Caderno Específico PRISE 1º ano Vol.II

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Índice Física Luciano Cunha Marcelo Viana

Matemática Ricardo Ribeiro Washington Rosário

Química Anderson Marques

Biologia Marcos André

História Bruno Almeida

Geografia Ivan Veloso


Sumário

Física   

CAPÍTULO 01 - Energia 01 CAPÍTULO 02 - Dinâmica 07 CAPÍTULO 03 - Cinemática 23

Química      

CAPÍTULO 01 - Estrutura Atômica 47 CAPÍTULO 02 - Classificação Periódica 55 CAPÍTULO 03 - Ligações Químicas 59 CAPÍTULO 04 - Substância e Misturas 69 CAPÍTULO 05 - Reações Químicas 75 CAPÍTULO 06 - Estudo dos Gases 79

Matemática     

CAPÍTULO 01 - Progressão Aritmética 87 CAPÍTULO 02 - Progressão Geométrica 89 CAPÍTULO 03 - Conjuntos 93 CAPÍTULO 04 - Função Afim 97 CAPÍTULO 05 - Função do 2º Grau ou Quadrática 101

Biologia 

CAPÍTULO 01 - Citologia 105

História  

CAPÍTULO 01 - Egito Antigo 123 CAPÍTULO 02 - Pré-Colombianas 129

Geografia     

CAPÍTULO 01 - Geografia Geral - Relação Sociedade Natureza 135 CAPÍTULO 02 - Geografia Geral - Urbanização do Espaço Mundial 137 CAPÍTULO 03 - Geografia Geral - Industrialização Mundial 142 CAPÍTULO 04 - Geografia Geral - População Mundial 145 CAPÍTULO 05 - Geografia Geral - Modos de Produção 152


FÍSICA b)

CAPÍTULO - 01 o AULA 01

TRABALHO RESISTENTE: Quando a força aplicada sobre o corpo se opõe ao deslocamento o trabalho é negativo e é chamado de trabalho resistente. O Trabalho será resistente quando:

Trabalho 1. TRABALHO DE UMA FORÇA CONSTANTE Trabalho é a medida da energia que é transferida para um corpo, em razão da aplicação de uma força ao longo de um deslocamento. Suponha que um móvel, ao longo de um deslocamento de módulo d, sofra a ação de uma força constante de intensidade F, inclinada de um ângulo  com o deslocamento.

C)

TRABALHO NULO Quando a força aplicada sobre o corpo é perpendicular ao mesmo, o trabalho é igual a zero e é chamado de trabalho nulo. Note que esta força não será responsável pelo deslocamento. O Trabalho será nulo quando:

O trabalho realizado por essa força, nesse percurso, é uma grandeza escalar definida por:

 F   F .d .cos No Sistema Internacional (SI), o trabalho é medido em joule (J), sendo definido pelo produto das unidades de força (newton) e deslocamento (metro). Ou seja: J = N . m. Quando o trabalho de uma força sobre um corpo for positivo (trabalho motor), este representa uma doação de energia ao corpo. Quando negativo (trabalho resistente), este indica uma retirada de energia do corpo.

1.2. Trabalho de uma Força Variável Quando a força aplicada sobre o corpo não é constante, não podemos aplicar a expressão matemática dada anteriormente, portanto é necessário buscar um outro caminho para resolver este problema. O módulo do trabalho realizado pela força F é numericamente igual à área do gráfico F x d (força versus deslocamento).

1.1. Tipos de Trabalho Podemos classificar o trabalho em física de três formas, trabalho motor, trabalho resistente e trabalho nulo. a)

TRABALHO MOTOR: Quando a força aplicada sobre o corpo favorece o deslocamento o trabalho é positivo e é chamado de trabalho motor.

N

  Area 2.

POTÊNCIA (Pot) É usada para medir a rapidez com que um trabalho é realizado. A potência média (Potm) é a razão entre o trabalho (‫)ح‬ realizado e o intervalo de tempo (∆t) gasto:

O Trabalho será motor quando:

F

Pot 

1

 t


MATEMÁTICA CAPÍTULO - 01 PROGRESSÃOARITMÉTICA

o AULA 01 I.

01 (UEPA.) A prefeitura de um município, preocupada com o êxodo rural, implantou um projeto de incentivo à agricultura orgânica, com previsão de 3 anos, para manter as pessoas no campo. Observou–se após a implantação que 12 famílias haviam sido beneficiadas no primeiro mês; 19 famílias, no segundo mês e 26 famílias, no terceiro mês. Segundo os técnicos, a previsão é de que o número de famílias beneficiadas mensalmente aumentará na mesma razão dos meses anteriores. Dentro dessas previsões. Determine o número de famílias que serão beneficiadas no último mês de execução deste projeto? a) 255 b) 265 c) 257 d) 250 e) 267

DEFINIÇÃO:

Chama-se progressão aritmética (P.A.) uma seqüência dada pela seguinte fórmula de recorrência: an = an – 1 + r ,  n  , n  2, onde a e r são números reais dados. II.

CLASSIFICAÇÃO:

02

Uma pessoa, querendo prepara-se para a “Corrida do Círio, se matriculou em um programa de condicionamento físico. No primeiro dia, correu 500 m; no segundo dia, 600 m; no terceiro dia, 700 m e, assim, sucessivamente, sempre correndo 100 m a mais do que dia anterior. Dessa forma, em que dia essa pessoa conseguiu correr 3 km? a) 21º b) 22º c) 25º d) 232º e) 26º

As progressões aritméticas podem ser classificadas em três categorias:  CRESCENTE. São as P.A. em que cada termo é maior que o anterior. È imediato que isto ocorre somente se r  0.  DECRESCENTE. São as P.A. em que cada termo é menor que o anterior. Isto ocorre somente se r  0.  CONSTANTE. São as P.A. em que cada termo é igual ao anterior. È fácil ver que isto só ocorre quando r = 0. III.

03

Com pretensões de economizar na construção da escada que dar acesso ao palco, o engenheiro manda comprar uma peça de metal de comprimento suficiente para cortar os 12 degraus. Se os comprimentos dos degraus formam uma progressão aritmética, se o primeiro degrau mede 20 cm e o último 12 cm, e supondo que não há perda de metal no corte.Determine o comprimento mínimo da peça em cm. a) 190 b) 191 c) 194 d) 192 e) 193

NOTAÇÕES ESPECIAIS:

Quando procuramos obter uma P.A. com 3 ou 4 ou 5 termos é muito prática a notação seguinte:  para 3 termos: ( x – r , x , x + r )  para 4 termos: ( x , x + r , x + 2r , x + 3r )  para 5 termos: ( x , x + r , x + 2r , x + 3r , x + 4r ) IV.

MÉDIA ARITMÉTICA:

Seja uma P.A. ( a1 , a2 , a3 ). Podemos dizer que é a2 média aritmética dos extremos.

04

(UFSM-RS) Tsiu ficou sem parceiro para jogar bolita (bola de gude); então pegou sua coleção de bolitas e formou uma seqüência de “T” (a inicial de seu nome), conforme a figura.

V. FÓRMULA DO TERMO GERAL: Na P.A. em que o primeiro termo é a1 e a razão é r, o n-ézimo termo é

Supondo que o guri conseguiu formar 10 “T” completos, pode-se, seguindo o mesmo padrão, afirmar que ele possuía: a) mais de 300 bolitas. b) menos de 220 bolitas. c) exatamente 250 bolitas. d) pelo menos 230 bolitas. e) exatamente 300 bolitas.

VI.

INTERPOLAÇÃO ARITMÉTICA: Interpolar, inserir ou intercalar k meios aritméticos entre os números a e b significa obter uma P.A. de extremos a1 = a e an = b, com n = k + 2 termos. Para determinar os meios dessa P.A. é necessário calcular a razão, o que é feito assim:

VII.

05 (UEPA) Para festa de formatura de uma turma da UEPA os alunos resolveram fazer uma coleta entre eles. A coleta foi feita da seguinte maneira: o primeiro a contribuir pagou R$ 10,00; o segundo R$ 20,00; o terceiro R$ 30,00 e, assim por diante, aumentando sempre R$ 10,00 em cada contribuição. Ao final da coleta foram arrecadados R$ 1 200,00. Qual o número de contribuintes? a) 10 b) 12 c) 15 d) 17 e) 16

SOMA DOS n PRIMEIROS TERMOS DE UMA P.A.: Em toda P.A., tem-se:

87


QUÍMICA CAPÍTULO - 01 Aplicar conhecimentos sobre a evolução dos modelos atômicos, caracterizando-os de acordo com o desenvolvimento científico tecnológico de cada período.

região do tubo apresentava uma luminescência esverdeada. Ele então suspeitou que essa luminescência era causada por algum tipo de radiação que o cátodo emitia. Essas radiações foram denominadas de raios catódicos, no entanto, Crookes não conseguiu determinar a natureza das mesmas.

o AULA 01 Estrutura atômica e eletrônica 1. Evolução dos modelos atômicos Um modelo científico pode ser definido como o resultado do processo de produzir uma representação abstrata, conceitual, gráfica ou visual, de fenômenos, sistemas ou processos com o propósito de analisar, descrever, explicar, simular - em geral, explorar, controlar e predizer estes fenômenos ou processos. Considera-se que a criação de um modelo é uma parte essencial de qualquer atividade científica. 1.1.

Átomo de Dalton John Dalton, em 1803, propôs uma teoria que explicava as leis da conservação de massa e da composição definida, é a chamada Teoria Atômica de Dalton. Essa teoria foi baseada em diversos experimentos e apontou as seguintes conclusões: 1. Toda matéria é formada de partículas fundamentais, os átomos. 2. Os átomos não podem ser criados e nem destruídos, eles são permanentes e indivisíveis. 3. Um composto químico é formado pela combinação de átomos de dois ou mais elementos em uma razão fixa. 4. Os átomos de um mesmo elemento são idênticos em todos os aspectos, já os átomos de diferentes elementos possuem propriedades diferentes. 5. Quando os átomos se combinam para formar um composto, quando se separam ou quando acontece um rearranjo são indícios de uma transformação química. Resumindo: Dalton acreditava que o átomo era uma esfera maciça, homogênea, indestrutível, indivisível e de carga elétrica neutra. Se fizermos uma comparação, os átomos seriam semelhantes a bolinhas de gude: maciças e esféricas.

1.2.

Átomo de Thomson J. J. Thomson (1856 - 1940): Por volta de 1897, Thomson após analisar os resultados obtidos nos experimentos com descargas elétricas nos gases, propôs que o átomo era constituído por uma esfera maciça positiva, na qual estariam incrustados os elétrons de carga negativa. Nasce a ideia da divisibilidade atômica. A carga positiva está distribuída de forma homogênea, por toda a esfera. Seu modelo ficou conhecido como o "modelo de pudim com passas".

01 Dalton, Rutherford e Bohr propuseram, em diferentes épocas, modelos atômicos. Algumas características desses modelos são apresentadas no quadro que se segue:

A descoberta do elétron No século XIX, inúmeros cientistas desenvolveram experiências sobre a condução de eletricidade através dos gases. Tais experiências eram realizadas na maioria das vezes com tubos de vidro, nos quais eram aplicadas duas placas metálicas denominadas de ânodo e cátodo, uma em cada extremidade, sobre elas se aplicava altas voltagens. Quando a corrente elétrica passava pelo gás existente no tubo, ela era mostrada em um amperímetro ligado ao esquema experimental.

Anodo

Catodo

Durante muitos anos não aconteceram novas descobertas sobre os raios catódicos, nem tão pouco havia sido descoberta a natureza desses raios. No ano de 1897 J. J. Thomson realizou novas experiências que o levaram a concluir que os raios catódicos eram formados por partículas que possuem carga negativa, pois Thomson provou que esses raios eram desviados para o lado positivo de um campo elétrico externo. Assim, essas partículas foram denominadas de elétrons. Após descobrir a natureza dos raios catódicos, Thomson procurou determinar algumas propriedades das partículas que constituem o raio como, por exemplo, o valor da carga e a massa destas partículas. Mas não foi possível obter experimentalmente o valor dessas grandezas.

Amperímetro

Durante a execução dos experimentos, os cientistas perceberam um fato inesperado: a corrente elétrica era indicada no amperímetro mesmo quando se alcançava alto nível de vácuo. Querendo descobrir a que se devia esse fenômeno, no ano de 1875, o físico e químico W. Crookes construiu um tubo curvo, produziu vácuo em seu interior e aplicou altas voltagens em suas extremidades, onde se localizava as placas metálicas. Ao fazer isso ele percebeu que uma determinada

MODELO I II III

CARACTERÍSTICAS Núcleo atômico denso, com carga positiva. Elétrons em órbitas circulares. Átomos maciços e indivisíveis. Núcleo atômico denso. com carga positiva. Elétrons em órbitas circulares de energia quantizada.

A associação modelo/cientista correta é: a) I/Bohr; II/Dalton; III/Rutherford. b) I/Dalton; II/Bohr; III/Rutherford. c) I/Dalton; II/Rutherford; III/Bohr. d) I/Rutherford, II/Bohr; III/Dalton. e) I/Rutherford; lI/Dalton; III/Bohr.

02 O

modelo atômico que suscitou a ideia de átomo com estrutura elétrica foi o: a) de Dalton. b) do átomo Planetário de Rutherford. c) de Bohr. d) de Mecânica Ondulatória. e) de Thomson.

47


BIOLOGIA g) 1930 – Knoll e Ruzka: inventaram o primeiro microscópico eletrônico.

CAPÍTULO - 01

3. Classificação das células

o AULA 01

3.1 Quanto ao tamanho.

1. Conceito: é a unidade morfológica (forma), fisiológica (função) e hereditária de todos os seres vírus, com exceção dos vírus que são acelulares.

Célula Animal

a) Células macroscópicas: são aquelas que podem ser observadas sem o auxílio de microscópico. Ex: gema de ovo, óvulo, alvéolo da laranja, etc. b) Células microscópicas: são aquelas que só podem ser observadas com auxílio de microscópico. Ex: células ósseas, epiteliais, leucócitos, etc 3.2 Quanto à organização nuclear: Baseia-se na presença ou ausência de uma estrutura denominada carioteca. a) Célula procarionte ou procariótica Características  Ausência de membrana nuclear ou carioteca  Ribossomos como única organela citoplasmática presente  Fornecimento de energia feito pelo mesossomo.  Material genético (DNA) disperso, solto, desorganizado no citoplasma.  Ausência de nucléolo.  Ausência de nucleoplasma. Ex: bactérias, algas azuis ou cianobactérias ou cianofíceas.

Fonte: Amabis e Martho. Biologia: biologia das células. Volume 1. 2ª edição. Moderna. 2004

Célula Vegetal

Fonte: Amabis e Martho. Biologia: biologia das células. Volume 1. 2ª edição. Moderna. 2004

2. Histórico Celular a) 1590 – Hans e Zacarias Jansen: inventaram o primeiro microscópico óptico. b) 1665 – Robert Hooke: descobriu a célula ao analisar um pedaço de tecido vegetal chamado de cortiça (casca de tecido vegetal morto). c) 1674 – Leeuwenhoech: observou e relatou as formas comportamentos de microorganismos (Pai da Microbiologia)

e

b) Célula eucarionte ou eucariótica: Características  Presença de membrana nuclear ou carioteca  Núcleo individualizado (material genético separado do citoplasma).  Citoplasma rico em organelas citoplasmáticas. (ribossomos, complexo de golgi, retículo endoplasmático, lisossomos, mitocôndrias etc...)  Presença de nucléolo.  Presença de nucleoplasma Ex: protozoários, fungos, vegetais e animais.

d) 1831 – Robert Brown: descobriu o núcleo celular. e) 1838 e 1839 – Schleiden e Schwann: Botânico e zoólogo, respectivamente, propuseram a teoria celular que dizia: “todos os seres vivos são formados por célula.” Atualmente a teoria celular encontra-se reformulada: (todos os seres vivos são constituídos por célula com exceção dos vírus) f) 1855 – Rudolf Virchow: ficou consagrado pela sua frase: “Omnis cellula et cellula”, que significa que toda célula origina-se de outra célula.

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CAPÍTULO - 01 EGITO ANTIGO 1.

MUNDOS DO TRABALHO Esta civilização teve início por volta de 4.000 a.C, e esteve localizada às margens do Rio Nilo, na porção nordeste do continente africano. Parte da história do Egito esta ligada ao rio Nilo, importante para os egípcios em diversos aspectos. Heródoto, autor da célebre frase “O Egito é uma dádiva do Nilo”, se referia a essa importância quando a registrou. Durante sua enchente depositava no solo uma rica camada de húmus nas margens do rio que fertilizava o solo. O clima quente e seco é próprio do deserto. Para desenvolver uma civilização no deserto do Saara, o Egito contou com três fatores: água, terra arável e trabalho humano. Em suas margens deu-se a domesticação de animais com as praticas da pecuária. O aumento da produção de gramíneas no limo das inundações levou à criação de um sistema de irrigação que levou à organização da economia que ajudou a armazenagem, levando ao desenvolvimento das ciências, e das artes. Portanto, citar a importância do rio Nilo, é compreender em grande parte, a organização econômica e social do Egito Antigo.

HISTÓRIA

o Shemu - Colheita (Abril-Julho) – Momento em que era realizada a colheita dos produtos que foram plantados no momento da semeadura. O Egito Antigo, teve sua agricultura baseada em um sistema de irrigação e diques, que permitiam tanto o controle, quanto a distribuição da água das enchentes, à regiões mais afastadas dos rios, aumentando a área de solos favoráveis a prática agrícola. Os principais produtos cultivados pelos egípcios foram os cereais (trigo e cevada), importantes para a prosperidade da região até pelo menos o século XIX a.C e o linho, de uma qualidade sem igual. Realizava-se também o cultivo de verduras e legumes, como o alho, cebola, alface e pepino. E finalmente, havia a existência também, de uma grande variedade de vinhos.

Pesca, Caça e Pecuária o Pesca: Mesmo havendo regiões no Egito em que o consumo de peixes era proibido, a atividade de pesca foi bastante difundida, principalmente no rio Nilo. Redes, cestos e arpões eram utensílios utilizados para tal atividade. o Caça: Essa atividade era praticada com utensílios como a arapuca, para a captura de aves. Tal prática se dava em locais como o deserto e pântanos, sendo este último, região de extração do papiro, que era uma espécie de planta utilizada para o fabrico de calçados, vestuários, velas, cordas, sendo seu caule, utilizado para a prática da escrita. o Pecuária: Houve a criação de gados, dentre eles, bois (muito utilizado no sacrifício aos Deuses), asnos e vacas. Além disso, se domesticou porcos, ovelhas carneiros e cabras. O cavalo só veio a aparecer no Médio Império, fruto da invasão dos povos hicsos no Egito. Se deu também, a criação de aves.

Mineração Os egípcios, no mundo antigo, foram povos que se utilizaram de uma variedade de recursos naturais, para usufruí-los como matéria prima para a produção artesanal feita por construtores e escultores mais especializados, que trabalhavam nas oficinas do rei e nos templos. Pedras sólidas, como o calcário e o granito, e semipreciosas, como a turquesa dão um exemplo disso, onde muitas das vezes, eram importadas de outras regiões. O ouro, prata e cobre, também já eram conhecidos e valorizados pelos egípcios.

Comércio

1.1 Atividades Econômicas A prática agrícola A Agricultura foi a principal atividade econômica desenvolvida pelos Egípcios na Antiguidade, e os camponeses, os felás, foram utilizados como a principal mão de obra em tal prática. Podemos afirmar, que os egípcios organizavam a agricultura em três etapas claramente divididas, correspondentes a três estações do ano: o Akhet - Inundação (Agosto-Novembro) – Período em que as terras eram banhadas pelas enchentes, e os trabalhadores eram aproveitados em outras atividades através da prestação de corvéia, prestação de serviços em obras públicas como por exemplo construção de templos, palácios, pirâmides, túmulos e na manutenção dos canais de irrigação, mas também poderiam serrecrutados para a guerra. o Peret - Semeadura (Dezembro-Março) – Com o solo fértil, fruto do limo deixado pela inundação, havia o plantio dos mais variados produtos.

A locomoção por terra, realizada no deserto, tinha como importante meio de transporte o asno, sendo este animal, muito utilizado no comércio de cargas. Já no que se refere ao transporte fluvial, os egípcios desenvolveram uma importante tecnologia náutica, que proporcionou a construção de embarcações pequenas, porém, rápidas. Além disso, havia no Egito Antigo basicamente dois tipos de comércio: o interno, que consistia na troca de produtos em pequenas quantidades, com pouca interferência da administração faraônica, e o externo, que eram expedições altamente controladas e organizadas pelo rei, assim como, a exploração de minas e pedreiras. Deste modo, enquanto que o Egito Antigo se caracterizou, pela exportação demasiada de vinhos, cereais, linho e papiro para outras regiões, importou por outro lado, pedras preciosas e madeiras.

Artesanato O artesanato no Egito antigo, também é outra atividade que merece destaque. Eram produzidos vasos, cestas, cordas e vasilhames além de outros produtos. Tal atividade podia ser dividida basicamente em dois níveis. No primeiro, classifiquemos o artesanato feito nas aldeias, no qual consistia em produções não muito sofisticadas, de uso doméstico e cotidiano. Já em um segundo nível, há a existência de produções artesanais feitas por artesãos possuidores de um trabalho mais especializado, como por exemplo, padeiros, ceramistas, escultores, desenhistas, ferreiros e entre outros. Tais personagens trabalhavam para o rei ou para o templo, no qual produziam artigos de luxo, como barcos, esculturas, joias, pinturas e entre outros. Além disso, conforme já citado acima, muitas das matérias-primas para a

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CAPÍTULO - 01 EGITO ANTIGO 1.

MUNDOS DO TRABALHO Esta civilização teve início por volta de 4.000 a.C, e esteve localizada às margens do Rio Nilo, na porção nordeste do continente africano. Parte da história do Egito esta ligada ao rio Nilo, importante para os egípcios em diversos aspectos. Heródoto, autor da célebre frase “O Egito é uma dádiva do Nilo”, se referia a essa importância quando a registrou. Durante sua enchente depositava no solo uma rica camada de húmus nas margens do rio que fertilizava o solo. O clima quente e seco é próprio do deserto. Para desenvolver uma civilização no deserto do Saara, o Egito contou com três fatores: água, terra arável e trabalho humano. Em suas margens deu-se a domesticação de animais com as praticas da pecuária. O aumento da produção de gramíneas no limo das inundações levou à criação de um sistema de irrigação que levou à organização da economia que ajudou a armazenagem, levando ao desenvolvimento das ciências, e das artes. Portanto, citar a importância do rio Nilo, é compreender em grande parte, a organização econômica e social do Egito Antigo.

HISTÓRIA

o Shemu - Colheita (Abril-Julho) – Momento em que era realizada a colheita dos produtos que foram plantados no momento da semeadura. O Egito Antigo, teve sua agricultura baseada em um sistema de irrigação e diques, que permitiam tanto o controle, quanto a distribuição da água das enchentes, à regiões mais afastadas dos rios, aumentando a área de solos favoráveis a prática agrícola. Os principais produtos cultivados pelos egípcios foram os cereais (trigo e cevada), importantes para a prosperidade da região até pelo menos o século XIX a.C e o linho, de uma qualidade sem igual. Realizava-se também o cultivo de verduras e legumes, como o alho, cebola, alface e pepino. E finalmente, havia a existência também, de uma grande variedade de vinhos.

Pesca, Caça e Pecuária o Pesca: Mesmo havendo regiões no Egito em que o consumo de peixes era proibido, a atividade de pesca foi bastante difundida, principalmente no rio Nilo. Redes, cestos e arpões eram utensílios utilizados para tal atividade. o Caça: Essa atividade era praticada com utensílios como a arapuca, para a captura de aves. Tal prática se dava em locais como o deserto e pântanos, sendo este último, região de extração do papiro, que era uma espécie de planta utilizada para o fabrico de calçados, vestuários, velas, cordas, sendo seu caule, utilizado para a prática da escrita. o Pecuária: Houve a criação de gados, dentre eles, bois (muito utilizado no sacrifício aos Deuses), asnos e vacas. Além disso, se domesticou porcos, ovelhas carneiros e cabras. O cavalo só veio a aparecer no Médio Império, fruto da invasão dos povos hicsos no Egito. Se deu também, a criação de aves.

Mineração Os egípcios, no mundo antigo, foram povos que se utilizaram de uma variedade de recursos naturais, para usufruí-los como matéria prima para a produção artesanal feita por construtores e escultores mais especializados, que trabalhavam nas oficinas do rei e nos templos. Pedras sólidas, como o calcário e o granito, e semipreciosas, como a turquesa dão um exemplo disso, onde muitas das vezes, eram importadas de outras regiões. O ouro, prata e cobre, também já eram conhecidos e valorizados pelos egípcios.

Comércio

1.1 Atividades Econômicas A prática agrícola A Agricultura foi a principal atividade econômica desenvolvida pelos Egípcios na Antiguidade, e os camponeses, os felás, foram utilizados como a principal mão de obra em tal prática. Podemos afirmar, que os egípcios organizavam a agricultura em três etapas claramente divididas, correspondentes a três estações do ano: o Akhet - Inundação (Agosto-Novembro) – Período em que as terras eram banhadas pelas enchentes, e os trabalhadores eram aproveitados em outras atividades através da prestação de corvéia, prestação de serviços em obras públicas como por exemplo construção de templos, palácios, pirâmides, túmulos e na manutenção dos canais de irrigação, mas também poderiam serrecrutados para a guerra. o Peret - Semeadura (Dezembro-Março) – Com o solo fértil, fruto do limo deixado pela inundação, havia o plantio dos mais variados produtos.

A locomoção por terra, realizada no deserto, tinha como importante meio de transporte o asno, sendo este animal, muito utilizado no comércio de cargas. Já no que se refere ao transporte fluvial, os egípcios desenvolveram uma importante tecnologia náutica, que proporcionou a construção de embarcações pequenas, porém, rápidas. Além disso, havia no Egito Antigo basicamente dois tipos de comércio: o interno, que consistia na troca de produtos em pequenas quantidades, com pouca interferência da administração faraônica, e o externo, que eram expedições altamente controladas e organizadas pelo rei, assim como, a exploração de minas e pedreiras. Deste modo, enquanto que o Egito Antigo se caracterizou, pela exportação demasiada de vinhos, cereais, linho e papiro para outras regiões, importou por outro lado, pedras preciosas e madeiras.

Artesanato O artesanato no Egito antigo, também é outra atividade que merece destaque. Eram produzidos vasos, cestas, cordas e vasilhames além de outros produtos. Tal atividade podia ser dividida basicamente em dois níveis. No primeiro, classifiquemos o artesanato feito nas aldeias, no qual consistia em produções não muito sofisticadas, de uso doméstico e cotidiano. Já em um segundo nível, há a existência de produções artesanais feitas por artesãos possuidores de um trabalho mais especializado, como por exemplo, padeiros, ceramistas, escultores, desenhistas, ferreiros e entre outros. Tais personagens trabalhavam para o rei ou para o templo, no qual produziam artigos de luxo, como barcos, esculturas, joias, pinturas e entre outros. Além disso, conforme já citado acima, muitas das matérias-primas para a

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GEOGRAFIA CAPÍTULO - 01 o AULA 01 RELAÇÃO SOCIEDADE NATUREZA Nos primórdios da humanidade, o homem pouco modificava a natureza, pois vivia da coleta, da caça e da pesca. Era subordinado às condições naturais, a tal ponto que andava de um lugar para outro à procura de meios para sua sobrevivência. Com a Revolução Neolítica, surge a agricultura e a pecuária, e o homem fixou-se à terra, apropriou-se da natureza passando a utilizá-la de acordo com seus interesses. Desde então a natureza tem sido cada vez mais modificada em suas condições originais: o homem derruba florestas, remove morros, abre túneis e constrói cidades. Hoje a ideia de domínio do homem sobre a natureza está consagrada, predominando a concepção de que homem e natureza estão desvinculados: o homem é capaz de dominar a natureza através de sua inteligência, por sua vez a natureza representa uma simples fonte de recursos necessários à sobrevivência do homem – os chamados recursos naturais. A relação homem-natureza é mediada pelo trabalho, entendido como a atividade de transformar os recursos naturais em bens capazes de satisfazer as necessidades humanas. 01 - As Transformações Técnicas e Científicas As intervenções na natureza e as consequentes modificações nelas introduzidas dependem das técnicas empregadas pelo homem, ou seja, o modo como ele irá realizar algo, envolvendo o uso de instrumentos. Movido por interesse ou forçado por alguma necessidade, o homem pode conceber novas técnicas e construir novos instrumentos, tendo em vista aumentar o rendimento do seu trabalho. Por isso a técnica vem passando por uma grande evolução, onde, cada vez mais, os instrumentos de trabalho tornam-se mais complexos, imprimindo progresso aos mecanismos de apropriação da natureza, o que significa maiores modificações e domínio sobre o mundo natural. Antes do capitalismo, a economia era basicamente de subsistência. Ao desenvolver-se o capitalismo foi aos poucos incorporando as atividades e promoveu a divisão do trabalho, afim de melhorar a produtividade que se destinariam ao mercado. 02 - Sociedade e Natureza Para determinadas sociedades antigas, ou mesmo para algumas culturas ainda existentes, a natureza é fonte de vida, mas não somente no sentido de fornecer recursos, e sim porque a natureza para elas apresenta-se sacralizada, o que significa que tais povos moldam sua cultura e sua idéia de religião a partir dos elementos naturais. Nas sociedades modernas o homem – por meio do trabalho – e a natureza – pelas matérias primas e pelos recursos naturais que oferecem – transformam-se conjuntamente em mercadorias. Sem dúvida, a natureza é um patrimônio comum da humanidade, pois é fonte de vida para todos os homens. Mas, dependendo da sociedade, a natureza e o próprio trabalho podem ser encarados de maneiras absolutamente diversas. É conveniente lembrar, no entanto, que a atividade dos grupos humanos, por mais transformadora que seja, não chega a eliminar a ação das forças naturais. Em vários aspectos, a natureza se apresenta como um fator limitante às atividades humanas.

03 - A Construção do Espaço Ao se apropriar da natureza, o homem começou a construir o seu próprio espaço e a modificar o ambiente natural. Hoje em dia a natureza já foi profundamente alterada pela ação humana: florestas foram derrubadas e rios tiveram seus cursos modificados. Em muitos lugares, o próprio ar que respiramos apresenta uma composição diferente da que apresentava há algum tempo. A superfície do planeta está cada vez mais pontilhada de agrupamentos humanos, entre os quais se destacam as grandes cidades, interligadas por uma rede densa de vias de transportes e de comunicação. Desse modo, o espaço é resultado de uma modificação cada vez maior da natureza pelo homem. A partir das relações entre os homens e do trabalho, o espaço começa a ser configurado de acordo com os aspectos culturais presentes na sociedade. Sendo assim o espaço é uma criação da sociedade e o trabalho é por excelência geográfico, na medida em que envolve a produção do próprio espaço. 04 - A Paisagem Geográfica A paisagem geográfica é as partes visíveis do espaço, que pode ser descrita pelos elementos ou objetos que a compõe, cada qual com suas formas, cores, sons e funções. As paisagens são formadas por elementos naturais, isto é, criadas pela própria natureza, e por elementos humanos ou sociais, ou seja, construídos pelos homens.

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