesmo que não vivamos da maneira que desejamos sobre a terra, a
vida nos dá a oportunidade de cumprirmos nossa missão, seja grande ou pequena, importante ou simples, que a
cumpramos com amor. Que possamos mudar o sentido
de ser nesse universo. Que possamos nos sentir em paz com os nossos atos porque essa paz é a benção que abona a nossa ação.
Procuremos espalhar carinho, compreensão, esperança; procuremos nos afastar do que
provoca revolta, medo ou ódio; procuremos perdoar, para sermos perdoados; procuremos dar para receber; procuremos ser tolerantes; procuremos agradecer por tudo o que ganharmos;
procuremos restaurar o lado bom que perdemos; procuremos encontrar a felicidade em cada momento que vivemos. Digamos mesmo em silêncio: obrigada Senhor por me dares a vida, e
por acreditares em mim!
Assim nossa contribuição pessoal será cumprida.
Natal tem forma de árvore, a árvore do amor. Cultivemo-la! Feliz Natal! 2021 impulsionado pela fé.
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Oração da Cultive Valquiria Imperiano
Que possamos cultivar sempre a amizade e o companheirismo Que sejamos sempre atentos ao sofrimento do próximo Que cultivemos a nossa criatividade Que sejamos sinceros aos que nos rodeiam Que cultivemos o amor e a fraternidade nos nossos irmãos Que sejamos atentos ao respeito pelos companheiros, pelos amigos e por quem nos cerca Que espalhemos a semente da cultura por onde passarmos Que Deus esteja conosco!
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Para Irlana
Ir là na luz do PARAISO Valquiria Imperiano
Sarau Natalino Cultive 2020 Amigo poético
Ir là na Luz Sobre a flor do teu jardim Tendo o paraíso como fim Lá encontro a beleza O amor e a singeleza da Tua amizade Surpresas me levam por caminhos desconhecidos Cruzando às vezes com os teus Num ponto em comum, Paramos e nos olhamos Na tarde do dia 06 alguns cultivadores reuniQuem é você ? ram-se on-line para festejar o Natal 2020 AmiNos perguntamos go Poético. Uma festa regada à poemas e múSem respostas diretas sicas. Uma confraternização maravilhosa que Sem confissões instantâneas permitiu rever e conhecer outros numa sintonia Nos descobrimos e força diante do empecilho do abraço real. Nas Nos falamos páginas que se seguem os poemas apresentados E nos desvendamos docemente por seus criadores e a quem foi dedicado. Eu sou a sua amiga poética Te falo através de poesia. Nosso passado é o hoje Mas isso não importa Confesso quem eu sou Descubro que és tu Desvendo os meus versos Atenta ouço os teus E vejo onde está a nossa afinidade Teus segredos, minhas emoções Teus dores, minhas tristezas Teu sorriso, minha alegria Tua esperança, meus desejos Perdas minhas, perdas tuas Saudades emanadas do teu peito Nostalgia aflorada no meu Versos profundos Cantamos os mesmos temas A poesia nos une desde sempre E só agora Nessa encruzilhada poética descubro o teu nome Descobres que sou eu E nos desvendamos E convido-te a seres a flor Convido-te a IR LA NA luz Do meu paraíso.
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Sarau Natalino Cultive 2020 Amigo poético
Para NORMA BRITO
Girassóis de Van Gogh VAlQUIRIA IMPERIANO Os girassóis apontam a esperança Plantam uma suave lembrança Lembrando-nos com suas cores vibrantes Que a paisagem é joia brilhante Os girassóis enfeitam a vida Parecem cantar bela cantiga Seus grãos alimentam a barriga És a rica flor e do sol a preferida Os girassóis nascem amarelos Mas por um velho decreto Inspiram alucinados pintores Nas telas são flores em cores Que dançam como sois loucos E retratam o que é belo.
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Sarau Natalino Cultive 2020 Amigo poético
Paulo Roberto Bretas Para as amigas e amigos da Cultive! Saúde, paz e a alegria! ENCONTRO Vieram de todas as partes Pegaram todas as estradas De todos os cantos eles foram surgindo
Para
Atravessaram rios Cruzaram mares Seguiram estrelas
Seis Haikais sobre a amizade
Enfrentaram ventos Comeram poeiras Venceram as areias
Vi minha alma Refletida em você E me entendi
Vestiram suas melhores vestes. Feitas dos melhores tecidos E nas cabeças o brilho dos adereços
Quando me alegrei Você sorriu para mim Sem parar, eu falei
Os corpos exalavam perfumes Cheiro de almíscar selvagem Cheiro de flor, couro e canela
Momentos tristes Você sempre ao meu lado Num longo abraço
E na beleza de seus seres Trocaram seus saberes Numa emoção sem fim
Quando eu cai Você veio correndo E me levantou
E se abraçaram Um abraço como nunca antes se viu Noite adentro dançaram
A vida passou Tudo mudou em ciclos Crescemos juntos
E cantaram antigas cantigas E comeram fartas comidas Até a aurora voltar E na alegria de se rever Todo mundo percebeu Que o pesadelo havia passado
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Sarau Natalino Cultive 2020 Amigo poético De Irlana Para Valquíria Buquê da amizade Chamo-lhe de querida Para agregar em meu coração Sua vida. Tão responsável em atos e Ações para o bem-estar, Aprimoramento pessoal, Humanitário e social. Força que emana do comprometimento Que instrumentaliza sua atuação No contínuo empoderamento. A identificação com as flores Guia o fluir do seu caráter, Sentido da coragem, Das sementes florais que Enobrece a paisagem Da tua mente criativa. Assim, fui passear pelos jardins A colher a flor que poderia te presentear.
Para meu olhar cativar Veio afoito, certeiro despertar o desejo desse buquê lhe ofertar.
Mas o meu apreço Por amiga tão querida Foi buscar na azaléia o romance verdadeiro. O botão de ouro sugeriu Que poderia inspirar Maior tesouro. Vi as camélias, lindas, perfeitas Mas, acredito que Iriam ofuscar a sua tão doce beleza Minha amiga secreta que deixará de ser Te ofereço o buquê de rosas, Empanada de luz. Fonte da realeza, Imperial por nobreza.
A Valquiria dou a flor da amizade Que causa sororidade Respeita o ser humano, em toda a diversidade
Encontrei a amaralis flor singela Esparramada de várias cores que a torna bela. Chamada também de imperatriz perfuma como matriz a flor Valquiria, linda na sua diretriz. Ah, o amor perfeito 20
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Na arte do viver. És bela, formosa, linda O anjo que mora longe E vive sempre por perto. Intensificando os jardins Que inspiram ideais, sonhos e realização Assim é a Valquiria
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Sarau Natalino Cultive 2020 Amigo poético
Leci Queiroz
Homenagem a minha amiga secreta
Rita Guedes Poesia e inspiração Minha amiga Da terrinha que tanto amo Hoje você é parte da minha Poesia e inspiração Descobri você na CULTIVE No meio das flores do Jardim das artes e cultura Você desabrocha para Amar Cantar Tocar Poetizar Flor de acolhimento De mulher aguerrida Que sabe Ser mão Que respeita os gostos e sabores da vida Que vive para Amar
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Sarau Natalino Cultive 2020 Amigo poético Seu nome é Paulo Seu nome é Paulo... Como São Paulo, o apóstolo, Vem agora anunciar e profetizar Que temos que mudar o mundo... Para a vida não acabar... Vidas a preservar No céu, no ar e no mar... Como o seu sobrenome, Bretas... Não admite tretas, Para o povo enganar. Temos que nos preocupar agora E da natureza cuidar... Preservar tem ser a palavra... Com ações a cuidar... Dos bichos, dos lixos e até do minúsculo vírus, Que pode nos derrubar Para que novas pandemias, Não venham muitas vidas acabar. Mudemos o nosso caminhar, Para que nenhum vírus possa acabar, Com nossa alegria e o nosso sonhar... Nos deixando sem ar... Sem abraçar... Sem desfrutar do carinho, E da delícia que é afagar... Nova época, temos que ensinar... A terra todos devem preservar... O clima, o céu e o mar... Para afastar a agonia, Desta pandemia, muitas vidas levar... Esperando que a Ciência, Traga logo a vacina Para vidas salvar... Trazendo alegrias e o gosto de abraçar. 22
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por Maria José Esmeraldo Rolima
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Sarau Natalino Cultive 2020 Amigo poético
De Samanta Aquino Para Zezé Negrão
LUZ DE MARIA Dedicado a Maria José Negrão. Maria, você é luz, Você é luar e muita magia. A tua terra é abençoada, A mesma terra que criou Castro Alves, Gregório de Matos, Jorge Amado, Só podia ter sido o palco, Para mais uma estrela! Você emana alegria, sabedoria, Catarses para a dor, Fazendo a todo instante, a tristeza se esvair. Maria, José, muitas em uma! Como os girassóis você absorve a luz E compartilha com teus amigos, Que tanto precisavam do teu alicerce. Maria, só por ter nascido com este nome, Já imagino a força, a resiliência, Em carregar esta missão, De ser dona de um nome santo, De ter um coração divino. Maria, tua definição concreta é, sorriso! Então amiga, sorria, aprecie, A vida é insana, uma professora cabresta. Divirta-se, emocione-se e persista sempre! Obrigada por dividir teu palco E cultivar tanta luz e tanta compaixão. Mesmo que não caminhemos juntas, Fico feliz em ter lhe conhecido E por ter contigo, dividido este momento. Autora: Samanta Aquino.
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cionadas pela vida, sucumbirá, até ser decomposto organicamente. E, logo vemos uma tragédia sendo nasceu construída. em Matozinhos/MG no dia 28 de Abril de Ontem parei para observar uma flor e dela pude 2002. Concluiu o 3º desencadear outros pensamentos sobre a tragéano do Ensino Mé- dia de coexistir com a dor. Pois, todo ser humano dio em 2019, na Es- coexiste com a dor ou a alimenta, sendo algo que o cola Estadual “Bento fere ou ferirá. Mas, se pôr de trás de cada beleza há Gonçalves”. É acadê- um tipo de dor, então esta dor compensará? mica efetiva da Academia Matozinhense de Letras, Ciências e Artes Veja, a lagarta ao longo da sua existência degusta o (AMALETRAS), cadeira 25, desde 2019. Partici- maior número de folhas possíveis para depois enpou de várias coletâneas em 2019 e 2020. Lançou trar em um casulo. Essa “escolha” não passou por no corrente ano, o seu primeiro livro: “Memórias sua vontade de obedecer ou não a este ciclo, pois de Anne Rose.”. Neste ano, participa da Antologia: este processo já está presente no instinto mais pri“Fernando Pessoa e seus convidados”, entre outras, mitivo e ela não tem como controla-lo – sabendo pela editora: Mágico de OZ. Prêmio: “Melhores de que nós somos os únicos seres racionais do Planeta 2020”, pela Associação Internacional de Escritores Terra. e Artistas (LITERARTE), na categoria poesia. É Delegué Cultive do Cenacle Jovem de BH. E a lagarta dentro do casulo, passará pelo mais silencioso e duradouro processo. Em seu involucro firme, atravessará os períodos de frio e de calor, Tragédia/ Renovações. de chuva e de estiagem, sentirá a dor das suas asas Um ensaio sobre a metamorfose. saindo do teu frágil corpo. Tudo isso para se tornar a linda borboleta que conhecemos. Eu parei para escrever este pensamento que me surgiu em um sonho. Sim, apenas um sonho, ao Este processo durará meses, exigirá que ela fique qual eu nunca quero esquecer. A vida é feita de tra- em clausura, sem nem mesmo ver a luz do sol. E se gédias, que cominarão na destruição orgânica de você acha que depois de todo esse processo, ela vialgo. Mas, não pense você que eu estaria falando verá feliz e em paz, se enganou. Antes de sair dali ou aqui, somente da morte ou do caos. minutos depois, ela pode sofrer o ataque mortífero
Samanta Aquino,
Porque por mais que essas circunstâncias tenham se tornado a definição de muitos sentimentos, pelos quais passamos e terminam por tirar de nós a sublimidade das nossas ilusões/paixões. Em minha concepção, a morte ou a deterioração de algo, que a transformou no vazio inconsistente que aqui, eu o chamo de caos, traz uma solução definitiva demais para uma vida. Para tudo o que foi construído ao longo desta estrada, desta existência. Uma solução superficial demais para o que podemos denominar como “experiências”, ao que podemos chamar de tragédia. Por trás de cada beleza existente no universo e ao nosso redor, há algum tipo de dor. Pois, a dor é o resultado das entregas e dos conceitos ludíbrios que fazemos, ao descarregarmos nosso emocional, para manter um estereótipo, onde mesmo sendo alimentado pelo nosso ego, ou pelas diversas experiências, circunstâncias ou necessidades propor24
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de um predador, e seu tempo de vida pode se esgotar em poucas semanas, na maioria das vezes ela sentirá mais dor, do que o próprio gosto de pousar nas flores e desfrutar de cada raio de sol.
E se agora, você pensa que a dor não compensa e que de nada adianta sofrer, se você não aproveitará o melhor da vida depois dessa longa jornada, novamente você estará enganado. O bater de asas de uma borboleta, lança na atmosfera milhões de gotículas de água e assim, apesar do seu pouco tempo de vida e da sua ferrenha tentativa de sobreviver, uma revoada de borboletas pode causar uma tempestade. E o que causa as tempestades? No tempo certo, ela faz as sementes das flores germinarem e em pouco tempo, formam assim os jardins, com milhares de novas vidas, novas e lindas flores como a que eu vi ontem. É necessário que algo morra, sinta dor, pois a beleza morará nestes instantes.
sarau Natalino Cultive 2020 Amigo poético Rosalva Santos
Para Nazaré Cavalcante Amizade
De Nazaré Cavalcante Para Rosalva Santos «Preste atenção na sua voz interior. Não abandone duas três maiores amigas: A sua intuição, a fé é-o amor.» Fátyma de Moraes
Enfim o encontro Com gente querida De tantos países De tanto lugares Nas mensagens compartilhadas Vamos nos conhecendo Cada um no seu canto Escreve seus contos Registra suas histórias E de pouquinho Cafa um vai mostrando seu jeito Com palavras especiais E mensagens encantadoras Vamos fazendo amigos E quando percebemos A AMIZADE chegou Com conhecimento mútuo Afeição, gentileza e gratidão A AMIZADE é assim Nada frio ou sem direção Começa em pequenos gestos E abre nosso coração Abre caminhos De perto ou de longe Nos faz sentir especiais Para você querida Nazaré Te desejo tudo de melhor Paz, saúde e fé Dias de FELICIDADES amor e bondade Um abraço querida Nazaré Carinhosamente
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sarau Natalino Cultive 2020 Amigo poético
ACRÓSTICO PARA LECI QUEIROZ
Rita Guedes Lá na Manjedoura o menino Jesus Exuberante em sua humildade, Celebra o dom da vida Iluminando vidas, advento abençoado! Quantos foram agraciados! Uma estrela guia cintila, anuncia, Esse dia impar memorável! Ilumina, guia os três Reis Magos. Reluz a fé da cristandade. Onipotente Jesus, Natal abençoado. Zênite de amor fruto da espiritualidade! Leci, que as bênçãos do Menino Jesus recaia sobre ti E ilumine cada vez mais a tua existência. Que as flores que cultivas com amor possam representar cada uma de nós que cultivamos o amor, a arte e a poesia reiterando nossa sincera amizade. Feliz Natal e um Ano Novo recheado de saúde e realizações. 26
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Natal de Ontem e de Hoje Rita Guedes Lembro que na minha tenra idade A força da fé em árvores decoradas, Simbolizava alegria, vida, a chegada Do Menino Jesus em nossas casas! Os cristãos vivenciavam o advento Com a humildade n’alma alimentada. A espiritualidade e a religiosidade, Iluminadas pela fé eram retratadas. A cristandade então comemorava A solidariedade de amor bordada Simbolizando a evolução de almas Cuja crença em Deus eram sagrada! Os sinos tangem e alegres repicam! Convidando os fiéis pra Santa Missa. A fé e o amor tal quais sinos, dobram. Jesus e a sua Sagrada Família louvada. Crianças felizes sonham com a alvorada. E ao amanhecer debaixo da cama olhavam. Acreditavam nele com esperança elevada. Que Papai Noel era quem os presenteava! É Natal, Noite alvissareira, noite abençoada. Mas, o tempo passou e do Natal de ontem, Não há igualdade, quase não resta mais nada! Os sinos já não repicam poucos fiéis na praça! Hoje impera o comércio, casas e ruas decoradas. A civilidade mudou na memória está arquivada. Tempo insano egoísta? Não sei! Mas, é Natal, Fiquei feliz fiquei para mim natal é o de ontem. O da minha infância vivida e no íntimo gravado! As Noites Natalinas de hoje são bem conturbadas Poucos vivenciam com fé, pois impera a vaidade. A espiritualidade para muitos perdeu o significado. O Natal perdeu o sentido diante da modernidade! Viagens, passeios, praias, bebedeiras celebrando Comemorando a maior festa da cristandade!
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sarau Natalino Cultive 2020 Amigo poético De
Gabriela Lopes para Sidney França.
Cultivando bons afetos Eis que o ano está no fim, Mas posso dizer um pouco Do que me ocorreu ao longo dele. Viajei sem sair de casa. Conheci países em abraços virtuais, Cultivei bons afetos. Realizei encontros culturais. Nesse cultivo firmei laços, Embargados de ternura e respeito. O ano foi atípico e, dele, Carrego muitas mensagens no peito. Vivemos a pandemia na humanidade, Mas sou afortunada, Fui cultivada na adversidade. Agradeço à Força Suprema do Amor, Pois fui cuidada e regada Tal qual uma flor. Por força desses encontros estou aqui Fazendo parte da família Cultive. E dentro dela está meu amigo secreto. Dos afetos cultivados Dos legados deixados, Dos versos recitados, Dos sonhos realizados, Dos abraços enviados, Deixo-os todos depositados Ao amigo poético revelado: Sidney França.
Creres em Milagres? Gabriela Lopes Nas perguntas realizadas por mim mesma ou pela vida houve a indagação: Creres em milagres? Pensava em silêncio. Sentada no sofá, Olhava minha pele, Olhava minhas mãos... Pensei... Percorrendo anos e cenários do meu viver notei algo curioso. Quis ainda me certificar, olhei nas profundezas da alma. Demorei alcançá-la. Demorei compreendê-la. Demorei respeitá-la. Lançado o olhar, no fundo do inexplicável, vi estrelas cadentes, vi a imensidão do cosmos. Olhei para o firmamento, ele devolveu-me o olhar. Vi a partícula de Deus. Lançado o olhar na margem da matéria, vi e descobri... Do choro do nascimento das guerrilhas humanas, do ser que se constituiu, de tudo que é transcendental... Não é invisível. Enfim, percebi. Creres em milagres? Admirei novamente minhas mãos. Nas falanges dos dedos a divina proporção olhou-me de volta. Ali concluí: Eu sou um milagre.
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literatura alto e a buscá-las incessantemente. Foi então que me deparei com a necessidade de uma evolução espiritual, da prática da solidariedade, da certeza de que somos apenas filhos de Deus e não deuses.
Nagesia Diniz Barboza De volta ao arco-íris Sete cores que, se misturarmos, podemos formar muitas outras, tão lindas e harmoniosas quanto as sete notas musicais que se alternam nas mais belas canções. E quando as cores resolvem se vestir em forma de flores, só os pintores mais perspicazes conseguem trazê-las à tela. Na natureza, elas brincam de encantar no por do sol, no amanhecer, na noite estrelada, na sutileza infantil que vai colorindo seu desenho. É nesse cenário encantado que surge o eclipse da pandemia e faz com que o ser humano passe a usar muito o preto para colorir o seu dia. Um e outro talvez recorra ao branco para que, misturado àquele, a vida seja, pelo menos, cinzenta. Muitos poucos, persistentes, enfrentam a crise recorrendo ao arco-íris e não se deixam abater pelo covid 19, impondo-lhe olhos que vislumbram o arco-íris.
Adeus 2020, como serás lembrado? De que és culpado? Fostes apenas um ano como tantos outros, carregando o dissabor de ser visitado por um vírus incontrolável e avassalador?... Cientes de que a agressão à natureza tem seu preço, carregamos nossa parcela de culpa. Tão bem somos orientados a “cuidar bem da casa comum” e não o fazemos. As consequências são inevitáveis. Retrocedendo, voltemos ao arco-íris. Ei-lo como se nos apresenta hodiernamente. A cor vermelha corre em nossas veias. Estamos vivos. Ocupemo-nos em fazer o bem ao próximo. O amarelo do sol se nos impõe todas as manhãs de forma esplêndida, indistintamente, a fim de que entendamos que todo ouro deve ser partilhado. A natureza verde, mãe e santa, distribui o oxigênio abundantemente e não merece ser apunhalada por desmatamentos oriundos da ganância exacerbada. Borboletas, mescladas de anil, laranja, violeta, voam felizes agradecendo por terem chegado a idade adulta, quem sabe sugerindo que as imitemos mesmo que estejamos atravessando tantas dificuldades. O azul, estendido pelo firmamento, conduz à contemplação do céu, à vivência do amor incondicional, responsável pela verdadeira felicidade neste plano em que estamos. De volta ao arco-íris pode simplesmente acontecer se, em meio a todas as adversidades vividas em 2020, buscarmos o legado construtivo, indo ao encontro do branco, sua cor original antes de atravessar as gotas de água que o divide em sete cores, só encontrado quando cultivamos a paz interior e exterior.
Que venha 2021 repleto das cores do arco-íris, de A pandemia antecipou muitas viagens ao plano es- amor, de paz. piritual. Surgiu como um inverno frio e longo onde faltou a muitos o agasalho da imunidade, o pão do leito hospitalar, o remédio eficaz. Muitas famílias assistiram ao drama do ir ou não ir, de conseguir ou não uma vaga na UTI, de morrer ou viver, ajoel- De volta ao arco-íris hando-se em preces em busca do milagre por tan- Nagesia Diniz Barboza tos alcançados. O branco, cor divina, Em meio a tudo isto, procurei buscar a luz, uma Atravessa as gotas de água centelha que me conduzisse a meditar nas coisas do 28
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literatura Se abre em nuances O vermelho, o verde, o azul, o anil O laranja, o violeta, o amarelo Formam o arco tão belo. Desce o astral da pandemia As cores do arco-íris Em triste magia Transformam-se em preto, Em melancolia Com bastante esforço, Do preto ao cinzento Eis a realidade do momento. Voltar ao colorido Vamos tentar comigo. O vermelho? Encontro-o no sangue Que corre nas veias De quem está vivo E mais vida anseia. O amarelo? Está no sol que se doa Incessantemente Incondicionalmente A lembrar que o ouro Não é nosso tesouro Ele pertence a toda a gente Deve ser dividido ao carente. O azul? Ei-lo no céu, no mar, Para onde podemos voar Ou flutuar Se encontrar, ou desencontrar. O verde? Habita nas matas Oxigênio traz Cuidar da “casa comum” É urgente e apraz. O anil, o violeta, o laranja? Estão na borboleta Que beleza esbanja Lembra que a metamorfose Foi o caminho Do rastejo do lagarto Ao voo de passarinho E dela precisamos Para atravessar o covid Que terá fim Não duvide. De volta ao arco-íris Ao branco que o originou Sublime cor da paz Do nosso Criador.
Poema de Nagesia para Jaide Siqueira
Diniz Barboza
Visão natalina Neste natal eu tive uma visão Vi minha secreta amiga poética Em meio a um turbilhão Estava entre estrelas Umas brilhavam com o fulgor da juventude Outras faíscavam com infantil magnitude Ao seu lado, um imponente sol. Eu, deslumbrada com tanta magia, Imaginei-a entoando hinos em dó maior. Elegante, fascinante, ela sorria... Pude sentir toda sua alegria Convidei-a ao meu encontro Ela saiu do sonho E veio ao meu mundo real E nos abraçamos com carinho especial E disse-lhe: FELIZ NATAL E louvamos ao Senhor Pela vida de Jaide Siqueira Que, discípula do evangelho, Verdadeiramente cresceu e multiplicou E vive a espalhar amor.
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Exposição Cultive Adieu 2020 Visite o canal youtube https://www.youtube.com/channel/UCs4lSycWybAZfCNCEiTV93w
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Neusa Bernado Coelho é poetisa, historiadora. Autora e coautora de obras literárias. Membro de várias confrarias à nivel nacional e internacional. Colunista no Portal Palhoça, também escreve na Revue Cultive de Genebra
Simplesmente só – Neusa Coelho Era uma vez um anjo na vidraça Que estava como a águia a me observar Me perguntava, por que não paras de chorar? Era uma vez um anjo no bosque Que corria sem parar E não parava de me olhar Era uma vez um anjo que corria atrás da amada Procurava em cada canto da terra Entre a multidão o rosto dela Era uma vez um anjo que procurava sua donzela No sussurro da voz, seu nome clamava E como raio de luz, feliz a encontrava Era uma vez um anjo que apareceu Aliviado, suspirava Pois aquela que com ele sempre estava Ela era o próprio anjo, a amada, a donzela.
Divino Mestre Nasceste há muitos séculos Cultivaste no ambiente terrestre A semente dos homens crédulos Foste voluntário pioneiro Nas obras e orações És o mensageiro Que une as nações No natal comemorado, Santificado nascimento Jesus abençoado Transcende amor no leito És exemplo à humanidade Pelo jeito simples de ser Abençoe a diversidade Venha nos socorrer!
Autora: Beatriz de Carvalho dos Santos - 13 anos Professora: Rafaela Inez Farias dos Santos Escola Básica Municipal Vila Santana- Santo Amaro da Impreatriz Jesus, ampare o planeta! Lance sobre nós tua dádiva luz Sonorize um cântico de corneta Anuncie entre os povos, a PAZ!
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Neuza de Brito Carneiro Gosto das artes, escrevo desde pequena histórias e poemas, porém só comecei a divulgar minhas obras depois que me aposentei como professora na rede pública de ensino e também particular. Tenho seis (6) livros publicados, mas prefiro participar de antologias devido a sua maior abrangência. E nestas participo em mais de cinquenta (50) antologias tanto regionais, nacionais e internacionais, além de escrever para revistas e jornais.
PAZ QUE TRANSCENDE Quando aprendi a dar graças a Deus por tudo, Sem pleitear porque o que me acontecia Muitas vezes fugia da minha vontade, Recebi do alto a paz que transcende Aos meus fracassos e frustrações. Então percebi que há uma autoridade suprema Na qual devo confiar, Pois sei que meus caminhos ou pensamentos Nem sempre cruzam Com os daquele que tem a vida em Suas mãos. Não confiar em homens É um princípio de sabedoria. Que têm eles de bom para me oferecerem Senão empáfia e meras palavras? Logo, me deito e pego no sono Na paz daquele que é a minha alegria, Minha força, meu alto refúgio E minha inexprimível salvação. Desta maneira vivo. (Novembro/2020)
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O Natal do meu tempo
Por Neusa Bernado Coelho
No meu tempo de criança, não se ouvia falar em trenó, nem presentes de alto valor. Ansiosos, enfeitávamos a casa com materiais rudimentares, colhido na praia que ficava atrás do quintal. Também tinha a construção do caminho com gramas para o papai noel saber por onde passar para chegar na minha casa. O espírito de natal era verdadeiro, se concretizava com a participação na missa do galo e a família reunida na ceia para celebrar o nascimento do menino Jesus. Cantávamos “Noite Feliz”, “Bate o Sino” e outras cantigas e brincadeiras. O presente era recebido somente no dia de natal, não era costume receber na véspera. Acordávamos cedo para ver o que o papai-noel havia deixado, geralmente estes eram colocados ao lado da cama. Eu e meus irmãos ganhávamos pacotes com guloseimas, bolachas de natal decoradas com várias figuras, acompanhados de outro presente contendo roupa nova, material escolar, uma bola se fosse rapaz ou uma boneca de plástico se fosse menina. As histórias sobre nascimento do menino Jesus e outras passagens do evangelho eram bem arquitetadas pelos pais e avós. Nós, crianças, acreditávamos que o menino Jesus nasceu na mangedoura e esperávamos com entusiasmo o papai-noel na noite de natal. A linguagem mitológica com significado religioso era transmitido de uma geração a outra, porém, com o uso da tecnologia, essa tradição foi se perdendo e outros hábitos se consolidando. Hoje, o menino Jesus é lembrado na decoração dos imensos pinheiros de Natal e na estrela brilhante do presépio. Entretanto, a magia do natal, embora sofisticada, não se perdeu e o presente do simpático velhinho que se veste de vermelho, usa barba branca, continua sendo o encanto da criançada. Feliz Natal de 2020
Hino Cristão
Divino Mestre
Por Neusa Bernado Coelho
Por Neusa Bernado Coelho
Saudamos o nascimento Do menino Jesus Interiorizamos a paz Presente divino
Celebrado há mais de dois mil anos O Natal de Jesus Salvador Divino mestre do amor
Cantamos “Noite Feliz”, Canção popular natalina Gravada em vários gêneros musicais, Arranjos vocais e instrumentais
Venerado na fé Filho de Javé Da Galileia - Jerusalém Esperança do além
O Hino cristão Mundialmente conhecido Transcende religiões e línguas Imortalizado Patrimônio da Humanidade, Cultural Imaterial
Deixai entrar no coração. O parceiro de toda hora, Na alegria e na solidão. Siga-o pela vida afora
Crianças em festa Trocam presentes Soldariedade e oração Soa sob o cântico da igualdade É Natal! Alegria cristã Festejada ao piscar da luz Celebrada por adultos e crianças Nas igrejas e casas Em coro cantada: “Noite Feliz”
No futuro, e principalmente, agora Como um anjo guardião! Quero ter Jesus comigo, A criança e o ancião O afeto quero semear Anunciar que o Natal é vida Ao rico, ao mendigo E às vidas sofridas. Divino mestre, Em harmonia com o Universo A humanidade faz clamor: Cultiva em verso Paz e Amor!
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Elieder Correa da Silva, brasileira, re-
É a conclusão de uma lógica dividida E uma estrela no céu caminha Sozinha e sozinhas São borboletas e estrelas.
sidente em Curitiba, PR; graduada em Letras Anglo Portuguesa, com cursos em Oficina da Palavra, Oficina da Poesia, História da Arte, Gravuras, Artes Plásticas; tem dois livros publicados de poesias e dois com contos infantis e, participação em varias antologias. Está associada ao Centro Paranaense feminino de Cultura, ao Coletivo De um desses casarões, semiaberto e de Marianas, ao Centro de Letras do Paraná, deste pouca luz ouvia-se uma música francesa, atua como secretaria. “Le vent nous portera,” numa produção
até então não conhecida, porém muito envolvente e verdadeiramente linda.
Natal tempo de Luz, Fé e Esperança Voltando-me para o primeiro mês de dois mil e vinte e aos meses seguintes, fico mais certa, dos desígnios de Deus para o homem que Ele colocou na Terra e determinou que nela habitasse, cuidasse, respeitasse, nomeasse, zelasse. Deus não disse; “briguem, façam Guerras, conquistem, escravizem, pilhem, destruam, matem, morram”. Ele disse: “Paz na Terra aos homens de boa vontade”. A humanidade tornou-se havida em ganhar, enriquecer, ter e ter mais, ganhar poder, poder financeiro, poder político e assim mandar, determinar com: eu posso, eu faço, eu mando, eu tenho.
Havia em tudo uma energia transformadora e absolutamente positiva no que se via e no que se sentia, fazendo-a avançar e se soltar, uma oportunidade de ser exatamente feliz como gostaria, dançando ao som da música. Nesse tão irreal e ao mesmo tempo palpável momento, se imaginava estar diante de um grande público que a levaria aos risos e gargalhadas, fazendo-a diante da emoção, cair em lágrimas que lhe de banhavam o rosto, misturando-se a chuva derramada abundantemente nessa noite de imprevisíveis e inusitados fatos. Vivendo assim uma experiência extraordinária e visivelmente declarada pela soma das diversas emoções ali encontradas.
Dois mil e vinte veio para mostrar nossa fragili- Nesse espaço que teria imaginado como dade, nossa angustia, diante de um mal invisível somente seu, numa consciência isolada e pior que uma Guerra, quando ataca o ser humaúnica, o encontro com a solidão. Aconteno pode causar-lhe a morte.
cem todos os possíveis encontros e nesse encontro, em particular, hesita, ausente aos aplausos que se sucedem ao instante, definindo-o. Uma multidão compartilha da mesma energia e se junta a ela para festejar a intensidade do efêmero momento, às evidências das mais distintas formas, em particular, de expressar sentimentos.
Este ano que se finda, é o tempo de reflexão, tempo de realmente sermos humanos, tempo de humilhar-se, tempo de desapegar, tempo de dedicar às ações nobres, tempo de partilhar, tempo de saber que um dia “ o verbo se fez carne e habitou entre nós”. Ele nasceu em uma estrebaria iluminada com Luz divina e os anjos cantaram aleluia, também nós cantemos aleluia e Bendito o que veio em nome do Senhor, Aleluia, Aleluia. Ele nos dará a vitória merecida e que dois mil e À parte de tudo e intimamente ligado, a vinte e hum seja novo tempo de muita alegria e querer confundir todos os que ali se enfelicidade.
contravam, surge na sacada de um desses
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literatura casarões, trazido por uma luz que vinha dos fundos, um belo homem de cabeleira vasta (poderia ser andaluz), recitando aos ventos, as chuvas, aos céus, ao universo, (e aonde quer que chegasse a sua bela e possante voz, um poema que falava só de Amor, e havia uma multidão que o olhava admirada. Amo-te! Diante do que vejo agora, Talvez do imaginado, do sonhado Do suposto vivido. Almas que se encontram Por um acaso E nesse acaso Um reconhecimento Iludido. E te amo a cada chegada Nos abraços das despedidas Nas dúvidas e convicções formadas E te amo sem saber porque assim o faço Mas, te amo! Na certeza da saudade sentida Na presença não querida Nos anseios que me dobram, à vida E nos conflitos que me põem medidas A despeito de tudo, eu te amo tanto.
tava... - de onde o conhecia? Será que já o havia visto? Seria um encontro casual? De quando? -Talvez de algum país da antiguidade, quem lhe diria como e quando e a verdade? Compreendendo a natureza e a necessidade de transformar toda essa trajetória de fatos confusos em indecifráveis citações em uma passagem marcante, faz-se um clarão nos céus e à vista dos únicos participantes da imprevisível festa, o céu volta outra vez a brilhar numa assombrosa manifestação de luzes e cores fazendo ressaltar a beleza dos enormes e antigos casarões (antes mergulhados num quadro de aparência cinza). Desta feita, a luz ofuscante dos lampiões produzida pela neve que se fazia descer sobre eles, a lembrança viva de um quadro especial que com muita pretensão poderia vir a ser uma obra de Arte concluída.
Como se não bastasse a noite prometida, de posse de um violão o moço segue à apresentação, tocando com muita sensibilidade e emoção uma triste canção que seguia além da alma e da razão. Movido por uma força à apreciação de todos, “el cantante de la noche” sai ao encontro da poetisa. A multidão se recolhe silenciosa. A figurante e o seresteiro dãose as mãos envolvendo-se em um afetuoso abraço como se houvesse um compromisso firmado, um desejo reprimido, um encontro no passado marcado. Uma sensação de “déja vu”; repetia e se pergunRevue Cultive - Genève
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NATAL DA BRIXIA ROMANA por Sandra Nolli Aqui vivemos um tempo suspenso, condicionado pelo vírus. E em um mundo "provisório" onde prevalece a intenção de sobreviver. Pensamos porém que devemos continuar vivendo. Algum dia a dor desse período será útil para todos nós. Mesmo que a história retrate os dramas desse período tortuoso. As experiências ruins nos ajudarão a esclarecer o que realmente precisamos fazer. Aproveitar os momentos felizes é fácil. O difícil é não se deixar abater pelos maus momentos. Devemos ainda considerá-los um presente. Um pre sente cruel, mas ainda assim um presente e por isso convencidos de que seremos pessoas melhores. Nesses dias sombrios, o pensamento positivo será a Dádiva de Deus que aguardamos. Aqui retornamos ao tempo de ficar em casa. Pode ser útil e único esse tempo para escolher projetos, plantar, pintar, ler, meditar.Vamos dar valor ao que merece, ao que nos falta agora para que possamos apreciar ainda mais a normalidade e as pequenas coisas. O homem tem memória curta, sabemos infelizmente que se esquece facilmente, mas esta é a oportunidade real de abrir os olhos e encarar a vida como nunca antes. Seguimos com os pés no chão , positivamente sem o risco de nos perdermos ou de promover nosso pior inimigo (medo),podemos enfrentar melhor tudo, até o mais inesperado e complexo. Porque cada evidência é um pedaço daquela experiência terrena que nos foi dada e que sempre nos vê como atores privilegiados da vida. Espalhemos o vírus da positividade, um antídoto poderoso por si só. Buon natale!Buona salute a tutti! 36
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Focus sur Sandra Bandeira Nolli por Valquiria Imperiano Sandra é uma brasileira calma, com jeito ponderado e de fala mansa nascida no Ceará. Apesar da sua tranquilidade e a aparente mansidão, ela tem um espírito ativo, inovador e guerreiro. Muito jovem, ela deu a volta pelo Brasil exercendo uma atividade no campo da comunicação. Driblando as dificuldades e buscando um sonho que a acompanhou durante sua vida, ela abandonou a carreira de militar, concluiu a universidade e atravessou o atlântico. Em Brexia, na Itália, conheceu seu marido e fixou-se. Nessa cidade ela colocou em ação um projeto ligado à comunicação Ponte Cultural - Conexão Itália Brasil, fortalecendo o intercâmbio cultural entre o Brasil e a Itália. Agora ela organiza seu retorno ao Brasil acompanhada do seu marido, porém determinada a continuar a realizar o Conexão Itália - Brasil pela internet.
curiosidades e atualidades culturais dos 3 países. O programa está sendo um sucesso de conteúdo e de produção. O conexão Cultive Brixia Suíça Brasil vai ao ar semanalmente e é apresentado por Sandra Nolli. A edição do programa para a webradiopoesia é feita por Celso Correia de Freitas
Sandra participou da Antologia: Brixia Brasile in Versi. Realizou o projeto cultural: Ponte Cultural - Conexão Itália Brasil. Criou o Prêmio Connessione Itália Brasile. Pertence às seguintes instituições: A.I.M Associazione per l'Italia nel Mondo-vice no cargo de secretária nacional para o Brasil, CVMARJ-Clube de Veículos Militares Antigos do RJ-Correspondente Internacional; Cultive Club International D"Art e Littérature et Solidarité - Genebra/Suíça - Délégué Internacional; Instituto IFEC de Fomento a Cultura, Tecnologia e Informação-Correspondente Internacional; Revista Itália Nossa, Italiane, Rádio Mar Azul FM, Radio e TV Webmusic-Correspondente Internacional; Club in Vino Veritas Franciacorta-Assessora de Imprensa; divulgadora no Brasil dos cantores italianos e artistas: Dario Skepisi, Charlie Cinelli, Paolo Milzani, William Fantini, Leo Lazzarini entre outros. Sandra recebeu as seguintes Condecorações: 2020 - Homenageada pelo exército brasileiro. Condecoração alusiva aos serviços prestados como entusiasta militar e preservadora da soberania, tradições e história das Forças Expedicionárias Brasileiras e pela realização da primeira coletiva de imprensa da FEB na cidade de Bréscia; Certificado de Honra ao Mérito pela Casa de Cultura Cearense Juvenal Galeno pela obra Brixia Brasile in Versi e pela promoção internacional em prol da cultura cearense; Certificado de Honra ao Mérito e título de embaixatriz do turismo enogastronômico no mundo - concedido pelas vinícolas da Franciacorta. Em novembro 2020 Sandra pôs no ar programa cultural Conexão Cultive Brixia Suíça Brasil na radio Agora, Webradiopoesia (Brasil). O programa foi idealizado e produzido por Sandra Nolli e coloca no ar, artistas, autores, apresenta
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Dedicando-se às Artes Plásticas e Poesias. Membro das Academias de Letras e Artes de Feira de Santana, Academia de Cultura da Bahia, Academia Internacional de Letras Artes e Ciências da Argentina com sede em Buenos Aires, Academia Superior Di Crescita Personale Italia.Arte Terapeuta /nome artístico “KARMEN PIRES”
de alegria esperando seu presente que desejou o ano todo uma boneca Barbi andando na bicicleta, mas por surpresa dela Papai Noel entrega um envelope contendo uma pequena chave, ela olha e começa a chorar perguntando ao Papai Noel pelo seu presente, em soluços corre para sua mãe e diz que Papai Noel não existe e que não gosta dela, pois não trouxe seu tão sonhado presente, sua mãe tenta confortá-la e mostrando somente uma pequenina chave em suas pequeninas mãos tremulas com tristeza seu rostinho mostra o desapontamento.
Ainda chorando abraçada a sua mãe, as duas vão até o Papai Noel perguntar o que houve com o presente dela; então ele falou com um grande sorriso no rosto que deixou para entregar no final, pois ela era uma menina muito especial para ele e abraçando-a entregou o seu presente dizendo que a pequena chave é para ligar seu presente, com um sorriso de felicidade coloca a chave ligando a bicicleta KARMEN LÚCIA DE OLIVEIRA PIRES da boneca e seu sonho se realiza vendo sua linda Nome artístico “KARMEN PIRES” boneca andando de bicicleta, e ela acompanhando com alegria, pois realizou seu sonho tão esperado. CONTO DE NATAL Sendo muito esperta perguntou a sua mamãe porque Papai Noel disse que ela era muito especial É Natal, árvores arrumadas, cheias de bolinhas para ele? Sua mãe falou suavemente vai e pergunta coloridas, luzes piscando, em cada momento uma a ele, porém quando ela foi procurá-lo ele já tinha cor iluminando o ambiente na magia natalina, e as ido embora. crianças ansiosas esperando a chegada do Papai Noel. Eles perguntam que horas ele chega? Será Como a pergunta ficou sem resposta e seu pai foi que recebeu minha cartinha? A imaginação flui chegando ela contou o ocorrido e abraçando-o juntamente com a emoção de ver o velhinho de percebeu que no seu rosto tinha vestígios de fios barbas brancas chegar para entregar o presente tão brancos. Ficou surpresa, pois seu pai não possuía sonhado durante o ano todo. barba, então perguntou ao pai, era você vestido de
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Com os olhinhos deslumbrados, fantasias na cabeça eles correm para o jardim e olha quem vem devagarinho, com um enorme saco nas costas, com sua barba branquinha e roupa vermelha e as crianças gritam: Papai Noel chegou. Sonhos serão realizados.
Papai Noel? E ele sorrindo disse: que papai Noel existia sim e que ele tinha acabado de conversar com ele, pois sendo muito gentil educado e generoso, estava com pressa para entregar outros presentes as criancinhas, pois todo mundo espera pelo acontecimento mais esperado do ano a magia maravilhosa do Natal.
Papai Noel chega dando sua bela risada “ho-ho-hoho” abraça a criançada e vai abrindo cada cartinha chamando o nome de cada criança com todo carinho, entregando cada presente a seu respectivo dono. Mas tem uma menininha de cachinhos com seus seis aninhos, olhos grandes e alegres que está esperando no final da fila com seu coraçãozinho batendo rapidamente esperando sua vez de receber seu tão sonhado presente. Todos saem sorridentes com seus presentes ,ela espera, espera e finalmente seu nome foi chamado, ela corre ansiosa, saltando
E na sua inocência foi preservada a fantasia infantil, até hoje ela pergunta ao pai se era ele vestido de Papai Noel naquela época de criança e ele docilmente responde com um leve sorriso nos lábios: o que você acha era eu ou o Papai Noel? Ela realmente já sabe, porém paira uma pequena dúvida. Devemos preservar sempre este universo infantil de sonhos e fantasias, deixando as crianças vivenciá-las, pois são momentos que ficam eternizados na memória e serão passados para gerações futuras.
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É Natal Momento de alegria que simboliza o nascimento do rei Que veio a terra sem ostentar altivez, Trazendo a esperança e harmonia Pois sendo um ser de luz, mostra a todos o dom de saber viver. É Natal Jesus chegou ao mundo em uma simples manjedoura Para unir povos com a verdadeira sensibilidade de doação. Sem pedir nada em troca passou pela vida buscando uniã, Para que as pessoas percebam que não precisam de ostentação
Karmen Pires Nome Da Obra: Jesus Técnica: Acrílica Sobre Tela Dimensão: 1.30 X 1.20
É Natal. Vamos viver momentos de paz e união Nessa passagem terrena precisamos também ser luz Iluminando os caminhos dos outros que na estrada estão Para que percebam que Jesus é nossa salvação. É Natal. Vamos fazer a morada do bem no coração Ajudar os aflitos com dedicação Despertando nossos melhores sentimentos De amor, sinceridade, paz e gratidão. É Natal.
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ANO NOVO 2021 (Maria Inês Botelho)
Um Ano Novo se apresenta. 2021 é o seu registro. O agigantar-se do tamanho de prospecção sobre dias vindouros traz a esperança a comandar os elos da corrente. Vida Nova? Novos Rumos? Novos ajustes? Mudanças nas formas de ser e de agir? Interrogações surgem e deixam no ar sentido de chão molhado e escorregadio. Mas, será que conseguiremos deixar este chão em condições de nele transitar sem sustos, sem erros, com bastante rapidez nos passos neste ano que está para nascer? Isto dependerá de todos nós ao agirmos, no cotidiano, respeitando a vida cidadã, trazendo nos corações a vontade de ver este País se sobressair e se impor frente a outros países no que tange ao crescimento do sujeito como ser, que é derivado do Divino. Ano Novo. Novos dias. Novas ações de forma plural. Que em 2021 possamos demonstrar que crescemos, a cada ano vencido, no sentido de alcançar estrelas e desejos e que os sonhos, colocados na escada, a cada degrau vencido, a cada movimento estabelecido, tragam marcas de novo momento vivencial. Possamos, sim, ser melhores no alcance de ações comunitárias e maiores em visão e aplicabilidade do proposto em nossos desafios diários. Feliz e produtivo ano seja este de 2021! Maria Inês Botelho
Feliz Ano Novo!
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Natal, festa de um Rei Menino. (Maria Inês Botelho)
Natal! Quanta alegria reina nos corações... Quanta magia contagia o ar, as ruas, as praças, os passos de todos que acreditam no Rei Menino, visitado em sua manjedoura por Reis do Oriente, pastores e animais. Natal! Momento de refletir sobre quem somos e o que estamos a executar para o bem do próximo, ponto alto em relações cristãs. Que o encanto que a Família Sagrada traduz, neste nascimento do Salvador, seja o propiciar do olhar para o Alto e agradecer pelo bem coletivo a todos trazido. Que seja razão para o ampliar a compreensão do entendimento de que a “Estrela de Belém” indica que a existência da prática do amor, da solidariedade, da soma de mãos para o trabalho não traz divisão de contextos mas, sim, o alcançar do sublime degrau onde a vitória da Fé se localiza. Natal, vida do Menino Rei que salva vidas e propõe paz a todos os povos. Maria Inês Botelho Dellégue Cultive – PR / dezembro de 2020
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Maria Inês Botelho cuide-se. Ame-se. Viva todos os dias na feliz busca do alcançar a plenitude existencial. Lembre-se que Deus a fez para ser presente em conquistas desejadas. Ame-se. Vista-se de rosa e destaque-se na realização de exames que a Medicina propõe. Seja luz contínua na vida de quem a ama. Seja uma rosa WOutubro Rosa na cor rosa que nunca perderá o seu destaque, a A vida humana é um bem precioso. Nada há neste sua beleza, onde quer que esteja. mundo que a substitua. Ela tem a marca humana – divina que não se desfaz por algo momentâneo que embace a felicidade. Precisa é ser bem vivida e, para tanto, a saúde tem que ser tratada como prioridade. Esta traz segurança aos atos que se executa porque apresenta ao coração um arcabouço repleto de harmonia frente a eventualidades que possam ocorrer. Traduz o colorido que os olhos detectam no ar, no mar, no Céu profundo e demais espaços que conseguem alcançar em beleza e encantamento. Por isto, a Mulher, este ser magnífico inserido na seara do amor, do complemento humano familiar, do trabalho, do lazer, do cotidiano planetário, foi alcançada com um período de tempo em destaque na sociedade. Este expõe a saúde em realce e a coloca para ser buscada, com afinco, a cada novo dia. Assim, nasceu no calendário civil, no mês de outubro, uma cor que se sobressai a todas as outras: rosa. Veio este mês a ser cantado em verso e prosa, na música, exposto em danças, em artes gráficas, em telas a óleo, em diversidades artísticas, em registros de comunicação diversos. Traduz, este período, portanto, vida feminina em destaque, realçando a necessária consulta médica e a realização de exames específicos. Alcança a Mulher, que foi flor em botão e que se abriu para uma vida intensa em sociedade, o ato do 42
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Ivanilde Morais de Gusmão professora, advogada, ensaísta, contista e poeta. Estudiosa de Karl Marx e da Literatura. Membro de várias Academias. Livros de ensaios e de poesias em português/francês/inglês; Participação em várias Coletâneas; Recebeu Prêmio Literário de poesia, e de ensaios. Publicou as coleções: 1) PROSEANDO Coleção – nº 1: Da natureza ao Mundo globalizado: a grande caminhada do Homem...; 2ª -TRABALHO – Atividade Produtiva do Homem, humanizando-se...(2019); 2) MARXIANDO: Desvelando o Enigma da SOCIEDADE, POLÍTICA E SOCIEDADE(2019); SER SOCIAL, Trabalho e mercadoria (2019); minha escrita viaja mundo sem fronteiras(2019); refazendo caminhos do passado ao presente (2019; TOQUE (2019); HOMENAGEM ÀS MULHERES: Liberdade, liberdade..., abra caminho para nós! (2020). SÚPLICA AO SOL... ERA OUTONO (2020). TEMPO PARTIDO - 2020 – resgatando sentimentos de humanidade (promoveu e organizou essa coletânea com 121 escritores). é a prisão da alma. E, cada vez mais que mergulha na leitura passou a sentir que, mesmo em certas situações em que o corpo podia ser realmente uma Apenas um esclarecimento... prisão, mas em alguns dos seus escritos, fica claro No Livro Sagrado – Bíblia - está colocado bem cla- que também pode ser uma saída, um caminho em ro e em bom tom que emergi a partir da costela busca da liberdade, e também um espaço onde é do Homem, mas o que me espanta é que, quem possível ter prazer, alegria, tristeza, dor... ... dá Vida a Vida sou eu, porque carrego em Mim a Caverna Sagrada onde é guardada a célula da Vida Nunca tinha imaginado que a velhice fosse algo que, em período fecundo, com uma gota do sêmen que a assustasse, lembra sempre da história quando Macho uma nova Vida começa a ser gerada, e do Buda viu um velho pela primeira vez disse: “que num longo período - nove meses – vai sendo ges- tristeza que os seres fracos e ignorantes, embriagatado um novo ser, garantindo a reprodução da dos pelo orgulho próprio da juventude, não vejam espécie. E pelo fato de que a relação Macho e Fê- a velhice...!”. Ele tem razão, os seres humanos promea – Homem e Mulher -, é a primeira relação de curam não tomar conhecimento dos aspectos de produção, é partir daí que a Terra vai ser povoa- sua natureza que lhes desagradam como a velhice. da. Porém, o produto gerado, ou seja, o ser que daí E, quando se admite que está “ficando velha”; noremerge é completamente independente. É outro, malmente as pessoas contestam dizendo: “velhice, embora carregue em-si partes daqueles que o pro- isso não existe!”, o que existe são pessoas menos joduziu. Assim, caminho na longa da História da vens do que outras. Ledo engano!!! Carta aos seres humanos
Humanidade com a responsabilidade de garantir a espécie. E, na finitude da minha infinitude carrego a relação vida e morte para depois germinar novamente em mil outros elementos, mas sempre vida. Na caminhada que atravessa os tempos na finitude da vida, da criança que nasce, cresce se tornando adulta, reproduz e gradativamente envelhece... e retorna ao início. Completa-se, assim, o ciclo da Vida.
A velhice aparece como uma espécie de segredo vergonhoso, do qual é indecente falar, era preciso “quebrar a conspiração do silêncio”. A sociedade até pouco tempo atrás não falava na questão da velhice, dos velhos. Na verdade, por se tratar de uma sociedade de consumo substitui a consciência infeliz por uma consciência feliz, desde que possa consumir e reprova qualquer sentimento de culpa que as pessoas possam ter em relação ao probleE assim, no limiar de minha vida, seguindo na ma da velhice. Daí porque, “é preciso perturbar sua trilha da escrita deixada por escritoras cuja opor- tranquilidade”. Essa discussão já no final da décatunidade me fez mergulhar nessas obras, verifico da de 60 e início de 70. O silêncio foi quebrado, que o caminho se fez como a via crucis do corpo, falava-se da velhice articulando com a solidão e a que levou a concepção platoniana de que, o corpo sexualidade, numa grande simbiose. Revue Cultive - Genève
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literatura Nunca prestara atenção aos mitos e clichês que circulam pela mídia querendo mostrar o velho como um outro qualquer, como se fossem adolescentes. Mas isto não é verdade! Os velhos apenas conservam as qualidades e os defeitos do ser humano que são e continuam a ser. Mas, cuidado com o comportamento..., é preciso estar atento, porque se as pessoas idosas manifestam os mesmos desejos, os mesmos sentimentos, as mesmas reivindicações dos jovens, meu Deus!!!... sabe o que acontece com elas são no mínimo, ridicularizadas; nelas, o amor, o ciúme parece odiosos ou ridículos, a sexualidade repugnante, a violência irrisória. O que faz a sociedade é exigir que os velhos deem exemplo de virtudes; antes de tudo, de serenidade, mais ainda se for mulher. Da velha mulher é exigido muito mais. Ela sabe bem disso porque, pela idade, deve ter serenidade, bom comportamento... ser boazinha.... prestativa... esteja sempre pronta a servir os seus parente e amigos e aqueles que estão ao redor...., ! E nem perguntam o que ela quer ...! Daí o desinteresse pela sua infelicidade. Nas suas leituras verificou que esses sentimentos são expostos nos textos com muita clareza e dignidade. A velhice, suas condições, suas necessidades e suas fraquezas. Não se atém em mostrar uma imagem das pessoas idosas como sábias aureoladas pelos cabelos brancos, ricas em experiências e veneráveis que domina a condição humana...! Ela ficou feliz com isso, porque, na verdade, isso é uma manipulação!!! E, muito menos coloca a imagem do velho louco que caduca, que delira e a quem as crianças e os jovens não valorizam. Os velhos não estão situados fora da humanidade, fora da sociedade, ao contrário, são produtos dessa própria sociedade! Observa claramente o fato de que as pessoas quase sempre se recusam a reconhecer-se no velho que serão manhã, esquecem que: “de todas as realidades, a velhice é, talvez, aquela que conservamos por mais tempo, ao longo da vida, uma noção puramente abstrata”. E, na medida em que “todos os homens são mortais”, mas apenas alguns deles ficarão velhos, quase nenhum encara com antecedência essa verdade. Nada deveria ser mais esperado, organizado, programado do que a velhice, ela é inexorável, irreversível e garantida para aqueles que não partiram antes e que tiveram o privilégio da longa caminhada. Todavia, uma coisa que não conseguiu e não consegue é administrar com muita clareza o senti44
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mento de solidão que vem com a velhice..., é como se ela, a solidão, fizesse parte desse momento da vida em que tudo parece perdido, nesse tempo de medo e violência. Lembra que sendo uma velha bem vestida e com joias consegue as rugas disfarçar e ressaltar a forma pura do um nariz perdido na idade, e colocar em destaque a boca que outrora fora cheia e sensível. Mas que importa. Chega-se a um certo ponto – e o que foi não importa, porque começa uma nova raça. Percebe que sendo velha não pode comunicar-se. Tem sempre que ficar calada. Fica espantada com a clareza da indiferença, pois há como um complô, então, está sempre falando dela própria, descrevendo-se. Nessas palavras é possível identificar não só um quê de reflexão, mas também uma profunda de tristeza. Observa que a tristeza... é sempre um sentimento contínuo quando se é velha...!!! Como tudo na velhice é lento, ritmado, cadenciado... e o tempo todo é como houvesse necessidade de se explicar e justificar os seus atos, como faz a todos ao redor dela. Nesses instantes passa a mão sobre o camafeu banhado de ouro, espetado no peito, herança de família que não tem pra quem passar, pois ninguém está interessado em coisas do passado. Esse movimento da mão pelo broche é para esconder, o nervosismo, o medo de ser ridícula, mas não consegue sair ser o seu talismã. Recorda cada expressão, e mais cada explicação, cada reflexão é quase como um pedido de desculpa por estar viva e observando o mundo. Na realidade, tem certeza que agora é uma dessas velhinhas que parecem pensar que estão sempre atrasadas, que passaram da hora. Esse sentimento a deixa sempre muito indignada com ela mesma! E assim, diante desse mundo num tempo partido, só resta escrever para denunciar a miséria em que a realidade se põe. Completa desumanização!!! Recife, novembro de 2020 Ivanilde Morais de Gusmão
literatura MENSAGEM Desejo que nesse final de 2020, de um tempo partido, de violência, de reclusão e afastamento, seja possível seguir a Estrela que indicou o caminho onde nasceu Jesus o Filho de Deus - que se fez carne e habitou entre nós-, para iluminar a estrada que nos leve ao lugar onde possamos produzir um mundo novo. Quando, então, construiremos uma sociedade onde todos se reconheçam como irmãos, pertencentes a mesma Família HUMANA !
CONSCIÊNCIA SURDA Valquiria Imperiano Um anjo se aproximou, invisível, silencioso. Apenas uma voz ecoava na minha consciência e só eu ouvia, apenas eu ouvia. Mas eu não compreendia sua mensagem. Não ouço às vozes dos anjos que ecoam, estrondosamente, na minha consciência surda.
Assim, quando o Novo Ano - 2021 - chegar, tenhamos decididos, juntos, fazer a caminhada e encontrar esse lugar onde possamos, realizar nossa humanidade social. Que assim seja, para o todo e sempre ! Recife, dezembro, 2020 Ivanilde Morais de Gusmão
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MISSÃO : CULTIVAR CULTURA
Valquiria Imperiano Durante esse período de confinamento causado pelo covid ela aproveitou para escrever, pintar e dirigir a Cultive criando métodos de atividades e adaptando eventos que deveriam ser presenciais. Em Genebra ela planejou e colocou em prática o curso de francês para estrangeiro que era presencial e passou a ser online. Embora o método online ainda não seja bem aceito pelos alunos o curso continuou mesmo com o número de alunos reduzido. Todos os eventos previstos para serem realizados em Berlim, Portugal, Genebra e Brasil foram anulados e os projetos aguardam na gaveta o momento adequado para serem executados. Por outro, Valquiria organizou à distância um Concurso Nacional Cultive de Literatura infanto-juvenil no Brasil. Apesar das dificuldades práticas participaram 8 estados do Brasil e foi muito gratificante ter a colaboração de dedicados professores e alunos. Para motivar os membros da Cultive ela organizou saraus online, vídeos poéticos que foram apresentados no canal Cultive. Ainda de forma online, Valquiria Guillemin Imperiano mediou 15 conferências com temas variados pelo Instagram e pelo Canal Cultive. Ela também participou como conferencista e foi entrevistada em várias emissões jornalísticas do Brasil e Itália, Holanda. Uma exposição de arte virtual com a participação de 28 artistas e um concerto com o título de Reveillon Cultive Adeus 2020 apresenta músicas e artistas de todos os estilos e nacionalidades. Valquiria Lançou, também, o programa Sol com Gina no Canal Cultive pelo youtube, tendo a Gina Teixeira como apresentadora. Sol com Gina vai ao ar duas vezes por mês. Sob a produção, 46
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coordenção e apresentação de Sandra Nolli foi ao ar o programa radiofônico Conexão Cultive Briccia Suíça Brasil. A Cultive encerrou com arte e criatividade o ano de 2020 no dia 31 de dezembro no Canal Cultive. E tendo na agenda outros projetos para 2021. Criou e realizou os projetos: Caravana Cultural Cultive em 2018 (em 5 cidades do Nordeste), FECCAN (Festival Cultural Cultive) em Alagoa Nova-PB; Encontro Internacional de Autores no Salão do Livro de Genebra desde 2017-2018-2019; Cultive em Luxembourg 2017; Caravana Cultural Internacional Europeia 2019; realiza Concurso Cultive de Literatura desde 2017, I e II Concurso Cultive de Literatura Infantil; CCBS - Cultive Intercâmbio Cultural Brasil / Suíça (Florianópolis, Curitiba, Mandaguari, Maringá, Recife, Alagoa Nova, Fortaleza, Bitupitá); organizou 8 Antologias Cultive, Exposição Imagem Poética Cultive no Consulado Geral do Brasil em Genebra em 2019; Campanha da Felicidade (campanha cultural e filantrópica) realizada em Camurupim - Paraíba- Brasil. Prêmio Caruaru 2018, Comenda de Cheverny 2017, Melhores poeta do Ano de 2012, Prêmio Mil Poemas para Gonçalves Dias, Ser Brasileiro (Noruega) 2014, Troféu Imprensa Sem Fronteira de Literatura 2016. Prêmio Mérito Cultural do Jornal sem Fronteiras em 2017, Prêmio Editora Pragmata 2016, Prêmio de Honra e reconhecimento os melhores do ano 2017 pela Societé Civil Européen de Beaux Arts ; Diploma de mérito no 5° Encontro Internacional de Culturas Lusófonas 2019, Prêmio Acima 2015, Prêmio de Excelência literária – Rebra 2015, Selo de Reconhecimento Juvenal Galeno 2019 com base no ato institucional n° 006 de 20 de fevereiro 2016, diploma de reconhecimento Prêmio Monção de Aplausos emitido após aprovação por unanimidade pela Câmara de vereadores de Mandaguari- Pr – 2019; Honra ao Mérito emitido pela Academia de Letras do Brasil de Santa Catarina; Parceiro Cultural da Casa Juvenal Galeno. Arte Valquiria também terminou 4 telas florais. Escreveu um livro de poemas e está concluindo o romance O perfume da Metamorfose e um livro infantil. Realizou exposições de arte coletivas e individuais em Genebra de 1998 a 2019, Londres, Noruega, EUA, Brasil, Florencia, Liechteinstein, Carrousel du Louvre Paris, Luxembourg, Barcelona, Brasil.
literatura Livros publicados:
É preciso – Valquiria Imperiano
Espelho meu Espelho – poesia; Navegando em Ondas Altas – poesia; Le livre des Petits Mots – poesias e pensamentos (português e francês); Cofre aberto – poesia; O rosa e o Azul- contos e crônicas; Southend on the sea - livro de arte; Aimez les Animaux du Brésil – infantil (Português e francês); o Jardim da Consciência (contos) e Sourir e LeoLeão (infantil). Organizou 8 antologias nacionais e internacionais. Participação em mais de 40 antologias nacionais e internacionais.
É preciso dizer eu te amo É preciso dizer sou seu amigo É preciso estar quando for preciso, É preciso olhar além das aparências É preciso saber perdoar É preciso se perdoar É preciso estar atento ao próximo
Para 2021 ela está organizando Cultive o Salão Internacional do Livro e da Imprensa de Genebra do 28 de abril ao 2 de maio em Genebra, e uma exposição de Arte seguido de uma caravana Cultural previsto para a Itália, Portugal e França.
mesmo distante É preciso não se afobar com a pequenez É preciso substituir a ira pela paciência É preciso buscar o que há de bom nas pessoas É preciso dividir
REDATORA DA EDITORA CULTIVE
É preciso vislumbrar a mensagem atrás da crítica
Ela publicou 4 edições da Revue Cultive, organizou duas Antologias Cultive e livros dos autores Maria José Esmeraldo Rolim, Paulo Bretas, Regina Naegelli e três ebooks.
É preciso analisar É preciso se perguntar se estamos realmente certos É preciso não olhar a miséria com desdém É preciso amenizar o sofrimento É preciso ajudar É preciso buscar a paz interior de toda forma
Du 28 / 10 au 01/11/2020
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literatura Angeli Rose é carioca, geminiana, colunista da secção “Cultura e Lazer” do Jornal Clarim Brasil às quartas-feiras. Gosta de conversar e de praia, além de ler e escrever. É professora de Literatura Brasileira há mais de vinte anos, PhD em Educação, Doutora em Letras, Especialista em Jornalismo Cultural, entre outras formações. Suas pesquisas trataram da formação de leitores jovens, resultando no livro “Reflexões sobre experiências de Leitura e algumas contribuições sobre o mito de Don Juan”, pela editora Atena. Possui inúmeras participações em antologias do cenário lusófono, sendo a mais recente “Registros femininos” da editora Chiado. Além disso, é autora de Biografia não autorizada de uma mulher pancada, infanto-juvenil. É membro-correspondente da AMBA, foi agraciada recentemente com o título de “Embaixadora da Paz” pela OMDDH, além de ter-lhe sido outorgada a “Comenda Maria Quitéria – Heroína da Pátria” pela FEBACLA. Atualmente, dedica-se à função de
ANTEPASSADOS DE HOJE, MULHERES DE ONTEM Bárbara saiu de casa decidida a resolver o problema profissional pendente. Saiu “vestida para matar”, digo, saiu vestida para mandar. Mandar os criadores de problemas às favas. E contadas. Enérgica, determinada, prática, franca e leal, sobretudo leal, até com as inimigas (coisa rara nos dias de hoje!). Saiu de casa como um vento que passa levando consigo o que não serve mais. Oiá! Parecendo a deusa dos ventos, a mulher simpática e dona de si e de suas histórias saiu pela porta de casa com a bolsa a tira colo cheia de apetrechos que qualquer mulher previdente acredita que pode precisar em algum momento do seu dia, seja para si, seja para ajudar a outra que encontre pelo caminho. Ela tem o poder de lembrar-nos que é inútil fincar ideias em tantas certezas, ainda que brilhantes, porque a vida nada mais é do que estocar ventos, quando nos damos por nós. E que perigosos são os tolos. Oiá!
cruzasse. Oiá! Sim! Perceberam aquela mulher esguia, alta, de olhar direto e molejo discreto andando pelas ruas com pressa? É ela. A negra de rosto bem desenhado, lábios grossos, cabelo arredondado no puxado para cima, argolas grandes envolvendo um pingente em forma de rosa sobre as orelhas. Por onde passa “causa”. Por onde está é notada. E tem sempre um conselho que bafeja na ponta da língua para quem confidencia alguma amargura ou preocupação. Dá a nós a corrente de ar que resgata a memória de que a “vida normal e estável” não existe. É uma ilusão. Oiá!
Parece que estou ouvindo o canto da terra com pés batendo no corpo fino de Maria Bethânia, vindo pra perto de mim com a poesia de “Dona do raio e do vento”. Eparrê! Oyá! Quem é Maria Bethânia, a baiana? A “baionoca”? Sim, porque vive no Rio de Janeiro nas Estrada das Canoas faz décadas. A geminiana das palavras certeiras e pensamento mercuriano ensaia alguns passos no cenário da MPB faz tempo. Dou-lhe um tempo para ver e ouBárbara está acostumada a atravessar grandes dis- vir a grande intérprete de “Carcará” e de “Carta de tâncias para ir trabalhar, tal qual o rio Níger, na Amor”: https://youtu.be/wR05zNR5GCc África Ocidental, que segue seu curso saindo da Guiné até chegar ao oceano, tendo cruzado o ter- Mas sabe ser brisa, para além das tempestades ritório da Nigéria. Ao falar, com palavras doces e que causa quando vê uma injustiça, ou a ela imacolhedoras, faz aragens mentais que chegam a pa- putam uma responsabilidade que não é sua. Tem recer em seguida tempestades de ideias e de pro- clareza sobre as diferentes funções que exerce na postas de atividades que caibam como uma luva vida nos variados grupos a que pertence. Pertenem cada ouvinte, pois conhecia a todos como nin- cimento é, aliás, uma palavra difícil. Tem sua faguém. Aquela observação certeira que conseguia mília e a preserva, porém, precisa de liberdade para tirar o melhor de cada uma que por seu caminho em seu próprio tempo e espaço criar. É facilmente 48
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literatura reconhecível como mulher de múltiplas facetas. Aquela que consegue pensar uma maneira mais prática de modo ágil para resolver algum “abacaxi”. Sua fruta preferida é manga, mas o melão também é bem vindo ao café da manhã, ou no lanche da tarde. Oiá!
convivas a presença daquela que se foi. Essa mulher-amiga e leal é necessária para que a faceta dela em cada uma de nós apareça em algumas situações de nossas vidas. É possível que você conheça alguma Bárbara em sua constelação profissional ou familiar, porque temos esse potencial dentro de nós, a poção – mulher ventania , pragmática e criativa que vai resolvendo os problemas cotidianos sem perder a vitalidade que lhe é peculiar. Sabe ser uma adversária de peso, quando necessário. E não tem paciência com as dissimuladas, preferindo partir para uma conversa franca, para em seguida fazer o convite para u gostoso refresco que alivie as tensões. Ainda não encontrou a Bárbara dentro de você? Talvez seja o lado B. ainda. Não precisa contar para ninguém que ela chega as segundas e quartas, escancarando janelas, batendo portas, mas com um amor imenso pela vida, sem esquecer que existe o outro lado do espelho que precisa de alma e animação.
Vibrante na cor que veste, essa mulher atraente e sedutora sabe também cativar seu amor e nos dá uma lição de sedução, sem ser vulgar. É um sopro de feminilidade encantada. Mas o que é ser vulgar senão estar fora de contexto? E se a ela fora dada a oportunidade de contar alguma história num grupo, logo, logo ver-se-á atraído pelas palavras cativantes e pelo carisma inigualável dela. Sua liderança é incontestável e sempre lhe traz adversárias. Aí, é possível também deparar-se com o ciúme dessa mulher diante do homem que ama ao vê-lo ser gentil com outra mulher. Controla tudo e todos a sua volta, soltando lufadas de olhares certeiros. Bárbara é a mulher que procura correr contra o tempo, embora deite a ele certa reverência. Sabe que o tempo não é um recurso renovável. Está a Assim, na procura de entender os ventos e a mulcorrer e a passar como nossas vidas sem que nos her-B. em mim, concluo essa crônica com um poedemos a perceber. Oiá! ma publicado originalmente na Antologia Ao Intento do Vento. Poesia nas montanhas de Minas. (vol.2),2019, “Os ventos são lobos” Passam por mim os uivos dos ventos A matilha vem em forma de arrastão Leva folhas, lembranças e pensamentos Mas o desejo que me ronda e possui resiste e apela às ondas do coração.
(A Tempestade,1507, de Giorgiane) Bárbara, aquela, saiu para ir ao encontro de amigos no cemitério. Acabara de falecer uma amiga querida: Nana. E estar perto de alguém que se foi recentemente é próprio dela. Antes de todos chegarem, ela chega e arruma tudo para a hora das despedidas. Faz do velório uma festa fúnebre com o toque de amizade que traz à lembrança de todos os
Sigo ao intento das tempestades famintas De amor, serenidade e algum otimismo. Nenhum gesto teu me afasta ou reduz Apenas torna mais forte as pequenas certezas De que sem teus olhos por perto e tua boca sobre a minha Nada é perfeito ou lateja como sentimento visceral. Eles, os lobos, me devoram como aos bêbados mais incautos. Sem eira ou beira quebram vidraças, comem ovos, Viram latas nos becos e arrumam fixas de areias; Por mim, sigam os restos da menina capaz de dobrar a intenção mais guardada nos recônditos vales anímicos. Revue Cultive - Genève
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mais se esquecia de escrevê-las. Mãe, porque é Missa do Galo? Tem um galo na missa? Não filha, é que o galo canta anunciando o novo dia. E na missa celebra-se a vinda do Menino Jesus. É renovação de vida. Verinha fingia entender a explicação. Corre filha, vem provar o vestido, só falta ajustar na cintura. Não se mexa, senão você se espeta com os alfinetes. A garota sentia-se uma princesa com o vestido- cor- de rosa, de babados e rendas. Você tem que me ajudar a enfiar a agulha. E, assim, a menina aprendeu a chulear, pregar botões, fazer casas de botões e barra. Tudo à mão. NATAL DE OUTRORA, NATAL DE AGORA Norma Brito
Véspera de Natal. Rebuliço na casa. Filhos crescidos. Moravam distante, raras as vezes que se viam. Motivo suficiente para estar eufórica e feliz.
Recordações... Hoje não se chuleia mais à mão. Existe uma máquina - overloque - que além de chulear, ainda corta as pontas dos tecidos.
Presentes embaixo das camas. O velhinho já estava ficando esquecido e nem sempre trazia o que lhes pediam. Mas ficavam felizes mesmo assim. Cedinho, a garotada corria para verem os embrulhos coloridos. Eram bonecas, panelinhas Mesmo assim, impossível evitar a nostalgia. de alumínio, móveis de madeira com penteador, Lembrava-se de um Natal diferente quando era carrinhos. criança, em sua pequena cidade. Como num filme, via nitidamente os preparativos para a fes- O Natal transmudou-se. Banalizado com prota. Uma vez ela presenciou assustada, a empre- pagandas de produtos, lojas cheias, pessoas com gada embebedar o peru para facilitar a tarefa de sacolas de presentes. O comércio explorando as sacrificá-lo e no dia seguinte ser transformado pessoas. Os enfeites das árvores bem mais monum delicioso prato: o tradicional Peru de Natal dernos bolas rebordadas, inquebráveis. E até recheado com farofa de miúdos temperados. Papai Noel indo e vindo numa cadeira de balanCheiro forte vindo da cozinha. Carnes, salpicão, rabanadas e bolo de frutas cristalizadas. Nada sofisticado, porém muito especial. Aquele momento mágico quando toda a família se reunia para desejar paz, brindar, degustar as delícias natalinas e trocar presentes. Nos vãos da memória, não havia nenhuma árvore de natal. Não, se tivesse, ela não se esqueceria. Somente depois de casada ela comprou uma pequena árvore e todo ano a enfeitava com a ajuda dos filhos. Do presépio, ela lembrava: a manjedoura com o Menino Jesus, as vaquinhas e os três Reis Magos. A história recontada, envolta de mistérios e beleza. Pura emoção.
ço, requebrando os quadris, tocando um instrumento ou dizendo Ho, Ho, Ho se lhes apertam um botão ou plugam o fio. Brinquedos eletrônicos, adolescentes preferindo um modelo de celular mais sofisticado. Quase todo mundo compra em dez ou mais prestações. O sentido do Natal também é outro. Missa do Galo? A maioria nem sabe o que é. Alguns nunca assistiram a nenhuma. Os amigos para sempre se separaram, cada um seguiu seu destino. Não se enviam mais cartões de natal. Agora, são mensagens eletrônicas, impessoais. A Ceia em família parece ser a tradição que restou.
Mas... E o espírito natalino? Nos semáforos, as menininhas se aproximam com uma flor, os O que mais fascinava a menina era o Papai Noel. rapazes com folhetos ou frutas. Rapidamente Imaginava o bom homem sobrevoando os telha- fechamos os vidros, travamos as portas. Dentro dos, no trenó puxado pelas renas. E as cartas? Ja50
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do carro, sacolinhas cheias de bombons e brinquedos para aplacar nossas consciências. As crianças, felizes por um momento, correm a mostrar os presentes para as mães, sentadas nas calçadas com bebês nos braços, quase sempre alugados. Que importa? A menina de outrora agora compreende que muitas crianças jamais verão o bondoso velhinho, de cabelos e barba brancos, vestido com um macacão vermelho e gorro da mesma cor. Mas elas não precisam conhecê-lo. Muito menos de neve, trenó e renas. Nada disso saciaria sua fome, daria emprego para os pais ou um lugar para chamar de seu. Vermelho, elas já conhecem do sangue derramado por parentes e amigos, em brigas de gangues, nos estupros e abortos. Precisam de verde esperança. De dignidade; disso sim, elas precisam. E nossa sociedade, de uma maior consciência das desigualdades sócio-econômicas gritantes, da pobreza extrema de nossos vizinhos da favela ao lado, nossos irmãos em Cristo.
DE Norma Brito Para Irislene Castelo Branco VERSOS A UMA AMIGA RECENTE – Cara amiga poeta Eu não sei fazer poesia Mas quero te fazer uns versos Nesta longa pandemia Nos dias de solidão Pensei muito na amizade Coisa rara se é sincera Mesmo na adversidade Tempo de reflexão, de amor, De esperança, empatia e amizade Que não se compra nem Se vende. É pura felicidade. No labirinto da memória Imagens podem se perder Mas os verdadeiros amigos Não precisam estar, somente ser Que nossos laços sejam fortes Tão firmes na nossa lida Amigo é o que escolhemos Para partilhar nossa vida Por isso amiga poeta De dons artísticos e vários Façamos a vida justa e alegre Para um mundo melhor, igualitário. Que neste natal possamos Dar-nos as mãos e nos abraçar Mesmo que virtualmente, Para o menino jesus rezar Assim, receba estas flores, Saibas que podes comigo contar Que deus te abençoe neste natal E que a estrela guia esteja sempre a brilhar.
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Jacqueline Assunção de Lima Braga “O que faz andar a estrada? É o sonho. Enquanto a gente sonha a estrada permanecerá viva...”.Mia Couto Eu uma sonhadora... Perguntei, quem é você, Jacqueline? Ela respondeu. Quem sou dentro desse universo? Buscaremos um memorial do ponto de vista familiar, acadêmico, da infância, da vida adulta. Uma dinâmica onde se faz a ligação do que eu sou (o narrador) do eu narrado (aquele que penso ser). Sim, Jacqueline, como você se vê? A imagem que se tem de si deve começar com informações elementares. Me chamo Jacqueline Assunção de Lima Braga, “Eu trago em mim dois corações” Mãe do Lucas e da Thereza. Tive uma infância simples, com direito a um balanço no cajueiro do quintal e a muitas bonecas de pano, isso não tem preço, tem saudade... Desde criança transbordo de criatividade. Nunca entendi a obviedade. Existe? Sempre pensava que deve haver uma razão para tudo. Envolvia-me em projetos de arte nas escolas e fui rotulada de excêntrica. Me dá prazer voltar a adolescer por meio da memoria, fui uma jovem irreverente. Esse amor pela arte é uma herança? Minha mãe a pessoa mais linda, generosa e sensível que já conheci, desprovida de preconceitos, mas não lembro dela, bordando, costurando e nem pin52
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tando, nem meu pai tinha aptidão para arte, apenas pouco antes de falecer, tocava violão... Leio, pinto, escrevo, desenho roupas, danço, decoro a casa ornamentando com o vintage, cozinho de modo vintage, não gosto do igual... Sou intensa, sou amante das artes, o belo me atrai, “aquele’ que Platão mencionou lá no “Banquete” o belo enquanto bem. Penso que a raça humana é metamorfoseada, se ela não for, eu sou. A arte fala alto com sua subjetividade e potencia, tem a capacidade de me fazer bem. As leituras são verdadeiros remédios para a alma, tem dias que minha alma precisa de doses de poesia. Mas minha fortaleza é o grande “EU SOU”. Com esse espírito livre, foi difícil escolher uma carreira? Sempre realizei muitas coisas ao mesmo tempo, lembro de uma época, quando meus pais se separaram, eu trabalhava em três lugares e ainda estudava a noite. Comecei o mestrado, uma especialização e finalizando uma graduação. Nunca imaginei que terminasse uma graduação, imagina ter estudado e me graduado em três cursos universitários, além das três especializações e do mestrado. Se alguém me contasse diria “Mentira”. Assim vou pela vida fazendo arte, buscando construir uma egrégora de sentidos, mesclando negócios turísticos, politicas públicas, artes plásticas, filosofia, psicanálise e escrita terapêutica. Nome Jacqueline Assunção de Lima Braga, nasceu em Fortaleza -CE,– Brasil. Mestra em Gestão de Negócios Turísticos pela Universidade Estadual do Ceará –UECE, Especialista em MBA em Politicas Publicas pela Universidade do Parlamento, Especialista em Planejamento Educacional pela Universidade Salgado Filho – RJ, Graduada em Teologia pela Universidade Católica do Ceará, em Filosofia pela Universidade Estadual do Estado do Ceará, Graduada em Artes Plásticas pelo Instituto Federal do Ceará IFCE, Formanda em Psicanalise Pelo Instituto de Psicanalise do Brasil, Formanda em Escritas Terapêuticas pela Central dos Escritores, Formanda em Saúde Mental pelo Movimento de Saúde Mental do Ceará. Membro do Programa do Voluntariado Cearense, Assina Coluna “Ser Cuidando do Ser” no
literatura jornal da assalce. Tenho feito muitas travessias, por meio das leituras, praticando biblioterapia, cuidando do outro e assim de mim mesma. A leitura reverbera para além dos encontros do cuidado sistêmico que promovo. Me encanta o ser que cuida do ser. Inicialmente pensei em artes plásticas, devido aminha graduação em Artes Visuais, com oficinas de pintura e exposições sobre História da Arte. Mas, durante uma pesquisa, “um anjo” mostrou-me a palavra “BIBLIOTERAPIA”, uma prática de cuidar do ser por meio da literatura, uma pratica pouco difundida no Brasil e no mundo, sendo uma disciplina dentro do curso de Biblioteconomia, praticada por outros profissionais como psicólogos, filósofos, não só pelos bibliotecários ,mas que Os chamarizes da ganância ainda não tem uma formação.
Izabella Pavesi
Encantada com a prática e inspirada no poema de Rubem Alves de que “Todo Jardim começa com um sonho...”, o sonho me levou a uma idealização e à criação do Programa “Entre Artes - a Arte de Viver”, que traz como proposta pioneira o “Estante Assalce – Ler Cuidando do Ser”, um projeto hoje querido pelos servidores. Reunimo-nos em rodas de conversa, método vivencial que a Biblioterapia utiliza para fazer travessias por meio dos livros, remédios para a alma, que são elencados e vão morar na estante livroterápica da Biblioteca César Cals de Oliveira, da Assembleia Legislativa do Ceará, disponível para os servidores e para a toda sociedade. A Biblioterapia tem sido um caminho de ressignificação e interação social para os servidores. Transbordo em afeto e passeio pela existência consciente de que vale o encontro com o outro.
Uma ligeira sacudida abriu a fenda No eixo da Terra. Eram demasiados... Os chamarizes da ganância de consumo, Por demais da conta luxos vãos. As vaidades desnudas se recolheram, E os almejados quereres também. Encerrados em si, por fim, Faces nuas se veem no espelho. Seres humanos se rendem a sua essência, Se entreolham na espiral da rotina Pare!... essa é a ordem. Se olhe! Perceba o flutuar de tua alma! Erga o olhar! Faça uma prece! E, que novamente, se agite a flâmula da Paz!
Outono- Isabella pavesi Folhas de outono Pululam pela relva orvalhada Galhos secos Dias cinzas Flores envelhecidas Bancos vazios. Tempos breves, ítens dispersos. Só o leve balançar de brisas E de sonhos ondulantes. Revue Cultive - Genève
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literatura SOBRE O MITO DA CAVERNA DE PLATÃO
Oneida Maria Di Domenico
Vou fazer uma breve analogia sobre o mito da ‘Caverna de Platão’, extraída do livro: A República de Platão. Considero-a belíssima, e com a qual fiquei mais apaixonada pelos filósofos. Segundo a mitologia, uma tribo habitava dentro de uma caverna escura e fétida, não saíam para nada, pois seus mundos se resumiam a estarem lá dentro e sob as ordens de um líder cruel e manipulador.
Certa vez Platão aparece e convida um integrante para dar um passeio. O convidado reluta e diz que não pode sair, pois seu mundo é dentro da caverna, e ainda tinha que ter a permissão do líder. Analisar a situação em que Sócrates se encontrava Platão, após várias tentativas, conseguiu convencer ao tomar a atitude de que-rer aprender a tocar um o aborígene a sair. instrumento musical (a ária) - acredito ser um sonho seu ainda não realizado - teve razão em querer Esse ao retornar à caverna, relata que lá fora existia aprender antes de lhe prepararem o veneno que o muita luz, natureza abundante, muitas frutas que levaria à morte. serviriam de alimento, riachos, muita água, entre
NUNCA DEIXAR DE APRENDER
outras coisas mais. Muitos não acreditavam no Nota-se nessa ânsia pelo conhecimento, que so- que estavam ouvindo. Afirmavam que o aborígene mos eternos aprendizes, pois nunca sabemos tudo, estava delirando e um tanto louco, pois o mundo sempre há o que aprender. se resumia ao interior da caverna e nada além dela poderia existir. No que se refere às notícias, só sensacionalismo, crimes de todos os tipos, golpes cada vez mais bem Com o passar do tempo, os demais aborígenes elaborados, numa sociedade mercenária, sem es- perceberam que aquele que saía, voltava sempre crúpulos, sem caráter e sem perspectivas de uma com ideias novas e querendo mudar a situação em vida melhor para os menos favorecidos. que a tribo se encontrava. Relutavam, não queriam Nossos Legisladores e Administradores Públicos, em meio à distração da população, na calada da noite, como quando se quer dizer às escondidas e às pressas, edi-tam leis, tiram direitos, e fazem o que bem entendem sem a devida consulta a quem real-mente interessa, só pensando nos próprios interesses. Nossa vida profissional, bem como todos os nossos direitos fundamentais, depende do sistema de governo em que vivemos. Todavia, apresenta-se, aos que têm olhos para ver, numa verdadeira ineptocracia. Enquanto isso, os heróis do povo são os malfeitores que vivem fora da lei e subjugando o povo honesto e trabalhador que preza por sua boa índole e possui valores éticos para preservar. 54
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mudar, queriam permanecer como estavam.
Todavia, aos poucos cada um teve a vontade de sair e ver o mundo lá fora. E assim a visão deles começou a se ampliar e perceberam que o mundo era maior e mais belo do que se ficassem somente dentro da caverna escura e monótona. E aos poucos um a um descobriu que a vida poderia ser bela fora da caverna. Podiam escolher o que fazer e decidir, qual lugar ir, do que se alimentar, portanto, ficarem livres da escuridão, e que também não havia a necessidade de seguir tão cegamente um líder que não lhes dava a liberdade de escolha. Vejam o quão difícil é de sair da - zona de conforto - de uma situação em que vivemos, para assim poder tornar nossa vida um pouco mais atraente e confortável, ou seja, vencer uma dificuldade e superar-se, conquistando a liberdade.
literatura SAUDADE DE OUTRORA
VOCÊ ABRIGA:
Saudade, quem nunca sentiu? Recordar é reviver, é Em seus olhos verdes, ser nostálgico por lembrar dos entes queridos que a relva molhada do orvalho já partiram. É voltar a ser criança. É sentir um aro- que brilha ao amanhecer. ma, um sabor e um grande amor! Em seus braços, Da minha infância, sinto saudade da vida no in- o aconchego. terior, com ar puro, natureza farta, frutas diversas colhidas diretas do pé, ordenhar o ‘apojo – leite Em suas mãos, mais espesso’, sentir o aroma e o sabor do ‘camargo’ a carícia. que vem a ser o ‘apojo’ misturado com café quentinho. Ah! Esse gosto nunca mais senti. Em seus lábios, o sabor da vida. Essa prática diária, na qual minha mãe nos levava, eu e meus irmãos, era a hora mais feliz do dia, pois Em sua pele, um a um aprendíamos a ordenhar. a sedução. Quando nos vem à mente a saudade do pai, do tio, do irmão, do vizinho, do amigo, enfim, daqueles que, quando bate a vontade de ver e sabemos que nunca mais os veremos, pois já partiram, fica a imagem, a saudade, a vontade de voltar e fazer muito mais do que tínhamos feito ou dito: eu o amo, eu sinto sua falta, você é importante para mim. Aconselho: nunca deixe para depois dizer o que quer, pois amanhã será tarde demais. Dizer o amo e sempre o amarei, significa: jamais lhe esquecerei, pois vivo permanecerá em minhas lembranças.
Em seu tom de voz, o carinho Enfim, Com a sua companhia naquela noite de muito som e poesia, percebi a melodia Em que você havia.
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literatura Natal todo dia
Pio Barbosa Neto
Um clima de sonho se espalha no ar, pessoas se olham com brilho no olhar, a gente já sente chegando o Natal. É tempo de amor, todo mundo é igual. Os velhos amigos irão se abraçar, os desconhecidos irão se falar e quem for criança vai olhar pro céu, fazendo pedido pro velho Noel. Se a gente é capaz de espalhar alegria, se a gente é capaz de toda essa magia, eu tenho certeza que a gente podia fazer com que fosse Natal todo dia. Se a gente é capaz de espalhar alegria, se a gente é capaz de toda essa magia, eu tenho certeza que a gente podia fazer com que fosse natal todo dia. Um jeito mais manso de ser e falar mais calma, mais tempo pra gente se dar. Me diz por que só no natal é assim que bom se ele nunca tivesse mais fim que o natal comece no seu coração que seja pra todos, sem ter distinção. Um gesto, um sorriso, um abraço, o que for o melhor presente é sempre o amor.
que se destacam com suas vozes mágicas, emocionando a todos aqueles que assistem este momento de pura estesia e encanto. Repetindo o sucesso do ano passado quando o Ceará Natal de Luz contribuiu para a revitalização cultural de um importante espaço de nossa cidade, a Praça Portugal foi mais uma vez palco do resgate das manifestações populares natalinas, caracterizadas principalmente pela religiosidade, cânticos e entretenimento. Entre as atrações artístico-culturais, o público pode assistir, a espetáculos de orquestra, tenores, corais, num encontro que reúne a magia do natal a contagiar toda cidade. Universal, abrangente, calorosa ¬ assim é a festa de Natal, que envolve a todos.
Uma das mais coloridas celebrações da humanidade, é a maior festa da cristandade, da civilização surgida do cristianismo no Ocidente. Época em que toda a fantasia é permitida. Não há quem consiga ignorar a data por mais que conteste a importação norte-americana nos simbolismos: neve, (Roupa Nova - Natal Todo Dia) Papai Noel vestido com roupa de lã e botas, castanAo longo dos séculos, os homens sempre buscaram has, trenós, renas. interpretar rituais. Das cavernas aos arranha-céus, homens e mulheres nunca escaparam do encontro Até os anti-natalinos acabam em concessões, um presentinho aqui, outro acolá. Uma estrelinha de com datas especiais. Belém na porta de casa, uma luzinha, um mimo Os sinais exteriores de agitação nas ruas, dos apelos para marcar a celebração da vida, que é o autêntisedutores de vitrinas, refletem um quadro que nem co sentido da festa. Independente do consumismo, sempre traduzem os sentimentos vivos de uma tão marcante, o Natal mantém símbolos sagrados realidade mesclada na solidão de atitudes deser- do dom, do mistério e da gratuidade. tas, nos acenos de um mundo injusto a verter sua vacuidade profunda, mergulhada numa roupagem Por certo, neste período de festas natalinas, pode contrastes, distantes das luzes que acenam nos demos vislumbrar ao nosso redor, inúmeros indigrandes corredores das avenidas adornadas pa- gentes sem teto, moradia, renegados, às esquinas recendo ser a vida, um conto de fadas, enquanto, de um quarteirão qualquer de uma grande mesabemos que a cara da cidade sufoca nestes tem- trópole, dividindo calçadas com outros seres desipos a aparente miséria com slogans festivos e com guais que por ali passam indiferentes aos clamores comemorações que iludem os olhos sem iludir o de tantos outros que esperam um gesto nosso que possa traduzir uma mudança visível no existir dicoração. visível de suas existências fragmentadas pelo ócio Em minha cidade, Fortaleza, tive a oportunidade do tempo, pela escassez de tudo, pela fome, vício, de assistir a edição do Ceará Natal de Luz 2017, pelo viver sem nome, lançado a um precipício de um espetáculo que reúne por semana, cerca de 20 densas ruínas. mil pessoas, em média, que assistiram verdadeiros espetáculos musicais nas Praças do Ferreira e Por- Percebendo a obscura face da cidade, nas madrugadas, certa ocasião pude notar na solidão de uma tugal. calçada deserta, frente às luzes da cidade a cobrir O Coral da Luz canta todos os dias das sacadas do espigões eretos, magazines, um menor de rua toHotel Excelsior, sempre com a presença de crianças cando aquelas vitrines, onde podíamos ver o desejo 56
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literatura daquele infante fitando olhos em alguns brinquedos que estavam bem ali diante de sua realidade, profundamente cerceada pelo ócio de uma esperança que parecia mutilada diante da realidade muda do que via.
deçamos ao seu chamado, pois para isto existimos, para seguir os seus passos. Em seus passos, o que faria Jesus?
Talvez que nestes tempos, esta cena fale mais do que as grandes manifestações natalinas que no íntimo são uma forma clara de aquecimento da economia, das promoções que sustentam a impressão de que somos um país próspero, civilizado, capaz de mostrar ao mundo, nossas cores e luzes, em ruas bem adornadas, quando dentro delas, nas caladas da noite, dormem indigentes, travestis, drogados, prostitutas, menores infratores, gangs, vultos sem nome e endereço, ilhados em um viver sepulcral como se fossem zumbis, “mortos-vivos”, sem que ninguém ou nada lhes alcance, além do preconceito que os cerca e os acompanha mercê também de nossas escolhas, quando lhes negamos o direito de serem comuns, iguais a nós.
Graduação em Filosofia pela Faculdade de Filosofia de Fortaleza (1985),Curso de Ciências da Religião (2001) , Pós -Graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional (2005) Pós-graduação em Ciências Políticas, Sociedade e Governo (2013) MBA - Master in BusinessAdministration em Formação de Políticas Públicas Inovadoras (2013) MBA - Master in Business Administration em Assessoria Parlamentar (2016) Mestrado pela Universidad Politécnica y Artística delParaguay (2011) Doutorado em Ciências da Educação (UPAP-PY 2016). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação, além de ser escritor, roteirista, poeta. Trabalha na UNIPACE ( Universidade do Parlamento Cearense ), tendo atuado na Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia legislativa do estado do Ceará, como servidor do Poder Legislativo. Estou acadêmico do Curso de Direito pela UniChristus. Estou membro da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará, ALMECE - Cadeira nº 80 e da ACE ( Associação Cearense de Escritores). Membro do CONINTER, cadeira nº 18, membro do Centro de Cultura do Ceará, cadeira nº 08. Membro de Honra da Divine Academie Française dês Lettres Arts et Culture. Membro da Academia de Letras Juvenal Galeno – ALJUG, cadeira nº 37. Membro da Academia de Letras e Artes do Ceará- ALACE, cadeira, nº 39. Membro da Cultive – Association International D’Art, Litterature et Solidarité. Obras publicadas :Palavreando – 1997;Estesia – 1998; O Ato de Educar- 2010; Com mais de 60 trabalhos escritos, assim divididos Prêmios Literários 2008 - Homenagem na Semana do Servidor da Assembléia Legislativa, Assembleia Legislativa do Ceará. 2007 - Homenagem na Semana do Servidor da Assembléia Legislativa, Assembleia Legislativa do Ceará. 2006 - Homenagem na Semana do Servidor da Assembléia Legislativa, Assembleia Legislativa do Ceará. 2005- Homenagem na Semana do Servidor da Assembléia Legislativa, Assembleia Legislativa do Ceará. 1996 - Homenagem na Semana do Servidor da Assembléia Legislativa, Assembléia Legislativa do Ceará.2016Homenagem no Dia do Escritor Cearense
No seio da sociedade muitos há que acusam de maneira clara àqueles que de forma devotada, dedicam-se aos excluídos. Seria oportuno que estes ditos religiosos que sustentam a ideia de que estamos praticando um mero assistencialismo barato, pudessem ir aos hospitais, cadeias, onde inúmeros homens e mulheres estão cativos a um leito ou a uma cela fria, e buscassem extrair argumentos que justificasse uma postura preconceituosa e indiferente diante daqueles que estão à margem da vida e das pessoas, alijadas do simples direito de viver e serem iguais. Pessoalmente o que posso entender como um agir anticristão está na contradição visível do que se fala e daquilo que se diz crer. O que Deus espera de nós não será nunca a nossa caricatura religiosa, pois assim agiam os fariseus a quem o Cristo chamou de “sepulcros caiados” – bonitos por for, podres por dentro. Uma frase de um hindu me surpreende quando afirma: “Porque vocês cristãos teimam ver Deus de olhos fechados? Vejam-no na forma de mendigos, pobres e necessitados”. Que a realidade do natal se revele não nas celebrações soberbas, recheadas de ostentação, mas que o exemplo do Cristo esteja em nós a fim de que obe-
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enfrentaram uma luta silenciosa, travada em leitos Tereza Porto dispostos lado a lado nos amplos espaços frios e higienizados, ou no interior de UTI’s, lugar onde Anjos são seres etéreos, que de vez em quando a vida e a morte realmente travaram um combate assumem a forma humana. Ora são luzes, ora se silencioso. revestem de matéria, outras vezes vagueiam pela estratosfera, ou param e esperam a hora de agir, de De forma abnegada, e numa entrega solidária e plena de compaixão, mergulharam em hospitais moncumprir a missão que receberam. tados às pressas, percorreram corredores sem fim, Tal qual pastores na colina, observam o movimen- tentando segurar as vidas que se esvaíam, mesmo to do rebanho a pastar nas encostas verdejantes, cientes do risco que suas próprias vidas corriam. atentos a qualquer ação ou reação de suas ovelhas. Com dedicação e foco total, abriram mão de suas Apenas pastoram e guardam, mas estão sempre rotinas e do convívio familiar para salvar vidas nessa maratona macabra. Mas cada vida salva era um prontos a correr em seu socorro. troféu que compensava todo esforço e todo o suor Cada anjo tem sua missão. Missão de ajuda, missão derramado. de proteção e de defesa. Como Anjos da Guarda, eles são a mão de Deus na Terra. E com essa mão Nesse território de incertezas, nessa arena em que que o Pai lhes empresta, eles são o resgate da es- a arma mais poderosa era a fé, os anjos de jaleco perança quando tudo parece perdido, são a cura atuaram como soldados de Deus, usando a ciência e nas enfermidades, são o alento no desespero, são exercitando sua capacidade de vencer o impossível. unguento na dor. Sempre que necessário, também Não mediram esforços em sua tarefa sobre-humasão bússolas na falta de rumo, faróis nos oceanos na de resgatar a saúde mesmo diante de quadros revoltos, são luzes em momentos de escuridão, são considerados desesperançados. abrigo nas tormentas, são refúgio nas tempestades, são amparo nas quedas, são abraços no desalento, O mais emocionante acontecia no final, quando cada paciente recuperado revertia um pouco as exsão a paz que se segue à guerra. pectativas negativas e provocava um clima raro de Recentemente, eles foram convocados em massa. satisfação no time. Então, era lindo ver esses anjos Uma terrível crise de saúde caiu sobre a humani- perfilados no corredor aplaudindo a vitória da vida dade, fazendo-a atravessar um período de isola- sobre a morte, numa vibração intensa em homenamento e de medo. E isto foi palco para a atuação de gem a cada pessoa que conseguia sobreviver. Alemuitos anjos, que se reuniram em grupos para en- gria de anjo é lindo de ver. frentar com coragem a morte. Doaram suas vidas na luta pela vida de pessoas que arfavam desespe- Portanto, a homenagem importante que também radas na busca de algo tão acessível a todos os habi- deve ser feita é a todos esses anjos profissionais da tantes do planeta: o ar que se respira, fonte da vida saúde que, no mundo inteiro, estiveram na frente terrena. Com os pulmões invadidos por um vírus de batalha durante a pandemia de 2020. São médirecém-descoberto, enfermos suplicavam por um cos, enfermeiros, técnicos e funcionários adminisfio de ar que somente uma máquina, ligada a um trativos das instituições de saúde que abdicaram, tubo, podia respirar por eles. E assim permaneciam por um longo período, de sua vidas cotidianas para em lenta e insuportável espera pela recuperação cuidar dos que foram infectados pela doença. Muida vida, que caminhava em compasso declinante tos anjos também foram atingidos por esse vírus rumo ao fim. A morte virou uma estatística cruel, mortal, e alguns até sucumbiram nas trincheiras revelada em números crescentes a cada noticiário, do combate, mas, como foram todos ungidos por Deus em sua missão, jamais arrefeceram. Por isso, provocando pânico. merecem as mais vibrantes homenagens e a eterna Diante de situação tão extrema e tão extensa, quis gratidão de todos. Deus que um time de anjos surgisse em socorro dessas centenas de seres contaminados. Estes anjos Os Anjos de Jaleco foram os heróis dessa horriusaram máscaras, vestiram jalecos brancos cober- pilante batalha que surgiu na segunda década do tos por capas de proteção e, de forma incansável, século XXI e que, por certo, vai marcar a história
ANJOS DE BRANCO
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do mundo para sempre. Por isso, sinceras homenagens a eles, e nossos profundos agradecimentos por tudo o que eles fizeram pelo bem da humanidade.
Plumas ao vento
Vera De Barcellos
E quando a semente brota da terra, surgindo as raízes, o caule, as folhas e as flores, perfumando os ares, e lá vai a primavera em nossos corações com a beleza de suas cores e vigor.... E com o sol causticante do verão, procuramos abrigo nas sombras das amendoeiras mais próximas. Caminhamos descalço pelas vielas da vida, aspirando a leve brisa no entardecer dos nossos dias. O calor pouco a pouco enfraquece, dando lugar as folhas amareladas pelos tempos, quantas saudade nos outonos do nosso viver. E as folhas levemente caiem pelos caminhos, contornando ladeiras em rapsódias musicalizadas... E no inverno, o vento assopra de mansinho os tempos que sempre foram tempos. Então eu canto as ladainhas junto ao sussurrar das águas que correm pelos rios, acompanhando a chuva de mansinho a cantar sua canção preferida. E assim o tempo vai passando e novas descobertas acrescentando, poemas e poesias, cantos e cantarelas nas areia ondulantes dos nossos desertos. Deixamos de mansinho a beleza circunspecta da nossa saudade e embrenhamos pelos portais da tranquilidade, da simplicidade e da alegria de saber viver a vida, como os pássaros a voar pelas pradarias, como plumas ao vento, como perfumes nos ares, como o amor que une as almas em perpetua sublimidade, atravessando os portais dos tempos ao encontro da nossa imortalidade. . Por que não? Revue Cultive - Genève
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literatura VER = versos livres ou não. TRI = trinta e duas palavras P = pensamento concreto As 32 palavras são distribuídas entre os 11 versos. O poema é constituído por uma estrofe de onze versos (livres ou não), pelos quais se distribuem 32 palavras da seguinte maneira: Duas palavras nos versos ímpares e quatro nos pares, ou quatro Palavras nos versos ímpares (com exceção do 11º que também ficará com duas palavras) e duas, nos pares.
CELSO CORRÊA DE FREITAS (CCF)
Pode abordar qualquer tema, dispensa rima, porém o título é obrigatório. Formas diferentes nas disposições acima, sem interferir na concepção das 32 palavras em onze versos, serão consideradas "Variáveis" da forma original (Histórica) pensada para a estrutura do OVERTRIP.
ATUAÇÃO ARTÍSTICA: Literatura, Teatro, Música, Fotografia e Mídia, Articulista, Palestrante... «Não penso nas vezes que tento ter o meu propósito aceito por todos. Penso sempre nos resultados que as minhas ideias, palavras e pensamentos, provocam no coração daquele que as absorva e as pratica, a qualquer tempo (CCF)». O Celso Corrêa de FReitas tem participações em Feiras de livros e Festivais e eventos Literários no Rio de Janeiro, Porto Alegre, Dois Córregos, São Paulo e Praia Grande-SP. Premiações literárias no Rio de Janeiro, São Paulo, Praia Grande-SP e Porto Alegre. Representações como Delegado Cultural de Praia Grande-SP em São Paulo e Brasília. Ele é criador da estrutura poética denominada OVERTRIP. «O Overtrip é um poema para os nossos dias, onde a pressa e a falta de tempo (devido a inúmeras atividades que exercemos ) são a tônica da nossa vida agitada. O Overtrip veio para ficar. Uma composição ideal para iniciar o ensino do fazer poético, seja em escolas para crianças e adolescentes, seja em oficinas que se propõem a divulgar a arte da poesia» (Mardilê Freiedric Fabre- Poeta Gaúcha). OVERTRIP ESTRUTURA O = onze linhas na estrutura do poema 60
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Zulma Trindade NOBRE PROFISSÃO Ontem sonhei Com minha primeira turminha De alfabetização. Aqueles olhinhos, feliz relembrei! aquelas carinhas... Expressando entusiasmo e alegria Nos sorrisos... -Profe...Já sei ler! Que emoção! Recompensada eu me sentia! Professora...Missão
literatura Sheila Cândida da Costa INTENSA INTENÇÃO Escrever poesia É abraçar a liberdade Ter tempo Caminhar nele com suavidade Sentir-se inteira Numa dança de palavras Criar mentalmente Gerar estrofes, rimas, versos Voar literalmente Permitir mergulhar os sentidos Tocando almas.
Denise Mathias (Campina Grande-Paraíba) Overtrip do amor "Vou dormir Envolvida nos teus braços Tão feliz! Como posso sentir isso? Te amar Sem nem te conhecer Nem mesmo Como é o gosto E sabor Da sua boca linda Que amo!"
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Josman Lima
escritor Baiano de Tanquinho, Psicólogo, Artista Plástico e Fotógrafo por hobby. Autor dos livros: Pintando a Vida – Categoria Devocional; Cúmplices do Amor - Romance Categoria Relacionamento e As Aventuras de Bolota e Quinzinho, Literatura Infantil. Além de membro da Academia de Letras e Artes de Feira de Santana, é membro da Academia de Cultura da Bahia e da Academia de Ciências, Letras e Artes da Argentina.
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O meu Natal
O lago e eu
Natal das crianças, do velho e do novo, de gente! Do “branco” e do “preto”, de toda cor de quem sente amor.
Sentado, à beira do lago, meus dedos tocam em círculos na água mansa, ali parado, feito criança. Natal de calor Os peixes acompanham meu sofrimento... de alma (calma), Meu argumento não convence. Estou só... do pão, do vinho Condenado, sem razão... Minhas lágrimas caem e do teto e do frio. se vão. Do abraço – um ninho de encher o vazio. E eu, quem sou? Olho para minha sombra e pergunto: Eu, quem É Natal pra quem diz sou? estou aqui, vem! - Sou apenas um jovem que veio de longe, Sou tua felicidade... tenho tantos em volta, mas tenho medo. Sem maldade Não tenho ninguém... sem vaidade Para desabafar... me amar... Vem, sou de verdade. Meu mundo caiu. Sou fraco, estou abatido, magoado, ferido... Inesperadamente surge alguém e senta-se ao meu lado, me ouve e chora comigo. Os peixes me fazem companhia, param e inquietos me observam... Parecem entender minha agonia. Falo de mim sem ser compreendido, daquele lugar eu só queria sair, ser ouvido, falar de alguém... Que tá longe, mas tá comigo também. No meu coração em pedaços é ela, meu maior bem: Minha mãe.
Quero um Natal de luz de meia na janela de estrela cadente de sonho e de gente. De esperança... Quero ser... talvez criança. Natal de Jesus! De renúncia e de mudança, um Natal de verdade. Eu quero viver este dia com o olho brilhando, o coração cheio de alegria.
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literatura Moisés Ricardo Mpova é escritor e nasceu em Angola, na província
de Luanda. Formado pelo Instituto Nacional de Petróleos (INP), curso de Manutenção Industrial. Moisés é membro do Movimento Literário Lev’Arte Angola, desde 2012. Em março de 2014 Moisés mudou-se para o Brasil. Em 2015 participou da organização do primeiro Sarau Levarteano, realizado na UDESC sob o lema “Casando com as Palavras”. Seja na cidade ou na periferia Um natal sem igual Sem distinção racial
Natal nostalgia Sacramento Sentimentos Faturamento Natal, aquele momento Em que o rebento que vive em nós acorda Dos velhos tempos a gente recorda Esperando a noite toda O renascimento Hoje eu quero algo diferente Quero que não haja diferença Nem hoje Nem amanhã Hoje eu quero um presente diferente Hoje eu quero apenas amor Se o natal fosse todos dias Eu escreveria A cada dia Uma nova poesia Sem muita eucaristia Sentiria todos os dias A mesma nostalgia Antigamente não tínhamos muito Em época de natal tudo convergia Hoje na famosa era da tecnologia Sentimos cada vez mais A ausência da sinergia Transforme essa poesia Numa eterna melodia A todos um feliz natal Sem anomalia Um natal com amor 64
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Só amor Amor! Pois com amor Têm-se um FELIZ NATAL!
literatura CARMEM APARECIDA GOMES Ofegantes... Os lábios com gosto de sal
de Ipameri-Goiás-Brasil - Pedagogia, Bacharel em Direito, Especialista em Ensino superior e Mestre. Obras publicadas e comercializadas no Brasil e Exterior: A menina e o tesouro, A preguiça do cumpade Zé Cochoxi, O colecionador de tatuagens, Os sonhos mágicos de Eloan, *Amo eternamente uma única vez um belo romance erótico e Entre o sacro e o profano, primeiro livro poético solo . Participações em Obras Antológicas no Brasil e Exterior: Cultive o pólen da vida II e III, Felizes pelo jardim II, Além da terra, além do céu 2017/2018, Tempo de Magia 2017, Luz de Natal 2018, Eu jardineiro, Belas artes, Momento poético, Elas e as letras, Antologia mulheres pela a paz 2018 e edições de Antologias Fênix-Logos, Pólen da vida 2. Roteiro cinematográfico em avaliação/ revisão “O diabo que queria casar”. Letras de musicas disponíveis no site Vaga-lume.
GOTAS DE LIBERDADE CARMEM APARECIDA GOMES Eu e você juntos... Seres do pecado Imundos e levianos! Trancados no quarto. Seres lascivos... Nus, descobertos... Corpos pelados Cheiro de amoralidade Suor pingando na face. Não importa o mundo E menos ainda opiniões alheias E nem o castigo a nós profanos O que escorre em nossos corpos São as gotas da liberdade.
Do suor do pecado.
Libertinos e lascivos Dois seres molhados de suor. Lábios úmidos com as gotas da liberdade... Escorrendo... Por todo o corpo... Nas partes secretas e ocultas... Entrando sem pedir licença em nossos lábios. Beijos quentes e libertos de tabus Lábios desonestos aproveitando se da liberdade Para provar o sabor de sal e de pecado. E assim... No nosso tempo infinito Afogando nas gotas da liberdade. Seres lascivos! Pecamos completamente pelados em nosso quarto. AMOR SEM REMISSÃO CARMEM APARECIDA GOMES Eu e esse amor sem compaixão... Fez-me um ser de pura tristeza e avarezas. Ando perambulando sem alma Cheio de pecados envolto com desejos Dos loucos beijos e dos momentos em que meu corpo quente Pedia pelo o seu corpo misericórdia. Esse amor sem remissão me transformou num ser noturno e imperfeito. Só penso em me despir no negro da noite Sentir a brisa do vento em minhas partes secretas E como as sombras amar-te Dois em um como vultos. As mãos se entrelaçando, bocas coladas... Respiração ofegante, gotas de desejos na pele, pensamentos eróticos... Movimentos disfarçados de dança e os sussurros que parecem melodias na tarde fria. Ah... Privado desse amor sem remissão eu não sou nada! Eu só existo pecando, te amando... Sou um ser resumido em corpos despidos Bocas coladas e sussurros na negra noite. Ah... Esse amor sem remissão.
Gotas de suor dos movimentos Selvagens, irracionais e sem razão Suando, gemendo aos sussurros Revue Cultive - Genève
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literatura Crônica Quanto tempo o tempo da pandemia tem? Luciana Nascimento
virtualmente “eu te amo” ou pari passu à tecnologia, será que a humanidade ainda exercerá a tão chamada empatia?
No compasso do tempo, entre tantas mensagens e arquivos enviados em frações de segundos como nos rememora o documentário “Quanto tempo o tempo tem?”, como estaremos emocionalmente vivendo o nosso “novo normal” na pós-pandemia? Ao iniciarmos o ano de 2020, foi possível observar O tempo e a pena nos apressam. E de repente, que o passado, como nos disse Said, às vezes re- dezembro chegou.... Já é Natal! É, portanto, tempo torna sob outras formas, pois exatamente quando de semear a esperança, enfeitar a árvore da vida de completamos 100 anos da epidemia da gripe es- gratidão e que os desafios do próximo ano possam panhola, nos deparamos com a pandemia da CO- trazer o vigor poético para o rigor da vida. VID-19. O filósofo multiculturalista Edward Said questionou certa vez em uma de suas obras (Cultura e Imperialismo) se o passado de fato “é passado, morto e enterrado ou se sobrevive de outras formas?”.
Essa pandemia abalou profundamente todas as nossas (in)certezas e sociabilidades, modificando o modus vivendi. Um fragmento de um poema de Alexei Bueno nos traz essas reminiscências do passado: “Há um século, meus vetustos Avós, isto não se via, Um dia era sempre um dia (Mudavam, porém, seus custos)”. (BUENO, Alexei. Rotina. In: Decálogo indigno para os mortos de 2020. São Paulo: Ateliê Editorial, 2020, p.23). Esses versos ilustram aquele mundo da Primeira Guerra Mundial, com o fim dos Impérios, com a eclosão de uma nova modernidade, surgem novas nações na geopolítica europeia, com repercussão na vida econômica, que afetou até mesmo outras partes do mundo, como a América Latina. Hoje, o que está posto é um mundo mais globalizado do que nunca diante de uma pandemia que, contraditoriamente, ao gerar uma profunda crise econômica, encontrou uma rota de fuga através da tecnologia. E foi através da tecnologia que o mundo do trabalho está se reinventando sob a força da rapidez, no compasso do tempo acelerado, não mais como no tempo dos “vetustos avós” do sujeito poético de Alexei Bueno, onde “cada dia era um dia”, mas, agora, a cada dia que se passa é mais um que planejamos como será o “novo normal” no mundo pós-pandemia. No “novo normal” no mundo pós-pandemia, será que ainda teremos tempo e disposição para dizer 66
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Luciana Nascimento - Professora de Literatura na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Organizadora e Autora de diversos livros, capítulos de livros e artigos na área dos Estudos Literários. Autora de livros de ficção. Produziu documentários sobre o imaginário fantástico. Agraciada com Medalha Jorge Luis Borges e com o Troféu Evita Perón - Embaixadora da paz - no núcleo de Letras e Artes de Buenos Aires; Membro da Academia de Letras, Artes e Música de Salvador, Prêmio 2020 Diamonds of Arts; Membro Fundador do Núcleo Acadêmico de Letras e Artes de Moçambique; Coordenadora Voluntária do Projeto de Cursos de Capacitação em EaD para jovens das camadas populares de Moçambique. Agraciada com o título de Embaixadora da Paz da World Organization of Human Rights Defenders; Comenda Grã-Cruz Diplomata Ruy Barbosa “ O Águia de Águia” da Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos; Destaque Educacional 202; Destaque Cultural 2020 outorgado pela Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos, signatária do pacto global da ONU. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. http://lattes.cnpq.br/2584650402012722 Este texto foi originalmente publicado na revista lusófonia. Esta é uma versão modificada.
literatura
Edenice Fraga A florianopolitana Edenice Fraga é escritora, poetisa, contista, declamadora e Tenente-coronel da Reserva da Polícia Militar catarinense. Possui três livros de contos e poesias publicados, além da participação em várias coletâneas e revistas no Brasil e exterior. É especialista em atendimento à criança e ao adolescente em situação de risco e em Gestão de Segurança Pública. Faz parte da Academia de letras dos Militares Estaduais de Santa Catarina; Academia Desterrense de Literatura; Academia Nacional das Ciências, Letras e Artes; Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes e da Cultive Intercâmbio Brasil-Suíça. Possui o título de Mulher Destaque Santa Catarina pela Academia de Letras do Brasil –SC, bem como, o troféu Destaque da Raça Negra pelo Instituto Liberdade, e em 2018 recebeu a medalha Cruz e Sousa, a maior honraria da cultura e literatura outorgada pelo governo do estado de Santa Catarina.
ORAÇÃO POÉTICA DE NATAL
Cristo, nós te pedimos Que ao tocarem os sinos Na meia noite de Natal Que ninguém passe fome Olhando alguém que come Sem dividir o seu bornal! ll Cristo, nós te pedimos Que ao tocarem os sinos Acabe a falsidade A avareza e cobiça Essa tal da injustiça E toda fria maldade! lll Cristo, nós te pedimos Que ao tocarem os sinos O amor venha morar Com a fé e a bondade No meio da humanidade Como as ondas são no mar! lV Cristo, nós te pedimos Que ao tocarem os sinos Abençoes a cada irmão Com luz e sabedoria Pra que vejam a alegria Na humildade e perdão!
V Cristo, nós te pedimos Que ao tocarem os sinos Tu ampares o coração Do pai sem seu filho ao lado Do triste e angustiado Do filho já orfão então! Vl Cristo, nós te pedimos Que ao tocarem os sinos Possamos te agradecer Pela família e amigos A proteção dos perigos E pelo dom de viver! Vll Cristo, nós te pedimos Que ao tocarem os sinos Na torre da catedral Que ninguém durma relento Sem abrigo e alimento Na tua noite de Natal! Vlll Cristo, nós te pedimos Que ao tocarem os sinos Como na noite em Belém Desças sobre nós teu brilho Em nome do Pai, do Filho E do Espírito Santo...Amém! FELIZ NATAL! Revue Cultive - Genève
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literatura
Dayane Nayara Alves: Doutoranda em Direito Constitucional pela Unifor. Especialista em Direito da Moda pela FASM-SP. Extensão em Fashion Law pela UERJ.
Moda e Machado de Assis A relação entre a Moda e a Literatura é antiga, mais precisamente, fortaleceu-se, no Século XIX, momento ao qual a burguesia brasileira foi influenciada pela sofisticação da Moda francesa, principalmente para ser instrumento de distinção social. Tal distinção não se concentrava apenas na vestimenta, mas também englobava os comportamentos elitizados. Dessa forma, o consumo da literatura francesa atrelou-se ao Vestuário. Machado de Assis, ávido jornalista e escritor, passou a escrever sobre Moda para o “Jornal das Famílias” e logo pontuou: “Dizem-me que a Casa de modas faz mais sucesso que o jornal. Não admira; poucos leem, mas todos se vestem”. O autor compreendeu a dimensão econômica e social da Indústria da Moda. Portanto, Machado buscou retratar o assunto e tornou-o conexo à Literatura, tanto porque tinha a intenção primordial de atender os requisitos do editorial, quanto por sua enorme preocupação para com seus leitores, sobretudo, as mulheres, a quem dedicava-se mais, além de ser apaixonado por inovar. Como assinala, acerca do tema, o próprio romancista: “Eu gosto de catar o mínimo e o escondido. Onde ninguém mete o nariz, aí entra o meu, com a curiosidade estreita e aguda que descobre o encoberto”. Assim exsurgiu-se a relação da Moda com Machado. A partir do romance Quincas Borba, destacou o sinal distintivo de classe social como instrumento capaz de identificar a hierarquia de poder da sociedade brasileira. Nesse sentido escreveu: 68
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O pior é que ele [Palha] despendia todo o ganho e mais. Era dado à boa- chira; reuniões freqüentes, vestidos caros e jóias para a mulher, adornos de casa, mormente se eram de invenção ou adoção recente, — levavam- lhe os lucros presentes e futuros. Salvo em comidas, era escasso consigo mesmo. Ia muita vez ao teatro sem gostar dele, e a bailes, em que se divertia um pouco, — mas ia menos por si que para aparecer com os olhos da mulher, os olhos e os seios. Tinha essa vaidade singular, decotava a mulher sempre que podia, e até onde não podia, para mostrar aos outros as suas venturas particulares. Era assim um rei Candaules, mais restrito por um lado, e, por outro, mais público. E deste modo, contata-se ainda o papel da indumentária como sinal distintivo de classe, como o elemento material capaz de identificar o degrau ocupado por nós na escala de poder da sociedade. A percepção machadiana contou com forte contribuição da literatura francesa, pois o escritor francês Honoré de Balzac assinalou na época: “Como a vaidade é a arte de se endomingar todos os dias, cada homem sentiu a necessidade de ter, como marca de seu poder, um sinal encarregado de avisar aos passantes o lugar que ocupa no grande pau de sebo em cujo topo os reis fazem ginástica”. Foi assim que as roupas se transformaram em sinais do maior ou menor grau de poder dos homens, permitindo ao transeunte, apenas pelo olhar, “distinguir um ocioso do trabalhador, uma cifra de um zero”. Contudo, Machado, em seus escritos, empreendeu esforço notável para desvincular a ideia de distinção social atrelada à Moda, ao ofertar identidade a cada personagem seu por meio das roupas. Nesse contexto, a descrição de D. Benedita, em Memórias Póstumas, define bem: Enquanto ela compõe os babadinhos e rendas do roupão branco, um roupão de cambraia que o desembargador lhe dera em 1862, no mesmo dia do aniversário, 19 de setembro, convido a leitora a observar-lhe as feições. [...] Creio que é bastante ver o modo por que ela compõe as rendas e os babadinhos do roupão para compreender que é uma senhora pichosa, amiga do arranjo das cousas e de si mesma. Noto que rasgou agora o babadinho do punho esquerdo, mas é porque sendo também impaciente, não podia mais “com a vida deste diabo”. Essa foi a sua expressão, acompanhada logo de um “Deus me perdoe!” que inteiramente lhe extraiu o veneno. Não digo que ela bateu com o pé, mas advinha-se por ser um gesto natural de algumas senhoras irritadas. Em todo caso a cólera durou pouco mais de um minuto. D. Benedita foi à caixinha de costura para dar um ponto no rasgão, e contentou-se com um alfinete. O alfinete caiu no chão, ela abaixou-se
literatura a apanhá-lo. Tinha outros, é verdade, muitos outros, mas não achava prudente deixar alfinetes no chão. Abaixando acontece- lhe ver a ponta da chinela, na qual pareceu-lhe descobrir um sinal branco; sentou-se na cadeira que tinha perto, tirou a chinela e viu o que era: era um roidinho de barata. Outra raiva de D. Benedita porque a chinela era muito galante e fora-lhe dada por uma amiga do ano passado. Um anjo, um verdadeiro anjo! D. Benedita fitou os olhos irritados no sinal branco; felizmente a expressão bonachã deles não era tão bonachã que se deixasse eliminar de todo por outras expressões menos passivas, e retomou o seu lugar. D. Benedita entrou a virar e revirar a chinela, e a passá-la de uma para outra mão, a princípio com amor, logo depois maquinalmente, até que as mãos pararam de todo, a chinela caiu no regaço, e D. Benedita ficou a olhar para o ar, parada, fixa. Nisto o relógio da sala de jantar começou a bater horas. D. Benedita logo às primeiras duas estremeceu: Jesus! Dez horas! E, rápida, calçou a chinela, consertou depressa o punho do roupão, e, dirigiu-se à escrivaninha, para começar a carta.
O Café Patriota é um lugar para se tomar uma boa xícara de café e viver, literalmente, uma boa história. Lugar que concentra História do Brasil, literatura, música e gastronomia. Um projeto transformado em espaço histórico e cultural, localizado em Quixadá, no interior do Ceará. A ideia surgiu quando finalizei o meu romance de época Encantos do Café. Tamanho foi o meu envolvimento com a obra, que senti a necessidade de tirá-la do papel e expandi-la. Essa ideia inicial evoluiu e transformou-se em projeto cultural, cuja missão é a propagação da História e Cultura brasileira.
Além de cafeteria e restaurante, o Café Patriota é composto de galeria histórica; possui exposição de quadros, réplicas de documentos e objetos antigos, que promovem uma verdadeira imersão na História do Brasil; e livraria/biblioteca, deixando acessível aos nossos frequentadores um acervo Como se percebe, o escritor brasileiro alinhou a indivi- literário valoroso, desde os clássicos da literatura dualidade de D. Benedita a todos os objetos retratados aos contemporâneos. no texto. Por isso, pode-se atribui-lo o título de primeiro defensor do “estilo”, pois, para o autor, o ato de se vestir Como escritora e apaixonada pelo saber, tinha total relação com a personalidade do indivíduo, conseguir associar a minha empresa à cultura é além de seu bem-estar. uma realização. Em 2018, fui selecionada, por meio de edital do Ministério da Cultura, para participar Acreditava que o Jornal era um meio democrático para do MICBR, um megaevento de empreendedorismo universalizar a literatura. Para tanto, não é de se admirar dos setores culturais e criativos do Brasil. Foi uma seu ideal perspicaz de tornar a Moda um assunto demo- honra poder apresentar o Café Patriota e provar crático e distante da distinção social, sem jamais perder a que empreendedorismo e cultura podem caminhar beleza de sua finalidade, a de enfeitar a pessoa. juntos. Primordial trazer tal discussão à tona, vez que para além Anapuena Havena da ideia colonialista pela qual os menos abastados pla- Empresária e escritora. giavam as vestimentas dos mais afortunados, em busca Membro Internacional Cultive. de inclusão social, ou seja, a graça do pertencer ou associar-se a um grupo, o paralelo para com a voz de um romancista como Machado de Assis, embelezando a arte do vestir-se, reaviva o interesse das pessoas em se parecer tão única como D.Benedita. Não à toa que Bernardo Guimarães destacou: “A Moda, não contente de exercer império absoluto no vestuário da espécie humana, pretende também invadir a região das artes, da poesia e da Literatura”. A Moda é intrínseca a qualquer aspecto da vida humana, mas por muito tempo esteve distanciada do furor intelectual dos acadêmicos. Contudo, percebe-se seu destaque em meio as distintas searas de conhecimento. Revue Cultive - Genève
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literatura
Alexandre Santos Poema sobre o encadear dos dias através de um momento chamado Meia Noite.
Meia Noite Atrás, o ontem à frente, o amanhã atrás, o passado à frente, o porvir atrás, lembranças à frente, esperanças Confluência de emoções, palco de encontros mágicos de copos e tragos, unindo boêmios insones e varões nostálgicos que desafiam o tempo do recolhimento, mergulhando na madrugada para desvendar segredos, arrancar suspiros e espalhar saudades
nas ruas, moças ousadas correm na caça de presas surpresas, nas camas, corpos ardentes arfam cansaços do amor e paixão nos bares, homens trôpegos erguem brindes à noite sempre menina Palco da estrela que brilha a luz encantada que se derrama sobre todos animando os amantes sonâmbulos, confortando os solitários errantes, dando vida às vontades secretas
Hora sem fim, a meia noite nunca para, pois sem querer perdê-la de vista Musa permeável, sempre úmida pelo orvalho que a Terra gira, levando-a consigo ainda não caiu, e, com ela, estrelas, vontades e sonhos se deixa atravessar por homens e mulheres, Meia noite, gemidos e sonhos, experiências múltiplas acolhendo todos e tudo, num sedutor afago de silêncio e paz para o sono, música, luz e cor para a festa, Espaço generoso, inspiração para o mistério da vida e da morte, do azar e da sorte, encontros e desencontros, avenMomento para o qual convergem, sem lutas, turas e desventuras romances e disputas, silêncios e sons, Inflexão entre o ontem e o hoje, trevas e luz ante-sala do amanhã, testemunha do novo dia que rasga a noite Fronteira de iguais, rumo à luz de uma nova manhã que separa o todo do tudo, o nada do nada, Hora mágica e mística, porta-bandeira de limites abrindo uma porta para o infinito, que assustam cinderelas obedientes, um caminho para a eternidade. perturbam mães contentes, alertam pais impacientes e desencantam príncipes indecentes No céu, constelações cintilantes enfeitam a vida 70
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literatura SOLIDÃO DA QUARENTENA II Todas as noites estou indo dormir com a sensação de que o dia não existiu. Apenas se repetiu... Estou com saudades de mim mesma, dos meus sonhos, meus projetos, meus amigos, meus filhos, meus irmãos. Agora sinto como é importante para nós o tempo demarcado, estabelecido, daqui a um mês, dois meses, ano que vem. Estamos incapacitados de fazer planos a
Melania Ludwig Rodrigues, nascida em médio e longo prazo.
27 de fevereiro de 1951 - Reside em São José do Rio Preto - SP - Formada em Pedagogia e Orientação Educacional. Trabalhou na área de educação por 12 anos. Aposentada. Escreve contos, poesias, crônicas e trovas, Possui alguns trabalhos já publicados em antologias e jornais de sua cidade.
Parece que fomos jogados num espaço sem relógio, sem pontos cardeais, sem bússola e sem saber de que lado estaremos quando tudo isso acabar. Ninguém sabe... SOLIDÃO DA QUARENTENA III
SOLIDÃO DA QUARENTENA I Para meus amigos das noites de sábado Hoje, meu jantar foi uma simples omelete com pão que preparei. Abri uma garrafa de vinho que já estava na geladeira há mais de mês. Abri-a vagarosamente, para não romper a rolha, mas também para fazer uma reverência ao instante em que ali eu me encontrava.
Mais um dia de quarentena, onde o silêncio monitorou todos os meus passos, sem abraços. Só olhares, familiares, cúmplices de sentimentos, antes tão ocultos, agora tão expostos. Dia sim, dia não, essa melancolia, essa agonia, saudade de liberdade, que sequer era notada. O ir e vir foi delimitado, imposto sem minha permissão, por um desconhecido assustador.
Eu estava só. Escorri o líquido e fui sorvendo-o sem ater-me muito ao sabor, mais àquele estranho momento. Quis brindar à minha solidão. À quarentena imposta sem muita explicação. Aos sorrisos que me faltaram na hora, aos abraços que me foram exilados.
Todos dizem, tudo passa, mas enquanto isso, fico me reinventando pelos cômodos da casa, pelas gavetas, com as panelas. Remexendo, tentando entender, tentando não transparecer essa insegurança nos meus próprios pensamentos.
Eu brindei sim, ergui a taça e, de repente, me vi dentro dela, com minha agonia, com o meu medo de não saber se ainda terei a oportunidade de brindar com meus filhos, familiares e amigos. Oportunidade de tomar um porre e rir , rir muito, como fazem todos os que se excedem na bebida. Mas não, eu chorei, chorei sozinha, copiosamente, com pena de mim mesma, por não saber me livrar dessa convulsão que por hora assola toda a humanidade. Tim, tim...
E o dia termina como se fosse o fim da água fresca do pote, mas na certeza de que a noite chega para fornecer as provisões esgotadas e restabelecer novo alento e esperança para continuar a jornada.
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Foccus cal, há um beco chamado TRAVESSA POETA DE CALÇADA, em homenagem a eles. Pedro Lopes e Barbosão, (Benedito Barbosa), criaram na época, a Associação dos Compositores de Calçada. O primeiro assumiu como Presidente e o segundo como vice-presidente. Barbosão deu a ideia do nome desta associação ser "A Casa do Compositor Musical", sendo inaugurada com uma festa no Centro Cultural da Mangueira com 60 sócios fundadores, ficando Barbosão como presidente e Pedro Lopes, como vice-presidente. Na sede da CCM, foram gravados para a TV Comunitária, Canal 6 da NET, o Programa Casa do Compositor Musical, que já contou com apresentadores como Messody Benoliel, Marccodyzio. Ruy Santos, Gina Teixeira, Mauricio Max, Gina Teixeira e Regina Si, compositora, cantora e Valdeci Alamino, Lucy Ribeiro, Francisco Caldas proprietária do Palco Lapa 145 e Pedro Lopes. Esse programa, que ia ao ar aos CONTATOS: TELS.: (21) 2220-4911, 99621-4284 domingos, de 2003 a 2019 foi retirado do ar para (Gina Teixeira) contenção das despesas e retornará em 2021.
HISTÓRIA DA CASA DO COMPOSITOR MUSICAL
A CASA CHEGOU A 636
A Casa do Compositor Musical foi fundada em 07 ASSOCIADOS de outubro de 2001 com a finalidade de fazer parcerias e ser um point de encontro dos compositores A CCM oferece aula de canto e violão administrados pelos compositores Ailton Vasconcelos e Donde 2ª a 6ª feira. ny Paraná. Às segundas acontece o encontro das É uma sociedade civil, sem finalidade de lucro, compositoras que Gina Teixeira intitulou a noite com sede provisória na R. Álvaro Alvim, 37, salas das Rainhas da Casa do Compositor onde Selma 702 e 703 – Centro – RJ. Após o falecimento do Rios lidera nas suas ausências. Às quartas, as aulas Presidente Pedro Lopes a presidente atual é Gina de espanhol ministradas pela brasileiro-boliviana Teixeira, cantatriz, poeta, focalizadora de Danças Vanda Sanjines para poderem fazer versões para o Circulares e Auditora da Receita Federal aposen- idioma castelhano e após, a seresta do pernambucano Ivan Castanha. Às quintas, o Sarau de Poesia tada. comandado pela brasileiro-portuguesa, a escritoHavia os poetas da calçada que se reuniam na Rua ra Hana Ramalho e às sextas a roda de samba é 13 de Maio, no Centro da cidade, para tocarem e dirigida pelo paraibano Ailton Vasconcelos juncantarem suas composições. Hoje, no mesmo lo- to com o Maestro das Ruas Dudu Fagundes que 72
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Foccus Ivanilde Morais de Gusmão
MENSAGEM
Desejo que nesse final de 2020, de um tempo partido, de violência, de reclusão e afastamento, seja possível seguir a Estrela que indicou o caminho onde nasceu Jesus o Filho de Deus - que se fez carne e habitou entre nós-, para iluminar a estrada que nos leve ao lugar onde possamos produzir um mundo novo. Quando, então, está Vice-Presidente. A CCM já fez lançamento construiremos uma sociedade dos seus CD´s no Clube de Engenharia, Cordão onde todos se reconheçam da Bola Preta, Clube Ginástico Português, Ama- como irmãos, pertencentes a relinho, Associação Brasileira de Imprensa, Clube mesma Família HUMANA ! dos Subtenentes e Sargento do Exército, Memórias do Rio , Sindicato dos Químicos, Felicitá Pub, no Assim, quando o Novo Ano Bloco Confraria Boêmios da Lapa e no Palco Lapa - 2021 - chegar, tenhamos decididos, juntos, fazer a 145. caminhada e encontrar esse lugar onde possamos, Gina Teixeira está presidente da Casa do Compo- realizar nossa humanidade social. sitor Musical que está fechada aguardando o Covid passar. Apesar de toda a situação ela sabe que Que assim seja, para o todo e sempre ! a reabertura fará florescer o entusiasmo por hora adormecido. Gina também está na espereita dos acontecimentos para voltar a participar de eventos culturais, poder viajar e ver os amigos. Por enquanto todos os projetos se restringem às participações Sol com Gina em eventos on-line e dentro dessa espectativa ela aceitou um convite da Cultive para animar o proGina Teixeira apresenta o progragrama «Sol Com Gina» no Canal Cultive. O proma de entrevista musical no Canal grama apresentará cantores, músicos, entrevistas Cultive pelo youtube. e atualidades do mundo musical, por enquanto o na 2a e na última sexta feira de cada trabalho será realizado de forma on-line até passar mês. a pandemia, a partitr de então as entrevistas e apresentações serão ao vivo. Estréia dia 9 de janeiro 2021 Quem puder ajudar com os gastos do aluguel da casa do compositor musical (condomínio, luz, seguros, água, etc) favor fazer transferência para Regina Maria Teixeira Coelho B.Brasil 001- Agencia 5768-1 CCorrente-5923-4 Zap:+5521 996214284
Gina Teixeira entrevista Paulo Nunes, cantor, músico e ator brasileiro atuou nas Peças de teatro: O desembestado./ os involuntários da Pátria / O castelo das sete torres / O gato de botas /Vovô clementino e o planeta cor de prata /Joãozinho mais Maria.
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M o n t a n a Cabral uma carta para o CERN
CONSEIL EUROPÉEN por la RECHERCHES NUCLÉAIRE
CERN -
No dia 29 de setembro de 1954, foi criado o maior centro de pesquisa física elementar do mundo, que reservou a sigla CERN- CONSEIL EUROPÉEN por la RECHERCHE NUCLÉAIRE, ou seja CONSELHO EUROPEU DE PESQUISA NUCLEAR. No CERN não se pesquisa apenas a origem do cosmos, foi lá que também foi criada a INTERNET. O CERN fica situado no oeste de Genebra, na fronteira entre a Suíça e a França.
Brasil. O cientista Tim Berners-Lee e seu colega Robert Caillau criaram o world wide web, nosso conhecido www, que tem como tradução literal “Teia do tamanho do Mundo” que indica a potencialidade da internet capaz de conectar o mundo, como se fosse uma teia . Com essa criação podemos hoje nos comunicar com todo mundo. Carta de MOntana Cabral aos colaboradores do CERN «Essa pandemia, que vivemos atualmente, me fez refletir o que seria do mundo sem a existência da web, então resolvi fazer essa pequena carta de agradecimento a todos os colaboradores do CERN técnicos, engenheiros, físicos e cientistas e em especial ao senhor Tim Berners-Lee.» Montana Cabral
O maior acelerador de partículas físicas do mundo o L.H.C. (large hadron collider) localiza-se em um túnel de 27km de circunferência, bem como 175 Fonte: Google, 2011 Fonte: Google, 2011 Fonte: Google, 2017 metros abaixo do nível do solo. Fonte: Google, 2013 O L.H.C.- começou a ser construído em 1998 com a colaboração de mais de 100 países, entre eles o 74
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Foccus Alexandre no livro “O desabrochar poético”, ano 2020. O ano 2020 tem sido drástico em todo o mundo por força do COVID-19. Vírus que acomete cada canto do globo, contudo, ainda é possível jogar luz em caminhos escuros. Entendemos as artes poéticas como uma contribuição nessa iluminação, almejando preencher corações. Criadora do projeto “Meninas sem fronteiras: As nuances entre Brasil e África”, ano 2020. Participação no Livro Psicologia e Pluralidade, Ixtlan, São Paulo, 2019; Participação na Coletânea Palavreiras 2019, Contos e Poemas apresentados na Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) 2019, na Bienal do Livro do Rio de Janeiro 2019.
Gabriela Lopes dos Santos- brasileira, mineira,
escritora, poetisa e artista plástica. Nascida em Teófilo Otoni-MG; Bacharel em Direito pela Faculdade UNIPAC, Campus de Teófilo Otoni. Participante em 3 livros acadêmicos com capítulos em forma de artigos científicos. Participou da 6ª edição do Luxembourg Art Prize, concurso artístico do Museu Pinacoteca em Luxemburgo.
Campanha de arrecadação de livros para a Biblioteca Comunitária de Moçambique – Cidade da Beira (África)
A campanha diz respeito ao projeto Biblioteca que Anda. O projeto piloto é do escritor moçambicano Lino Lourenço Eustáquio que possui como parceria no Brasil a escritora e ativista cultural mineira Gabriela Lopes dos Santos. A proposta visa recolher livros e distribuí-los entre os jovens, promovendo leituras e encontros, fazendo o rodízio dos livros em todos os bairros da cidade da Membro da Cultive Art Littérature et Solidarite de Ge- Beira e outros locais, buscando, com isso, o incentivo à nebra, núcleo Minas Gerais. Escritora e autora do livro leitura e à escrita, elementos imprescindíveis ao desenPrimeiros Contos pela editora Publit, Rio de Janeiro volvimento humano. 2019. Serão recebidas as doações de livros acadêmicos e liA autora aborda com suavidade temas diversos que nor- terários de todos os gêneros. teiam o nosso cotidiano e, sobre os quais, muitas vezes Data de recebimento: de 05 de dezembro de 2020 até 30 passamos, sem qualquer reflexão. Coautoria com escri- de janeiro de 2021. (Prorrogável o prazo mediante o retor moçambicano Lino Eustáquio no livro “Muralha da cebimento das doações). lírica brasileira e moçambicana”. Ano 2020Organização Mundial dos Defensores dos Direitos HuSobre o livro: Eles se uniram para formar uma proposta manos abraçou a causa na promoção das arrecadações integradora das culturas, através de um conjunto de poe- dessa causa humanitária. sias levarão os mais variados sentimentos ao coração do leitor. No livro, há desenhos feitos com lápis de carvão Todos os livros recebidos em 2021 serão encaminhados pela Gabriela Lopes. Cada ilustração tem uma conexão para a África. cultural para os dois povos, seja para os brasileiros ou para os moçambicanos. ENDEREÇO PARA ENVIO DAS DOAÇÕES NO BRASIL: Em épocas difíceis em todo o mundo, adentrar na lite- AVENIDA LISBOA, 364, APTO 201, BAIRRO GRÃ-DUratura será um dos antídotos para as incertezas dos co- QUESA rações humanos. Preencher os dias com leitura e arte é GOVERNADOR VALADARES/MINAS GERAIS-BRAsem dúvida um bem que fazemos aos seus apreciadores. SIL.CEP: 35057450 CONTATO: +55 (33) 98853-7846 (Whatsapp) Autora da história “O baú de flores e borboletas”, PARCERIA: Organização Mundial dos Defensores dos ano 2020. Coautoria com escritor angolano Antônio Direitos Humanos, Gabriela Lopes e Lino Eustáquio. Revue Cultive - Genève
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E o vento Levou...
discurso que não tive coragem de ler, um poema que escrevi muito jovem sobre o fato de que uma amizade não pode voltar a ser o que foi (que é falsa, se for resiliente pelo que lutamos, podemos encontrar essa amizade novamente). Se eles forem colocados na caixa do DVD é para que no futuro eu possa me apoiar nesse personagem fictício e ter a capacidade de "seguir em frente". Mas também não agir como Scarlett, ou seja, não viver na ilusão (para ela, é sobre seu amor por Ashley) e sempre lembar os tesouros que tenho ( minha família, por exemplo).
por Valentine Fontaine Meu nome é Valentine Fontaine, tenho 18 anos, moro na França, sou franco-brasileira. Sou apaixonada pelo filme “E o Vento Levou”. Por quê ? So me sinto bem quando vejo o filme. Acho muito bonito, as cores são incríveis. Alguns acham a interpretação dos atores muito teatral, eu acho sublime. Algumas cenas têm o mesmo efeito em mim de quando as vi pela primeira vez. Acho uma sorte minha que o filme seja tanto longo. Ele é muito pessoal para mim. Quando mostrei para minhas amigas, fiquei muito estressado, como se tivesse feito. Uma das minhas partes favoritas é o retorno de Scarlett à Tara. É uma sequência muito intensa. Ela vê graças à Lua que a sua casa está intacta, ela encontra seu pai e a Mama, ela fica sabendo da morte de sua mãe e da loucura de seu pai. Quando ela sai e vê os campos devastados, há um close-up em seu rosto (os cineastas costumam dizer que o cinema é único graças ao close-up e eles têm razão, (é mágico), seus olhos são de um azul profundo e a interpretação da Vivien Leigh é perfeita e então há a cena curta do juramento. Acho que essa paixão vem do fato de que eu queria me parecer com a Scarlett O’hara de certa forma: ser uma mulher resiliente, determinada e corajosa. Ela pode ser odiosa às vezes, mas você acaba admirando-a. Na caixa do DVD do filme, coloquei folhas de alguns momentos da minha vida em que deveria ter agido com coragem e resiliência. Um 76
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Olivia de Havilland- Atriz do filme E o vento levou... faleceu em Paris ao 104 anos.
Às vezes tenho vergonha de amar tanto este filme por causa da representação distorcida da escravidão e dos negros no filme. Existem certas coisas que não são aceitáveis, por exemplo, quando Big Sam (um ex-escravo da família) afirma que não apoia os "Yankees", ou seja, aqueles que lutaram pela sua emancipação. Em alguns níveis, a história não é confiável. O filme foi recentemente recontextualizado e é uma decisão excellente. Você sempre precisa ter uma perspectiva e uma mente crítica, mesmo para trabalhos que você ama particularmente. Depois que vi o filme pela primeira vez, chorei por tudo que aconteceu com Scarlett, fiquei com pena. Acho que ninguém merece sofrer. A saída de Rhett não é mais um infortúnio a adicionar à longa lista, mas sim as consequências do comportamento de Scarlett. A segunda coisa que fiz foi ver se os atores estavam vivos. Quando vi que Vivien Leigh havia morrido, senti algo por dentro, mais ainda eu não conhecia. E aí eu vi que Olivia de Havilland ainda estava viva,
Foccus não pude acreditar, me senti a pessoa mais sortuda do mundo. E então eu imediatamente olhei para o endereço dela e lá eu soube que eu era a garota mais sortuda do mundo, de todos os lugares do mundo: ela morava em Paris!
um momento pensei que não havia mais nada do filme, que havia perdido tudo. E percebi que enquanto pessoas como eu estiverem lá para amar e lembrar o filme, tudo é eterno. O filme continua existindo através de nós. Nos dias seguintes, assisti ao noticiário intensamente, queria absolutamente Enviei-lhe várias cartas. Tenho vergonha da que mencionassem sua morte. Suas cinzas serão minha primeira carta, pedi um autógrafo dela. É colocadas na ilha britânica de Guernsey, irei commuito infantil. Conforme fui crescendo, fui ama- prar flores para ela (talvez flores de algodão em hodurecendo. Tudo que eu queria era apenas vê-la e menagem ao filme). acima de tudo conversar com ela. Às vezes eu pensava comigo mesma que iria pegar uma cadeira e Sua família está discutindo a possibilidade de um passar o dia na frente do apartamento dela, espe- segundo funeral para os fãs, mas nada foi esclarerando conhecê-la. Mandei algumas cartas para ela, cido ainda. não obtive resposta, mas o mais importante era tentar. Só a ideia que tive de vivenciar ao mesmo E o vento Levou- é um filme americano de 1939, tempo que uma das principais atrizes me deixa fe- do gênero drama histórico-romântico, dirigido liz. por Victor Fleming, George Cukor e Sam Wood Soube de sua morte por uma amiga, eu estava para a Selznick International Pictures, com roteiviajando então eu não sabia nada das noticias. Eu ro baseado no romance Gone with the Wind, de senti como se estivesse perdendo uma avó, e por Margaret Mitchell. Artplus n°2
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Cia. Bate Palmas A Cia. Bate Palmas é um coletivo cultural surgido em 2007, no Conjunto Palmeiras, bairro da periferia da cidade de Fortaleza, Estado do Ceará, no Nordeste do Brasil.
projeto que aliasse arte e cultura à criação de oportunidades de trabalho e renda para a juventude. Oficinas para confecção de instrumentos percussivos foram ministradas ao mesmo tempo em que os alunos aprendiam a tocar os instrumentos por eles fabricados. O resultado foi a formação de um grande batuque com muitos convites para apresentações. O nome Cia. Bate Palmas dado a este grupo seguiu a nomenclatura dos empreendimentos solidários da época, uma referência ao nome do bairro e à moeda social ali circulante.
Com 45 anos de história e uma população de 36.599 habitantes, o Conjunto Palmeiras é conhecido como um lugar pioneiro nas práticas da sócio-economia solidária, implementadas através do Banco Palmas, um banco comunitário criado para estimular o desenvolvimento local. Porém, terminado o curso, muitos saíram em busca de emprego, ficando somente aqueles interessados Foi pensando em promover o crescimento cultural em aprofundar-se no mundo da música. Estes do bairro que em 2007 o Banco Palmas convidou mostraram-se também bastante determinados em o cantor e compositor Parahyba de Medeiros para multiplicar dentro da comunidade os conhecimenpensar junto com os moradores um projeto de arte tos adquiridos. Juntaram-se a estes mais alguns joe cultura para o bairro. vens músicos do bairro e estava desenhada a nova cara da Cia. Bate Palmas, fortalecida pela união, o O primeiro passo dado foi no sentido de criar um trabalho e a dedicação de todos. 78
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Foccus Hoje reconhecido como Ponto de Cultura pela Secretaria de Cultura do Estado do Ceará – SECULT/CE, o coletivo continua realizando, desde a sua criação, atividades múltiplas, tendo como foco a arte, a cultura e a vida comunitária. Dentre as principais ações desenvolvidas estão os trabalhos da banda musical Parahyba e Cia. Bate Palmas, o Projeto Palmerê, o Batuque de Mulher, a Biblioteca e o Sarau Bate Palmas. A banda Parahyba e Cia. Bate Palmas, alia os conhecimentos e experiências do cantor e compositor Parahyba de Medeiros, de longa trajetória artística, com o talento de uma nova geração de músicos. Com 08 componentes, entre músicos e produção, a banda tem um vasto currículo de shows dentro e fora do Estado do Ceará. Conquistou espaços, transpôs fronteiras, mantendo forte conexão com o lugar de origem, ligação esta traduzida num repertório autoral onde a comunidade enxerga seus sonhos, lutas e conquistas. Contagiantes e envolventes, a fácil comunicação com a plateia explica-se pela força do ritmo, movimentação no palco e qualidade de um repertório em que estão presentes elementos da música regional do Nordeste e da música contemporânea universal. Com um pé na tradição e outro no futuro, Parahyba e Cia. Bate Palmas conquistam públicos de todas as idades, reforçando a identidade nordestina, reinventando e revitalizando a nossa cultura musical.
também de discussões sobre as questões de gênero, protagonismo dentro e fora da comunidade, feminicídio e fortalecimento da identidade feminina. É uma feliz parceria entre a Cia. Bate Palmas, Mu lheres em Movimento e Mulheres Emancipadas. O Sarau Bate Palmas é um evento artístico-literário que envolve a comunidade, ajudando a superar o estigma da violência e reforçando uma imagem do bairro como local de produção, fruição e difusão de cultura. Realizado periodicamente, o Sarau Bate Palmas, reune poetas, músicos, escritores, fotógrafos, artistas em geral e todas as pessoas interessa-das em participar de alguma forma desse encontro cultural. Tornou-se um evento importante não apenas para os moradores do Conjunto Palmeiras, mas também de outros pontos da cidade de Fortaleza.
A Biblioteca é uma iniciativa que se apresenta como incentivo à leitura, ao cresci-mento pessoal e coletivo de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, bem como para os adultos interessados também. O objetivo é oferecer o espaço para proporcionar melhorias às pessoas através da leitura, da arte, da cultura, da convivência, da troca de saberes e da partilha de experiências em ambiente de crescimento, de coesão e de construção de memória. A ideia surgiu com o lançamento do livro Palmas e Palmeiras, do jornalista George Pedrosa, apoiado pela Universidade Federal do O Projeto Palmerê foi criado com o objetivo de Ceará-UFC, no qual é retratada um pouco da iniciar no mundo da música crianças em situação história da Cia. Bate Palmas. de vulnerabilidade social residentes no Conjunto Palmeiras. Conta com dois núcleos em diferentes A Casa de Artes Bate Palmas é a sede do grupo, pontos do bairro. Periodicamente os dois núcleos situada no imóvel de número 673 da Av. Valpaencontram-se para ensaiar juntos, assistir sessões raíso, a via mais central do Conjunto Palmeiras. O de cinema e vídeo, conviver e superar as difi- prédio que é chamado informalmente de Casa de culdades e rivalidades territoriais. Esses encontros, Arte Bate Palmas, foi cedido pelo Banco Palmas e mediados pela arte, possibilitam uma convivência passou por reforma feita pelos próprios membros sadia entre as crianças, ajudando no seu desenvol- do coletivo. A conquista da sede possibilitou uma vimento, na construção de uma nova mentalidade maior dedicação às atividades extra palco e uma e na formação de cidadãos conscientes de seus maior integração com a comunidade, suas lutas e sua história. A casa abriga desde então projetos e direitos e deveres. eventos importantes para a população, como auO Batuque de Mulher reúne mulheres em torno las de musicalização, oficinas de artes plásticas e da música percussiva, do canto e do desenvolvi- construção de instrumentos percussivos, sessões mento pessoal e comunitário. Surgiu em 2017 para de cinema e vídeo, ensaios e reuniões da banda Paincluir mulheres de todas as idades e mostrar que rahyba e Cia. Bate Palmas, do Batuque de Mulher lugar de mulher é também na percussão, no canto, e do Palmerê. É nela onde acontecem os Saraus e no gingado e no tambor. Além de aprender música onde funciona a Biblioteca. e participar das oficinas, as integrantes participam Revue Cultive - Genève
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Foccus São coordenadores do coletivo: Parahyba de Medeiros (coordenador Geral); Bete Augusta, Elane Fideles, Kássia Oliveira, Cícero Mário, Amanda Fideles, Zé Jeorge e Plínio Câmara. Funcionando com uma equipe empenhada em fazer acontecer e num regime de troca de apoios e afetos, a Cia. Bate Palmas é um coletivo autossustentável e independente, que acredita no poder transformador da arte e se identifica com as lutas pela construção de uma sociedade livre, justa e solidária. Bete Augusta (Produtora Cultural) beth.tartaruga@gmail.com
Organograma:
A
Banda: Parahyba e Cia. Bate Palmas
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Foccus Equipe de coordenação do coletivo CIA. BATE PALMAS Da esquerda para a direita: Plínio Câmara, Amanda Fideles, Kássia Oliveira, Parahyba de Medeiros, Cícero Mário, Elane Fideles, Zé Jeorge e Bete Augusta.
AMANDA FIDELES Cantora e instrumentista da banda Parahyba e Cia. Bate Palmas (percussão). É também arte-educadora e uma das articuladoras e integrante do Batuque de Mulher. Está no coletivo Cia. Bate Palmas desde o ano de 2008.
PARAHYBA DE MEDEIROS Cantor, compositor e violonista de longa trajetória na música do Ceará desde os anos 1980, é também arte-educador com larga experiência. É o criador e coordenador geral do coletivo Cia. Bate Palmas, sendo ainda diretor musical da banda Parahyba e Cia. Bate Palmas. BETE AUGUSTA Produtora e foto-documentarista da banda Parahyba e Cia. Bate Palmas, é também responsável pela coordenação de projetos e administração financeira do coletivo Cia. Bate Palmas, fazendo parte do grupo desde sua criação em 2007.
CÍCERO MÁRIO Contrabaixista da banda Parahyba e Cia. Bate Palmas. Como musicista e arte-educador, foi um dos criadores do projeto Palmerê, sendo responsável por um dos núcleos. Está no coletivo Cia. Bate Palmas desde a sua criação em 2007 ZÉ GEORGE Baterista, percussionista e programador de efeitos eletrônicos na banda Parahyba e Cia. Bate Palmas, é também artista plástico e arte-educador. Participa do coletivo Cia. Bate Palmas desde a sua criação em 2007 PLÍNIO CÂMARA Guitarrista da banda Parahyba e Cia. Bate Palmas. É o mais novo integrante do grupo, participando também de reuniões e ações do coletivo Cia. Bate Palmas.
ELANE FIDELES Cantora e instrumentista da banda Parahyba e Cia. Bate Palmas (toca gaita e percussão). É ainda arte-educadora, artista plástica, idealizadora e articuladora do Sarau Bate Palmas e integrante do Batuque de Mulher. Faz parte do coletivo Cia. Bate Palmas desde o ano de 2008. KÁSSIA OLIVEIRA Percussionista da banda Parahyba e Cia. Bate Palmas. Como musicista e arte-educadora, criou e dirige o Batuque de Mulher desde 2017, sendo ainda responsável por um dos núcleos do projeto Palmerê. Faz parte do coletivo Cia. Bate Palmas desde a sua criação em 2007.
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MANOEL OSDEMI De um vilarejo de pescador do Norte do Ceará para a literatura. Pancada de Vento (duas histórias) a primeira, sobre a pesca artesanal de Bitupitá; a segunda história é muito louca, e poderia ser levada ao palco de um teatro: um jovem metido a seresteiro que resolveu se aventurar pelos caminhos de uma donzela que fora juramentada pelo seu pai ao santo padroeiro de Bitupitá. O pai dizia que a sua filha só casaria se fosse com o São José. Os dois "pombinhos" não sabiam desse juramento.
ENTREVISTA 1. Nome completo: - Manoel Osdemi da Silva 2. De onde você é? - Bitupitá/Barroquinha/Ceará/Brasil.
A Voz da MUNÍ, da MUNICIPALIDADE: é sobre uma amplificadora amarrada numa estaca no meio da rua que transmitia todos os dias, a partir das 18 horas, recados, brincadeiras e muita música para a comunidade.
Pimpim: história de uma família da zona norte cearense com todos os seus costumes de quem vive 3. Você é um exemplo na sua cidade? - Procuro levar minha vida social, segundo princí- à beira-mar, de onde retira sua sobrevivência. pios éticos e morais, praticada no âmbito familiar. 9. Pretende escrever outros livros? - Sim. Quem se inicia na literatura, a tendência é 4. Você é autor? produzir cada vez mais. Tenho vários livros no pre- Sim. lo: a Totó, considerada a menor prisão do mundo; o gato Francisquim; o pato Dindin; o circo do 5. Que estilo de escritor? - Realismo fantástico. Criação de histórias reais Panelinha; o chá de burro que acabava namoro, e outros, ainda sem títulos. com ficção. 10. Você se inscreveu para o Jabuti? No Brasil existe política de incentivo à Cultura. Po- Sim. Livro Pancada de Vento (Que significa em demos contar com a iniciativa da Câmara Brasileitupi-guarani, Bitupitá). Conquistou o prêmio de ra do Livro - CBL, através do Prêmio Jabuti, que ficção Oliveira Paiva, do Concurso Literário orga- interessa a todo escritor brasileiro. Me escrevi e tive nizado pela Secretaria Municipal de Educação do a honrosa surpresa de receber, através de carta de tão conceituado órgão, a confirmação de que estaEstado do Ceará em 2012. va concorrendo ao Prêmio Jabuti. Só em chegar na fase classificatória desse concurso foi um prêmio 7. Quantos livros você já escreveu? Três: 6. Já foi premiado?
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Dia 26 de dezembro de 2020 13h - Tribuna das Artes Coordenação: Bernadete Bruto Clipe de abertura: ‘Abraço virtual’, de Bernadete Bruto.
Dia 27 de dezembro de 2020
14h30 - Espaço do Faz de Conta Tema: A Arte de Contar histórias e sua importância para formar leitores. Apresentação: Vera Nóbrega
11h - Leitora chama leitora: roda de conversa Coordenação: Juliana Almeida Cordeiro L. P. Araújo Letícia Santiago Maria Anna Martins
10h - Tribuna das Artes Coordenação: Madalena Castro
15h - Abertura: ‘Porque FLIPO 2020’ Poema de abertura: Marcos de Andrade Filho Pronunciamento de Alexandre Santos Participação da 14h - Teatro em foco equipe de organização Mediação: Adriano Macena (PE) Feliciano Felix (PE) Guilherme Coelho (DF) 16h - Cultura e resistência mediação Antonio Cabral Filho (RJ) Pedro Cesar Batista 15h30 - Planeta Terra (DF) mediação: Flávio Gadelha Thiago Modesto (RJ) Chico Tereza Lima Diaz (Cuba) Coelho (SP) Eduardo Américo (SP) Belê (SP) Zeh Rocha (PE) Dalton Sala (SP) Carmen Arelis (Venezuela) Abílio Pacheco (PA) 17h30 - A real das músicas na Era do virtual mediação: Alex Mono 18h - Perspectivas culturais para 2021 Públius mediação: Rogério Robalinho Mek Mouro Aline Oliveira Túlio Velho Barreto Pedro Ferreira José Renato Siqueira 19h - Encerramento: Pronunciamento de Alexandre 19h - Cultura no mundo em tempos de pandemia Santos Poema de encerramento - Allan Sales mediação: Mário Hélio Edir Meirelles (RJ) Valquíria Imperiano (Genebra) 20h - Somos Jovens e Inéditos Mediação: Ardilis Willi Sol Beatriz (SE) Vinícius Nogal (PE) Milena Chagas (PR) 21h - Tribuna das Artes Coordenação: Taciana Valença
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para mim. 11. Pretende participar de outros concursos? - Estou sempre aberto à novas oportunidades. 12. Como autor o que mais te inspira? - Refazer caminhos antigos marcados por histórias reais ou simbólicas, do cotidiano do povo de minha terra, Bitupitá. Influências modernas e o dinamismo sociocultural da vida atual trazem mudanças às vezes aceleradas a essas vivências tradicionais, populares. Por esses motivos vale o registro delas. 13. Desde quando você escreve e como começou essa paixão pela literatura? - Desde criança. De tanto ouvir meu pai no tucum lá de casa, com pescadores, ourives, comboieiros, fui me apaixonando pela literatura falada. Acho que o humor pula aos olhos naquilo que relato. Em 2019, Manoel Osdemi esteve em Genebra para a vernissage da expsoição As Mil Corers do Brasil realizada Consulado Geral do Brasil e organozada pela Associação Cultive de Genebra. A Cutlive também deu a oportunidade a Manoel Osdemi de apresentar sua obra e a música Lagrimas Negras feita em paraceria com a poeta Valquiria Imperiano no Salão do Livro de Genebra.
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A partir desse contato a Cultive organizou em outubro no vilarejo natal de Osdeme, Bitupitá, o evento Cultive Interncâmbio Cultural Internacional Brasil Suíça, onde o Manoel foi homenageado pela comunidade.
Foccus do DF e entorno, na tentativa de desvendar as suas múltiplas interfaces e ampliar a divulgação dos seus trabalhos pelas redes sociais. Às segundas-feiras, a partir das 20:00, em seu perfil pessoal do Facebook. Apoio Cultural: Conunives – Congresso Universal de Escritores (Lima – Peru). https://m.facebook.com/pietro.costa.9480 https://instagram.com/pietro03344 No programa UM TRIBUTO À IMORTALIDADE, em seu canal do Youtube, a sua atenção é voltada para nomes já eternizados no panteão da literatura poética nacional e internacional. Às sextas-feiras, ao vivo, a partir das 11:00, em seu canal pessoal do Youtube. Apoio Cultural: Conunives – Congresso Universal de Escritores (Lima – Peru). h t t p s : / / w w w. y o u t u b e . c o m / c / P i e t r o C o s t a AcadCruzeirenseLetras
PIETRO COSTA – LITERATURA NAS REDES SOCIAIS*
No quadro OS CAMINHOS DA PALAVRA, constante da programação do Cruzeiro em Letras, transmitido aos sábados, às 10h00, na página do Facebook da Academia Cruzeirense de Letras, propõe caminhos criativos e re*Escritor. Poeta. Agente e Produtor Cultural. Membro flexivos para a batalha diária que escritores e escritoras e atual Presidente da Academia Cruzeirense de Letras, travam com as palavras, fazendo indicações bibliográficadeira de nº 11, Patrono Mário de Andrade. Membro cas em torno de temas relevantes à leitura, escrita e liteVitalício da AIL Ordem Scriptorium, ocupante da cadei- ratura. ra de nº 109, intitulado na persona de Iustitia. Representante do Brasil no Congresso Universal de Escritores https://www.facebook.com/Academia-CruzeirenLima-Peru de 2020 a 2025. Membro da Literarte – Asso- se-de-Letras-ACL-100685764846135/ ciação Internacional de Escritores e Artistas. Membro da Academia de Artes, Ciências e Letras do Brasil – ACIL- Pietro Costa acredita que devemos perseverar no amor BRAS, cadeira n° 642. Acadêmico Internacional – Fe- às artes e literatura, essas forças vivas, prodigiosas, para bacla, cadeira nº 87. Membro da Luminescence Acade- iluminar de sensibilidade e conhecimento os caminhos mia Francaise Dra Arts Lettres et Culture – Academia da humanidade!!! Francesa. Membro da Cultive - Art-littérature e Solidarité, com sede em Genebra (Suíça). Autor de 4 livros: Entre a Caneta e o Papel/Chiado Books (2018), A Rosa dos Ventos/Art Letras (2019), Juras de Poesia Eterna/Art Letras (2020) e Urbanos/Art Letras (2020). Co-autor de mais de 30 coletâneas. Co-organizador da coletânea A dor que deveras sente/Versejar (2020). O autor Pietro Costa apresenta os programas FACES DA POESIA & INSTANTES POÉTICOS, respectivamente, nos seus perfis pessoais do Facebook (ao vivo) e Instagram (Ig Tv), de forma lúdica e interativa, diretamente de seu estúdio doméstico, fazendo a recitação de poemas de autores e autoras do Brasil e do mundo, em especial Revue Cultive - Genève
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Viagem Histórica Segundo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) “a autoridade não é nem o povo, em sua realidade, nem o poder político, mas a razão esclarecida pela consciência.”. Assim, mais de 100 anos depois, agiu Maria Quitéria, MULHER, jovem moradora da Fazenda Licurizeiro, zona rural de Feira de Santana, sem ter estudos básicos, muito menos filosóficos, e nenhum conhecimento teórico-literário, nem tampouco convívio sócio-político. Mas que teve um papel preponderante para a Bahia e no Brasil ao representar, na essência, do que assegurou o filósofo Rousseau. Sem dúvida foi ouvindo a razão, que sua consciência mostrou, que Maria Quitéria decidiu, vestida de homem, se incorporar ao exercito em Cachoeira, lutar contra os portugueses e conquistar a Independência da Bahia, território abandonado, há 10 meses atrás, pela recente monarquia..
Diretora do Depto. De Turismo Secretaria do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Prefeitura Municipal de Feira de Para despertar o imaginário e a curiosidade sobre Santana. soldado Medeiros, nome que Maria Quitéria assumiu no exército, passou-se a utilizar recepcionistas nos stands do evento caracterizadas da personaROTEIRO TURÍSTICO COMO MECANISMO DE PRE- gem, contanto aos visitantes e turistas um pouco SERVAÇÃO HISTÓRICA E CULTURAL DA MEMÓRIA da trajetória de vida e principais feitos de Maria Quitéria. Concomitantemente iniciou-se uma DE MARIA QUITÉRIA EM FEIRA DE SANTANA-BA campanha educativa para estudantes das escolas públicas e privadas, sobre a história do município por Maria das Graças Cordeiro com um enfoque especial na heroína da cidade, redos Santos. lembrando sua importância para a independência da Bahia e na efetiva libertação do domínio das No agreste baiano as portas do sertão se abrem tropas portuguesas sobre a nação. A ação foi perem Feira de Santana, cidade da Zona Turística Ca- petuada até o ano de 2019. minhos do Sertão, com cerca de 600 mil habitantes onde predomina o turismo de negócios e compras. A partir de breves estudos, foram construídos dois Por acolher pessoas de todas as partes do Brasil e roteiros: Caminhos de Maria Quitéria – A heroína, até do exterior, torna-se rica em sua diversidade com duração de dois dias; e Caminhos de Maria cultural e histórica. É neste lugar, de homens de fé Quitéria, com duração de um dia. e rudes, mas também de mulheres corajosas que nasce a Heroína Maria Quitéria. Os roteiros correspondem ao percurso feito por Maria Quitéria, margeando o Rio Jacuípe em FeiContudo, diante da ausência de notoriedade para ra de Santana, navegando pela Bacia do Rio Paraesta importante personalidade feirense, no exercí- guaçu até a cidade de Cachoeira, onde se inscreveu cio das funções no Departamento de Turismo, no exército. O passeio oportuniza conhecer além percebeu-se a necessidade de resgatar a memória da história da heroína, pontos turísticos de Feira, de Maria Quitéria e do presente, que o Brasil re- bem como de outros municípios que faz parte do cebeu, da cidade de Feira de Santana, através de trajeto, como por exemplo: O Parque Histórico de seus feitos para este estado chamado BAHIA, desta Castro Alves em Cabeceiras do Paraguaçu e a cifeirense que se destacou 65 anos antes da abolição dade de Cachoeira. dos escravos.
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CASARÃO DOS OLHOS D’ÁGUA, UM PATRIMÔNIO HISTÓRICO DA CIDADE DE FEIRA DE SANTANA/ BA/BR Lélia Vitor Fernandes de Oliveira O Casarão do Olhos D’Água é uma referência de um dos patrimônios históricos de Feira de Santana. Pintada pela artista plástica, escritora, poeta e Delegué Segundo historiadores e pesquisadores das origens da Cultive Internacional em Feira de Santana, Maria do município argumentam, que é a residência mais Maria Quitéria
José Negrão.
Existe 3 telas históricas de Maria Quitéria. A primeira efetuada pelo pintor inglês Augustus Earle de 1823 quando da ida de Maria Quitéria ao Rio de Janeiro. A segunda, releitura da 1ª obra de 1823, óleo sobre tela do pintor intinerante, o italiano Domenico Fiulli que está no Museu Ipiranga em SP. A terceira é essa reeleitura da tela de 1823 , óleo sobre tela elaborada pela artista , pesquisadora e escritora Zezé Negrão de 2019. Que será doada para o município de Feira de Santana, terra natal da Heroína Maria Quitéria de Jesus. Maria Quiteria é desde 1996 a patrona do Quadro Complementar do Exército Brasileiro e dede 2018 integra o antiga da cidade. Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria . Agora imortalizada pela grande artista, também, feirense Maria José Negrão. Uma grande reportagem com todos os detalhes da doação da obra será destaque na próxima edição da Revue Cultive n° 14, que sairá em março, homenageando a heroína da independência Maria Quitéria.
Tem características tipicamente da arquitetura do período, colonial: telhado de alpendre, com quatro águas, como também pelas técnicas construtivas adotadas naquela época, que utilizavam a ostra calcinada e moída misturada com óleo de baleia e argila, formando assim uma argamassa de assentamento dos tijolos de barro queimado (adobes), erguidas com 12 colunas. Revue Cultive - Genève
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Viagem Histórica Frente ao casarão foi construída uma espécie de lecomunicações e Cultura Egberto Tavares Costa, oratório e erguido um cruzeiro, fruto da religiosi- (FUNTITEC) tendo como presidente, Sr. Antônio dade dos seus moradores. Carlos Daltro Coelho. Neste equipamento estão sediadas: a Academia Devido as intempéries do tempo sem que tivesse Feirense de Letras, Academia de Letras e Artes, uma manutenção, tendo ficado abandonada por Academia de Educação, Academia de Ciências e muitos anos, a última família a residir no local, já na Artes, Academia Regional de Letras Jurídicas; o terceira geração a “Família Pedra”, transformou-a Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana Fundação Alfredo da Costa e Almeida Pedra e na e o Memorial de Maria Quitéria, a nossa heroína com isto, conseguiu uma reforma pelo Projeto es- feirense, baiana e brasileira. tadual, “Faz Cultura”, patrocinada pela Indústria Pirelli, sediada em Feira de Santana, mantendo a O Casarão tem como patronímica Maria Quitéria, sua estrutura original. nascida na zona rural de Feira de Santana, mas que tendo conhecimento das lutas pela Independência Com um convênio de Cooperação Técnica, fir- do Brasil na Bahia, se travestiu de homem e partiu mado em 16 de maio de 2017, entre a Fundação para guerrear, trazendo os louros da vitória, no dia Municipal de Tecnologia da Informação, Tele- 02 de julho de 1823. comunicações e Cultura Egberto Tavares Costa, (FUNTITEC) e a Fundação Alfredo da Costa e Homenageada pelo Imperador D. Pedro I, como Almeida Pedra foi realizada a segunda reforma, também recebeu diversas honrarias com seu nome com recursos da Prefeitura de Feira de Santana, batizado em: logradouros públicos, instituições, gestada pelo Prefeito José Ronaldo de Carvalho e o comenda, livros biográficos, Cadeiras acadêmicas, Presidente da FUNTITEC, Antônio Carlos Daltro teatro, poemas, hinos, músicas, placas, flâmulas, Coelho. selos, etc. No dia 18 de setembro de 2020, coincidentemente, na comemoração dos 187 anos da Emancipação Política de Feira de Santana, o “Casarão dos Olhos D’Água – Casa da Cultura” foi entregue à comunidade feirense, sendo o então prefeito, Dr. Colbert Martins da Silva Filho, administrada pela Fundação Municipal de Tecnologia da Informação, Te-
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É Patrono do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro e Patrono da Polícia Militar da Bahia. O Casarão será um ponto turístico na cidade e servirá de visitação público, de estudantes, pesquisadores e amantes da cultura regional.
Viagem Histórica Liacélia Pires Leal.
Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana.
reuniões, seminários, desfiles, intercâmbios com instituições, entre outros. Um de seus grandes desafios é a realização do desfile histórico,cívico, militar e cultural em homenagem à heroína MARIA QUITÉRIA DE JESUS. Desfile este comemorativo da Independência do Brasil na Bahia. Conta com a presença da Marinha do Brasil, Exército, Polícia Militar, Aeronáutica, Corpo de Bombeiros, Escolas e as manifestações culturais da comunidade.Vem sendo realizado no Distrito de Maria Quitéria, onde nasceu a grande
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE FEIRA DE SANTANA. O INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE FEIRA DE SANTANA, é uma instituição sem fins lucrativo com autonomia administrativa, financeira e patrimonial, que adota o lema de “ CASA DA PRINCESA DO SERTÃO”. E como finalidade a promoção de estudo, do desenvolvimento e difusão de conhecimento de História, Geografia e Ciências afins,especialmente de Feira de Santana, sua macrorregião, da Bahia e do Brasil. Além heroína Maria Quitéria, em Feira de Santana. Desfile que é realizado no dia 2 de julho ( feriado estadual), quando se comemora o reconhecimento e a consolidação da Independência do Brasil na Bahia. Anualmente edita a revista ( hoje já estamos no nº 17), com obras literárias de cunho históricos, geográficos,artísticos e culturais da Bahia e do Brasil.E boletins informativos quadrimestral. O IHGFS, como instituição cultural de grande valor, publica textos e pesquisas de sócios e colaboradores, contando com o interesse e entusiasmo de seus diretores, como defensores das tradições históricas e culturais de Feira de Santana. A grande preocupação é procurar compreender a dimensão do processo histórico amplo de caráter local, regional ou nacional fundamentado no da promoção de cultura, defesa e conservação do conceito básico de “ Ciência Histórica”. patrimônio histórico e artístico.Para cumprir sua finalidade realiza várias atividades como: palestras, Revue Cultive - Genève
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Viagem Histórica Além disso, aprendi como criar e recriar a partir do simples, do rústico e do novo, pois em vários momentos, não tínhamos os ingredientes necessários para algumas receitas e fiz adaptações com temperos e ingredientes da região. Na convivência com as famílias, tive oportunidade de partilhar momentos da refeição. Tanto no preparo de algumas receitas como na degustação dos mesmos ao redor de UMA MESA POSTA.
Maria Leci Queiroz A mesa da partilha e do “caju de amor”. Após uma sessão de cinema, me deliciando com o filme “O menino que descobriu o ven-to” (um filme baseado em fatos reais, que narra a história de um menino pertencente a uma comunidade muito pobre de um país Africano, com falta de alimento e água.) A reali-dade de vida da história do filme mexe com meus sentimentos.... De repente, tive a sen-sação de que estava além-mar, cruzo o Atlântico, chego a outro continente. E transporto-me para uma viagem à Guiné-Bissau, onde tive a oportunidade de, como nutricionista, realizar um trabalho de educação alimentar com palestras e aulas práticas sobre o aprovei-tamento dos alimentos, com receitas variadas no aproveitamento do caju. Para muitas famílias em Guiné-Bissau, só há uma refeição ao dia, fazer preparações com carne de caju era mais uma alternativa de alimento para eles, pois em várias regiões do país, a produção de caju é abundante, logo, o preparo de alguns pratos à base do caju foi uma experiência muito rica para a minha vida profissional e pessoal. Busquei ter mais co-nhecimentos sobre o assunto na CIONE: Indústria de caju aqui em Fortaleza/CE. Meu obje-tivo era aprender cada vez mais sobre o uso do caju, em receitas variadas e aplicar esses conhecimentos em “tabancas” ou comunidades rurais na África. Posso dizer que, os sabores vivenciados além-mar nos conduzem aos saberes de uma co-mida alternativa. As barreiras da cultura são quebradas num aprendizado com o que é simples e nutritivo. O hábito de cozinhar além-mar aproxima povos, quebra barreiras cul-turais e linguísticas. 92
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Geralmente, uma mesa simples, com uma panela grande em cima de uma esteira posta no chão. Todos sentam-se em círculo para participar da mesa. O cheiro de comida fumegando vai passando por todo o ambiente, como um convite para sentar-se à mesa. Experenciei este momento, no quintal de
Viagem Histórica A mesa do Amor e da Identidade Leci Queiroz “A mesa é o espaço da vivência familiar, que oferece oportunidade de aprender, sentir cheiros, entender o abraço ou reforçar a necessidade da manifestação do afeto e do carinho para com o outro”. TRECHO EXTRAÍDO DO LIVRO A MESA ESTÁ POSTA DE QUEIROZ, LECI.
Acordei cedo e, como de costume, abri a janela do meu quarto. Não foi surpresa acolher o brilho do sol e o cheiro cativante do meu jardim. Dentre os muitos aromas, fui invadida por uma onda agradável com cheiro de manjericão. Comigo é assim: todos os dias, o meu jardim desperta minha visão e olfato. Minha audição, antes adormecida, despertou para assistir as várias sinfonias orquestradas pelos pássaros no entorno do meu jardim. Nas escolhas involuntárias da vida, não sei como acontecem, o cheiro do manjericão, tanto quanto visualização das flores do deserto, são priorizadas, respectivamente, no meu olfato e na minha visão. Sem me dar conta que o hábito de tomar café, como outras coisas na vida, parece condicionar meus movimentos, fui naturalmente em direção à cozinha e de repente, muitas memórias, mais aguçadas do que o aroma do café, invadiram meus pensamentos e sentimentos. Mais do que nunca, percebo a presença de anjos em minha vida. Meu pai e minha mãe, tão reais e angelicais, sempre apareceram como anjos suprindo necessidades, orquestrando vários projetos de vida; foram fundamentais na construção de minha educação formal e não formal. Impressionante como eles sempre chegam às minhas memórias de cheiros e sabores dos alimentos. Meus pais tinham a destreza de gerar encontros e sabores da vida no entorno de uma mesa. As conversas misturadas com os alimentos propiciavam degustações agradáveis e diversas. O café sempre esquenta as minhas recordações, e vejo como a minha memória traz em si, marcas ocultas que são evocadas de acordo com cada momento vivido.
mada pelo sol, devido ao tempo que ficava exposta enquanto catava e garimpava o que poderia ser reciclado). Quando ela entrava na rua que morávamos, ela ouvia gritos de insulto, da garotada que ali morava. Eles a chamavam de “papel cagado”. No entanto, meu pai sempre teve um carinho especial pelo pobre, carente e necessitado. Ele falava para a garotada que seu nome era Jandira, que ela era uma pessoa que tinha identidade! E não permitia que eles a tratassem daquela maneira. Ele, de forma sábia, falava que Jandira era um lindo nome!! Ela tinha uma identidade. Eu ficava feliz em ver meu pai convidando aquela senhora para sentar-se à nossa mesa para tomar café conosco. Ali também havia expressão poética e de vida, ela contava suas histórias com um sotaque cantado e arrastado, com um vocabulário “cearencez”, o que é próprio da cultura. E até comentava: - Esses meninos “mangam” de mim, mas eu não fico com raiva!!! Resgatando essa história, percebo como ela foi de grande significado para a minha vida!! E que privilégio ser parte daquela mesa que era mais que um simples local para mastigar alimentos. Ali tive oportunidade para aprender com as histórias das receitas, com as conversas que ali fluíam, com a criatividade do simples, do afeto que age na harmonia do corpo, dando razão a expressão dos sentimentos. A dona Jandira foi lição viva sobre o meio ambiente, ela mexia com a sustentabilidade, com higiene e com o cuidado pela natureza. Posso dizer que até hoje, os cheiros e sabores da tapioca, do café com leite e do pão assado remete para novos aprendizados. Remete para o cuidado com a natureza e para os sacos de lixo que nós precisamos deixar lá fora no alpendre.
Quais os lixos que precisamos tirar da nossa interioridade? Será que é o lixo de preconceito, lixo do ódio que Quando eu digo que o cheiro do café mexe com min- mata o outro porque é diferente, lixo da indiferença com has recordações, resgato do fundo do baú da minha a natureza? memória, uma história de mesa de quando eu era criança e meus pais acolhiam para o café da manhã, em nossa Analisando essa história, que nome você daria a mesa da mesa, uma senhora de vida simples que catava lixo para sua vida nos dias de hoje? sobreviver. Ela deixava o seu saco de lixo no alpendre da nossa casa e entrava para tomar café conosco, à mesa. O seu nome era Jandira, era uma senhora alta, esguia e tinha uma pela cor de jambo (creio que, em parte queiRevue Cultive - Genève
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Viagem Histórica a criança ao corpo da mãe). Aquela senhora senta-se no mesmo círculo, numa mesa posta que prontamente acolhe aquela mulher. Ela vem cansada, pois fez uma longa caminhada conduzindo sua criança nas costas e um balde na cabeça. A região tem falta de água potável assim como existe aqui no Brasil também, principalmente na região nordeste. Na região de Cacine existe um rio por nome Cacine que é um rio de água salgada. Tanto é que esses é um dos motivos que não tem água potável nessa região. Para ter água potável é necessário buscar a uma uma casa na cidade de Cacine na Guiné-Bissau na distância de 7km na aldeia de Camuconde. Alguns África Oci-dental. vão a pé ou de bicicleta em busca de água diária com os seus “bidons” (vasilhames semelhantes aos Como toda cultura, a Guiné-Bissau também conta nossos garrafões.) sua história através da culinária, por isso podemos ver que, àquela panela posta no centro de uma Olho para essa cena e vejo que não existe nada mais mesa diferente para alguns pa-drões sociais, tem rico do que esse momento de valori-zação da refeicomida de uma cozinha simples, tem conversas ção e esta, em particular vai além do ato de comer. e tem histórias de vida. A receita desse dia estava Ela envolve o jeito de ser de um povo, sua cultura, composta de um caldo denominado de “Caldo de suas lutas e desafios para sobreviver. mancarra”, e Omelete de caju. Cardápio: Frango, pasta de amendoim, malagueta, óleo de palma e Ao mesmo tempo, aquela mesa era solidária, tinto-mate. E Omelete de caju. Tudo isso misturado ha muitas conversas expressando amizade de um com o arroz vermelho que é conhecido no Brasil para com o outro. Naquela mesa pude ver histórias como arroz da terra. contadas, laços de amizade sendo construídos, saAssim como a mistura de alimentos existente naquele ambiente, também tem uma mistu-ra de raças, etnias, cheiros e sabores. De forma espontaneamente percebe-se naquele ambiente a construção de vínculos e afetos. Enquanto comíamos e conversávamos chegou entre nós uma senhora por nome Quinta, que vinha trazendo água potável para a sua família. Assim como na história do filme, mais uma vez identifico fatos semelhantes. Ali também tem famílias simples que lutam pela sua sobrevivência, em meio a falta de água e escassez de alimentos. Que usam da criatividade, coragem e necessidade para sair em busca de água e alimento a longas distâncias. Muitas vezes, a mãe leva um balde na cabeça e o filho ou filha nas costas envolvido na “capulana”, (tecido usado nos países africanos que envolve 94
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ber e sabores se espalhando no ar. E não tinha ali uma mesa de ma-deira ou de plástico, mas tinha uma mesa que representava as etnias que ali se encontra-vam. Que acolhia de coração a nós brasileiros que sempre fomos cuidados pelos africanos tanto ali naquele momento como no passado, quando fizeram a diferença no período da colonização.
Os aprendizados desta experiência me fazem refletir sobre o fortalecimento dos nossos vínculos no cuidado com o estrangeiro, com o refugiado e com o faminto que precisa do sumo do “Caju do Amor”, capaz de quebrar barreiras da indiferença ou do caldo de man-carra que nos ensina sobre os vínculos da amizade e do respeito ao próximo.
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Viagem Histórica primeiro ato foi alterar o nome da capital Desterro para Florianópolis, em homenagem ao Presidente Floriano Peixoto, o “Marechal de Ferro”, no período (1889 a 1894).
Por Neusa
Bernado Coelho
HERCÍLIO PEDRO DA LUZ https://www.bing.com/images
Hercílio Pedro da Luz ou simplesmente Hercílio Luz, nasceu na cidade de Nossa Senhora do Desterro, capital catarinense, em 29 de março de 1860, próximo ao jardim da Praça XV de Novembro. Foi o sexto filho de Jacinto José da Luz e de Joaquina Ananias Neves da Luz, filha do importante político chamado Joaquim Xavier Neves. Casou-se em 1885 com Etelvina Cesarina Ferreira da Luz, com quem teve quatorze filhos. Viúvo, casou em 1915 com Corália, irmã mais moça da esposa, teve mais cinco filhos. Hercílio Luz iniciou seus estudos no Ateneu Provincial de Desterro (hoje Florianópolis), cursou Humanidades na Escola Politécnica no Rio de Janeiro, então capital do Império. Completou estudos na Bélgica, formando-se engenheiro civil. Iniciou na vida pública em 1888 nomeado para trabalhar em obras da província de Santa Catarina . Após a Proclamação da República em 1889, seguiu como engenheiro do estado. Governou Santa Catarina por três legislatura: 1894 a 1898/ 1918 a 1922/1922 a 1924 Faleceu em Florianópolis aos 64 anos, em 20 de outubro de 1924. dois anos antes de terminar o mandato. Desterro para Florianópolis
Visionário político, Hercílio Luz, idealizou e iniciou em 14 de de novembro de 1922 a ponte que faria a primeira ligação terrestre entre a Ilha e o Continente fronteiriço. Após a pandemia da gripe espanhola que atingiu 30% da população de Florianópolis no início do século XX, o então governador deu início a implantação da infraestrutura urbana da cidade. Priorizou a iluminação pública, saneamento e canalização do Rio da Bulha, na atual Avenida Hercílio Luz. Em oito de outubro de 1924, já na terceira legislatura, Hercílio Luz muito doente, diagnosticado com câncer de estômago, recebeu de presente uma réplica da ponte que estava sendo construída. A miniatura em madeira era 50 vezes menor que a escala original e foi percorrida por Hercílio Luz doze dias antes de falecer. A passarela pênsil de 18 metros de comprimento localizava-se junto ao trapiche próximo da Praça XV de Novembro, Florianópolis. Dessa forma, inaugurou simbolicamente a majestosa Ponte que inicialmente seria chamada Ponte do Estreito, depois passou para Ponte da Independência. Por fim, inaugurada em 13 de maio de 1926 com o nome de “Ponte Hercílio Luz”, em homenagem póstuma ao ex-governador.
Réplica da ponte Hercílio Luz Foto: Acervo histórico
Hercílio Luz, de ideais conservadores, foi adversário político dos líderes liberais na Revolução Réplica Ponte – foto: nsctotal.com.br/noticias Federalista ocorrida no início da República do Brasil. Sucedeu o governo de Antônio Moreira César, Hercílio Luz destacou-se principalmente como assumindo o governo catarinense em 1894. Seu idealizador da maior Ponte pênsil, hoje considera96
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Viagem Histórica da Cartão Postal e única desse modelo no mundo. Salles e Pedro Ivo Campos, paralelas à primeira. A histórica “Ponte Hercílio Luz” foi inaugurada dia 13 de maio de 1926, dois anos após sua morte, Cartão Postal da capital catarinense numa quinta-feira chuvosa, sob a governança interina de Antônio Vicente Bulcão Vianna. A primeira ligação de acesso via terrestre entre o continente e a Ilha de Santa Catarina, substituiu o precário e desconfortável serviço feito por balsas no transporte de pessoas e mercadoriaras no sol e chuva.
Ponte Hercílio Luz restaurada - foto Tripadvisor. com.br-Paseo
Projeto original da Ponte Hercílio Luz Foto: Antigo Verde Amarelo Originalmente construída para sustentar uma pista de rolamento, uma via férrea inexistente, uma passarela de pedestres e a adutora de abastecimento de água de Florianópolis. A travessia consolidou Florianópolis como o centro administrativo e político do estado, prosperou definitivamente a capital de Santa Catarina. Aberta inicialmente para o tráfego de carros, pedestres e, à época, para passagem de charretes, bondes, carroças e carros de bois. Somente uma década após, o ônibus tornou-se o transporte coletivo mais usado. Durante alguns anos de 1928 a 1935 o cidadão que ousava passar de um lado ao outro da cidade pagava o pedágio no valor de um tostão (cem réis), na cabeceira continental da ponte. Em 24 de abril de 1944, Florianópolis anexa parte do município de São José, nasce portanto, o bairro do Estreito incorporado à capital catarinense. Desde então, a ponte deixa de ser uma ligação entre cidades e passa a ser uma ligação interna de Florianópolis. A primeira ponte permaneceu até 1975 sendo a única ligação rodoviária entre a ilha e o continente.Nas décadas seguintes foram construidas as pontes Colombo
O projeto da Ponte Hercílio Luz teve origem nos Estados Unidos da América e custou uma fortuna aos cofres catarinenses. Aproximadamente cinco milhões de dólares foram emprestados de bancos internacionais e totalmente quitados somente em 1978, mais de 50 anos após a inauguração. Em estilo Art Déco, a ponte possui 821 metros de comprimento, executados pelos engenheiros norte-americanos: Robinson & Steinman. Pesando aproximadamente cinco mil toneladas, a histórica Hercílio Luz é uma das maiores e a única ponte pênsil do mundo em que o vão central é sustentado por sistemas de barras de olhal, composta por 2 torres principais e 12 torres secundárias, o vão pênsil está a 30 metros acima do nível do mar. É a única que continua em pé, as outras duas, idênticas, construídas no EUA, não existem mais, uma desabou e a outra foi demolida, ambas com problemas estruturais. Interdição -Tombamento - Restauração Em 1982, devido às condições precárias a Ponte Hercílio Luz foi totalmente interditada pela primeira vez. Reaberta de 1988 até 1991, somente para tráfego leve, entretanto, definitivamente interditada após inspeções de segurança que detectaram graves problemas estruturais. Muitas polêmicas envolveram a reforma, mas graças ao tombamento realizado por Antônio Henrique Bulcão Viana, a ponte sobreviveu a demolição. É um dos mais importante Patrimônio Histórico, Artístico e Arquitetônico da Capital de Santa Catarina, (Decreto nº 673/92, de 4 de agosto de 1992), tombada a nível federal em 5 de agosto de 1998. O restauro lançado Revue Cultive - Genève
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Viagem Histórica em edital de 2005 consumiu altas cifras financeiras, algo em torno de meio milhão de reais. Os engenheiros empregaram alta tecnologia, principalmente na troca das barras de olhal e cabos pendurais que sustentam a ponte. O chão originalmente de madeira, havia recebido asfalto em 1960, porém removido para diminuir a carga. Na atual reforma a faixa do vão central recebeu gradil metálico vasado para escoar água da chuva e facilitar a manutenção. As passarelas laterais utilizadas por pedestres e ciclistas são metálicas não vazadas. Esse símbolo cultural e arquitetônico de Floripa, totalmente restaurado, renasceu esbanjando beleza e resgate histórico. Entregue à população às 10h do dia 30 de dezembro de 2019, vinte e oito anos após completa interdição. Festa na Reinauguração em 30 -12-2019 A reabertura contou com desfile de 172 carros e motos antigos e a performance do pianista português Mário Moita. A cerimônia de inauguração da restauração foi abrilhantada pela banda da Polícia Militar e pelo Coral do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) Foi um presente aos catarinenses no final de 2019 contou com a presença do governador Carlos Moisés (PSL), políticos, autoridades e convidados. Cortejada por mais de um milhão de pessoas em apenas uma semana de visitação, a Ponte Hercílio Luz recebeu outro tanto de admiradores na semana seguinte. A festa da inauguração prosseguiu contemplada com atrações musicais, culturais e esportivas do Projeto Viva a Ponte, no Parque da Luz-
Foto - Wikipedia.org
O Centenário do ex-governador Hercílio Luz foi homenageado com um monumento próximo ao Parque da Luz e o Museu da Ponte de onde se avista uma bela paisagem panorâmica do Centro de Florianópolis. No memorial consta a seguinte dedicatória “À Hercílio Luz no centenário do seu nascimento, homenagem do povo de Santa Catarina e do governador Heriberto Hülse / 1860 - 29 de maio - 1960”. Seu nome destaca-se em muitos lugares, além da Ponte Hercílio Luz, o Aeroporto Internacional Hercílio Luz, a Avenida Hercílio Luz, da capital, ruas, edifícios, etc. As moradias restauradas O palacete que abrigou a família do ex-governador Hercílio Pedro da Luz desenha um pouco da história das famílias tradicionais da capital no início do século vinte. A casa localizada à rua Raul Machado, no Centro de Florianópolis, foi tombada em 2002 e restaurada em 2019. Recebe visitações agendadas para os três pisos e também aluga em eventos. Palacete onde morou Hercílio Luz e família Foto: Mariana Boro. Fonte: ND Mais.
Foto:ndmais.com.br/noticias/estado-de-santa-catarina
Monumento - Hercílio Luz 98
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Museu Casa de campo e lazer do ex-governador Hercílio Luz
Viagem Histórica Fundação Catarinense de Cultura
A casa de descanso e lazer do ex-governador fica em Rancho Queimado, município de Taquaras/SC, a 70 km de Florianóplois. O conjunto arquitetônico característico da cultura alemã adquirido em 1911, foi tombado pelo decreto nº 25.800 em 1985. Hoje é atração turística, mantém exposições permanentes e temporárias entre outros eventos culturais. No setor Memorial Hercílio Luz, encontra-se mobília e louças pertencentes ao antigo morador Ponte Hercílio Luz- foto commons.wikimedia.org
http://cine-luz.blogspot.com/2011/03/imagens-remotas-daponte-hercilio-luz.html https://cultura.sc.gov.br/ https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Um_panorama_ de_hist%C3%B3ria_-_Ponte_Herc%C3%ADlio_Luz_2.jpg https://www.florianopolis.travel/passeio/ponte-hercilio-luz. html https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/1654336766552886-monterrey-vence-campeonato-mexicano-de-futebol-veja-fotos-de-hoje https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2019/12/19/ veja-a-programacao-da-reabertura-da-ponte-hercilio-luz-em-florianopolis.ghtml https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2019/09/23/ casa-de-hercilio-luz-e-restaurada-e-sera-aberta-a-visitacao-publica-em-florianopolis.ghtml https://guiafloripa.com.br/dicas/quem-foi-hercilio-luz https://www.marangoni.com.br/gradedepiso/2018/10/05/ nova-ponte-hercilio-luz-e-construida-com-as-grades-de-piso-marangoni-meiser/ http://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/biografia/1194-Hercilio_Luz https://ndmais.com.br/noticias/estado-de-santa-catarinacria-o-manual-da-ponte-hercilio-luz/ https://www.nsctotal.com.br/noticias/dez-curiosidadessobre-a-ponte-hercilio-luz https://www.radiocatarinense.com.br/2019/12/inaugurada-reforma-da-ponte-hercilio-luz/ https://www.sie.sc.gov.br/hercilioluz http://www.scm.sc.gov.br/scm/cool_timeline/hercilio-pedro-da-luz-1918-1922/ http://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/biografia/1194-Hercilio_Luz https://pt.wikipedia.org/wiki/Herc%C3%ADlio_Luz
A Luz da Ponte Luz que resplandece no oceano E desabrocha amor no coração humano, Luz da ponte, clarão incandescente que cintila a mente Luz da saudade dos antepassados Da Ilha, da história, do serestar Luz guardada na memória de gerações vividas. Da divina estrela, do sol, da lua, do mar Da Ponte Hercílio Luz, Plácida sob o céu azul Convida o povo, Vem me cortejar Por Neusa Bernado Coelho
Referências https://www.bing.com/search?q=hercilio%20luz%20reinaugurada
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Longe da família e dos amigos, porque a vida é mesmo assim e às vezes nos leva para outras margens ... Mas então, como por magia, liga-se o computador, o tablete e, dá-se o milagre, a sala enche-se de gente. Lá estão, naquele grande ou pequeno, ecrã, os pais, os irmãos, avós e os amigos a partilharem emoções e orações. Criam-se memórias, vivem-se momentos únicos e felizes.
Laura Moura Nunes Mas é Natal Não há presente como o tempo.
Até podemos abrir os presentes. Juntos a presenciar a emoção de quem dá e recebe Sim, é verdade que não há o toque, o calor do abraço. Mas há sorrisos e beijos soprados e por vezes aquela teimosa lágrima que internece o coração... Assim devemos dar graças por vivermos nesta Aldeia Global, neste Mundo Virtual que veio para nos pôr mais próximo dos que amamos
Tempo de amar, conviver com a família, o bem maior, aos nossos ouvidos, suas vozes que ilumi- Seja presencial ou virtual . nam nossas almas e nos mimam o coração.
Mas é Natal, à distância ou ao simples toque do teAos amigos, dia tão desejado para aquele encontro, clado. há muito esperado. No corre-corre, atropelamos, damos aquele empurrão aqui e ali na busca do presente perfeito que tínhamos idealizado. Os cheiros, as cores das luzes natalicias, nossos sentidos se perdem na busca do tempo. Sim, e tudo mudou. Mas é Natal, noite de Natal, coração apertado, mas o amor está lá guardado não se esfumou! Vamos fazer os preparativos! A árvore está maravilhosa e o presépio conta a história milenária do nascimento do Menino Jesus… A mesa linda, decorada a rigor com as iguarias esperadas, o bacalhau, as filhoses e as rabanadas e o tradicional bolo, o tronco de Natal…. Mas na sala encontra-se apenas uma pessoa…. 100
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Consiga estar sempre próximo dos que amamos, seja presencialmente ou ao toque do teclado... A vida segue, é sempre uma grande surpresa! Feliz Natal em 2020!
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Episódio na Ida da Família Real Portuguesa para o Brasil : 18071808 por José Custódio Madaleno Geraldo Chegada de D. João à Baía A Chegada de D. João VI à Bahia. Óleo sobre tela de 1952 (Crédito: Candido Portinari/Projeto Portinari) D. João desembarcou na cidade da Baía a 22 de Janeiro de 1808, tendo recebido provas de muita estima e admiração por todos os habitantes que se dirigiram para o saudar ou simplesmente a vêlo, saudado pelo capitão-general da colónia - o conde da Ponte e pelo arcebispo, por entre as mais vibrantes aclamações do povo. “A armada, desviada do caminho ordinario dessas navegações, o que visou foi verificar de passagem o que de real e positivo havia nas conjecturas dos entendidos, e essas conjecturas se confirmaram plenamente.” A História tem destes acasos, a armada comandada por Pedro Álvares Cabral, a maior e mais poderosa até então, treze navios entre caravelas e navios redondos, que partira de Lisboa com a missão de
assentar paz e amizade com o soberano de Calecut com vista a “estabelecer ali uma feitoria, aonde recolher as mercadorias europeas de mór procura no paiz com o producto das quaes havia de carregar de especiarias as naus, quando tornassem.” Não é de acreditar que o desvio da rota tanto para Ocidente tenha sido por acaso, mas sim de forma deliberada de modo a descobrir terras dentro do hemisfério português, conforme os tratados previam. A 21 de Abril de 1500 os navegadores portugueses deparavam-se com sinais de terra e a 22 avistavam terra brasileira, a 23 os portugueses vão a terra e trocam presentes com os nativos, a armada ruma para Norte até darem com um “Porto Seguro” onde vão ancorar para “[...] tomar agua e lenha e principalmente acertar onde se estava.” Passados sete dias a Armada seguiu o seu destino rumo à Índia. No mesmo dia voltou para Lisboa o navio dos mantimentos para dar a boa nova a El-Rei, com a Carta de Pero Vaz de Caminha, datada de 1 de Maio, que descreve minuciosamente o “Achamento do Brasil”. O navio mensageiro passou pela Bahia provavelmente a 5 de Maio de 1500. D. Manuel recebeu a carta de Pedro Vaz de Caminha, ficou contente pelas novidades, logo mandou aparelhar três navios para zarparem e reconhecerem aquelas Suas novas terras. Passados mais de três séculos, D. João lembrar-se-ía deste episódio. Revue Cultive - Genève
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Viagem Histórica A euforia também aqui se fazia sentir e o povo apareceu em massa às audiências públicas que D. João fez questão de presenciar para receber todos quantos quisessem beijar a sua mão papuda. No dia seguinte à tarde, mais pela fresca: “[...] seguira as carruagens de gala, pela Gameleira até ao teatro, onde os camaristas o aguardavam com o pálio alçado, entre alas de soldados para o Te-Deum da Sé. Sua altesa, muito guloso da música sacra, escutou-a tocada por todos os instrumentistas da cidade. Começaram, então, as festas sem conta, delírios, loucuras em que corriam rios de oiro em honra da família real que se acolhia à generosidade dos habitantes do Brasil. Imaginavam-se banquetes, que duravam horas, para agradar a gulotoneria dos recem chegados; faziam-se exercícios militares que enchiam as ruas de animação guerreira, organizavam-se cortejos, bailes populares, cantatas nas quais embalavam D. João e o queriam captar: Meu príncipe regente, Não saias daqui, Cá ficamos chorando Por Deus e por ti... As vozes lentas, bem sotaqueadas, dôsse enlanguescência brasileira, subiam até ao varandim do paço todo iluminado; numa quebreira deli¬cada, soavam as violas em lunduns doloridos, aiados, vagos e o principe sentia-se bem e dizia-o. Custava-lhe arrancar da Baía, [...].” Importa referir que, ainda na Baía, D. João publicou um importante decreto, datado de 28 de Janeiro, que abria os portos brasileiros às nações amigas, mediante o pagamento de um imposto. “Foi José da Silva Lisbôa, o futuro visconde de Cayrú, um dos maiores jurisconsultos da Bahia e do Brasil, quem primeiro aconselhou esta medida, extremamente útil á nossa patria; foi uma das cousas que mais contribuiram para nossa independência e riqueza publica.”
cas circunstancias da Europa; e querendo dar sobre este importante objecto alguma providencia prompta, e capaz de melhorar o progresso de taes damnos: Sou Servido Ordenar interina, e provisoriamente, em quanto não consolido hum Systema geral, que effectivamente regule semelhantes materias, o seguinte Primo: Que sejão admissiveis nas Alfandegas do Brazil todos, e quaesquer Generos, Fazendas, e Mercadorias transportados, ou em Navios Estran¬geiros das Potencias, que se conservão em Paz, e Harmonia com a Minha Real Coroa, ou em Navios dos Meus Vassallos, pagando por entrada vinte e quatro por cento; a saber: vinte de Direitos grossos, e quatro do Donativo já estabelecido; regulando-se a cobrança destes Direitos pelas Pautas, ou Aforamentos, porque até o presente se regulão cada huma das ditas Alfandegas, ficando os Vinhos, e Aguas Ardentes, e Azeites doces, que se denominão Molhados, pagando o dobro dos Direitos, que até agora nellas satisfazião. Secundo: Que não só os Meus Vassallos, mas tambem os sobreditos Estrangeiros possão exportar para os Portos, que bem lhes parecer a beneficio do Commercio, e Agricultura, que tanto Desejo promover, todos, e quaesquer Generos, e Producções Coloniaes, á excepção do Páo do Brazil, ou outros notoriamente estancados, pagando por sahida os mesmos Direitos já estabelecidos nas respectivas Capitanias, ficando entre tanto como em suspenso, e sem vigor todas as Leis, Cartas Regias, ou outra Ordens, que até aqui prohibião neste Estado do Brazil o reciproco Commercio, e Navegação entre os Meus Vassallos, e Estrangeiros. O que tudo assim fareis executar com zelo, e actividade, que de vós Espero. Escrita na Bahia aos vinte e oito de Janeiro de mil oitocentos e oito. = PRINCIPE.= Para o Conde da Ponte.”
Depois de assinado o decreto, “[...] e logo houve mais festas religiosas, jantares opíparos, como os oferecidos em casa de Vilela e de Antunes Guimarães, merendas de pompa na Itaparica e, finalmente, as iluminações com que se antecedeu a despedida. Parecia uma nuvem rasteira, loira e vermelha, de labaredas lambendo as águas e a cidade de Todos-os-Santos.” Embora houvesse esforços “Conde da Ponte, do Meu Conselho, Governador, e para o Príncipe Regente ficar na Baía, este não se Capitão General da Capitania da Bahia, Amigo. Eu o demoveu do seu destino e a 26 de Fevereiro rumou PRINCIPE REGENTE vos Envio muito saudar, como para o Rio de Janeiro, ao som de cantatas de desaquelle que Amo. Attendendo á representação, que pedida. fizestes subir á Minha Real Presença sobre se achar interrompido, e suspenso o Commercio desta Capi- Vd. GERALDO, José C. M. – As Invasões Natania com grave prejuizo dos Meus Vassallos, e da poleónicas – Desde a Ida da Família Real para o minha Real Fazenda, em razão das criticas, e públi- Brasil às Linhas de Torres: 1807-1811 , Lisboa: Âncora Editora, 2011. 102 Revue Cultive - Genève
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José Angelo Pinto A Preservação da Memória como Identidade Individual e Coletiva Trecho da palestra proferida pelo professor e fotógrafo José Angelo Leite Pinto, na Sessão Solene da Câmara de Vereadores de Feira de Santana-BA, pelos 184 anos de Emancipação Política de Feira de Santana, no dia 18 de Setembro de 2017. Para mim é uma grande satisfação neste dia especial, ser convidado por esta Casa Legislativa, local onde desde a minha infância frequento acompanhando meu saudoso pai, o vereador José Ferreira Pinto, quando a Câmara de Vereadores ocupava os últimos andares do prédio do antigo INPS na Praça Cel. Bernardino Bahia, bem como por aqui viver minha família desde os mais remotos antepassados quando ainda era a Villa de Sant’Ana dos Olhos D’Água. Isto é história, isto é memória! E agradeço ao Presidente José Carneiro Rocha, pelo convite e por esta oportunidade! Começando com o tema da minha palestra “A Preservação da Memória como Identidade Individual e Coletiva”, destaco que a Memória é que dá sentido e significado à uma existência anterior. A preservação da memória é condição indispensável para a existência e continuidade históricas tanto de uma pessoa, quanto de um povo. Observa-se que na sociedade industrial, dominada pela velocidade, o "velho", o “antigo” é menosprezado, é visto com preconceito e considerado muitas vezes inútil e ultrapassado. A modernidade transformou o homem em um ser insensível e sem memória; desproveu-o, inclusive, da capacidade de ter uma preocupação com ela. Como afirmam os estudiosos, na Era da Informação o receptor da comunicação de massa é, na verdade, um ser desmemoriado. Recebe uma quantidade tão grande de informação, que satura sua forma de conhecer o mundo; pois não há lenta mastigação e assimilação daquilo que é transmitido pelas mídias.
ção, a falta de interesse das pessoas, como também a falta do sentimento de pertença, cada vez mais o cotidiano afasta-se das vivências da tradição e do costume, fazendo com que a memória: deixe de ser encontrada na própria sociedade, necessitando de lugares especiais para serem guardadas, preservadas em seus laços de continuidades, como em museus, arquivos, bibliotecas e outros, sendo esses encarregados de preservar as lembranças do passado. Em nossa cidade temos o Arquivo Público Municipal, o Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana, o qual tenho a honra de ser membro, o Museu de Arte Contemporânea Raimundo de Oliveira, a Biblioteca Municipal Arnold Silva, o Museu Casa do Sertão-UEFS, o Museu Regional de Arte-CUCA, o acervo do Jornal Folha do Norte, o mais antigo jornal da Bahia e ainda em circulação, dentre outros.
Temos percebido ao longo das últimas décadas, muito da memória arquitetônica de Feira de Santana desaparecer. Este fenômeno é resultado da falta de sentimento numa origem comum que une distintos indivíduos, do individualismo, ganância, especulação, egoísmo e até mesmo dessa cultura em que o velho deve ser sempre descartado e subsO mundo contemporâneo, pós-moderno, é super- tituído pelo novo. Afirmo sempre, que se não fosficial. Nele, apenas a imagem tem um papel prepon- sem os prédios da Prefeitura Municipal, Câmara de derante na vida das pessoas. Devido à esta acelera- Vereadores, Arquivo Público Municipal, Mercado Revue Cultive - Genève
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Viagem Histórica de Arte Popular, Escola Maria Quitéria, CUCA, Coretos das Praças da Matriz, Fróes da Motta e Bernardino Bahia, Cemitério Piedade, Igreja da Matriz, Igreja dos Remédios, Asilo Nossa Senhora de Lourdes, Igreja Senhor dos Passos, Abrigos Predileto e Marajó, prédios da Sociedade Montepio dos Artistas Feirenses, Sociedade Filarmônica 25 de Março, Sociedade Filarmônica Vitória e por último o Casarão Fróes da Motta, diríamos que Feira de Santana é uma cidade do século 20. Observem que todos estes patrimônios arquitetônicos existentes na cidade pertencem ao município, arquidiocese ou entidades locais. Praticamente não existem memórias de iniciativa privada. Tratar bem a memória não é somente vislumbrar uma peça antiga, mas é dar luz ao longínquo mundo da história; é dar ao cidadão a chance de se identificar com o lugar onde mora; é tornar o seu povo muito mais politizado, comprometido, seguros de si e unidos por um propósito em comum. Uma cidade sem memória é uma cidade sem história, sem raízes, onde qualquer um vem e suga o que tiver de melhor e vai embora, onde os cidadãos vivem individualmente, sem se preocupar com o lugar onde vive, com o que está acontecendo e também com o próximo. Pode ser até uma cidade que cresça economicamente, mas continuará socialmente pobre, violenta e sem memória. José Angelo Leite Pinto
Do 28 abril ao 02 maio 2021
contato: ascultive@gmail.com www.cultive-org.com 104
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Educação Clesley Maria Tavares moral e ética, basta olharmos em volta, e nos deparamos com pandemia, racismo, feminicídio, abuso do Nascimento.
Professora Adjunta do Departamento de Geociências da Universidade Regional do Cariri – URCA. Coordenadora do grupo de pesquisa Educação Holística: um olhar integral na formação do docente de geografia. Doutora em Geografia. Mestra em Desenvolvimento e Meio Ambiente. Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional.
infantil, corrupção política e corporativa, violação de direitos humanos, terrorismo, aumento de suicídios juvenis, exacerbado consumo de drogas e chacinas nas escolas.
Parafraseando o grande educador brasileiro Paulo Freire, embora a educação sozinha não possa solucionar os problemas da sociedade, sem ela tampouco eles serão solucionados. Nos encontramos em uma sociedade bastante complexa, a qual exige nova postura e novas formas de perceber a vida e de nos relacionarmos uns com os outros. O fato EDUCAÇÃO HOLÍSTICA, RAZÃO E SENSIBI- de nos considerarmos desconectados(as) ou isolados(as), contribui para o fracasso dos sistemas LIDADE NA FORMAÇÃO DOCENTE educativos em todo o mundo, uma vez que essa Holismo vem do grego holon que significa todo realidade não se restringe aos países do sul. ou inteiro, um todo inteiramente constituído por interconexões viabilizadoras de inteireza. A carac- De acordo com o Relatório para UNESCO da Coterística chave do educador(a) holístico é a inter- missão Internacional sobre Educação para o século conectividade, humana, ecológica e cósmica, capaz XXI, atualmente os sistemas educacionais formais tendem a privilegiar o acesso ao conhecimento code propiciar o conhecimento de si e do outro. gnitivo, em detrimento a outras formas de aprendiMetaforicamente, é a vivência da filosofia sul afri- zagem, por isso se faz urgente compreender a educana Ubuntu, que significa eu sou por que nós cação de maneira integral. Essa perspectiva deve somos. Estamos interligados a tudo e a todos(as), inspirar e orientar as reformas educacionais seja na assim, a aceitação da existência do outro é basilar elaboração de programas ou na definição de novas na educação holística. Esse fato reforça, ainda mais, políticas públicas educacionais. que ao negarmos a existência do outro (negros, mulheres, LGBTQ+, animais, plantas, rios, etc) não Sob essa ótica, sentimos que existe uma lacuna na apenas negamos nossa existência, mas renegamos formação docente ao priorizar a intelectualização dos discentes, preterindo os aspectos afetivos, espinosso modo de ser e estar no mundo. rituais, corporais, éticos e culturais. Em face dessa Diante desse contexto, ao redirecionarmos para a realidade e buscando preencher essa lacuna, desde questão das práticas pedagógicas de nosso sistema 2018 venho pesquisando sobre Educação Holística educacional, perceberemos a preponderância de na formação do docente de geografia, na Universiatividades competitividades em detrimento às ati- dade Regional do Cariri – URCA, localizada no sul vidades de cooperação. Refletindo sobre o cerne da do estado do Ceará – Brasil. questão é importante aqui mencionar Maturana, neurobiólogo chileno, para ele a competição por essência não pode ser sadia, pois se constitui na negação do outro, portanto, não é coincidência que cada vez educadores(as) e educandos(as) venham manifestando doenças como síndrome do pânico, estresse, depressão e etc.
Aqui trago o relato dessa experiência desenvolvida através de estudos teóricos e práticas integrativas vivenciadas dentro e fora da universidade. No intuito de provocar uma discussão referente às contribuições didático pedagógicas da educação holística no ensino de geografia, trazendo uma proposta de mudança na maneira de olhar e reposicionar o ser A competitividade fracassa em nutrir a autocom- humano no espaço geográfico, não apenas como preensão, a saúde emocional e os valores humanos sujeito crítico, mas também corporal, emocional, existenciais (Yus). Uma sociedade estimuladora de criativo, social, cultural e espiritual. Transpondo competitividade e que tem a percepção de sucesso o reducionismo mecanicista, na tentativa de interestrita a ganhos econômicos está fadada a falência gração do pensar, sentir e agir consciente de si e do Revue Cultive - Genève
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Educação com o intuito de aquietar a mente, aumentando a concentração; mantendo o equilíbrio entre corpo-mente-emoção; desenvolvendo habilidades Práticas integrativas são ações comprometidas com para observar os pensamentos que emergem sem o cuidado e o autocuidado, aspectos inatos da na- se identificar com eles; promovendo autoconhecitureza humana. Se o cuidado está na constituição mento, autocuidado e autotransformação. da nossa humanidade, certamente é inerente ao ato de educar, uma vez que é impossível uma pessoa Meditação na sala de aula Exercício de alongamento educar outra, sem cuidado e autocuidado. outro na vida e no mundo. A sensibilidade do cuidado
A aplicação de práticas integrativas na educação (meditação, yoga, roda de conversas acolhedoras, exercícios de alongamento, etc.) está diretamente relacionada com a mudança de atitude dos sujeitos envolvidos com o fazer educativo, em seu sentido amplo, pois deriva de uma perspectiva multidimensional e integradora do ser. Oportuniza os participantes entrarem em contato com o sentir, secundarizado pela educação tradicional; trata-se de uma desconstrução da percepção do processo de ensino-aprendizagem vigente, pois considera que não basta o indivíduo pensar, é necessário também sentir para aprender.
Além da meditação são realizados exercícios de Estamos entorpecidos(as), precisamos reaprender alongamento, que estimulam a percepção do a sentir para significar, percorrer o caminho que próprio corpo, reduz a tensão muscular, suaviza a vai da mente ao coração, encarando-o com a cora- irritação, libera serotonina, proporcionando o bem gem que toda longa caminhada requer. Se observa- estar integral. mos essa distância tendo o corpo como referência ela nos parece curta, mas se olharmos com bastante A mandala de valores é uma das atividades utiliatenção é possível perceber a profundidade abissal zada para trabalhar a concentração, criatividade, que há entre esses dois pontos. Sendo assim, neces- sensibilidade e o autoconhecimento. As mandalas sitamos calar a mente e ouvir a vida pulsar dentro são coloridas subjetivamente baseadas em 6 valores (honestidade, auto responsabilidade, perseverança, de nós e a nossa volta. respeito, gentileza e dedicação) e como esses valores são exercidos por cada um no cotidiano (variando de 1 a 5).
Partindo dessa perspectiva, durante os encontro do grupo de pesquisa que coordeno, antes de iniciar o estudo teórico, os estudantes praticam meditação 106
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Educação Depois de coloridas, as mandalas são socializadas. Nesse momento ocorre a roda de conversa acolhedora, onde os educandos fazem uma autoanálise que o grupo escuta sem julgamento. Normalmente se surpreendem com o resultado da mandala, declararam um certo desconforto ao identificar a preponderância de determinados valores em suas ações e comportamentos, essa tomada de consciência ajuda a desenvolver estratégias de superação.
ção dos trabalhos acadêmicos; apresentam mais respeito diante de uma opinião divergente da sua, sendo menos reativos(as); aumento da autoestima, passaram a acreditar que podem consolidar suas conquistas e generalizá-las para outros contextos ( principalmente a escola); os que já exercem o ofício de professores(as) utilizam essas práticas em sala de aula e outros pretendem utilizá-las como metodologias de ensino.
Enfim, para apresentar uma síntese da amplitude da experiência relatada, há cinco principais mudanças de atitudes apontadas pelos alunos e alunas, como resultantes das práticas integrativas e do estudo da abordagem holística no seu processo de formação acadêmica. A saber: passaram a se sentir mais seguros(as) diante das situações desafiadoras ocorridas em sala de aula; conseguem permanecer concentrados(as) por mais tempo na execu-
Diante dos resultados mencionados, consideramos que a viabilidade da aplicação desta abordagem está diretamente relacionada com a mudança de atitude dos sujeitos envolvidos com o fazer educativo, em seu sentido amplo. Partindo de uma perspectiva multidimensional e integradora da existência humana, que possibilita o despertar da consciência global da pessoa, desenvolvendo o sentimento de interconexão com a humanidade e o planeta.
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Educação
Lais Castro
PcDV, geralmente por meio de uma fonte sonora. Como exemplos, podemos citar exposições artísticas, filmes, programas de televisão, peças de teatro, musicais, óperas e provas de exames. Implica em oferecer aos usuários desse serviço as condições de igualdade e oportunidade de acesso à informação visual, garantindo-lhes o direito de concluírem por si próprios o que tais imagens significam, a partir de suas experiências, de seu conhecimento de mundo e de sua cognição.
A AD é considerada um recurso tradutório e está incluída nos Estudos da Tradução. Trata-se de uma tradução intersemiótica do visual para o verbal. Audiodescrição Jakobson (1995), classificou a tradução como inAcessibilidade comunicacional para pessoas com terlinguística (entre línguas diferentes), intralinguística (dentro da mesma língua) e intersemiótica deficiência visual. Lais Castro* (entre meios semióticos diferentes, do verbal para A audiodescrição (AD) é um recurso de acessibi- o visual). A princípio a AD não se enquadraria na lidade comunicacional que possibilita o acesso de tradução intersemiótica, mas Plaza (2001) ampliou pessoas cegas ou com baixa visão a conteúdos rela- o conceito, acrescentando à classificação a tradução de todos os tipos de intersemiose, inclusive do cionados à linguagem visual. visual para o verbal. A acessibilidade, tema em pauta em várias partes do mundo nos dias atuais, busca proporcionar o Para ser Audiodescritor ou Audiodescritora, faz-se acesso a produtos culturais a parcela da população necessário um curso de formação específico, que que se encontra excluída e visa também estabelecer contemple informações sobre a deficiência visual e um novo patamar de igualdade que se baseia na va- princípios e diretrizes da audiodescrição. lorização da diversidade. No Brasil, a Lei No 13146, de 6 de julho de 2015, Lei Brasileira de Inclusão Audiodescrição é direito à informação, à comunida Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com cação , à cultura, lazer e educação. Pratique acessiDeficiência), em seu artigo 53, diz que “Acessibili- bilidade! dade é direito que garante à pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida viver de forma inde- (Fonte: Meus trabalhos de conclusão da pós-grapendente e exercer seus direitos de cidadania e de duação em Audiodescrição, na Universidade Fedeparticipação social”, o que significa ter acesso com ral de Juiz de Fora/MG e da disciplina Educar para igualdade de condições e oportunidade aos bens e Direitos Humanos, no curso de Letras da Universiserviços devidos a todos, sejam pessoas com defi- dade Federal de Pernambuco.) *Artista visual e Especialista em Audiodescrição. ciência ou não. Vive no Recife/PE/Brasil. A AD, que teve origem nos Estados Unidos em meados da década de 1970 e tem como pioneiros Gregory Frazier, Margaret e Cody Pfanstiehl, Jesse Minkert e Joel Snyder, representa importante recurso de tecnologia assistiva para a educação, cultura e lazer de pessoas com deficiência visual (PcDV). Tecnologia assistiva é qualquer produto, sistema, serviço etc. que possibilite autonomia e independência a pessoas com deficiência. A AD consiste na tradução de imagens estáticas ou dinâmicas em palavras, para torná-las acessíveis a 108
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Educação
Renascer nas frequências da Luz-Amor!
cada ser para atuar com auto-consciência e auto-responsabilidade através de seu Mestre Interno, seu Divino Ser, seu EU SOU. Conhecendo e assumindo a LUZ de Deus-Pai e o AMOR de Deus-Mãe em si mesmo (que vibra no coração de cada ser), teremos a união dessas duas plenas energias, que resultará em uma terceira frequência, Deus-Filho representado pelo tracinho ( - ), o Filho Divino, nosso Mestre Interno, aquele que somos em essência e tudo o que podemos manifestar nesse plano: a obra, a criação, o fruto... o propósito de nossa alma, nossa missão de vida, nossos dons divinos. No sentido mais pleno deste termo: Luz = sabedoria divina; Amor = nutrimento divino e, representado pelo tracinho ( - ) = nossa co-criação divina, a união, a ponte, o elo entre Luz e Amor.
Por Rosa Marta Gerber.
Luz-Amor também se refere às nossas Vestes Sagradas de Luz-Amor, que consiste nas 3 ferramenO ano de 2020 está chegando ao seu término, po- tas de poder-proteção-cura, que todo ser humano rém os processos vivenciados por cada pessoa, tem desde o ventre materno (antes de nascer): o família e coletivamente em todo o Planeta, vão Casulo das 7 Cores® (outro termo que canalizei), marcar nossas vidas significativamente, havendo a a Chama Trina e a Chama Violeta, que vibram em necessidade de renascer de si mesmo, ou seja, de cada ser humano desde seu nascimento. Veja nessa promover a transformação que cada um deve ope- imagem do livro “Reiki Luz-Amor Para Crianças”, rar em sua própria vida e em todas as suas formas de minha autoria, lançado em 2017. de se relacionar, principalmente consigo próprio. Com certeza, o isolamento social está trazendo Nos tempos atuais, mais do que nunca, é necessário muitas lições e mostrando que até mesmo as coisas proporcionar que cada pessoa tenha condições de mais simples, como darem um abraço, fazer uma entrar em contato com seu próprio poder interno caminhada, visitar os familiares, sair com os ami- através do repasse dessas informações básicas e gos, etc, podem nos fazer repensar sobre os reais acessíveis a todos (pois já estão em cada um), por valores da vida. E essa tomada de consciência é serem herdeiros da Energia de Luz-Amor Divinos, fundamental para definir os próximos anos que es- tendo como finalidade, promover o reequilíbrio do taremos vivendo, nas esferas individual e coletiva, organismo e a harmonização, fortalecendo o sisteconsigo próprio, com outras pessoas, outros seres e ma imunológico e energético além de proporciocom o próprio Planeta. nar proteções energéticas multidimensionais. O chamado maior de 2020, para toda a humanidade, é sobre a necessidade de renascer em plenitude com a Sabedoria de seu Coração, ouvindo seu Mestre Interior, seu EU SOU! Cada vez mais, esse será o grande diferencial das pessoas para alcançar maior realização, saúde, felicidade e sucesso em todas as áreas da vida, equilibrando as necessidades do corpo-mente-espírito. E é com esse propósito que compartilho nesse texto, o que fui acessando em meu próprio processo de despertar, quando passei a canalizar as frequências da Luz-Amor®.
Cada existência é uma jornada na autocura e o mundo é um reflexo da cura que cada um de nós veio realizar. Cada pessoa em sua vida é um reflexo da sua própria cura. O mundo simplesmente reflete a energia do coletivo, um reflexo da cura que está ainda para ser feita. E a energia que você reconhece é aquela que está para ser curada dentro de você. Um é o espelho do outro no auto-aprendizado, auto-transformação e auto-curas.
A cada experiência e interação vividas, lembre-se de que esta é uma jornada de autocura, de nossa Luz-Amor é uma frequência energética da Nova jornada à integridade, à divindade e à reconexão Era, que tem como propósito preparar e calibrar com nossa Fonte primordial, que é pura Luz-Amor. Revue Cultive - Genève
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CASULO DAS 7 CORES DO ARCO-ÍRIS Toda pessoa tem em seus 7 Chakras (centros de energia, roda, vórtices ao longo da coluna vertebral) e 7 Corpos Energéticos principais (por fora do corpo físico), as 7 cores do arco-íris, seguindo a mesma sequência de cores (como na figura acima), ficando a cor violeta por fora.
A Chama Trina é um “cálice sagrado” que temos no Chakra do Coração, vinculado à Glândula Timo, o qual contém um átomo cuja estrutura é diferente do resto do nosso corpo. Esse átomo diferenciado materializa-se no momento da concepção, ou seja, no momento da fecundação do óvulo. Nesse momento forma-se a célula inicial que irá multiplicar-se dando vida a um novo ser. Nesse processo, quando o embrião está em formação, esse átomo portador da Chama Trina é ancorado dentro da estrutura celular que virá a ser o coração. A Chama Trina é o nosso “ponto” de contato com a Fonte Universal que Tudo É (o Criador Universal, Deus Pai-Mãe). Ela permite conectarmos nossas vidas físicas, tridimensionais, com os planos mais sutis de existência, além de efetuarmos o controle energético dos nossos Chakras. Por seu intermédio podemos garantir e manter nossa saúde física, mental e espiritual. A Chama Trina age como suporte da vida no plano material e também é uma das mais poderosas ferramentas para nossa ascensão. É composta por três chamas, raios ou cores:
Podemos e devemos ativar, conscientemente e por nosso desejo, criando um casulo de altíssima vibração de luz nas 7 cores, que atuará com todo o seu • À esquerda a Chama Rosa, que é a manifesalcance cromoterapêutico multidimensional, meltação do Amor Universal, da Mãe Divina. horando a frequência energética de nossas células, • Ao centro a Chama Dourada, da Sabedoria órgãos e glândulas. Espiritual sobre o plano material ou Chama do Filho Divino, que somos nós em nossa essência priHá necessidade de se nutrir pensamentos e sentimordial. mentos positivos para manter e elevar esse canal energético vital saudável. Se nutrirmos pensamen• À direita a Chama Azul, que é a expressão tos e sentimentos densos e negativos, como raido Poder Criativo Divino vindo da nossa amada va, ódio, tristeza, insegurança, medo, etc, vamos presença EU SOU, nosso Pai Divino. enfraquecer esse campo vibracional que temos, criando “buracos e rompimento áurico”, causanExpandindo essa Chama no coração, estaremos do perdas de energia, resultando em desarmonias, sem dúvida a expandir as qualidades divinas na desequilíbrios, baixa imunidade e “doenças”. nossa vida, vivenciando-as plenamente. A Chama CHAMA TRINA é pequenina na maioria dos seres. Não passa de uns poucos milímetros, um centímetro de altura. Mas, ao expandi-la, podemos torná-la tão grande quanto a nossa própria altura. Quando a Chama atinge a plena estatura (nos envolvendo da cabeça aos pés), o amor manifesta-se incondicionalmente a todas as criaturas, a vontade divina faz-se cumprir integralmente na nossa vida e no nosso mundo, e a iluminação, a sabedoria interna guia-nos pela vida. Então somos abençoados, iluminados como Filhos de Deus Pai-Mãe, realmente empossados como tal no nosso mundo e na vida. 110
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Educação Para ativá-la basta respirar profundamente com consciência na Chama Trina e, ao soltar o ar, querer que ela cresça dentro de teu centro cardíaco, te preenchendo por inteiro. Faça essa respiração consciente por três vezes, sempre imaginando a Chama crescer e te envolver por completo nessas três luzes radiantes, da cabeça aos pés. CHAMA VIOLETA
É recomendado que se ative a Chama Violeta pelo menos pela manhã, ao acordar e à noite, ao ir dormir. E durante o dia, sempre que sentir-se pesado, cansado, angustiado ou estar num ambiente ou situação que lhe cause as mesmas sensações. Se seguirmos essas instruções, estaremos nos purificando gradativamente e nos livrando do que nós próprios criamos em inúmeras encarnações anteriores e atual. Nessas situações, visualize a si mesmo e a outra pessoa (ou pessoas) com quem estás em atrito, desarmonia ou desacordo, envoltas numa purificadora fogueira de Chama Violeta e afirme por três vezes, silenciosa ou em voz alta: “Misericórdia Divina, Misericórdia Divina, Misericórdia Divina.”
A luz violeta tem o poder de transmutar e limpar tudo em nós e a nossa volta, tornando luz e amor. Devemos usar essa poderosíssima Chama, principalmente pelo fato dela vibrar por três vezes em nosso campo energético multidimensional: • no 7º Chakra, “Eu sou responsável pela minha vida”. Essa com- • no 7º Corpo Sutil e preensão é absolutamente necessária para que o • na união do Pai (azul) e da Mãe (rosa) em desenvolvimento pessoal e a mudança interna nossa Chama Trina. ocorram de fato, pois precisamos reassumir o nosso poder pessoal em nossas mãos. Somente assim Isso não é acaso, é poder divino pessoal que o acessamos as mudanças necessárias. Criador nos presenteou para estarmos nessa dimensão existencial e momento planetário atual, A Chama Violeta é a transmutadora e misericor- munidos desses recursos internos de altíssimo podiosa frequência que temos em nosso ser para po- der-proteção-cura. Entende-se o termo “cura”, no dermos ascensionar mais rapidamente. É uma cha- sentido holístico multidimensional proporcionado ma de altíssima vibração, através da qual podemos pela transmutação: o que estiver denso (negativo) mudar a nossa estrutura atômica, nossos átomos. se transforma em luz (positivo), o que já estiver Quando temos sentimentos, pensamentos ou ati- vibrando em luz será elevado oitavas acima (ficantudes negativos, nossos átomos são contaminados do mais elevado). com essa energia densa e desestruturados. A Chama Violeta, literalmente, tem o poder de consumir Sugiro experimentar fazer essa ativação de limpeos resíduos que ficam entre os átomos do nosso ser. za energética durante o teu banho (de preferência É como colocá-los de molho em uma solução quí- no chuveiro), enquanto estás limpando teu corpo, mica que, camada por camada, dissolve a sujeira dizendo mentalmente ou em voz alta, com o teu coque se tem acumulado por milhares de anos. À me- ração: “Chama Violeta atue em mim na potência de dida que a substância impura que bloqueia o fluxo mil sóis, em todos os meus chakras e corpos, atrada energia do átomo é dissolvida, por intermédio vés de meu Divino Ser... multidimensionalmente, da ação da Chama Violeta, ocorre a purificação e a limpando, transmutando, curando, dissociando restauração da pureza original dos átomos. Livres e encaminhando tudo o que não vibra em Luz e dos resíduos, os elétrons em nossas células come- Amor para tratamento definitivamente”. Ppodes çam a girar mais rapidamente, elevando nossos escrever num papel, plastificar com fita adesiva níveis de energia e nossa vibração espiritual. Esta para não molhar e deixar no banheiro. Enquanto ação acontece em um campo não físico, chamado vás falando, imagine que essa Chama Violeta está de dimensão metafísica da matéria. te preenchendo por dentro e por fora, como uma Revue Cultive - Genève
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Educação fogueira de luz violeta. Caso não te sintas conectado com essa forma que estou sugerindo, podes fazer com as orações de tua fé: o Pai Nosso, ou Ave Maria, ou Santo Anjo (ou outra de tua preferência) e peça aos Seres de Luz e Amor (são todos os Seres que trabalham pelo bem da humanidade, independente de religião, crença, filosofia), que façam uma grande limpeza energética em você, na sua casa e em todos que vivem nela, limpando todas as dimensões em que se apresentam, levando para tratamento junto à Fonte, tudo ROSA MARTA GERBER o que está negativado, que não estiver vibrando na CRTH-BR 4952 ABRATH Luz e no Amor, de acordo com a Misericórdia Divina e as Leis Divinas e Universais. Terapeuta Holística Quântica Integrativa Master Reiki - Escritora - Palestrante Finalizando, agora que conheces a respeito dessas Facilitadora de Cursos, Vivências e Workshops. três sagradas ferramentas de poder-proteção-cura que estão a tua disposição, em teu próprio corpo, Autora do livro REIKI LUZ-AMOR PARA CRIANte convido a te resplandecer nas tuas Vestes do Ser ÇAS. de Luz-Amor que és, diariamente. Brilhe a tua luz e Minha Missão: "Reconectar cada Ser ao seu Divino vibre no amor, através da sabedoria de teu sagrado Ser na Luz-Amor". coração!... Vamos fazer a diferença em nossas vidas e contribuir, positivamente, para que esse mundo CONTATOS seja o melhor para tudo e todos! Vamos usar nos- WhatsApp: +55 48 9.99777742 - Email: espacoso poder pessoal para Co-criarmos a Nova Terra, luzamor@gmail.com agora! Instagram: @espacoluzamor - Telegram (Canal Público): t.me/espacoluzamor Vamos juntos renascer nas frequências da Luz- Facebook: Rosa Marta Gerber - Página FaceAmor que somos em essência e manifestar uma book: Espaço Luz-Amor vida mais plena, dentro e fora de nós mesmos, em Site: www.espacoluzamor.com nossas famílias, trabalhos, relacionamentos e relações com os demais seres e com o nosso amado planeta Terra. Seja tua Luz-Amor… é por isso que estamos todos aqui. Para ancorar, manter e irradiar puro amor para fora… independente “daquilo lá fora”. Lembre-se de cuidar de você, honrando seu corpo e campo de Luz – completamente e respeitando as necessidades dos outros para fazer estes processos importantes também. Continue a abraçar e construir sua luz de dentro para fora, aprendendo como manter isto no teu dia a dia, nas pequenas coisas, reservando um tempo de qualidade para se conectar, recarregar e nutrir-se com tua Divina Presença EU SOU! Saudações e Bênçãos da Luz-Amor!
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Educação A luta por uma educação pública de qualidade emerge do profissionalismo das professoras e professores que atuam com bastante afinco na área, com isso procuram valorizar o ensino público e fomentar o incentivo a uma educação responsável para que os estudantes possam evoluir e tornarem-se exemplo de cidadãos justos, leais e honestos. Contamos com o Colégio da Polícia Militar, os colégios estaduais, como: o Colégio Gastão Guimarães, Colégio Rotary, Eliana Boaventura, Polivalente, Ecassa, Tecla Mello, Carmem Andrade, Coriolano Carvalho, Godofredo Filho, Assis Chateaubriand, Modelo Luís Eduardo Magalhães, entre outros. E, entre escolas públicas municipais, tem destaque a escola Jonatas Telles, Álvaro Pereira Boaventura, escola Básica da UEFS, Elizabeth Johnson, entre outras.
Irlana Jane Menas da Silva
O Município possui, vinculados à educação, os seguintes Conselhos: Municipal de Educação, Municipal de Acompanhamento do FUNDEB, de Alimentação Escolar e uma rede de ensino que possui 223 escolas que ministram ensino Pré-Escolar, 443 de Ensino Fundamental, 38 do Ensino Médio. No ensino profissionalizante, o município possui o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) [...] (PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, 2012).
CENÁRIO DA EDUCAÇÃO EM FEIRA DE SANTANA: alguns aspectos Com estes dados podemos verificar que a educaDo cenário de uma cidade interiorana a chegada a sede metropolitana Feira de Santana atravessou muitas mudanças em todos os âmbitos e isso repercutiu na educação. Nos caminhos do sertão, suor, trabalho e vaqueiros surge em Feira de Santana, carinhosamente chamada de Feira, uma ampla gama de oportunidades educacionais. A cidade abrange uma Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) que contribuiu muito para o crescimento em todos os setores, pois foi a primeira a ser estabelecida neste rico território, cheio de graça e beleza agreste. Atualmente, possui 30 faculdades particulares, a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB-CETENS), abrange o Instituto Federal da Bahia (IFBA) e o Centro de Educação Tecnológica do estado da Bahia (CETEB), conta com a Universidade Aberta do Brasil (UAB), Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cidadania Sustentável (UNAMACS) e tem muitas escolas particulares que se destacam no ranking nacional.
ção tem forte composição na cidade. “A rede de ensino em Feira de Santana, de acordo com dados do IBGE (2009) possui 360 escolas que ministram o Ensino Fundamental, sendo 172 escolas da rede municipal, 79 escolas da rede estadual e 109 escolas da rede privada”. (Plano Municipal de Educação, 2011-2021, p. 50). A educação na cidade de Feira de Santana tem se constituído como o tripé: ensino, extensão e pesquisa com a finalidade de ações efetivas para a construção de uma educação pública com qualidade. Os aspectos dessa educação no campo do ensino evidenciam a luta dos professores em prol da formação continuada com o intuito de agregar novos saberes à sua prática pedagógica, em relação a extensão. Com isso, na extensão as várias instituições educativas tanto a nível estadual e municipal têm oferecido diversas possibilidades de eventos, cursos, oficinas, ciclo de debates e rodas de conversas, a fim de facilitar a participação dos docentes. No âmbito da pesquisa temos um acentuado avanRevue Cultive - Genève
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Educação Canal Cultive no youtube apresenta uma série de programas ligados à Cultura. Programa Sol com Gina - com a apresentadora Gina Teixeira - segunda e quarta sexta feira de cada mês Galeria Artplus - exposição de Arte permanente e provisória Via láctea- Valquiria Imperiano Vida com Jacque - uma vez por mês Todo esse arsenal de ações vinculam o desejo de Alkimia do Ser - com Carla Ramos uma educação voltada para tornar a vida digna e Cirandarte - com Claudia Leocàdio salutar para os cidadãos feirenses e estas podem Momento poético - Maria Inês Botelho articular este tripé e ajudar na transformação da educação no município. ço com a contribuição das instituições de ensino superior que congregam suas investigações educativas, desde a educação básica que compreende a Educação Infantil, o Ensino Fundamental anos iniciais e anos finais, ao Ensino Médio (ainda escassa) e na abrangência do ensino superior, pesquisas que podem trazer aspectos somatório de mudanças na educação feirense.
REFERÊNCIAS Plano Municipal de Educação. https://pt.wikipedia.org/wiki/ Feira_de_Santana#Educa%C3%A7%C3%A3o acesso em: 10 de novembro de 2010. Plano Municipal de Educação. https://www.feiradesantana. ba.gov.br/seduc/arq/Plano_educa.pdf. Acesso em 10 de novembro de 2020.
Do 28/04 ao 02/05/2020
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Educação ros, com um rudimentar trabalho editorial, no qual as obras poderiam ser adquiridas de forma comercial.
Bady Curi Neto, poeta, advogado e fundador do
escritório Bady Curi Advocacia Empresarial. Professor, Mestre em Direito, ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral (MG), Articulista e Palestrante. Membro International Cultive. Délégué Cultive.
“Há estudiosos que afirmam que em Roma o plágio era condenado, pois os autores daquela época não davam só importância a glória que suas peças e manuscritos lhe proporcionavam, sendo que advinha deles, em alguma medida, sua fonte de lucro. Assim, era conhecida a figura do plagiator, ou seja, aquele indivíduo que se apossava da obra intelectual de outrem para obter vantagem econômica, sem a devida autorização formal. Eram aplicadas diversas penalidades nesses casos, incluindo até castigos físicos, como amputamento de mãos, sendo o mesmo castigo aplicado aos ladrões, estabelecendo uma curiosa analogia.
O Direito Romano protegia os aspectos morais de autor através da actio injuriarum, ou seja, ação inA Importância dos Direitos Autorais juriosa; aquilo que, para os romanos ofendia a honra e a boa reputação de alguém.” (Thamara Jardes, O ser humano, desde a mais antiga civilização, até https://thajardes.jusbrasil.com.br/). os dias atuais sempre se preocupou com a criação de sua mente, o reconhecimento de seu trabalho Em tempos mais próximos, houve a necessidade seja ele intelectual ou artístico. de uma regulamentação dos direitos autorais, de Artesoes, pintores, artistas já sentiam, nos primórdios da humanidade, a necessidade de demonstrar que suas obras eram de sua lavra, colocando marcas ou símbolos para identificá-las e distinguir das demais.
forma mais sistêmica, e que atingisse uma maior globalização, para que não corresse o risco de um autor de determinado país ser plagiado em outro, sem nenhuma sanção.
Surgem, então, tratados e convenções internacionais, em que países a adiriam para que fizesse parte O surgimento do direito se deu pela inevitabilidade de sua legislação, acrescida, por obvio, da legislada regulamentação da vida em sociedade. Com a ção local. regulamentação social, despertou-se a necessidade de regulamentar os ditos direitos autorais. Apenas a título de exemplo, citar-se-á uma das O início do Direito Autoral, assim como grande parte da Legislação, surgiram, segundo alguns historiadores, na Grécia e Roma antiga, com a apresentação de vários pensadores e filósofos, podendo citar, em outros, CESAR, CICERO, SOCRATES, PLATÃO, entre outros.
mais importantes Convenções Internacionais, chamada de Convenção de Berna, que passou a entrar em vigor no Brasil em 20 de abril de 1975, através do Decreto 75.699, de 06/05/1975.
A Convenção de Berna, para a proteção das obras literárias e artísticas, data de 9 de setembro de 1886, completada em Paris a 4 de maio de 1896, revista Naquelas civilizações já havia a figura dos copistas, em Berlim a 13 de novembro de 1908, completada que traduziam para os pergaminhos os pensamen- em Berna a 20 de março de 1914, revista em Roma tos, obras daquelas impolutos pensadores, sem o a 2 de junho de 1928, em Bruxelas a 26 de junho que, não teríamos hoje acesso as magnificas obras e de 1948, em Estocolmo a 14 de julho de 1967 e em a identificação de seus autores. Paris a 24 de julho de 1971, e modificada em 28 de setembro de 1979. Havia, também, profissionais denominados livreiRevue Cultive - Genève
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Educação Pode-se definir os Direitos Autorais compreendendo o conjunto de prerrogativas conferidas por lei à pessoa (física ou jurídica – excepcionalmente) do autor (criador de obra literária, artística ou cientifica) e os artistas intérpretes ou executantes sobre sua criação. A expressão Direitos Autorais geralmente é mais utilizada no plural do que no singular. Isto porque, a proteção legal á uma obra ou criação do autor não se resume apenas em um dano patrimonial, mas também em um dano moral. Enquanto o primei-
ro tem a ver apenas com o prejuízo financeiro do autor da obra, o segundo tem uma razão maior de ser, pois afronta o direito personalíssimo do indivíduo, por tanto inalienáveis, há uma ofensa à própria honra do criador. Por tanto, necessário se faz, que os autores, artistas, intérpretes, criadores, tomem todas as medidas e cautelas para que não restem dúvidas da autoria de sua obra. Tenho Dito!!!
AMAURI HOLANDA DE SOUZA
O ( DES) ENCONTRO Duas taças Dois lugares Uma saudade, como certeza! E você, por onde andas? O tempo se apressa Já é noite Uma incógnita As flores muchando E você, por onde andas? O lamento A tristeza E o absenteísmo, (de sempre?) A cadeira vazia 116
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O celular que não responde O relógio que não pára Uns goles de vinho A mente vagando O público curioso O livro solto na mesa Chega o garçom Escrevo Queria em uma poesia expressar o meu sofrer (de agora) O poema, enfim, triste A música triste Tudo combinando com um adeus, assertivo! Me vou, já é tarde! E você? Nem sei, mesmo! Só sei do poema que escrevi, triste! Da sua ausência, significativa E o verbo amar no passado A lição entediada E eu me (re)construindo, a minha alma de novo! Lá vou eu racional...
literatura
PAULO ROBERTO MONTEIRO
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Atualidade Publications des editions Cultive - Lancements 2021
Regina Naegeli
Max
Autismo em episódios: notas de uma vida ao pé da letra comparativo cultural complexo e divertido que mostra o quanto o ditado “nem tudo é o que parece” pode ser tão preciso quanto infundado quando se trata do milenar universo de costumes chineses. No livro Incomparável Xuzhou ela narra a história da cidade através de testemunhos de diversos personagens locais de universos distintos e separados. São eles que trazem à tona a história local através de depoimentos tocantes e autênticos. O que torna A brasileira Regina Naegeli nasceu no Rio de Janeiesta obra única no gênero. A autora viveu no local ro, em 1960. durante quatro anos, no período entre 2014/2018. Trabalhou em agência de publicidade e em veículos Já no livro Max: Autismo em episódios: Notas de jornalísticos de grande circulação até sair do Brasil, uma vida ao pé da letra a Regina refaz o quotidiano em 1999. de seu sobrinho Max, portador do transtorno do espectro autista. Entre lagrimas e risadas ela narra Morou nos Estados Unidos, na França e na China. episódios desta vida diferente buscando questionar Suas experiências na China lhe renderam dois lias diversas facetas desta condição dentro de nossa vros: Destino China -Arte do Tempo, 2014; e Insociedade. Com esta obra a autora, de alguma forcomparável Xuzhou - Arte do Tempo, 2018. ma, pretende mudar o olhar a respeito do autismo. E a mensagem que sobressai é a de superação: Ser Mudando radicalmente de tema, publica agora seu diferente ou ter alguém diferente na família não é terceiro livro: Max: Autismo em episódios: notas necessariamente um problema, conclui a autora. de uma vida ao pé da letra – Editora Cultive, 2020. Onde, além de abordar o mundo do autismo narra O livro Max: Autismo em episódios: Notas de uma episódios do quotidiano de seu sobrinho autista. vida ao pé da letra, que est´å editado pela Editora Cultive, será lançado no Salão do livro de Genebra no O livro Destino China é um testemunho da tra- mês de abril em 2020. jetória de uma nação que cresceu vertiginosamente e mudou os rumos do mundo. Regina escreve com base em sua vivência de quase uma década (2003/2010) no país. Ela traça um 118
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Atualidade
Méditations: Une brise a souflée et a changé ma vie 100 Hiakai
Lançement en avril 2021 Salon du livre de Genève Editions Cultive
PauloRoberto Paixão Bretas Mineiro de Belo Horizonte, 62 ans, est diplômé en sciences économiques de l’Université fédérale du Minas Gerais (UFMG), spécialisation CEDEPLAR-UFMG et d’un MBA en gestion de la Fundação Getúlio Vargas - Rio de Janeiro. Il est professeur associé à la Fundação Dom Cabral et professeur d’histoire économique, d’économie brésilienne contemporaine et de développement socio-économique au Centro Universitário UNA, à Belo Horizonte. Il a de l’expérience dans les domaines de la gestion publique et privée, de l’économie et de l’administration, avec un accent sur la planification stratégique et les finances. Il a été vice-président de Caixa Econômica Federal, directeur de la Casa da Moeda do Brasil et directeur de la société de gestion d’actifs du ministère des Finances. Il a été secrétaire à la planification municipale de Belo Horizonte et conseiller parlementaire du président de l’Assemblée législative de Minas Gerais. Il siège actuellement au conseil consultatif parlementaire de l’ALMG. Paulo a été président du Conseil régional d’économie de Minas Gerais pour trois mandats. Paulo Bretas se consacre également à la littérature. Publication: deux livres de poésie et de haïku et 7 anthologies
Mineiro de Belo Horizonte, 62 anos, graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), especialização no CEDEPLAR- UFMG e MBA em Gestão pela Fundação Getúlio Vargas – Rio de Janeiro. É professor associado da Fundação Dom Cabral e Professor de História Econômica, Economia Brasileira Contemporânea e Desenvolvimento Socioeconômico do Centro Universitário UNA, em Belo Horizonte. Tem experiência nas áreas de Gestão Pública e Privada, Economia e Administração, com ênfase em Planejamento Estratégico e Finanças. Foi vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Diretor da Casa da Moeda do Brasil e Diretor da Empresa Gestora de Ativos do Ministério da Fazenda. Foi Secretário Municipal de Planejamento de Belo Horizonte e Assessor Parlamentar do Presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Atualmente segue na assessoria parlamentar da ALMG. Paulo foi Presidente do Conselho Regional de Economia de Minas
Gerais por três mandatos mandato. Paulo Bretas também se dedica à Literatura.
Dois livros de poesias, 1 haicai e 7 antologias publicados
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Atualidade Maria José Esmeraldo Rolim est née à Floriano - Piauí, dans l'État du nord-est du Brésil. Elle a obtenu une maîtrise et un doctorat en éducation en Uruguay. Son écriture se concentre sur le thème de sa recherche: la violence symbolique et l'intimidation, qui s'est terminée par une édition traduite en espagnol et largement adoptée par les éducateurs. Par la suite elle a publié La violence des liens familiaux avec les banques scolaires, un livre mis en évidence par la critique, comme pertinent pour l'éducation. Elle a à son actif 23 publications conjointes. Maintenant Maria José Esmeraldo se consacre à la littérature destinée à la jeunesse avec la publication de son livre " Le monde des animaux ". La reconnaissance de son travail par l'Assemblée législative de Fortaleza, lui a valu des éloges. Elle est Déléguée internationale de Cultive.
Le monde des animaux
será dans les libraries en avril 2021
Récompenses: Mère Teresa de Calcutta-Itabira, MG. Evita Perón - Buenos Aires, Academia de Letras y Artes - EMBAJADOR DE LA PAZ - Argentine. GLA - Conab-Conseil national des académies des lettres du Brésil - Philosophe immortel. Hôtel de ville de São Pedro da Aldeia-RJ. Elle a reçu le prix de l'Académie brésilienne des lettres / humanitaire et le titre de docteur en causes humanitaires internationales – PHI et le prix « Citée de la ville de São Pedro da Aldeia-RJ ».
Maria José Esmeraldo Rolim nasceu em Floriano – Piauí, Estado do Nordeste do Brasil. Maria José Esmeraldo Rolim fez mestrado e doutorado em Educação no Uruguai. Sua escrita focaliza o tema das suas pesquisas : a violência simbólica e o bullying que finalizou em uma edição traduzida para o espanhol e teve uma ampla aceitação dos educadores e em seguida publicou A violência dos laços familiares aos bancos escolares, livro destacado pela crítica, como relevante para a Educação; Possui 23 publicações conjuntas e 3 solos. Maria se lança na litartura juvenil com o livro "O mundo dos animais", O reconhecimento de seu trabalho foi feito pela Assembleia Legislativa de Fortaleza, da qual recebeu votos de louvor pela pesquisa efetuada. Prêmios: Madre Teresa de Calcutá- Itabira, MG. Evita Perón – Buenos Aires, Academia de Letras y Artes- EMBAJADOR DE LA PAZ - Argentina. ABL - Conab-Conselho Nacional das Academias de Letras do Brasil - Filósofa Imortal. Brasília. Prêmio Cidade de Literatura. Prefeitura Municipal de São Pedro da Aldeia-RJ.
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Elle avait beaucoup souffert dans sa vie pour ne pas avoir eu l'opportunité d'aller à l'école, elle avait été injustement punie. Habitant au bord de la rivière, elle connaissait déjà les difficultés de vivre sur le lit sec de la rivière, de faire le travail difficile de nettoyer la nature et de manger des animaux inutiles, mais elle n'était pas méchante avec les autres animaux. Ils ont fait appel à Jararaca Luz et lui ont demandé conseil. Jararaca Luz aimait les animaux et voulait qu'ils disposent de beaucoup de nourriture et soient en bonne santé. Elle a donc étudié et recherché pour quelles raisons la nature était détruite dans le royaume. L'épidémie devait être étudiée ...
www.cultive-org.com
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Música
foto: Toia Oliveira
DUDU PIMENTEL
um brasileiro virtuoso da guitarra
Par Valquiria Imperiano
Dudu Pimentel, natural do Paraná, cidade de Curitiba, é um músico virtuoso da guitarra e do violão. Em 1993, Dudu, ainda adolescente, criou a banda Brasil Papaya juntamente com o seu irmão Renato Pimentel e mais 2 amigos (Bruno Ghizoni e Guilherme Ghizoni). Os pais, que acompanhavam de longe o movimento rock dos filhos sem exercer autoritarismo, acreditavam que seria uma fase passageira. Os meninos cresceram e a paixão pela música cresceu junto. Pressionados pelos pais, os dois, obtiveram um diploma de engenharia, guardaram o diploma e penduraram a guitarra no pescoço. Mais de 8 horas por dia dedicado a ensaiar incansavelmente o violão, treinando técnicas e estilos diferentes, Dudu hoje é um músico com uma carreira reconhecida no Brasil.
testamos algumas maneiras de gravar, gravamos o primeiro disco em 1997 e depois gravamos outro em 2007 mais um DVD em 2010, sempre com o intuito de deixar a música instrumental, rock no nosso caso, mais acessível. Realmente nunca pensamos como música de elite.
Numa conversa informal Dudu nos contou um pouco sobre a sua carreira de músico.
4- Qual é o conceito do grupo? O grupo continua tocando rock? Música rock-instrumental para todos. Sim, claro, rock sempre, mas não só rock. Na Brasil Papaya gostamos de misturar outros estilos com o rock, como: tango, jazz, choro, flamenco, Folklores sul americano e outros estilos. Nesse último show tocamos até uma música folclórica da Turquia. Nos outros grupos que tenho tocado cada um segue sua linha sem ligação com o rock.
1- Como vem a paixão pela música, por que você escolheu o violão e qual a sua idade na época? Pois é, imitei o meu irmão mais velho. Em 1986/87 eu tinha uns 11 anos, ele começou a tocar e eu fui atrás e decidi que era isso que eu queria fazer, eu nunca tive dúvida sobre isso. A guitarra sempre foi minha paixão, o violão apareceu porque na época se falava que para se tocar guitarra teria que estudar antes o violão. 2-De quem foi a ideia de criar a banda Brasil Papaya, como e quando começou? A ideia foi do meu irmão Renato Pimentel, cada um tinha sua banda Cover/Autoral, tivemos várias entre 1987-1993 e ele deu uma ideia de fazer uma banda instrumental com ênfase nas guitarras, ele sonhou com o nome e a capa do primeiro CD, veio tudo pronto de um sonho. Começamos a compor,
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3- Quantos componentes tinha o grupo, onde se reuniam, o grupo ainda é o mesmo do início ? A ideia nasceu em Laguna, SC, mas os ensaios normalmente eram em Florianópolis ou em Tubarão aos sábados, quase toda semana. A banda sempre foi um quarteto, mas os componentes mudaram através dos anos. Atualmente a banda é composta por: Renato Pimentel Guitarra, eu, Ginho Bernardes e Baba Jr.
5-Quantos concertos você faz por ano e quais as cidades que você e a banda já se apresentaram? Concertos com a Banda Brasil Papaya em média 6 por ano, com músicas autorais. Mas temos feito outros shows com a Camerata Florianópolis como banda base de um programa que se chama « rock na camerata ». Em quantas cidades já tocamos? É difícil responder. Tocamos nossas composições em umas 50 cidades diferentes. Na década de 90 tocamos em algumas rádios pelo mundo; Japão, vários países da Europa e Américas, até nosso clipe
Música
foto:Toia Oliveira
passou na MTV/Brasil algumas vezes. Mas o que tem mais acontecido ultimamente é gravar vídeos que são assistidos em várias partes do mundo, como por exemplo um vídeo que gravei com guitarra fretless que já depassou 1 milhão de vizualizações. Gravei e dei algumas canjas em Los Angeles C.A, mas de uns anos pra cá tenho feito gravações de guitarras para outros países. 6-Você tem um diploma de engenheiro, por que escolheu engenharia e não a música? Para agradar meu pai. Agora, mais velho, cursei as matérias que me interessavam na universidade de música (UDESC) durante 6 anos, até algumas do mestrado. Valeu muito a pena conhecer melhor esse ensino formal.
kenstein do Alberto Heller 2018 e tocar em alguns festivais como: Joinville jazz Festival, Jazz e Vinho Jazz festival, Mostra Nacional SESC Maringá representando Santa Catarina (com o Trio Ponteio). 8-Como foi tocar com Steve Vai no Rock in Rio? Foi muito legal esse dia, acho que os ensaios foram a parte mais legal, aprendemos muita coisa em um super curto espaço de tempo. Gosto de lembrar que ele era capa do meu caderno de matemática quando eu tinha 13 anos.....ehehehehe..... O Show também foi muito massa estava bem cheio, 95.000 pessoas e foi televisionado para 21 países. No dia, eu estava cercado de amigos e de muitos músicos que eu também sou fã, o ambiente era agradável. Agradeço muito ao Maestro Jeferson Della Rocca (maestro da Camerata Florianópolis) por acreditar na Brasil Papaya. Recebemos alguns bons elogios do Steve Vai naquela data.
7-Quais são os grupos musicais que você toca? Atualmente além da Brasil Papaya (rock Instrumental) também sigo com trabalhos com : 9-Quais os projetos para depois do covid? foto: Eduardo Fortkamp Camerata Florianopolis Participo de alguns Algumas apresentações na Europa e retornar programas fixos: rock’n camerata, clássicos com energia, à Los Angeles para tocar com alguns amigos que fiz e que musica para cinema, e tributo à MPB. Trio Ponteio - música gravei algumas músicas. Entrar de cabeça na Lei de icentivo autoral do grupo seguindo o folclore do sul do Brasil. Será à cultura que existe aqui no Brasil e elaborar um bons projeque é de éter - Pertence à Companhia Lápis de seda, grupo tos. E claro estudar o tempo que puder. que mistura pessoas com e sem deficiência intelectual e/ou motora, esse é espetáculo baseado em músicas de Chico contato: Buarque. Duo Pimentel Faig Concertos com liberdade musi- Site :www.dudupimentel.com cal, choro, jazz, erudito, baião, chacarera, flamenco. Instagram: @dudupimentelguitar https://www.facebook.com/dudupimentelguitar 8-Quais os espetáculos mais importantes que você já https://www.youtube.com/c/eduardopimentelguitar participou? https://soundcloud.com/dudupimentelguitar Ah, vários, tem alguns que não posso deixar de citar como Rock in Rio 2015 com a (Camerata Florianópolis e Steve Vai), O concerto com o Renato Borghetti e Oswaldinho do Arcodeon em 1998 quando eu fazia parte da Orquestra sinfônica do Estado de SC (OSSCA), dividir o palco com o Steve Trovato em Los Angeles, tocar no quinteto doAlessandro Bebê Kramer em 2007, tocar guitarra na ópera Fran-
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MÚSICA INSTRUMENTAL
BRASIL
SINCE 1993
PAPAYA
Av.Beira Mar
Florianópolis SC
Instrumental “For All” Com uma trajetória única, a Brasil Papaya está há mais de duas décadas apresentando a música instrumental numa linguagem acessível.
Em uma entrevista Renato Pimentel, um dos fundadores da banda diz, “ …Nossas melodias são tocadas numa língua universal, é como se cantássemos de uma forma que em qualquer lugar do
mundo sejamos compreendidos. O público não se sente como se estivesse assistindo um concerto instrumental e sim num show
participativo …”
Há mais de duas décadas fazendo música instrumental autoral, a Brasil Papaya demonstra que é possível torná-la cada vez mais popular!
Sua música com doses de rock, groove, blues, choro, flamenco, tango, música erudita e heavy metal, tudo temperado com muito feeling, faz com que a banda tenha circulação entre festivais de diferentes estilos musicais.
Integra, desde o início em 2008 até os dias de hoje, os projetos de maior sucesso de público da história da Camerata Florianópolis, o Rock’n Camerata e o Tributo Queen Camerata, que tem uma média anual de 60 mil pessoas, através de shows fechados e abertos em diferentes cidades do país.
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A banda catarinense que tocou com Steve Vai e a Camerata Florianópolis no Rock in Rio 2015
Música
FORMAÇÃO
Discografia Com destaque na mídia nacional especializada, a banda
já gravou dois cds “BRASIL PAPAYA” em 1997, e
“ESPERANZA” em 2006.
Em 2011 lançou
Já em 2016 lançou o DVD
“Rock’n Camerata”, aonde a orquestra e a banda Brasil Papaya interpretam clássicos do Rock ao vivo no Centro Integrado de Cultura, em Florianópolis/SC.
“Emancipation”, o primeiro DVD autoral da banda,que foi gravado no Teatro Alvaro de Carvalho em Florianópolis finalizando o Circuito SESC Catarinense de
Os guitarristas fundadores ... Eduardo Pimentel se formou em
engenharia elétrica há mais de uma década, mas largou tudo para se tornar um dos grandes guitarristas e violonistas da atualidade. Circula entre vários estilos musicais, passando pelo flamenco, jazz, choro e folclórico, com um destaque para seu trabalho paralelo TRIO PONTEIO, de música nativista instrumental.
Renato Pimentel é guitarrista,
engenheiro mecânico (nas horas vagas) e produtor musical, gravando e produzindo vários trabalhos de destaque nacional e internacional em seu estúdio o The Magic Place em Florianópolis SC.
Cds e DVDs& Blue Ray:
Música, por onde a banda comemorou seus 18 anos de estrada se apresentando em 21 cidades. A realização do DVD contou com a direção do catarinense Antonio Rossa. E entre os convidados especiais estavam Andria Busic (Dr. Sin) e Marcos "Gaitero" Tottene.
Em 2012 gravou o DVD
“Clássicos com Energia”, da
Camerata Florianópolis, que convidou a banda para interpretar juntamente com a orquestra os clássicos eruditos numa roupagem rock’n roll.
Baixo e Bateria...
Baba Jr é baixista, bacharel em
administração (esp. Gestão Cultural e Gestão Pública), já acompanhou vários artistas nacionais e atua em diversos projetos covers como Brazilian Pink Floyd Cover, Snake Sun e Anjo Mal. Endorser da SOLEZ Strings, MacCabos e Ronsani Guitars.
Ginho Bernardes é baterista e
atualmente endorser das marcas Pearl Drums, Instambul Cymbals e Baquetas Liverpool. Leciona bateria há 10 anos e também acompanha outros artistas em gravações e turnês como Nelson Viana, Chico Martins ( Dazaranha ) e Teco Padaratz.
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Música
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Música
A Brasil Papaya já passou por diversas
cidades de Santa Catarina e também se
apresentou nos estados do Rio Grande do Sul,
Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. E está em planejamento apresentações mais frequentes nestes mesmos estados e em outras regiões brasileiras. Convites para apresentações na Europa ( Alemanha e Inglaterra ) foram realizados e estamos estudando a viabilidade destas apresentações para o verão europeu de 2020.
On our site we have a lot of information from the band translated into Spanish, English, Italian, German, French and Japanese. Please access the website
www.brasilpapaya.com.br and click on the flag of the corresponding tab
Boa música faz bem!!!
BRASIL PA PAYA FLORIANÓPOLIS SC BRASIL www.brasilpapaya.com.br
https://www.facebook.com/brasilpapaya.instrumental
@brasilpapaya https://www.youtube.com/user/brasilpapaya Assista um trecho da Brasil Papaya no Rock in Rio
encurtador.com.br/inxQ4
Contato para shows: José J. da Silva Junior (G3 Produções) Produtor executivo
entretenimentog3@gmail.com (48) 9 9144 1074 brasilpapaya@hotmail.com
www.belugadiscos.com.br
www.themagicplace.com.br
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Música
S a r g a ç o Nightclub lança “Istmo”
O que é “Istmo”? Faixa estreita de terra que liga duas porções de um continente. Essa é a definição concisa da palavra “istmo”. Também pode ser entendida como um divisor de águas, um caminho. A música de abertura, “Vem pra Rua”, faz uma referência irônica aos movimentos populares de direita de 2016 que vieram desembocar na atual situação do país. Inspirados pelos Mutantes em “2001”, quando misturaram música caipira com rock, Sofia e Marcelo criaram uma espécie de folk sertanejo psicodélico para dar leveza musical à uma crítica política profunda. O músico espanhol radicado no Recife, Fernando Arroyo, faz uma participação especial tocando gaita. “Hibakusha”, o primeiro single do disco, vem em seguida, transportando a sonoridade para o Japão. Os incidentes atômicos que deixaram marcas profundas na população servem como tema. Tambores orientais e vocais a «la new age «anos 80 produzem um tom épico que casa perfeitamente com a letra.
Primeiro álbum do duo recifense conta com participação de novos talentos da cena musical pernambucana Na estrada desde 2016, com 4 EPs e 4 singles lançados, a dupla recifense Sargaço Nightclub decidiu que já estava na hora de produzir o primeiro álbum. O disco “Istmo”, que poderá ser ouvido nas principais plataformas digitais a partir de 11 de setembro, conta com a participação de novos e promissores talentos da sempre fértil cena musical pernambucana. D Mingus, Blera Alves, Jonatas Onofre, Sam Silva, Goerge Dupreux, Rogério Lins, Fernando Arroyo, Marlon Silva e Fernando Alakejá enriqueceram o resultado final com suas vozes, instrumentos e inspirações criativas. Formado por Marcelo Rêgo e Sofia França, o duo Sargaço Nightclub teve o desejo de registrar uma obra mais completa durante as sessões de gravação do single “Hibakusha”, em janeiro de 2019. A ideia ganhou corpo e assim começaram a reunir outras músicas que já vinham tocando ao vivo e adicionar faixas celebradas pelo público, em versões ao vivo. 128
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“Nunca Mais”, a primeira música composta por Sofia França para o Sargaço Nightclub, ganha aqui sua versão plugada, da forma que é quando tocada nos shows. Aqui dois grandes parceiros fazem
Música suas participações: Fernando Alakejá com solos estridentes de sua Gibson SG e Marlon Silva, que já havia dividido os vocais com Sofia em várias apresentações ao vivo, imprime sua interpretação particular. Marcelo Rêgo arremata com diversas modulações de guitarras durante a música, assim como AD Luna e Igno Silva tocam, respectivamente, bateria e synths.
Music Studio (bairro de Casa Forte, Zona Norte de Recife) por Sammy Barros, que deu um fino acabamento aos timbres dos instrumentos adicionando elegância à sonoridade do projeto. A edição e mixagem foram feitas por Sammy Barros em parceria com Marcelo Rêgo. A masterização ficou a cargo de Vinicius Aquino, do Estúdio Carranca.
“Aquarius”, “Jeitinho Brasileiro” e “O Mundo sem Na sequência, “Além do Bem e do Mal” é uma das Nós” - que fecham o álbum - foram gravadas dupoucas faixas do disco que nunca foram tocadas ao rante uma live session que ocorreu em novembro vivo e é fruto da parceria de Marcelo Rêgo com a de 2019, no Estúdio Apollo 17 (Bairro do Recife). compositora, musicista e cantora pernambucana Sam Silva. É sem dúvida o instante mais dark do Com este aparato, o Sargaço Nightclub sai em cadisco. O sax de George Dupreux remete à lembran- ravana rumo à travessia deste “Istmo”, encarando ça da mítica banda norte-americana Morphine e a de frente os perigos do caminho, visando alcanbateria de timbres incríveis de Arthur Azoubel é çar outros mares e transmitindo através da música certeira para a ocasião. uma mensagem que procura ter a dinâmica e a diversidade da própria vida como bússola. “Distante”, música composta com Theo Araújo (primeiro guitarrista do Sargaço Nightclub) para a Ficha Técnica: letra de Fábio Cordeiro é uma das que integra o repertório da banda desde os primórdios. O mo- Produzido por Sargaço Nightclub e Sammy Barros mento mais intimista do disco coincide com o en- Faixas 01 a 07 gravadas no SB Music Studio - Recife trelace das vozes de Sofia França e Marcelo Rêgo, / PE marca registrada do duo. A participação do músico Captação, Edição e Mixagem: Sammy Barros (SB e produtor musical D Mingus nos synths, resulta Music Studio - Recife / PE) num clima post-punk revival. Masterização: Vinicius Aquino (Estúdio Carranca - Recife / PE) Indo além na história pessoal, Sofia França traz Faixas 08 a 10 gravadas no Estúdio Apollo 17 - Rea inédita “Vida em Abstrato”, com uma letra que cife PE fala sobre a vida pós-maternidade. A nova reali- Captação, Mixagem e Masterização: Glausto Filho dade quando não mais se tem todo o controle da (Estúdio Apollo 17 – Recife / PE) situação e que se torna necessário reaprender a vi- Pós-Master: Vinicius Aquino (Estúdio Carranca ver e a questionar a si mesmo e o seu passado na Recife / PE) nova condição. A balada sinaliza o ‘início do fim’ Capa: Alex Santana (fotografia original) / Marcelo da coleção de canções gravadas em estúdio e conta Rêgo (edição e diagramação) com a participação primorosa de Blera Alves nos vocais e as belíssimas ambiências dos synths de Ar- Tracklist thur Azoubel. 1 - "Vem pra Rua" (Música e Letra: Marcelo Rêgo) O encerramento se dá com “Rua da Saudade”, mú- Marcelo Rêgo: voz, guitarras, violões, baixo sica de Marcelo Rêgo que traz uma história de amor Sofia França: backing vocals temperada pelas ‘assombrações do Recife Velho’. O Arthur Azoubel: bateria compositor Jonatas Onofre enriquece a gravação Filipe Fontes: pandeirola com suas linhas de piano rompidas na metade da Fernando Arroyo (part. especial): gaita música pela guitarra de Marcelo Rêgo e a bateria de AD Luna, quando a letra da música pede “então 2 - "Hibakusha" (Música: Carlos H / Letra: Marcelo me explica por que eu viraria as costas pra morte Rêgo) poder se aninhar?”. Marcelo Rêgo: voz, guitarra, violão, baixo Sofia França: backing vocals Todas as músicas de estúdio foram captadas no SB Carlos H: guitarra Revue Cultive - Genève
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Música
D Mingus (part. especial): synth
Capa do CD ISTMO Contatos para show e compra de CDs e-mail (sargaconightclub@gmail.com) WhatsApp (+55 81 988145724) Filipe Fontes: percussão Dom Santana: violino Valquíria Janie: violoncelo Rogério Lins (part. especial): synth 3 - "Nunca Mais" - Versão Plugada (Música e Letra: Sofia França) Sofia França: voz Marcelo Rêgo: backing vocals, guitarra, baixo AD Luna: bateria Ingno Silva: synth Marlon Silva (part. especial): voz Fernando Alakejá (part. especial): guitarra 4 - "Além do Bem e do Mal" (Música: Sam Silva / Letra: Marcelo Rêgo) Marcelo Rêgo: voz, guitarra, violão, baixo Arthur Azoubel: bateria Sam Silva (part. especial): voz e violão na introdução George Dupreux (part. especial): sax 5 - "Distante" (Música: Theo Araújo / Letra: Fábio Cordeiro) Sofia França: voz Marcelo Rêgo: backing vocals, guitarra, violão, baixo Arthur Azoubel: bateria Ingno Silva: synth 130
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6 - "Vida em Abstrato" (Música e Letra: Sofia França) Sofia França: voz Marcelo Rêgo: guitarra, violão, baixo Arthur Azoubel: synth, bateria Blera Alves (part. especial): voz 7 - "Rua da Saudade" (Música e Letra: Marcelo Rêgo) Marcelo Rêgo: voz, guitarra, violão, baixo Sofia França: backing vocals AD Luna: bateria Jonatas Onofre (part. especial): piano 8 - "Aquarius" (Música e Letra: Marcelo Rêgo) Marcelo Rêgo: voz, guitarra Sofia França: backing vocals, guitarra AD Luna: bateria Alexandre Xaréu: baixo Ingno Silva: synth 9 - "Jeitinho Brasileiro" (Música e Letra: Marcelo Rêgo) Sofia França: voz, guitarra Marcelo Rêgo: backing vocals, guitarra AD Luna: bateria Alexandre Xaréu: baixo Ingno Silva: synth 10 - "O Mundo sem Nós" (Música e Letra: Marcelo Rêgo) Marcelo Rêgo: voz, guitarra Sofia França: backing vocals, guitarra AD Luna: bateria Alexandre Xaréu: baixo Ingno Silva: synth
Eliane Bastos é dotada de uma voz suave e en- apresentando-se com o coral da Fundação Cultural
volvente, e ao mesmo tempo forte e expressiva. Seu repertório é formado por músicas onde essa dualidade contrastante pode ser observada tanto na música quanto na letra, levando o ouvinte à surpresa da possibilidade de união e harmonia dessa diferença. Sua interpretação musical reflete sua própria personalidade, forte e determi-nada no interior, ao mesmo tempo feminina e delicada na aparência externa. Formação musical Cursou violão clássico no Conser-vatório Villa Lobos em Curitiba, com os professores Diniz e o vio-lonista flamenco David Tavares. Fez aulas particulares de violão clássico e popular com o professor maestro e compositor Geraldo Henrique Cardoso. Cantou sob a regência do maestro organista Gerardo Gorosito, no Coral Curitiba, entre 1991 e 1993, com quem fez aulas de canto e de teoria musical. Destaca-se a apre-sentação do coral na cidade de Curitiba também sob a regência do compositor e flautista Hans Joa-chim Koellreutter. Fez aulas de canto com o maestro e pianista Wolf Schaia na cidade de Curitiba.
Fez aula de teclado e canto coral com a regente Sonia Márcia Cardoso na cidade de Campo Mourão,
daquela cidade.
Recentemente participou do curso intensivo “A arte do ser cantante” com Cecilia Valentim - psicotera-peuta e educadora vocal; pioneira no Brasil e inovadora na integra-ção entre as Artes do Canto e da Cura, como caminho de transfor-mação pessoal e expressão.
«Campos de Luz foi composta na casa de minha mãe Fádua. Era para respirar fundo. Liberar o estresse daqueles dias. Preparar para relaxar e meditar com a musica. Eliane Bastos: Naquele dia ele me perguntou se mesmo sendo materialista eu não fazia alguma meditação. Eu respondi que ao levantar pela manhã eu fazia uma espécie de meditação abrindo minha janela, ouvindo os pássaros a cantar, ao nascer o sol começando a brilhar, nuvens passando, luzes. Ele me olhava fixamente, talvez tentando saber se era verdade aquela conversa. Era começo dos anos 80. Eu fazia parte de um grupo que lutava pela redemocratização e pela anistia. De repente eu disse: "quando olhar o céu azul e uma nuvem aparecer... lembre Homero, que um dia ele andou por aqui..." Foi o suficiente para acionar o botão da criação.» Claudio Ribeiro Revue Cultive - Genève
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Música Karla Dallmann foi integrante da Orquestra Harmônicas de Curitiba. Trabalhou como programadora musical da Rádio Educativa do Paraná. Chegou em São Paulo no ano de 1.999, e logo iniciou atividade como regente de Coral na Casa da Solidariedade, na casa dos Meninos do Campo Limpo. Ministrou oficinas de violão em projetos da Secretaria do Estado e da Secretaria do Município de São Paulo. Como compositora fez a trilha sonora da Peça Ceceu o agitador, sobre a vida de Castro Alves com direção de Wilney de Assis. Compôs a trilha sonora da animação infanto juvenil Yaya.de Talessa Kuguimya. Tem composições em parcerias com Wolney de Assis, Romildo Soares, Valdir Mengardo e Tito Pinheiro. Atualmente é professora de violão no Projeto Brasil Musicantes do Banco DayTrabalha no Projeto Brincar de Viver do Hospital Biografia – Karla Dallmann coval. do M Boi Mirim Se apresenta em bares e teatros de São Paulo. Autorizo a Cultive a utilizar a minha imagem e Karla Dallmann nasceu em Curitiba/PR, em 1973. É violonista, harmonicista, cantora e compositora. Ini- das minhas obras para fins promocionais deste projeto. ciou seus estudos de música aos 12 anos de idade. Estu- São Paulo, 09 de dezembro de 2020. dou na Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Karladallmann.ajudeummusico.com
Daniel Seixas Pianista compositor e professor. João pessoa - Paraíba Daniel Seixas, piano. é natural de João Pessoa-PB, iniciou seus estudos musicais na Escola de Música Anthenor Navarro (Eman) com a professora Glenda Romero e deu prosseguimento no Departamento de Música da UFPB com as professoras Vânia Camacho e Luciana Noda. Desde 2010 atua como pianista colaborador desta mesma instituição tendo participado de diversos recitais de música de câmara com alunos e professores de todo Brasil. Entre suas últimas atividades, pode-se destacar a Comenda do Mérito Cultural Carlos Gomes pela SBACE 132
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(2018, a estreia mundial da Cachoeira de Paulo Afonso do compositor Danilo Guanais no museu da música em Lisboa, Portugal (2019) e o concerto Sesc Partituras ao lado do violoncelista Felipe Avellar e a violinista Sandra Aquino com obras inéditas dos compositores Ticiano Rocha e Antônio Celso Ribeiro.
Música
Elias Lins Enquanto violonista Elias fez apresentações como solista, em duo (flauta e violão, e duo de violão) trio, quarteto, octetos, e orquestras de Cordas Dedilhadas, nos principais teatros de Salvador e Vitória da Conquista- Ele também fez apresentações em Genebra (Suíça) e tocou em um workshop na MusikHochschule em Freiburg na Alemanha. Enquanto regente já fez diversas apresentações com a Orquestra de Cordas Dedilhadas do NEOJIBA NEOJIBA (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia) nos principais teatros de Salvador Atualmente, é professor, arranjador, violonista e regente na Orquestra de Cordas Dedilhadas do NEOJIBA (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia). Na qual teve a honra de ser um dos fundadores. Começou seus estudos de música na sociedade musical Carlos Gomes em Marechal Deodoro. Dia 31 de dezembro, Elias participa do concerto musi- Estudou violão clássico no centro de Belas Artes em Macal Adieu 2020 organizado pela Cultive. O programa visa ceió Alagoas - Brasil. reúne artistas do Braisl, da Suíça da Grécia e da Bélgica É cantor compositor e instrumentista. para terminar o ano de 2020, enviando uma mensagem É ex integrante da Banda de Música do Exército Brasileide paz, esperança e boa energia para o ano de 2021. ro onde serviu por 30 anos. Cicinho mostra sua música no Cultive Adieux 2020 dia 31 de dezembro 2020.
Cicinho Lolão
Rede social: https://www.facebook.com/cicinho.lolaoEndereço Telefone completo (zap) +55 81 9 9679-3918 Nome da Entidade que apoia o artista: Cantinho do Bar Em Palco E-mail: chadavidahupomone@gmail.com Revue Cultive - Genève
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Música
Hu p o m o n e Vilanova
na cidade de Saurimo representado pelo Coordenador Alegria Mauro Manuel, no dia 20 do corrente mês o Hupomone Vilanova Lar 1° de Dezembro que abriga 67 vidas entre crianças Nasceu em Vitória de Santo Antão Pernambuco em e adolescentes localizado nesta cidade foi contemplado 1968. Formado em Licenciatura em Letras pela FAINpelo Projeto Chá da Vida Brasil, que ofereceu um Natal TVISA – Vitória de Santo Antão – Pernambuco. Cursou cheio de felicidades com entrega de donativos, alimenMúsica pela Universidade de Federal de Pernambuco – tos, brinquedos, sandálias e um garbo almoço para todos UFPE. do Lar 1º de Dezembro. O Projeto contou ainda com a colaboração do empresário angolano Casimiro Simão Músico flautista Quiala que não mediu esforço em contribuir com o ProCursou de Licenciatura em História pela Universidade jeto Chá da Vida Angola doando donativos e um piano Federal de Sergipe - Aracaju Sergipe. para escolinha de música para o Lar. Membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico da Vitória de Santo Antão – Pernambuco. O segundo Núcleo está localizado na cidade de Uíge e Membro do Instituto Histórico de Jaboatão dos Guaracoordenado por Moises Kudemuena. A partir de janeirapes - Pernambuco. ro realizaremos o segundo Concurso Literário categoria Membro da Academia Vitoriense de Letras Artes e Ciên“Melhor Poema Angolano” e uma outra ação solidária, cia. Vitória de Santo Antão - Pernambuco dessa vez em um asilo de idosos para região de Uíge. Membro da Academia de Letras e Artes de Poesias GasQuanto ao Concurso Literário tronômicas – Rio de Janeiro - Rio de Janeiro Livro Publicado: Sozinho, mas não só - Autoajuda Concurso Literário Categoria Melhor Poema Angolano realizado na região de Saurimo Angola pelo Projeto Chá PROJETO CHÁ DA VIDA - BRASIL da Vida Brasil. O Projeto Chá da Vida tem como objetivo promover a valorização da cultura artística literária e musical em países lusófonos através do podecast em duas versões Cantinho do Bar Espaço Literário e Cantinho do Bar em Palco. O Projeto agrega ações solidárias apoiando mensalmente como doador oficial a Organização Humanitária Médicos Sem Fronteiras; realizando ações em doações de cestas básicas para comunidades carentes da Zona Rural Cacimbas do Estado de Pernambuco Brasil e promovendo eventos em Angola, recentemente realizamos um Concurso Literário categoria “Melhor Poema Angolano” enaltecendo os poetas daquele país, bem como ações solidárias. Criamos dois Núcleos Chá da Vida Angola, o primeiro 134
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Foram oito poetas angolanos selecionados que participaram do concurso pelo Podcast Cantinho do Bar Espaço Literário, eles deram suas entrevistas literárias apresentando cada candidato seus poemas e avaliados por uma banca examinadora formada por três escritoras brasileiras Alda Maria do Estado de MG, Hilza Barranco do Estado de SP e Carmem Soek representando o Estado do Paraná. Quanto a premiação: 1° 17.000,00 kwanzas – Poeta Piedade Manuel 2° 10.000,00 kwanzas – Poeta Cláudia Ficale 3° 8.000,00 kwanzas – Poeta Gerlina Emília 1000,00 kwanzas para os demais participantes.
Música Fé, pela Escritora Luh Veiga (DF- Brasil) Do Livro Sozinho Mas Não Só – Hupomone Vilanova. Tradução da Reflexão Chá da Vida 455 – Somente a Fé Cerimonial da Premiação dos Melhores Poemas Ango- em Kikongo pelo Escritor Moises Kudimoena – (Uíge lanos. – Angola). Hupomone Vilanova Fundador do Projeto Chá da Vida
Podcast Cantinho do Bar Espaço
ATO – 07 Entrega de Certificados ATO - 01 – ABERTURA OFICIAL Poeta Teodoro Amilcar pela Escritora Hilza Barranco Boas Vindas: Hupomone Vilanova – Mentor do Projeto (SP- Brasil) Chá da Vida – Brasil Poeta Ramiro Gomes pelo Escritor Moises Kudimuena Escritora Carmem Andrea Soek – Paraná - Brasil (Uíge – Angola) Poeta Jeremias Venturas pela Escritora Luh Veigas- (DFATO – 02 – REGISTRO DE PRESENÇA Brasil) Presidente da Associação Cultive – Genebra – Suíça Es- Poeta José Munhongo pela Escritor Moises Kudimuena critora Valquíria Imperiano. (Uíge – Angola) Coordenadora Chá da Vida Núcleo Portugal Região – Poeta José Nginga pelo Escritor Alegria Mauro Manuel Amadora - Helena Ferreira (Saurimo- Angola) Coordenador Chá da Vida Núcleo Angola Região de Entrega de Certificado “Amigo do Projeto Chá da Vida Brasil” Saurimo - Escritor Alegria Mauro Coordenador Chá da Vida Núcleo Angola Região de Ao senhor Casimiro Simão Quiala - Empresário da Gráfica do Leste e da Empresa de Telecomunicações C.S.T.Q Uíge - Escritor Moises Kudimoena. Poeta do Cantinho do Bar Espaço Literário Juá Duceará – Onde não mediu esforços em colaborar com o Projeto Chá da Vida – Angola na cidade de Saurimo. É de enal– Juazeiro do Norte – Brasil Psicóloga Junguiana Carla Ramos Apresentadora do tecer sua magnífica doação de um piano para o lar 1º de Dezembro na cidade de Saurimo - Angola. Cantinho do Bar Alkimia do Ser. Paraná – Brasil. Senhor Casimiro Simão Quiala - Empresário da Gráfica ATO – 08 ENTREGA DA PREMIAÇÃO PARA OS do Leste e da Empresa de Telecomunicações C.S.T.Q. Participação dos ouvintes do Brasil, Portugal, Moçam- TRÊS POEMAS VENCEDORES bique, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné Bissau especialmente Angola. Sempre conectados ao nosso po- 3ª Posição Gerlina Emília - Poema “chá da Vida”. 2ª Posição Claudia Ficale – Poema “Ngola” dcast Cantinho do Bar Espaço Literário. 1° Posição Piedade Manuel – Poema “ Enre Acerto e ErATO – 03 Cânticos dos Hinos ros” Cântico do Hino Nacional Brasileiro, à capela pelo Grupo Raiz Coral. ATO –09 Apresentação do Poema Vencedor. Cântico do Hino Nacional Angolano, à capela pelo Gru- Lar 1º de Dezembro – Saurimo Angola po Angola Avante. ATO – 04 Palavra da Coordenadora Chá da Vida Núcleo Portugal Região - Amadora Helena Ferreira. Palavra da Coordenadora Chá da Vida Núcleo Angola Região - Saurimo -Alegria Mauro Manuel. Palavra da Coordenadora Chá da Vida Núcleo Angola Região - Uíge - Moises Kudimuena. ATO – 05 Poema “CARTAS AO REI” de Fridolim Kamolakamwe. ATO – 06 Declamação da Reflexão Chá da Vida 455 – Somente a Revue Cultive - Genève
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Música
Lar 1º de Dezembro – Saurimo Angola Poema Vencedor
Entre erros e acertos (Piedade Manuel)
Na verdade o homem foi à lua Pois busca fugir da sua realidade crua e nua E hoje(...) procura ir a marte Pois a todo custo, a todo vapor quer livrar-se da morte
O velório é a única festa, que o homem quer terminar Apenas sou ser humano O homem só quer parar de chorar Que acha que gritando será ouvido O cemitério é o único território que o homem sonha em Que ao impor será respeitado governar Sou Apenas carne e osso querendo ser compreendido O homem só quer acordar e respirar Sorrir e correr O suícida O homem não quer muito, apenas viver. Não quer acabar com a vida Piedade Manuel Apenas quer acabar com a sua dor Poeta das s7te vidas Ele encontra na morte conforto, uma nova cor e um A quarta divindade novo sabor Site: https://reflexoeschadavida.com O bebâdo só quer esquecer Rede social: hupomone50 (Instagram) e https://www. Esquecer suas misérias, suas mazelas Nome da Entidade que apoia o artista: Cantinho Do Bar Ele faz da bebida a única razão para viver Em Palco Quando todos o viram as costas O mundo é uma droga O homem quer vitamina Mas a vida dá-lhe maconha, eroina e cocaína Para mim até a prostituta É uma linda e bela cinderela Que faz da rua sua passarela ela não vende o corpo Ela só quer vestir o osso E matar a fome que a ata até ao pescoço O que para muitos é lixo Para o mendigo é luxo O ser humano não quer muito Nem nobel ou oscares...eu sinto Que apenas só quer ser compreendido O homem apenas deseja ser amado 136
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Música participa como convidado especial, o destacam para além de suas músicas; exemplo disso foi a 12ª Edição da Festa do Rosário dos Homens Pretos da Penha de França (foto ao lado). Munrimbau possui uma gama de admiradores de seu repertório, os quais fielmente acompanham sua trajetória e apresentações. Muitos deles crianças, para as quais, inclusive, compõe canções direcionadas, e jovens, a partir dos 16 anos atraídos pelo trabalho social que realiza como artista-educador, sendo essa a fatia de público que, disseminando o seu trabalho, renova o seu público e fãs. Inclusive já possui dois fã clubes: Munrimbau Fã clube Of e o recém-criado Marcos Munrimbau Fã Clube.
MARCOS MUNRIMBAU
Além do repertório autoral, Munrimbau também, algumas vezes, interpreta canções de compositores ícones que construíram a história da Música Popular Brasileira, como um tributo à música de qualidade. Entre eles estão: Cartola, Chico Buarque, Tom Jobim, Milton Nascimento e Gilberto Gil. Da nova geração, já cantou músicas de Tulipa Ruiz, Clarice Falcão, Tiê e Marcelo Jeneci.
As composições e arranjos de Munrimbau também estão presentes em álbuns e shows de outros destaques da É cantor, compositor, instrumentista, regente de canto coral e artista educador. Sua formação musical e cultural MPB, como Ana Bueno, Ana Lee, Hugo Branquinho, Jurema Pessanha e Marta Corrêa. se deu entre o popular e o erudito. Seu trabalho autoral e de intérprete mistura as melhores E por vezes, esses intérpretes de suas músicas sobem com características da música popular brasileira com elemen- ele ao palco. tos do jazz, do pop e da música erudita. Dono de uma extensão vocal e de uma tessitura diferenciadas, Mun- Recentemente, participou do The Quarantuned Music rimbau vem conquistando espaço com sua voz peculiar, seus arranjos e suas poesias, que ora se encontram no coração da brasilidade, ora se amplificam na diversidade. Algumas de suas letras são românticas, já outras retratam aspectos da sociedade moderna, com melodias que conversam com o ser humano, ultrapassando fronteiras. Sua obra, que já foi apontada como World-music, dialoga com um público amplo. Munrimbau com suas canções e estilo próprio vem cativando plateias por onde passa, estejam nos mais variados espaços paulistanos ou até mesmo no Blue Note, casa de shows em Paris (FR). A versatilidade criativa de Marcos Munrimbau confere a ele um status de artista da mais alta qualificação. Suas performances em eventos culturais, dos quais
Festival, como o único representante Brasileiro convidado para esse evento internacional juntamente com cantores de diversas partes do mundo, promovido e apresentado pela Cantora americana Amelia Ray. Revue Cultive - Genève
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Música Marcos Munrimbau se faz acompanhar de 4 instrumeEste festival, com a duração de 24 horas ininterruptas, tistas, mulheres: teclado, bateria/percussão, violoncelo e foi realizado de forma on line, pela internet, e teve cará- tropete. ter beneficente, com toda a renda destinada a amparar músicos que tiveram seus shows suspensos por conta das Com o advento da pandemia e a suspenção dos shows medidas sanitárias de prevenção ao Covid 19. presenciais, mas Marcos Munrimbau, está com esse Show pronto para ser levado a público, assim que as res trições forem suspensas ou flexibilizadas, aplicando as Durante esse período de isolamento social, recomendações e protocolos de segurança sanitária que Marcos Munrimbau tem se dedicado bastante a dar vazão o caso requer, e quando as Casas de Cultura e/ou os teaao seu grande potencial compositor. Nesse período de tros acharem oportuno. isolamento já compôs sete músicas, revitalizou mais uma dezena do seu repertório de quase 300 músicas, forma- E, para ficar mais adequado a este momento e atender tou cinco shows que se adequam a vários locais e for- demandas, Marcos Munrimbau fez um recorte daquele mações, inclusive um Show Tributo a Tom Jobim, e os show, desmembrando-o em dois pockets shows com 7 adaptou para shows-live, em formato pocket. músicas cada um, ficando assim muito aderente a apresentações virtuais; mantendo a mesma qualidade das Tem participado de diversas lives, algumas como composições e da interpretação que ele mesmo, Marcos pocket show outras de entrevistas, como forma Munrimbau, faz tanta questão de imprimir em suas múde estar mais próximo do seu público, sicas e interpretações, permitindo aos espectadores viajaainda que virtualmente. rem pelas paisagens e cenários pitorescos imaginários, em que a Mulher, da cidade ou da periferia, altiva ou reVem se dedicando à divulgação o vídeo clipe da sua mú- catada, dança e brinca na voz do Cantor. sica “Quando você se aproxima”; também neste período já gravou 15 músicas em estúdio e está lançando-as em REDES SOCIAIS: singles nas plataformas digitais; gravou um novo vídeo clipe: “Nesse Momento” e está preparando o relança- Facebook - https://www.facebook.com/mundomun68/ mento do seu Álbum “Munrimbalando”, agora, nas pla- https://www.facebook.com/marcosmunrimbau.muntaformas digitais. rimbau Instagram - https://www.instagram.com/munrimbau/?hl=pt-br Canal no Youtube – http://bit.ly/yt-muPocket Show “AQUARELA DE BATONS” (Virtual) nrimbau Pocket Show Virtual - “AQUARELA DE BATONS” CONTATOS: O Show “AQUARELA DE BATONS” é uma homenagem às mulheres de todas as tribos, realçando a riqueza das Munrimbau Produções - fone: (11) 94472-5713 diversas nuances do feminino. email: mmunrimbauproducoes@gmail.com Marcos Munrimbau – Fone (11) 93489Na percepção do Artista, essa diversidade, represen- email: munrimbaumarcos@gmail.com tada pelos vários tons de batons, identifica o ponto e Ouça também: convergência da presença feminina em nossas vidas, ao Coração Febril - https://soundcloud.com/marcos-munmesmo tempo forte e delicada. rimbau/8-cora-o-febril Medo: https://soundcloud.com/ As canções falam da mulher brasileira e seu papel na marcos-munrimbau/4-medo sociedade moderna, sua força, coragem, seu jeito e sua Raça da Gloria: https://soundcloud.com/marcos-munsensualidade. rimbau/5-ra-a-da-gl-ria POD CASTS: Músicas do Repertório de Marcos MunEste espetáculo originariamente preparado para apre- rimbau Sound Cloud Marcos Munrimbau Plinio Olivei sentações em shows presenciais, contava com 14 músicas autorais e estava preparado para se inscrever, em diversas oportunidades, para fazer um circuito nas Casas TALENTO MUSICAL ATRAVÉS DOS TEMPOS de Cultura de São Paulo, SESCs e SENAI, em homenagem às Mulheres. /E nesse formato original, presencial,
Plinio Oliveira
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Música
Em 2012, em parceria com a RPCTV, afiliada Globo do Paraná realizou uma série de shows com orquestra e coro infanto-juvenil nas mais importantes cidades do estado: Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu. Na estreia do show, em maio daquele ano, 3 mil pessoas Gaúcho de Cruz Alta, RS, Plinio Oliveira iniciou seus es- lotaram o Teatro Guaíra em duas sessões (uma sessão extudos de piano com 9 anos de idade, em 1976, um ano tra foi aberta para atender à procura por ingressos). depois de chegar a Curitiba. Em 2017 criou a Orquestra Jovem da Paz, com jovens Desde o início sua vocação como cantor e compositor estudantes de música. se impôs aos seus professores, o que o levou a se tornar auto-didata. Em 2018 estreou seu primeiro musical, A Vida de Chico Xavier em Um Cisco, em Curitiba, São Paulo e Salvador. Trabalhou como pianista em piano bar dos 18 aos 19 anos e após um dos prêmios inúmeros obtidos em fes- Em 2019 seu segundo musical, O Filho do Homem, entivais de MPB, foi contratado como arranjador em estú- trou em cartaz. dio de gravação, função que exerceu dos 19 aos 28 anos, Eleito o Talento do Ano do Paraná em 2002, vencedor do produzindo discos para artistas independentes, jingles e Concurso da Canção dos 300 anos de Curitiba, premiatrilhas sonoras para comerciais de TV, rádio e cinema e direção musical de shows e peças de teatro (entre outros, foi responsável pelos arranjos e direção musical do espetáculo "Natal no Palácio Avenida", sob a supervisão de Zuza Homem de Mello). Em 1995, ano em que produziu, gravou e lançou seu primeiro CD independente iniciou a atividade musical que exerce até hoje e que sempre foi o foco de seu trabalho: discos, dvds, vídeos, shows, palestras e concertos com temática filosófica, ancorados na qualidade histórica da MPB, cujos grandes nomes, como Jobim e Vinícius, sempre foram suas principais referências. do por dois anos consecutivos como produtor e diretor Apaixonado por Beethoven, escreveu, produziu e gra- do melhor programa de TV regional, com 63 CDs indevou, em 2000, sua primeira sinfonia para grande orques- pendentes, mais de 500 músicas gravadas, 160 episódios tra: A Sinfonia Mística. de seus programas de TV produzidos, 10 DVDs solo,10 CDBooks e completando 25 anos do lançamento do seu A partir de 2004 ampliou seu leque de atuação, passando primeiro Cd e 37 anos de carreira com 100 mil CDs vena se dedicar também ao ensino de canto e valores huma- didos sem distribuição, somente para o público de seus nos "Sou da Paz", que já esteve presente em 10 cidades shows realizados em mais de 150 cidades do país, Plínio em três estados. Pelo projeto já passaram mais de mil e Oliveira é, sem dúvida, um dos artistas e produtores induzentas crianças e jovens. dependentes mais ativos da sua geração. Em 2010 escreveu sua segunda sinfonia, agora em homenagem a Chico Xavier. Duas mil pessoas compareceram ao Teatro Positivo para assistir à Sinfonia do Amor, como foi chamada, projeto em que dirigiu e executou todos os aspectos da produção.
CONTATO E-mail: Plínio@pliniooliveira.com.br Telefone: +55 41 9 9994-1269 Site: www.pliniooliveira.com.br Rede social: https://www.facebook.com/cantordapaz/
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Música
Paulo Barreto
VIOLINISTA
Ave Maria no Por do sol de Jacaré na Paraíba Natural de Fortaleza-Ce, residindo em João PB desde1984. Iniciou seus estudos de violino e musicalização no SESI-CE(ServiçoSocial da indústria) em 1975, com o renomado pedagogo Prof. Alberto Jaffé e mais tarde continuou seus estudos com o Prof. Vazquen Fermaniam e profa. Zenaide. Deste então participou de diversos cursos de aperfeiçoamentos pelo Brasil (Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo, R.G. do Sul e outras cidades) a citar: Curso Internacional de Férias em Teresópolis com o professor Paulo Bozisio(1983), festival internacional de Campos do Jordão, professor Airton Pinto(1978), Curso Internacional de Férias em Teresópolis, professor Santino Parpinelli(1979), atualização em instrumentos de cordas, no NE 82, com o violinista Moisés Mandell (Fortaleza1982), Didática e metodologia do ensino, NE 82, com o professor Hans Koellreutter(Fortaleza1982), II Festival Internacional de Música de Gramado, com o professor Sidney Hart, Robert Mc Duffie e Telmo Jacomi(1983), II Festival de Inverno de Campina Grande(1987), onde executou o Iº violino do trio de Beethoven, participou da gravação do primeiro disco de música erudita do estado do Ceará, intitulado “Grandes Homenagens”, sob a regência do maestro Gladson Carvalho. Participou do ciclo das nove Sinfonia de Beethoven, junto a OSR (Orquestra Sinfônica de Recife), sob a regência do renomado maestro Eleazar de Carvalho1985), participou do Concurso de Música de Câmera do Ceará(1983), conseguindo o 2º lugar, participou do concerto comemorativo ao aniversário da cidade de Maceió, regido pelo maestro Isaac Karabtchevsky(1984). É bacharel em música, com especialização em violino pela UFPB, onde estudou com o professor Yerco Pinto(Chile). 140
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Europa (2013), Paris e todo o norte da França e Bruxelas, sendo sediado na cidade de Lille, no período de 14/05 à 10/06/2013, 1º Festival de forró de Lille. Pela associação Brasil afro funk. (2015): França (Paris, Norte da França), Bruxelas, Festivais de forró pé de serra, Samba e frevo. (2017):França (Paris, Norte da França), e Bruxelas, Festival de forró pé de serra, samba, frevo. Desenvolve trabalhos socias tocando em hospitais na cidade de João Pessoa, trabalho social com crianças na cidade de Lucena-PB, Associação Mar de Esperança,(Coral meninos e meninas de Lucena). Recebeu em dezembro de 2018, o título de cidadão paraibano pela assembleia legislativa da Paraíba (diário oficial de 13.12.2018). Paulo Barreto saúda o por do sol e os turistas na praia de Jacaré na Paraíba tocando a Ave Maria de Gounod /Bach. Um trabalho que faz gratuitamente de quinta a domingo.
Música
Roseli Fulaneto OUTRAS INFORMAÇÕES Cantora Formada em Canto popular, (Escola de Musica Katia Boccato ( canto Popular) ). Nascida e criada em Osasco, no jardim Rochdale, tem sua carreira consolidada, com apresentação em Bares, Baladas, Teatros e Rádios. Sempre levando o melhor da música sertaneja raiz, moderna e atual, com iniciação em MPB, e agora cantando a música sertaneja. Com banda própria lançou o primeiro CD com músicas inéditas de compositores como Paulo Nascimento entre outros. Trabalhando a música Pronto Falei nas Rádios como: metropolitana de Mogi am1070 no programa Lu Fernandes e Luiz do Acordeon ( Forró Brasil ), Radio Goiânia no programa do Flavio Roberto, radio New Life Carapicuíba, Radio Capital no programa do Caju e Castanha. Agora está fazendo a gravação de um novo sucesso.
Capa do CD de Trabalho.
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• Mais de 60 programas gravados como apresentadora no canal 1000BJS • Lançamento de 6 músicas inéditas em 2020 Últimos Shows • Apresentação em Festas / Bares/ Baladas/Teatros/TV/Rádios • Bar Chapéu Brasil – Campinas – Aniversário Radio Top Brasil (2019 ) • Bar Avenida Sertaneja – Valinhos (2019) • Bar Feijão de Corda – Osasco (2019) • Tv Tarumã – programa Sertanejo – Guarulhos ( 2019) Poupa Shopping Cotia ( março 2020) Bar Nova Melissa ( outubro 2020 )
Paulo Nunes
Peças de teatro o desembestado./ os involuntários da Pátria / o castelo das sete torres / o gato de botas /vovô clementino e o planeta cor de prata /Joãozinho mais Maria. Novelas que trabalhou: minha doce namorada / uma rosa com amor / Gina/ sinhá moça / Gabriela / partido alto /Maria Maria / Sol de verão Shazan e xerife / Chico Anísio / linguinha /uau / viva o gordo / os trapalhões /kika e xuxu / linha direta. TV manchete; TV Globo: Tijuca ténis clube.
You tube : roseli fulaneto -----Facebook: – roseli fulaneto fulaneto – Tik Tok: @roseli fulaneto Trabalhos e Redes Sociais • Atualmente trabalhando na gravação do segundo CD. • Divulgação de músicas novas em Rádios/ Tvs web / canais digitais / shows. • Youtube : 386 seguidores • Facebook : 1300 seguidores • Tik Tok : 2060 seguidores Revue Cultive - Genève
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Art
Exposition Adieu 2020 Canal Cultive youtube Organization Cultive
Najara Weak
Ju Perei-
Artistes www.cultive-org.com
Ana Trevisan
Marcia Prata
Lais Castro
Ana Andrade
Izabel Stiefel
Simone Olliveira
Vivien Zanlorenzi
Christiane de Murville
No Pixel
Manoel Osdemi
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Soni Nunes
Gabriela lopes
arte
Reveillon Cultive Exposition Adieux 2020
guns países da Europa: França, Grécia, Países Baixos, Polônia e Portugal. Em 2019 tive também minha primeira exposição em São Paulo e três fotos incluídas no acervo do Museu de Arte Contemporânea de Porto Alegre. Neste ano de 2020, devido `a situação do COVID, a maior parte das exposições de que venho participando são virtuais. Foi também um ano em que aprendei a fazer minha própria galeria 3D, que me serviu para desenvolver uma exposição coletiva com outros seis artistas no Festival Ouvirandô da Cultura Brasileira nos Países Baixos, recém apresentado ao público de forma virtual.
Ju Pereira - Fotografia Em meu trabalho combino minha paixão por viajar e por fotografia com meu estudo e trabalho no campo da diversidade cultural, fazendo fotografias de pessoas e lugares diversos do nosso planeta, muitos deles refletidos em espelhos, vidros ou na água. Minha câmera tem sido a janela através da qual vejo e procuro influenciar o mundo `a minha volta.
Paralelamente a dois livros sobre o tema de cultura e liderança que escrevi com meu “partner”, publiquei cinco livros de fotografia disponíveis na Amazon.com:
- “Garopaba Distorted” (Garopaba Distorcida) - “Magic Sea” (Mar Mágico) - “Netherlands upside down” (Holanda de cabeça para baixo) - “Oranje celebration. The Dutch Kings’ and Queen’s Day” (Celebração laranja. O dia do Rei e da Rainha) Por muitos anos venho experimentando com di- - “São Paulo Mirrors. Hidden beauty of a concrete versos materiais e formas de expressão artística, in- jungle” (Espelhos de São Paulo. cluindo: litogravura, escultura em madeira, pintura Beleza oculta de uma selva de concreto) em porcelana, trabalhos em couro, cerâmica, aquarela e, sim claro, fotografia que tem sido minha No momento preparo o lançamento do meu mais forma de expressão artística preferida. recente livro em parceria com três outros autores: Nos anos 90 estudei fotografia nos Países Baixos onde resido, com a fotógrafa americana Bonnie Josephson. Nos últimos anos venho me aprofundando na fotografia através de tutorial que fiz com o fotógrafo holandês Robert Goddyn, bem como através de estudos de fotografia no Museu de Fotografia de Amsterdam (FOAM), e no Rijksmuseum de Amsterdam, onde estudei retratos baseados no trabalho dos pintores Rembrandt, Breitner e Vermeer. Tenho buscado também outras experiências educacionais que incluem estudos em Haia e o curso “Seeing Through Photographs” do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MOMA).
Alette Vonk, Juanita Wijnands e Fernando Lanzer, sobre expressões populares Holandesas e sua ligação com a cultura do país. Minha fotografia é a base do trabalho deste livro, onde utilizamos imagens que representam as expressões populares para a partir delas chegar nos valores culturais holandeses. Website: http://jussaranpsouza.wix.com/photoprovocateur Instagram: jupereira.art Contato: jussaranpsouza@outlook.com
Venho expondo meu trabalho fotográfico em alRevue Cultive - Genève
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Art
Exposition Adieu 2020
Maria Nazaré Cavalcanti
Artiste peintre née à Recife - PE Brésil de nationalité portugaise par mariage depuis 1970. L'art est apparu dans sa vie depuis l'enfance, il faisait partie de son quotidien mais ce n'est que dans les années 90 qu'il est devenu plus présent. Artplus - Qu'est-ce que l’art et comment faire de l’art? Nazaré - L'art est la vie, il est viscéral et palpitant, c'est comme l'air que nous respirons. L'art créé un univers parallèle où les rêves deviennent réalisables. Ce sont des moments riches en sentiments de paix et d'épanouissement. L'acceptation d'un artiste dans un concept universel est dynamique, avec des variables allant des limites de la liberté d'expression, la difficulté de reconnaissance, à l'accès au divertissement et à la culture.
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Nasceu Recife – PE, mas reside na Europa desde a década de 70, após o casamento com um português. Artplus - o que é fazer arte e como fazer arte ? A arte é vida, é algo visceral e pulsante, é como o ar que se respira. A arte criou um universo paralelo onde os sonhos se tornam alcançáveis. São momentos ricos em sentimentos de paz e plenitude. A aceitação de um artista dentro de um conceito universal é dinâmica, com variáveis desde os limites da liberdade de expressão e a pouca valorização até o acesso ao entretenimento e à cultura. Os meus interesses na arte, foram sofrendo mutações ao longo do tempo e de forma intuitiva.
Art
Exposition Adieu 2020 Avani est une brésilienne titulaire d'un baccalauréat en droit et d'un titre de professeur d'espagnol. C'est dans la peinture et la poésie qu'elle libère ses émotions et sa sensibilité. Avani partage également son temps avec l’Association Cultive. Peinture avec de l'acrylique. Avani é bacherel em direito e professora de língua espanhola brasileira, mas é na arte e na poesia que ela libera suas emoções e a sua sensibilidade. Avani é membro Internacional Cultive. Pintura acrílica.
Avani Peixe
Exposition Adieu 2020 Exposition Adieu 2020 Exposition Adieu 2020 Exposition Adieu 2020 Exposition Adieu 2020 Exposition Exposition Adieu 2020 Exposition
Izabel Pecorone Rosalva Santos
Sol verde
Artiste peintre Peinture acrylique
Karmem Pires Artiste peintre Acrylique sur toile
Beija flor
libertação Sonho
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Art
Rosalva santos
Luciana Imperiano
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Art
Zezé Negrão
Najara
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Cultive News
Irlana e a delegué da Cultive Maria José Negrão entregarndo os presentes de Natal à AFAS em nome da Cultive.
AFAS Por Irlana A Associação Feirense de Assistência Social (ALAFS) é um local de acolhimento para a pessoa idosa que tem como princípio básico manter a dignidade da vida humana na velhice. Neste local, a pessoa idosa tem como garantia os cuidados básicos de sua sobrevivência, saúde, alimentação, atividades recreativas e atividades educativas. Estas pessoas são atendidas com atenção e carinho para que se sintam seguros e possam viver em harmonia. A instituição atende atualmente 48 pessoas idosas, alguns poucos acamados, outros com relativa independência funcional e alguns com dependência de alguma forma. Muitos feirenses buscam contribuir de alguma maneira com a instituição no sentido de doação do tempo, de estágios de estudantes na área da saúde, na área de recreação e educação.
Por ter um olhar mais humanitário, participativo e de reconhecimento por pessoas que também doaram suas vidas na construção de uma sociedade mais justa, na condição de parceiros atuantes no âmbito social e comunitário, a Association Cultive Club International juntamente com a Edtion Cultive, sensibilizadas pela situação de vulnerabilidade vivida pela pessoa idosa e pelo momento de pandemia COVID 19 manifestaram o apreço e respeito que têm pela situação do outro e, assim deram mais este passo em favor da alegria, do carinho, da cidadania e contribuíram com kit natalinos para presentear a todos os idosos, além de um contingente de outros itens para a instituição. A entrega foi realizada pela Delegué da Cultive em Feira de Santan Maria José Negrão e a DElegué adjunta Irlana ambas membros do Cénacle Cultive de Feira de Santana. Os profissionais da instituição que estavam presentes acolheram com muito carinho tudo que foi entregue, alguns idosos estavam presentes, mas não pudemos nos aproximar.
Assim, podemos agradecer a todos que participaram e As demandas que a instituição tem são variadas e a equipe contribuiram com este evento que simboliza o elo de huprofissional tem muito empenho e disponibilidade para manidade que nos mantém fraternos e solidários. às pessoas que aí moram, pois, este trabalho exige turnos contínuos de atendimento. Além de buscar possibilidade A Cultive agradece também o patrocínio de Débode dar continuidade aos vínculos familiares, afetivos e rah membro de Feira de Santana e de Regina Naegeli membro na França. comunitários. 148
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Association Cultive Club International d'Art Littérature et Solidairté 2020 Cultive continua crescendo em todo Brasil. Apesar da anulação de vários eventos em 2020, a cultive pode realizar exposição, concertos, sarau poético, reuniões, premiação dos vencedores do 1° Concurso nacional Cultive de Litearatura via internete e entrevistas semanais pelo instagram. Em algumas capitais brasileiras aconteceram cerimonias de posse Membros Internacionais Cultive nos meses de outubro e novembro de 2020. O Cénacle Cultive de Fortaleza Ceará, em cerimonia privada, deu posse à Jacqueline Assunção de Lima Braga, Rosanni Guerra, Sibelle Sousa Silveira Holanda, Amauri Holanda de Souza, Tereza Porto Sequeira e Maria Leci Queiroz e Cláudia Leocádio Dias Membro Internacional de Minas Gerais. A cerimônia foi conduzida por Maria José Esmeraldo Rolim delegué Cultive adjunta em Fortaleza no dia 10 de setembro 2020, no auditório da Assembleia Legislativa de Fortaleza.
Jacqueline Assunção de Lima Braga artista, biblioterateupa, poeta, Delégué
Maria José Esmeraldo Rolim, professora, doutura, escritora 3 livros publicados, ativista cultural, Delegué Fortaleza..
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Cultive News Amauri Holanda de Souza professor, poeta, neuropsicopedagogo, pós graduado em Direito e Processo Penal. Membre International Cultive - Ceará- Brésil.
Sibelle Sousa Silveira Holanda tem bacharelado em Teologia. Neuropsicopedagoga. Acadêmica de Enfermagem. Professora de Cursos Profissionalizantes.
Rosanni Guerra - Journaliste, écrivain et poète. Producteur et présentateur de CABECEIRA, programme sur la littérature, TV de l'Etat du Ceará.
Tereza Porto Sequeira, escritora com quatro livros publicados, formada em Letras, professora e revisora. Delegué Redação e projetos - Ceará
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Maria Leci Queiroz - nutricionista, escritora, presidente da Associação mãos que compartilham que apoia Guiné-Bissau.Autora A Mesa Está Posta e Vivências à Mesa Memórias da Vida.
Claudia Leocádio Dias- consultoria e analista socioambiental, arterapeuta Waldorf, criou Instituto Cirandar, Delegué Cultive em Minas Gerais.
Cultive News CRETARIA 4. Paulo Siuves - Delegué Adjoint 5. Paulo Roberto Paixão Bretas - Delegué- Tesoureiro 6. Gabriela Lopes - Membro 7. Samanta Aquino - Delegué do Cénacle CultiveJovem
Em se cultivando a cultura, o mundo será melhor. CERIMONIAL DE POSSE DOS MEMBROS DA ASSOCIAÇÃO CULTIVE BELO HORIZONTE
Depois que todos receberam a faixa, fizeram o juramento conduzidos por Claudia Leocádio. Cada membro empossado pode recitar ou ler uma poesia. Entre as poesias, trechos cantos de músicas de compositores mineiros Milton Nascimento, Beto Guedes. A posse foi encerrada com um coquetel oferecido pelo Cultivador Bady Curi Neto. A sonoplastia e a transmissão estiveram sob o comando técnico de ALEXANDRE
No dia 13/11/2020 na R. Major Lopes, 739 em São Pedro, Belo Horizonte – MG Brasil às19h teve inicio a cerimônia de posse dos Cultivadores do Cénacle de Belo Horizonte. A cerimônia iniciou com a execução dos hinos do Brasil e da Suíça. CLAUDIA Leocádio, representando a presidente da Cultive Valquiria Guillemin, apresentou a Cultive sua missão, valores e filosofia e dirigiu a posse. A presidente, Valquiria Guillemin participou pela internete, pois o evento foi transmitido ao vivo, deu as boas vindas aos novos membros.
Bady Curi
Após a introdução, houve canto, apresentação no telão de imagens sobre o estado de Minas Gerais e seus escritores (Adélia Prado, Guimarães Rosa, Carlos Drummond e outras pessoas...), a música sal da terra. CLAUDIA fez a chamada de cada membro por ordem alfabética e fez a leitura de suas recpstivas biografias. SEQUÊNCIA DA POSSE 1. Eluciana Iris Almeida - Delegué de Belo Horizonte 2. Bady Curi Neto – Delegué Jurídico 3. Irislene Morato Castelo Branco - Delegué SE-
Eluciana Iris Almeida
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Paulo Siuves
Paulo Bretas
Gabriela Lopes
Irislene Castelo Branco Paulo Bretas Samanta Aquino
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Cultive News
CONCURSO LITERÁRIO NACIONAL CULTIVE 2020 Association Cultive Club International D’Art, Littérature et Solidarité é uma Associação sediada em Genebra que trabalha para divulgar a cultura, a arte e a literatura brasileira na Europa, assim como a cultura e a educação no Brasil. A Cultive com apoio da Editora Cultive promoveu o CONCURSO LITERÁRIO NACIONAL CULTIVE 2020 Com o tema : Era uma vez um anjo
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Cultive News Somos guerreiros povo forte valente Lutamos pelo um amanhã diferente, Agindo com dignidade elevo minha gente Posso seguir com a força de proseguir em frente. Sigo com paz e determinação Com o nordeste em meu coração E assim término esse versinho Agora posso dizer sou um anjo nordestino.
Antonio Roberto Viturino 1° lugar poesia categoria poesia
Anjo nordestino A poesia toca no anjo nordestino No homem e no menino que veio daqui, Ela muda nossa vida,transforma nossa historia e nos faz feliz Me lembro de Maria rendeira Do João da baleadeira E do poeta que vive a sonhar E de seu que chico que canta toada para não chorar Só Deus sabe,o quanto perde o nordestino Quando acaba seus sonhos de meninos,Ter que partir sem nenhum destino Por isso meu amigo somos anjos nordestinos. Era uma vez um anjo indo embora A esperança chora pois não pode ficar, Arrempendimento faz parte dessa fase, Mas é a relidade temos que aceitar. Sofrimento é, a nossa historia Que guardo na memoria A infância que vive, Por isso comemoro por que sobrevive. Trago comigo as marcas da vida, Nos traços de sorriso demonstro alegria pois tenho esperança de voltar um dia Aguardo ancioso com fé e ousadia Emfrento essa luta sozinho, Sem medo de cair Por que sei e entendo o valor de cada momentinho Sou a representação do anjo nordestino. 154
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Cultive News e aprendeu em sua identidade. De um ser de luz, tornou-se ganancioso, medroso, comparava-se aos outros, era apegado a títulos, patrimônios... Tudo parecia muito bom, afinal todos são assim, pensava Sam. Esqueceu completamente de quem era e o que viera fazer aqui. Então, houve momentos em sua vida que Sam começou a experimentar dor e sofrimento. Foram tantas as vezes que sentiu desespero, medo, culpa, tristeza, perdas, que ele não aguentava mais. Todos os dias sentia-se preso, preso às mesmas sensações que iam se repetindo, repetindo, repetindo…
1° Lugar categoria prosa
Em uma noite, olhando o céu estrelado, Sam pensava: Quem sou eu? Afinal, a vida é só isso?
Ele decidiu partir mundo afora, sem rumo, para encontrar essas respostas. Saiu em seu barco, conheMakawllim Tomé de Jesus ceu várias culturas. Ficou à deriva, passou fome e A trajetória de um anjo - por Anakin S. Waterfall frio. Lutou contra monstros, mas não encontrava Havia um lugar, muito, muito distante, onde tudo nenhuma resposta às suas perguntas. era luz, amor e alegria. Todos viviam felizes ao lado de seu Pai, um ser supremo, a fonte primordial de Depois de uma grande tempestade, foi jogado ao mar e arrastado pelas fortes ondas. Não tinha mais tudo que existe. forças, não tinha mais nada. Encontrou boianSeu Pai era infinitamente bom e passava o seu tem- do um pedaço de sua embarcação e foi conduzipo criando. Fez todos os mundos e todas as coi- do pelas ondas. Sam chegou a uma terra distante, sas. Todos os dias fazia coisas novas e seus filhos quase sem vida e foi socorrido pelos nativos. Ficou estupefato ao ver a alegria das pessoas e o modo sempre O ajudavam em seus novos desejos. como se tratavam. Foi levado ao mestre do povo e Todos os dias, milhares de filhos do ser supremo o mesmo perguntou ao Sam: partiam em busca de novas experiências. Sabiam também que podiam criar, porque foram feitos a - O que procuras, meu rapaz? imagem e semelhança do seu Pai. Eles eram enviados à nova terra para adquirirem experiências - Procuro saber quem eu sou, porque estou aqui e qual o sentido da vida. únicas. Uma terra maravilhosa e abundante! Sam era um anjo, ele faria o mesmo papel dos outros filhos do senhor. Estava entusiasmado com sua jornada e seguiu feliz em direção à terra nova. Foi recebido com todo carinho e todo amor. Começou a perceber o som, as cores e o contato humano. Sentia-se amado! Todos os dias, aprendia algo novo, conhecia lugares, pessoas… Ainda sabendo quem era, foi absorvendo novos pensamentos, experimentou diversos sentimentos, vivia encantado com a diversidade dessa nova terra. O tempo passou.
O mestre com o olhar fraterno começou a sorrir e disse: - Ora, percorreste vários mares, atracaste em muitos portos e ainda não encontraste a resposta porque elas não estão lá fora. O mestre, tocado de compaixão, disse a Sam que para conseguir essas respostas, ele teria de entrar em uma caverna e ir até o fundo dela, onde encontraria uma fonte e deveria beber dessa água e esperar em silêncio, até que esse silêncio o apresentasse a si mesmo, fazendo com que ele se reconhecesse. E acrescentou:
Aos poucos, Sam foi transformando tudo que viveu Revue Cultive - Genève
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Cultive News - Lembre da tua vida, tuas alegrias, teus medos, erros e acertos, compreendendo assim que tudo que fizeste sempre foi o melhor que podias fazer. Sam acreditava que isso era um defeito dele mesmo, porque ele deixou de ser a essência e transformou essas experiências em sua identidade, causando-lhe dor e sofrimento. Quando Sam finalmente bebe da fonte, ele se recorda de seu encontro com o maior de todos os monstros. Estava em seu barco rumo ao desconhecido, quando avistou um monstro marinho com mais de 30 metros de altura, ele era aterrorizante. Virou-se para Sam e perguntou: - Onde pensas que vais? - Estou a procura do sentido da vida, disse Sam. Em um tom irônico o monstro disse: - Por mim ninguém passa, muitos tentaram e não conseguiram. Eu irei te destruir, o monstro retrucou com uma gargalhada maléfica. Sam, apavorado, falou: - Senhor, como posso passar? Pois já não tenho mais como voltar. - Você não tem como passar, somente me vencendo e ninguém conseguiu esse feito - respondeu a criatura. - Senhor, meu nome é Sam. Poderia saber o seu nome? Insistiu. O monstro debochado disse: - Meu nome é Medo! Estou em todos os lugares, todas as ruas e em todas as gerações. E você jamais poderá me vencer, pois eu vivo dentro de você. Sam, em seu profundo silêncio, respirou, virou seu barco a bombordo e seguiu adiante porque descobriu que aquilo não era real e lembrou-se de seu poder. Reconheceu seu poder e viu que tinha tudo o que precisava e que sempre buscou, muito parecido com o pai celestial: divino e completo! 156
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Carta para um anjo Era uma vez um anjo Que não caiu do céu Que virou uma estrela Numa folha de papel. Era uma vez um anjo Que de uma mulher nasceu Que chegou para ensinar E o mundo transformar. Era uma vez um anjo Que tinha uma alma encantadora Fez voar no horizonte Um ar de esperança boa. Era uma vez um anjo Que brincou de se esconder E foi logo aparecer Bem pertinho de você. (Pseudônimo: TJ)
Cultive News Helena Lula Rocha
Minha mãe, sua avó, levantou da cama quando o galo cantou, mesmo que ele estivesse longe demais pra ela ouvir. Quando ela fez o café, no horário que você acordasse já estaria frio. Ela embrulhava as guloseimas e descia o morro com a ajuda do Fernando daqui da rua. Ela sempre dava um salgado como pagamento, um descontinho. Ela todo dia estava no ponto de ônibus vendendo salgados e café com leite que não custavam tão caro assim como alguns insistiam em dizer.
Quando eu era pequena, bebê, eu senti vergonha dos seus avós, do trabalho deles, mas eu cresci pra ver meus pais virarem meus heróis e serem tudo o que Um sonho carioca eu sempre quis me tornar, as pessoas mais fortes que A casa cheirava a alho na panela, o cheiro salgado me eu conheço. Eu vou te ensinar a nunca duvidar disso. mergulhava numa inércia gostosa. O seu choro quebrou minha paz, admito. Na esperança de não te acor- Meu pai saiu um pouco mais tarde, o galo lá bem longe dar eu bati o alho na varanda, até andei na ponta dos quietinho, já tinha dado sua hora. Pôs o uniforme de zelador e foi com o sol forte queimando a pele até a pés e isso só virou rotina. escola aqui perto, mesma escola que eu estudei toda Acordei hoje com a cama quente e os lençóis jogados minha juventude, onde conheci seu pai. pra longe. Meus pés tocaram o azulejo morno no banheiro tomei um banho frio e o alívio me veio em ondas. Me vesti e parei um tempo pra te olhar. Os lábios grossos entreabertos, os olhinhos fechados de cílios castos, a pele preta e a fralda que me entortou o nariz só de pensar que eu te trocaria umas dez vezes só hoje. Ri um pouco, você era atrevida igual sua tia, ontem a noite você me fez prometer que faria tranças no seu cabelo em troca de você aquietar e se permitir dormir. Acho que terei que cumprir dessa vez.
Eu sempre me irritava quando me diziam que um dia eu entenderia. Me perguntava porque pediam pra eu sair, o porquê de assumirem que eu não sabia de certo assunto, mas de novo lá vou eu repetir o que tanto me irritava: Um dia você vai entender bebê. Porque no final do dia eu te contarei histórias que começam com "Era uma vez", mas nunca vão terminar em "e viveram felizes para sempre". É um final muito curto, modesto demais. Eu sempre vou mudar o final. Aprendi que nada nos é entregue de bandeja, ao entender isso o Joguei o arroz na panela e pus quatro xícaras de água, mundo não irá te surpreender. O mundo pisa, xinga, sua tia chegou algum tempo depois pra me ajudar. Ela te esculacha nos becos, te marginaliza. sempre te pegava no colo, te jogava pro alto e assoprava sua barriga te fazendo rir. Ela te chamava de anjo O arroz repousava no fogão, frio. Sua tia tinha ido a e te colocava no chão da sala, na frente da televisão um tempo e parte de mim foi com ela. A noite vinpequena. A testa miúda, os cabelos crespos, o sorri- ha e eu trançava seus cabelos e você virava a cabeça so cansado. Sem maquiagem e de unhas feitas, minha e olhava pra mim animada, com rugas no canto dos irmã era linda. Pus duas colheres de sal e agora só fal- olhos que seu pai tinha quando sorria. Você se parece tanto com ele, os olhos, o nariz, até a forma como tava esperar. anda é meio parecida. Você ficou com a minha boca, Ela veio aqui hoje como vem todos os dias. Sei que meu cabelo, minhas manias do tanto que me observa. é difícil discernir entre tantos parentes, então vou te ajudar: ela é a tia que cheira a café. Às vezes parece que ela passou café debaixo do braço e chamou de perfume. Um dia você vai entender bebê o porquê eu não confio no marido dela. Já teve algumas brigas e sempre acabavam no corpo dela dolorido. Por isso vem aqui todo dia, ele não conseguiu afastar ela de mim. Ela tem alguém pra onde fugir.
Seu pai não vai chegar essa noite, ele só te visita uma vez por semana lembra? Eu sei que nas últimas três semanas ele não apareceu, mas não significa que você não é importante. Como minha própria irmã te fala, você é um anjo. Uma vez eu te guardei no meu colo e no seu primeiro choro, eu renasci. Revue Cultive - Genève
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Cultive News Henrique Lamounier,
O Anjo do Assoalho A sala é fechada, tem concreto por todos os lados. “Pode me contar sua história, Padre?” A policial me pergunta. Após me tornar padre posso ter me esquecido do amor de Deus, talvez essa seja a razão por trás de tudo que me aconteceu, mas de uma coisa tenho certeza… eu me lembro daquele dia, e certamente, nada que direi é mentira... Eu andava em direção à porta da igreja, era verão, o dia havia acabado, o lugar estava vazio, o piso de madeira rangia a cada passo, é claro que já havia me acostumado, a igreja era antiga afinal. Eu me preparo para sair, empurro as pesadas portas de madeira e… Um som ressoa do fundo do edifício, eu sinto meus bolsos, é o meu telefone, eu voltei e o encontrei no chão, era um alarme, eu sorrio comigo mesmo, como poderia deixar o aparelho cair sem nem perceber? O fato me pareceu hilário por um momento, eu dei a volta e andei novamente em direção à porta, a madeira range, eu caio juntamente com um som seco de madeira se quebrando, e então um outro som, um estalo, diferente do som produzido pelo piso quebrado. Minha perna se prende, ao tentar tirá-la da vala eu acabo quebrando o piso ainda mais, finalmente solto minha perna. “E agora?” Eu penso comigo mesmo. É a primeira vez que quebro algo pertencente à igreja, não tenho ideia de como proceder…
o pano… mal sabia eu que, o que encontraria debaixo dele era uma terrível descoberta, por Deus ao remover o pano encontro um osso, grotesco e alongado, similar a um fêmur humano que havia sido estilhaçado quando caí em cima dele, mas que devido às proporções seria impossível pertencer a um homem. Eu me afasto rapidamente orando e então retorno e cubro o horrível e grotesco osso com o pano e coloco novamente a madeira em seu lugar, tentando de alguma maneira fixá-la Eu cheguei a pensar em ligar para um outro padre, mas não queria incomodar.. O alarme tocou, eu levantei, me vesti e fui até a igreja e, para a minha surpresa, o piso já tinha sido consertado, então escolhi me resignar no momento. O dia passou normalmente… até a noite chegar pelo menos, cheguei em casa depois de um longo dia, tomei um copo de água e lavei a louça, depois de ir para a cama, a casa ficou silenciosa, a não ser por um fraco ruído de água fluindo, talvez eu não tivesse fechado a torneira, me levantei e a fechei, forte daquela vez, apaguei as luzes e andei de volta para o meu quarto, mas então… as mesmas luzes que haviam sido apagadas, estavam agora acesas, bem na minha frente, imaginei que seria Deus querendo conversar, realmente existia alguém, ou algo tentando mostrar que ele estava lá também… na próxima noite escutei um canto suave, vindo de lugar nenhum, as luzes estavam acesas novamente… na outra noite escutei pássaros voando… e então ontem, acordei com marcas, como se meu corpo tivesse sido arranhado por gatos, várias e várias vezes… eu não tenho gatos. “Era um anjo… aquela criatura que estava escondida bem debaixo dos nossos pés, o tempo todo. Você acredita em mim?” Eu pergunto para a policial. “Por isso queimou a igreja?” Ela pergunta. “Sim, mas não funcionou.” “Você consegue sentir a presença dele?” Eu confirmo com a cabeça.
Ao observar o buraco eu notei, haviam pequenas “Onde ele está?” Ela pergunta. coisas esbranquiçadas, eu decidi olhar o que era, removi a madeira e seus fragmentos, encontro de“Aqui, atrás de mim.” baixo do piso um pano, que provavelmente deveria ser branco, mas obviamente seria impossível mantê-lo em sua cor original, retiro cuidadosamente Revue Cultive - Genève
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Cultive News Ana Júlia Palhano Anjos Negros Era uma vez um anjo Chamava-se George Floyd Morto por uma atitude anti humana de um policial Seu caso gerou uma enorme manifestação contra a injúria racial.
Maria Eduarda Paiva Gonçalves 1º lugar no Concurso de Redação do Batalhão Escolar com o tema “A paz no ambiente escolar é uma construção de todos”; Finalista no prêmio ASLAS de desenho e poesia 2017, na categoria poesia, com o poema “A folha de papel”; Participou da exposição de “Arte Poética” no CEMEB; Participou da Exposição Arte Poética , na faculdade UPIS, em parceria com as salas de recursos de Língua Portuguesa e artes Visuais; Participou do 2º Festival de Literatura e Arte, que teve como tema a Contextualização Literária e Artística; Aluna do Altas Habilidades desde 2017;
Anjo de Outono Nasceu do esforço terreno e divino A pureza pelo ar exalava O aroma era doce e sublime O olhar de longe cativava Uma mente sem barreiras Um universo paralelo Uma visão além do alcance Um sentimento sincero E como ocorre no outono Sua alma secou e caiu por inteiro Sempre em pequenas quantidades Até não reconhecer seu eu verdadeiro Deu-se conta da realidade Não pertencia mais ao paraíso Suas asas foram-lhe arrancadas Não era mais o céu e sim o piso Deixou pedaços de si por todo lado Não soube dizer onde se perdeu Apenas que um dia foi completa E aos próprios desejos se rendeu. M.E Paigo 160
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Era uma vez um anjo Chamava-se Miguel Sua vida custou 20 mil reais Seu caso gerou uma grande repercussão. Era uma vez um anjo Chamava-se João Pedro Foi baleado dentro de casa inesperadamente Seu caso foi reconhecido internacionalmente. Todos esses anjos eram negros, Quantos negros vão precisar virar anjos para o racismo acabar? Quantos brancos racistas não vão receber a punição que deveriam? Vamos lutar por uma sociedade que não exista a desigualdade racial! Anju
Cultive News Nicolas Brison quela mulher, ai sufocando entre tristezas e lágrimas, pois por mais que conversasse com o amigo Chagas não sabia sobre a vida precária vivida por ele, seu
CIDADE: São Mateus pensamento reportou-se na imagem de sofrimento ESTADO:Espírito Sanque ele trazia na alma, indagou para si mesma, o to porquê dele não falar sobre a vida que passava. A menina muito bonita e que pertencia a uma família nobre comparecia às aulas, muito bem trajada, e acompanhada ora pelo pai, ora pela mãe, achava que seu amigo tinha posses. Uma escola daquele nível no mínimo a renda familiar era muito boa, mas mal sabia que Muriel havia sido sorteado com uma bolsa de estudos. A mais um término do recreio, todos retornaram para as salas, mas ela perdida no mar da sua tristeza não conseguia tirar Maria e Muriel estudavam na escola Paraíso. Os o amigo do pensamento. dois eram muito amigos, esperavam com entusiasmo a hora do recreio, pois era o momento de ale- Ao encerramento de mais um dia de aula, seu pai gria para eles. Quando o sinal batia, cada um saía Luciano lhe esperava no carro, ela abraçou-o forte de sua sala com olhares deslumbrantes um para e com a voz sufocada pediu rodasse pelas ruas da o outro, era chegada a hora de colocar o papo em cidade. O pai achou muito estranho, mesmo assim dia. Ela, como boa amiga percebia a tristeza que ele atendeu aos pedidos da sua amada filha. No camintrazia na alma. O recreio era o momento de aliviar ho ela foi contando para o pai o que havia aconteciesse sentimento que pairava no semblante daquele do e silenciou-se. garoto. Em um determinado momento, bem distantes Mais uma vez soou o sinal do recreio, a menina ainda, avistou a figura daquele menino, peso em buscava com olhares preocupantes o amigo que já suas costas e cabisbaixo tentando vender mais um pouco de balas. Ela imediatamente solicitou ao pai não mais comparecia há alguns dias à escola. que parasse o carro, abriu a porta e saiu correndo No meio de tantas gritarias, corre-corre, pula-pu- em direção ao amigo, abraçou-o fortemente, e em la, gargalhadas da garotada, ela avistou a coorde- seguida pediu ao pai que ele e comprasse todas as nadora, rapidamente seguiu em direção da mesma balas. e questionou sobre seu amigo que por muitos dias Luciano, um senhor generoso, colocou-o em seu não vira mais no recreio. carro e levou-o em casa. Chocada com a realidade Ela respondeu para estudante, que já havia feito do amigo, solicitou ao pai que o ajudasse, pois Mucontato com a família de Muriel, mas que nada riel faltava às aulas para complementar as despesas adiantava, pois a escola já havia tomado todas as da família, mas aquele moço fez muito mais, deu à medidas cabíveis junto ao conselho tutelar para so- família de Muriel um lar digno e seu pai passou a lucionar a ausência do garoto na escola. Então, a ser um dos funcionários e Muriel como toda criancoordenadora relatou para menina que Muriel tin- ça, brincava, sorria e estudava, se dedicava tanto ha uma vida muito sofrida, a família morava em em seus estudos que era o aluno destaque da escola. um casebre, e ali viviam os pais e mais oito irmãos Mariane e Muriel esperavam com ansiedade mais menores que Muriel necessitava de trabalhar pelas uma vez o tocar do sinal, só que agora, o recreio ruas da cidade entre chuva e sol carregando pacotes era diferente, porque naquele garoto não havia de bala para vender e assim ajudar no sustento da mais tristeza, e sim contagiava e transmitia para casa. E contou que por alguns meses fez doações de sua grande amiga um ar de pura alegria e Magia. Ah! Estava esquecendo que a Mariana é aquela cestas básicas para a sua família. parte boa da sociedade, que transforma pedra em Mariana, a cada palavra que ia saindo da boca da- diamante.
“ A magia do recreio”.
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Cultive News Diana Monteiro
E não no futuro da nação.
CIDADE: São Mateus O anjo então perguntou: ESTADO: Espírito SanGostam de destruição? to Alguns responderam que sim E outros disseram que não.
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Todos concordaram Com essa indagação E o anjo ficou feliz, Pela sua reflexão. Então pra vocês eu digo, Dê sua contribuição, Se gosta do Meio Ambiente Pratique a preservação.
Ainda há esperança Certo dia me contaram Que um anjo visitou a terra Mas ficou indignado Com a fome e a guerra. Então disse para o povo: Parem de ignorância! Cuidem do seu Planeta, Pois ainda há esperança. Mas ninguém se importou, Continuaram a degradação, Então ele seguiu viagem Com tristeza no coração. Passou em todos os lugares, Só teve decepção! Olhava pra todo lado E só havia destruição. Aqui não foi diferente, Quan-do chegou ao Brasil, Ao visitar a Amazônia Muita tristeza sentiu! Estava tudo queimado, Máquinas pra todo lado, E pelo poder da ganância O homem foi hipnotizado. Acabaram com o Meio Ambiente, Os animais entraram em extinção Os homens pensando em dinheiro 162
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Lohany Geovana dos Santos Pereira .
Utopia poética Utopia poética Era uma vez um anjo Contratempo de um anjo de asas negras Entre a linha tênue do clarão Do céu e da terra Para os dois lados eu me jogo Pelo principio de ser letal ou imortal Tens tanto a escrever, mas nada a ser dito E eu digo o próprio inferno mora na esquina da alma Tem nome e até endereço Olha-se com inércia em busca de um apreço Mas se dê com calma que dessa vida tudo tem um preço Caio e me levanto Nesse caso, sempre me questiono Estou com pressa, então, tem desconto? Nesses dias que reclamam mais do que agradecem O vazio parece maior Olho dessa janela do céu, mas em meio a tantas multidões Ainda me sinto só O tempo grita, me assombra, mas hoje não me mata E o estranho é que a saudade literalmente dói no peito O mais profundo oceano também habita em águas rasas Se o céu é só um ponto de vista me diga quem cortou suas asas? As palavras são mal ditas e os atos equivocados Se empurro o sofrimento para fora Sou apunhalado pelas costas A consciência pesa, mas é o que te tira do chão
‘’Por favor, atenda minhas súplicas’’ Vocês clamam aos anjos Ainda embriagados pela imortalidade Eu sou casa, mas expulso vocês e abro a porta Do que adianta se estou morto e morro Em meio a tantas cartas e pedidos Me encontrem no habitual silêncio da estupidez Se eu salvo todo mundo, quem me salva quando estou na beira do abismo? Tudo que cai do céu é sinônimo de perfeição Se eu entrego na mão de vocês O que vem da terra, talvez, não toque o céu Mas assim como vocês tem dias que eu sento no banco do réu Choro como uma última despedida Mas sou um dos últimos rascunhos de poema escrito por mãos humanas É que assim como eu Sem auréola, harpa ou asas Eu tento te explicar que minha casa Não fica em algum lugar perdido no além Na verdade, fica em alguém. Athena.
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Cultive News Angélica de Carvalho Mourão
Enquanto a mulher dançava e girava, em sua mente, a sua irmã fazia o mesmo. Ele lembrava do doce sorriso dela. Quando usava aquele vestido brilhante, fazia dela um cisne. E do modo que ela ficava nas pontas dos dedos dos pés igual a uma bailarina. E as maquiagens que fazia em seu rosto para deixar com melhor visual.
Quanto mais aquela melodia tocava, a bailarina dançava e descia uma lágrima do seu rosto. Chegando ao fim daquela dança na qual a bailarina rodava e rodava, assim como a sua irmã. Isso fazia lembrar o que estava escondido no fundo de A última dança do cisne sua mente, o acidente grave que aconteceu com sua irmã, que partiu seu coração. E quando a moça parou de dançar, sua alma reconheceu que havia 14 de abril de 1980 era um dia espetacular. O Sen- um sentimento escondido e no último momento hor Bonfim esperou 20 anos para ver a tão famosa em que estava feliz de verdade foi quando sua irmã dança em um teatro e se sentou na última fileira. realizou a última dança do cisne. Seus olhos se reviraram quando viu muitas pessoas A melodia parou e a apresentação obteve vários bonitas e finas, ele ficava com dó de si mesmo. aplausos. Ao andar em direção a saída o homem Quando ele viu o jeito e personalidade de cada foi correndo em direção ao camarim, roubou as pessoa, gravava em sua mente os gestos o jeito de maquiagens e a roupa de um dos dançarinos e um empinar o rosto, as risadas grotescas que aquelas deles gritou: Pega ladrão!!! pessoas faziam. Elas olhavam para o homem que as imitavam ao ponto de ficarem irritadas e de sair na O senhor Bonfim saiu correndo o mais rápido possível até conseguiu despistar os seguranças. gritaria ou ignorar. Em meio a rua vestiu a roupa brilhante e colocou O espetáculo estava preste a começar, as pessoas as maquiagens. Ele saiu subindo a escada em um já estavam em seus lugares. De repente inicia a novo rumo de loucura. melodia de instrumentos musicais que tinha som Ele pegou um ônibus e gritou bem alto para doce , acalmava sua pobre alma em chamas. Havia todos os passageiros que estavam ali: uma mulher sentada ao seu lado com uma roupa brilhante no estilo de um cisne e percebendo que - Apresento a todos vocês a minha dança do aquele senhor estava tão ansioso perguntou: O senhor está bem? Ele olhou um pouco espantado cisne! Ela é um novo espetáculo da nova geração!!! e respondeu a moça: As pessoas riam daquele homem que encontrava a felicidade na sua própria loucura. E ele pegava o Aquela mulher sentada ao lado daquele homem se próximo ônibus e gritava a mesma coisa com um levantou e começou dançar balé indo em direção sorriso estampado no rosto. ao palco. O homem olhou para aquela dançarina e começou ver flashback de sua vida passada, lem- Até que ele desceu do ônibus, comprou flores e foi brou de sua irmã que dançava exatamente igual para hospital. Entrou no quarto onde estava sua aquela dançarina. Ele riu da ironia do destino e filha doente e disse; exclamou: -Minha florzinha,trouxe rosas para você e - O que eu fiz para merecer isso? A mulher sentada mais uma surpresa. Ela respondeu: na frente fez: -Pai o senhor está muito engraçado!!! Mas - Shiu! Estou sim.
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Cultive News o que o senhor trouxe de especial para mim? -Uma dança de um anjo que está lá no céu e que fez me lembrar do meu eu que tinha esquecido faz tempo. Aquele pai dançou a última dança do cisne de sua irmã para sua filha.
Cada dia mais o vírus se manifestava na população, e cada dia mais o hospital ficava lotado. Em um dia em que o hospital estava com muita gente, ela andava rapidamente em direção a um de seus pacientes, quando uma voz familiar e fina ecoou pelo corredor com seu nome, virou e era uma de suas parceiras, Rachel.
PETÚNIA!!! - exclamou ela sem fôlego. A notícia que lhe aguardava era a morte de um antigo e querido amigo que adquiriu a doença. A O Cotidiano De Uma Realidade postura de Petúnia caiu completamente, junto com (Sob o pseudônimo de Emma ) seu corpo aos prantos. Porém, por mais triste que seja a notícia, era o que ela esperava. Isso foi apenas o início, pois cada dia da semana de cada mês, as O sol radiante espalhava-se sua luz e calor pelas mortes aumentavam. velhas casas da vizinhança. E com o rangido de uma porta abrindo-se, sai uma mulher jovem com Petúnia chegara em casa exausta, porém feliz, pois cabelos pretos, e roupas inteiramente brancas; e apesar de tudo, nesse dia ela conseguiu tratar e segue caminhando em direção ao veículo que seria orientar muitos pacientes. O som do jornal que asseu carro. Leva suas mãos pequenas e com algu- sistia, fora totalmente interrompido por uma tosse mas rugas ao seu cabelo, e o balança um pouco na inesperada; ela passou muito mal naquela noite, frente de um pequeno espelho; liga o carro Emaae mas mesmo assim, no dia seguinte foi trabalhar segue em direção a uma grande construção, o hos- normalmente segurando todas suas dores. Com o pital. Chegando lá, é recebida por seus colegas, e passar dos dias ela foi ficando pior, porém ainda escuta por acidente algo sobre "vírus novo". Olha sim salvava muitas pessoas de encontrar a morte. de esguelha para tal pessoa, mas ele já tinha mudado o tema da sua conversa entediante. A mulher Em uma manhã, sua filha foi alegre até seu quarto não deu importância e seguiu como se não fosse para acordá-la como de costume, mas apenas o que nada, embora no fundo estivera preocupada. encontrou foi o corpo de Petúnia deitado no chão e uma posição desleixada com um telefone em suas Semanas e semanas se passaram, e não existia uma mãos, que aparentavam estar geladas. Estava moralma viva que não conhecesse a doença que se es- ta... Sua filha imediatamente entrou em pânico e palhou. A jovem mulher sendo uma médica, entra- ligou para uma ambulância. ra em desespero, porém mantinha sua postura de profissional. A cada vez que seus sapatos brancos e Seu enterro foi doloroso para bastante gente, e seus velhos entravam no hospital em que trabalhava um rostos inchados e cobertos de lágrimas junto com sentimento de tristeza a dominava; porque apesar pequenos ruídos que produziam preenchiam o cede estar acostumada a lidar com gente doente, mui- mitério naquele dia chuvoso. Se Petúnia pudesse se tas e muitas pessoas morrendo por tal vírus, ain- gabar de algo, é de que ela, mesmo morta, viveu da a afetava bastante; mas isso era uma coisa que como um anjo e conviveu com outros anjos que também lhe dava incentivo pra continuar com seu salvavam vidas, assim como ela. Sua sepultura fora trabalho de super heroína. Seu momento favorito gravada com um nome igual à de uma heroína; e do dia era estar em um caloroso e apertado abraço ela é grata por ter salvado vidas que poderão contar com sua filha depois que chegava em casa do tra- a história desse apocalipse que um dia viveram sem balho. Sempre tomou o máximo de cuidado pos- previsão de um fim que aliviasse as almas, mas com sível para não absorver a doença, e isso realmente a certeza que lutaram numa guerra perene. funcionou, pois nem ela e nem sua filha tinham quaisquer sinais. Mas isso, infelizmente, não era o Pseudônimo: Emma mesmo para outras pessoas. Revue Cultive - Genève
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Cultive News Alguns pela primeira vez estavam voando. Até que o sol nasceu, E a saudade de casa apareceu. Voltei para casa e em um piscar de olhos o anjo desapareceu, Ao meu lado havia um bilhete seu, Com uma única frase que dizia assim: “Não te esqueças de mim!”
Mary R. Gomes “Não te esqueças de mim!” Sonhei com um anjo vindo do céu,
Cobria o seu rosto com um lindo véu. Com asas brancas e auréola dourada, Ele me protege do escuro, é meu anjo da guarda. Vi várias estrelas voando um pouco acima do chão, Algumas tão perto que dava pra tocar com a mão. Tão lindas e brilhantes, Que se pareciam com diamantes. O anjo segurou a minha mão, Me tirando do chão. Fizemos várias viagens E olhamos as mais lindas paisagens
"Nem todos os anjos tem asas, sabia? As vezes eles só tem o dom de te fazer sorrir.” Nem todos os anjos tem asas, sabia? As vezes eles só tem o dom de te fazer sorrir. Quando a palavra «Anjo» vem na sua mente, a primeira coisa que você consegue pensar é em um ser puro, radiante e assistente de Deus.
Passamos por vários lugares, Cada um com suas particularidades. O meu preferido foi o mar, Tão lindo que faz qualquer um se apaixonar.
Eu já conheci um anjo e passei a acreditar que ela era o meu Anjo, quando ela me fez sorrir pela primeira vez, em anos.
Vi coisas ruins e boas, Feitas na natureza por pessoas. Tanto na terra quanto no mar, Essas ações nos ajudam ou vão nos prejudicar.
Um sorriso verdadeiro, uma felicidade inexplicável que eu nunca mais havia sentido. Uma sensação curiosa, e maluca... euforia.
Enquanto algumas pessoas queimam e desmatam, Machucam e maltratam. Outras protegem e cuidam, Amam e ajudam. Nós voamos por lugares deslumbrantes, Todos muito exuberantes. Alguns feitos pelo homem, outros pela natureza, Grandes obras de arte de extrema beleza. Até o arco-íris o anjo me levou, E várias histórias ele me contou. Ele me disse que o arco-íris era pintado Por anjos encarregados. Com os anjos, por um tempo fiquei brincando,
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Raphaela Eduarda de Oliveira
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Felicidade, curiosidade e admiração, foi um combo de sensações que explodiram em minha cabeça e me fizeram estar mais curiosa para saber: como ela havia feito aquilo comigo. Anjos são pessoas que lhe fazem bem, mesmo longe, você pode confiar com seus olhos fechados. O que você sente é algo inexplicável. Anjos são como almas gêmeas, que necessariamente não precisam ser pares românticos. Então, era uma vez um anjo que me salvou de mim mesma... ela me fez sorrir e descobrir que a melhor coisa era poder olhar para o céu limpo e apenas poder imaginá-la, sendo tão radiante lá, quanto é aqui. Era uma vez alguém que fez eu me sentir viva.
Cultive News Ela perdeu seu brilho, sua cor, virtudes e ternura, e com isso se tornou um mero mortal; como nós, humanos. Logo foi dispensada brutalmente da gaiola, porque não tiveram mais lucros sobre ela. Foi-se, então, fadada a vagar pela terra, sem amor, sem abrigo e sem direção. Pobre anjo, nem ao menos resistiu à vida, e logo foi pro lugar de onde veio, onde realmente era feliz. Jennifer de Souza Epifanio. Nasci na capital do Ceará, Fortaleza; atualmente resido em Tarumã, interior de São Paulo. Tenho 16 anos, e meu histórico como escritora iniciou-se aos 10, quando percebi minha facilidade em criar letras de músicas, e assim desenvolvi minha paixão por contos, composições musicais, poesias.
O Anjo como um pássaro Era uma vez um anjo, engaiolado como um pássaro e exposto como um animal de zoológico – porém, uma figura feminina - nua e enfeitada. Para alguns, celestial; para outros, aberração. Muitos olhares se voltavam para ela, como uma atração de circo. Seus joelhos ensanguentados, e pulsos feridos como quem não estava contente alí, e tentara fugir diversas vezes. Ela tentara pedir socorro; porém ninguém entendeu seu idioma. Falava uma língua jamais ouvida, o que dificultava suas súplicas. Anos se passavam, e sua pele, que antes era brilhante como o sol, desvanecia-se como cinzas; suas asas reluzentes se apagaram pouco a pouco, e seu olhar repleto de ternura deprimiu-se em solidão. Como pode haver tanta crueldade? Eles tentaram maquiar seu rosto triste com produtos caros de revistas, mas nada se compara ao seu antigo rosto, que refletia como fogo. O anjo foi perdendo suas asas, pouco a pouco. Não ficava à vontade, nu, como antes; pois perdera a inocência. Dói-me a alma, e o coração se aperta de angústia. As crueldades que fizeram à pobre criatura angelical. Machucaram-na, exploraram-na, abusaram dela e a torturaram em troca de uns minutos de atenção. Tão podre é a plateia quanto quem a escravizou... Revue Cultive - Genève
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Cultive News ouvindo músicas com fones no ouvido e não percebeu que uma bicicleta se aproximava. Foi quando, novamente, sentiu alguém puxando seu braço. Sim, era o mesmo garoto. Ela deu um belo sorriso por ele estar ali. Foi então que o garoto explicou: — Desculpe por sair correndo aquele dia, é que se eu não chegasse no horário o portão iria fechar e eu não conseguiria mais entrar em casa. A menina então lhe perguntou: — Por quê? Seus pais não poderiam abrir o portão para você entrar? Eles são muito rígidos? O garoto respondeu: — Bom… como te explico isso? É que na verdade não tenho pai e nem mãe, pois só tenho Sara Pamela Soares. Tenho 15 anos. Nasci em As- um que considero como pai. Ele me criou e por sisis-SP e moro em Tarumã-SP. O que mais gosto de nal é bem rígido com suas regras. Nesta casa moramos eu e alguns meninos. Considero como irmãos. fazer é ler e assistir a séries. Bem, mas a realidade é que um dia nunca mais iremos regressar à Terra, pois o nosso tempo terá A menina e seu protetor chegado ao fim. Era uma vez uma garotinha de 16 anos que estava A menina ficou um pouco intrigada, não tinha muito abalada emocionalmente, pois tinha acabaentendido muito. Novas perguntas haviam surgido do de perder seus pais em um acidente. Indo de volta para casa de sua tia, andando um pouco dis- em sua cabeça. Então falou: traída pelas ruas quase que foi atropelada, porém, — Olha não entendi muito, estou curiosa com antes do carro chegar perto, ela sente algo ou alguém puxando seu braço. E quando virou viu que a sua última frase. Você não vai mais voltar aqui quem havia puxado seu braço era um lindo garoto. para terra. O que quer dizer com isso? Eles se apresentaram e ficaram por um tempo caEle respondeu contando toda a verdade: minhando pelo parque que havia ali perto. — Bom, não sei se você percebeu, mas eu só apareço quando você está em perigo. Na verdade, Ela olhou para o mesmo e disse: — Poxa! É fui mandado do céu para ti proteger de todo o mal aqui na terra. No entanto, meu tempo aqui é curto. tão cedo e você já vai? É claro que a menina não acreditou. Riu, zom— Tenho que ir, sim. Pois onde eu moro há bando da resposta do garoto. regras bem específicas- respondeu o menino. Muito a contra gosto a garota se despediu Este se sentiu envergonhado, tão desolado ficou dele. O garoto então acenou com a mão e logo que foi embora sem olhar para trás. sumiu de seu campo de visão. A menina ficou lá, na praça, um misto de senEla, então, pegou o caminho da casa de sua timentos emaranhavam seu cérebro. tia. Quando a garota entrou na sala da casa de sua tia, percebeu que as rugas de preocupação se dissi- Será verdade? Já se dizia que há mais coisas entre o param. O que surgiu em seguida foi um sorriso de céu e a terra do que se pode imaginar. Se assim for: era uma vez um anjo... orelha a orelha. Como ficou tarde o garoto disse que ia embora.
Duas semanas se passaram e nada dela vê-lo novamente. Até que um dia ela estava no parque 168
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Cultive News Verônica e Muriel começaram a conversar e se encontrar frequentemente para brincarem juntas e conversarem. Muriel não tinha vergonha e nem preconceito contra Verônica; aliás, ela me achava linda e quase nunca tocava no assunto, como se aquilo não fosse um problema. Afinal, a amizade delas era bem mais que aparência. Verônica se sentia muito feliz e grata pelo carinho de Muriel, pois as pessoas da cidade, que viam a aparência dela, sempre olhavam-na com um olhar de repulsa ou pena. Ela nunca se sentiu amada a não ser pelos pais que faziam de tudo para vê-la bem... Flávia João Alves. Nasci em Vilhena-RO e, atual- E assim Verônica cresceu se encontrando sempre mente, moro em Tarumã-SP. Tenho 16 anos. Gosto com Muriel. A qual lhe mostrou o valor de uma muito de ler, escrever, desenhar e ouvir músicas. verdadeira amizade. Os gêneros literários que mais leio são de ficção, Um dia, quando estava jantando com os seus romance e drama. pais, sua mãe comentou sobre a única pessoa que conheceu e que teria a mesma doença que VerôniA amizade transformando vidas ca. Contou que era uma garotinha de outra cidade, bem distante dali. Verônica era uma garota com uma doença rara, a Xerodermia Pigmentosa, que causa grandes com- Como Verônica nunca tinha visto alguém como ela, plicações ao receber, por mínima que seja, uma quis encontrar, saber sobre a tal menina. Fez uma busca na internet e encontrou o contato dos pais da quantidade de sol. garota. Mais que depressa enviou uma mensagem, Assim, seus pais se mudaram para um chalé, no falando de seu problema igual ao da filha deles. E meio da floresta, para que quando crescesse pu- que gostaria de conhecê-los. desse passear na mata quando chegasse a noite.
O tempo passou. Verônica cresceu. Seus pais explicaram a ela sobre seu problema. Ciente de tudo, a menina adorava caminhar a noite, tendo a companhia da lua, árvores, flores... Porém, a solidão se fez companheira, começou a sentir falta de amigos. Certa noite, ao caminhar na floresta, como diariamente fazia, ouviu risadas. Resolveu ir à procura. Estava atenta, olhando para todos os lados, quando avistou uma linda menina de olhos azuis, sardenta, com cabelos levemente cacheados e ruivo. Nunca tinha visto tal beleza, mesmo com toda aquela natureza, nunca vira alguém igual. Então Verônica indagou: — Quem é você, e o que faz pela floresta sozinha? A menina sorrindo disse:
A resposta veio três dias depois. "Olá, Verônica. Nossa filha, Muriely infelizmente não sobreviveu. Um dia nos distraímos e ela se expôs ao sol. Acabou sendo fatal. Mandarei uma foto para que você a conheça... Sinto por não terem tido a chance de serem amigas!" E logo em seguida uma foto de Muriely sorrindo, os olhos azuis como o mar, o cabelo levemente cacheado que dava um toque específico a alguém que já tinha conhecido. Foi quando Verônica sentiu seu coração quase saindo pela boca. Só podia ser um engano! Não era possível que Muriel e Muriely fossem a mesma pessoa! Afinal, Muriely morava a quilômetros de distância e faleceu ainda criança. Ainda com o coração acelerado, se deu conta que Muriel era um anjo e que viera para confortar e mostrar que a amizade vale mais que qualquer aparência.
— Meu nome é Muriel, moro aqui perto e sempre venho caminhar para admirar a natureza! Revue Cultive - Genève
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Cultive News Guilherme Alencar da Silva Tenho 16 anos, escrevo desde os 10 e já participei de concursos de escrita, dos quais vale destacar o I Prêmio de desenhos e poesias da Academia Samambaiense de Letras e o Concurso Nacional Novos Poetas/Prêmio Sarau Brasil da Editora Vivara que resultaram em livros em que meus textos foram publicados. Faço parte do Atendimento Educacional Especializado em Altas Habilidades/Superdotação do Distrito Federal desde 2015. Atualmente, publico meus textos autorais em minha página de escrita no Instagram.
Giovana Renzi da Silva
Tenho 16 anos, nasci em Assis-SP e moro em Ta- Rebobino rumã-SP. Amo passar o tempo com minha família e amigos. Meu passatempo predileto é jogar vôlei. Era uma vez um anjo Por isso digo Sempre ao nosso lado Que bela criatura Que airosidade Quando pequenos temos dificuldades Era uma vez esse ser Para aprender a ler, resolver contas, a Um ser inebriante Damos trabalho, por causa da idade Impossível conceber Sempre há alguém a nos proteger. Tamanha graça A cada conquista aplaudem Fazem com que nos sintamos Importantes, realizados O sorriso brota no rosto. Cada uma dessas pessoas deixa um legado. Um gesto, uma palavra Que nos fazem refletir, Aprender, valorizar. São os familiares, amigos, professores... Os pequenos e grandes amigos Os anjos que muitas vezes nem notamos, Mas estão sempre ao nosso lado.
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Cultive News em quem eu posso confiar. Ele veio quando eu mais precisava, quando não tinha ninguém disposto a me ajudar, a me confortar, a me entender, me ajudou, sem querer recompensa, e sem me conhecer. Foi um anjo, que atravessou o meu caminho, que me enxergou no meio de tantas pessoas, que me proporcionou uma história, Uma oportunidade única de recomeçar do zero.
MIRCHELINE MARIA DE SANTANA Empatia em Tempos de Pandemia Tem momentos em que eu só preciso de alguém, que tenha solidariedade pelo meus dias difíceis, para sentir que tudo vai ficar bem, que os dias vão voltar a ser como eram antes, que vamos voltar a ter um motivo para sorrir. Em outros dias, eu só quero que respeitem a minha solidão, permitir ter a liberdade, para viver os meus dias sombrios, de ter empatia, ou de me sentir impotente diante dos que sofrem. São dias de pavor, medo que os números aumentem, de mais uma família a dilacerar. Nós tivemos que mudar, nos moldarmos, nos adaptarmos, pensarmos no coletivo. São, também, ainda mais difíceis para nós, que vivemos em uma pandemia constante: temos que conviver com a desigualdade social, o descaso, o preconceito e o racismo, que nunca têm fim. Aprendemos, desde cedo, o significado de resiliência. Ele veio, me protegeu, me deu colo, respeitou o meu espaço, meu tempo e me deu a esperança de que ainda existem pessoas boas, Revue Cultive - Genève
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Cultive News Bernardo Vieira de Almeida Tenho 11 anos e faço o 6º ano do Ensino Fundamental. Participo da sala de Altas Habilidades de Língua Portuguesa, que é um projeto da rede pública do Distrito Federal para alunos com altas habilidades e superdotação. Faço aulas de Inglês, Futebol e Natação. No Futebol já participei de campeonatos e tenho uma medalha de bronze. Na natação já consegui 20 medalhas de campeonatos que participei desde que eu tinha 6 anos. Ganhei medalha de ouro na olimpíada de Robótica no ano de 2018 e 2019. Sempre tiro boas notas na escola e sou aluno destaque nas matérias. Gosto de fazer origami e jogar no meu Xbox e minha matéria preferida é Matemática. Moro com minha mãe em Brasília e sou muito feliz. Um anjo em nossas vidas Era uma vez, no ano de 2009, eu ainda era um bebê e acompanhava minha mãe em todos os lugares que ela ia. Naquele dia do mês de outubro, ela resolveu ir ao shopping comprar umas roupas para mim. Chegamos lá por volta de 11h, o shopping já estava lotado, mas mesmo assim, minha mãe conseguiu uma vaga no estacionamento aberto, na porta do shopping. Naquela época tínhamos um Fox preto, minha cadeirinha de bebê ficava no banco de trás. Foi um passeio muito agradável, ficava feliz a cada afago que recebia de minha mãe, ela sempre tão cuidadosa e carinhosa comigo. Divertimos tanto que como dizia minha mãe “minha barriguinha chegava balançar de tantas risadas”. Minha mãe aproveitou para comprar um presente para minha avó, pois no outro dia iríamos viajar para a casa dela no interior de Goiás. Saímos do shopping aproximadamente às 15h, o sol estava muito quente, minha mãe caminhou em direção ao carro, comigo no seu braço direito e as sacolas no outro. Ao aproximarmos do carro, senti que minha mãe ficou tensa e falou baixinho: _ Tem um homem parado na frente do nosso carro. 172
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Mesmo sem poder falar, pois ainda era um bebê, me agarrei a ela, como se fosse protegê-la. Quando chegamos ao carro, nos deparamos com um homem alto, claro, com uma camisa branca e com as bochechas rosadas, que acredito ser daquele sol. Ele olhou para minha mãe, apontou para o pneu da frente do nosso carro e disse apenas duas palavras: _ Vai estourar. Sairíamos para viajar no outro dia, o mecânico ficou abismado de ver a situação em que se encontrava apenas aquele pneu. Há exatamente 11 anos, eu e minha mãe rezamos todos os dias para aquele anjo, que veio para nos livrar de um acidente, pois somente um anjo ficaria num sol daqueles para nos avisar do que poderia acontecer.
Cultive News Laura Librelotto Vasconcellos, O Anjo do Assoalho A sala é fechada, tem concreto por todos os lados. “Pode me contar sua história, Padre?” A policial me pergunta. Após me tornar padre posso ter me esquecido do amor de Deus, talvez essa seja a razão por trás de tudo que me aconteceu, mas de uma coisa tenho certeza… eu me lembro daquele dia, e certamente, nada que direi é mentira... Eu andava em direção à porta da igreja, era verão, o dia havia acabado, o lugar estava vazio, o piso de madeira rangia a cada passo, é claro que já havia me acostumado, a igreja era antiga afinal. Eu me preparo para sair, empurro as pesadas portas de madeira e… Um som ressoa do fundo do edifício, eu sinto meus bolsos, é o meu telefone, eu voltei e o encontrei no chão, era um alarme, eu sorrio comigo mesmo, como poderia deixar o aparelho cair sem nem perceber? O fato me pareceu hilário por um momento, eu dei a volta e andei novamente em direção à porta, a madeira range, eu caio juntamente com um som seco de madeira se quebrando, e então um ou-tro som, um estalo, diferente do som produzido pelo piso quebrado. Minha perna se prende, ao tentar tirá-la da vala eu acabo quebrando o piso ainda mais, finalmente solto minha perna. “E agora?” Eu penso comigo mesmo.
grotesco osso com o pano e coloco novamente a madeira em seu lugar, tentando de alguma maneira fixá-la Eu cheguei a pensar em ligar para um outro pa-dre, mas não queria incomodar.. O alarme tocou, eu levantei, me vesti e fui até a igreja e, para a minha surpresa, o piso já tinha sido consertado, então escolhi me resignar no momento. O dia passou normalmente… até a noite chegar pelo menos, cheguei em casa depois de um longo dia, tomei um copo de água e lavei a louça, depois de ir para a cama, a casa ficou silenciosa, a não ser por um fraco ruído de água fluindo, talvez eu não tivesse fechado a torneira, me levantei e a fechei, forte daquela vez, apaguei as luzes e andei de volta para o meu quarto, mas então… as mesmas luzes que haviam sido apagadas, estavam agora acesas, bem na minha frente, imaginei que seria Deus querendo conversar, realmente existia alguém, ou algo tentando mostrar que ele estava lá também… na próxima noite escutei um canto suave, vindo de lugar nenhum, as luzes estavam acesas nova-mente… na outra noite escutei pássaros voando… e então ontem, acordei com marcas, como se meu corpo tivesse sido arranhado por gatos, várias e várias vezes… eu não tenho gatos. “Era um anjo… aquela criatura que estava escondida bem debaixo dos nossos pés, o tempo todo. Você acredita em mim?” Eu pergunto para a policial. “Por isso queimou a igreja?” Ela pergunta. “Sim, mas não funcionou.” Eu respondo.
É a primeira vez que quebro algo pertencente à “Você consegue sentir a presença dele?” igreja, não tenho ideia de como proce-der… Eu confirmo com a cabeça. Ao observar o buraco eu notei, haviam pequenas coisas esbranquiçadas, eu decidi olhar o que era, “Onde ele está?” Ela pergunta. removi a madeira e seus fragmentos, encontro debaixo do piso um pano, que prova-velmente deve- “Aqui, atrás de mim.” ria ser branco, mas obviamente seria impossível mantê-lo em sua cor original, retiro cuidadosamente o pano… mal sabia eu que, o que encontraria debaixo dele era uma terrí-vel descoberta, por Deus… ao remover o pano encontro um osso, grotesco e alongado, similar a um fêmur humano que havia sido estilhaçado quando caí em cima dele, mas que devido às proporções seria impossível pertencer a um homem. Eu me afasto rapidamente orando… e en-tão retorno e cubro o horrível e Revue Cultive - Genève
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Cultive News Débora de Souza
SUNMI - Maria Gabriela Brensis
Anjos entre Nós
Anjos sem Asas Era uma vez um anjo, mas daqueles sem asa Um anjo da guarda que sempre cuida de você Que sempre está do seu lado te ajudando. Era uma vez um anjo de um coração puro e bondoso, aquela pessoa que realmente é um anjo na sua vida, pois só quer seu bem. Era uma vez um anjo, que às vezes pode ser um amigo, um irmão ou até mesmo os próprios pais, eles são os verdadeiros anjos em nossas vidas. Era uma vez um anjo, que nos deu força e nos botou pra cima nos nossos piores momentos e nos nossos piores dias.
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Hoje acordei com uma dúvida, Seria possível um anjo na terra? Acho que não apenas um, mas um exército deles, Vestidos de brancos, em todos os cantos. Esses Anjos são os profissionais da saúde, Que saem todos os dias de casa, se expondo aos perigos, Com o objetivo de combater o inimigo, Muitas vezes invisível. Médicos são como guardiões, Todos os dias travam batalhas contra a morte, Mesmo cansados e cercados de dificuldades, Persistem em busca da Vitória, salvar Vidas. Precisamos ser gratos ao empenho deles, Recebê-los com flores, músicas e muita gratidão, O que seria de nós sem eles? São verdadeiros Anjos que cumprem sua missão. Sunmi
Cultive News Sou uma aluna da Altas Habilidades, participei dançava e descia uma lágrima do seu rosto. Chede eventos como: Feira literária e apresentação na gando ao fim daquela dança na qual a bailarina UPIS. ESTADO: Distrito Federal - PAÍS - Brasil rodava e rodava, assim como a sua irmã. Isso fazia lembrar o que estava escondido no fundo de sua mente, o acidente grave que aconteceu com A última dança do cisne sua irmã, que partiu seu coração. E quando a moça Saturno parou de dançar, sua alma reconheceu que havia 14 de abril de 1980 era um dia espetacular. O Sen- um sentimento escondido e no último momento hor Bonfim esperou 20 anos para ver a tão famosa em que estava feliz de verdade foi quando sua irmã dança em um teatro e se sentou na última fileira. realizou a última dança do cisne. Seus olhos se reviraram quando viu muitas pessoas A melodia parou e a apresentação obteve vários bonitas e finas, ele ficava com dó de si mesmo. aplausos. Ao andar em direção a saída o homem Quando ele viu o jeito e personalidade de cada foi correndo em direção ao camarim, roubou as pessoa, gravava em sua mente os gestos o jeito de maquiagens e a roupa de um dos dançarinos e um empinar o rosto, as risadas grotescas que aquelas deles gritou: pessoas faziam. Elas olhavam para o homem que as imitavam ao ponto de ficarem irritadas e de sair na gritaria ou ignorar.
- Pega ladrão!!!
O senhor Bonfim saiu correndo o mais rápido O espetáculo estava preste a começar, as pessoas possível até conseguiu despistar os seguranças. já estavam em seus lugares. De repente inicia a Em meio a rua vestiu a roupa brilhante e colocou melodia de instrumentos musicais que tinha som as maquiagens. Ele saiu subindo a escada em um doce , acalmava sua pobre alma em chamas. Havia novo rumo de loucura. uma mulher sentada ao seu lado com uma roupa brilhante no estilo de um cisne e percebendo que Ele pegou um ônibus e gritou bem alto para todos os passageiros que estavam ali: aquele senhor estava tão ansioso perguntou: O senhor está bem? Ele olhou um pouco espantado -Apresento a todos vocês a minha dança do cisne! e respondeu a moça: Ela é um novo espetáculo da nova geração!!! - Estou sim. Aquela mulher sentada ao lado daquele homem se levantou e começou dançar balé indo em direção ao palco. O homem olhou para aquela dançarina e começou ver flashback de sua vida passada, lembrou de sua irmã que dançava exatamente igual aquela dançarina. Ele riu da ironia do destino e exclamou: - O que eu fiz para merecer isso? A mulher sentada na frente fez: - Shiu! Enquanto a mulher dançava e girava, em sua mente a sua irmã fazia o mesmo. Ele lembrava do doce sorriso dela. Quando usava aquele vestido brilhante, fazia dela um cisne. E do modo que ela ficava nas pontas dos dedos dos pés igual a uma bailarina. E as maquiagens que fazia em seu rosto para deixar com melhor visual.
As pessoas riam daquele homem que encontrava a felicidade na sua própria loucura. E ele pegava o próximo ônibus e gritava a mesma coisa com um sorriso estampado no rosto. Até que ele desceu do ônibus, comprou flores e foi para hospital. Entrou no quarto onde estava sua filha doente e disse; - Minha florzinha,trouxe rosas para você e mais uma surpresa. Ela respondeu: - Pai o senhor está muito engraçado!!! Mas o que o senhor trouxe de especial para mim? - Uma dança de um anjo que está lá no céu e que fez me lembrar do meu eu que tinha esquecido faz tempo. Aquele pai dançou a última dança do cisne de sua irmã para sua filha.
Quanto mais aquela melodia tocava, a bailarina Revue Cultive - Genève
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Cultive News Daniel de Aquino
Beatriz de Carvalho
O anjo ladrão Eram dias de escuridão Em que o céu vestiu-se cinza E as estrelas eram doce lembrança Da utopia que era a alegria Enquanto a sanidade se perdia De minha pobre mente cansada A alma ficava vazia E de mim, a vida desistia De repente Surge um anjo Que poderoso iluminou Meu mundo perigoso Ó que alegria me trouxe O anjo que mudou minha vida Me cativou com sua pureza Seu amor, sua divina sutileza Ó cruel anjo perfeito Que me tirou da triste solidão Mas me fez pagar o preço Ao roubar meu coração. Dante DiHollanda
Simplesmente só Era uma vez um anjo na vidraça Que estava como a águia a me observar Me perguntava, por que não paras de chorar? Era uma vez um anjo no bosque Que corria sem parar E não parava de me olhar Era uma vez um anjo que corria atrás da amada Procurava em cada canto da terra Entre a multidão o rosto dela Era uma vez um anjo que procurava sua donzela No sussurro da voz, seu nome clamava E como raio de luz, feliz a encontrava Era uma vez um anjo que apareceu Aliviado, suspirava Pois aquela que com ele sempre estava Ela era o próprio anjo, a amada, a donzela. Autora: Beatriz de Carvalho dos Santos - 13 anos Professora: Rafaela Inez Farias dos Santos Escola Básica Municipal Vila Santana- Santo Amaro da Impreatriz
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Cultive News Milena Barbosa Distrito Federal Era uma vez uma guerreira
que fez foi ver seus filhos, e depois voltou para as ruas de São Paulo atrás de um emprego, sabia que algo de bom iria acontecer naquele dia. Entrou em uma loja de maquiagem, foi como se um anjo tivesse lhe guiado até ali e perguntou se tinha alguma vaga livre, para sua sorte a resposta foi um sim, nunca tinha ficado tão feliz desde que essa pandemia começou. Eles falaram que tinham uma vaga para caixa, ela sem pensar já aceitou, foi contratada e já iria trabalhar no dia seguinte. Um mês depois estava com sua própria casa, com seus filhos na escola, estava como se nada tivesse acontecido, passar fome a transformou em uma mulher mais trabalhadora, confiante, sonhadora, começou a ter mais fé, com dois filhos ela conseguiu fazer o possível e o impossível.
Era uma mulher forte e guerreira, que lutava todos os dias contra a fome junto de seus filhos, desde que essa pandemia começou a sua vida virou de ponta cabeça, ela era uma mulher trabalhadora e bem sucedida, tentava dar sempre tudo do bom e do melhor para seus filhos, até que infelizmente ela ficou desempregada, entrou em desespero, ficou pensando como iria sustentar seus dois filhos sozinha, pois não podia contar com ajuda do pai deles, pois ele já tinha falecido, uma semana depois, ela teve que se despedir de seus funcionários, pois não conseguiria continuar pagando-os. Falou para todos, que sempre acreditou que seu anjo da guarda estava protegendo-a desde do íniEla saiu de casa para procurar um emprego, mas cio desta turbulência. infelizmente não conseguiu encontrar nada, então voltou para sua casa mas quando chegou lá não teve seudônimo: Diana a Mulher Maravilha uma notícia muito agradável, estava colado em sua porta um bilhete escrito que se ela não pagasse as dívidas da casa infelizmente não poderia continuar morando ali, ela juntou as suas coisas, pegou seus filhos e saiu andando desnorteada pensando para onde poderia ir, então pensou em ir para a casa de sua mãe. Triste e chorando bateu a porta de sua mãe, pedindo ajuda e falando que não tinha para onde ir, sua mãe os deixou ficar lá por um tempo. Um mês depois, ela ainda não tinha conseguido nenhum emprego,saiu andando pelas ruas de São Paulo atrás de algo que poderia ajudá-la a sustentar seus filhos, mas infelizmente não teve nenhum resultado. Não teve como evitar o contato com as pessoas, uma delas estava com coronavírus,e acabou a infectando, 15 dias depois ela começou a perder o paladar e o olfato. Isso começou a deixar todos preocupados, pois já estavam imaginando que poderia estar com coronavírus, ela foi imediatamente ao médico e fez o teste rápido e o resultado deu positivo. Ela teve que ficar internada pois seu pulmão já estava muito comprometido, não queria que seus filhos a vissem assim, então não os contou nada, ela passou uma semana internada, sem ver seus filhos e sem ver sua mãe. Esse tempo internada fez muito bem a ela, pois tirou esse tempo para ver como sua vida estava turbulenta e que queria dar um basta nisso. Quando saiu do hospital a primeira coisa Revue Cultive - Genève
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Cultive News Sophia Monhães de Oliveira Ladislau
Uma vida sem eternidade feliz Uma morte sem sorte de homem vis
Sou estudante da rede pública desde sempre, ao todo foram seis escolas. Já participei de muitos concursos de redação, a maioria pessoais e um online aonde fiquei em segundo lugar. Faço aulas de inglês e espanhol, também pela rede pública.
Confiei em anjo cruel Na ruindade da palavra, não da prática Errei a linguagem fática Almejei o céu
Minha boca lhe chega como um aviso Enganado pelo anjo prejuízo Descobri minha paixão pela escrita quando entrei Conta a história de um alma perdida no Altas Habilidades (um programa do governo Que gastou a vida brasileiro que visa dar oficinas para crianças e ado- Visando o paraíso lescentes com um certo talento.). Ele me ajudou muito em diversos quesitos, e acredito que esse aprimoramento na escrita é de extrema importância para meu futuro pessoal e acadêmico. Participo Igor Tadashi Osanai Miamoto do Altas Habilidades desde 2016, quando cursava o 6º ano do ensino fundamental. Acredito que a premiação será uma ótima forma de disseminar meu trabalho com as palavras e também algo a mais em Anjos da Vida Real meu currículo. Há anjos na vida real, Não aqueles que possuem asas, seres celestiais, Anjos que impulsionam os vis Mas sim como nós, pessoas normais. Aqui venho minha história contar É aquele que sacia a fome dos famintos, Eu, o homem chamado de Zé É o professor que ensina, Que caiu nas armadilhas de um ser mane É o policial, o bombeiro, que se arriscam para o E agora no inferno estou a morar próximo proteger. De nome Manuel São aqueles que, mesmo com a Pandemia, Ah mim entregou o véu Trabalham para termos alimentos em nosso lar, Embotou minha visão São os médicos e enfermeiros, que se esforçam Mexeu com minha decisão para vidas salvar. Chamou-me de herói Anjo é aquele que protege o desamparado e auIntitulou-me de prometido xilia o necessitado, Mas estava mais para convencido Que a eles possamos ter gratidão, Pelas más intenções que o “anjo” constrói Que Deus continue a abençoar, Estes, que estão sempre prontos para o próximo “Pegue o idealista!” disse Manuel ajudar. Virei réu Mas a preocupação tava longe de mim “Sushi” Os céus me prometiam curumins Privou-me de beijos Faz-me rezar por conta de recompensas Converteu-me em privados desejos Cumpri minhas penitências O que me foi dado? A honra de ao inferno ser condenado 178
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Dercílio Santana Júnior Seríamos todos Anjos? Me perguntei inúmeras vezes Se na minha vida existia algum Anjo Estaria ele na minha frente? Ou seria tudo meio incoerente? E se um Anjo fosse a criança Que ajuda a senhora a atravessar a rua? Ou até mesmo quem ajudou o mendigo Quando ele passou por uma situação de perigo? Talvez, o Anjo tivesse cabelos grisalhos Cozinhasse de uma maneira formidável Com histórias da vida para contar E um abraço que demonstrasse o que é amar. E se os Anjos fossem os médicos ou enfermeiros? Que ajudam todos, por maior que seja o desespero E se eles fossem nossos pais? Que em nossas vidas são essenciais.
: Maria Fernanda De Jesus Maciel Título: A Luz Da Lua Tinha um sorriso radiante Uma pele macia e delicada Enquanto caminhava na beira da praia Uma leve brisa balançava sua saia Ela chamava muito a atenção Era bondosa com os animais E tinha um bom coração Ela se chamava Lua Mas amava o pôr do sol Ainda sinto a presença dela Mas o que ficou, foram saudades E as cartas que me enviava Isso é para o meu querido, anjo da guarda.
E se o Anjo fosse um menino? Que tinha um sorriso lindo, um jeito querido, que todos queriam por perto Com um coração enorme, onde o amor era espalhado Que deixou saudades, quando Deus o quis ao seu lado. Eu cheguei à conclusão Que todos eles eram Anjos e que somos também Em algum lugar do mundo E na vida de alguém. Ser Anjo é doar abraços ou um ombro amigo Compartilhar sorrisos Ser Anjo é confortar o coração Daqueles que estão longe, através de uma oração. Revue Cultive - Genève
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Evylin Pezzi Mesquita
Karoline De Bona Beckhauser
Título: Essência perdida Aquela menina brincalhona não existia mais, Não brincava mais de bicicleta, bola e boneca, Estava com olhar diferente e andar sem igual, Ninguém entendia o que aconteceu com aquela A sutileza do entendimento menina De simpatia e alegria excepcional. Irremediavelmente acordei tarde naquele dia, Chovia, penso Se ao menos conversasse com seus pais e colegas; Mirando aquela imagem em memória, suspiro Em vez disso evitava as conversas mais sinceras, Era uma vez um anjo Dizia estar tudo bem e que a mudança era ne- Realidade não condizente a único momento, cessária, Pois permanecera este, como quem finda constanMas quem a olhava dizia que sua essência estava temente mudada. Por vezes o sinto, diria que choro Mas não o faço visivelmente Cansada de fingir, um belo dia decidiu contar Estás consciente da tua beleza? Que a menina tinha morrido, quando tiraram a Mãos que me acolhem na eterna tempestade em pureza do seu lugar; que vivo Ninguém acreditou no que ela contou, Nuvens que choram o que meus olhos cansados Pensaram que só poderia ser algo inventado. não são capazes Há tempos em que sou pó em estante de livros inaDiziam que era impossível cabados aquele que mais a amava a ter machucado. O era na calçada de casa ouvindo o que minha mãe Calaram sua voz, mais uma vez, tinha a dizer Acusaram a menina de o ter provocado Não te equivocas muito, talvez, mas não te preocupes E a culpa foi da vítima outra vez, Digo que a beleza não é visível, pois mora no gesto Mais um anjo ferido e traumatizado, Aproxima-te de mim para que eu pense que existo Sem ajuda do sistema que mentiu Mas já te vais, tão cedo quando disse que iria ficar do seu lado. Antes, olha-me com esses olhos de quem entende Me encontro, me perco Encontro e perco tudo constantemente A imagem do anjo fixa em minhas pálpebras Não o entendo, nunca entendi nada disso.
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Cultive News Título: Era um anjo, apenas um anjo... Gênero: Poesia Pseudônimo: Anjo do Vento Idade: 18 Anos Sexo: M
Laura Martins Felicio
Era um anjo, apenas um anjo Cantarolava as madrugadas Com a melancolia de um canto. Que anjo era esse Ele era de carne E invisível às vezes Era um anjo, apenas um anjo Que vagava pelas madrugadas Cantarolando um canto. Um canto que ressoava Feito a chuva da madrugada Entretendo as crianças Com brincadeiras e risadas. Seria ele um anjo Ou apenas um canto Seria ele real Ou apenas imaterial. Esse canto era essencial Tinha nele a harmonia De um ser irreal. Um ser irreal Que possuía a alegria De um bem real
A Mina de Carvão (Fato verídico) Meu pai foi mineiro, mineiro de coração, trabalhava o dia inteiro, nas minas de carvão. Aqui na cidade de Criciúma mineiro tem muito que contar, são história reais e sofridas que, às vezes, dá vontade de chorar. Ele conta com muita tristeza a salvação que Deus lhe deu no dia do meu nascimento, pois muita gente morreu. Ele faltou ao trabalho porque sua filha nasceu e durante o meu parto, uma tragédia aconteceu, a mina em que ele trabalhava explodiu num fatal acidente. Ele disse que eu sou um Anjo que Deus lhe deu de presente!
Um anjo que vagava Pela calada da madrugada Em seus olhos haviam lágrimas De um ser que lamentava. Lamentava a sua existência Que era tão questionada Podendo ser considerada Apenas uma alma que vagava.
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Cultive News Thális Dutra Leandro
Nome: Vitor Luiz
Enviada de Deus.(Caso verídico) Essa história tem a ver com uma menina angelical... Desde antes de nascer, já a consideravam especial! Foi constatada na gestação, uma grande anomalia para desespero desse irmão, e de toda a sua família! Esse cisto cerebral, que se aloja no consciente, trouxe-lhe uma vida normal, cresceu uma menina inteligente! Vou contar como se chama: Seu nome é Thaila Manoela... Uma Anja sem asa que a gente ama, menina doce, guerreira e singela!
Anjo Protetor Minha vida começou com Um anjo de verdade que Me amava e me beijava. Por uma tragédia da vida Você ficou um anjo que Me protege e me guarda. Agora só ficou a saudade De seus olhos, de teus lábios, De seu jeito de amar. Mais você é a pessoa Que eu amava e amo Em cada lugar que eu for, você está. Minha vida mudou, mas estou bem, porque você ficou Um anjo que está sempre a Cuidar, a olhar e me proteger. Só ficou a saudade da vida Que nós tínhamos, era muito bom Estar com você, conversar. Você é meu anjo protetor.
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Pedro Henrique Zemke Torres
Anjos, quem são? Nossos Anjos… Nem sempre perfeitos, Mas o bom coração, É seu principal efeito. São nossos amigos, Querem sempre nos ajudar, Os Anjos do céu têm seus Instrumentos: Harpas e cítaras Sons de louvar...
Cultive News Yasmim Weber
Anjos que nos orientam Eu irritada de manhã com a minha mãe, Que falava como se eu fosse criança: Não fale com estranhos depois da escola, O professor toca no assunto, não dou bola Em frente à escola estávamos conversando, Para um carro preto com um homem dentro, Conversamos, quase fui com ele até o centro
Na terra podem vir como pessoas, Para nos orientar e muito cuidar, Ninguém vem à toa...
Meu colega aparece e faz um convite, Com dúvidas aceitei a oferta do amigo, Ele diz: estranhos assim são inimigos...
Você sempre tem consigo Um bom Anjo também, Talvez o professor, familiar ou amigo...
Mais tarde tranquila descanso, Logo com um Anjo comecei a sonhar, Disse-me que fiz o certo de não entrar, A TV traz a notícia do bandido nada mais...
Podemos ser o Anjo de alguém Estar por perto, zelar, cuidar, E assim aprender a amar…
Ouça seus bons amigos e familiares Para que nada de ruim venha a acontecer, “Ouça os anjos” eles vêm nos proteger…
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Cultive News Noemi Santos Conceição
Larissa dos Santos Pereira
Anjos Invisíveis Anjos Sem Asas Era um dia de sol claro Um dia extraordinário Estava o anjo a chorar Detrás de árvore Para ninguém o enxergar O dia era lindo O anjo, não conseguiu enxergá-lo O anjo voltou ao princípio Aonde sua tristeza teve início Ali ele não enxergou amor Somente lamento e dor Seus ouvidos estouravam Seus olhos lacrimejavam Por que chorar? Por que não dançar? Por que seu espírito... Estava machucado! Ele havia muito lutado Sem saber que ia ser derrotado Decidiu mudar Deixou suas lágrimas Foi até um penhasco E voltou para seu verdadeiro lar
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Alguns na terra, outros no céu, Alguns invisíveis, e outros com véu. Alguns vieram a terra, Outros nem se desenvolveram. Mães apavoradas, E outras nem estão preocupadas. Um anjinho não pode ser culpado, Por erros do passado. Tem gente que espera tanto, E tem gente que despreza em prantos, Tem gente que não pode E tem gente que sacode. A maior tristeza é abandonar, Ou abortar, Penso que quem faz, Tem que o dever de criar. Imagine comigo, Um anjo ser desmanchado, Ou de sua mãe ser retirado, Isso é um verdadeiro pecado. Ah aborto espontâneo, Devido à má formação, Quando se descobre cedo.
Cultive News Mikaely Coelho Rocha Maria Fernanda De Jesus Maciel
A Luz Da Lua Um anjo, agora de carne, outrora de espírito... Tinha um sorriso radiante Uma pele macia e delicada Enquanto caminhava na beira da praia Uma leve brisa balançava sua saia Ela chamava muito a atenção Era bondosa com os animais E tinha um bom coração Ela se chamava Lua Mas amava o pôr do sol Ainda sinto a presença dela Mas o que ficou, foram saudades E as cartas que me enviava Isso é para o meu querido, anjo da guarda.
Andar pelas ruas das cidades... Um sonho! Ser invisível... Um prazer! Ambos tão afável tal como o amanhecer. É sempre nessas indecisões que me prendo. Um ser normal sempre foi o que quis ser mas, abrir mão do que posso ser e fazer, é doloroso. Há muitos já pude ajudar, Uma dama eu pude salvar, um cavalheiro enfrentar Apenas pelo ato de eu me imaterializar. Quando em carne, ajudo aos necessitados Quando em espírito, dou força aos desamparados Em ambos estados o bem nos é designado. Muito já sofri. Um dia queria ter o sentimento dos humanos Noutro queria ser só o meu eu de verdade. É tudo tão bonito e real no mundo deles. Porém no meu é algo sem explicação de lindo. Mas sempre se quer o que não pode e se menospreza o que tem. Então, ou continuo esse ser misto, ou Escolho apenas ser um anjo invisível. E quem perderia a chance de ter duas vidas? Sui generis, só eu posso ser, só eu tenho o tal poder, E assim continuarei a ser!
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Cultive News Liara Schulz
Naila Depiere Cândido
Somente anjos Um anjo em chamas Era uma vez um anjo Era uma vez eu! Incompreendida Em um mundo que parece ser tão pouco para mim. Dia após dia me pergunto: Como um anjo feito para voar está tão preso ao chão? As correntes voos rasos me permitem E nunca altos o suficiente. Ainda não alcancei as nuvens E a dúvida se um dia vou alcançar me corrói, Me destrói aos poucos, Mas lá no fundo acho que é essa mesma dúvida Que acende uma chama em mim. É essa chama que não permite minhas asas atrofiarem. Ela me faz ser quem sou, Me faz querer voar mais do que nunca, Tocar as estrelas, Sentir a brisa suave em minha face Podendo ver toda imensidão abaixo de mim. Ser completa Como Dali e o pincel, O mar e o céu Como a poesia e o papel.
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Anjos estão por toda parte No meio de nossas vidas fazendo arte. Alguns estão perto outros muito longe. Anjo é um amigo que sempre está para nos ajudar. Quando estou em perigo é só chamar. Quando precisar de mim eu vou estar Do seu lado por que tu és meu anjo amigo E eu sempre estarei contigo.
Vinicius Francisco Reis Anjo encantado. Era uma vez um anjo Com asas grandes e brancas O anjo está no seio da família Disfarçado de ser humano Ele está sempre nos ajudando Ele traz paz para quem está em sua volta Ele está sempre nos protegendo Luz no nosso caminhar O anjo nos leva para a liberdade E está sempre observando E nos levando para felicidade O anjo tem um aroma maravilhoso Temos verdadeira adoração por este anjo Este anjo tem três letras e se chama: ??? Só o tempo vai responder.
Cultive News João Mauricio Bastos Ludwing
Nada mais que um Anjo Maiana Souza Francisco Eles tentam abater anjos Eles tentam arrancar suas asas Assim, eles não podem voar Apesar disso, uma jovem angelical amorosa Totalmente corajosa Assim como um tornado Ela está nos guiando no meio de uma tempestade
Que amor de anjo
Anjo? O que seria bem um anjo? Um amor? Ou alguém com quem me importo tanto Mas a questão é "quem será meu anjo”? Bom, sei que ele é uma pessoa que me importo tanNinguém consegue a impedir de ir Assim como ninguém conseguirá impedir o mun- to, Se desse, eu o levaria a qualquer canto do de girar O anjo como eu temo tanto A liberdade vai te libertar E se um dia você precisar me deixar Você não pode parar a garota. Eu sei que cairei em pranto Por que será que me importo tanto? Tentaram tomar suas vozes Acho que é porque te amo tanto. Tentaram fazer suas escolhas Poxa, ainda não sei quem é meu anjo! Assim, ela gritou cada vez mais alto para que quem estiver na escuridão, sinta à luz Sair desse mundo que te reduz É tão emocionante Ver a ovelha saltitante E aqui vamos nós Tirar sua vida para nos alimentar. Então a jovem finalmente entendeu Que ela nada mais era que um anjo que desceu Sem asas e sem afinidade No meio dos humanos, perante sua sociedade E que no meio de todos eles Ela tem que guiar a felicidade Fazer com que ninguém esqueça que existe dignidade E sempre seguir em frente não importa a dificuldade. Era uma vez, um anjo.
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Cultive News Sofhia Debiasi Mattei
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O semear da vida
Vitória Comper
Uma luz, uma semente e uma essência transcendental. A semente foi plantada no solo fértil do saber, Semeada por mãos de amor e afeto, Regada pelo fulgor divino da verdade e da sensibilidade, Dia a dia, a semente foi cultivada, admirada pelos astros e deuses como um dom da natureza. Assim, pouco a pouco ela crescia, Até se transformar em broto de fé, Depois na muda da compaixão E, finalmente, no florescer da vida! A flor que surgia não possuía apenas uma denominação, Nem mesmo uma cor! Esta flor era livre e leve como brisa de primavera, Resistente como figueiras fincadas ao chão, Viva e intensa como aroma de café! E amante! Amante do mar, do ser, do tempo e das horas... Amante das tardes chuvosas, Dos rios que serpenteiam as vivências humanas! A flor era única, tudo em um só âmago. Mas, além disso, ela carregava a pureza da existência. A flor não era flor. A flor era um anjo! E o anjo se chamava MULHER.
Existiu um anjo
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Era uma vez um anjo Tão belo que me constranjo Sempre cuidava de mim Sua beleza era sem fim Estava sempre em minha consciência Nadando em minha essência Estava sempre perto de mim Pois eu era a flor do seu jardim Apesar de muitos dizerem, não acreditarem Sei que no fundo sabem Que está aqui E continuará perto daqui Um dia foi de carne e osso Infelizmente caiu no poço Hoje existe apenas sua essência Bela como uma hortênsia Agradeço por seu carinho que não teve fim E por tudo que ele representou pra mim
Cultive News Vinicius Francisco Reis
Caroliny Floriano Pedroso
Anjo encantado. Era uma vez um anjo Com asas grandes e brancas O anjo está no seio da família Disfarçado de ser humano Ele está sempre nos ajudando Ele traz paz para quem está em sua volta Ele está sempre nos protegendo Luz no nosso caminhar O anjo nos leva para a liberdade E está sempre observando E nos levando para felicidade O anjo tem um aroma maravilhoso Temos verdadeira adoração por este anjo... Este anjo tem três letras e se chama: ??? Só o tempo vai responder...
Minha luz na escuridão O meu ser de luz pode não ter asas, porém me conhece desde o ventre da minha mãe. É ele que acompanha o meu deitar e levantar, que me livra de todo mal existente no mundo. Esse ser me guia e me renova todos os dias me proporciona um colo amigo, sem mesmo falar nada conhece a minha dor. O nome dele é único e o que ele faz é perfeito. Ele me amou primeiro, o amor dele me encontrou, foi ele quem me deu um destino, e é ele quem habita em mim. Posso não o ver mas o sinto, e ele reina no meu coração. Ele me tira o medo e nele encontro refúgio e fortaleza. Pego-me horas pensando nele, o quanto ele me ama, o quanto ele é incrível e inigualável, e o quanto ele faz por mim mesmo não merecendo. Continue cuidando de mim aí de cima estou ansiosa para te encontrar.
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Cultive News Renata Sebold
Maria Fernanda De Jesus Maciel
SEMPRE DO MEU LADO Era uma vez um anjo Esse anjo não é muito diferente Ele sempre acolhe a gente E protege nosso amor. Esse anjo traz calma Traz ar para a alma E alívio para a dor. Esse anjo é especial. Não que os outros não sejam, jamais! Mas esse, esse é excepcional.
Tinha um sorriso radiante Uma pele macia e delicada Enquanto caminhava na beira da praia Uma leve brisa balançava sua saia Ela chamava muito a atenção Era bondosa com os animais E tinha um bom coração
Ele mostra que a nossa caminhada É sempre abençoada do início até o final.
Ela se chamava Lua Mas amava o pôr do sol Ainda sinto a presença dela
Sempre trazendo proteção Com amor no coração Fazendo –me sonhar.
Mas o que ficou, foram saudades E as cartas que me enviava Isso é para o meu querido, anjo da guarda.
Mae, anjo que sempre me protegeu, Que cuida tão bem de mim! Fez-me aprender que para se ter um bom jardim Só sonhar não embala Eu preciso é acreditar em mim. Anjo sem asas, mas de braços sempre abertos, Mesmo quando tirei teu juízo, você me mostrou o quanto é bom ter-te por perto.
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A Luz Da Lua
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Cultive News Júlia de Paula Oliveira
Conselho de um anjo
firmes, não temos mais controle do nosso corpo. Ninguém consegue nos salvar. E foi a imagem de ver eu mesma no lugar daquela pessoa que me fez desistir. Eu não queria mais terminar desse jeito. Então eu me lembrei de meu avô, que estava internado no hospital, apenas esperando seu fim chegar. Na última vez que eu o havia visto, ele me disse: “Eu só me arrependo de uma coisa: de não ter aproveitado mais a vida antes de adoecer”. Você já parou para pensar em quantas vezes já escutamos isso e não demos bola? Essa frase virou clichê, e todo mundo parou de dar valor a ela. Mas eu não. Eu só conseguia pensar em que eu queria ser diferente, ter outro roteiro. Eu me imaginava já tendo cabelos brancos quando meu fim estivesse por vir, e eu queria dizer: “Eu aproveitei a minha vida. O máximo que eu pude”.
É um dia frio de outono, no qual as folhas voam entre nós. Estou caminhando pela estrada irregular de pedras, quando paro. Vejo uma adolescente inclinando seu corpo em direção ao rio, em cima da ponte. Corro até ela, puxando-a para trás. Ela cai sobre mim, com as bochechas e os olhos vermelhos de tanto chorar. Levanta rapidamente, olhando-me A garota ficou apenas me olhando sem dizer nada, com desgosto. com uma lágrima escorrendo até o pescoço. − Por que você fez isso? – ela grita com desespero e com as mãos trêmulas. Vou a guiando até o banco − Eu tive uma grande conversa com meus pais, que me escutaram atentamente, e no final me deram de madeira, no qual sentamos lado a lado. um abraço bem apertado. Naquele dia eu me senti − Por que você quer fazer isso, menina? Acabar mais leve, como se eu literalmente tivesse emagrecido. com a vida que você tem, por escolha... − A vida é que acabou comigo – ela sussurra, olhando para o outro lado. Eu suspiro. − Eu já tentei terminar com a minha vida também.
− E você emagreceu? Perguntou-me já não tão triste. Eu sorrio em contrapartida, balanço a cabeça, dizendo que sim, mas que era porque eu estava fraca por não estar mais comendo nada.
Agora eu quero saber de você. Quais são os seus motivos? Pergunto, mas ela não diz nada, então eu continuo: tendo-se ou não motivos para a tristeza, − Qual era o seu motivo? – ela pergunta depois de pense que sempre haverá mais motivos para a felicidade – eu digo, e ela me olha com as sobrancelhas um tempo. franzidas. Sabe... – eu começo a falar novamente, Meus pais estavam se separando, grande parte por prendendo sua atenção – sempre terão motivos minha culpa. Fiqueiextremamente brava comigo para vivermos e para não vivermos. Você tem que mesma, e comecei a me ferir. Ninguém percebia, e se agarrar aos motivos que te fazem querer acordar, isso era o que me deixava mais triste ainda. Simp- caminhar, correr, dançar, ler, cantar... Qualquer lesmente as pessoas não se importavam comigo ou coisa. Você já tem seus problemas. Agora você preo que eu fazia. Um dia eu decidi terminar logo com cisa é de soluções. isso, e fui até essa mesma ponte, até que de repente outra pessoa pulou antes de mim, sem nem pensar Quando termino de falar, um abraço apertado duas vezes, e foi sendo levada pela correnteza. Eu me envolve. A menina se assusta, olhando para os fiquei pasma, apenas olhando o desespero daquela lados já não me vendo mais. Minha missão havia pessoa, até que ela desiste de lutar para viver. Aque- terminado. la imagem não saía da minha cabeça. Eu acabei desistindo de pular, pois eu havia percebido que no exato segundo que nossos pés não estão mais Ela finalmente me olha nos olhos.
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Cultive News JÚLIA ALESSANDRA D. BUZZI
Ofereci-lhe uma tigela de comida e, ainda desconfiado, começou a comer. Primeiro bem devagar, receoso, como se não se achasse digno de tantos mimos, mas logo ganhou confiança e lambeu a tigela, com apetite voraz. Depois de satisfeito, apoiou-se nas patinhas traseiras e, pela primeira vez, dirigiu-se a mim com tranquilidade e serenidade no olhar.
MILAGRE DE UM ANJO E foi assim que aquele anjo cruzou meu caminho. Ele estava só, era quase noite, chovia e fazia muito frio. Tímido, encolhido num canto da estação do metrô, seu corpo encharcado suplicava pela atenção de alguma alma generosa que pudesse ampará-lo. Estava trêmulo, com o olhar assustado e o pelo muito sujo. Ao mesmo tempo que implorava para que alguém notasse sua presença, encolhia-se de medo da reação dos transeuntes. Olhei para ele e confesso que senti um pouco de desprezo, pois sua aparência não era nada agradável. Pensei seguir em frente sem me importar, afinal, eu nunca tivera um cachorro e não simpatizava muito com animais. Mas minha consciência falou mais alto, fazendo-me despertar para a difícil realidade daquela tão desgraçada criatura. Voltei atrás, aproximando-me devagarinho e ele se encolheu. Amedrontado, temia que eu pudesse fazer-lhe algum mal. Finalmente, depois de muito esforço, consegui ganhar um pouco de confiança e o resgatei. Ainda contrariado, levei-o para casa. Não por amor, apenas para me sentir em paz com minha consciência. Já em casa, abri a porta e adentrei aquela sala vazia e sem vida, onde ninguém mais me esperava, além do silêncio e da solidão, companheiros fiéis de todas as noites. Depois de um banho quentinho, sequei seu pelo, que ficou branquinho e macio como pluma. Seus olhinhos, antes opacos e sem vida, revelaram um tom azulado, encantador. 192
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Abaixei-me para apanhar a tigela, orgulhoso da boa ação que eu havia acabado de praticar, já pensando em procurar um abrigo, onde pudesse deixá-lo em segurança. Afinal, eu nunca havia pensado em adotar um cachorro! De repente, num impulso, ele se atirou sobre mim e, muito feliz, começou a lamber o meu rosto. Depois correu pela casa, latindo e pulando, numa felicidade contagiante. Eu fiquei perplexo, assistindo àquela cena. Sem entender muito bem o que estava acontecendo, sem pensar no que estava fazendo, saí correndo atrás dele e ficamos por muito tempo brincando, feito duas crianças, sem nos importarmos com mais nada. E eu voltei a sorrir, como há muito já não sorria. E agora, sempre que eu chego do trabalho, tem um anjo de pelo branquinho e olhos azuis, esperando para me fazer feliz. O mesmo que eu me orgulho de haver resgatado, livrando-o do frio e da fome. Eu mal sabia que, no final, ele é que faria o grande milagre de me resgatar do abandono e da solidão em que eu me encontrava.
Cultive News SAMIRA DAGOSTIM OENNING
fissional, sem ter um medo iminente a cada vez que isso me passa pela memória. E quando isso acontecer, deixo aqui a minha promessa de que farei juntamente a ela o mais lindo voo em torno do nosso amor. Respiraremos fundo e sentiremos a mais linda oração se concretizando em nossas vidas: estarmos uma ao lado da outra.
A Mais Linda Oração Sempre me vi como uma projeção da minha mãe, algo que simbolizasse uma expansão da pessoa que ela se tornou. Confesso que isso me aterroriza certas vezes, carregar tamanha responsabilidade de ser a pessoa em que ela deposita as suas expectativas é algo que me faz tremer. No entanto, me ocorre uma imensa onda de gratidão sempre que penso o mesmo com todo o afeto que ela transparece ao me olhar. Quando lembro da caminhada que ela trilhou até se tornar a minha mãe, me encontro em um estado de plena admiração. Mas a caminhada se tornou ainda mais linda ao me ter em seus braços, ela se tornou uma mãe jovem e solteira e, ainda assim, uma mulher pós-graduada e cheia de vida, carregando um sorriso estonteante em meio a cicatrizes adquiridas ao longo de sua jornada. Inesperadamente, a admiração de minha parte hoje em dia ganhou dimensões imensas, já que, agora, vejo ainda mais a sua importância no campo profissional, e como ela, enquanto enfermeira, é uma pessoa forte. Ver a situação que circunda todo o globo terrestre e que dilacera inúmeras histórias, é algo muito difícil, mas saber que a mulher que me deu a vida está lutando na minimização desse imenso problema, inegavelmente me deixa mais aliviada. É inevitável o medo que sinto a cada vez que ela sai de casa em direção ao hospital, no entanto, é inevitável também o orgulho que me ocorre, ela é, incontestavelmente, o maior anjo da minha vida, e nesse momento, de inúmeras outras pessoas. Certamente, é dela que veio toda a minha força e nesse momento uso isso para me sustentar e saber que nada é permanente, dito isso, sei que chegará a hora de poder sentir admiração pelo seu lado proRevue Cultive - Genève
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Cultive News não tenho pai e nem mãe, pois só tenho um que considero como pai. Ele me criou e por sinal é bem rígido com suas regras. Nesta casa moramos eu e alguns meninos. Considero como irmãos. Bem, A menina e seu protetor mas a realidade é que um dia nunca mais iremos Era uma vez uma garotinha de 16 anos que estava regressar à Terra, pois o nosso tempo terá chegado muito abalada emocionalmente, pois tinha acaba- ao fim. do de perder seus pais em um acidente. Indo de volta para casa de sua tia, andando um pouco dis- A menina ficou um pouco intrigada, não tinha entraída pelas ruas quase que foi atropelada, porém, tendido muito. Novas perguntas haviam surgido antes do carro chegar perto, ela sente algo ou al- em sua cabeça. Então falou: guém puxando seu braço. E quando virou viu que quem havia puxado seu braço era um lindo garoto. — Olha não entendi muito, estou curiosa com a Eles se apresentaram e ficaram por um tempo ca- sua última frase. Você não vai mais voltar aqui para terra. O que quer dizer com isso? minhando pelo parque que havia ali perto. Ele respondeu contando toda a verdade: Como ficou tarde o garoto disse que ia embora. Ela olhou para o mesmo e disse: — Poxa! É tão cedo e — Bom, não sei se você percebeu, mas eu só apareço quando você está em perigo. Na verdade, fui você já vai? mandado do céu para ti proteger de todo o mal — Tenho que ir, sim. Pois onde eu moro há regras aqui na terra. No entanto, meu tempo aqui é curto. bem específicas- respondeu o menino. É claro que a menina não acreditou. Riu, zombando da resposta do garoto. Muito a contra gosto a garota se despediu dele. Samella Vieira
O garoto então acenou com a mão e logo sumiu de seu campo de visão.
Este se sentiu envergonhado, tão desolado ficou que foi embora sem olhar para trás.
Ela, então, pegou o caminho da casa de sua tia. Quando a garota entrou na sala da casa de sua tia, percebeu que as rugas de preocupação se dissiparam. O que surgiu em seguida foi um sorriso de orelha a orelha.
A menina ficou lá, na praça, um misto de sentimentos emaranhavam seu cérebro. Será verdade? Já se dizia que há mais coisas entre o céu e a terra do que se pode imaginar. Se assim for: era uma vez um anjo...
Duas semanas se passaram e nada dela vê-lo novamente. Até que um dia ela estava no parque ouvindo músicas com fones no ouvido e não percebeu que uma bicicleta se aproximava. Foi quando, novamente, sentiu alguém puxando seu braço. Sim, era o mesmo garoto. Ela deu um belo sorriso por ele estar ali. Foi então que o garoto explicou: — Desculpe por sair correndo aquele dia, é que se eu não chegasse no horário o portão iria fechar e eu não conseguiria mais entrar em casa. A menina então lhe perguntou: — Por quê? Seus pais não poderiam abrir o portão para você entrar? Eles são muito rígidos? O garoto respondeu: — Bom… como te explico isso? É que na verdade 194
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N°13 | année 04|décembre 2020
n°012| année 04 |setembro 2020
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É NATAL,
SOLIDARIEDADE É PRECISO. OS CULTIVADORES AGRADECEM
Association Cultive- Club International D’Art, Littérature et Solidarité 12 Rue du Pré Jérôme - 1205 - Genève - Suisse Tèl : (+41)796163793 Site : www.cultive-org.com e-mail : ascultive@gmail.com
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Impressum
AUTORES DO CATÁLOGO
Editor - Cultive 12 Rue deu Pré-Jérôme 1205 - Genève Telefone: +41 79 616 37 93 Site web: www.cultive-org.com E-mail: edicaocultive@gmail.com
06 | Leci Queiroz
Redator chefe- Valquiria Guillemin Designer da capa : Josman Lima
09 | Pietro Costa
07 | Lucia Sousa 08 | Paulo Bretas
10 | Alexandre Santos 11 | Christiane Couve de Murville 13 | Maria José Esmeraldo 14 | Josman Lima 15 | Norma Brito 16 | Hupomone Vilanova 18 | Valquiria Imperiano 20 | Débora Leal Feira De Santana Copyright © Toda reprodução parcial ou integral do catálago Cultive é estritamente proibida.
22 | Maria Inês Botelho 23 | MariaTereza Penna 24 | Paulo Roberto Montero 26 | Amauri Holanda de Souza 27 | Anapuena Havena
28 | Ivanilde Morais de Gusmão 30 | Celso Corrêa de Freitas 31 | Neusa Bernado Coelho 32 | Jania Souza 33 | Zezé Negrão 32 | Revistas Pdf e ebooks
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Cultive Art LIttérature et Solidarité
Esse catálago foi organizado para divulgar os autores, suas obras e realizar o Natal Solidário Cultive em Feira de Santana - BAHIA.
As obras estarão à venda até o dia 30 de janeiro 2021. O lucro da Cultive será totalmente revertido para o Natal Solidário Cultive. O comprador tratará diretamente com o autor pelo e-mail do mesmo que se encontra na página de cada autor. Em caso de dúvida entre no site da Cultive. www.cultive-org.com
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Comprando um livro, você ajuda quem precisa e apoia os autores brasileiros.
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A Cultive promove o Natal da AFAS Associação Feirense de Assistência Social A associação acolhe 49 homens e mulheres Para a compra de Fraldas descartáveis e outros produtos de higiene.
Organizaçåo: Association Cultive Art Littérature et Solidarité Apoio: Canal Cultive Conexão Cultive Briccia Suíça Brasil Patrocinadores: Regina Naegeli Editora Cultive Association Cultive- Club International D’Art, Littérature et Solidarité 12 Rue du Pré Jérôme - 1205 - Genève - Suisse Tèl : (+41)796163793 Site : www.cultive-org.com e-mail : ascultive@gmail.com
Doações Entre em contato pelo Zapp +41796163793 Revue Cultive - Genève
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LECI QUEIROZ
Funcionaria pública aposentada do Detran como nutricionista. Professora na área de nutrição na Universidade Vale do Acaraú. Trabalhou na implantação de projeto de nutrição no Nordeste e na Guiné-Bissau África. É presidente da Associação Mãos que Compartilham ligado ao desenvolvimento social em Cacine na Guiné-Bissau.
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Esse livro narra histórias de memórias de VIVÊNCIAS À MESA, onde cheiros e sabores trazem à tona histórias da vida. Tem as receitas dos alimentos aqui narrados!!
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LÚCIA SOUSA Coorganizadora da obra é membro Inten-
cional, Délégue e Jornalista correspondente em Recife-PE, da Cultive - Genebra -Suíça. Membro da diretoria da União Brasileira de Escritores-UBE-Tesoureira Geral. Integra a diretoria da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil-AJEB/PE, Secretária.
DISPONÍVEL:10 EXEMPLARES DE CADA TÍTULO-VERSÃO PAPEL ANTOLOGIA CARRERO COM 70 Trata-se de uma homenagem escrita em prosa, verso e crônica por vários escritores brasileiros, muitos consagrados pela crítica literária. São ex-alunos e amigos do escritor pernambucano Raimundo Carrero, que possui mais de vinte obras publicadas traduzidas em vários idiomas. Raimundo Carrero é membro ilustre da Academia Pernambucana de Letras-APL.
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PAULO ROBERTO PAIXÃO BRETAS
Mineiro de Belo Horizonte, 62 anos. Professor associado da Fundação Dom Cabral e de História Econômica, Economia Brasileira Contemporânea e Desenvolvimento Socioeconômico do Centro Universitário UMA, em Belo Horizonte. Se dedica à literatura tendo três livros de poesias haicai publicados.
LANÇAMENTO Meditções: Uma brisa soprou e mudou a minha vida O LIVRO SERÁ LANÇADO EM ABRIl/2020 - FAÇA A SUA RESERVA
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PIETRO COSTA:
Nascido em Brasília-DF. Autor de 4 livros. Co-autor de mais de 30 coletâneas. Membro de Academias Literárias no Brasil e exterior. Detentor de diversos títulos, comendas e honrarias.
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ALEXANDRE SANTOS, ex presidente da União Brasileira de Escritores (UBE) e coordenador nacional da Câmara Brasileira de Desenvolvimento Cultural, é o curador geral da FLIPO, editor do semanário ‘A voz do Escritor’ e apresentado do programa ‘Arte Agora’.
ÁRCHIAS Romance que trata da possibilidade de redenção da humanidade e eventual transformação do mundo dos homens na terra de Deus. língua: Português versão papel
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BALTIMORE O romance fala sobre um golpe de Estado articulado na cidade norte-americana de Baltimore para interferir na política interna do Brasil. língua: Português versão papel
O LIVRO DOS LIVROS Romance que trata da velha luta do bem contra o mal. Se desenrola no entorno da tentativa de controle da humanidade a partir da criação de uma nova religião. língua: Português versão papel
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CHRISTIANE COUVE DE MURVILLE - Autora da trilogia A CAVERNA CRISTALINA, da série ATÉ QUANDO e do A VIDA COMO ELA É. Faz as ilustrações de seus livros e é doutora em Psicologia Clínica pela USP.
DISPONÍVEL 10 EXEMPLARES -VERSÃO PAPEL O PEQUENO PRÍNCIPE VISITA SÃO PAULO - Coletânea de ilustrações que mostra o Pequeno Príncipe passeando por locais bem conhecidos da capital paulista. Encontramos um Pequeno Príncipe universal; loiro, moreno, ruivo, cadeirante, cego, criança, adulto... Uma frase explicativa acompanha cada imagem.
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Editora Cultive divulgando os autores brasileiros na Europa
Publicações Traduções Diagramação Revisão Divulgação Isbn suíço Registro bilioteca Nacional Suíça Romance Contos Poesias Livros de Arte Livros Infantis Albuns personalizados Publicações comemorativas Revue Artplus Orientação aos novos escritores Revue Cultive Orçamentos sem compromisso contato: edicaocultive@gmail.com
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MARIA JOSÉ ESMERALDO ROLIM
Maria José Esmeraldo Rolim nasceu em Floriano – Piauí, Estado do Nordeste do Brasil. Maria José Esmeraldo Rolim fez mestrado e doutorado em Educação no Uruguai. Sua escrita focaliza o tema das suas pesquisas : a violência simbólica e o bullying que finalizou em uma edição traduzida para o espanhol e teve uma ampla aceitação dos educadores e em seguida publicou A violência dos laços familiares aos bancos escolares, livro destacado pela crítica, como relevante para a Educação; Possui 23 publicações conjuntas e 3 solos. Maria se lança na litartura juvenil com o livro «O mundo dos animais», O reconhecimento de seu trabalho foi feito pela Assembleia Legislativa de Fortaleza, da qual recebeu votos de louvor pela pesquisa efetuada.
PRÉ-VENDA -VERSÃO PAPEL O MUNDO DOS ANIMAIS
Lançamento
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No mundo dos bichos, os animais têm um rei que os explora, tem o vírus que isola todo mundo. Mas tudo acaba bem com a descoberta de uma vacina. Um livro para ciranças e adultos. Editado pela Cultive Língua: Português Francês
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JOSMAN LIMA -
Psicólogo, Artista Plástico e Fotógrafo por hobby. Autor dos livros: Pintando a Vida, Cúmplices do Amor - Romance e As Aventuras de Bolota e Quinzinho, Literatura Infantil. Membro da Academia de Letras e Artes de Feira de Santana, da Academia de Cultura da Bahia, da Academia de Ciências, Letras e Artes da Argentina.
20 LIVROS DISPONÍVEIS -VERSÃO PAPEL PINTANDO A VIDA conta a história de Arthur; um jovem de classe média que depois de um acidente de carro ficou paraplégico. Trata-se de um drama vivido por milhões de cidadãos do mundo todo e nos ensina a repensar sobre o deficiente físico e a acessibilidade em todos os contextos.
COMO COMPRAR Para adquirir o livro entre em contato com o autor pelo email e veja a disponibilidade do livro. E-mail: josmanlima@live.com R$ 40,00 a unidade /incluído o frete NO BRASIL 208
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NORMA BEZERRA DE BRITO
é professora universitária de Português e Inglês aposentada. É contista, cronista e poeta. Cearense, residente em Brasília, participou de mais de 30 antologias, é membro de quatro Academias Literárias e é deleguée da Cultive em Brasília.
10 LIVROS DISPONÍVEIS -VERSÃO PAPEL
A VIDA NÃO É ENSAIO -
livro de contos e crônicas apresenta escutas e olhares em direção a situações do dia-a-dia, criativamente ampliadas pela imaginação do autor configuradas em uma escrita versátil.
COMO COMPRAR Para adquirir o livro entre em contato com a autora pelo email e veja a disponibilidade do livro escolhido. E-mail: normabbrito@yahoo.com.br R$ 40,00 a unidade /incluído o frete NO BRASIL Revue Cultive - Genève
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HUPOMONE VILANOVA
Nascido em Vitória de Santo Antão - Pernambuco Formado em Licenciatura em Letras pela FAINTVISA – Vitória de Santo Antão – Pernambuco. Cursou Música pela Universidade de Federal de Pernambuco – UFPE. Músico flautista Cursou de Licenciatura em História pela Universidade Federal de Sergipe - Aracaju Sergipe. Membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico da Vitória de Santo Antão – Pernambuco. Membro do Instituto Histórico de Jaboatão dos Guararapes – Pernambuco. Membro da Academia Vitoriense de Letras Artes e Ciência. Vitória de Santo Antão Pernambuco.
10 LIVROS DISPONÍVEIS -VERSÃO PAPEL REFLEXÕES HUPOMÔNICAS CHÁ DA VIDA. Hupomone Vilanova. Reflexões que nos fazem compreender as situações da vida, nossas atitudes, nossos relacionamentos nossos desafios e medos e como podemos vencer tudo isso.
COMO COMPRAR Para adquirir o livro entre em contato com a autora pelo email e veja a disponibilidade do livro escolhido. E-mail: chadavidahupomone@gmail.com R$ 40,00 a unidade /incluído o frete NO BRASIL 210
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Association Cultive Club International D’Art Littérature et Solidarité Genebra
Feliz Natal! E um 2021 com Liberdade!
Association Cultive- Club International D’Art, Littérature et Solidarité 12 Rue du Pré Jérôme - 1205 - Genève - Suisse Tèl : (+41)796163793 Site : www.cultive-org.com e-mail : ascultive@gmail.com
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VALQUIRIA IMPERIANO
Escritora, Artista plastica presidente da Cultive Publicação: Espelho meu Espelho - poesia, Navegando em Ondas - poesia, Le livre des petits Mots – poesias e pensamentos, Cofre aberto – poesia, O rosa e o Azul- contos e crônicas, Southend on the sea - livro de arte, O jardim da consciência. Redatora da Revue Cultive e Artplus.
4- LIVROS DISPONÍVEIS- VERSÃO PAPEL A EFEMERIDADE DA VIDA Escritos de 53 autores em torno da efemeridade da vida: amor, felicidade, esperança, morte, alegria tristeza, fé, milagre, perdas e ganhos, saudade. Belos poemas, contos e crônicas.
2- LIVROS DISPONÍVEIS- VERSÃO PAPEL SUPERAÇÃO E SOBREVIVÊNCIA Antologia Cultive reúne textos em prosa e poesia de 23 autores. Nesse livro os autores conta histórias de superação.
COMO COMPRAR Para adquirir o livro entre em contato com a autora pelo email e veja a disponibilidade do livro escolhido. E-mail: edicaocultive@gmail.com R$ 40,00 a unidade /incluído o frete NO BRASIL 212
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DISPONÍVEL: 2 EXEMPLARES VERSÃO PAPEL SOURIR E LEOLEÃO Valquiria Imperiano Livro infantil a partir de 1 ano língua: português/francês versão papel
LANÇAMENTO EM ABRIL 2020 -VERSÃO PAPEL ERA UMA VEZ UM ANJO Antologia Cultive reúne autores e poetas escrevendo sobre anjos língua: português versão papel
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Pré -venda Lançamento Valor: 50 reais
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COMO COMPRAR Para adquirir o livro entre em contato com a autora pelo email e veja a disponibilidade do livro escolhido. E-mail: edicaocultive@gmail.com R$ 40,00 a unidade /incluído o frete NO BRASIL Revue Cultive - Genève
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Débora Leal Feira De Santana
Sou Pós Doutora em Docência Universitária pelo IUNIR-AR; Doutora em Educação pela - UNINTER- PY; Doutora Honoris Causa em Ciências Humanas pela EBWU- Universidade acreditada pela ANVISA, UNESCO e EBWU - Estados Unidos. Pesquisadora Emérita da Université Libre des Sciences de L’Homme de Paris.
Todas as obras de Deborah são em língua portuguesa e publicados em papel CADA TíTULO TEM 2 LIVROS DISPONÍVEIS - VERSÃO
FORMAÇÃO DOCENTE UM CAMINHO PARA A INCLUSÃO é de natureza qualitativa e objetiva compreender a importância da formação docente no contexto de escolarização de educandos com deficiência. Demonstra o descortinar da educação especial no cenário educacional brasileiro.
PENSANDO A EDUCAÇÃO SEXUAL DE DISCENTES CADEIRANTES demonstra a importância do uso das tecnologias da informação e da comunicação no ensino de História como forma de expansão e conexão entre passado, presente e futuro.
VIVÊNCIAS PERMEIAM A HOSPITALIZAÇÃO INFANTIL - A FAMILIA COMO FONTE INESGITÁVEL tem como foco destacar a importância de compreender como os familiares podem reagir em uma unidade hospitalar e como é o acolhimento das crianças internadas. DESENHO ENTRE LUZES BECOS traz como objeto de pesquisa e análise os desenhos produzidos pelos internos de uma comunidade socioeducativa de Feira de Santana, o mesmo é fruto de experiências acadêmicas.
COMO COMPRAR Para adquirir o livro entre em contato com a autora pelo email e veja a disponibilidade do livro escolhido. E-mail: debora@uefs.br R$ 40,00 a unidade /incluído o frete NO BRASIL
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AS MARCAS DA LIBERDADE discorre sobre a Irmandade da Boa Morte, trazendo como foco a relação desta no Ensino local da Cidade de Cachoeira-BA.
NAVEGAR É PRECISO - destaca os principais traços da Herança Cultural Africana, que permanecem vivos no cenário cultural baiano.
A ARTE DE AVALIAR NOVOS POSSIVEIS A AVALIAÇÃO MEDIADORA EM FOCO busca refletir sobre a Avaliação da aprendizagem no cenário educacional a qual se constitui um dos grandes motivos das discussões para o desvelamento das ideias do processo de ensino e aprendizagem.
ENTRE O REAL E O VIRTUAL REFLEXOS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA livro tem como objetivo entender os motivos pelos quais a modalidade de Ensino à Distância é vista de maneira desafiadora nas instituições brasileiras
A HISTÓRIA A UM CLIQUE demonstra a importância do uso das tecnologias da informação e da comunicação no ensino de História como forma de expansão e conexão entre COMO COMPRAR passado, presente e futuro. Para adquirir o livro entre em contato
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Maria Inês Botelho é membro de diversas acade-
mias localizadas no Brasil, em Portugal e na Suíça. Tem livro, coletâneas e antologias publicados.
6 LIVROS DISPONÍVEIS - VERSÃO PAPEL A coletânea EXCLUSIVOStem participação de escritores de vários estados brasileiros escolhidos pela coordenadora Pérola Bensabath. Faço parte e sinto-me muito honrada. Realça desde o tema "Amor" à vivências em diversas ocorrências
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Maria Tereza Penna é de Belo Horizonte, Mi-
nas Gerais - Brasil. Poeta, artista plastica, designer grafica e multimidia, produtora cultural. blogueira, interessada em: Arte e Sustentabilidade. Escreve poemas e faz poesias ha algum tempo, em varios suportes e espacos. Crê que o primitivo em nós nasce no coracao. Nas batidas da emocao... A cadência poética faz com que o ritmo se organize em música nos poemas que escreve. Músicas que se transformam em imagens e textos.
70 LIVROS DISPONÍVEIS - VERSÃO PAPEL CEM CULPAS - Sao poemas, e figuras, totalizando 100 paginas condensadas em um livro, que culminaram em "Cem Culpas". E um presente para os amantes da poesia, para os que se alimentam dos prazeres líricos e fazem da vida um simples sonhar. Aos que sabem que o mundo em que vivemos é finito e cada instante vivido é eterno na memoria dos que acreditam
COMO COMPRAR Para adquirir o livro entre em contato a com a autora e veja a disponibilidade. E-mail: terezapenna51@gmail.com
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PAULO ROBERTO MONTEIRO
O AUTOR PAULO ROBERTO MONTEIRO DE SOUSA email: pauloeduk46@gmail.com Especialista em administração escolar, escritor, professor e psicólogo.
20 LIVROS DE CADA TÍTULO DISPONÍVEL - VERSÃO PAPEL NA SALA DE AULA Os contos de fadas proporcionam à criança um desenvolvimento emocional, social e cognitivo. Ampliar o interesse e o hábito da leitura é umas das premissas dessa inserção no mundo dos contos de fadas.
PRAXISD O CENTS Coletânea de artigos científicos que coloca os contos de fadas como grande significado psicológico para crianças de todas as idades.
Association Cultive- Club International D’Art, Littérature et Solidarité 12 Rue du Pré Jérôme - 1205 - Genève - Suisse Tèl : (+41)796163793 Site : www.cultive-org.com e-mail : ascultive@gmail.com
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CADA TíTULO TEM 20 LIVROS DE CADA TÍTULO DISPONÍVEIS
AMAR...VERBO DIVINO... Em linguagem poética e com embasamento bíblico, o autor mostra como se manifesta esse amor do Pai, que consola e instrui.
MINHA TERRA DE ENCANTOS MIL quer despertar em Você, leitor, crianças ou gente grande, a vontade de saber sobre a história e os aspectos sócio culturais de nossa cidade.
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AMAURI HOLANDA DE SOUZA
Amauri Holanda de Souza. Bacharel em Direito. Psicopedagogo Clínico e Institucional. Neuropsicopedagogo. Pós graduado em Direito Processual Penal. Teólogo. Missionário. Capelão Internacional. Escritor. Atuou como Conselheiro Titular do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente do Estado do Ceará Nasceu em Quixadá/Ce - Escreve com o coração. Fala de coisas da vida e de sua visão de mundo. Quando se trata de escrever sempre vem coisas que tocam os sentimentos das pessoas.
DISPONÍVEL: 2 EXEMPLARES DE CADA TÍTULOVERSÃO PAPEL
ESQUEÇA-ME: O livro traz o talento de muitos dos autores brasileiros, na modalidade poema. É uma Antologia que traz muitos temas interessantes.
ÂMAGO POÉTICO: Antologia envolvendo autores brasileiros, com ênfase poético e conteúdos diversificados
COMO COMPRAR Para adquirir o livro entre em contato com a autora pelo email e veja a disponibilidade: email: amauri.holanda.souza@gmail.com R$ 40,00 a unidade /incluído o frete NO BRASIL 220
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Educação Anapuena Havena é empresária e escritora
cearense. Autora dos romances de época Encantos do Café e Descobrindo a Nobreza do Amor, e do livro infantil O príncipe que não sabia Brincar. É a idealizadora do Café Patriota; espaço cultural de incentivo à leitura, propagação do conhecimento e valorização da História e Cultura brasileira.
DISPONÍVEL: 20 EXEMPLARES- VERSÃO PAPEL ENCANTOS DO CAFÉ é um romance de época composto por fortes elementos da história do Brasil, contextualizado no importante período denominado Ciclo do café.
COMO COMPRAR Para adquirir o livro entre em contato com a autora pelo email e veja a disponibilidade: E-mail: anapuena@hotmail.com R$ 40,00 a unidade incluído o frete NO BRASIL Revue Cultive - Genève
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IVANILDE MORAIS DE GUSMÃO
Ivanilde Morais de Gusmão professora, advogada, ensaísta, contista e poeta. Estudiosa de Karl Marx e da Literatura. Membro de várias Academias. Livros de ensaios e de poesias em português/francês/inglês; Participação em várias coletâneas; Recebeu Prêmio Literário de poesia, e de ensaios.
DISPONÍVEL: 20 EXEMPLARES- VERSÃO PAPEL 50 exemplares disponíveis PAI Forma poética do livro. Na escuridão, o amanhã do escritor Rogério Pereira, a autora Ivanilde Morais de Gusmão expõe o conflito na relação Pai & Filho buscando na palavra o sentimento que atormenta o protagonista.
TO N E
L
AM Ç AN
150 exemplares disponível TEMPO PARTIDO 2020 - RESGATANDO SENTIMENTOS DE HUMANIDADE Coletânea sobre o sentimento da dor num período de reclusão em tempo de pandemia. Registro histórico para às futuras gerações. Um livro atual com 121 participantes. Esse livro é um documento histórico. Os depoimento dos parentes que receberam o exemplar a que tinha direito é algo fantástico!!!
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10 exemplares disponíveis UM CAMINHO PARA MARX: reflexão sobre a obra deste grande filósofo e sua importância na compreensão e Transformação do Mundo Humano.
10 exemplares disponíveis COMPREENDER O MÉTODO DIALÉTICO: reflexão sobre processo de investigação e exposição dos estudos marxianos da realidade social.
50 exemplares disponíveis SER SOCIAL Trabalho e Mercadoria: Estudo sobre o processo de humanização do homem produzindo seu mundo com o trabalho e sua transformação em mercadoria.
50 exemplares disponível SÚPLICA AO SOL ... ERA OUTONO Antologia em Prosa e Verso sobre o homem e sua humanização numa Sociedade em crise.
50 exemplares disponíveis MARXIANO & DESVELANDO a autora, a partir da concepção materialista da História, expõe o enigma da Sociedade, Política e Estado mostrarndo como funciona essas Instituições
TOQUE Livro de categorias marxianas em forma de Aldravia para compreender o processo histórico do homem.
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CELSO CORRÊA DE FREITAS
Criador da estrutura poética denominada OVERTRIP Participações em Feiras de livros e Festivais e eventos Literários no Rio de Janeiro, Porto Alegre, Dois Córregos, São Paulo e Praia Grande-SP. Premiações literárias no Rio de Janeiro, São Paulo, Praia Grande-SP e Porto Alegre. Representações como Delegado cultural de Praia Grande-SP em São Paulo e Brasília
DISPONÍVEL: 40 EXEMPLARES - VERSÃO PAPEL VERTRIP - O livro conta a história do nascimento do Overtrip em 2011, e tem os Poemas, meus, criador dessa estrutura e dos demais Poetas brasileiros que ao longo deste tempo de 2011 até hoje, foram aderindo ao Overtrip por verem nele uma nova estrutura poética com conteúdo.
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Neusa Bernado Coelho, poetisa, historiadora. Natural de Palhoça SC. Membro de várias Academias; Embaixadora Imortal da Paz; Autora e coautora de obras literárias nacionais e internacionais.
20 EXEMPLARES DISPONÍVEL-VERSÃO
PAPEL ZILDA ARNS, médica pediatra e sanitarista. Fundadora da Pastoral da Criança nacional e internacional. Morreu em missão no terremoto do Haiti, 2010. Em processo de beatificação.
20 EXEMPLARES DISPONÍVEL-VERSÃO
PAPEL A FADINHA MARICELA foi a primeira publicação das gêmeas Elisa e Sofia. É um conto em defesa da preservação da natureza e reflete a importância da água. Publicaram o primeiro livro aos 9 anos de idade.
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Jania Souza nasceu na cidade de Natal/RN; poeta, artista plástica, escritora, ativista cultural; participa em entidades literárias e culturais nacionais e internacionais; tem reconhecimento em prêmios no Brasil e exterior. Prêmio Literário Nísia Floresta pela Fundação José Augusto, Secretaria de Cultura do estado do Rio Grande do Norte 2020 com a obra "Pioneiras". www.janiasouzaspvarncultural. blogspot.com
DISPONÍVEL: 5 EXEMPLARES - VERSÃO PAPEL
Poemas de Jania Souza em sua travessia pelas raízes da identidade pelo mundo, degustando sabores, cores, perfumes, emoções na essência de cada palavra.
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Zezé Negrão - Diplomada em Magistério pelo Colégio Estadual de Itaberaba BA, Bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica Nacional/MG, Doutoranda em Psicanalise junto a SPOCB em Feira de Santana BA, Terapeuta Holística junto a Associação Integrativa Bio Psíquica da Bahia com extensão a Universidade Estadual da Bahia (UNEB). Bancária aposentada, Escritora, Artista Plástica e Pesquisadora
DISPONÍVEL: 20 EXEMPLARES - VERSÃO PAPEL
É um livro infantojuvenil bilíngue portugues e inglês ganhador de 4 prêmios a nível internacional. Houve vários lançamentos no Brasil e Europa. A menina que falava com o beija-flor é um conto que enobre a vivência da criança junto aos mais idoso da família e o envolvimento com a natureza, especialmente com o pássaro beija-flor.
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Livros em e-books
revistas em pdf
A D O IPA T EN TEC M N A A ç N A A D L N VE
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Ler abre o mundo da criatividade e da imaginação, acalma, relaxa, instrui, liberta, ajuda a evoluir e a compreender o universo. 230
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De pouco em pouco faremos um montão. Apoio
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edu4ão de março dedicado à muilher seção Mulher diamante
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