BRIEFING Um informativo de Publicitários para Publicitários
Este é um informativo, realizado pelos alunos da 6ª fase do curso de Publicidade e Propaganda, da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), na disciplina ASSESSORIA DE COMUNUNICAÇÃO INTEGRADA;
As marcas da Copa do Mundo e As regras de aplicação da FIFA Ewerton Alex da Silva
Torcida brasileira na Copa de 2010, na África do Sul. Foto: Stuart Franklin/Getty Images
O maior evento esportivo do planeta vai começar. No próximo mês o juiz vai apitar e a Copa do Mundo FIFA 2014 vai começar no Brasil. E como é tradicional, inúmeras campanhas explorando o evento estão rolando em todos os meios de comunicação, divulgando empresas dos mais variados segmentos. Mas será que qualquer um pode criar uma campanha da Copa do Mundo? Saiba o que pode e o que não pode ser feito. A Copa do Mundo é uma marca registrada da FIFA (Federação Internacional de Futebol Associados, em tradução livre) e possui registro no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). Sendo assim, ela não pode ser utilizada, nem por você, nem em campanhas das Casas Bahia ou outra empresa que não seja uma patrocinadora o evento.
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Marcas como a logo da entidade, da Copa do Mundo, o mascote, o slogan oficial do evento (juntos num só ritmo) e outros símbolos tido como oficiais não podem ser utilizados. O uso dos escudos das confederações, como o da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), também é proibido, apesar de não pertencerem à FIFA. O uso indevido das marcas é crime e acarreta vários danos, inclusive o moral. As punições podem variar de multas até um ano de detenção.
Exemplos de marcas que não podem ser utilizadas. Fonte: Iska Digital.
Mas calma! Se você precisa explorar esse tema em uma campanha, pode usar as bandeiras dos países, nacionalismo e expressões da torcida, como “vai Brasil” ou “o hexa é nosso”, por exemplo. No link abaixo você pode conferir todas as marcas e palavras registradas pela FIFA no INPI: http://www.inpi.gov.br/images/docs/inpimarcas__marcas_de_alto_renome_da_fifa_em_vigencia__2013-03-26.pdf Fontes: Adnews. Disponível em: http://www.adnews.com.br/internet/infografico-o-que-sua-marca-nao-pode-usar-durante-a-copa-do-mundo Iska Digital. Disponível em: http://www.iskadigital.com.br/blog/infografico-o-que-voce-nao-pode-usar-durante-copa-mundo/
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PAPO DE GENTE GRANDE
Por Lais Santos
Você está na reta final do curso. Começam as buscas por oportunidades e estágios. Mas o que as empresas querem? O que elas esperam de você? Pensando nisso, conversamos com dois veteranos, formados há mais de um ano em publicidade e propaganda, comprometidos e atuantes na área. Aqui vão as dicas: As primeiras dicas são da Gabriela Domingos dos Santos, comunicóloga, publicitária, especializando em desenvolvimento e comunicação de moda, coordenadora de desenvolvimento de produto Da RenauxView, EMPRESA têxtil de Brusque. 03
1) acredite, você não é genial: a melhor ideia não é a mais mirabolante e sim a que é mais adequada e resolve o problema do cliente; 2) mate no peito: assuma as responsabilidades, monte projetos executáveis e cumpra os prazos 3) trabalhe em equipe: confie nas pessoas que estão com você. Trabalhem juntos. Assim ninguém fica sobrecarregado e o Job finaliza mais rápido. A assistente de marketing da DC Logístic Brasil, Priscila Costa acrescenta: “Seja multi. Foque no que você é melhor, mas saiba que você não vai ser apenas um criativo ou assistente de marketing. Você será um profissional de comunicação e isso significa entender de comunicação. Por isso, não perca a vontade de aprender. Seu diferencial vai ser flexível e conhecer um pouquinho de tudo!”, concluiu.
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HORAS COMPLEMENTARES
QUE BICHO É ESTE? Mariana da Gama e Silva Volpe
Assim como diversos cursos, o de Publicidade e Propaganda também tem horas complementares obrigatórias. São 210 horas a serem cumpridas ao longo do Curso e apresentadas para validação a partir do 6° período. Podem ser desenvolvidas nas áreas de ensino, pesquisa, extensão, produção bibliográfica, trabalhos técnicos e produção cultural. Em cada uma dessas áreas, poderão ser quantificadas para fins de aproveitamento e registro até 150 horas. Fiquem ligados, pois a data de entrega final deste semestre é no dia 19 de maio. O edital com informações detalhadas pode ser encontrado no site da Univali na aba graduação - http://bit.ly/1kZGfQp E como preencher todas essas horas, inclusive quando se está próximo à formatura? Seguem algumas dicas para ajuda-lo a cumprir a tarefa: A FGV disponibiliza cursos online gratuitos e pagos que geram certificados e existem vários na área de comunicação. Você pode conferir no site deles e escolher qual o melhor pra você. http://www5.fgv.br/fgvonline/Cursos/Gratuitos O Olhares Múltiplos está aí e tem “uma pá” de atividades interessantes pra fazer! Basta se inscrever e participar! www.olharesmultiplos.com.br
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Se você faz estágio, também pode incluir estas horas. Trabalha com carteira assinada na área? Também vale. Estágio ou trabalho voluntário? Idem. Intercâmbio? Pode contar.
Fez curso de línguas? O Nelle Online oferece módulos de 32 horas sem custo adicional para alunos de graduação. WWW.univali.br/nelle Assistiu bancas? Faz parte de algum coral, teatro ou atividade cultural? Mais horas e por aí vai. Na coordenação do curso, você encontra certificados dos eventos deste semestre e do anterior. Se você participou de algum, basta se identificar e pegar o seu. Lembre-se também que algumas atividades não validam 100% das horas. Uma dica é calcular suas horas conforme o edital. E então, conseguiu fechar as horas? Que bom! Não se esqueça de incluir essas atividades também em seu portfólio. Sim, aquele que você vai usar para conseguir uma vaga no mercado, junto com seu diploma de graduação. Boa Sorte!
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INTERCÂMBIO
EU FIZ Entrevista com a Natasha Machado do 6º período de PP. Por Franscisco Manual
Estudante de Publicidade na Univali de Itajaí, ela nos conta a experiência enriquecedora que passou em Portugal (Coimbra) onde se apaixonou pela tradição, pela vida louca e pela mescla de pessoas e culturas do mundo intero. Como foi o seu intercâmbio? Foi muito legal. Me ajudou a aprender muitas coisas sobretudo conhecer pessoas novas que com certeza eu vou encontrar novamente e criar parcerias que me possam trazer novos ambientes de trabalho no futuro além de morar fora da casa dos meus pais e ter saudades o que não tinha experimentado ainda. O que você encontrou em Portugal? Na real, achava que as pessoas iam ser fechadas e na frias. Mas nem tanto, é só você começar a falar que as pessoas se abrem. Encontrei pessoas cultas que gostam de conhecer mais e que adoram suas raízes e tradições. A Universidade de Coimbra é muito conhecida pela antiguidade mas também pelo legalização do Trote, que se chama “A Praxe”. Quais as diferenças das versões Brasileira e Portuguesa? 07
Eu penso que a diferença mais significativa é no respeito aos “calouros”. Lá tem um sistema mais estruturado. No início o trote serve como elemento integrador dos novos estudantes com o resto do seu curso. Claro que tem algumas regras e uma hierarquia, mas não há violência, a Universidade patrocina festas de integração dos estudantes. - Existem preconceitos aos Brasileiros? Sim alguns são divertidos. A maioria deles são causada pela mídia. No entanto, os portugueses são muito hospitaleiros e no final as situações acabam por ser engraçadas. Por exemplo, encontrei muitos estudantes estrangeiros achavam que o Brasil era só o Rio e São Paulo, e que o resto era só Amazônia. Aí eu tive que pegar um mapa e mostrar o tamanho do Brasil! - Quais as dificuldades que você encontrou para entrar na Europa e em Portugal? Na Europa não dá problemas o visto. Mas quando cheguei em Portugal me pediram comprovantes de moradia, documentos assinados pelos professores e validade do meu visto na Polícia. O pior fio tirar tempo do meu dia e ter que me deslocar para os escritórios das prefeituras como a “Loja do cidadão” onde os funcionários não são muito simpáticos. De qualquer forma a experiência compensa no final,só recomendo as pessoas que se informem muito bem antes de ir para lá e que sobretudo tenham muita paciência.
Entrevista Entrevista com com aa Francisco Francisco Manual Manual Intercambista Intercambista da da Espanha Espanha OLA, SOY FRANCISCO, INTERCAMBISTA DE ESPANÃ Por Natasha Aragão
Francisco Manuel Sanchez Olaya, 24 anos, natural de Cañete de Las Torres – Espanha, faz matérias nos cursos de comunicação e está se formando em Publicidade e Relações Públicas. Ao ser selecionado para fazer intercâmbio através do programa de bolsas do Santander, Francisco escolheu o Brasil por diversos motivos. Ele, que já havia morado em Portugal e conhecido Brasileiros por lá, disse que gostaria muito de conhecer nossa cultura e nosso país. Escolheu a UNIVALI, pois amigos recomendaram o curso de Relações Públicas que a universidade ofe-
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rece. Além disso, queria morar próximo da praia e a natureza, pois pratica esportes ao ar livre como hobby. Quando questionado sobre as diferenças entre a sua universidade de origem, a Universidade de Cádiz no sul da Espanha e a UNIVALI, Francisco logo disse que a maior diferença é o método de avaliação, pois aqui trabalhamos diversas formas de avaliação, como provas, trabalhos e seminários. Nas universidades da Europa os alunos são submetidos apenas a uma avaliação final no fim do semestre. Quanto às suas expectativas em relação ao intercâmbio, ele disse que só espera o melhor - conhecer pessoas interessantes e vivenciar a cultura brasileira. Na Europa, Francisco cursava Relações Públicas e Publicidade ao mesmo tempo, pois lá é apenas um curso. Ele prefere assim porque ao longo da faculdade nós aprendemos assuntos das duas áreas e assim saímos formados com mais conteúdo. Uma grande diferença é que lá não são exigidas horas complementares e estágios, pois normalmente as faculdades são em período integral e o aluno se dedica apenas aos estudos. Apesar de todas as diferenças culturais e econômicas, Francisco disse que está gostando muito da experiência e que gosta muito do Brasil, ele diz que sente vontade de estender sua estadia, pois adora o clima e as praias. Sua dica para quem quer fazer intercâmbio é sua cidade natal, onde ele cursava a faculdade de Cádiz, na Espanha. “É uma cidade cheia de cultura, com festivais de rua e danças flamencas. As pessoas são simples e felizes. O clima é parecido com o de Santa Catarina. Temos praias e muitos jovens, pois é uma cidade com quase vinte mil estudantes. A universidade também é ótima, oferece vários cursos e são todos muito acolhedores”, concluiu.
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Natasha também fez intercâmbio e garante que a experiência vale para a vida toda. “Quando decidi estudar fora não tinha ideia de como isso mudaria meu jeito de ver o mundo. É uma experiência maravilhosa, lições que vou levar para sempre, além de ser um ótimo diferencial no currículo. Durante o semestre que cursei em Coimbra, além de estudar na universidade mais antiga e tradicional de Portugal, tive a oportunidade de conhecer pessoas de todas as partes do mundo. Fiz muitos amigos, viajei, aprendi novas línguas e amadureci. Hoje sinto muitas saudades e a vontade de ir de novo todos os anos.”
Intercambistas Natasha e Francisco
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Fonte: http://www.humorpolitico.com.br/
Moral(izando) a Internet O sentimento de insegurança provocado pela falta de privacidade ao se usar a internet pode estar com seus dias contados. No último dia 23 de abril, a presidente Dilma sancionou o Marco Civil da Internet. Você sabe o que é um Marco Civil (MC) da Internet? Segundo o site G1, tratase de um projeto de Lei que visa estabelecer direitos e deveres na internet, é o que podemos chamar de “constituição da internet”. Para Caio Barbosa, do Jornal O Dia, nesses dezoito anos de uso da Internet no Brasil se fez necessária a elaboração de um projeto deste tipo, Pois até então não havia qualquer lei que estabelecesse diretrizes dos deveres e obrigações na utilização da internet. Com estas mudanças, as disputa judiciais relacionadas a internet agora possuem uma legislação para orientálas. O MC também proíbe o acesso de terceiros a dados ou comunicações pela rede, para proteger os seus dados pessoais, antes por mais que você encerrasse seu perfil em uma rede social seus dados ainda eram mantidos, com o MC essas informações serão excluídas definitivamente, ou seja os dados serão seus, e não de terceiros. Assim como outras leis, o MC é uma lei guardachuva, uma lei maior, que servirá de base para leis que regulamentarão outros aspectos da rede, como o comércio eletrônico que possui um crescimento ascendente. Marcelo W. Pereira
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O ARTIGO CHEGOU, E AGORA? Por Michelle Heubel
Primeiramente deve-se saber o que é um artigo e como ele funciona Ele é uma tarefa de iniciação científica que pode ser cursada no sexto ou sétimo período. É dado em todos os cursos de Comunicação Social, incluindo Publicidade e Propaganda. Muitos ficam indecisos na hora de escolher um tema que seja bom ou até mesmo inseguros na hora de apresentar. Para que possa ser feito detalhadamente e com calma o artigo é dividido em 3 partes, como todas as matérias. A M1 é o projeto de pesquisa, a M2 é o relatório e a M3 é o artigo e a banca, é composto por duas notas, a do trabalho e das orientações. E para deixar um pouco mais claro sobre o que escrever e algumas outras dúvidas frequentes eu fiz uma entrevistas com alguns alunos de Publicidade e Propaganda que já passaram por esta etapa do curso. Lais Santos tem 21 anos e está cursando o 6º período de publicidade e propaganda e trabalha com redes sociais em uma agência de Itapema. Escolheu como tema “O perfil e hábitos de compra dos praticantes de Stand Up Paddle”, o principal motivo foi por morar em uma região onde o esporte tem se propagado muito rapidamente, e com isso estão surgindo várias pequenas empresas com interesse nesse público, só que como é um publico novo e também considerado um esporte relativamente novo não existe até o momento nenhum estudo. O seu principal objetivo foi fortalecer o mercado regional fornecendo informações sobre o público. Um ponto bem forte e importante são as principais dificuldades/limitações que ela teve, que foi a falta de conteúdo em português, pois, grande parte dos arquivos tiveram que ser traduzidos. E uma dificuldade pessoal foi em relação à concordância verbal, sua orientadora (Lígia Najdzion) sempre salientou isso, diz Lais, o que tomou mais tempo para fazer o artigo. E sua sugestão foi de sempre escolher um tema que você goste, porque você irá ficar em cima disso um bom tempo.
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Marcelo W. Pereira tem 27 anos e já está cursando o último período de publicidade e propaganda trabalha como auxiliar administrativo na Cerâmica Pereira. Escolheu como o seu tema o Instagram da loja Elemento Mar, de Ilhota por a loja possuir mais de 50.000 seguidores no perfil, considerando que a maioria das concorrentes da cidade não possui Instagram. Seu principal objetivo foi entender de que maneiras o Instagram interfere nas relações entre clientes e marca. Sua principal limitação foi de não ter muito referencial teórico atualizado e a maior dificuldade foi de não ter muito material que fale sobre essas interações no Instagram. Mariana Volpe tem 22 anos e também já está cursando 7º período (último) de publicidade e propaganda, trabalha como Marketing na loja Vânia Volpe, da sua família. O tema do seu artigo foi sobre produtos verdes e a concepção do consumidor sobre isso. Mariana diz que escolheu trabalhar com sustentabilidade porque é um assunto que a atrai, e porque está fazendo um projeto de extensão sobre o assunto, então acabou combinando. Seu objetivo ao escolher este tema foi que queria saber mais sobre como as pessoas viam a sustentabilidade aplicada em produtos, mas, na forma comercial. E como o Marcelo, Mariana teve como limitação principal no início buscar fontes bibliográficas, pois, na área de comunicação tem muito pouco e teve que ir até o tema de ecologia, na qual os livros também eram muito velhos, então acabou se baseando bastante em outros artigos principalmente de teses de mestrado e dissertações. A estudante diz ter lido pelo menos 20 artigos antes de conseguir começar a escrever e ainda assim ficava com muitas dúvidas.
Esquerda para direita: Lais Santos, Marcelo W. Pereira e Mariana Volpe
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O MUNDO (NOVO) DOS CALOUROS Por Maindra Natally Braz
De onde eu vim? Como cheguei? O que imaginei? O que encontrei? Foi como pensei? Já estamos no mês de maio. Quatro meses se passaram. Como será que andam nossos calouros? O que estão achando e esperando do curso de PP? É pensando nessas questões que fizemos este passeio pelo 1° período. O acadêmico Braian Schwertz, 18 anos, é natural de Jaraguá do Sul e está atualmente matriculado no 1°período noturno. Ele nos contou um pouco sobre essa sua nova etapa de vida. Filho de dona Vania e do seu Sérgio, Braian saiu de sua cidade há uns 6 anos porque seu pai foi promovido e ganhou uma vaga na rede Breithaupt de Itajaí. Vieram de carro para morar e ficaram de início em um hotel em frente a biblioteca pública de Itajaí. O estudante imaginava a cidade com “um monte de pescadores e crianças correndo pela praia, meninas com vestido branco e meninos com calça desbotada”. Perguntado sobre como era a cidade na verdade e se era como ele havia imaginado: “É uma cidade bem desenvolvida, do contrário que eu imaginei. As pessoas são mais interessadas em viver do que ficar em casa, o povo é mais feliz e sorridente. Tudo muito contrastante com Jaraguá do Sul”. Brian ainda não atua na área. Está a procura de um estágio. Ainda não traçou um plano para seu futuro como publicitário, mesmo sabendo que ainda tem muita coisa para aprender durante os semestres:
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“Estou tentando não planejar muito, já que tudo que eu mais ouvi nessa primeira metade de semestre foi que até o final do curso vou querer atuar em uma área totalmente diferente da que me identifico no momento”. O calouro ainda tem dúvidas em qual área possui mais interesse, mencionando que está num impasse entre atendimento e criação. Quando questionado sobre a disciplina com a qual mais se identificou até o momento, foi enfático: “Sou um amante de fotografia já faz um bom tempo. E isso que eu mais amo no curso no momento”. E continuou: “Por mais que eu já tivesse uma ideia sobre o básico da fotografia, saber mais tem sido maravilhoso. A minha sexta-feira tem mais um motivo prá ser o dia preferido da semana”. E, para finalizar a conversa perguntamos ao Brian que ele achava mais bacana no curso, o que mais diferenciava dos outros que conhece e se já participou de atividades ou eventos em geral. Ao que prontamente respondeu: “Entre outras coisas o corpo docente ajuda o curso a ser diferente de tudo que eu conheço. Como muitos professores são publicitários e na publicidade você precisa ser mais e mais criativo a cada job, isso contrasta com a nossa vida acadêmica, obrigando todo mundo a ser criativo porque os professores não se contentam com o óbvio tão facilmente”. O desempenho e esforço deste acadêmico com certeza fará ele escolher no decorrer do tempo a melhor área para trabalhar no mercado atual. É um garoto humilde, inteligente, simpático e determinado. Boa sorte ao Brian nessa nova etapa de sua vida!
“E foi nesse papo bacana e descontraído que Maindra Braz, acadêmica do 7º Período Noturno, conseguiu descobrir um pouquinho das histórias e planos do calouro Brian".
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UMA PROVA DE FOGO CHAMADA
PEPP Por Luccas Sabatke Mello
Quando atingimos a ultima fase do curso de PP na Univali, enfrentamos o maior trabalho já realizado durante esses quatro anos de estudo e aprendizado: o tão temido PEPP - Projeto Experimental de Publicidade e Propaganda. Nele, os alunos devem montar, no prazo de mais ou menos quatro meses, um plano de publicidade e propaganda para um cliente real da região. Em seguida devem apresentar a proposta a uma banca composta pelo dono do estabelecimento escolhido e por mais três professores da instituição. “Para realizar o PEPP, utiliza-se todos os ensinamentos recebidos ao longo do curso, destaca Ana R. Egídio, aluna do 7º período, que fez o PEPP no semestre passado. Por isso vale a pena atentar-se a todas as aulas, desde o primeiro período até o ultimo”, reforça. O trabalho é realizado em grupos de até quatro pessoas, orientados por um professor responsável e mais uma equipe de professores ao longo do planejamento, criação e execução. O PEPP é uma forma de avaliação pedagógica, que tem por objetivo principal nos mostrar como é o mercado e assim nos preparar para ele. Se você for fazer o PEPP nos próximos semestres, já tenha definido quais pessoas participarão do seu grupo e qual cliente lhe auxiliará nessa jornada, pois ela requer esforço redobrado e muita dedicação. Com as pessoas certas o trabalho fica mais fácil, divertido e prazeroso. Atualmente, A Professora Giovana Pavei é a coordenadora responsável pelo PEPP campanha, e a própria comenta a importância do projeto para nós acadêmicos no seguinte link: http://bit.ly/Rxf9sO
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QUASE PUBLICITÁRIA Autora: Larissa Tedéo Para saber um pouco mais sobre a profissão, conversamos com Daniele Pereira, 21 anos, estudante do 4° período de Publicidade e Propaganda, matutino. Ela é também Atendimento na agência Mensura Comunicação, em Brusque. Quando questionada sobre a importância de ter criatividade para seguir esse curso, Daniele afirma que a criatividade em qualquer profissão deve ser exercitada sempre. Segundo ela, na publicidade é preciso sim ter boas ideias, mas também muita vontade de fazê-las sair do papel. Sobre as disciplinas que considera importantes para atuar como atendimento, ressalta que é preciso ter uma boa oratória, e afinidade com diversas matérias, como marketing, mídia, planejamento, além de, como em toda profissão, bons conhecimentos em português, história e artes. A colega lembra também que não se pode abandonar a matemática, pois ela é muito importante para avaliar dados de mercado e tendências do consumidor. Em relação às horas trabalhadas, Daniele brinca que os publicitários têm fama de trabalhar muito, mas que a princípio, o trabalho é em horário comercial. “Muitas vezes, porém, é necessário fazer hora extra, e cumprir expediente aos finais de semana. Claro que depende do cargo, mas a média diária é de dez horas”, explica. A estudante afirma que a publicidade sempre foi uma área promissora, e como é dinâmica, pede constante renovação profissional.
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A Copa do Mundo ainda é um bom negócio, para as marcas.
Por Anderson Sabadini.
A Copa do Mundo Fifa, que acontecerá em menos de um mês no Brasil, é uma chance para diversas marcas aparecerem relacionando seu nome ao evento que, para o BEM ou para o MAL, está na cabeça e na boca da maioria da população brasileira. Para o MAL, pois diversos temas que foram levantados desde que se decidiu que a Copa do Mundo aconteceria aqui, temas como saúde, educação e segurança, foram pauta de manifestações organizadas para reivindicar que os investimentos feitos para o evento fossem revertidos para estas áreas, tão deficientes no país. E para o BEM, pois embora estes problemas existam e sejam muito sérios, a paixão do brasileiro por futebol, a seleção e pela festa que acontecerá, ainda justificam que se invista em publicidade relacionada ao evento. Pensando desta forma, diversas marcas não perderam tempo em lançar suas campanhas em 2014. Grandes marcas como a Nike, como é recorrente em tempos de Copa do Mundo, lançaram campanhas como “Ouse ser brasileiro” e “Quem ganha fica” relacionando seu nome ao evento e exaltando a habilidade e amor do brasileiro pelo futebol, o que sempre dá certo e não foi diferente desta vez. Mas marcas nacionais também vêm bebendo dessa fonte e a cada dia que nos aproximamos do início dos jogos, mais e mais campanhas são lançadas. A Brahma, por exemplo, em resposta às criticas recebidas pelo evento, se utilizou da expressão “Imagina na Copa” para lançar o vídeo “Imagina”, tentando lançar um olhar otimista sobre o tema. Link para o vídeo: (Imagina) http://www.youtube.com/watch?v=Wkw7xptwBAg
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Outras marcas como a ESPN, Visa e Itaú fizeram o mesmo, sempre com um olhar otimista sobre a questão - como não poderia deixar de ser. Existem, é claro, regras para este jogo (leia mais em “As marcas da Copa do Mundo e as Regras de Aplicação da Fifa). Neste caso, empresários que querem se utilizar desses elementos devem ficar atentos ao manual lançado pela Fifa e que trata do assunto e da Lei Geral da Copa, aprovada pelo Congresso Nacional. Mas, ainda assim, grandes e pequenas marcas podem sim, fazer uso deste momento e do evento para ganhar notoriedade e um lugar especial na mente dos consumidores, basta saber como, principalmente com um tema que vem levantando tantas questões sérias entre os brasileiros, neste caso, bom senso nunca é demais.
“Quando alinhado ao posicionamento da marca, as associações advindas de estratégias como estar vinculada a copa do mundo, geralmente surtem resultados positivos. Acredito que, mais do que uma necessidade de mercado, as marcas precisam estabelecer sua presença junto a seus públicos e devem constantemente ser associadas a experiências positivas. Porque então, não se apropriar de todo este espírito de alegria, pluralidade e festa que um evento como a Copa do Mundo proporciona? É difícil pensar em algo tão emocional quanto o sentimento por um time de futebol. O que falar então do time de um país? Pense em toda a relação afetiva envolvida. Agora, imagine transferir este sentimento para uma marca pela simples lembrança de um momento feliz como a conquista de um título.” Profº Marco Aurelio Petrelli.
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A II Mostra de Curtas vem aí! Por Ariane D’Avila No dia 18 de junho acontecerá a 2ª Mostra de Curtas, organizada pelos colegas do 5º período dos cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas. A produção dos curtas é feita pelos próprios acadêmicos, na disciplina de Projeto Intercursos, lecionada pelos Professores Adriana Edral e Cleiton de Oliveira. Um curta é um filme que tem menos de 30 minutos de duração. A mensagem pode ser informativa, cultural, educativa ou publicitária. Pode ser feito através de uma câmera de um celular ou com equipamentos modernos e grandes investimentos financeiros. Com a Mostra de Curtas, os organizadores pretendem transmitir a ideia de que o profissional de comunicação não se limita a apenas sua área de estudo, mas também às demais áreas da comunicação. A Professora Adriana enfatiza que a proposta do projeto foi pegar elementos comuns aos três cursos, e que a melhor maneira encontrada para isso foi exercitar a linguagem escrita e a linguagem audiovisual, através dos curtas. Ela explica também, que este ano, os acadêmicos tiveram que escolher entre os gêneros romance, drama e suspense.Para o Professor Cleiton, a melhor parte do projeto é saber que os materiais produzidos pelos alunos não ficarão restritos à disciplina, pois serão exibidos e compartilhados. Segundo a acadêmica do 5º período de Publicidade e Propaganda, Giovana Régis, a matéria proporciona contato com o “universo” da produção cinematográfica, pois os acadêmicos têm que escrever roteiros, fazer dublagens e até criar cenários. Para Giovana, a ideia do projeto a agradou muito, por poder dar vida ao que foi elaborado no roteiro e por expor o seu trabalho ao público. As produções encontram-se em fase de finalização. Depois é só esperar a exibição da Mostra, para curtir e prestigiar o resultado do trabalho feito pelos colegas.
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Por Mayara Mattar
Através do tema Guerra e Paz - embalado à comemoração dos 100 anos de Publicidade, Propaganda e Relações Públicas no Brasil - cerca de 20 artigos de alunos e professores do curso de PP da Univali foram selecionados para sair do papel e viajar até o Campus UNISUL Pedra Branca, na cidade de Palhoça (SC), para o Congresso Regional da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação – o Intercom Sul. Acompanhados do Professor Hans Peder, responsável por articular as inscrições e atuante no evento como mediador de sessões, os estudantes puderam desfrutar de um ambiente rico em conhecimento, nos dias 8, 9 e 10 de maio. Entre os que, de fato, aproveitaram a oportunidade e pegaram a estrada para apresentar seus trabalhos científicos para profissionais da área e de toda a região Sul, esteve a estudante Ana Rosa Egídio com o artigo "A Caça ao Consumo: Cool Hunting e sua utilização em agências de Santa Catarina e Paraná". Ana tem 21 anos, está na reta final do curso, trabalha em uma agência de design da região e é autora do blog Garagem de Luxo, voltado à discussão do comportamento humano. Como você ficou sabendo do Intercom Sul e qual foi o impulso para inscrever o trabalho? Ana – “Fiquei sabendo da inscrição através de amigos que compartilharam com o pessoal e, em seguida, fui buscar mais informações com meu orientador. A verdade é que me chamou a atenção primeiramente pelas horas complementares, além claro de poder ver um trabalho que exigiu alguns meses de dedicação sendo levado a outros lugares.” Conte-me sobre o desenvolvimento deste trabalho. Ana - “O tema do meu artigo, realizado em 2013, gira em torno da Pesquisa de Tendências, focando na técnica Cool Hunting. Pessoas constroem certos padrões, o reutilizam em sociedade e essas evidências podem ser utilizadas de maneira rentável para a publicidade. Com meu orientador (Professor Rob-
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son Freire) decidi me dedicar ao assunto centrada em: quais empresas utilizam? Elas recomendam? Tem mercado para isso? Por que devem usar? Portanto, a pesquisa foi feita para descobrir e analisar quantas agências da região utilizam pesquisas de tendências (e outras pesquisas) no planejamento de seus trabalhos publicitários e como o fazem. Foi aplicada com institutos de pesquisa de SC e PR, além de duas entrevistas com especialistas do meio. Quais foram as etapas do processo até ele ser aprovado? Ana – ‘’Para poder me inscrever eu tive que reenviar o arquivo para ele analisar e rever se precisava ajustar algo. Depois disso, só coloquei nos padrões da Intercom (semelhante aos da Univali), com 15 páginas e enviei. É preciso pagar uma taxa, aguardar que ele seja aprovado pelo comitê. Depois eles lhe avisam se deu tudo certo.’’ Como foi apresentar o seu artigo no evento? Nunca havia participado de um Intercom. Então fiquei bastante nervosa antes de apresentar por não saber se seria algo mais crítico ou apenas discussão de ideias. Quando chegamos na sala, no entanto, o clima era super leve e tranquilo. O tempo era curto, mas a experiência foi bacana. Daí criei outras idéias, pois quero adaptar o estudo para outras plataformas e poder compartilhar esse conhecimento (principalmente na região, já que ainda não há estudos sobre o tema). Estando lá, quais outras experiências você pôde vivenciar? O mais interessante do evento foram as conversas pós-apresentações. Como algumas pessoas acabaram não indo, a agenda ficou bem tranquila para que alguns assuntos fossem debatidos, o que gerou uma troca de experiência e opiniões fantásticas. Além disso, acho que deu pra perceber como os campos de estudos dentro de comunicação são grandes (falamos de feminismo ao mesmo tempo em que lembrávamos dos memes de Avenida Brasil), e que a área de pesquisa é ótima para ser estudada. Qual a relevância do tema escolhido para o evento (“Guerra e Paz”) para nós, comunicadores? Acredito ser importante que questões sociais do Brasil sejam discutidas em eventos assim, ainda mais na realidade brasileira atual, mas na minha sala de apresentações não assisti trabalhos que falassem diretamente sobre2122
ele: vi, no caso, outros temas que o influenciam e geram discussões mais amplas. Então, mais do que discutir as "revoluções" do ano passado de maneira repetida, discutiu-se possíveis mudanças e análises sobre o que pode ser feito para melhorar pontos fracos da nossa sociedade - como o artigo que comparou o marketing eleitoral nazista com a política brasileira, assim como o debate sobre violência contra as mulheres, estimulado pela análise de uma propaganda machista. Ou seja, o evento nos permitiu visualizar a esfera social brasileira atual através de várias lentes, o que ajudou a abrir nossa mente para o que outras pessoas com vivências diferentes pensavam e, como juntos, podemos nos melhorar e melhorar essa realidade. Como você enxerga esse tipo de ambiente de troca de conhecimento, para o estudante universitário de publicidade? ‘’Empolgante, por estarmos rodeados de pessoas que se empenharam em estudar determinado assunto, apresentar alguma análise mais crítica e, ao mesmo tempo, nos deixar participar e ouvir nossa opinião; como se estivéssemos construindo algo novo e interessante. Acredito que eventos assim são fundamentais para a vida acadêmica, pois além de promover o encontro com outros futuros profissionais, nos levam a lugares diferentes e estimulam nossa vontade de produzir mais. No fim ele nos faz sair da bolha, da zona de conforto mental da sala de aula, e nos traz mais pra rua”, concluiu. Se você pudesse definir o evento em uma palavra: Diálogo.
Ana: “o clima era super leve e tranquilo... a experiência foi bacana.”
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Diagramação: Daniel Fernandes http://danimo.carbonmade.com/