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DENISE MATHIAS LÍVIA OHANA GOMES
from Revue Cultive n° 14
by Cultive
BRASILEIRA, nascida em São Paulo, mas atualmente morando na maravilhosa cidade de Campina Grande na Paraíba! Amante da poesia e literatura desde a adolescência, mas somente nos últimos 4 anos comecei a escrever poesias e histórias infanto-juvenis. Participou com algumas poesias do E-book: Mulher – uma alma refletida no espelho e também da Revista Cultive – edição dezembro/2020 com a poesia OVERTRIP DO AMOR. Participações em Saraus online.
ALGUÉM
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(Denise Mathias) Percebo em seu olhar a força de quem tem fome de vida A garra de alguém que já viveu uma luta aguerrida Já teve e curou muitas feridas Mas que hoje tem a alma que busca a paz Vivendo cada momento de forma audaz A cada palavra proferida tenta levar alegria E porque não um pouco de picardia Enfrenta tudo com muita valentia E transforma tudo o que pode numa linda poesia Quem é esse ser de tão alta grandeza? É alguém que vale a pena conhecer, com certeza! Campina Grande – 23/10/2020 assistente jurídica da comarca de Jijoca de Jericoacoara/CE e mestranda em Planejamento e Políticas Públicas pela Universidade Estadual do Ceará.
OS 30 SÃO OS NOVOS 20
Nossos pais casaram cedo. Precisaram, também, inserir-se cedo no mercado para prover o sustento da família. Enfrentaram dificuldades e desejaram um futuro diferente para os filhos. Ah, os filhos! Estudaram em colégios particulares, concluíram o ensino superior, tornaram-se doutores. E os 30 passaram a ser os novos 20.
O jovem doutor mora com os pais, afinal os preços, no mercado, estão pela hora da morte! Exceto o da cerveja de todo final de semana. Por ser qualificado, o jovem doutor considera absurdo estar desempregado. Dispõe de pouca ou nenhuma experiência, mas recusa qualquer oportunidade que não esteja à altura. E segue deprimido, sentindo-se desvalorizado. Aguarda atendimento psicológico na ânsia de encontrar o seu propósito. Até o dia em que o jovem doutor decide se tornar adulto. Ele sabia que precisava acordar cedo, trabalhar por horas e, ao voltar para casa, cumprir afazeres domésticos. Todo dia. Na verdade, não sabia quão difícil é.
O jovem doutor persiste, experimenta a alegria das pequenas conquistas e se recusa a voltar à condição de menor independência e liberdade. Ao olhar para trás, percebe que é no enfrentamento do processo de transição da vida adulta que reside o propósito que procurava, porque a trajetória não existe, ela é traçada à medida que se anda.