FÍSICA ÄÄ CAPÍTULO I - ACÚSTICA. 1 - INTRODUÇÃO Todos os sons são produzidos por corpos que vibram. Os sons podem ser gerados por vibrações de cordas, como num violão. É o que acontece também num piano: quando pressionamos uma tecla, um pequeno martelo percute uma corda esticada, e esta começa a oscilar. Num tambor, a vibração é de uma membrana; nos instrumentos de sopro (corneta, flauta, etc.), o que vibra é uma coluna de ar, colocada em movimento pelo sopro do instrumentista.
VELOCIDADE (m/s) 340
água
1.450
ferro
5.500
granito
6.000
A temperatura praticamente não influi na velocidade do som nos meios sólidos e líquidos, mas nos gasosos, tem importância vital. Demonstra-se, experimentalmente, que a velocidade do som em um gás é diretamente proporcional à raiz quadrada da temperatura absoluta desse gás, , onde k é uma constante que conforme a fórmula de Laplace: depende da natureza do gás; T é a temperatura absoluta (kelvin) do gás.
4 – QUALIDADES FISIOLOGICAS DO SOM 4.1 ALTURA Permite diferenciar um som grave de um som agudo. A altura do som depende apenas de sua freqüência: som alto = som de alta freqüência = som agudo; som baixo = som de baixa freqüência = som grave.
Ao penetrar no ouvido elas fazem a membrana do tímpano vibrar, e esse sinal é então transmitido ao cérebro, que o interpreta como som.
2 - FAIXA DE AUDIBILIDADE Um som, para “ser” som, deve ser audível pelo homem. Para que isso ocorra, a freqüência deve estar acima de um certo um valor, que pode variar de pessoa para outra, mas gira em torno de 20 Hz. Sons que tem freqüências inferiores a essa são chamados infra-sons. O homem só é capaz de ouvir sons até um certo valor de freqüência, que varia em torno de 20.000 Hz. Sons com freqüências maiores são chamados ultra-sons. É importante notar que a definição de som se baseia na capacidade auditiva do homem. Essa capacidade varia entre os animais. Veja a tabela abaixo:
INTERVALO MUSICAL OU ACÚSTICO Para que dois sons distintos possam ser comparados, em relação às suas alturas, define-se entre eles o intervalo acústico, da forma a seguir: Som A – freqüência (fA) Som B – freqüência (fB)
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
Nossa voz também é resultado de uma vibração. Quando falamos ou cantamos, o ar que sai dos pulmões põe em movimento as cordas vocais, que são pequenas membranas localizadas no interior da laringe. Ao vibrar, a fonte sonora (ou seja, o corpo que emite som) comprime e rarefaz o ar que se encontra em sua vizinhança. Formam-se, desse modo, ondas (as onda sonoras) que se propagam no espaço.
MEIO ar (200C)
iM = intervalo musical Intervalos acústicos definidos formam uma escala musical.
ANIMAL
MINIMA FREQUÊNCIA (Hz)
MÁXIMA FREQUÊNCIA (Hz)
rã
50
10.000
homem
20
20.000
Escola Musical escola musical proposta por Zarlin é construída de modo que, conhecendo-se a frequência de uma nota pode-se obter a frequência de todas as demais multiplicando-se esta por fatores bem definidos. Por exemplo: se conhecermos o Dó de uma oitava, as demais notas são obtidas pelo produto da frequência do Dó pelo fator F dado na tabela seguinte:
A
cão
15
50.000
DÓ
RÉ
MI
FÁ
SOL
LÁ
SI
DÓ
gato
60
65.000
↓
↓
↓
↓
↓
↓
↓
↓
morcego
1.000
120.000
mariposa
3.000
150.000
F=1
9 8
5 4
4 3
3 2
5 3
15 2
2
3 - A velocidade do som Nos líquidos e nos sólidos, onde as moléculas estão mais próximas umas das outras, a velocidade do som é bem maior do que em um gás.
Oitava seguinte
Definem-se ainda bemol e sustenido de uma nota como produtos da frequência dessa nota por 24/25 ou 25/24 respectivamente.
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Química ÄÄ capítulo I- ESTEQUIOMETRIA
Exercício 01. (Ceetesp-SP) A queima de uma amostra de palha de aço pro-
1. INTRODUÇÃO A estequiometria é de extrema importância no cotidiano, principalmente nas indústrias ou laboratórios, pois objetiva calcular teoricamente a quantidade de reagentes a ser usada em uma reação, prevendo a quantidade de produtos que será obtida em condições preestabelecidas. A palavra estequiometria é de origem grega e significa medida de uma substância. Estéquio: do grego Stoikheion (elemento ou substância) e Metria: do grego metron (medida).
2. CONCEITO
É a parte da Química que estuda a relação quantitativa existente entre as substâncias que fazem parte de uma reação Química.
3. aSPECTO PRÁTICO DA ESTEQUIOMETRIA
um composto pulverulento de massa: Menor que a original da palha de aço Igual a massa original da palha de aço. Maior que a massa original da palha de aço. Igual à massa de oxigênio do ar que participa da reação. Menor que a massa de oxigênio do ar que participa da reação.
02. Durante a queima de uma vela no ar, há diminuição de peso da vela. Esse fato contradiz a lei de Lavoisier? Justifique. 4.2. LEI DE PROUST (Lei das proporções constantes) Quase na mesma época de Lavoisier, Joseph Lois Proust, efetuando também uma grande série de pesagens em inúmeras experiências, chegou a seguinte conclusão: Enunciado: Em uma reação química as massas dos reagentes e produtos são, entre si, diretamente proporcionais. Carbono
+
Oxigênio
→
Gás carbônico
Experiência 1
3 gramas
8 gramas
11 gramas
Experiência 2
6 gramas
16 gramas
22 gramas
Observação: As duas Leis enunciadas anteriormente são denominadas Leis ponderais porque se referem as massas das substâncias envolvidas.
Saber a proporção correta da mistura ar-combustível que deve ser usada para o bom desempenho do motor de um carro.
Determinar a composição definida para cada medicamento.
Calcular a quantidade necessária de gás nitrogênio, para garantir a maior segurança possível na utilização dos airbags.
4. Leis Ponderais das Reações Químicas
Antigamente, acreditava-se que, quando o carvão queimava, ele desaparecia. Essa impressão, porém, está errada porque não se está levando em conta a matéria que escapa nas chamas durante a combustão. Quando uma esponja de aço enferruja, sua massa aumenta. Será que houve “criação” de matéria? Não! Ocorre que o oxigênio do ar se incorpora ao ferro da esponja, durante o enferrujamento, produzindo o aumento de massa total da esponja de aço.
4.1. LEI DE LAVOISIER (Lei da conservação da matéria) No interior de um recipiente fechado, a massa total em uma reação química não varia, qualquer que sejam as transformações que venham a ocorrer nesse espaço. Carbono 3 gramas
+ Reagentes 11 gramas
Oxigênio 8 gramas
→
Gás carbônico 11 gramas Produto 11 gramas
Enunciado: Na natureza, nada se perde, nada se cria; tudo se transforma.
04. Numa 1ª experiência, 1,5 g de A combina-se com 0,5 g de B na formação de C. Numa 2ª experiência, juntamos 6,0 g de A com “x” gramas de B, formando “y” gramas de C. Para que a 2ª experiência esteja de acordo com as leis ponderais, os valores de x e y na 2ª experiência devem ser respectivamente iguais a: a) 2,0 gramas e 8,0 gramas. b) 2,5 gramas e 8,5 gramas. c) 3,0 gramas e 9,0 gramas. d) 3,5 gramas e 9,5 gramas. 05. (UFPB-PB) A tabela abaixo mostra os resultados de três experimentos, que consistem em fazer uma faísca elétrica atravessar uma mistura dos gases hidrogênio e oxigênio (síntese da água). Quantidades iniciais (g) Experiência
Determinar o volume do gás eliminado numa chaminé.
03. (Uespi) Qualquer que seja a procedência ou processo de preparação do NaCl, podemos afirmar que sua composição é sempre 39,32% de sódio e 60,68% de cloro, com base na lei de: a) Lavoisier. b) Dalton. c) Proust. d) Richter. e) Avogadro.
Hidrogênio
Oxigênio
1
3,0
2
0,2
3
5,0
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
Os cálculos estequiométricos possuem aplicações diversas e representam ferramenta indispensável na química. Por intermédio dos mesmos, é viável, por exemplo:
duz a) b) c) d) e)
Quantidades finais(g) Água
Excesso
30,0
X
6,0 (oxigênio)
2,0
1,8
Y (oxigênio)
20,0
W
Z (hidrogênio)
Calcule os valores de X, Y, W e Z que satisfazem simultaneamente, às leis de Lavoisier e de Proust.
5. Cálculo de Fórmulas 5.1. Introdução Atualmente a fórmula da água, H2O, é familiar a qualquer aluno desde os primeiros estudos de ciências. O famoso químico John Dalton, no início do século XIX, tinha certeza de que a formula da água deveria ser HO, ou seja, que a proporção de átomos deveria ser 1 : 1. No entanto, foi apenas 50 anos depois que a real formula da água foi obtida. Nos vestibulares modernos, trabalha-se principalmente com as fórmulas moleculares, mínimas e porcentual.
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Biologia ÄÄ CAPÍTULO I – CITOLOGIA ÂÂAULA 01 - INTRODUÇÃO À CITOLOGIA I. CONCEITO: A Citologia (do grego Kytos = célula; Logos = estudo) é o capítulo da biologia que estuda a célula e seus componentes.
• MAIORIA DOS SERES VIVOS: Porque os vírus apesar de serem considerados seres vivos, não têm organização celular (são seres acelulares). 2. CONSTITUIÇÃO DA CÉLULA: É constituída basicamente pelas seguintes estruturas:
II. HISTÓRICO: 1. (1590) HANS E ZACHARIAS JANSEN: Criaram o primeiro microscópio óptico (todo microscópio óptico é composto por duas ou mais lentes).
a) MEMBRANA: É uma estrutura que reveste e protege a célula além, de controlar as trocas de substâncias entre os meios intra e extracelular. b) CITOPLASMA: É geralmente a maior região viva da célula, estando situada entre a membrana e o núcleo. Nessa região encontramos pequeníssimas estruturas denominadas Organelas Citoplasmáticas. c) NÚCLEO: É um corpúsculo geralmente central e esférico que controla as principais funções celulares como: síntese proteica, reprodução celular e transmissão da hereditariedade.
IV. CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS: 1. QUANTO AO NÚMERO DE CÉLULAS: a) UNICELULARES: Formados por uma única célula. Ex.: Algas unicelulares, Bactérias, Cianobactérias, Mycoplasma (PPLO) e Protozoários. 3. (1672) GREW E MALPIGHI: Observaram células em diversas plantas.
b) MULTICELULARES: Formados por várias células. Ex.: Animais, Vegetais e Fungos.
4. (1674) LEEUWENHOECK: Descobriu os microorganismos, sendo por isso considerado o pai da microbiologia.
UNICELULAR
PLURICELULAR
ANIMAL
Protozoário
Metazoário
5. (1824) DUTROCHET: Observa células em animais.
VEGETAL
Protófita
Metáfita
6. (1831) ROBERT BROW: Observando células de orquídeas, encontrou uma massa densa e globosa, ao qual denominou Núcleo, admitindo que esta formação estivesse presente em todas as células. 7. (1835) DUJARDIN: Evidenciou uma massa gelatinosa existente entre o núcleo e a membrana envolvente, denominando-a Sarcódio, denominação esta modificada para Citoplasma por Kolliker. 8. (1838) MATIAS SCHLEIDEN E THEODOR SCHWANN: Um botânico e um zoólogo, respectivamente, propuseram a Teoria Celular que apresentava o seguinte enunciado: “Todos os seres vivos são formados por células”. NOTA: Atualmente esta teoria foi ampliada e está enunciada da seguinte maneira: “Todos os seres vivos são formados por células, com exceção dos Vírus”.
V. CLASSIFICAÇÃO DAS CÉLULAS: 1. QUANTO AO PADRÃO DE ORGANIZAÇÃO: a) CÉLULAS PROCARIÓTAS: • Não apresentam membrana nuclear (Carioteca); • Material Genético disperso no citoplasma; • Pobres em organóides citoplasmáticos; • Apresentam membrana plasmática; • Apresentam uma parede celular rígida constituída por proteoglicano, a qual envolve a membrana plasmática. • Presença de Mesossomos em bactérias (invaginaçao da membrana plasmática com função de produção de energia); • Hialoplasma; • Ribossomos. Ex.: Bactérias, Cianobactérias e Mycoplasma (PPLO).
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
2. (1665) HOBERT HOOKE: Ao analisar finíssimas partículas de cortiça ao microscópio, percebeu múltiplos poros aos quais denominou Célula, sendo por isso considerado o pai da citologia.
9. (1855) RUDOLF VIRCHOW: Declarou: “Omnis cellula et cellula”, que significa: toda célula se origina de outra pré-existente. 10. (1878) WALTER FLEMMING: Descreveu detalhadamente o processo de reprodução celular. 11. (1885) HERTWIG: Criou a teoria protoplasmática. 12. (1932) KNOL E RUZKA: Construíram o primeiro microscópio eletrônico.
III. CONSIDERAÇÕES GERAIS: 1. CONCEITO DE CÉLULA: É a unidade anatômica (morfológica), funcional (fisiológica) e genética da maioria dos seres vivos. • MORFOLÓGICA: Porque é a menor parte da matéria viva que constitui os tecidos; • FISIOLÓGICA: Porque é a menor porção da matéria capaz de realizar todos os fenômenos vitais; • GENÉTICA: Porque a célula é a responsável pela transmissão das características hereditárias
NOTA: Com exceção das hemácias dos mamíferos, todas as demais células, mesmo aquelas em que o núcleo não está individualizado (células procariotas), são consideradas nucleadas. Bactérias e Cianobactérias têm o seu material nuclear representado por moléculas circulares de DNA difusas no citoplasma (nucleóide). Logo, não podemos considerá-las anucleadas. b) CÉLULAS EUCARIÓTICAS: • Apresentam membrana nuclear (Carioteca); • Material genético concentrado no núcleo;
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