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LÚCIA SOUSA
from Revue Cultive n° 14
by Cultive
LUCIA SOUSA - Psicóloga, escritora, Especialista em História das Artes e das Religiões; é Membro Internacional, Délégue e Jornalista correspondente em Recife-PE da Cultive-Genebra-Suíça. 1ª Vice-presidente da União Brasileira de Escritores-UBE/PE. Nosso amor foi intenso Sem recuos, infinito, Nos momentos alegres E durante as tristezas, Também.
Ela cuidou de mim. Eu, dela. Éramos presença constante Na vida de uma e da outra.
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Mas, ela precisou partir. Eu, aqui estou; Com tudo que ela preparou Para mim.
Hoje sou o retrato dela Feito de risos. Algumas vezes de nostalgia, São marcas da saudade, Lembranças de um eterno amor.
Maria, minha Maria Adorada mãe Eis aqui a tua filha, Eu te amo Eternamente te amarei.





As Mulheres de Tejucupapo
por Lucia Sousa
A batalha de Tejucupapo, ou batalha do Monte das Trincheiras como também é conhecida, deu-se no distrito de Tejucupapo na atual cidade de Goiana, um município brasileiro do estado de Pernambuco, região Nordeste do país. Encontra-se localizado no extremo norte da Região Metropolitana do Recife, fazendo divisa com a Região Metropolitana de João Pessoa. Está situado no litoral, a 62 km do Recife, 51 km da capital paraibana e 2.187 km de Brasília.
Tejucupapo situava-se no litoral norte de Pernambuco, em posição dominante sobre uma colina cuja encosta leste dá acesso à praia de Carne de Vaca, era um local completamente seguro; uma fortaleza impossível de ser tomada pela força, e podia ser utilizado como base de apoio pelos colonizadores que remonta ao século XVI. Aconteceu durante as invasões holandesas do Brasil no distrito de Tejucupapo, uma visibilidade para as mulheres desta povoação. A derrota aos invasores holandeses, que graças ao desempenho das mulheres, ao lado dos homens do lugar, usando como artifícios de armamento os recursos de água fervente, pimenta, pedaços de pau e deste modo derrotaram cerca de seiscentos soldados, considerada a primeira batalha em território brasileiro. Embora esta investida contra os holandeses não seja considerada um embate importante no sentido geral de guerrear, mas ficou como registro de efeito que insuflaram o espírito das mulheres de Tejucupapo, como aquelas que estas foram capazes de abalarem as tropas holandesas como averbação até os dias atuais. As residentes do lugar mantém viva a memória do fato, através do Grupo Cultural Heroínas de Tejucupapo, quando realizam no último domingo de abril de cada ano encenações baseadas sobre o ocorrido de maneira oral aos acontecimentos dos fatos, quem veem transmitindo de gerações em gerações por mais de três séculos. Existe no local dos acontecimentos, a poucos metros do povoado, um obelisco que traz a seguinte inscrição: “Aqui, em 1646, as mulheres de Tejucupapo conquistaram o tratamento de heroínas por terem, com as armas, ao lado dos maridos, filhos e irmãos, repelido 600 holandeses que recuaram derrotados”. Ainda, referente ao inesperado fato histórico foi produzido o filme “Epopéia da Heroínas de Tejucopapo” que é apresentado anualmente no teatro das “Heroínas de Tejucopapo”. As escritoras, Helena Gomes e Kathia Brienza no ano de 2011, lançaram o livro “Olhos de Fogo”, alusivo ao enredo ficcional de assassinatos ao ataque dos holandeses.


