GPEC – Educação a Distância [Escolha a data]
MÓDULO 1
DICAS PARA EVITAR ACIDENTES NA ESCOLA
Nelson Pascarelli Filho |Curso: Gestão Educacional e Prática Pedagógica
DICAS PARA EVITAR ACIDENTES NA ESCOLA
Nelson Pascarelli Filho
"O prazer no trabalho aperfeiçoa a obra." ( Aristóteles) LEMBRAR SEMPRE! Todo acidente é gerado por falhas humanas! Máquinas, instalações elétricas e construções necessitam de constante manutenção e somente seres humanos treinados podem fazer isto corretamente! BANHEIROS
Legalmente: adaptar sanitários para quem tem dificuldades em locomover-se com segurança. Colocar barras de apoio, vasos sanitários e pias para crianças. Não deixar produtos para limpeza no banheiro. Sabonete em barra fixa. Instalar alarme contra incêndio. Uso controlado durante as aulas. O professor deverá saber quais os alunos que saíram durante a aula para ir ao banheiro. Pratique o triunfo da limpeza constante sobre a sujeira. Inspetor de alunos dentro do banheiro. Lugar perigoso: não tem espaço seguro para cair. Riscos de quedas e cortes graves. O piso deverá estar sempre seco.
BIBLIOTECA
Cuidado com estantes de metal com rebarbas: provocam cortes profundos. Não empilhe os livros. Coloque-os de modo acessível aos alunos. Constante limpeza: risco biológico. Evite superlotação. Não faça instalações elétricas improvisadas. Risco de incêndio: papel alimenta o fogo.
CAIXA D’ÁGUA
Modernizar! Limpeza anual. Certificação de potabilidade: Sabesp e Adolfo Lutz Vedação: cuidados com as pombas, os ratos, insetos e as lagartixas.
CONTRATOS
Listar, enumerar, reforçar, lembrar e ler nas RPMs quais são as responsabilidades da escola, pais e alunos na conservação e uso correto do patrimônio da escola. Notifique por escrito os pais cujos filhos apresentam comportamentos inadequados que possam gerar acidentes.
COZINHA E CANTINA
Aluno não deve entrar nem por um minutinho na cozinha! Evite servir lanches e refeições com maionese e frutos do mar, pois são muito perecíveis. Funcionários deverão ser treinados por nutricionistas. Seguir as normas de higiene da legislação em vigor. Exames médicos periódicos dos profissionais que manipulam alimentos. Dedetizar o local por profissionais capacitados. Comprar alimentos de fornecedores que respeitam as normas de segurança alimentar. Não estocar alimentos junto dos produtos de limpeza. Verificar o prazo de validade de todos os produtos do estoque. Nunca fornecer ao aluno utensílios de vidro e pontiagudos. Cuidado com o recheio quente: sinalize! Campanhas sistemáticas abordando: destinação correta do lixo, combate ao desperdício de alimentos; alimentação saudável – “comer não é nutrir”. Para evitar que a merenda escolar estrague, faça a contagem dos alunos que estão na escola. Reduza o lixo orgânico e riscos biológicos ao armazenar sobras.
EQUIPAMENTOS E REDE ELÉTRICA
Rede elétrica adequada ao nível total de tensão. Nunca usar benjamins. Não colocar extensões nos locais de circulação e nem debaixo de tapetes!
Usar extensões e fios de fabricantes que seguem as normas técnicas da ABNT. Treinar alunos de como interagir corretamente com os equipamentos. Investir em manutenção. Cuidado: o barato sai caro! Contrate profissionais formados por escolas técnicas renomadas.
ESPAÇO PARA O RECREIO
Não colocar no recreio alunos com faixas etárias distantes. Vigiar, avaliar riscos e treinar! Tolerância zero depois que treinou os alunos com comportamentos inadequados que geram acidentes. Limpeza permanente ! Colocar cartazes no pátio com as atitudes que os alunos devem praticar: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
Lixo no lixo. Seja educado. Brincar sim. Cuidado com os pequenos, você já foi um deles. Coloque lixeiras com etiquetas no pátio da escola. Papel, plástico, material orgânico. Ensine aos estudantes a importância de separar o lixo para reciclagem.
FUMO
Fumar na escola não! Fumaça nociva na escola apesar das campanhas antitabagismo e da avalanche de informações acerca dos males do cigarro, os adolescentes estão começando a fumar cada vez mais cedo; muitos acreditando que não vão se viciar! Em algumas capitais brasileiras como São Paulo, Porto Alegre e Recife, fumar nas dependências da escola é proibido por lei municipal. A experiência cotidiana, no entanto, mostra que a norma quase nunca é posta em prática. E mesmo quando é cumprida, lá estão as rodinhas de alunos fumantes a alguns metros do portão da escola. Apesar de ser uma droga lícita, o tabaco é um problema sério de saúde, daí a importância de o educador abordar o assunto em sala de aula. No Brasil, estima-se que haja 30 milhões de fumantes. O fumo passivo também é prejudicial à saúde, é importante ter informação a respeito e evitar o vício. Evitar fumar em lugares públicos, principalmente em escolas, pois além de expor não fumantes à fumaça do cigarro, podem estimular outras pessoas a fumarem.
JARDINS
Manutenção constante. Cuidado com crianças alérgicas às abelhas e formigas. Retire plantas ornamentais venenosas. Conheça as plantas venenosas no texto complementar.
ANOTE
Ceatox 0800 148 110. Centro de assistência toxicológica do instituto da criança do hospital das clinicas da faculdade de medicina da universidade de São Paulo, que funciona 24 horas.
MEDICAR ALUNOS
Nunca medique os alunos, exceto por ordens médicas. Mantenha uma cópia da receita e autorização dos pais. Procure saber com os responsáveis o que fazer em caso de acidentes. Anote na ficha de cada aluno o nome do convênio médico.
PLAYGROUNDS
Conheça os playgrounds onde as crianças brincam. Procure equipamentos apropriados para a idade das crianças e verifique se os equipamentos estão enferrujados, quebrados ou contêm superfícies perigosas. Avise a mantenedora. Lesões adquiridas em playgrounds são as mais comuns no ambiente escolar. A maioria delas é resultado de quedas e são essas as mais severas (lesões e fraturas na cabeça). O playground deve ser instalado em piso que absorva impacto, como um gramado, um piso emborrachado ou areia fina. Jamais deve ser instalado em piso de concreto ou pedra. Tire o capuz e o cachecol de todas as crianças para evitar perigo de estrangulamento nos playgrounds. Pode ocorrer também estrangulamento quando as roupas enroscam ou prendem a criança no brinquedo. Crianças menores que brincam em equipamentos destinados a crianças mais velhas também estão em constante risco. Ensine aos alunos regras de comportamento nos playgrounds, como não empurrar, não dar encontrões e nem se amontoar. Mostre quais são os equipamentos apropriados para a faixa etária dela. A maioria das lesões envolvendo playgrounds é causada por quedas. O risco de lesão é quatro vezes maior se a criança cair de um brinquedo acima de 1,5 metros.
As crianças devem estar sob constante supervisão de adultos durante a brincadeira no playground. Para mais informações, consulte a ABNT sobre a norma referente aos playgrounds.
QUADRAS
Evitar a ferrugem das traves. Piso adequado para as atividades esportivas. Nunca deixar os alunos sozinhos. Não permitir que alunos pequenos joguem com os maiores. Lembre-se que a crueldade é um comportamento inadequado inerente ao desenvolvimento do pré-adolescente. Investir em manutenção. Começou a chover, retire imediatamente os alunos da quadra. Certifique-se de que os alunos, quando praticam esportes, estão agrupados de acordo com seus níveis de habilidade, peso e maturidade física, especialmente para esportes de contato. Na adolescência, a maturidade física permite uma alta competência nos esportes, mas também aumenta o risco de lesões sérias. Óculos na quadra não!
1. É norma de segurança não permitir o uso de óculos durante as atividades em educação física, jogos e brincadeiras. 2. Quedas, boladas e trombadas podem gerar cortes profundos na face, entrando cacos de vidros ou acrílicos nos olhos. 3. O ideal seria que nem no recreio os alunos usassem óculos, porém, muitos estudam durante o intervalo. 4. Ao definir uma norma proibitiva, explique a razão. Seja democrático e prático.
REFORMAS
Não faça reformas de grande porte durante o período letivo. Nem mesmo pintura. Não permita que pedreiros, eletricistas e vidraceiros trabalhem sem equipamento de segurança. Não inicie as aulas com entulho. Faça o descarte correto. Faça sempre um contrato de prestação de serviços. Cronograma inteligente. Fotografe os operários trabalhando. A escola responde legalmente pela segurança de todos. O exemplo educa. A escola é o reflexo da direção.
SALA DE AULA
Superlotação causa acidentes. Não comece a aula: 1. 2. 3. 4. 5.
Se tiver lixo fora do lixo; Com as mochilas na área de circulação; As carteiras amontoadas num layout caótico; Ventilação inadequada; Com o ar viciado.
Se não houver ninguém em uma sala de aula, apague a luz. Quando houver aula, mas o dia estiver claro, abra as janelas e cortinas. Muitas vezes, isso é suficiente para iluminar o ambiente. Caso você saia da sua sala e tenha que passar meia hora fora, desligue o monitor do seu computador. Se for passar mais tempo fora, desligue o computador.
TRÂNSITO AO REDOR DA ESCOLA
Legalmente a escola deverá trabalhar o tema na grade curricular e em todos os níveis de ensino. Faça palestras de educação para o trânsito envolvendo toda a comunidade escolar. Dê folhetos informativos para os pais sobre o modo mais seguro de lidar com o trânsito ao redor da escola. Sinalização adequada de onde pode parar e estacionar. Justificar as atitudes tomadas. Nunca deixar por isso mesmo. Morrem no Brasil cerca de 50 mil pessoas por ano devido a acidentes de trânsito. Principalmente jovens entre 18 – 30 anos. A cada 10 minutos ocorre um acidente de trânsito com vítima fatal.
VISÃO
Um em cada cinco estudantes apresenta alguma deficiência na visão, de acordo com levantamentos do conselho brasileiro de oftalmologia. De cada 100 estudantes, em média dez precisam de óculos, por apresentar problemas de refração, e cinco têm menos da metade da visão normal. 95% dos problemas oftalmológicos podem ser detectados com a simples observação das crianças em sala de aula. Proíba brincadeiras com lápis apontados ou materiais pontiagudos que possam atingir os olhos.
Selecione os brinquedos de acordo com a idade das crianças. Certifique-se de que o espaço de recreação é seguro. Se uma partícula (cisco) cair sobre o olho, lave-o com água filtrada ou soro fisiológico. O cisco deve ir para o canto do olho. Com cuidado, remova-o com cotonete ou gaze. Se não conseguir retirá-lo, tampe o olho com gaze e leve a criança ao oftalmologista.
Para Saber Mais Livros:
Primeiros Socorros e Prevenção de Acidentes de Trabalho e Domésticos. Antonio Buono Neto e Elaine Arbex Buono. LTR. 2005.
Filme:
Apollo 13 - Do Desastre Ao Triunfo. Ron Howard. EUA, 1995.
Sites:
www.criancasegura.org.br http://abpa.radnet.com.br www.abnt.org.br