PGE Check

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ESPM - Rio PGE EMPREENDEDORISMO Giovana Candia Isabela Lopes Karina Infante Marusia Flórido Paloma Lima Orientadora Flávia Flamínio e Eduardo Ariel Rio de Janeiro 2016.2


Sumário

Imagem 1: Grand Canyon Fonte: Google Images

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Agradecimentos

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Resumo

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Introdução

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Macroambiente a) Ambiente Demográfico b) Ambiente Econômico c) Ambiente Político-legal d) Ambiente Tecnológico e) Ambiente Sociocultural f) Ambiente legal

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Microambiente 1. Mercado a) Histórico b) Mercado disponível c) Mercado-alvo 2. Aspectos legais 3. Concorrência a) Marketing mix dos concorrentes b) Mapa de posicionamento c) Benchmarking 4. Fornecedores 5. Estrutura de mercado 6. Variáveis de Segmentação 7. Consumidor 8. Diagnóstico Mensuração de mercado Análise das 5 Forças de Porter Matriz OT Fatores Críticos de Sucesso

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Concepção do negócio 1. Descritivo do negócio 2. Estrutura e funcionamento 3. Definição dos objetivos 4. Missão

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Sumário

Imagem 2: Arraial do Cabo Fonte: Google Images

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5. Visão 6. Crenças e valores 7. Modelo Canvas

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Definição do negócio 1. Análise estratégica da demanda 2. Estratégia de posicionamento

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Descritivo do negócio 1. Serviço 2. Descrição do serviço 3. Fluxo do serviço 4. Moderadores de experiência 5. 8 Pʼs do serviço a) Elementos do serviço b) Processos c) Lugar e tempo d) Preço e) Promoção e educação f) Pessoas g) Produtividade e qualidade h) Evidências físicas

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Plano Estratégico de Comunicação 1. Diagnóstico de Comunicação 2. Objetivos de Comunicação a) Objetivo Principal b) Objetivos Secundários 3. Briefing 4. Composto de Comunicação 5. Eixo Conceitual 6. Assinatura da Marca 7. Fases da estratégia de comunicação 8 Criação das campanhas 9 Manual de Marca

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Plano de mídia 1. Planilha do plano de mídia 2. Defesa dos meios e veículos escolhidos

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Sumário

Imagem 3: Bondinho do Pão de Açucar Fonte: Google Images

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3. Defesa da frequência de inserções 4. Estratégias de mensuração de resultado

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Análise financeira 1. Investimento inicial 2. Custos e despesas operacionais 3. Definição do preço 4. Análise do ponto de equilíbrio 5. Estrutura de Capital 6. Abertura da Empresa 7. Estimativa de despesas com Comunicação 8. Análise da Receita 9. Tabela de Projeção Financeira a) VPL b) Payback c) TIR

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Conclusão

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Anexos

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Bibliografia

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Agradecimentos “O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim, esquenta e esfria, aperta e depois afrouxa e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.” Guimarães Rosa

Agradecemos primeiramente às nossas famílias por acompanhar toda nossa trajetória e pelo apoio incondicional e incentivo constante. À ESPM-Rio e a tantos professores que nos forneceram as ferramentas necessárias para alcançar nossos objetivos, tanto pessoais, quanto profissionais. Aos nossos orientadores, que tiveram um papel fundamental na concepção e no desenvolvimento deste projeto, sempre disponíveis e atentos a cada passo que era dado. Aos nossos colegas de turma, que sempre nos ajudaram e proporcionaram essa inesquecível jornada acadêmica graças às verdadeiras amizades. E a todos aqueles que de alguma maneira nos ajudaram a ter perseverança nesta mais nova conquista de nossas vidas. Um agradecimento especial a Rafaella Filarde, Danilo Martins e Eduardo Hauaji, sempre dispostos a contribuir durante a evolução do trabalho. E que tenhamos sempre coragem.

Imagem 4: Mapa com passaporte Fonte: Google Images

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Resumo

Abstract

Este é um Projeto de Graduação da Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio de Janeiro (ESPM – RJ) que tem como objetivo de estudo a criação de um novo modelo de negócio no ramo de intercâmbio. Nosso serviço está fortemente atrelado ao conceito de multiculturalidade em ins-tituições de ensino superior brasileiras.

This is a graduation project for Escola Superior de Propaganda e Marketing of Rio de Janeiro (ESPM-RJ) whose study aimed at creating a new business model in the study exchange branch. Our service is closely linked to the concept of multiculturalism among institutions of higher education in Brazil.

Foram feitos estudos de mercados potenciais, de mercado específico e análise do macroambiente atual, a fim de definir o público da marca. E, assim, avançar com pesquisas quantitativas e qualitativas, estas foram essenciais para a definição do que esse público necessita.

There have been studies of potencial markets, the market itself and thorough analysis of the current macro environment in order to define the brand’s public, and therefore carry on with quantitative and qualitative researches, which were essential at defining the public’s major necessities.

Após os estudos, a Check optou por atuar em um segmento novo, oferecendo auxílio e suporte diferenciados aos intercambistas estrangeiros tendo em vista o aprimoramento da recepção e da adaptação do aluno estrangeiro em instituições brasileiras. E, dessa forma, aumentar a internacionalização na educação brasileira. Esperamos atender a um público que, em princípio, é oriundo de instituições privadas, mas que tende a ampliar-se cada vez mais nos próximos anos.

After analysing all the data, Check decided to indulge in a new segment, offering specialized aid and support to foreign exchange students in Brazilian institutions. And by which, increasing the internalization in Brazil’s higher education. We hope to address a public that at first is really specific, but with a huge growth tendency in the coming years.

Será proposto o desenvolvimento de um plano de um novo negócio, contendo futuras ações para a nossa marca, baseadas em questões administrativas, financeiras e mercadológicas, visando ao sucesso do nosso serviço e a uma futura valorização de seu segmento na cidade do Rio de Janeiro. Palavras Chaves: Multiculturalidade, Intercâmbio, Ensino Superior, Estrangeiros e Rio de Janeiro.

Imagem 5: Amigos tirando selfie em viagem Fonte: Google Images

It will be proposed the development of a plan for a new business, containing future actions for our brand, based on administrative, financial and marketing issues, seeking the success of our service and a future appreciation of its segment in the city of Rio de Janeiro Key words: Multiculturalism, Study Exchange, Higher Education, Foreigners and Rio de Janeiro.


Introdução Este projeto almeja criar um empreendimento no ramo de intercâmbio, que busque um diferencial como serviço premium, destinado a instituições privadas de ensino superior da cidade do Rio de Janeiro carentes de estrutura necessária para uma melhor recepção do aluno estrangeiro. Neste trabalho será apresentado o projeto de criação da marca Check, tal como a busca por sua validação por meio de pesquisas de mercado, de público-alvo e de análise dos ambientes, conforme as ferramentas de marketing e suas aplicações. Em um mundo no qual a multiculturalidade e internacionalização vêm sendo pauta constante, decidimos estudar mais a fundo sua presença no mundo acadêmico, especificamente em instituições privadas de ensino superior. Com uma amostra de 57 pesquisas online e 6 entrevistas pessoais, obtivemos muitos insights sobre um nicho não tão bem atendido: estudantes estrangeiros que buscam uma melhor experiência e adaptação em uma cidade como o Rio de Janeiro, além da procura pela imersão na cultura brasileira. A ideia central deste empreendimento é superar as experiências proporcionadas pelas mais tradicionais formas de auxílio e suporte oferecido ao aluno estrangeiro. Decidimos explorar esse gap de mercado e minimizar empecilhos durante a estada do aluno estrangeiro, estando sempre dispostos a atender às suas necessidades e a ouvir suas dúvidas. Dessa forma, a partir de um novo modelo de atendimento e organização, procuramos por melhores resultados. Queremos atuar de forma ativa em nossos processos, seja com nossas instituições parceiras ou com os consumidores finais, visando a um crescimento orgânico.

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Imagem 6: Big Ben, em Londres Fonte: Google Images


Macroambiente a) Ambiente Demográfico No ano de 2013, o IBGE divulgou que a população brasileira tinha ultrapassado a marca de 200 milhões de habitantes; em 18/03/2015, o país já contava com 203.987.943. Outro fator estimado pelo instituto é que a expectativa de vida do brasileiro aumentará até 2060 (hoje é de 74,9 anos e, em 2060, deve chegar a 81,2 anos), diferentemente da taxa de natalidade que sofrerá redução. Os dois fatores aliados devem levar à predominância da população com mais idade no país. Como pode ser observado nos gráficos abaixo:

Gráfico 1: Evolução dos grupos etários Brasil. Fonte: IBGE, 2015

Gráfico 2: Evolução dos grupos etários Rio de Janeiro. Fonte: IBGE, 2015

Imagem 7: Amigas olhando mapa Fonte: Google Images

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O Estado do Rio de Janeiro conta com uma população de aproximadamente 16,5MM de habitantes - deste total, 49,38% são mulheres e 48,42%, homens - que é distribuída em um espaço territorial de 43.780,157 km². A maioria da população (96,7%) reside em área urbana, o que faz do Rio de Janeiro um dos estados mais urbanos do Brasil.

chegam à América do Sul almejando contra-tações vantajosas em empresas de grande porte. Por isso, a cada ano aumentam os incentivos das fa-mílias e das instituições universitárias a favor dessa “troca de experiências”, dado que a boa formação acadêmica somada à fluência bilíngue tornam-se quesitos definitivos para ascenção no mercado de trabalho.

O estado ao longo dos anos obteve um aumento populacional extraordinário e, atualmente, é o terceiro mais populoso do Brasil. Com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,832, o Rio de Janeiro ocupa o quarto lugar no ranking nacional de IDH. Com relação à educação, a taxa de alfabeti-zação do estado é a terceira maior do país e sua escolaridade média é ranqueada em segundo lugar: 45,6% da população têm, aproximadamente, 8 ou mais anos de estudo.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, em oito anos o número de vistos concedidos para alunos estrangeiros mais que dobrou, passando de 5.770 para 12.547 emissões. E diante do quantitativo que aponta para o número de procura por nacionalidade, os colombianos, portugueses, franceses e angolanos lideram a lista dos estudantes que escolhem as cidades brasileiras como destino ideal. Para a coordenadora da Belta (Brazilian Educational & Language Travel Association), Susanna Florissi, uma das razões pelas quais o país está em evidência no cenário acadêmico é o fator econômi-co.

A cultura e a beleza do Brasil fazem parte do sonho de muitos estudantes estrangeiros que desejam viver novas experiências. Além de buscar qualificação profissional, muitos jovens desembar-cam no país com o objetivo de aproveitar cada oportunidade desse intercâmbio. Enquanto alguns estudantes brasileiros vão para outros países trabalhar como garçons e babás, apenas com a intenção de aprender um novo idioma, os universitários estrangeiros

Segundo o Ministério do Turismo, o número de estudantes estrangeiros que vêm ao Brasil para fazer intercâmbio teve alta de mais de 60% nos últimos 11 anos - de 66,1 mil em 2003 para 108 mil em 2014. Estudantes afirmam que o intercâmbio é a forma mais barata e segura de conhecer o pa-ís.


b) Ambiente Econômico “Para que existam mercados, é preciso que haja pessoas e poder de compra. O poder de compra em uma economia depende da renda, dos preços, da poupança, do endividamento e da disponibilidade de crédito.“ - Philip Kotler A economia do Brasil vem desaquecendo há alguns anos, resultado de uma política econômica desastrosa, e isso reflete diretamente em inflação alta, nos maiores juros do mundo, no desemprego, no déficit nas contas públicas e na diminuição do consumo - este último, num dado momento histórico, foi o maior impulsionador do crescimento econômico do país. Atualmente, os dados são pessimistas em todos os setores da economia, mostrando como ela está encolhida, e com uma previsão de mais de dez anos (otimista, dizem) para se recuperar. O ano anterior, 2015, o Brasil fechou com uma inflação de 10,67% e a economia diminuiu 3,71%. A previsão deste ano é que o país encolha 3,5% e tenha uma inflação de 7,61%, sendo então o pior desempenho do mundo, segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional), e com uma queda de 39,3% ante o pico de 2011. A economia mundial como um todo deve crescer em torno de 3,6%. É importante lembrar que grandes potências do mundo passam por uma crise tão grande como a do Brasil, como por exemplo a entrada de imigrantes, guerras internas e entre países, refletindo diretamente na economia própria e do mundo. Em janeiro deste ano, o FMI elaborou um estudo do crescimento mundial e o resultado foi preocupante. Os dados preveem 9

que a economia global vai crescer 3,4% em 2016, e 3,6% em 2017, o que em ambos os casos significa um corte de 0,2 ponto percentual em relação ao relatório de outubro. O PIB sempre vem deixando a desejar desde 2010, com exceção de 2011 e 2012, como podemos observar na imagem abaixo:

Gráfico 3: Expectativa de crescimento do PIB comparado ao crescimento real Fonte: Fundo Monetário Internacional (FMI)

O economista Marcos Lisboa, presidente do Insper, fez uma previsão que no ano de 2020, o PIB per capita brasileiro será superado pelo dos russos (US$ 12,2 mil), dos chineses (US$ 12,1 mil) e dos mexicanos (US$ 11,6 mil). Com a economia brasileira decaindo cada vez mais, a dívida pública voltou a ser uma preocupação depois de anos estabilizada. A Dívida Bruta do Governo Geral saltou de R$ 3,252 trilhões, no fim de 2014, para R$ 3,927 trilhões no fim do ano passado. Em relação ao PIB, o endividamento passou de 57,2%, em 2014, para 66,2% no fim de 2015. Com a crise econômica, a “nova classe média brasileira”, integrada por pessoas que vivem em família com renda per capita entre R$ 291 e R$ 1.019 (conforme dados estabelecidos pelo então Governo Dilma Rousseff, em que se considera como padrão as despesa das famílias e os gastos com bens essenciais e supérfluos), já estaria migrando

de volta paras as classes D e E. O que demonstrou o seu grau de vulnerabilidade, ou seja, da probabilidade de retorno à condição de pobreza, previsto por críticos desse modelo econômico, que privilegiava apenas o consumo promovido, então, pela oferta de crédito barato. Essa “nova classe média” pode ser dividida em três grupos: baixa classe média (renda per capita entre R$ 291 e R$ 441); média classe média (renda per capita entre R$ 441 e R$ 641); alta classe média (renda per capita entre R$ 641 e R$ 1.019). A soma da inflação com os altos juros vem consumindo a renda dos brasileiros mais rapidamente. A oferta de crédito, que ajudava a multiplicar o consumo, vai reduzir em 8,5% este ano. Com o aumento de contas básicas e essenciais, como contas de luz e de água, a renda ficou muito mais apertada nas famílias brasileiras, havendo a necessidade de se fazer cortes em bens supérfluos. Desde o ano passado, juntamente com este ano, os brasileiros vão perder R$ 280 bilhões de seu poder de compra. “Em valores absolutos, os brasileiros tinham em mãos R$ 3,06 trilhões em 2014 para gastar tanto em itens essenciais, como habitação, educação, transporte, energia e água, quanto na aquisição de bens de consumo e serviços. Pelos cálculos da Tendências, o valor cairá a R$ 2,82 trilhões este ano e a R$ 2,78 trilhões em 2016. É um retrocesso de cinco anos: em 2011, o poder de compra dos brasileiros era de R$ 2,74 trilhões. (...) Os economistas da consultoria também consideraram a queda da oferta de crédito, que é de 8,5% este ano e deve ser de 1,6% em 2016.” Consultoria Tendências

Com relação ao desemprego no Brasil, no setor de Viagens e Turismo há o risco de que mais de 185 mil funcionários sejam demitidos, caso o imposto de renda seja mantido em 33% sobre remessas ao Exterior (e não mais o acordado anteriormente de 6,38%), além de outros 430 mil empregos indiretos. O que totalizaria mais de 600 mil demissões, além do fechamento de empresas de turismo. Com isso, a indústria de Viagens e Turismo em 2016 perderá cerca de R$ 6,2 bilhões, 26,5% de redução no faturamento das agências e operadoras, por causa da queda na venda do internacional; R$ 20 bilhões de impacto negativo na economia brasileira. As entidades de turismo Abav, Abeta, Abremar, Belta e Braztoa enviaram um apelo ao Governo Federal, caso “a administração federal não dê celeridade à reversão da incidência de 25% para 6% de tributos sobre valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos para pessoa física ou jurídica residente no exterior, destinados à cobertura de gastos pessoais, de pessoas físicas residentes no país, em viagens de turismo, negócios, serviço, treinamento ou missões oficiais”. A vigorar essa exigência, o Brasil verá seus cidadãos retirados do mapa do turismo internacional e poderá sofrer retaliação dos demais países, onerando as viagens de seus residentes a nosso país. Atualmente, o Brasil vem sendo alvo para muitos jovens de 18 a 32 anos; muitos são dos Estados Unidos e da Alemanha, que buscam além de se dedicar aos estudos, conhecer cada vez mais novas culturas. Em 2014 cerca de 96 mil estudantes estrangeiros escolheram o Brasil para uma experiência internacional, de acordo com a Belta, Associação Brasileira de Organizadores de Viagens Educacionais e Culturais.


Cursos de graduação, estágios remunerados, experiências como voluntário e aprender o português são um pouco do que esses jovens buscam no país, com a permanência de três meses a um ano, segundo a Associação Brasileira de Intercâmbio Profissional e Estudantil (Abipe) e a Belta. Grandes eventos no país, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, vêm deixando o país em evidência e disseminando ainda mais o interesse de jovens pelo mundo em

vir para cá, o que aquece nossa economia e desenvolve mercados que agora estão em crise, como o setor de Turismo. O intercâmbio no Brasil é benéfico ao turismo e a economia por três razões: ajuda a divulgar o país no exterior, com isso atraindo mais jovens; os intercambistas acabam prolongando a permanência no Brasil para fazer turismo; e a estada revela aos estrangeiros um novo Brasil e amplia o conceito limitado de paraíso tropical.

c) Ambiente Político-legal Nos últimos anos o número de vistos para estudantes estrangeiros no Brasil vem crescendo, como veremos à frente no capítulo de análise de mercado, em 2014, o Ministério das Relações Exteriores emitiu 11.341 vistos temporários para estudantes. Mas ainda assim, segundo dados da UNESCO, o Brasil ainda se encontra entre os países do BRICS que recebe menos estudantes. Porém espera-se que em 2016, em decorrência das Olimpíadas que serão sediadas no país, e dos resultados de divulgação do Brasil para os estrangeiros durante a Copa do Mundo, ocorra um crescimento no número de estudantes que vêm de fora para aproveitar as diversas oportunidades que esses eventos proporcionam. Com o interesse internacional direcionado ao país, leis de incentivo à vinda de estrangeiros são postas em prática, como o Projeto de Lei 149/15, que isenta estrangeiros da necessidade de visto de turismo para entrada no país por conta das Olimpíadas de 2016, realizadas no Rio de Janeiro.

Imagem 8: Mochileiros Fonte: Google Images

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“De acordo com o texto, a dispensa unilateral da exigência de visto é válida por 90 dias improrrogáveis e atenderá a estrangeiros que entrarem em território nacional até 18 de setembro de 2016. A dispensa no visto não está condicionada à comprovação de compra do ingresso para o evento. A medida pode resultar em um incremento de 20% no número de turistas internacionais esperados no país no período de janeiro até setembro de 2016, segundo estimativas do Ministério do Turismo. Os cálculos do MTur têm como base estudos da Organização Mundial de Turismo (OMT) e do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), órgão que reúne as principais

redes hoteleiras e companhias aéreas do mundo. As entidades internacionais avaliaram o impacto da facilitação de vistos no aumento do fluxo de turistas entre países e na geração de riquezas. Apesar de contar com um evento de grandes proporções, fatores políticoeconômicos podem acabar sendo um ponto negativo para o evento. Segundo jornais, preocupações com o mosquito Aedes aegypti, a instabilidade no governo devido às investigações sobre casos de corrupção e a instabilidade econômica já atingem os estrangeiros (embora ainda não seja possível estimar se realmente ocorrerá uma queda no interesse), são aspectos que devem afetar diretamente na decisão de vinda ao país. Porém, com a valorização do dólar e do euro, o Brasil acaba se tornando interessante para estrangeiros que desejam ampliar sua experiência profissional com um intercâmbio cultural e sem ter gastos muito exorbitantes. Outro fator que influencia a vinda dos estrangeiros para o país é a diversidade cultural. Segundo o Ministério do Turismo, mais de a metade dos turistas durante a Copa buscaram atividades culturais, como, por exemplo, visitas a museus e festas regionais típicas. Em outubro de 2015, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que aprova incentivos da Lei Rouanet para o turismo cultural. O projeto inclui apresentações artístico-culturais que deverão promover destinos e produtos turísticos brasileiros como maneira de estimular a vinda de turistas e eventos para o país. Essas apresentações poderão ser realizadas tanto no Brasil, quanto no exterior. O deputado Otávio Leite afirma que, o projeto é uma contribuição eficaz para atrair mais turistas, seminá-rios, eventos, congressos, feiras, que trazem maior recursos e empregos ao país.


Imagem 9: Paisagem vista de um avião Fonte: Google Images

Ainda tratando da instabilidade política no país, ao assumir interinamente a Presidência, o atual Presidente Michel Temer anunciou uma reestruturação de ministérios, o que incluiu a extinção do en-tão Ministério da Cultura (MinC) em uma secretaria do Ministério da Educação (MEC). Após sofrer fortes críticas, o atual Presidente recuou de sua decisão e decidiu recriar o Ministério da Cultura res-ponsável por programas como o Cultura Viva, que reconhece e fomenta iniciativas culturais; e a im-plantação do Sistema Nacional de Cultura, que estimula a melhoria dos instrumentos de gestão da cul-tura nos municípios por todo o país. Aderência a convenção de Haia A partir de agosto o Brasil adere à convenção internacional de Haia, o que torna o processo de legalização de documentos estrangeiros no Brasil menos burocrático. As novas regras retiram a necessidade da chamada legalização consular, que atualmente é necessária para certificar o uso de qualquer documento em 11

outros países, como o diploma de uma universidade. Esse trâmite será substituído pela emissão da “Apostila de Haia”, um documento que servirá como atestado de validade nos demais 108 países que já aderiram à convenção, entre eles os Estados Unidos, México e todos os membros da União Europeia. “Segundo dados do Ministério das Relações Exteriores, o órgão expede, todo mês, mais de 82 mil documentos para serem usados no exterior. Já em relação às legalizações, realizadas pelas repartições brasileiras fora do país em 2014, foram 569 mil. A maioria desses procedimentos foi realizada em Portugal, seguido de Cuba, que registrou crescimento de legalização dos documentos por conta do programa Mais Médicos. O sistema brasileiro, em desenvolvimento pelo CNJ, terá como base o modelo desenvolvido no México, que permite a leitura da autenticação por meio de QR Code - um código de barras bidimensional que pode ser facilmente

reconhecido pela maioria das câmeras de aparelhos celulares”. Pro-Uni Em 2014 o Senado brasileiro pôs em votação um projeto de lei pedindo a ampliação do projeto Pro-Uni (Programa Universidade para Todos) para candidatos estrangeiros. Atualmente, o programa de bolsas parciais ou integrais em faculdade privadas é voltado para estudantes de renda mais baixa. Com a entrada dos estudantes estrangeiros no programa, as universidades brasileiras contariam com mais alunos procedentes de outros países em seu corpo discente e com o foco em candidatos vindos da África e da América Latina. E dessa forma, será possível fortalecer os laços entre os continentes. O problema é que a oferta de vagas é muito inferior ao número de candidatos brasileiros que se candidatam à bolsa. No 1º semestre de 2014 houve mais de 1,2 milhão de

inscritos para 191 mil vagas. O programa ajudaria a aumentar o número de estudantes estrangeiros no Brasil concedendo bolsas parciais e integrais a estudantes em instituições privadas de ensino superior em cursos de graduação e outros. A bolsa parcial destinada a estudantes estrangeiros ajudaria a aumentar o interesse dos estudantes a virem ao país, e facilitaria, no quesito financeiro, o processo de vinda ao país. Como o projeto ainda não foi aprovado, não foram disponibilizados os requisitos para candidatura, mas pelas regras do ProUni destinado a estudantes brasileiros, acredita-se que as bolsas sejam destinadas a estudantes com uma renda mensal familiar mais baixa. Segundo dados do Ministério das Relações Exteriores, órgão responsável pela emissão dos vistos, os países com números mais altos são a Colômbia, Portugal, França e Angola. Foi observado que o que traz esses estudantes


são oportunidades de emprego e a qualidade de ensino no país. O que nos faz acreditar que com mais incentivos, esses números cresçam ainda mais. Capes O Programa de Estudantes - Convênio de Graduação (PEC-G) oferece oportunidades de formação superior a cidadãos de países em desenvolvimento com os quais o Brasil mantém acordos educacionais e culturais. Desenvolvido pelos ministérios das Relações Exteriores e da Educação, em parceria com universidades públicas - federais e estaduais - e particulares, o PEC-G seleciona estrangeiros, entre 18 e preferencialmente até 23 anos, com ensino médio completo, para realizar estudos de graduação no país. O aluno estrangeiro selecionado cursa gratuitamente a graduação. Em contrapartida, deve atender a alguns critérios; entre eles, provar que é capaz de custear suas despesas no Brasil, ter certificado de conclusão do ensino médio ou curso equivalente e proficiência em língua portuguesa. São selecionadas preferencialmente pessoas inseridas em programas de desenvolvimento socioeconômico, acordados entre o Brasil e seus países de origem. Os acordos determinam a adoção pelo aluno do compromisso de regressar ao seu país e contribuir com a área na qual se graduou.

Imagem 10: Escadaria do Selarón Fonte: Google Images

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d) Ambiente Tecnológico Os avanços tecnológicos têm enorme influência e poder de transformação no mercado, por conta disso, deve ser contínua a preocupação das empresas em buscarem constante modernização e inovação. Tecnologia mudando a maneira de fazer negócio As mudanças pelas quais passamos nos últimos anos criaram condições para o surgimento de empresas como Uber, Airbnb e WhatsApp. Cada vez mais, startups representam um risco para indústrias tradicionais. Como exemplo, podemos citar o impacto que o WhatsApp gerou no faturamento das empresas de telefonia móvel. Para minimizar esses riscos e potencializar as oportunidades de geração de negócios é muito importante tirar proveito das possibilidades que o mundo digital oferece. São inúmeras as facilidades que os aplicativos trazem aos usuários de smartphones. Muitos empresários e executivos já utilizam aplicativos para monitorar em tempo real os dados e informações sobre o negócio. Com essa praticidade quase se extinguiu a necessidade de estar na frente do computador para realizar tarefas rotineiras da empresa. Anúncios em redes sociais É cada vez maior o número de anúncios em redes sociais. A nova geração de anúncios em mídias sociais, como postagens patrocinadas do Facebook, Instagram e Twitter estão direcionadas com um grau de precisão cada vez mais certeiro. Isso porque os anunciantes têm a capacidade de segmentar grupos, além de por idade e gênero, por interesses, localidade, afiliação corporativa, cargo, dentre outros, fazendo 13

assim com que a pessoa tenha contato com os anúncios mais relevantes. Por conta disso, houve um grande aumento por parte das empresas, em 2015, em investir em anúncios: de 33,5% nos gastos para aproximadamente US$ 24 bilhões (surpreendente, visto que há até alguns anos esse valor era de US$ 0). Sabe-se que em 2017 os anúncios em mídias sociais poderão somar um total de 16% de todos os anúncios digitais investidos pelo mundo, além disso, uma série de novas ferramentas estão sendo desenvolvidas. Empresas e as comunicações instantâneas Aplicativos de mensagens, tais como WhatsApp, Facebook Messenger, WeChat e Kik, somam cerca de 4 bilhões de usuários ativos. Inclusive, os cinco aplicativos mais usados no mundo são de mensagens. Até o momento, isso significa pouco para as empresas, pois a troca de mensagens permanece amplamente no espaço obscuro conhecido como “dark social”. Por conta disso, é difícil saber quais conteúdos estão sendo compartilhados entre os usuários e como isso afeta o tráfego na rede e as “conversões”. Contudo, 2016 poderá ser o ano em que as análises e os insights ficarão mais acessíveis, possibilitando às empresas o desenvolvimento de estratégias completas para a troca de mensagens em mídias sociais. As principais plataformas possuem componentes de troca de mensagens, desta forma, é só questão de tempo até que elas descubram como disponibilizar esses dados às empresas para finalidades de marketing.

Economia Compartilhada e os novos modelos de negócio No atual cenário, podemos observar uma série de aplicativos que utilizam da lógica da economia compartilhada, como Uber, Airbnb e outros que permitem que as pessoas atendam a demandas de determinados consumidores com os bens que possuem. Há quem diga que a economia compartilhada permite que se consuma de forma mais inteligente e humana, gerando conexões e benefícios que a vida “na bolha” não permitiria. Segundo uma pesquisa realizada pela consultoria Nielsen em 2013, 70% das pessoas na América Latina estariam dispostas a participar de serviços de compartilhamento, contra 52% na América do Norte. Ao chegarem no mercado, Uber e Airbnb provocaram inquietações e protestos mas, mesmo assim, tornaram-se ícones de uma nova indústria baseada no valor e na valorização do acesso. Contudo, existem aqueles que acreditam que tais empresas, logo, serão superadas. Estes acreditam que estas empresas mostram para o mundo a possibilidade de criar uma lógica de consumo baseada no compartilhamento e não mais na compra, criando uma rachadura na coluna que sustenta as bases do sistema capitalista atual. Somado a isso, Uber e Airbnb cobram por uma mediação que poderia ser feita gratuitamente, pois apenas disponibilizam um ambiente digital para que essas relações de trocas aconteçam, sem ter nenhum custo com isso. Por isso, há quem diga que tais empresas provavelmente serão superadas por tecnologias iguais ou melhores e que terão como principal característica o objetivo não mercadológico.

Já existe uma plataforma digital chamada Guest to Guest que permite que milhares de pessoas espalhadas pelo mundo troquem de casas, sem custo, apenas através de “guestpoints”, moeda social criada pelo próprio site para viabilizar as transações. Somado a isso, o Waze (aplicativo de mapas comprado pelo Google em 2013) lançou, em Israel, o aplicativo RideWith. Este permite que os usuários compartilhem caronas e o passageiro, em troca, só precisa oferecer uma quantia que cubra os gastos com combustível. Tal quantia é calculada pelo próprio aplicativo, sendo que esta também pode ser rejeitada ou alterada pelo motorista. Além disso, os motoristas que participarem do RideWith não podem oferecer mais do que duas caronas por dia, dificultando a “profissionalização” da prática. Porém, o Waze não disse quando o novo serviço será expandido para outros países e se isso vai, de fato, acontecer. A tecnologia a serviço do nosso mercado Sabe-se que graças à globalização romperam-se barreiras e estreitou-se a distância entre países, facilitando o intercâmbio entre as nações. Logo após o boom da informática e da telefonia nos anos 90, a forma de se comunicar começou a mudar. Hoje em dia as pessoas só estão longe fisicamente, uma vez que, se bater saudade de casa, com a ajuda de aplicativos, tais como WhatsApp e Skype, esse problema é facilmente resolvido, sem nenhum custo. O avanço da tecnologia facilitou muito o cenário para os viajantes. Na internet encontram-se milhares de blogs que oferecem diversas dicas para intercambistas, desde dicas de lugares para se frequentar, onde se hospedar, como se locomover no país-destino, dentre tantas outras possíveis dificuldades que um intercambista possa sofrer.


Nota-se assim que novas tecnologias são sinônimos de novas oportunidades. Por conta disso, é cada vez mais comum o surgimento de aplicativos e de sites que suprem as necessidades de intercambistas, das mais variadas. Alguns deles são: SITES My Travel Cost: o site calcula preços em dólares de hospedagem, alimentação, passeios e dá um valor médio de quanto custa ficar na cidade por um dia Expatistan Cost of living: permite calcular e comparar o custo de vida entre as cidades ao redor do mundo Skyscanner: ferramenta que auxilia na busca por passagens aéreas baratas Hostelworld: site que ajuda na busca por hostels em quase todos os lugares do mundo APLICATIVOS Currency Converter ou Globe Convert: aplicativos de conversor de moedas e unidades Google Translator: aplicativo que traduz até 90 línguas diferentes Trabee Pocket ou Trail Wallet: aplicativo de Controle de despesas de viagem. Com ele controlam-se os custos e se estes estão dentro do orçamento Yelp: rede social de avaliação de locais que é muito usada no mundo todo REDE SOCIAL Waze: o aplicativo de direção e GPS que faz recomendações de caminhos em tempo real a partir da maior comunidade de usuários do mundo

das, o número de artigos publicados ou a excelência das universidades e pesquisas. Além disso, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que analisa o sistema educacional de 34 países, o investimento destinado a alunos no ensino superior é quatro vezes maior que a alunos do ensino básico. Em média, nos países da OCDE, a vantagem econômica de longo-prazo de se ter uma for-mação superior é duas vezes superior em relação à vantagem que uma pessoa de nível secundário pos-sui sobre outra que não alcançou esse nível de educação. E que, mesmo com isso, a educação secundária é padrão na maioria desses países. Consequentemente, a maioria das pessoas deverá ir além da educação secundária caso queira alcançar maiores níveis salariais no mercado de trabalho. No cenário nacional, o Brasil está na 38ª posição na Universitas 21, e investe 5,7% do Produto Interno Bruto em educação. É um dos países que investe maior porcentagem do PIB nessa área, acima da média de 5% dos países mais desenvolvidos do mundo. Apesar disso, não há garantia de que isso se reflita em educação de qualidade, mão de obra qualificada e crescimento econômico.

Imagem 11: iPhone SE Fonte: Apple

e) Ambiente Sociocultural Cenário Internacional e Nacional Ao analisar o ensino superior em uma esfera mundial, países como Estados Unidos, 14

Canadá, Suécia, Dinamarca e Finlândia ocupam as posições do topo do ranking Universitas 21, que analisa a educação universitária e, consequentemente, o valor do investimento do Governo e instituições priva-

Já em relação ao levantamento feito pela OCDE, ainda que o investimento seja alto, somente 16% dos brasileiros atingiram o nível superior completo e 5,3% o superior incompleto. No Brasil, quem possui um diploma de nível superior tem em média renda 152% maior que aqueles com somente um diploma de ensino médio. O Brasil e o Chile são os países que apresentam a maior diferença de renda média entre a população com educação de nível superior em relação aos que possuem nível mé-dio.

A partir disso, percebe-se uma demanda comum das pessoas de desafiar-se de modo a crescer profissionalmente, virar mão de obra qualificada para melhorar a qualidade de vida. As pessoas que-rem aperfeiçoar-se profissionalmente e recorrem a cursos de extensão, cursos à distância e intercâm-bios, por exemplo. Globalização e a Economia Criativa Ao relacionar a globalização com a educação, entende-se que é a partir da primeira que o fluxo de migração global e cultural ocorre de maneira rápida. E com isso, é necessária a construção de valo-res e de uma formação aberta à diversidade cultural. O “World Cities Culture Report”, estudo encomendado pela prefeitura de Londres listou as 12 capitais culturais do mundo. Apesar da presença de cidades tradicionais neste tipo de levantamento, há uma desconcentração no território europeu e norte-americano, tendo cidades modernas apontadas tam-bém como polos culturais. Segundo Paul Owens , as metrópoles emergentes estão inventando um perfil cultural próprio, que não é o mesmo das cidades da Europa e dos Estados Unidos. O levantamento leva em conta indi-cativos nas áreas de literatura, cinema, artes visuais, artes do espetáculo e em setores novos. “As cidades sempre investiram em cultura por razões de prestígio, para mostrar poder político ou sucesso econômico. Esse era o modelo de desenvolvimento próprio das cidades americanas e eu-ropeias no século 19”, afirmou Owens à reportagem. No cenário atual, os setores envolvidos com a Cultura são ativos importantes para a economia dos países, ao movimentar capital e gerar empregos, por exemplo. A economia criativa ainda é vista como


No Rio de Janeiro, é importante ressaltar que a economia criativa foi definida como um dos cinco setores estratégicos do desenvolvimento econômico. Ela trata-se de negócios que se movem pelas ideias e que se estruturam em treze setores criativos: Arquitetura, Artes Cênicas, Audiovisual, Biotecnologia, Design, Editorial, Expressões Culturais, Moda, Música, Patrimônio e Artes, Pesquisa & Desenvolvimento, Publicidade e TIC. Em uma análise evolutiva, entre 2004 e 2013 houve aumento no número de empregos criativos formais em todos os estados brasileiros. Esse movimento permitiu um aumento da participação relativa desses trabalhadores na econo-mia de 23 estados, com destaque para Rio de Janeiro de 1,8% para 2,3%, respectivamente. Na análise de remuneração por estado, ele também é protagonista. Em sete dos treze setores criativos analisados os profissionais fluminenses possuem as maiores remunerações. Em relação ao “mundo sem fronteiras” criado pela globalização, além de permitir integração e a realização conjunta de fontes de conhecimento, ele permite que tudo se propague de maneira rápida e eficiente. Ou seja, ocorre uma intensa troca de informações e conhecimento, esse pode ser criado, recriado, produzido, difundido, vendido, tornando-se, também, fonte de consumo. 15

A globalização é vista como criadora de uma rede de conhecimento compartilhado em escala global e de difusão, além de ter se tornado campo de atuação de diversas organizações. Nas últimas décadas, as empresas não só passaram a reconhecer a importância da criatividade como insumo de produção como também perceberam seu papel transformador no sistema produtivo. Em contrapartida, além dessa rede de conhecimento não ser oferecida igual e democraticamente a todos, acentua a necessidade de maior aprimoramento de cada pessoa em relação a sua qualificação e diferenciação estando, assim, pronta para beneficiar-se do que a globalização pode oferecer.

Microambiente 1. Mercado a) Histórico Intercâmbio educacional ou estudantil é uma expressão que designa a troca mútua de estudantes de um determinado local com outro, geralmente fora do país de origem. Inicialmente, a palavra intercâmbio designava unicamente programas que envolviam a viagem de um estudante do país A ao país B e do país B ao país A, sempre reciprocamente. A instituição pioneira nos programas de intercâmbio foi o Rotary International, principal organização não governamental sem fins lucrativos do mundo, que promove a paz e a compreensão mundial por meio de programas internacionais humanitários, educacionais e de intercâmbio cultural.

f) Ambiente Natural A alta temporada de turismo no Brasil é no período do mês de dezembro a meados de fevereiro, por ser um país conhecido mundialmente por suas festas, extravagâncias e acolhimento. Muitos turistas e intercambistas prolongam suas estadas para conseguir aproveitar essas datas, como as festas de fim de ano e o carnaval, mas não é necessariamente uma regra. A baixa temporada no Brasil é de março a novembro, com exceção de feriados prolongados ao longo do ano. Como o início do ano letivo no Brasil é diferente da maioria dos países, muitos intercambistas chegam em janeiro ou então em junho, para um período de adaptação no país ou para um turismo rápido antes das aulas. Com relação ao clima no Brasil, como um todo, não existe uma época específica que restrinja a vinda de intercambistas, mas por sermos um país conhecido por suas praias e paraísos tropicais, isso acaba influenciando na escolha da data.

Imagem 12: Torre Eiffel, em Paris Fonte: Google Images

algo circunscrito à cultura ou às políticas de inclusão social. Porém, em alguns países, é algo crescente e vem sendo constantemente discutido e implemen-tado em suas cidades. No Brasil, a Indústria Criativa brasileira gera mais de R$ 126 bilhões ao ano e avançou 69,8% na última década, conta com 892,5 mil profissionais, cresceu 90% em 10 anos, e em 2014 já representava 1,8% do total de trabalhadores brasileiros.

A Fundação teve início em 1917 com um fundo de dotações com o objetivo de fazer o bem no mundo. Embora a Fundação Rotária tenha sido oficialmente estabelecida em 1928, patrocinada exclusivamente por doações de rotarianos e outros que compartilham a

visão de um mundo melhor. As doações feitas ao Fundo Permanente permanecem continuamente investidas, e apenas os juros resultantes são usados em apoio aos programas. A partir dos anos 1980, os programas se diversificaram e atualmente o termo designa, impropriamente, qualquer período de estudo de uma pessoa em país estrangeiro para seu aperfeiçoamento educacional ou profissional. Hoje em dia o estudante pode escolher quanto tempo deseja ficar no lugar escolhido, e não há mais o sistema de troca, o tempo de permanência no destino dependerá do seu visto e será de acordo com o curso escolhido, o estudante pode estudar uma nova língua como o inglês, fazer o high school (ensino médio), universidade, programa de férias e cursos para se especializar em sua área de trabalho.


b) Mercado disponível Segundo o Ministério do Turismo, o Turismo de Estudos e Intercâmbio é um segmento turístico de abrangência muito ampla, que engloba as mais diversas modalidades turísticas. Por se tratar de um segmento de origem muito antiga, está presente em praticamente todos os países do mundo e, como ocorre independentemente de características geográficas ou climáticas específicas, pode ser oferecido durante todo o ano. Nas últimas décadas as Instituições de Ensino Superior (IES), tanto brasileiras como estrangeiras, vivenciam novos desafios como a intensificação das trocas internacionais (econômicas e culturais), a democratização dos meios de transportes, a mobilidade geográfica e, diante deste cenário, o interesse por uma experiência internacional aumentou consideravelmente. Fatos como esses favorecem uma globalização das culturas, principalmente devido ao compartilhamento de hábitos cotidianos com pessoas de diferentes países e lugares do mundo. Hoje, principalmente pelo fato de a educação ser vista tanto como atrativo turístico quanto como um serviço que pode ser comercializado, e com a grande discussão gerada sobre a sua inclusão no Acordo Geral sobre o Comércio de Serviços (GATS) da Organização Mundial do Comércio, esse segmento turístico vem sendo priorizado pelos governos dos mais diversos países. Nesse contexto, um desses hábitos que já começam a sofrer influência internacional, são as práticas educativas. As universidades, além de serem um lugar onde se abriga uma multiplicidade de valores, opiniões e experiências, pesquisas científicas, geração 16

de novos conhecimentos, são também um local onde a diversidade cultural está muito presente. Nas palavras de Haigh (2008, p. 247), “a internacionalização do ensino superior tem como objetivo produzir cidadãos que se sentem em casa no mundo”. Dessa forma, reconhece-se que as trocas de experiências acadêmicas internacionais resultam da integração e desenvolvimento globalizado do mundo atual, as quais trazem relevantes benefícios para as IES. Assim, a educação internacional se tornou parte essencial nas balanças comerciais de países como Estados Unidos, Nova Zelândia, Reino Unido, Austrália e Japão e estatísticas indicam que apenas os estudantes com ensino médio completo que buscam uma instituição de ensino no exterior já somem 1,5 milhão de pessoas no mundo e movimentem trinta bilhões de dólares por ano. Segundo levantamentos preliminares, existem no Brasil mais de 150 instituições públicas e privadas que trabalham com o segmento, tanto na recepção como no envio de turistas de estudo e Intercâmbio, tais como agências de intercâmbio, escolas de idiomas e universidades. Apenas na cidade do Rio de Janeiro contamos com um número de 40 universidades, sendo 36 destas privadas. c) Mercado-Alvo Historicamente, tanto a educação quanto à internacionalização da educação superior no Brasil estão fortemente atreladas ao Estado (como instância definidora de políticas, responsável pelo financiamento e regulação) e à participação das universidades públicas e institutos de pesquisa por ele mantidos. Conseqüentemente, a concretização dos primeiros programas de cooperação

internacional dependeu da criação das universidades e da vontade política dos governantes. Por isto, estima-se que a inauguração da política de cooperação internacional no País ocorreu nos anos 30. Desde então, convencidos de que as possibilidades de desenvolvimento de uma nação soberana também dependem de progressivos investimentos na formação de recursos humanos e no fomento da ciência e da tecnologia, o Governo brasileiro, por meio de ações combinadas entre os Ministérios da Educação (MEC), Relações Exteriores (MRE), Ciência e Tecnologia (MC&T) tem atuado como importante provedor do processo de internacionalização da educação, da ciência e da tecnologia. O Ministério da Educação mantém intensa atividade na área internacional, com vistas não só à obten-ção e fornecimento de cooperação técnica e educacional, mas também ao aperfeiçoamento da capacitação de recursos humanos a fim de garantir qualidade crescente à educação, como, por exemplo a regu-lamentação legal do governo para melhorar as ferramentas de comunicação demandando sites bilíngues em inglês e espanhol. Participa ativamente de uma série de foros e eventos internacionais, em que tem divulgado os importantes avanços alcançados pelo Brasil na área educacional. Nesse sentido, a Assessoria Internacional trabalha em estreita coordenação com o Ministério das Relações Exteriores, na negociação de acordos educacionais bilaterais e multilaterais, por serem esses os instrumentos jurídicos que regulam as relações no âmbito da cooperação internacional entre os países e que possibilitam a implementação da política externa brasileira na área da educação.

No âmbito bilateral desenvolve proveitosa cooperação com diversos países, tais como Estados Unidos, Canadá, Portugal, Espanha, Inglaterra, França, Alemanha, México, Argentina, Uruguai, dentre outros. No âmbito multilateral, mantém relacionamento profícuo com Organismos Internacionais, como a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), dentre outros, sobretudo por meio da participação em programas e projetos em áreas prioritárias ao desenvolvimento e melhoria dos sistemas educacionais dos países. Em 2014, cerca de 115 mil estudantes estrangeiros escolheram o país para uma experiência internacional, de acordo com a Associação Brasileira de Organizadores de Viagens Educacionais e Culturais, a Belta. Em 2013, esse número era de 104,6 mil estudantes. Se comparar com 2003, quando foi criado o Ministério do Turismo, esse número saltou praticamente 75%. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, em oito anos o número de vistos concedidos para alunos estrangeiros mais que dobrou, passando de 5.770 para 12.547 emissões. E diante do quantitativo que aponta para o número de procura por nacionalidade, os colombianos, portugueses, franceses e angolanos lideram a lista dos estudantes que escolhem as cidades brasileiras como destino ideal. Para o ministro do Turismo, Henrique Alves, “o intercâmbio é uma nova força para o mercado turístico brasileiro, promove a cultura de paz e divulga nosso país lá fora, já que os turistas desse segmento em geral disseminam as experiências no exterior”, disse. “Com a Copa do Mundo e a proximidade dos Jogos Olímpicos, o


Brasil ficou em evidência – e cresceu ainda na região metropolitana da cidade do mais o interesse dos jovens pelo país”, Rio de Janeiro que possuem programa de complementou. intercâmbio em sua grade, totalizando o universo pesquisado em apenas 8 instituições Para os próximos anos a expectativa das 40 existentes. Após a realização de é promissora. O gasto de estudantes uma pesquisa qualitativa com as instituições estrangeiros no Brasil aumentou 147% ESPM-Rio, Ibmec, PUC-Rio, FACHA, FGV e nos últimos dez anos. Segundo dados do Cândido Mendes chegamos a estimativa Banco Central, em 2014, os intercambistas mais aproximada de nosso universo com investiram US$ 151 milhões em programas uma média 585 estudantes por semestre. educacionais, culturais e esportivos no País. Segundo o censo pela Delegacia de Policia de Imigração (Delemig), nos últimos 3 anos, apenas na cidade do Rio de Janeiro, tivemos um total de 5.599 mil alunos estrangeiros ingressando em instituições de ensino superior cariocas, sendo 1.339 mil alunos apenas em instituições privadas no ano de 2014. Tabela 1: Registros de estrangeiros Temporários I e IV (Missão de estudos, estudante) UF: Rio de Janeiro Data de extração dos dados: 24/05/2015 SINCRE Registro Data Ano Registro por ano (por mil) 2014

2.567

2015

2.149

2016

0.883

O foco destes jovens vai desde estágios remunerados, voluntariado, aprender português e cursos de graduação, buscando permanência no país de 3 meses a um ano segundo a Abipe (Associação Brasileira de Intercâmbio Profissional e Estudantil) e a Belta. Vale lembrar que neste primeiro momento não contaremos com as universidades públicas fluminenses por conta do congelamento de seu principal programa de intercâmbio pela Capes, CNPq e empresas parceiras, o Ciência Sem Fronteiras (CSF). Nosso universo é de acordo com as instituições de ensino privadas pesquisadas 17

decisões das autoridades competentes.” (Art. 444) Para algumas atividades específicas e visando a suprir demandas não corriqueiras, há o contrato por tempo determinado que, se mostra o mais interessante para o negócio, pois, pode ser adotado em se tratando de “a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; b) de atividades empresariais de caráter transitório;. c) de contrato de experiência.” (Art. 433)

2. Aspectos legais Microempresa Nosso serviço se identifica como uma Microempresa (ME), que, segundo o artigo 3º da LC nº 123, é toda a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário individual que possui uma receita bruta anual igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais). Dessa forma, o negócio responde a principais legislações que regem as microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP). CLT O negócio sofre também influência direta da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), levando-se em consideração a necessidade de funcionários contratados para atividades específicas. Há algumas possibilidades das quais o negócio poderia fazer uso. Com base nas leis, “o contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado.” (Art. 443) Além disso, “as relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às

Imagem 13: Ruínas em Roma Fonte: Google Images


3. Concorrência a) Marketing mix dos concorrentes CI Intercâmbio e Viagem A CI Intercâmbio e Viagem ou CI Experience Brazil é a maior empresa de intercâmbio e turismo de jovens em todo Brasil, e foi fundada em 1998. Presente em 19 estados no Brasil como Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, dentre outros, conta com mais de 80 lojas pelo país. São mais de 12 países-destino como Estados Unidos, Nova Zelândia, França e já realizou mais de meio milhão de viagens, estudo-trabalho-lazer, de brasileiros pelo mundo. Para atender melhor aos seus clientes criou a Amaze, onde o foco da empresa são viagens de formaturas, e para os estrangeiros que estão no Brasil criou o CI Experience Brazil, que foca em uma experiência no país. A empresa conta com especialistas que montam um programa personalizado para cada cliente sem cobrar um preço a mais por esse serviço, dando suporte do início ao fim da viagem. A missão da CI é “Embarcar na viagem do jovem do começo ao fim e ampliar seus horizontes, criando um novo jeito de aprender viajando e viajar aprendendo”. Sua visão é “Fazer parte da vida do jovem, sendo sua opção número 1 quando ele pensar em estudar, trabalhar no exterior ou simplesmente viajar para aprender com o mundo”. São cinco tipos de perfil de acordo com as necessidades dos estudantes intercambistas: Programa de Estágio Remunerado (uma experiência de trabalho no Brasil); Voluntário (diferentes projetos para diferentes perfis de voluntários); Aulas de Português (para 18

viajar em férias ou a trabalho); Programa de Futebol (esta oportunidade concilia as habilidades do futebol com um curso) e High School no Brasil (programa desafiador para adolescentes que desejam estudar no país). Programa de Estágio Remunerado convida o intercambista a ter uma experiência de estágio e descobrir o Brasil de outras formas, sendo o período de um mês a um ano. A CI fornece um programa supervisionado e prático em diferentes áreas, assim, apresentando muitas oportunidades. Estudantes de 20 a 30 anos podem se inscrever no programa e obrigatoriamente precisam estar matriculados em algum curso superior durante sua estada de estágio no Brasil. Várias empresas e laboratórios nacionais apoiam esse programa e oferecem oportunidades em diversas áreas de atuação, o objetivo é conseguir conectar da melhor forma possível os dois lados. Os benefícios inclusos são a garantia de estágio com carteira assinada, assistência durante a estada no Brasil e contato regular com o candidato e empregador, guia de orientação na chegada e um certificado de participação ao concluir o programa. Já o Voluntário tem por objetivo auxiliar na formação social dos intercambistas para lidar com os problemas externos que aparecem e liderar frente a eles. Todas as nacionalidades que queiram cooperar em uma das ONGs parceiras podem participar e se inscrever nos programas; os projetos comunitários buscam que o intercambista tenha uma experiência gratificante e significativa assim como é para os projetos recebê-los. O período de estada é de duas a três semanas e o que está incluído vai desde as informações antes da partida e taxas de contribuição para o projeto de acolhimento até ações permanentes de apoio ao coordenador de voluntário

local e contato regular com o candidato e empregador. O programa de Aulas de Português é oferecido em qualquer uma das lojas CI pelo Brasil, com professores experientes e infraestrutura profissional. As aulas contam com um programa diferenciado que vai além da gramática e livros, incluindo questões socioculturais como o modo de vida, hábitos e tradições. Pessoas de todas as idades podem participar, seja adulto ou adolescente, desde que queiram aprender a língua e experimentar a cultura brasileira, além de não haver restrição para nenhuma nacionalidade. O tempo para o curso varia de uma semana a um ano, incluindo desde material de ensino e assistência durante a estada no Brasil até contato regular com o candidato e as escolas. Já o Programa de Futebol, apenas jovens de 14 e 17 anos podem se inscrever. Seu foco é em oferecer alto nível de tratamento como apoio médico, fisioterapia, nutrição e condições para o desenvolvimento cultural e social dos mesmos com o país. Para isso, os participantes são integrados nas categorias de base dos programas das academias parceiras e recebem formação específicas de acordo com as diferentes idades, além das necessidades de cada jogador. Se o intercambista vier sozinho o tempo varia de uma semana até três anos, já para os grupos pode variar de um mês até três anos. Estão incluídos alojamento no Centro de Treinamento da Academia Botafogo, 04 refeições diárias preparadas pela nutricionista da academia, um ano em escolas particulares ou 04 aulas diárias de 50 minutos (em um total de 20 aulas semanais), uniforme para os treinamentos, dentre outros serviços. O High School no Brasil é um programa para adolescentes que desejam estudar no

Brasil e conta com uma experiência cultural e educacional única. Estudantes de todo o mundo entre 15 e 18 anos que estejam dispostos a aprender a língua portuguesa, além experimentar a cultura brasileira. A CI seleciona os locais e escolas com base na disponibilidade, fundo estudantil, especialidade assunto e também indicações de lugares feitos na inscrição do aluno. Para fazer parte desse programa, é necessário cursar um semestre letivo do Brasil e inclui registro na escola, um acompanhante da CI sempre em contato com aluno, seleção da família, 20hs de português, dentre outros. Nenhum dos programas inclui passagens aéreas, transfer do aeroporto, alojamento e refeições, taxas do consulado, despesas pessoais, e outras coisas mais que podem ser encontradas no site. Por serem programas mais específicos em que a procura não é tanta como os programas que levam para o exterior, os valores praticados não são divulgados nas redes sociais ou site, apenas em consulta individual do usuário com a empresa. Por ter foco em um público mais jovem e antenado, sempre pesquisando novidades e muito curiosos, a CI se comunica a partir das principais redes sociais que temos hoje, como o Facebook, Twitter, Instagram e Snapchat - espaços virtuais onde as marcas estão cada vez mais presentes. No Instagram, uma rede social de fotos, compartilha e posta fotos de usuários da CI e também dá dicas e sugestões do que fazer em certos lugares, não usam esse espaço de forma comercial ou indicando seus pacotes e preços. Já no Facebook e Twitter, onde a marca conta com uma página e perfil públicos, são muito usados de forma institucional e comercial, levando sempre para o site oficial da empresa e apresentando propostas atrativas.


De forma bem criativa utilizam o Youtube associado com nomes conhecidos desse meio digital, como blogueiros e youtubers, para tirar dúvidas e contar curiosidades sobre intercâmbio, morar fora e outras questões que possam surgir, além de contar com testemunhos de quem já viajou pela CI e diários de bordo com pessoas que estejam em viagem. O site continua sendo a principal fonte de informações e contato, mesmo contando com tantas opções pelas redes sociais. REI A REI - Rede de Estudantes de Intercâmbio é uma plataforma online onde conecta tanto estudantes estrangeiros como brasileiros, com o objetivo de facilitar a integração e promover o desenvolvimento acadêmico, profissional e cultural de cada indivíduo. Para a empresa, o intercâmbio age como uma ferramenta muito importante na integração cultural e de desenvolvimento socioeconômico. A REI está presente no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Juiz de Fora, Porto Alegre e Recife, se adaptando a realidade de cada lugar e do intercambista, mas oferecendo os mesmos serviços a todos. Construída em pilares como experiência única, aprendizado cooperativo e diversidade cultural, a REI tem como valores: Comprometimento - com o desenvolvimento e bem-estar de todos os envolvidos na Rede; Responsabilidade todas as ações sempre em conforme com as legislações e regulamentos; Trabalho em Equipe - sozinhos não iremos a lugar algum. Sua missão é “Fomentar o intercâmbio por meio de ações diretas, efetivas e conjuntas, que promovam o aprendizado e integração dos estudantes estrangeiros no Brasil”. A visão é “Criar um mundo mais integrado e desenvolvido socialmente e acreditamos no intercâmbio como uma poderosa ferramenta 19

de transformação positiva na sociedade”. A REI conta com uma rede de suporte que tem o objetivo de tornar a adaptação dos estudantes estrangeiros em uma experiência muito natural e da melhor forma possível. Com isso, a rede dá suporte a questões essenciais, como: dúvidas frequentes, moradia, opções de entretenimento, dentre outros. Possui também um grupo no Facebook para cidade onde estão presentes e é usado para compartilhar informações relacionadas à adaptação e ao bem-estar de intercambistas. Um dos pacotes oferecidos é o de Conceito Turismo, em que a empresa propõe além do turismo viagens que simbolizem integração entre estudantes brasileiros e estrangeiros com a cultura local. São viagens acompanhadas por um staff REI que busca unir o grupo que está guiando e conhecer os destinos brasileiros. E, o mais importante, fazer amizades que perdurem após a viagem. Pode-se escolher dois tipos de categoria: Lazer e Entretenimento, com o foco na vida noturna e visita a destinos mainstream e compras; e Imersão Cultural, em que o foco é conhecer a cultura local e explorar significados históricos, proporcionando opções de ecoturismo. As viagens são avaliadas em escala de estrelas variando de 1 a 3, por exemplo: viagens com 1 estrela são consideradas de intensidade mínima e viagens com 3 estrelas são de intensidade máxima. Esse tipo de pacote inclui: Staff REI; pacote terrestre; hospedagem; seguro viagem e KIT REI. Passagem aérea, atividades opcionais e despesas pessoas não estão incluídos nesse pacote. O pacote Workshop Cultural é composto por atividades com o objetivo de promover o contato com a cultura brasileira, fugindo dos estereótipos criados, e ajudando na

construção de uma nova visão sobre a cultura, criando assim um ambiente de aprendizado mútuo. Em cada encontro são discutidos alguns pontos como a importância histórica do tema escolhido e uma experiência prática com conhecedores do assunto. São divididos em temas e categorias: Gastronômicos - cachaça, feijoada, caipirinha; Musicais - jazz, samba, maracatu; Artísticos - exposições, visitas a museus, eventos; Cine - sessão e debate de filmes. A REI promove um encontro quinzenal e gratuito com o intuito de praticar idiomas chamado Tandem. A base desse projeto é a cooperação mútua, em que estrangeiros ensinam suas línguas para os brasileiros treinarem fluência e os brasileiros ensinam português para estimular o uso da língua desses estrangeiros na comunicação do dia a dia. Muitas organizações fazem parceria com a REI, que visa a proporcionar aos estudantes a melhor experiência de intercâmbio. Sendo um associado REI, os estudantes contam com vantagens oferecidas por essas parcerias, como desconto em eventos, participação em atividades exclusivas e contato com todos os mentores da Rede. Contam com os parceiros: BRASPA (investimento no potencial humano); WE Hostel (hospedagem de baixo custo); Festa Erasmus (comemoração oficial de intercambistas no Brasil). Para atrair seu público e oferecer seus serviços, utilizam o Facebook, onde existem perfis diferenciados para cada cidade divulgar melhor suas opções e também um site oficial, que abriga a maior parte de informações. Esse site, no entanto, é mais voltado para a cidade de São Paulo. Não existe cobrança monetária dos pacotes e, sim, uma cobrança de cooperação coletiva.

PUC-Rio Neste primeiro momento de projeto, consideramos a PUC RIO como concorrente por ser uma das opções de instituição de ensino superior para os intercambistas que optam em viver a experiência do intercâmbio no Rio de Janeiro. Por oferecer diversos serviços similares aos que ofereceremos, como será dito posteriormente, a temos como concorrente indireto já que por um lado perderemos um número significante de intercambistas mas por outro, em um momento futuro, será considerada como cliente. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-RIO, é uma instituição de ensino de direito privado sem fins lucrativos, fundada em 1941 e reconhecida oficialmente em 1946. Possui sedes pelo Brasil no Rio de Janeiro (capital), em São Paulo (capital), em Campinas (SP), Goiás, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Conhecida mundialmente pela sua excelência no ensino tanto na graduação como pós-graduação, cursos de extensão, intercâmbio internacional e educação à distância. O marco referencial da universidade está baseado nos objetivos que marcam os rumos e também compromissos que devem estar de acordo com o comportamento de cada indivíduo que integra a comunidade PUC. Recebe uma média de 1.400 a 1.500 estudantes internacionais por ano, sendo em quatro levas principais: dois cursos intensivos da língua portuguesa oferecidos em meio de janeiro até meio de fevereiro e o outro em julho, recebendo uma média de 100 a 150 alunos por curso. O outro momento acontece durante o semestre letivo, em que a média é de 400 a 450 alunos, que estudam durante seis meses.


A terceira leva acontece com os cursos de curta duração que são ministrados o ano todo. A maioria dos grupos é formada por americanos (somando 1/4 dos alunos estrangeiros), em seguida vêm franceses, espanhóis, alemães, italianos, portugueses e noruegueses, além de demais nacionalidades. Contam com mais de 300 parcerias espalhadas por todos os continentes, em países como Estados Unidos, Canadá, Espanha, França, Peru, Chile, dentre outros, com os mais variados tipos de programa. Atualmente estão reduzindo o número de convênios para ter apenas os que funcionam dentro de todos os padrões escolhidos, priorizando a qualidade e não mais a quantidade. O suporte oferecido ao aluno intercambista, aqui no Rio, é dividido em uma coordenação para alunos internacionais, uma coordenação para os alunos brasileiros que saem e uma coordenação específica para cursos de pequena duração. Para os alunos internacionais eles possuem uma assessora sênior que é responsável por todos eles, desde a parte acadêmica até o suporte pessoal, contando também com celular 24hrs para que os alunos liguem, seja diante de uma emergência ou para tirar alguma dúvida. Dentro da coordenação para alunos internacionais, o setor conta com mais 3 divisões: Housing e Imigração; Assistência Direta (student advisor) e Suporte aos Alunos. A coordenação em questão está preparada para receber qualquer demanda do exterior e, baseada nessa estrutura, eles oferecem o programa de homestay há 12 anos, por não possuir dormitórios na faculdade. Nesse programa são recrutadas famílias 20

brasileiras para receber os estudantes em suas casas, localizadas em bairros da Zona Sul para que os intercambistas possam ir e vir com facilidade. Esses anfitriãos passam por um sistema de verificação preenchendo uma ficha com perguntas que vão desde “você tem animais de estimação?” até “você é fumante?”, os alunos antes de vir também preenchem uma ficha com perguntas do mesmo estilo, e após reunir as respostas o setor consegue ligar da melhor forma possível todas as partes. Após a escolha da casa a coordenação realiza visitas surpresas para checar a veracidade das informações passadas, como, por exemplo, se o aluno terá um quarto privado com escrivaninha. O valor de R$ 1.200 é cobrado por mês e inclui café da manhã diariamente, roupa de cama e banho uma vez por semana, acesso à cozinha e à máquina de lavar roupas. Os americanos são os que mais usufruem desse serviço, sendo inclusive a primeira e única opção, já os europeus preferem encontrar sozinhos seus apartamentos, sem nenhum tipo de assistência.

pois todo estudante que permanece mais de um mês no Brasil precisa passar por esse processo. Além disso, o setor também auxilia no preenchimento do formulário, tira dúvidas, agenda junto com o aluno a visita e verifica se a documentação está completa. Uma advogada foi contratada para lidar apenas com casos que envolvam intercambistas, estando 24hs disponível durante toda a semana, com acesso à Delegacia Especial de Apoio ao Turismo e a demais delegacias. A PUC-RIO também tem a preocupação em apresentar as operadoras de telefonia móvel para os alunos escolherem qual querem

A presença da PUC-RIO para atrair novos intercambistas se dá pelas redes sociais, onde pode conhecer um pouco mais sobre a faculdade e o site oficial, que disponibiliza informações mais detalhadas sobre os cursos e os programas oferecidos.

Análise de Competitividade

Assim que os novos intercambistas chegam à universidade, eles passam por dois dias de orientação sobre a cidade. Uma das partes da orientação é o “Do’s and Dont’s in Rio” que aborda toda a parte de segurança, inclusive como as áreas de risco que devem ser evitadas, mesmo sendo favelas pacificadas. Existe também um manual que é distribuído para os novos alunos com informações desde as linhas de ônibus do Rio aos melhores lugares para ele resolver questões burocráticas como, por exemplo, retirar o Bilhete Único e solicitar o CPF. As informações vão desde disponibilizar qual será a documentação que o intercambista precisará para fazer o CPF até que tipo de relação que ele encontrará na Polícia Federal quando chegar para se registrar,

utilizar e assim ter um contato no Rio. Com relação a atividades bancárias, como os alunos ficam em sua maioria seis meses, muitas vezes eles não têm interesse em passar pelo processo de abertura de conta. A PUC-Rio, inclusive, mantém um acordo com universidades que enviam o dinheiro do aluno para a instituição e, assim, ele pode sacá-lo diretamente na Tesouraria.

Imagem 14: Análise de competitividade Fonte própria

A tabela acima foi construída baseada nas informações dos concorrentes citados anteriormente. Levamos em consideração aspectos relevantes de comparação entre eles e nossa empresa, como Assessoria Pessoal, nosso carro-chefe dos serviços; Benefício, todos os serviços oferecidos pelas empresas; Auxílio Burocrático, apoio dado pela empresa ao intercambista com

relação a burocracia encontrada no país; e Praticidade, considerando o tempo e agilidade encontrada para solucionar os problemas apresentados pelos intercambistas em sua estada. A escolha dos pesos em cada aspecto foi baseada na importância dada para cada tópico, sendo 3 de mais peso e 2 de menos peso, porém não menos importante.


c) Benchmarking

b) Mapa de Posicionamento

Baixa assessoria pessoal

Alta assessoria pessoal

Nossa empresa PUC-Rio CI

Baixo benefício Como nossa empresa oferecerá serviços terceirizados de assessoria pessoal e de apoio ao intercambista para instituições de ensino superior privado, optamos por utilizar as vertentes de comparação: benefício, sendo este todos os serviços oferecidos pelos concorrentes; e assessoria pessoal, sendo o diferencial que queremos destacar em nossos serviços. Os concorrentes escolhidos para análise são a PUC-Rio, CI Intercâmbio e Viagem e REI Rede de estudantes de Intercâmbio. A PUC-Rio é o ideal de serviços que almejamos alcançar, com assessoria pessoal bem desenvolvida e benefícios diversos como housing, aulas de português e apoio em questões burocráticas. Por ser uma instituição de ensino privada foi considerada como concorrente indireto pois oferece esses serviços apenas para os alunos que recebe e não a alunos de outras instituições do Rio de Janeiro. 21

Imagem 15: Mapa de posicionamento Fonte própria

Alto benefício

REI

Por ser um concorrente de peso no mercado, bem posicionado e conhecido, escolhemos a CI Intercâmbio e Viagem, abordando a CI Experience Brazil, que foca na experiência do intercambista no país com seus diferentes programas e também uma equipe de especialistas que ajudam a construir um programa personalizado para cada intercambista sem a cobrança de taxas a mais, além de oferecer suporte do início ao fim da viagem. Como possui um serviço mais diferenciado dos outros concorrentes, escolhemos a REI por ser uma rede de ajuda coletiva, em que todos que participam colaboram para a construção do serviço. Tudo é oferecido por meio da plataforma online, informações são sempre acessíveis de qualquer dispositivo, sendo uma facilidade para o intercambista quando precisa enfrentar alguma situação sozinho.

Indika Bem O Indika Bem começou com um site de produção de conteúdo em formato de vídeos para empresas e profissionais com o intuito de se comunicar melhor com seu público. Criado por Cris Monteiro, hoje também apresentadora de um quadro com o mesmo nome no canal RedeTV!, atualmente, o programa conta com especialistas convidados para dar dicas de como melhorar a qualidade de vida, além de dicas de carreira, estética, beleza, saúde, entre outros. O objetivo sempre foi tornar conhecido dicas sobre utilidade pública, como restaurantes, lugares para visitar, e atividades diferentes para se fazer. Para apresentar dicas como essa, o canal conta com um bate-papo divertido e descontraído com o convidado, tornando o contato muito próximo, como um amigo que aconselha. A missão é “Levar ao telespectador dicas de como melhorar a qualidade de vida”. iCultural - Intercultural Coaching Posicionam-se como um prestador de serviço a estrangeiros no Brasil, oferecendo todo o suporte necessário para acomodar de maneira tranquila e segura. Sua missão é “Apresentar a região e a cultura brasileira local onde o expatriado está inserido”. Uma empresa formada por profissionais que também já passaram por experiências semelhantes no exterior, e por isso acreditam que nada melhor do que pessoas que entendem dessas dificuldades para poder oferecer um serviço mais certeiro e próximo à realidade dos contratantes. “Prestamos assessoria personalizada desde a chegada do expatriado até

sua acomodação e imersão na cultura local. Sempre nos preocupando com as necessidades e particularidades de cada cliente”. Essa a é a premissa do serviço que possui diversas opções de pacotes, desde a imigração e realocação até aulas de português e turismo em todo o Brasil, proporcionando o desenvolvimento de um trabalho completo e com qualidade. Dois dos serviços oferecidos são os mais completos e complexos, um deles é o Life Coaching, em que a empresa ajuda o cliente a identificar e alcançar seus objetivos auxiliando na tomada de decisões. Eles acreditam na filosofia de que esse apoio mais pessoal aos expatriados, durante a estada no Brasil, pode tornar a experiência muito mais proveitosa e positiva. Observaram também como isso afeta diretamente no aumento da “flexibilidade e adaptabilidade às mudanças, à reavaliação dos objetivos de vida, ao planejamento para atingir esses objetivos, a orientação na tomada de decisões e priorização de atividades...”. O outro é o de Assessoria Pessoal, em que prestam acompanhamento e orientação na contratação de serviços e funcionários em geral, como empregados, seguros, telefonia, plano de saúde, aluguel de carro, entre outros. Buscam também escolas, visitando os locais de interesse já pré-selecionados pelo cliente e auxiliando da matrícula até a compra de uniformes. Os outros serviços giram em torno de situações mais específicas, como o de Recepção, quando acontece um encontro de boas-vindas com informações sobre a região e reconhecimento, dicas sobre como se comportar e como se prevenir para um melhor aproveitamento na estada. Já o serviço de Acomodação conta com uma busca por imóveis de acordo com as necessidades requeridas, a assessoria vai desde a escolha do imóvel até a instalação do contratante. O curso de Português


para estrangeiros é um serviço voltado para qualquer nacionalidade que queira aprender a língua. Os serviços de ordem mais burocrática são o de Integração e Turismo, em que são realizados encontros com as famílias estrangeiras para dar suporte a sua integração à sociedade, além de viagens a pontos turísticos para apresentar nossa cultura e região; e o de Imigração, que conta com uma assessoria completa para a retirada de vistos e de outros documentos importantes para o estrangeiro viver no Brasil, com toda a segurança necessária. HULT - International Business School A HULT é uma faculdade de renome mundial e não gosta de se posicionar apenas como uma escola de negócios e sim uma rede global que educa, inspira e conecta alguns dos futuros talentos de negócios para o mundo. Recebe estudantes de cerca de 120 nacionalidades por ano. Hoje, existem 16.000 alunos espalhados por 156 países e 100.000 executivos já passaram pelos programas de Ashridge Educação Executiva para se aprimorar em suas

áreas de negócio e, com isso, construíram grandes contatos de negócios em todos os principais países do mundo. Para promover a integração entre os estudantes, a HULT possui diversos setores de assessoria, cada um especializado em uma área específica, facilitando assim o atendimento pois o fluxo de estudantes recebidos é muito grande. Em seu corpo docente, a universidade conta com professores de mais de 45 países diferentes, reforçando assim o seu internacionalismo e sua intenção de integração entre seus alunos. A assessoria prestada tem como objetivo fazer com que os estudantes explorem novas cidades, desenvolvendo seus talentos e conhecendo pessoas de todos os lugares do mundo. O time acadêmico dedicase integralmente ao sucesso dos alunos dentro e fora das classes e preza por um ambiente de integração entre os alunos e entre os professores. Os departamentos da assessoria são: Student Services; Housing Team; Career Services e Visas and Compliance. O Student Services, responsável pela adaptação dos alunos, oferece desde conselhos sobre saúde e bem-estar até a

Imagem 16: Estátua da liberdade, em Nova York Fonte: Google Images

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criação de grupos ou clubes, como gostam de chamar os próprios alunos. Também trabalham com os estudantes para organizar diversas atividades e eventos anuais no campus. Housing Team, outro departamento, auxilia o estudante na busca por uma acomodação fazendo com que o aluno se sinta confortável e seguro em sua estada, e também auxilia em encontrar colegas de quarto para viver a experiência da universidade e cooperação. Career Services é a busca de estágios junto com os estudantes em suas áreas para melhorar o currículo e aconselham sobre o direcionamento de suas carreiras. Durante o ano organizam feiras, workshops e oportunidades de networking para divulgar as vagas disponíveis. Na área de documentação e burocracia, o Visas and Compliance garante que os estudantes tenham o visto de estudante correto, além de todo o processo de retirada de vistos em geral. STB O STB – Student Travel Bureau foi fundado em 1971 e é líder no segmento de educação internacional no Brasil, sendo referência para viajantes quando se trata de cursos. A premissa de valor e filosofia da empresa é a experiência. Por meio de curadoria e com o compromisso de oferecer qualidade o STB conecta jovens e adultos com instituições de ensino internacionais. “A missão do STB é proporcionar produtos e serviços que ampliem as possibilidades a estudantes e profissionais nas escolhas de seus caminhos para a educação formal e extracurricular, colocando-os na vanguarda intelectual do nosso país”.

São mais de 80 lojas pelo país que oferecem cursos de diversos idiomas, High School, Graduação, Formação Profissional, Programas de Trabalho (remunerado e voluntário), cursos de curta duração para profissionais e estudantes, programa para famílias durante as férias escolares, além de viagens de aventura. Outros serviços oferecidos são passagens aéreas, assistência médica internacional, reserva de acomodações e a ISIC - Carteira Mundial do Estudante. A University of California, University of Arts London, Walt Disney World Company e Contiki Travel são algumas das mais importantes parcerias ao redor do mundo que a STB traz em seu catálogo para oferecer ao público brasileiro propostas com o que existe de mais inovador no mercado. O STB também é membro exclusivo das associações ISIC - International Student Identity Card e ISTC - International Student Travel Confederation, ambas com sede na Europa. Criaram em 2014 o G.A.T.E. – Global Access Through Education, uma plataforma que conta com educadores, pais, estudantes e profissionais com o objetivo de criar discussões sobre educação internacional, cultura, desenvolvimento pessoal e profissional, O G.A.T.E. acontece em um evento anual e sempre no meio online, no próprio site. O STB criou uma linha do tempo em que mostra seus tipos de perfis de cliente. Geralmente seus estudantes começam a criar vínculos e fazer sua primeira viagem a partir dos 12 anos, como um curso de férias ou programa em grupo com a escola em que estuda no Brasil. A próxima etapa, uma nova viagem que é planejada por volta dos 15 e 16 anos, quando buscam


um intercâmbio de seis meses a um ano. Ao completar 18 anos, já pensam em fazer faculdade fora do país e vão à procura de uma orientação para definir o país e/ou a universidade. Além desse perfil estudantil, um muito procurado é o de adultos, pais e/ ou executivos que buscam férias ou viagens de um ano para aprimorar o idioma ou cursar programas curtos em suas áreas de negócio. Existe também o perfil de jovens entre 18 e 25 anos que buscam uma curadoria para um ano sabático, unindo programas a viagem. Como um todo, prestam serviços para empresas, escolas, universidades, educadores, profissionais liberais e famílias. Oferecem uma vasta gama de pacotes, abordando qualquer área de interesse de uma pessoa. Um importante diferencial do STB é a forma como aliam diferentes interesses em um só, como no pacote de Idioma + Hobby, em que as opções são muito variadas, tais como culinária, esportes, moda, história e cultura, dança e cinema. Possuem um Preparatório para Exames, como o TOEFL e IELTS, e opções de Idioma com Foco em Profissões, como executivo, aviação, direito, engenharia, entre outros.

Os valores variam muito de acordo com o serviço oferecido nos pacotes, por exemplo: um curso de idioma, em que são oferecidas línguas como inglês, francês, italiano ou espanhol aliado a um curso de culinária (com diversas opções), pode variar de 395 euros (plano mais básico) até 1400 euros (plano mais completo e específico). Já um pacote de High School nos Estados Unidos com duração mínima de seis meses pode custar a partir de US$ 7.610,00. Com uma cuidadosa curadoria o cliente consegue escolher a melhor opção financeira e pessoal para sua experiência no exterior. Para atrair clientes, o STB está presente nas redes sociais mais conhecidas como o Facebook, Twitter, Instagram, Youtube e Linkedin. Sua presença no meio online é toda voltada para vendas e institucional, postagens variadas de destinos, curiosidades e sugestões estão aliadas a pacotes oferecidos por eles. No Youtube possuem um canal onde pode-se encontrar vídeos produzidos com dicas de viagem e sugestões de destinos. O site, por fim, continua sendo a principal forma de comunicar e oferecer seus serviços.

4. Fornecedores A Check ocupa uma função intermediária em relação aos nossos fornecedores e clientes. Sendo assim, conta com a parceria dos mais variados serviços para facilitar a estada do intercambista no Brasil. Isso demandará a existência de acordos entre nossa empresa com fornecedores de médio e pequeno porte, reconhecidos pela excelência na prestação dos serviços que oferecem. Há uma oportunidade de, com essas empresas, ter maior flexibilidade e individualização dos serviços, de modo a suprir as necessidades dos intercambistas da melhor maneira. Há grande oferta e variedade de fornecedores de curso de língua portuguesa, agência de turismo, empresa de diarista e imobiliária no Rio de Janeiro. Será pré-estabelecida uma relação com um curso de língua portuguesa, agência de turismo, empresa de diarista e imobiliária. Serão comercializados os serviços oferecidos por tais empresas para nossos clientes, visando uma maior comodidade para os mesmos. Ganha-remos uma taxa de 15% em cima do valor cobrado pelos fornecedores.

Além disso, teremos um clube de vantagens que disponibilizará descontos em restaurantes, aulas de esporte na praia, empresas que oferecem cursos de extensão, academia, lavanderia e aulas de dança. O desdobramento desse processo se daria da seguinte forma: em troca de pacotes e descontos para nossos estudantes, faríamos a exposição das marcas em nossos meios de divulgação (site, redes sociais, etc), nos departamentos de intercâmbio das universidades e, principalmente, levaríamos clientes a eles. Por se tratar de empresas que impactarão diretamente o nosso negócio, visto que, a construção da nossa imagem será dada através dos serviços prestados pelas mesmas, buscaremos empresas reconhecidas pela sua qualidade. Isto porque, nossos fornecedores funcionam como uma extensão do nosso serviço, portanto, o cliente não saberá diferenciar o papel de cada um, apenas cobrará resultados. Por isso, há uma grande responsabilidade por parte da nossa empresa na escolha dos fornecedores, já que é nosso compromisso, com os intercambistas, oferecer uma assistência pessoal qualificada.

Imagem 17: Costa de Sidney Fonte: Google Images

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5. Estrutura de Mercado

6. Variáveis de Segmentação O comportamento de compra do consumidor é influenciado por fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos. Os fatores culturais exercem a maior e mais profunda influência. Já no processo de compra organizacional, os organizadores estabelecem a necessidade da compra de produtos e serviços, bem como identificam, avaliam e escolhem entre as marcas e os fornecedores disponíveis a melhor opção, o que seria o realizado pelas universidades (nossos compradores). Levando tais pontos em consideração, para facilitar o entendimento, descrevemos o processo de decisão de compra para contemplar os compradores e usuários do serviço fornecido.

Imagem 18: Árvore de categoria Fonte própria

Nossa empresa encontra-se situada no mercado de Viagens, que possui algumas diretrizes, dentre elas a do Estudo/Intercâmbio. A partir disso, nosso foco encontra-se dentro das Universidades Privadas, servindo como suporte e apoio de seus departamentos de intercâmbio. O empreendimento proposto, portanto, está inserido em uma categoria existente, mas, caracteriza-se por oferecer um serviço novo no mercado, já que nenhuma empresa disponibiliza inteiramente o mesmo que nós.

Iniciador Para Kotler (1998) o iniciador é a primeira pessoa que aparece com a sugestão (ou ideia) de comprar o produto ou o serviço. É a primeira pessoa do processo que manifesta a demanda por meio de seu desejo ou necessidade. As universidades, reconhecendo a necessidade de um melhor atendimento aos intercambistas, veriam o potencial do serviço oferecido. Segundo Kotler, o comprador organizacional enfrenta diversas situações decisórias ao realizar uma compra: a complexidade do problema a ser solucionado, se a compra é uma novidade, o número de pessoas envolvidas e o tempo requerido. Patrick Robinson e outros autores distinguem três tipo de situação de compra: recompra simples; recompra modificada e nova tarefa. Neste caso, a situação de compra seria a nova tarefa, que passa por várias fases: conhecimento; interesse; avaliação; julgamento e adoção. Durante esse processo, é de vital importância criar confiança fornecendo informações e assistência e estimular o cliente, no caso, as universidades a cogitar a contratação do serviço.

Imagem 19: Pôr-do-sol na Zona Sul do Rio Fonte: Google Images

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Influenciador O influenciador é a pessoa cujos pontos de vista ou sugestões influenciam a decisão de compra. Assim, pode participar em

diversas etapas do processo de compra. Os influenciadores muitas vezes podem assumir um papel muito parecido com o do iniciador, mas com o papel de incentivar a compra do produto. Um dos principais papéis das universidades no processo é o de influenciador, já que ela estará levando o serviço diretamente ao estudante, o recomendando e, portanto, facilitando a divulgação do trabalho da empresa e gerando confiança devido a associação com a mesma. O fator influenciador da contratação dos serviços para as universidades seria a demanda existente do serviço fornecido, logo, as necessidades dos intercambistas, que serão mostradas ao comprador pelas pesquisas realizadas com os mesmos e pelos serviços oferecidos em universidades concorrentes. Como influenciador do intercambista podemos citar: os pais e/ou responsáveis, que muitas vezes ajudam na tomada das decisões para o intercâmbio dos filhos, já que geralmente são os responsáveis financeiros também; e formadores de opinião, que no caso seriam outros intercambistas que sentiram a necessidade do serviço, que podem ser amigos, blogueiros, youtubers, ou pessoas que postam em grupos sobre intercâmbios no Facebook.


pessoas com autoridade formal para selecionar e estabelecer os termos da compra. Os compradores podem ajudar na formulação das especificações do serviço, mas sua maior responsabilidade está nas negociações.

Comprador O comprador, para Kotler (1998), é aquele que vai pagar pelo produto. Nem sempre ele é o mesmo que vai decidir, embora normalmente tenha um peso grande no processo de decisão de compra. O comprador do serviço para o intercambista será a pessoa que está financiando o intercâmbio do mesmo, geralmente os pais. Já para as universidades, são as

O intercambista atuará como usuário do produto e, de acordo com suas necessidades, acabará influenciando no pacote dos serviços oferecidos pela empresa. Inclui-se aí o fato de que cada universidade terá algumas diferenças nas necessidades de seus estudantes e também que existem muitos problemas comuns entre os intercambistas, mas alguns são problemas mais específicos de pequenos grupos.

Usuário Aquele que realmente usa ou consome o produto ou serviço. Em muitos casos, os usuários iniciam a proposta de compra e ajudam a definir as exigências que devem ser atendidas pelo produto ou serviço.

1) Intercambistas Como nossos consumidores são intercambistas estrangeiros, eles possuem estilos de vida, situ-ação financeira, e hábitos díspares e diversificados, então é necessário que ocorra a identificação dos segmentos de mercado para que todos sejam atendidos com maior eficácia. A pesquisa será abordada em maiores detalhes no item 7. Para segmentar o mercado utilizamos as seguintes variáveis:

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Demográfica

Comportamental

Geográfica

Homens e mulheres, na maior parte das vezes ainda dependentes financeiros, de 18 a 28 anos, estudantes de universidades no exterior, pertencentes às classes A e B.

O público da empresa é composto basicamente por estudantes que buscam ter a experiência do intercâmbio e que desejam ter uma estada sem problemas burocráticos ou dificuldades relacionadas a segurança, bancos ou acomodações. Buscam comodidade e facilidade além de transparência no serviço.

Nossa empresa atrairá consumidores de diversos países diferentes para o Rio de Janeiro, onde será a sede das operações.

2) Universidades Também decidimos fazer as variáveis de segmentação das universidades, já que são nossos influenciadores e também compradores. Para Kotler, os mercados organizacionais podem ser segmentados de acordo com algumas variáveis empregadas na segmentação do mercado consumidor, como as variáveis geográficas, os benefícios procurados e o índice de utilização. Para realizar a segmentação abaixo, utilizamos as principais variáveis de segmentação para mercados organizacionais, respondendo aos tópicos de cada variável, como base no modelo apresentado por Kotler e Keller (Administração em marketing p 255, Pearson 2011).

Demográfica: setor, porte da empresa e localização

Operacionais: tecnologias, status de usuários e nãousuários, recursos dos clientes)

Pretendemos atender aos setores de intercâmbios das faculdades oferecendo a eles pacotes de serviços para auxiliar na estada dos estudantes estrangeiros no país. Atingiremos empresas de grande porte, que são as universidades localizadas no estado do Rio de Janeiro inicialmente, onde será a sede de operações.

As tecnologias de clientes que devemos concentrar são prioritariamente online, para de maneira rápida e eficaz fornecer as informações necessárias tanto para as universidades quanto para os universitários que se utilizarão diretamente do serviço. Atenderemos a clientes que podem depender de muitos ou poucos serviços, o que será definido a partir do pacote aceito por cada universidade e a partir dos serviços que a mesma já oferece para seus estudantes. Fatores Situacionais Focaremos primeiramente nos serviços mais básicos, como oferecer housing, transporte, comunicação, entre outros serviços. Devido à diferenciação das necessidades de cada faculdade e estudante, concentraremos em pedidos tanto grandes quanto pequenos e, em ocasiões, serviços rápidos e repentinos. Características Pessoais Atenderemos a empresas que os valores dos funcionários sejam similares aos nossos, assumindo certos riscos e demonstrando um grau de fidelidade.

Imagem 20: Lisboa Fonte: Google Images

Decisor O decisor, de acordo com Kotler, é a pessoa que decide as exigências que devem ser atendidas pelo produto ou serviço. Para as universidades, acreditamos que os decisores seriam o setor de intercâmbio da universidade, que perceberia a demanda do serviço, e o setor financeiro, que julgaria se o valor cobrado pode ser gasto. Para o estudante, o decisor seria ele mesmo, já que a contratação do serviço seria opcional, sendo recomendado pela instituição de ensino.


7. Consumidor Pesquisa quantiativa Uma pesquisa realizada por meio de um formulário online, em diferentes grupos de estudantes intercambistas de faculdades privadas do Rio de Janeiro, teve como objetivo entender melhor as necessidades não atendidas desses alunos estrangeiros em relação a sua adaptação ao intercâmbio e procurar saber a aceitação da ideia do negócio com o público. No total foi obtida uma amostra de 57 respostas. Entre o público entrevistado, foram obtidas 34 respostas do público feminino, enquanto somente 23 respostas do público masculino. Dentre os pesquisados, a maior faixa etária entre eles foi a de 2022 anos, com 39 respondentes no total. A maior representatividade referente às nacionalidades dos respondentes foi a americana, com 20 respostas no total, seguida dos franceses, com 11 respostas. No total tivemos uma amostra de 13 diferentes nacionalidades, como italianos, portugueses, alemães, entre outros. Já em relação aos cursos mais escolhidos pelos estudantes observamos administração sendo o principal com dez respondentes, seguido de comunicação com oito, engenharia com seis e economia com quatro respondentes. O restante apresentou uma diversificação, desde cursos como geologia a antropologia. O tempo da estada no país foi outro tópico abordado, no qual tivemos a surpresa em observar que, em sua maioria, 22 respondentes optaram por um período de curto prazo de um a três meses. Já o restante se divide entre os que ficaram um semestre - 21 respondentes - e os que ficaram por dois semestres - nove respondentes. Além destes, ainda descobrimos os que gostaram tanto 26

da sua experiência que optaram por viver na cidade e permanecem até hoje como residentes com uma faixa de estada de três até oito anos. Quando perguntados sobre a razão para escolher o Rio de Janeiro como destino de intercâmbio, em suma, as respostas apresentaram as mesmas motivações ligadas à cultura do país, à nova língua, às belezas naturais e a megaeventos, como as Olimpíadas. De forma a nos familiarizar com que meios eles mais usavam para obter informações referentes ao intercâmbio e à cidade, descobrimos que em sua maioria, 18 respondentes (31,6%), usam como ferramenta principal de pesquisa as redes sociais, em seguida, empatadas com 17 respondentes (29,8%), temos os estudantes que contam com o apoio da sua universidade para informá-los e o Google. Foram dadas diferentes opções quando perguntado o que causou maior insegurança em relação ao intercâmbio na cidade do Rio de Janeiro, podendo haver mais de uma resposta. Os três tópicos mais votados foram os relacionados à segurança, com 31 votos (54,4%); à moradia, 21 votos (36,8%), e ao custo de vida, com 19 votos (33,3%). Após estes, vieram os seguintes tópicos: língua, com 14 votos (24,6%); transportes, com 9 votos (15,8%), e adaptação com 7 votos (12,3%). Passando para o tópico sobre a possível contratação do nosso serviço, as respostas foram positivas para o projeto. Dentre os 57 entrevistados, 37 pessoas (64,9%) disseram que contratariam um serviço de assessoria pessoal, enquanto 20 (35,1%) disseram que não se interessariam. Quando perguntados se recomendariam o Rio de Janeiro como destino para um estudante indeciso, das 57 respostas restantes, 55 (96,5%) disseram que sim, enquanto 2 (3,5%) afirmaram que não.

No geral, por meio do resultado da pesquisa quantitativa foi possível perceber que existe uma oportunidade e necessidade para o negócio, uma vez que seriam oferecidos em um só lugar informações, assessoria e suporte durante a estada na cidade - os usuários teriam liberdade sobre tudo o que quiserem usufruir dentre o que é oferecido pela empresa, assim, a falta de segurança que sentem seria contornada e drasticamente reduzida. Acreditamos que nosso serviço também servirá de estímulo em relação ao tempo permanecido na cidade e/ou país, além de incentivar um crescimento em diferentes áreas dado à demanda ligada ao turismo envolvido pelo intercâmbio. Pesquisa qualitativa A pesquisa teve como principal objetivo entender e conhecer o funcionamento do departamento internacional de cada instituição privada que entrevistamos e o auxílio fornecido pelo mesmo para os alunos intercambistas. A ideia era ter uma maior perspectiva dos gaps presentes e sermos apresentado a diferentes paradigmas. A pesquisa qualitativa foi a segunda pesquisa a ser realizada - em paralelo a pesquisa quantitativa - ela foi feita ao vivo e gravada para que o conteúdo pudesse ser utilizado posteriormente. Com um total de cinco faculdades privadas da cidade do Rio de Janeiro, a pesquisa qualitativa mostrou-se útil e efetiva na hora de descobrir a dinâmica e auxílio disponibilizados por diferentes departamentos internacionais de instituições renomadas a seus alunos estrangeiros. A pesquisa foi dividida em duas fases: A primeira fase era composta pela introdução, em que o entrevistador se apresentava, explicava o tema e objetivo da pesquisa. Além de fazer com que o

entrevistado ficasse à vontade e permitisse a divulgação de dados da faculdade, buscouse embasar ao máximo nosso projeto com informações básicas sobre seu serviço. A segunda fase foi o momento de início da pesquisa, em que foram feitas perguntas sobre todo e qualquer suporte oferecido aos intercambistas estrangeiros e dados mais específicos como a média de alunos inscritos em seu programa de intercâmbio nos últimos anos. Para isso, criamos um roteiro das mais variadas perguntas para cada instituição, como exibido abaixo: “Como funciona o programa de intercâmbio na instituição?” “Qual número de convênio com faculdades internacionais no programa de intercâmbio?” “Qual tipo de auxílio vocês dão para o intercambista estrangeiro?” “Qual a média de intercambistas vocês recebem por semestre?” “Qual a média de intercambistas vocês recebem por ano?” “Qual o número de intercambistas inscritos neste semestre de 2016.1?” “Quais nacionalidades vocês recebem mais?” “Houve uma diferença na procura pela cidade do Rio de Janeiro como destino de intercâmbio nos últimos anos?”. A pesquisa possibilitou confirmar as informações analisadas na pesquisa quantitativa, e também capturar detalhes que ajudaram em algumas definições.


Dinâmica do departamento Os entrevistados informaram o tipo de suporte oferecido e o material disponibilizado para os intercambistas estrangeiros.

Além de algumas iniciativas como criações de núcleos estudantis exclusivamente para o apoio do intercambista e maior socialização com alunos brasileiros.

“Então, todas as escolas da FGV funcionam da mesma maneira. Basicamente os nossos intercâmbios são totalmente na base da reciprocidade. Principalmente porque a fundação é uma entidade sem fins lucrativos, apesar de nós sermos particulares, somos sem fins lucrativos. Então assinamos convênios com escolas afins, geralmente de Business e Public Relations, pois somos escolas de administração de um modo geral. Então o aluno é nomeado pela escola parceira, ele vem pra cá e continua pagando a mensalidade de lá. E, da mesma forma, o nosso aluno paga aqui e não paga nada lá fora. É dessa maneira que é feito o intercâmbio. E cada escola parceira tem a sua maneira de receber os seus alunos” - FGV/EBAPE

“(..) aqui no Ibmec o que a gente achou como alternativa foi criar um núcleo de estudantes que chamamos de Ibmec Exchange. Ele conta com voluntários que procuram fazer um tipo de intercâmbio, porque não deixa de ser um intercâmbio com esses alunos estrangeiros, só que in loco, dessa forma eles não têm o custo e essa disponibilidade de repente de fazer um intercâmbio de seis meses a um ano. O que é que esses alunos fazem aqui? Esses alunos são responsáveis por acolher, apadrinhar cada um dos intercambistas e, aí, eles os levam para as festas, eles falam onde é que é melhor, como é que se locomovem aqui com o transporte público, todas as singularidades da cidade eles ajudam, auxiliam. Também com viagens, enfim” - Ibmec

“Olha, informamos também que ele vai precisar tirar o RNE, que ele vai precisar tirar o CPF (…) A gente tenta dar o máximo possível. Primeiro antes avisando tudo que o aluno deve saber sobre o país e o Rio de Janeiro, custo de vida, transporte público (…) Nós temos um pequeno cadastro e alguns funcionários recebem em casa” - FACHA

“Nós implementamos um programa aqui na escola justamente por conta do reconhecimento dessa interação chamado “Buddy Program”. Sempre que os alunos estrangeiros chegam a gente designa um ou dois alunos brasileiros que estejam interessados em participar e esse aluno brasileiro vira “buddy” do aluno internacional para ajudar em assuntos diversos, desde orientar quais disciplinas escolher, até questões mais variadas fora do âmbito acadêmico” FGV/EPGE

“Hoje, o auxílio que a gente tem somos nós, do Departamento Internacional, que estamos sempre acessíveis para os alunos, além do Ibmec Exchange que é esse núcleo de alunos que auxiliam esses alunos. (…) A única coisa que a gente chega a fazer é na orientação do visto, porque a gente percebeu que não é divulgado, então eu faço aqui com ele. Isso facilita, mas não é algo que a gente difunde muito, uma coisa que eu gostaria de ter mais” - Ibmec

“O que mais fazemos é passar orientação. Em nosso site temos um documento que chamamos de “Fact Sheet”, em que o aluno tem acesso a informações diversas sobre o processo de aplicação, sobre a necessidade de um visto, sobre um registro na Polícia Federal. A gente relaciona várias opções de moradia, desde albergues até imobiliárias que alugam imóveis por curta temporada” - FGV/EPGE

“A ESPM auxilia o estrangeiro em todo seu processo de inscrição e escolha de dis-ciplinas até sua efetivação de matrícula. Também auxiliamos, quando solicitado, com informações sobre moradia, registro do RNE, gastos, alimentação, esportes e outras dúvidas que possam ter.” - ESPM Rio 27

A Faculdade PUC-Rio foi percebida como a única possível concorrente, dado ao fato de que a instituição tenha se destacado um pouco mais que os outros no quesito acompanhamento durante o suporte. Muito por conta de sua avantajada estrutura disponível, em comparação as outras universidades, e seus 12 anos de experiência nesse processo de internacionalização. “Na realidade como a gente foi percebendo todas essas coisas ao longo dos anos, nós preparamos um manual para o aluno que vai falar desde as linhas de ônibus do Rio aos melhores lugares para ele poder, por exemplo, tirar o CPF, qual é a documentação que ele precisa para o CPF, qual é o tipo de relação que ele vai encontrar, como ele vai fazer isso tudo, como ele se prepara para ir à Polícia Federal se registrar (…) A gente dá todo o suporte, leva para o laboratório, mostra para ele como preencher o formulário e preenchemos com ele, tiramos dúvidas e, depois, agendamos junto com ele” PUC-Rio

Imagem 21: Muralha da China Fonte: Google Images


No entanto, foi percebido que a maioria oferece o mesmo tipo de auxílio ao aluno estrangeiro, com um foco primordial no âmbito acadêmico, apenas respondendo e “supervisionando” questões burocráticas e que não necessariamente o que a instituição diz oferecer tem sido percebido ou quiçá usufruído pelo aluno. “Sim, isso tudo a gente tem porque nós temos o Welcome Pack, que fica disponível no site, aí depois fazemos uma sessão de orientação, em que a gente explica tudo direitinho. Então a questão é o aluno ter muita paciência, pois o problema maior é o agendamento e a falta do conhecimento de leis por parte dos agentes”- FGV/EBAPE

Com exceção da faculdade PUC-Rio que apresenta um número muito superior às demais.

“Como eu falei, eu recebo alunos pela PUC. Não tenho nada contra a instituição, meus filhos estudaram lá. Eu recebi um aluno da Alemanha no ano passado, ele foi embora dia 18 de dezembro de 2015. Ele teve vários problemas, por exemplo, o dia em que ele foi ao aeroporto para tirar a documentação, mandaram ele pegar um ônibus que ia para o Alvorada e ele morava comigo em Botafogo. As pessoas pouco se importam, tipo “Ah, pega aquele ali que vai para Barra”. Bem um “dane-se”, “se vire”. Ele também teve um problema relacionado a médico e se não fosse a gente em casa ele teria ficado perdido. Tudo bem, lá na PUC tem uma emergência? Tem, mas o caso dele não era uma emergência. Ele precisava de exame, de um acompanhamento. (…) Eu faço isso há mais de 15 anos, pergunta quantas vezes alguém da PUC foi a minha casa para ver o quarto? (…) Nunca foram. Eu nunca tive problema, mas eu conheço casos de problemas absurdos” FACHA

No entanto, vale ressaltar que para a maioria não convém um número grande de convênios dado à estrutura da própria instituição, número de cursos oferecidos e valorização da relação aluno-professor dentro de aula.

Quantidade de convênios Neste tópico abordamos o número de convênios presentes no portfólio da faculdade para uma melhor avaliação de possíveis barreiras e comunicação da instituição com suas parceiras. A maioria, mais uma vez, apresentou uma média razoável de instituições parceiras. Com exceção da faculdade PUC-Rio.

“Hoje atualmente a gente tem convênio com 54 universidades, mas cada semestre a gente tenta ampliar bastante esse número de faculdades” - Ibmec

“Temos 23 convênios agora” - FGV/EPGE

“Sim, 50 atualmente” - FACHA 28

“Além disso, estamos postulando a entrada em uma rede, a PIM Partnership International Managemant, que é uma rede das melhores escolas de Business do mundo. São 62 escolas e tudo indica que seremos aprovados em breve e, uma vez que isso aconteça, estaremos abertos a receber alunos de todas essas escolas em nível de mestrado” - FGV/EBAPE

“Agora estamos com 300 e alguma coisa. Chegamos a 500 e poucas faculdades, mas como a gente é um dos escritórios mais antigos do Brasil tem muita universidade que a gente começou e no início foi bem, mas com mudanças de pessoas (funcionários) durante os anos perdeu-se o contato e a troca parou de funcionar. Então estamos tentando reduzir para aqueles que estão funcionando bem” - PUC-Rio

“A EPGE mesmo não recebia um número tão expressivo de alunos estrangeiros porque, se eu tenho uma turma de 40 a 50 alunos brasileiros e, eu recebo 20, eu estaria recebendo metade de uma turma só de alunos internacionais. É bastante coisa para a escola. (…) Primeiro tem toda uma questão de infraestrutura. As salas de aula na FGV não são muito grandes, comportam 60 alunos. Segundo, nós não queremos uma sala de aula lotada porque prezamos pela interação professor aluno e, quanto menor a turma, mais fácil fica esse relacionamento” - FGV/EPGE Além de algumas faculdades sofrerem a barreira da língua. “Então, na verdade, o grande problema hoje é a barreira da língua porque nós somente temos algumas disciplinas em inglês, não o curso todo em inglês” - FACHA

“Temos essa carência de parcerias nos Estados Unidos por uma questão de ainda não termos um portfólio vasto de disciplinas em inglês. Nós oferecemos, mas não é uma quantidade absurda de disciplinas. Quanto mais disciplinas em inglês uma instituição tiver, mais interessante ela será para uma instituição estrangeira” - FGV/EPGE


Média de alunos internacionais Atualmente, entidades de ensino superior acreditam que a motivação em fazer intercâmbio não mudou completamente e, sim, se ampliou. A experiência já é vista, por algumas instituições europeias, como necessária para a formação do aluno, que apresentam-lhe o intercâmbio como forma de aprimorar seu currículo. Entendem que é uma relação de ajuda e de troca mútua, e que, de certa forma, também se está prestando um serviço para os dois lados.

O negócio A última pergunta da nossa entrevista era mais uma opinião de cada representante referente a viabilidade e importância do nosso serviço. A aceitação das instituições quanto ao negócio foi extremamente positiva. “Parabéns pela iniciativa, acho bem bacana! Acho que de fato em todas as universidades falta um olhar, todas em geral pecam nessa recepção dos alunos” - Ibmec

“Durante o semestre nós temos uma média de 400 a 450 alunos” - PUC-Rio

“A gente conta com uma média de 150 alunos estrangeiros por ano. Para uma faculdade pequena como o Ibmec, que só oferece dez cursos, a maioria focados para business, 150 é até um número bem alto” - Ibmec

“Durante o semestre nós temos uma média de 400 a 450 alunos” - PUC-Rio “Uma média de 12 alunos por semestre (média de 2012-1 a 2016-1)” ESPM-Rio “Varia de ano a ano, mas em média 80 alunos. Estamos recebendo agora por volta de 48” - FGV/EBAPE

“Todos esses itens que você falou são realmente necessários, eles contarem com uma assessoria(…)” - FGV/EBAPE “Isso é um diferencial. (…)Nosso escritório tem sido modelo para outros escritórios internacionais. Mas eu acho que você está no caminho certo porque aqui, no Rio de Janeiro, ainda tem muitos escritórios que carecem de suporte e você ter um serviço como o seu, diferenciado, que vai oferecer esse apoio além da universidade, acho que vai ser muito bem sucedido” - PUC-Rio

“Eu acho que são questões complicadas para os alunos, então nessas questões que não envolvem o órgão acadêmico e, sim, os governamentais, acho que seria interessante sim” - FGV/EPGE A grande maioria, especialmente os mais interessados, afirmou que ele facilitaria a adaptação do intercambista, acesso à informação e auxílio integral de questões que fogem do campo acadêmico e, que muitas delas não podem entregar devido a falta de estrutura e staff. “O que acontece é assim: eu vou além dos meus limites, eu tento ajudar. Vamos supor, nós tivemos uma aluna do Egito que eu fui para o aeroporto para ajudar com o RNE dela, depois ainda fui à Receita Federal para ela tirar o CPF. Ela estava perdida e eu me desloquei e fui com ela. Ela ficou muito agradecida. E uma coisa eu tenho certeza, o curso que ela fez foi bom, o apoio que ela teve foi bom e ela nunca vai falar nada de negativo. Só que não é minha obrigação fazer isso e eu deixei claro isso para ela” - FACHA

Imagem 22: Playa de la Barceloneta, em Barcelona Fonte: Google Images

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“Temos um staff bem enxuto já que eu trabalho sozinha com os diretores da graduação” - FGV/EPGE


Imagem 23: Estudante Europeu representando a persona Fonte: Google Images

Dessa forma, ajudaria a resolver, na opinião deles, o problema de comunicação com órgãos públicos, a falta de companhia, a insegurança referente a contatos não confiáveis, entre outros. “Todas as escolas estão sofrendo esse aumento no número de alunos, tanto os que vão, quanto aos que vêm. A ideia de vocês, de prover um serviço muitas vezes inexistente nas instituições para os alunos de intercâmbio, é bem bacana sim. Sempre tem divergências de quem oferece o serviço para quem recebe o serviço. Agora, questões que fogem ao nosso controle como o registro na Polícia Federal, o CPF, ou alugar um apartamento, essas de fato são questões que são as mais difíceis principalmente porque elas são encaradas logo que o aluno chega” - FGV/EPGE “É, tem essas dificuldades mesmo. Eu acredito que seria um serviço interessante para ser oferecido, comercializado” - FGV/EPGE Além disso, ajudaria os intercambistas a aproveitarem sua experiência, tanto turística, quanto acadêmica, aprimorando a multiculturalidade da mesma. Afirmam, ainda, que seria um estímulo a mais para comunicar a crescente necessidade de internacionalização em instituições de ensino superior, podendo despertar a vontade de brasileiros a experiências internacionais, ou até mesmo oferecer uma experiência internacional sem necessariamente ter todo o gasto envolvido. “Agora, em contrapartida, quanto mais alunos internacionais recebermos, acabamos promovendo um intercâmbio sem o aluno precisar sair do Rio de Janeiro. Seria quase como um exchange at home. O aluno que de repente não tem condições financeiras de arcar com uma estada de um semestre a dois semestres no exterior consegue ter mais contato com alunos de fora. Ele pode ter contato com alunos alemães, franceses, portugueses, enfim, de várias nacionalidades” - FGV/EPGE De uma forma geral, todos se mostraram receptivos e, por vezes, ansiosos com a plataforma, que deve, então, repensar as funções que oferecerá. Uma vez que o negócio foi pensado para solucionar desafios como a dificuldade de encontro de informações fáceis, claras e confiáveis; pouco tempo disponível e falta de companhia e estímulo para realizar a atividade voluntária, pode-se dizer que o negócio parece cumprir com os seus objetivos. “Então a questão é o aluno ter muita paciência, pois o problema maior é o agendamento e a falta do conhecimento de leis por parte dos agentes. Eu tentei uma época oferecer um serviço de levar o grupo. Não deu certo, primeiro porque não conseguimos fazer uma reserva, então eu levei o grupo e ficamos a manhã e a tarde inteiras esperando. Foi até pior porque parece que, com grupo, eles fazem você esperar mais ainda. (…) Eu fico frustrada, porque já falei isso com várias pessoas e parece que ninguém leva isso adiante” - FGV/EBAPE 30

Cenário Compreender nossos clientes é fundamental para o desenvolvimento do serviço e também para a produção do conteúdo que poderá orientar na aquisição de novos clientes. Por meio de pesquisas realizadas e das análises feitas pelo grupo, foram identificadas características que podem ser comuns entre os potenciais clientes e um perfil em particular: Antoine é um jovem belga, de 21 anos, que vive na cidade de Ranst, localizada na província de Antuerpia, no norte do país. Ranst tem uma população de aproximadamente 18 mil habitantes. Por ainda não ter uma independência financeira, Antoine vive com os pais, a irmã e o irmão, ambos mais novos. Ele costuma viajar com a família para outros países e adora a ideia de estar em contato com a natureza, experimentando outros estilos de vida. Faz questão de manter uma vida saudável e, por isso, preza uma alimentação com produtos mais leves e orgânicos. No entanto, não rejeita uma viagem gastronômica em culturas diferentes.

Quando está com tempo livre, Antoine gosta de praticar esportes, principalmente basquete que joga desde os 5 anos. Seus programas favoritos são: sair para lugares novos; fazer trilhas; ir à praia ou a cachoeiras; shows; além de assistir a filmes/ séries e de jogar videogames. Não curte muito museus e nem obrigações domésticas. Antoine possui amigos de longa data, que se encontram sempre que possível para fazer diferentes programas ao ar livre e viagens. Muito simpático com as pessoas, está sempre sorrindo e disposto a fazer novas amizades. Sempre levou muito em consideração a opinião de seus amigos e familiares, que o incentivaram a fazer o intercâmbio. Geralmente o descrevem como um garoto muito social, familiar, flexível, bem-humorado, aventureiro, paciente, musical e muito esportivo. Durante o intercâmbio espera poder praticar os idiomas que já fala, além de aprender outros, descobrir que carreira ele quer seguir no futuro e se tornar mais independente. Ele também acha que essa é uma ótima oportunidade para conhecer seus limites e novas realidades.


8. Diagnóstico Mensuração de mercado Durante os últimos anos, o Brasil tem recebido diversos eventos que atraem a atenção de países estrangeiros, o que ajuda a aquecer a economia e gera movimentação no setor de turismo. A vinda desses estrangeiros reforça a divulgação do país no exterior, e leva ao prolongamento da permanência no Brasil para participar dos eventos além do turismo. Essa maior estada acaba revelando mais do país culturalmente, anulando o estereótipo de ser apenas o país do carnaval e do futebol. Nos dados mais recentes, 2014, 115 mil intercambistas escolheram o país de acordo com a Belta, Associação Brasileira de Organizadores de Viagens Educacionais e Culturais. Grande parte desses jovens tem de 18 a 32 anos, e buscam se dedicar a conhecer novas culturas e ter uma experiência internacional. Segundo o censo pela Delegacia de Policia de Imigração (Delemig), nos últimos 3 anos, apenas na cidade do Rio de Janeiro, tivemos um total de 5.599 mil alunos estrangeiros ingressando em instituições de ensino superior cariocas, sendo 1.339 mil alunos apenas em instituições privadas no ano de 2014.

Imagem 24: Mykonos, na Grécia Fonte: Google Images

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Nosso universo é de acordo com as instituições de ensino privadas pesquisadas na região metropolitana da cidade do Rio de Janeiro que possuem programa de intercâmbio em sua grade, totalizando o universo pesquisado em apenas 8 instituições das 40 existentes. Após a realização de uma pesquisa qualitativa com as instituições ESPM-Rio, Ibmec, PUC-Rio, FACHA, FGV e Cândido Mendes chegamos a estimativa mais aproximada de nosso universo com uma média 585 estudantes por semestre.

Análise das 5 Forças de Porter Novos entrantes Considera-se a indústria de viagens, na qual existem empresas já estabelecidas que oferecem parcialmente os serviços que nós oferecemos, ou com um serviço similar, mas que não são terceirizadas. A partir disso, nossa empresa seria um novo entrante nesse mercado. Além disso, surge a questão com fornecedores, que podem tornar-se concorrência quando, ao entrarem em contato com a nossa empresa, passam a enxergar o potencial do nicho em questão. Avaliando-se as barreiras de entrada podese concluir que: Economia de Escala - Por tratar-se de um negócio inovador, terá que entrar no mercado com certa desvantagem em seu potencial custo e com pequena escala em sua produção. Contará, prioritariamente, com grandes instituições de ensino como clientes. Sua capacidade produtiva não será similar à concorrência, nem sua independência no valor dos serviços oferecidos. Isto porque tratam-se de empresas de grande porte com acesso a recursos financeiros, o que representaria uma ameaça. Diferenciação do serviço – Analisando o mercado, os mesmos serviços são oferecidos -total ou parcialmente - por todos os players, sendo um deles o ideal de serviços almejado, com benefícios claros e variados. Isso representaria uma ameaça ao negócio, principalmente porque seu conhecimento por parte de outras empresas pode servir como fonte de benchmark e fortalecimento de seus modelos de negócio - apesar de ser considerada um concorrente indireto por oferecer esses serviços apenas aos alunos que a instituição recebe e não a todos alunos intercambistas do Rio de

Janeiro. Em contrapartida, nossa empresa é pioneira na terceirização desses serviços ao departamento de intercâmbio para instituições de ensino. Capital Necessário – A empresa entrará com um capital de giro limitado frente a outras empresas já estabelecidas. O risco e as incertezas são maiores em relação à capacidade financeira de suas concorrentes. Apesar de algumas serem de pequeno ou médio porte, para elas, essa capacidade é muito maior visto que não são entran-tes e, sim, consolidadas. Contudo, o capital necessário ainda pode ser considerado bem baixo nesse tipo de negócio. Poder de barganha dos compradores O poder de decisão dos clientes tem foco nos atributos dos serviços oferecidos por nossa empresa, como a qualidade e o preço, condizentes com o processo e a entrega do que está sendo vendido. Ou seja, esse poder de barganha é alto, uma vez que os compradores podem obrigar-nos a nos ajustar para atender às necessidades da demanda, necessitando de mais qualidade nos serviços ou na mudança de preço dos mesmos, por exemplo. Diferenciação do serviço oferecido - Apesar de existirem outras empresas no mercado que oferecem os serviços também vendidos por nossa empresa, elas não chegam a satisfazer aos consumidores da mesma maneira por não disporem de um serviço tão personalizado quanto nós e não trabalharem como uma empresa terceirizada aos departamentos de intercâmbio de instituições de ensino superior. Há outras opções alternativas, mas nenhuma trabalha como a nossa empresa. Conhecimento dos compradores - Apesar da globalização, ainda é difícil que eles tenham acesso minucioso a algumas


questões e certeza de como encontrar as melhores opções desde seus países de origem. Para esses intercambistas, as instituições de ensino auxiliarão na confiabilidade, credibilidade e, talvez, na opção mais conhecida antes de virem ao Brasil. Acredita-se no reconhecimento da empresa por proporcionar aos seus compradores, tanto as instituições de ensino intercambistas quanto aos intercambistas, excelência e a criação de um relacionamento forte e duradouro. É alta a percepção dos benefícios e conveniência para ambos os públicos. Presença no faturamento da empresa O faturamento da empresa é oriundo majoritariamente de seus compradores, tendo as parcerias como alternativa para aumentar a receita, mas que, por sua vez, não conseguem manter o negócio. Portanto, isso é uma grande ameaça para a sustentação do negócio. Poder de barganha dos fornecedores Os fornecedores influenciam diretamente o serviço oferecido pela nossa empresa e, consequentemente, podem afetar o processo entre nós e nossos clientes. O poder de barganha que possuem afeta a percepção dos consumidores em relação aos nossos serviços. O setor é dominado por diversas empresas fornecedoras e, portanto, esse poder de barganha não é tão alto, visto que escolheremos empresas que ofereçam os melhores serviços para os intercambistas de modo a facilitar os processos pelos quais eles deverão passar. Ou seja, apesar de buscarmos estabelecer relações duradouras e de confiança, temos pouca dependência deles. Concentração de fornecedores – Como dito anteriormente, há grande disponibilidade e variedade de fornecedores que oferecem 32

curso de língua portuguesa, agência de turismo, empresa de diarista e imobiliária. Buscaremos, portanto, a melhor proposta para atender aos intercambistas. Desse modo, a influência exercida é relativamente baixa. Custo de troca para outros fornecedores Buscamos estabelecer relações estáveis e duradouras de modo a proporcionar uma experiência mais vantajosa para os intercambistas. Com isso, quanto melhor a relação com os fornecedores, melhores ofertas teremos para nossos clientes e mais personalizadas. Apesar disso, esse custo é bastante baixo, quase inexistente, visto que não há nenhum grande vínculo com eles e há uma grande disponibilidade de fornecedores. Importância estratégica dos fornecedores – Prezamos pela excelência do serviço oferecido por esses fornecedores, pois impacta, consequentemente, no serviço oferecido pela nossa empresa. Esses players têm grande importância na estratégia da empresa, pois tudo o que fazem repercute diretamente na construção da nossa imagem e, futuramente, na nossa reputação perante as instituições de ensino e intercambistas. Isso ocorre, principalmente, porque caso o que oferecemos tenha problemas em seu processo ou entrega, não será possível diferenciar o responsável pelo erro. Ameaça dos Substitutos Os substitutos são serviços similares que satisfazem às necessidades dos consumidores, porém estão inseridos em outra categoria de mercado. Poderiam ser considerados substitutos os aplicativos desenvolvidos para oferecer os mesmos serviços que nós e outras plataformas na internet.

Ganho na relação custo/benefício do produto substituto - É possível buscar informações relacionadas ao intercâmbio em sites, blogs, redes sociais, no círculo de amizades e aplicativos. Apesar da diversidade, esses meios não são alinhados; é possível encontrar informações contraditórias, confusas, com parcialidade de opiniões. A nossa empresa tem, portanto, uma oportunidade de mostrar aos consumidores um auxílio de excelência e assistência pessoal qualificada, de uma maneira confiável e prática, de modo que eles nos vejam como a melhor escolha. Percebe-se uma ameaça apenas em relação ao preço, visto que essas informações se encontram disponíveis nas redes sociais geralmente de forma gratuita e é uma opção para eles, embora não tão facilitada. Lucratividade do mercado em produzir substitutos - Visto que os avanços tecnológicos transformaram o mercado como um todo, é necessário buscar a modernização e inovação por parte das empresas. Assim sendo, o mercado convencional está cada vez mais em desvantagem, porque o acesso a plataformas tecnológicas é cada vez mais decorrente. Apesar disso, os substitutos atuais dos nossos serviços não são tão personalizados e não oferecerem integralmente o mesmo serviço que nós, o que implica em maior reconhecimento do que oferecemos, independentemente desses substitutos. Com isso, a ameaça não é tão alta. Custo de troca – Apesar de representarmos uma escolha mais completa e facilitadora, essa substituição poderia dar-se de maneira rápida. Logo, o custo de troca é baixo e, consequentemente, a ameaça de substituição do nosso serviço pode ser considerada alta.

Rivalidade dos Concorrentes/Barreira de Saída Os concorrentes da nossa empresa, apesar de não oferecerem fielmente serviços terceirizados de apoio ao intercambista para instituições de ensino superior privado, são opções mais reconhecidas e têm melhor posicionamento, visto que somos entrantes nesse mercado e eles já estão estabelecidos. Obviamente, competimos pelos mesmos consumidores. Apesar das incertezas e riscos, nossa empresa tem seus diferenciais quanto à assessoria pessoal, que se daria de uma maneira mais personalizada e próxima aos intercambistas, além de uma relação de confiança entre instituições de ensino reconhecidas internacionalmente. As barreiras de saída são consideradas baixas, já que não envolvem grandes ativos ou passivos. Número de concorrentes – O mercado constitui-se por um baixo número de concorrentes, alguns deles também oferecem assessoria pessoal e benefícios, zelando pela praticidade, além de estabelecer uma boa relação com o consumidor. Ainda que esse número seja baixo, isso poderia ser considerado uma ameaça pela disponibilidade de recursos e consumidores, mas a Check é a única que oferece integralmente um serviço terceirizado a instituições de ensino superior privado, ou seja, é um mercado concentrado e, portanto, mais estável. Diversidade dos concorrentes - Os concorrentes não fogem dessa premissa básica da nossa empresa, oferecendo assessoria pessoal e apoio ao intercambista. Eles se diferenciam da maneira como ofertam esses serviços, sendo algumas de suas concorrentes empresas próprias e uma rede de colaboração, enquanto nossos serviços seriam terceirizados para instituições de ensino superior privado. Para


as empresas, suas estratégias diferentes intensificam a competitividade, visto que cada delas responde às demais empresas de uma maneira. E há, portanto, muitos caminhos a serem escolhidos pelo intercambista. Custos Fixos - Apresentamos custos fixos muito baixos. Nossa estrutura física utiliza-se de coworking - um ambiente de trabalho já instalado, e conta com pequena estrutura de pessoal, sendo formada pelos próprios sócios da empresa em sua grande parte. Não há nenhuma inter-relação estratégica que interfira suficientemente nas barreiras de entrada e de saída. Portanto, elas podem ser consideradas baixas. Com isso, conclui-se que, apesar das ameaças, as oportunidades, incluindo as baixas barreiras de entrada, a relação que estabeleceremos com nossos compradores e fornecedores e nossas vantagens, em relação à personalização e à unicidade do serviço, contribuem para que o nosso negócio tenha coerência e, por fim, uma avaliação positiva. Matriz OT

Tabela 2: Matriz OT Fonte própria

Oportunidades Incentivo ao empreendedorismo Existem diferentes incentivos fiscais, legais e econômicos para a abertura de pequenas empresas. O governo federal tem tomado diversas iniciativas como o Micro Empreendedor Individual (MEI) e o Super Simples, que reduz em média até 33

40% a carga tributária de empresas com faturamento anual. Além disso, a partir de uma lei sancionada em 2014, reduziram o tempo para abertura da pequena empresa para cinco dias. Segundo uma pesquisa da Sebrae em parceria com a FGV e IBGE em 2011, certas mudanças já mostraram um aumento na confiança do pequeno empresário e os pequenos negócios que já

representam mais de um quarto (27%) do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Potencial do mercado turístico Megaeventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas trouxeram diversos benefícios econômicos e projeção internacional ao Brasil. A cidade do Rio de Janeiro já é conhecida como um dos destinos mais atrativos para ambos turismo nacional e internacional com previsões favoráveis para os próximos anos. A desvalorização da nossa moeda frente ao âmbito econômico mundial potencializa ainda mais a expectativa de crescimento desse mercado turístico e educacional. Interesse pelo intercâmbio Nos últimos anos a experiência internacional tem sido vista como o auxílio necessário para dar os primeiros passos no mercado de trabalho. Situação que exemplifica uma tendência cada vez mais forte: a vivência no exterior está pesando na hora das empresas contratarem. Em um cenário onde inexistem fronteiras entre empresas de diferentes nações, a vivência externa se tornou item fundamental no currículo de um profissional. As empresas estão se relacionando de maneira multicultural, o que exige profissionais dispostos a encarar desafios multiculturais. A procura por esse tipo de produto começou a ganhar força a partir de 2009. O grande ponto que está puxando o mercado é a exigência das empresas. O intercâmbio requer que a pessoa se vire em condições adversas, seja mais proativa e se desapegue das suas raízes e tudo isso começou a ter valor no currículo de um candidato. Baixo conhecimento e difícil acesso à informação sobre questões de órgãos políticos A Secretaria de Assuntos Legislativos (SAL) do Ministério da Justiça divulgou

em novembro de 2015 uma pesquisa apontando as principais dificuldades enfrentadas por imigrantes ao chegar ao Brasil. Foram destacadas as quatro principais dificuldades enfrentadas pelos estrangeiros ao chegar ao país: idioma; documentação; acesso à informação e ao mercado de trabalho formal. A pesquisa aponta falta de preparo nos atendentes de órgãos públicos, especialmente porque 74% dos estrangeiros ouvidos alegaram terem sido alvos de discriminação nesses locais. Crescimento da busca por produtos/ serviços inovadores Na área de negócios das empresas brasileiras e internacionais, a busca pelo inovador está em foco. Empresas inovadoras podem competir com melhor desempenho nos seus negócios e em seus mercados. Não há como ser inovador se não se levar em conta o cenário atual e suas projeções para o futuro. O planejamento estratégico e suas áreas correlatas devem estar em sintonia com essa gestão. A partir do nosso serviço buscamos oferecer melhorias aos serviços internacionais de universidades particulares, gerando a otimização do negócio e promovendo o reforço das competências já desenvolvidas. Apenas uma instituição, dentre as pesquisadas, oferece serviço de apoio aos intercambistas Por questões de infraestrutura, diversas faculdades deixam a desejar no aspecto de apoio aos intercambistas. Como citado anteriormente em Concorrentes, das 36 instituições privadas de nível superior presentes na cidade do Rio de Janeiro, apenas a PUC-Rio oferece um serviço de apoio com assessoria pessoal bem desenvolvida e benefícios diversos como housing, aulas de português e apoio em questões burocráticas.


Ameaças Forte posição de mercado do principal concorrente Por ser um concorrente de peso no mercado, bem posicionado e conhecido, a CI Intercâmbio e Viagem é o ideal de serviços que almejamos alcançar, abordando a CI Experience Brazil que foca na experiência do intercambista no país com seus diferentes programas e também uma equipe de especialistas que ajudam a construir um programa personalizado para cada intercambista sem a cobrança de taxas a mais, além de oferecer suporte do início ao fim da viagem. Presente em 19 estados no Brasil como Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, dentre outros, contam com mais de 80 lojas pelo país. São mais de 12 países-destino, como Estados Unidos, Nova Zelândia, França, e já realizou mais de meio milhão de viagens, estudotrabalho-lazer, de brasileiros pelo mundo. Além disso, a empresa é constantemente mencionada nas mídias de massa e especializada e mantém forte sua comunicação e interação online com os públicos. Aumento do uso de smartphones, aplicativos e acesso à rede O número de domicílios com acesso a um computador com internet no Brasil chegou a 96,1 milhões em julho de 2015, segundo a pesquisa NetView, da Nielsen IBOPE. Já o número de pessoas que usam o smartphone para ter acesso à internet no país continuou em crescimento e chegou a 72,4 milhões no segundo trimestre de 2015. O aumento foi de 4%, ou 34

cerca de 4 milhões de pessoas a mais, em relação aos 68,4 milhões do primeiro trimestre. Portanto, o fato de o nosso serviço oferecer informações em que os intercambistas já têm o hábito de procurar online, como evidenciado por meio de nossa pesquisa quantitativa, oferece certa ameaça de ser constantemente lembrada, relevante e prática ao público.

Fatores Críticos de Sucesso Após feita uma análise do que seria essencial para uma empresa que dá suporte e assistência pessoal para intercambistas estrangeiros no Brasil, chegou-se ao que chamamos de fatores críticos de sucesso. São eles: Bom atendimento e relacionamento com o cliente Para qualquer empresa e, principalmente, para aquelas que se propõem a dar uma assistência pessoal para seus clientes, um bom atendimento e um bom relacionamento devem ser vistos como prioridade. Isso significa atenção especial, agilidade na hora de resolver os problemas, garantia de segurança e de credibilidade. Para isso, teremos funcionários capacitados e motivados, que serão constantemente treinados.

Falta de interesse por parte de possíveis clientes Por o intercâmbio ser visto como uma experiência que contribui muito para o crescimento pessoal e profissional do estudante universitário, além da chance de vivenciar outras culturas, adquirir fluência em outras línguas e conhecer lugares e paisagens diferentes do seu país de origem, existe certa barreira de alguns intercambistas que encaram essa experiência como a oportunidade perfeita para aprender a se virar sozinho. Além disso, tem a questão anteriormente levantada do maior acesso às redes em relação ao local para obter informações necessárias ou dúvidas por parte do aluno. Fornecedores se tornarem entrantes Os fornecedores podem exercer seu alto poder de barganha tornando-se entrantes potenciais no mercado após tomarem conhecimento dos existentes gaps presentes no mesmo. Fornecedores poderosos podem reter maior parte da rentabilidade de uma indústria quando os compradores são incapazes de repassar o serviço que apenas eles podem fornecer aos consumidores finais.

Manter boa relação com os fornecedores e parceiros Investir em bons fornecedores e em uma boa relação com os mesmos também são um aspecto crucial para o sucesso da empresa. Isto porque as empresas que possuem a capacidade de criar verdadeiras parcerias também criam novas oportunidades, diferenciando-se e progredindo no mercado. Além disso, nossos clientes serão diretamente impactados por esses serviços, fazendo-se necessário que haja muita confiança entre as partes.

Imagem 25: MAC, em Niterói Fonte: Google Images

Reconhecimento nacional e internacional Para que nosso negócio ganhe força, ele precisa ser reconhecido por nosso público al-vo. Por se tratar de um público de fora do Brasil, ganhar esse reconhecimento não será uma tarefa tão simples. Por meio da parceria com faculdades privadas, começaremos conquistando o reconhecimento de seus estudantes e, a partir daí, iniciaremos um lon-go relacionamento com o mesmo, visando a um boca a boca positivo, para que nossa marca ganhe cada vez mais espaço e visibilidade no mercado. Com isso, temos como objetivo dominar a agenda cultural, oferecendo os mais variados serviços agregados.


Concepção do negócio 1. Descritivo do negócio Nossa empresa é um negócio que almeja dar suporte aos intercambistas estrangeiros que vêm ao Brasil. Temos como princípio facilitar a estada do estudante por meio de uma assessoria pessoal. Tendo isso em vista, auxiliaremos na resolução de problemas burocráticos, ofereceremos soluções para problemas diários, além de promover benefícios para que a estada no país seja vivida da melhor forma.

2. Estrutura e funcionamento Por se tratar de um negócio que conta com a parceria do departamento internacional das faculdades ESPM, PUC, IBMEC e FGV, notou-se a necessidade de haver, de início, um escritório de coworking, situado no Centro do Rio de Janeiro. Sendo assim, nossa estrutura será baseada em: • Administrativo • Marketing • Relacionamento com o cliente • Criação • Departamento Legal

3. Definição de objetivos Nossos objetivos são: • Ser reconhecida como a empresa que oferece o melhor e mais completo serviço a intercambistas no Rio de Janeiro. • Crescer 10% ao ano através da captação de 2 clientes universidades. Para tanto, desejamos expandir, ao longo dos anos, a cadeia de fornecedores e fechar parcerias estratégicas de modo a 35

simplificar os processos pelos quais nosso consumidor precisará passar. Ou seja, melhorar o serviço oferecido por meio de uma rede de contatos mais segura e cada vez mais confiável. Por fornecedores e parceiros estratégico entende-se bancos, imobiliárias ou sites para aluguel de casas, concessionárias para alugar carro ou qualquer outra marca consolidada que tenha relação com os serviços oferecidos e se interesse por fazer parte do negócio da nossa empresa. Eventualmente, durante seu crescimento, associar-se a agências - além das faculdades, visando, por fim, a tornar-se uma empresa independe de outras para ser reconhecida. A importância da otimização e do crescimento dos serviços prestados visa a transformar a estada dos intercambistas na melhor possível e longe de problemas, sejam eles pequenos até os mais sérios ou burocráticos.

6. Crenças e valores

Inovação Buscar a constante renovação é um pilar importante que nos move. Por isso, estamos Ética Nossas ações são tomadas através dos sempre em busca do que há de mais novo mais altos padrões éticos e profissionais. para levar aos nossos clientes. Nossos negócios são conduzidos de forma transparente e íntegra. Não tomamos ações Interação Sócio-cultural que poderiam vir a manchar a imagem da Respeitamos e valorizamos as diferentes culturas. Queremos promover uma empresa caso se tornassem públicas. integração, eliminando a possibilidade de haver um choque cultural, fazendo com Colaborativismo Trabalhamos em equipe, guiados pela que nossos clientes se deslumbrem com as motivação, onde os elementos do grupo maravilhas do país. focam no resultado do conjunto, doandose individualmente, sem visar recompensas Excelência no atendimento Priorizamos um atendimento 100% imediatas. qualificado e personalizado, para que a relação com nossos clientes e fornecedores seja estreita e duradoura.

7. Modelo Canvas

4. Missão Fornecer as melhores memórias e experiências para nossos intercambistas, de forma a criar vínculos fortes e duradouros com nosso país.

5. Visão Liderança e reconhecimento em nosso segmento de mercado, com excelência na assistência aos inter-cambistas no Brasil.

Imagem 26: Modelo Canvas Fonte própria


Segmentos de clientes Teremos dois tipos de segmento de clientes: as instituições de ensino superior privado do Rio de Janeiro, nosso público primário, e os alunos destas instituições, público secundário. 1) Instituições de ensino superior: Detectamos mediante a pesquisas com os setores internacionais de cada uma e também com intercambistas presentes, que a maioria já oferece serviços de auxilio aos estudantes estrangeiros, porém apresentam diversas falhas na entrega do serviço ou serviços limitados e sem suporte algum; 2) Alunos: Os intercambistas destas faculdades que se beneficiarão com os serviços oferecidos. Proposta de valor O excesso de documentação, dificuldade em encontrar moradia, problemas com o contrato e o senhorio e pouca informação fornecida aos estudantes de intercâmbio são problemas comuns para os intercambistas estrangeiros que vem para o Brasil, por isso percebemos a necessidade de um serviço de auxilio para esses estudantes já que os serviços oferecidos atualmente contam com falhas, por conta de fatores como agentes dos órgãos públicos que não sabem dar informações, muitas filas, informações divergentes em redes sociais, sites governamentais só em Português entre outros. Nossa principal proposta de valor é oferecer ao intercambista ajuda nas áreas onde eles encontram grandes dificuldades, por meio de uma assessoria pessoal, auxílio Burocrático, benefícios e praticidade. Entregaremos nossa proposta de valor oferecendo ao estudante serviços como o de diarista, ajuda para tirar documentos, aulas de português, serviços de imobiliária 36

entre outros para que o mesmo possa viver de maneira completa a experiência do intercâmbio, tendo contato com diferentes culturas, idiomas e jeitos de viver, sem ter que se preocupar ou se sentir inseguro com os problemas. Para os compradores, sendo as instituições de ensino superior privado do Rio de Janeiro, o auxilio ao intercambista é a nossa principal oferta pois esse serviço tem sido feito de maneira ineficiente ou quase inexistente pelos departamentos internacionais já consolidados nas instituições. Canais Os canais de comunicação utilizados serão: 1) Internet: Além de um sistema de cadastro de todos os estudantes, grande parte das informações enviadas será por e-mails. Também teremos canais próprios, redes sociais como o Facebook e site. 2) Instituições de ensino privadas: Os compradores divulgarão os serviços oferecidos diretamente aos estudantes com o material de comunicação fornecido (folders, guia de estudante, etc.), desempenhando o papel de influenciadores e gerando confiança devido a associação com a empresa. Relacionamento com os clientes Nossa relação com os clientes, de ambos os segmentos, se dará de forma pessoal e ética, com o objetivo de estreitar relações e criar a confiabilidade necessária para gerar um relacionamento mais íntegro. Por meio de nosso contato queremos transparecer nossa missão e valores a todo tempo, sem deixar de lado nossas promessas frente a difíceis questões que ocorram.

Fontes de Receitas A fonte de receita do empreendimento é baseada na venda direta para as instituições superiores de ensino privado do Rio de Janeiro. O serviço será oferecido diretamente para as faculdades e o valor cobrado será de de R$ 325,00/aluno por mês. Já que se trata de um serviço que oferece assistência pessoal, a estratégia se baseia em confiabilidade e crença de qualidade. Recursos Principais Contaremos com Recursos Intelectuais, firmando-se em parcerias e também na criação de banco de dados com as informações recebidas pelas instituições de ensino superior sobre os alunos além de informações referentes a fornecedores e parceiros. Já os Recursos Humanos, será formado pela equipe administrativa, composta por cada sócio pró-labore representando os setores definidos, sendo eles: Administrativo, Marketing, Relacionamento com o Cliente, Criação e Departamento Legal. Ao todo serão seis funcionários, os cinco sócios mais um contador. Atividades chave Como citado anteriormente visamos facilitar a estada de estudantes estrangeiros através de uma assessoria pessoal, auxiliando na resolução de problemas burocráticos, solucionando problemas do dia a dia e promovendo benefícios para que a estadia do estudante no País seja a melhor possível. Nossas atividades chave são: assessoria pessoal, que inclui os serviços de resolução de problemas burocráticos, telefonia, banco, aulas de português para estrangeiros, turismo, serviço de housing e ainda um clube de vantagens. Nossa empresa fará acordos com fornecedores de médio e pequeno porte que

possuam empresas condizentes com nossas crenças e que compartilhem nossos valores principais, que são ética, colaborativismo, inovação e excelência no atendimento. A relação com o curso de língua portuguesa, agência de turismo, empresa de diarista e imobiliária será pré-estabelecida e seus serviços serão comercializados por tais empresas para nossos clientes visando uma maior comodidade. Parcerias Principais Contaremos com a parceria de serviços variados para facilitar e estada do intercambista no País. As principais serão agência de turismo, empresa de diarista e imobiliária. Além disso oferecemos um clube de vantagens oferecendo descontos em diversos restaurantes, aulas de esporte, cursos de extensão, academia, lavanderia e aulas de dança. Agências de turismo - Criar pacotes de viagens para que o intercambista tenha a oportunidade de conhecer diferentes culturas e regiões do Brasil. Diarista - Ajudar na limpeza e organização da moradia dos estudantes durante a semana. Imobiliária - Evitar problemas com contratos e com o senhorio, ajudando a realizar as transações oferecendo segurança e proximidade a transportes públicos ou até a própria faculdade do aluno. Estrutura de custo Teremos custos fixos como: salário da equipe, formada pelos cinco sócios pró-labore e o contador; e despesas administrativas como material de comunicação e de escritório, coworking, plano de telefonia, e Pacote Adobe. Como custos variáveis, teremos gastos com transporte e advocacia. O custo mais relevante seria o salario da equipe que é R$3000 por mês e o contador, R$ 800.


Definição do negócio

Descritivo do negócio

1. Análise estratégica da demanda

1. Serviço

Analisando o macroambiente brasileiro, as pesquisas de dados secundários de mercado e as pesquisas (de dados primários) qualitativas e quantitativas realizadas especificamente para este projeto, acreditase que há uma demanda por parte do público-alvo, pela proposta de assessoria pessoal e por todos os benefícios oferecidos pela empresa Check. Um dos pontos favoráveis à Check é a evidência do intercâmbio estudantil como uma nova força para o mercado turístico brasileiro. Sem contar com eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, que promovem em abundância a divulgação do país no exterior. A ideia central deste empreendimento é superar as experiências proporcionadas pelas mais tradicionais formas de auxílio e de suporte oferecidos ao aluno estrangeiro. A partir de um novo modelo de atendimento, decidimos explorar esse mercado e minimizar empecilhos durante a estada do aluno estrangeiro, estando sempre dispostos a atender às suas necessidades com um

Imagem 27: Amigos mochileiros Fonte: Google Images

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serviço premium personalizado. A Check será referência de atendimento de qualidade que responderá à atual necessidade de oferta de um serviço diferenciado. Levando em conta todas as questões abordadas neste projeto, a demanda do mercado por uma maior internacionalização das instituições de ensino superior, a necessidade de proporcionar uma experiência multicultural a alunos, um serviço de qualidade que ofereça atenção especial aos clientes e o momento delicado no qual o país se encontra, precisando reafirmar sua imagem mundialmente, pode-se prever uma alta demanda para a Check.

2. Estratégia de posicionamento A Check é a empresa mais inovadora no âmbito de intercâmbio para instituições de ensino superior privado na cidade do Rio de Janeiro. Buscamos aprimorar a experiência do aluno estrangeiro por meio de uma assessoria pessoal que cuida desde questões burocráticas até o lazer. Somos um serviço novo no mercado que se preocupa em estimular a multiculturalidade de nossa cidade ao promover uma melhor adaptação do intercambista na mesma.

De acordo com Kotler (1998), serviço é qualquer atividade ou benefício que uma parte possa oferecer a uma outra, que seja essencialmente intangível e que não resulte propriedade de alguma coisa. Sua produção pode ou não estar ligada a um produto físico. Nosso serviço atende a uma necessidade pessoal do cliente. Dentro da categoria de ofertas, é classificado como um serviço principal já que atende a uma adequação às expectativas particulares de cada cliente. Assim, oferecemos: assessoria pessoal e o auxílio burocrático; estes, associados a serviços secundários, de natureza presencial, como por exemplo o acompanhamento para tirar documentos.

2. Descrição do serviço Nossa empresa visa a facilitar a estada de estudantes estrangeiros por meio de uma as-sessoria pessoal e cultural. Auxiliaremos na resolução de problemas burocráticos, de questões práticas do dia a dia, colaborando então fazendo para que a experiência do estudante, no país, seja a melhor possível. Para instituições privadas de ensino no Rio de Janeiro, sendo elas a ESPM, PUC, IBMEC e FGV; ofereceremos os pacotes que disponibilizarão os serviços aos estudantes cobrando um valor mensal por aluno e contaremos com a parceria do departamento internacional dessas universidades. Serão oferecidos aos estudantes os serviços de assessoria pessoal, que incluem: integração e acolhi-mento pelos diretórios acadêmicos;

resolução de problemas burocráticos; telefonia; banco; aulas de português para estrangeiros; turismo e ainda um clube de vantagens e também a disponibilidade de housing. As faculdades comprarão os pacotes que disponibilizarão os serviços aos estudantes por um valor mensal por aluno.

3. Fluxo do serviço Para a entrega de um trabalho de qualidade, nossa empresa contará com funcionários que ajudarão na entrega de um fluxo de serviço regular e no bom funcionamento da mesma. Primeiramente contaremos com as universidades na ajuda da divulgação do serviço diretamente ao estudante. Também teremos um advogado terceirizado para auxiliar nas questões burocráticas que podem ser necessárias, devido aos contratos de housing e possíveis necessidades de documentação. A entrega do nosso serviço será primeiramente online, já que o intercambista receberá a maioria das informações ainda em seu país de origem. Para isso, teremos funcionários divididos em setores de acordo com os atendimentos oferecidos, que enviarão as informações aos estudantes. Na chegada do intercambista a entrega do serviço será também presencial, acompanhando os estudantes em suas necessidades.

4. Moderadores de experiência


Os moderadores de experiência são os fatores pessoais influenciadores no processo de percepção e no comportamento dos compradores e usuários. De acordo com os resultados das pesquisas realizadas, os fatores que influenciam mais nossos consumidores são: Custos Com 19 votos em nossa pesquisa quantitativa, o custo de vida é um fator que influencia desfavoravelmente nossos compradores, já que o Rio de Janeiro, atualmente, apresenta uma alta em seu custo de vida. Portanto, mesmo tendo uma moeda mais valorizada os estudantes acabam gastando muito com moradia, alimentação e lazer. Moradia Segundo tópico mais escolhido em nossa pesquisa quantitativa como fator causador de insegurança, um influenciador no processo de percepção do estudante foi a moradia. Como os estudantes muitas vezes não têm contatos no Brasil, a escolha de moradia representa, muitas vezes, numa decisão difícil de ser resolvida. Falta de informações precisas sobre a distância entre a faculdade e o novo endereço, além do alerta sobre as regiões que podem ser potencialmente perigosas para os estudantes devido à violência são os principais motivos dessa insegurança. Para os compradores esse também é um fator percebido como influenciador já que nas entrevistas relataram ter um número elevado de estudantes com problemas com

Imagem 28: Placa I amsterdam, em Amsterdam Fonte: Google Images

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os senhorios e/ou em seus contratos. Documentação Um problema apontado, principalmente pelas universidades, diz respeito aos documentos que os alunos precisam providenciar. É causado não somente pela falta de informação dos alunos, mas também pelos funcionários das repartições públicas, que muitas vezes não estão preparados para lidar com estrangeiros. Por não ser um fator que possa ser resolvido nos órgãos acadêmicos, na maioria das universidades não há uma ajuda maior para esses estudantes tirarem essa documentação. Língua Também apontado em nossa pesquisa, o idioma português é um fator influenciador para facilitar a adaptação do intercambista. Percebemos que a maioria dos fatores influenciadores do comprador são serviços que não são oferecidos dentro das faculdades nos setores acadêmicos, como tirar documentação e housing. Outro fator é que os setores internacionais, na maioria das faculdades, têm um staff muito reduzido. Geralmente eles contam com alguns professores e poucos funcionários, o que também não permite que seja feito um acompanhamento mais direto e individualizado aos intercambistas. Com o aumento no número de alunos fazendo o intercâmbio, este serviço torna-se ainda mais complexo, já que esses setores geralmente cuidam tanto dos alunos que vão para fora, quanto os que vêm para o país.

Devido aos fatores influenciadores citados acima, moldamos nossos serviços para se adequarem as necessidades dos estudantes e universidades, assim obtendo a excelência na prestação do serviço. Na questão dos custos, a empresa indicará os bancos que ofereçam melhores vantagens para intercambistas. Ofereceremos em parceria com imobiliárias para oferecer aos estudantes moradias mais próximas de suas universidades, em locais mais seguros e também ajuda na parte dos contratos e relacionamento com o senhorio. Para resolver o problema da documentação, além de disponibilizarmos com agilidade e precisão os documentos necessários e como tirá-los também teremos funcionários a disposição do aluno para acompanha-lo no processo de tirada desses documentos, se requisitado pelo estudante. Teremos parceria com uma empresa para oferecer aos estudantes cursos de português que irão além do básico, fornecendo aos intercambistas não só o necessário para a “sobrevivência” no país, mas também uma maior imersão na língua e cultura brasileiras.

5. 8 P’s do serviço a) Elementos do serviço O serviço central do Check é o oferecimento de suporte e de auxílio para o intercambista estrangeiro na cidade do Rio de Janeiro, que serão apresentados aos clientes por meio das universidades privadas. Conta também com um clube de vantagens, que além de ampliar o serviço central, também

melhora a percepção do mesmo. São eles: • Curso de língua portuguesa • Agência de turismo • Empresa de diarista • Imobiliária • Clube de vantagens (aulas de esporte na praia, restaurantes, cursos de extensão, academia, academia de dança e lavanderia) b) Processos Segundo Gronroos (2003:65 apud LIMA, 2007), “um serviço é um processo, constituindo em uma série de atividades mais ou menos intangíveis que têm interação com o cliente”. Para isso, o processo proposto pelo Check mantém-se a um possível padrão para diminuir a oscilação das características desse serviço. • Contato inicial: apresentação online e explicação do modelo de nosso serviço para o intercambista ainda em seu país de origem, caso haja o interesse do mesmo; fechamento do serviço • Chegada ao Rio de Janeiro: recepção do intercambista, orientação da cidade e reconhecimento de áreas específicas (onde mora e faculdade) • Retirada de documentação: verificação de todos os documentos, agendamentos e acompanhamento durante o processo (CPF, RNE, Bilhete Único, etc) • Encontro de intercambistas: incentivo à socialização entre os intercambistas de diferentes universidades • Continuidade de demais serviços: preservação do contato para o caso de surgirem novas necessidades • Volta para casa: feedback do cliente e despedida


Imagem 29: Mapa do Centro do Rio de Janeiro Fonte: Google Images

c) Lugar e tempo O Check se instalará em um espaço de coworking no Centro do Rio, área comercial da cidade, de convergência de muitos bairros, de fácil acesso, e próximo a faculdades privadas da capital fluminense. Estaremos à disposição do intercambista estrangeiro visando a agilizar e facilitar sua adaptação da melhor forma possível.

d) Preço Por se tratar de um serviço que oferece assistência pessoal, a estratégia de precificação se baseará no fator de confiabilidade e de crença de qualidade. Visto que lidamos com faculdades de pequeno porte, em relação à estrutura física, acaba sendo mais rentável para as mesmas terceirizarem nosso serviço. Dessa forma, entendemos que a precificação se dá por meio da necessidade das faculdades em ampliar sua gama de serviços internacionais e aprimorar a experiência proporcionada ao aluno estrangeiro. Levando em consideração todos os pontos de diferenciação citados e o fato de trabalhar com serviço e atendimento diferenciados, a Check trabalhará com uma estratégia de preço premium. Portanto, chegamos ao preço de R$ 325,00/aluno a ser pago por parte da instituição parceira mensalmente. 39

e) Promoção e educação A Check entende que a promoção é um P intrínseco à sua essência. O trabalho em redes sociais será ferramenta básica para comunicar o conceito de marca, além de ser ponte de contato com o intercambista – o local em que haverá maior troca. Contaremos também com um site onde promoveremos as parcerias de nosso clube de vantagens. Também ofereceremos um projeto chamado “Check(in)”, em que se dará a troca entre marca e cliente, entendendo que ele deve ser um participante ativo dos processos, não só com feedbacks, mas também com a produção de conteúdo junto à marca. Será um espaço para promover fotos, textos e indicações aos próprios intercambistas sobre assuntos que interesse a todos, tendo em vista o conceito de “Brasil multicultural”.

Referente a nossa comunicação com as faculdades, contaremos com o uso de e-mail marketing e de reuniões trimestrais com o departamento internacional para discutirmos estratégias futuras a serem implementadas na própria instituição. Além disso, teremos um espaço exclusivo em nosso site para nossas faculdades parceiras - e possíveis parceiras - publicarem novidades, entrarem em contato diretamente conosco e com o aluno estrangeiro.

A partir desse cenário, treinaremos os parceiros e os colaboradores (agência de turismo, academia, etc) – principalmente por terem contato direto com os clientes – apresentando o alto padrão de atendimento desejado. Optaremos por empresas parceiras que possuam funcionários bilíngues para facilitar a comunicação e a prestação do serviço com o cliente. g) Produtividade e qualidade Como a Check busca oferecer uma assessoria pessoal de alto padrão, entendese a necessidade de uma ótima organização e um extenso conhecimento de processos de órgãos públicos. Contudo, por esse serviço não depender inteiramente da Check, sabese que se perde um pouco da praticidade e da agilidade na retirada de documentos.

No quesito educação - sempre reforçando que o serviço será um grande diferencial - a Check pontuará, tanto para as universidades quanto para os intercambistas, a sua expertise. Sabe-se que um “cliente educado” com o modelo de prestação de serviço, independentemente da natureza ou do gênero do mesmo, colabora para a diminuição de problemas que um possível Para amenizar tal fato, a Check acompanha desconhecimento da maneira de atuação e orienta o cliente durante todo o processo possa gerar. burocrático para garantir otimização sem perda de qualidade. Além disso, a Os responsáveis por esse papel são a Check oferece diferentes serviços como própria Check e a equipe do departamento uma maneira de agregar ainda mais à internacional de cada faculdade, já que experiência e à adaptação do intercambista são eles os que têm o primeiro contato com na cidade do Rio de Janeiro. o estudante. h) Evidências físicas f) Pessoas As Evidências Físicas são todos os pontos Sendo uma característica importantíssima de contato existentes na relação serviço x ao nosso serviço, a Check entende que consumidor/potencial consumidor, porém a percepção final do cliente, no que diz por estarmos instalados em um local de respeito à qualidade do serviço prestado, coworking não será levado em consideração é altamente influenciada pelas ações dos as evidências físicas. funcionários.

Imagem 30: Hollywood Sign, em Los Angeles Fonte: Google Images


Plano Estratégico de Comunicação A função primordial de todo o planejamento estratégico adotado pela Check, que se estabelece desde o início da implementação do negócio, será a de moldar igualmente a imagem ideal entre estudantes e instituição para todos os públicos de relacionamento da marca. Dessa maneira, pretende-se criar, ao longo dos próximos quatro anos, associações positivas através dos meios online, principalmente em relação a cidade do Rio de Janeiro como o destino ideal para uma experiência internacional acadêmica, solidificando este como diferencial, não somente entre estudantes estrangeiros, mas também instituições de ensino superior estrangeiras. Espera-se criar um apelo forte entre os todos os jovens, estrangeiros e brasileiros, ao ajudá-los a associar a multiculturalidade presente dentre as faculdades parceiras como as melhores opções de ensino. Portanto, é de suma importância que a Check seja reconhecida como referência de integração internacional, com diversas opções de assessoria e apoio, prezando uma transparente ativação dos valores da marca dentro e fora do empreendimento.

1. Diagnóstico de Comunicação 1.1. Análise das estratégias de comunicação adotadas e relação com os objetivos atuais e propostos para a organização 40

Para essa análise será usado como base de informações o Ministério do Turismo (MTur) no Brasil. Sua atividade é “desenvolver o turismo como uma atividade econômica sustentável, com papel relevante na geração de empregos e divisas, proporcionando a inclusão social.“. O MTur possui dois grandes setores: a Secretaria Nacional de Estruturação do Turismo, com foco na infraestrutura turística e no planejamento, ordenamento, estruturação e gestão das regiões turísticas do Mapa do Turismo Brasileiro e a Secretaria Nacional de Qualificação e Promoção do Turismo, voltada para a formalização e qualificação no turismo e para o marketing e apoio à comercialização dos destinos turísticos em âmbito nacional. Anterior a esse modelo, existia apenas a Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), desenvolvida em 1966 como Empresa Brasileira de Turismo onde o objetivo era promover a atividade turística ao viabilizar condições para a geração de emprego, renda e desenvolvimento em todo o país. Em 2003 o Ministério do Turismo foi então instituído e a Embratur possui agora o foco na promoção, no marketing e no apoio à comercialização dos produtos, serviços e destinos turísticos brasileiros no exterior. Segundo o Regimento Interno do Mtur1, suas responsabilidades são: a Política Nacional do Turismo, a promoção e a divulgação institucional do turismo nacional, no país e no exterior; o estímulo às iniciativas públicas e privadas de incentivo às atividades turísticas;

o planejamento, a coordenação, o monitoramento e a avaliação dos planos e dos programas de incentivo ao turismo; a gestão do Fundo Geral de Turismo – FUNGETUR; e o estímulo à formalização, à certificação e à classificação das atividades, dos empreendimentos e dos equipamentos dos prestadores de serviços turísticos. Entre 2013 e 2016 o Plano Nacional de Turismo foi formulado e consolidou a Política Nacional de Turismo e apresenta as orientações estratégicas para o desenvolvimento da atividade no Brasil para os próximos anos. Resulta do esforço integrado do governo federal, envolvendo a iniciativa privada e o terceiro setor, por meio do Conselho Nacional de Turismo, sob a coordenação do Ministério do Turismo. O plano foi estabelecido de acordo com as orientações do governo federal e alinhado ao Plano Plurianual 2012/2015. Ele define as contribuições do setor para o desenvolvimento econômico, social e a erradicação da pobreza. Tem ainda como insumo básico o Documento Referencial - Turismo no Brasil 2011/2014 e destaca, no âmbito da gestão, as diretrizes que devem nortear o desenvolvimento do turismo brasileiro, como a participação e diálogo com a sociedade; a geração de oportunidades de emprego e empreendedorismo; o incentivo à inovação e ao conhecimento; e a regionalização como abordagem territorial e institucional para o planejamento. Muitas ações e programas foram criados para realizar a comunicação do Mtur com diversos públicos e setores envolvidos, como: - Programa de regionalização do turismo: Foca na convergência e a interação de todas as ações desempenhadas pelo MTur com estados, regiões e municípios brasileiros. Seu objetivo principal é o de apoiar a estruturação dos destinos, a gestão e a promoção do turismo no País.

- Prodetur (Programa Regional de Desenvolvimento do Turismo): Organiza as intervenções públicas para o desenvolvimento da atividade turística, através de prévios processos de planejamento das regiões turísticas. - Cadastur: Cadastro de pessoas físicas e jurídicas que atuam no setor do turismo é executado pelo Ministério do Turismo em parceria com os Órgãos Oficiais de Turismo nos 26 Estados do Brasil e no Distrito Federal. Permite o acesso a diferentes dados sobre os prestadores de serviços turísticos cadastrados. - Pronatec turismo: O MTur se uniu ao Ministério da Educação para levar o Pronatec ao segmento turístico. O programa qualifica quem já trabalha com turismo e também quem pretende se profissionalizar no setor. - Turismo responsável: O Ministério do Turismo atua com base nos princípios de sustentabilidade ambiental, sociocultural, econômica e político-institucional, que norteiam o Programa de Regionalização do Turismo, e também para promover os direitos do consumidor turista. - Campanhas promocionais: Tornar as viagens mais marcantes, com experiências inesquecíveis, e estimular o brasileiro a viajar pelo país. Esta é a proposta das campanhas institucionais desenvolvidas e divulgadas pelo Ministério do Turismo. - Agenda de eventos: O Calendário Nacional de Eventos tem como objetivo divulgar os eventos turísticos brasileiros e agregar valor à imagem dos destinos, além de fornecer informações de qualidade sobre a oferta turística do Brasil que possam ser úteis ao turista no momento de planejar a viagem.

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http://www.turismo.gov.br/legislacao/?p=903 Acessado em 08/11/2016 às 11h28m

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- Dados e fatos: Espaço destinado à divulgação de estudos e pesquisas realizadas pelo MTur e informações gerais sobre a economia do turismo. Além disso, existem esforços para a divulgação do país no exterior, o Ministério cumpre agenda em Congressos2 para debater questões de segmentos relacionados aos serviços turísticos e em diversas Feiras de Turismo, o que pode-se acompanhar pelo site3 da Embratur.

Agenda de eventos, disponível no site da Embratur

Segundo Lummertz, os países se preparam para enfrentar essa verdadeira guerra que é a disputa por turistas de todo o mundo e é necessário aproveitar o legado dos grandes eventos no Brasil, que terminou este ano com a Olimpíada e Paralimpíada do Rio. Ainda em 2009, com a escolha do Brasil para sediar os dois principais eventos esportivos internacionais, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos, em 2016, o Ministério do Turismo (MTur), por meio da Embratur lançou o Plano Aquarela 2020 . O Plano traçou metas e objetivos para que o Brasil conseguisse antes, durante e depois dos grandes

Durante a Copa do Mundo foi criado pelo Ministério do Turismo o Portal da Copa com diversas informações dos serviços, jogos e conteúdo de mídia. Já o site www.braziltour360. com conta fotos, informações e vídeo, feito por uma câmera que captura imagens 360º para os turistas estrangeiros que viessem ao Mundial, com a intenção de incentivá-los a conhecer mais destinos além daqueles onde aconteceram os jogos. O site também estava disponível como aplicativo.

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http://www.embratur.gov.br/piembratur-new/opencms/salaImprensa/ noticias/arquivos/Brasil_busca_competitividade_no_turismo_em_Londres.html Acessado em 08/11/2016 às 13h22m

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Exemplo: http://www.turismo.gov.br/component/content/article.html?id=7220 – Acessado em 08/11/2016 às 13h01m

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http://www.embratur.gov.br/lai_embratur_secom/export/sites/lai/galerias/download/Plano_Aquarela_2020.pdf Acessado em 08/11/2013 às 14h47m

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http://www.embratur.gov.br/piembratur-new/opencms/agenda_eventos/ index.html- Acessado em 08/11/2016 às 13h14m

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Imagem 32: Print do Hot Site do Brasil 360 Experience Fonte: Site Ministério do Turis-mo

Imagem 33: Morro dois irmãos, em Rio de Janeiro Fonte: Google Images

Em novembro de 2016, por exemplo, o Brasil participou de uma das maiores feiras de turismo do mundo, a WTM4 , em Londres. Na capital britânica, o atual presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, também participou reuniões e eventos, visando posicionar o País como player global do setor, além de contruibuir com painel do Seminário “Um novo foco na América Latina” ao ladro de ministros de diversos países. Junto ao ministro Marx Beltrão, o presidente da Embratur firmou, durante encontro com a ministra do turismo da Inglaterra, o programa de qualificação profissional para alunos de Turismo e Hospitalidade, além de participarem de reunião com o presidente da Associação de Colleges do Reino Unido, para retomar o programa de intercâmbio para alunos brasileiros na área de qualificação.

eventos esportivos se projetar como destino turístico no exterior e, além de aumentar o fluxo de turistas estrangeiros, incentivar que suas viagens ao país durassem mais tempo, visitassem novos destinos que despontaram com a exposição na mídia internacional.

Imagem 31: Peça de divulgação do Brasil 360 Experience Fonte: Site Ministério do Tu-rismo


A Embratur lançou um aplicativo para ajudar o usuário a identificar seus amigos que estavam mais distantes geograficamente para propor que eles se encontrassem no Brasil. Quando clicava em ”convidar”, era criado um álbum na timeline com imagens das distâncias entre cada amigo encontrado, que era marcado e alertado, e estes, por sua vez, podiam encontrar outros amigos distantes e convidá-los a se encontrarem no Brasil. A campanha6 foi disseminada por meio de um vídeo promocional e peças publicitárias nas redes sociais.

Imagem 35: Peça da campanha promocional da Embratur no aeroporto do Japão. Fonte: Site do Ministério do Turismo

Após as Olimpíadas, o ministério investiu na campanha ”Viva de Perto8”, buscando utilizar-se da temática dos Jogos e ainda incentivar o brasileiro a continuar viajando, conhecer as riquezas e diversidade cultural do seu próprio país.

Imagem 34: Print do aplicativo do Facebook Fonte: Facebook do Ministério do Turismo

”Desde que o Brasil foi anunciado como sede da Olimpíada, a Embratur e o Ministério do Turismo desenvolvem estratégias voltadas para promover o Brasil como sede dos grandes eventos esportivos e atrair ainda mais turistas estrangeiros”, declarou Vinícius Lummertz. Para as Olimpíadas, é possível destacar a campanha “Brazil is open for you!”, que convidava cidadãos da Austrália, Canadá, Estados Unidos e do Japão a conhecer o Brasil. Países que recentemente foram liberados de apresentar o visto para entrar no Brasil. A liberação de visto para esses turistas, um trabalho da Embratur junto ao Ministério de Relações Exteriores, deve-se a grande tradição olímpica desses países, que têm histórico importante ____________________________________________ 6 http://www.copa2014.gov.br/pt-br/noticia/embratur-utiliza-facebook-para-divulgar-nova-campanha-de-promocao-do-brasil Acessado em 08/11/2016 às15h27m

http://www.brasil.gov.br/turismo/2016/06/brasil-espera-receber-500-mil-turistas-durante-olimpiada Acessado em 09/11/2016 às 22h13m

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- Facebook9 : em inglês ou espanhol, o Visit Brasil traz as melhores histórias, fotos e informações sobre os destinos brasileiros e reúne os fãs do Brasil.

de emissores de turismo para o Brasil7.

Imagem 36: Peça publicitária da campanha “Viva de Perto” Fonte: Site do Ministério do Turismo ____________________________________________

http://www.turismo.gov.br/vivadeperto.html - Acessado em 08/11/2016 12h49m

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Imagem 37: Peça publicitária da campanha “Viva de Perto” Fonte: Site do Ministério do Turismo

A Comunicação Digital deste ministério é algo bem presente e atual. Envolve a utilização de diversas ações e ferramentas online para divulgação de produtos e destinos turísticos brasileiros, além do relacionamento direto com diferentes públicos: turistas, profissionais e imprensa estrangeira. São duas as linhas de comunicação, o Portal Visit Brasil e o próprio MTur. O portal Visit Brasil foi criado contendo informações sobre os principais destinos turísticos brasileiros, disponível em 8 idiomas, e foi planejado de acordo com os cinco segmentos turísticos definidos pelo Plano Aquarela para a promoção do Brasil no mercado internacional: Sol e Praia, Negócios e Eventos, Ecoturismo, Esporte e Cultura. O usuário encontra informações complementares, como aspectos sobre geografia, cultura, culinária, clima, mapas, passaporte e visto, moeda, entre outros. Profissionais de turismo de todo mundo podem buscar informações precisas sobre o país, como informações estratégias sobre os mercados prioritários, a agenda de promoção comercial do turismo brasileiro no exterior, os programas e ferramentas de promoção utilizadas pela EMBRATUR, notícias, imagens e vídeos, entre outros. Já nas redes sociais, o Visit Brasil está presente nas principais, gerando engajamento e se aproximando de seus públicos de forma rápida, direta e descontraída, como pode-se perceber pela linguagem e interação nesses meios.

Imagem 38: Print do Facebook Visit Brasil Fonte: Facebook Embratur

No facebook, por exemplo, observa-se que apesar de um grande espaço de tempo para eles buscam responder os comentários e incentivar o comentário do público. - Twitter10: o usuário se atualiza e troca informações sobre o Brasil, além de compartilhar sua experiência de visita ao País, em tempo real, com mensagens curtas e rápidas. O próprio Visit Brasil também estabelece essa troca e reposta foto de pessoas pelo país.

____________________________________________

https://www.facebook.com/VisitBrasil/?fref=ts - Acessado em 21/07/2016 às 20h45m e 01/08/2016 às 16h38m 9

10

https://twitter.com/visitbrasil - Acessado em 01/08/2016 às 16h05m


Imagem 42: Print do Flickr da Visit Brasil Fonte: Flickr Embratur Imagem 40: Print do Twitter Visit Brasil Fonte: Twitter Embratur

- YouTube11: o canal brasileiro reúne vídeos de destinos que interagem com o Google Maps. O usuário não só conhece lugares, como também suas localizações.

Imagem 39: Parque das Tulipas, em Holanda. Fonte: Google Images

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- Site oficial13: O MTur possui um site oficial sendo o centralizador de todas as informações divulgadas em suas outras redes e outras mais burocráticas. São informações variadas como Ações e programas, Legislação, Licitações e contratos, Carta de serviços, Convênios, Servidores, Chamadas públicas e seleções, Perguntas frequentes, Ouvidoria, Serviço de Informação ao Cidadão (SIC), Transparência pública, Publicidade, Despesas, Informações classificadas e Auditoria. Além de informações complementares como suas redes sociais, eventos que acontecem pelo país e promovem a cultura de todas as regiões do Brasil.

Imagem 41: Print do Youtube Visit Brasil Fonte: Youtube Embratur

- Flickr12: álbuns variados com as fotos da diversidade brasileira e o melhor que o turismo do Brasil tem a oferecer. Imagem 43: Print do Site do Ministério do Turismo Fonte: Site do Ministério do Turismo ____________________________________________ 11 https://www.youtube.com/channel/UCEk8sB5zrlcxX0eulXuJOMA - Acessado em 27/07/2016 às 20h41 12

https://www.flickr.com/photos/visitbrasil/ - Acessado em 27/07/2016 às 21h02m

____________________________________________ 13 http://www.turismo.gov.br/ - Acessado em 21/07/2016 às 21h13m


Imagem 33: Coliseu, em Roma. Fonte: Google Images

Imagem 44: Print do Site do Ministério do Turismo Fonte: Site do Ministério do Turis-mo

- Facebook14: postagens esporádicas sobre assuntos que envolvam turismo, com uma linguagem jovem e direta.

Imagem 46: Print do Facebook do Ministério do Turismo Fonte: Página do Facebook da Embratur

Assim como o Visit Brasil, o MTur responde nas redes sociais com uma linguagem mais descontraída e leve. No facebook, responde com mais frequência e estimula a troca de informações, além de dicas, e essa grande proximidade na comunicação. - Twitter15: divulgação de diversos destinos no Brasil.

Imagem 45: Print do Facebook do Ministério do Turismo Fonte: Página do Facebook da Embratur

Imagem 47: Print do Twitter do Ministério do Turismo Fonte: Twitter da Embratur

____________________________________________ 14 https://www.facebook.com/MinisteriodoTurismo/?fref=ts Acessado em 25/07/2016 às 19h10m

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____________________________________________ 15 https://twitter.com/mturismo - Acessado em 25/07/2013 às 17h39m


Imagem 48: Cristo Redentor, em Rio de Janeiro. Fonte: Google Images

- Flickr16: divulgação de diversos destinos no Brasil.

Imagem 49: Print do Flickr do Ministério do Turismo Fonte: Flickr do Ministério do Tu-rismo

- TV Turismo : vídeos com assuntos variados como entrevistas sobre alguma região, interesse público, passagem da tocha olímpica e o turismo no país. 17

Imagem 50: Print do Youtube do Ministério do Turismo Fonte: Canal do Youtube do Mi-nistério do Turismo

Observa-se que o próprio Ministério do Turismo (MTur) e o portal Visit Brasil incentivam o engajamento e são muito ativos em sua comunicação digital. São presentes nas diversas redes sociais já citadas e estabelecem um relacionamento com os outros usuários dessas ferramentas. Esse engajamento é questionável, ao ser analisado o número de seguidores em comparação ao número de curtidas e de compartilhamentos nessas redes sociais. Acredita-se que a falta de engajamento, por parte dos ____________________________________________ 16 https://www.flickr.com/photos/ministeriodoturismo/ Acessado em 25/07/2016 às 19h38m 17 https://www.youtube.com/user/MinisterioTurismo Acessado em 01/08/2016 às 17h02m

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públicos, seja um grande problema de comunicação e também consequência da falta de centralização e de conhecimento do público em relação à busca de informações. Ou seja, além de desconhecerem o portal adequado para busca de auxílio, todos os canais de comunicação têm o mesmo conteúdo. Não há precisão de onde encontrar cada informação específica, pois não existe um alinhamento (ou diferença) do que é dito no site e em cada rede social. 1.2. Relação entre identidade, posicionamento, imagem e reputação Com a grande mudança do mercado, as empresas atuais necessitam não somente oferecer qualidade em seus produtos e bom atendimento. Os produtos e serviços oferecidos, hoje, precisam de credibilidade. E como transparecer credibilidade? Tendo uma boa reputação. Para a autora Margarida Kroling Kunsch (2009), a reputação é um estado ou um sentimento associado a uma pessoa ou a uma organização. Nas empresas, o conjunto de imagens percebidas pelos públicos, em um longo período de tempo, é composto por suas ações, por seu posicionamento diante de diversas situações e pela forma como lida com a sociedade à sua volta. Porém, para se ter uma reputação, é necessário possuir uma imagem; e uma organização não possui uma imagem, mas sim, imagens. Isso se dá em função das leituras que distintos públicos de interesse fazem dela. Kusnch também defende que o conceito “imagem” é a percepção e a opinião que se tem de uma organização diante de uma ação. Ou seja, é aquilo que o público percebe. Pode-se passar a ter determinada imagem de uma organização após um contato direto, podendo ser por meio de um evento ou até mesmo por meio de uma venda. A formação da imagem e da consequente reputação começa sempre com a identidade corporativa, que é baseada nos princípios e nos valores de uma organização A identidade é aquilo que a empresa é. E vai desde valores até suas embalagens, logo e produtos. Atual-


mente as empresas não são avaliadas somente pelo seu patrimônio. Para muitos, a reputação faz total diferença. A exigência dos consumidores requer esforços maiores a fim de construir uma marca mais sólida e uma reputação fortalecida. Dessa maneira, os stakeholders crescem em importância para as organizações, compreendendo melhor sua imagem, sua identidade e sua reputação.

Para comprovar, notou-se que durante as Olimpíadas, no Twitter, os Trend Topics eram, em sua maioria , relacionados ao evento. Na imagem abaixo, está o que mais foi falado nas mídias sociais durante a contagem regressiva para o maior evento esportivo do mundo.

1.3. Oportunidades do macro e microambiente e do ambiente interno A partir de uma análise mais ampla do mercado, foi possível detectar oportunidades no segmento em questão. Sabe-se que, segundo o Ministério do Turismo, o número de intercambistas estrangeiros que vêm ao Brasil teve uma alta de mais de 60% nos últimos 11 anos (de 66,1 mil em 2003 para 108 mil em 2014). O Brasil vem sendo destino para muitos jovens dos Estados Unidos e da Alemanha, por exemplo, de 18 a 32 anos, que buscam conhecer uma nova cultura e dedicar-se aos estudos. É importante ressaltar que, de acordo com a Belta - Associação Brasileira de Organizadores de Viagens Educacionais e Culturais - em 2014, 96 mil estudantes estrangeiros escolheram o Brasil como o país para vivenciarem uma experiência internacional. Tais jovens buscam cursos de graduação, em sua maioria - segundo uma pesquisa primária de administração, economia e relações públicas - além de estágios remunerados, de experiências em voluntariado e de domínio da língua nacional. Somado a isso, grandes eventos no país, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, deixaram o Brasil em evidência. Logo, o interesse dos jovens estrangeiros em conhecer o país aumentou. Com isso aquece-se a nossa economia e desenvolvem-se mercados, como o setor de turismo. 46

Imagem 51: Top Trends nas mídias sociais durante as Olimpíadas de 2016 Fonte: LinkedIn

as informações essenciais sobre o serviço da empresa Check, para que as faculdades se sintam determinadas e aptas a entregar um serviço de qualidade. - Em uma segunda etapa, os objetivos de suscitar interesse e proporcionar conhecimento serão trabalhados com os próprios intercambistas estrangeiros. Por se tratar de um público específico, o principal objetivo é passar mensagens claras e consistentes sobre o posicionamento da Check, fazendo com que sua necessidade seja observada, e despertando o interesse pelo serviço. Para que depois haja fidelização e, consequentemente, sua divulgação seja incentivada de maneira a chamar atenção, gerar empatia e efetivar sua ação.

2. Objetivos de Comunicação

3. Briefing

a) Objetivo Principal

3.1 Expectativas em relação aos públicos da marca

- O objetivo principal de comunicação da Check é tornar-se referência em assessoria pessoal para intercambistas estrangeiros, na cidade do Rio de Janeiro, a partir de uma alta personalização do serviço prestado. Sendo assim, a empresa buscará proporcionar momentos de experiência diferenciada tanto no âmbito acadêmico, quanto no âmbito cultural a seus clientes, permitindo-lhes uma maior imersão durante seu intercâmbio. b) Objetivos Secundários -O primeiro objetivo a ser trabalhado será despertar consciência e proporcionar conhecimento para as instituições de ensino superior privadas. Para isso, serão listadas e comunicadas todas

Conforme analisado anteriormente, a Check irá trabalhar com três principais públicos em sua comunicação: os clientes em potencial (instituições privadas e intercambistas estrangeiros) e os colaboradores internos. Serão analisadas, a seguir, as expectativas que a marca tem perante seus públicos após terem tido contato com a comunicação realizada. Após a realização das campanhas, espera-se que as instituições de ensino superior privadas passem a ver a empresa como uma solução em questões adversas a de seus departamentos internacionais e que a mesma atenda a suas demandas ideológicas e acadêmicas. Além disso, há expectativa de que gostem dos serviços oferecidos e percebam o diferencial agregado comparando-se a seus con-

correntes. Um ponto importante é que esse público precisa ter a percepção de que essa assessoria faz-se tão necessária para o aluno estrangeiro, que o fato de não oferecê-la possa impactar no número de matriculados e de convênios com entidades estrangeiras. Em relação ao público intercambista, a expectativa da marca é de que essas pessoas percebam o apoio que representa uma assessoria pessoal, por meio de uma instituição estrangeira, como uma solução para suas maiores inseguranças em relação ao intercâmbio. Além disso, há expectativa de que os alunos percebam o diferencial em relação as demais opções dentre as instituições privadas no Rio de Janeiro. E, assim, optem por aquela que ofereça os serviços de nossa empresa e, posteriormente, recomende a instituição parceira a um amigo. Já com os colaboradores, a empresa espera que, após a campanha, todos já estejam alinhados aos valores e à cultura de proximidade e de gentileza para com os clientes. E, dessa forma, apliquem dedicadamente esses valores e cultura no dia a dia. Outro ponto importante é a motivação dos funcionários, que eles sintam orgulho por trabalhar no local e que percebam o interesse que a empresa tem de que estejam verdadeiramente plenos e felizes, durante o expediente ou até mesmo fora do horário de trabalho. Como consequência natural desse sentimento, espera-se que os mesmos também ajudem na divulgação, como porta-vozes da marca dentro e fora de sua rotina profissional. Em suma, a marca espera que seus públicos compreendam os diferenciais e os valores da Check, percebendo que a inauguração desta empresa é uma inovação positiva para o mercado acadêmico brasileiro e para a sociedade como um todo.


3.2 Potenciais Consumidores Os potenciais consumidores da Check serão segmentados em dois públicos distintos: - Faculdades privadas Também decidimos fazer as variáveis de segmentação das universidades, já que são nossos influenciadores e também compradores. Pretendemos atender aos setores de intercâmbios das faculdades oferecendo a eles pacotes de serviços para auxiliar na estada dos estudantes estrangeiros no país. Atingiremos empresas de grande porte, que são as universidades localizadas no Estado do Rio de Janeiro inicialmente, onde será a sede de operações. - Intercambistas estrangeiros Homens e mulheres, na maior parte das vezes ainda dependentes financeiros, de 18 a 28 anos, estudantes de universidades no exterior, pertencentes às classes A e B. Como nossos consumidores são intercambistas estrangeiros, eles possuem estilos de vida, situação financeira, e hábitos díspares e diversificados, então é necessário que haja a identificação dos segmentos de mercado, para que todos sejam atendidos com maior eficácia. Desejam ter uma estada sem problemas burocráticos ou dificuldades relacionadas a segurança, bancos ou acomodações. Buscam comodidade e facilidade além de transparência no serviço. Expectativas: com o plano de comunicação, temos o objetivo de gerar interesse e conhecimento da Check, e fazer com que consigam compreender seus diferenciais, a ponto de tornar o serviço referência em assessoria para intercambistas e de experiência. 3.3 Abrangência geográfica do planejamento de comunicação Por estar localizada na zona metropolitana 47

do Rio de Janeiro, a comunicação irá focar na Zona Sul e Centro da cidade. Essa escolha deu-se pelo fato dessas regiões serem as áreas onde encontram-se as faculdades e os intercambistas.

Imagem 52: Mapa da cidade do Rio de Janeiro. Fonte própria

4. Composto de Comunicação 4.1. Estratégia Geral Uma estratégia de comunicação é o conjunto de decisões sobre comunicação tomadas de antemão pelo comunicador e sua equipe para o sucesso dos objetivos estabelecidos, levando em conta todas as possíveis reações dos outros jogadores (competidores, cooperados), de seus públicos-alvo ou do ambiente (mudanças de tendências do ambiente). Por isso, a estratégia de comunicação é fundamental para a empresa, pois ela guiará a Check onde ela quer chegar, como já citado anteriormente. Como o seu grande diferencial, a Check pretende comunicar a sua assessoria pessoal e sua excelência no auxílio burocrático para atingir o seu objetivo. 4.2. Comunicação Interna Com a comunicação interna pretende-se engajar o nosso público interno em uma cultura de trabalho em equipe, a partir de mecanismos que facilitem o entendimento dos principais pilares da Check. Queremos fazer com que os funcionários desenvolvam um trabalho de alta qualidade e entreguem um serviço de alto pa-

drão, mas que também se sintam motivados e satisfeitos com o ambiente de trabalho. Como já citado acima, a comunicação interna será focada nos colaboradores e parceiros da Check que serão comunicados a partir de uma mensagem de incentivo e de apoio a quaisquer problemas e possíveis dúvidas que tiverem. Serão passados a eles todos os valores da empresa, assim como seus principais objetivos como marca, além de serem incentivados por meio de uma comunicação de engajamento, partindo de treinamentos e de workshops. O principal objetivo dessa comunicação é gerar conhecimento sobre os pilares da marca para que possam repassá-los no seu dia a dia de trabalho. 4.3. Comunicação Mercadológica Com a Comunicação Mercadológica, inclui-se, primeiro, o objetivo de despertar consciência dos potenciais clientes para com a Check. Uma vez que estes já tenham conhecimento da nossa marca, o objetivo é fazer com que as faculdades parceiras sintam-se aptas a entregar um serviço de qualidade, divulgando os diferentes serviços de produção da mesma. Acredita-se que, dessa maneira, será possível criar associações da marca, reforçando seu posicionamento e diferenciais. Para essa comunicação serão mirados as distintas segmentações de clientes potenciais presentes, através de uma mensagem mais focada em vendas e ativação do intercambista. A comunicação mercadológica também será responsável por apresentar o marketing mix da Check. Dessa maneira, será gerado certo conhecimento da marca, além de chamar atenção pelos seus diferenciais, o que irá acabar gerando empatia dos clientes e tendo, como consequência, a disseminação de informações positivas.

Com o intuito de haver maior envolvimento dos clientes, a Check irá oferecer o seu site como ambiente de geração de conteúdo, produzido pelos próprios intercambistas ou pelas instituições. Também fará ações pontuais, além do lançamento de novos passeios e viagens. 4.4. Comunicação Institucional Com a Comunicação Institucional pretende-se contribuir na formação de uma boa reputação da marca, com o intuito de aproximar os stakeholders externos. Faremos com que se sintam engajados a conhecer e a divulgar o serviço. Além disso, por meio da comunicação institucional, a Check espera ressaltar os principais pilares da marca (assessoria pessoal, auxílio burocrático, experiência multicultural). Todo o objetivo da comunicação institucional será trabalhado com os públicos ligados a turismo, educação e formadores de opinião. A principal mensagem que deve ser passada por meio da comunicação institucional, para os públicos listados acima, é uma descrição do posicionamento da Check: um novo serviço, no mercado de intercâmbio, que oferece muito mais do que apenas o auxílio básico prestado pela grande maioria de departamentos internacionais e agências, como momentos de experiências. É uma empresa que está à frente de seus concorrentes por oferecer não só um auxílio burocrático personalizado de qualidade, mas também um serviço de alto padrão, com foco total no prazer dos seus clientes.

5. Eixo Conceitual Para determinar o eixo conceitual da Check, foram levadas em consideração as pesquisas


quantitativa e qualitativa feitas anteriormente, assim como os fatores críticos de sucesso da marca. Após a análise desses dois tópicos, conclui-se que algumas palavras resumem o real significado do nosso serviço: - Experiência Definição: “Ato ou efeito de experimentar (-se); experimentação, experimento”. Fonte: Dicionário Michaelis. 5a edição. 2005. Página 334 A somatória da oferta de uma assessoria diferenciada, com um serviço de alto padrão e também inexistente, faz com que os clientes da Check passem por uma verdadeira experiência estrangeira.

de, região ou até mesmo país, sem que nenhuma dessa culturas predomine sobre as outras.” Fonte: Dicionário Michaelis. 5a edição. 2005. Página 330 Sejam quais forem as exigências do mundo globalizado, atualmente se afirma a certeza do necessário convívio em uma sociedade cuja realidade é multicultural. A Check se preocupa em promover o encontro de culturas sem que haja qualquer choque. Para tanto, é preciso que se reconheça e se respeite as diferenças próprias de cada indivíduo.

A singularidade da Check está em seus detalhes mais precisos, como a apresentação dos serviços e a sua disponibilidade para com o cliente, além da experiência oferecida. - Excepcionalidade Definição: “Muito bom, extraordinário, excelente.” Fonte: Dicionário Michaelis. 5a edição. 2005. Página 330 Todos os detalhes oferecidos pela Check vão muito além do esperado pelos seus clientes. São excepcionais e conquistadores.

Os termos escolhidos unificam claramente todos os aspectos tangíveis e intangíveis que deverão ser trabalhadas pela comunicação durante todo o plano. Dessa maneira, resume-se de forma clara a proposta da Check, especialmente direcionada para as faculdades privadas. A expressão traduz também a noção de imersão que os intercambistas poderão encontrar durante sua experiência no Rio de Janeiro e tudo o que a cidade dispõe para um jovem estudante.

6. Assinatura da Marca Experência

Personalizado

- Personalizado Definição: “Feito, produzido ou modificado segundo gosto, especificações e necessidades do usuário ou cliente”. Dicionário Michaelis. 5a edição. 2005. Página 330

sino superior brasileiras, ao disponibilizar um serviço totalmente personalizado.

Excepcionalidade

Multiculturalidade

Imagem 53: Pilares do Eixo Conceitual Fonte Própria

O encontro dos quatro pilares citados acima converge na ideia expressa no principal eixo conceitual: promover a facilitação de uma maior multiculturalidade em instituições de en

6.1. Sistema de Identidade da Marca (Nuclear e Expandida) A identidade de marca ajuda a estabelecer um relacionamento entre a marca e o consumidor, sendo o conjunto de associações de marca o que o gerente deseja criar ou manter. A identidade de marca é destrinchada em duas: nuclear e expandida. Entende-se por identidade nuclear as associações que a tornam uma marca única e valiosa, sendo identificadas como associações imutáveis, centrais e atemporais. A identidade expandida é uma vertente oposta, é sazonal, transitória. Incluim-se elementos que proporcionam textura e integridade à marca.

Com isso define-se como identidade da Check: Colaborativismo

Eficácia

Intercâmbio Acessoria Pessoal

Experiência

Publicidade Imagem 54: Sistema de identidade da marca Check Fonte própria

6.2. Imagem, estratégia e posicionamento da marca A imagem de uma marca nada mais é do que como uma marca é/quer ser percebida por seus clientes. Tendo isso em mente, a Check quer ser reconhecida como uma empresa que passa credibilidade ao entregar o serviço de forma acessível, prática, pessoal e humana. Em outras palavras, ela quer que o cliente se sinta confortável e ambientado ao máximo durante sua experiência internacional. A estratégia que a marca monta ajuda a criar a imagem que ela quer formar. Por isso, a estratégia de comunicação é fundamental para a Check, pois ela guiará a empresa aonde ela quer chegar, visto no parágrafo acima.

- Multiculturalidade Definição: “Termo utilizado para descrever a existência de variadas culturas numa certa cida48

Imagem 55: Rua do Caminito, em Buenos Aires. Fonte: Google Images


Imagem 56: Machu Picchu, no Peru. Fonte: Google Images

Como o seu grande diferencial, a Check pretende comunicar e entregar o serviço de assessoria pessoal por meio de um atendimento personalizado e de excelência. Já o posicionamento, como anteriormente citado, é ser uma empresa inovadora, que busca aprimorar a experiência do aluno estrangeiro por meio de uma assessoria pessoal que cuida desde questões burocráticas até o lazer. A Check preocupa-se em estimular a multiculturalidade da cidade do Rio de Janeiro e em promover uma melhor adaptação do intercambista na mesma. Em tempos de crise e de pós-crise mundial (e outros tipos de crise nas organizações, não necessariamente econômicas, mas de relacionamento com os públicos, políticas de comunicação, etc), a imagem das empresas, principalmente sua reputação, torna-se muito mais do que estratégica, mas essencial para os negócios e a permanência no mercado. A identificação dos públicos com a organização dá-se, primeiramente, por meio do conhecimento de suas necessidades afetivas e emocionais. Estas dão sentido de pertencimento e de comprometimento, nos quais se estabelecem as relações entre a organização e seus membros. É importante conhecer esse processo de identificação, tendo em vista que, as organizações passam constantemente por mudanças. Estas mudanças podem alterar atributos fundamentais e, como consequência, podem provocar modificações na identidade da organização. Por isso, torna-se imprescindível o gerenciamento da reputação, de forma estratégica e planejada, visando a ações que, por meio 49

da sustentação de uma boa imagem, identidade e construção de uma reputação sólida diante dos stakeholders, a organização possa assim trabalhar o gerenciamento de crises organizacionais. Uma boa reputação pode evitar crises internas e externas da empresa. 6.3. Mapa de Empatia Para entender o problema do cliente e auxiliar na validação das hipóteses do modelo de negócio, pode-se usar o Mapa de Empatia. Este mapa é uma ferramenta que permite compreender cada segmento de cliente de uma forma visual. Nessa ferramenta são estabelecidas hipóteses claras a respeito das necessidades, comportamentos e outros atributos dos clientes (OSTERWALDER e PIGNEUR, 2010). De acordo com o público-alvo da Check, já estabelecido no início do trabalho, pode-se criar o mapa de empatia dos clientes que serão impactados pela mesma; o público intercambista em faculdades privadas na cidade do Rio de Janeiro. O objetivo principal dessa plataforma é organizar e entender melhor o aspecto emocional do cliente da empresa. Sendo assim, serão apresentados sete aspectos do público: O que ele vê; O que ele fala e faz?; O que ele ouve?; O que ele pensa e sente?; Quais são suas dores e suas necessidades.

anos, de ambos sexos e estados civis. Esse público encontra-se nas classes A e B, e está ingressando no programa de intercâmbio de faculdades privadas do Centro e da Zona Sul do Rio de Janeiro. - O que vê? É uma pessoa antenada, sempre conectada às redes sociais e com interesse em conhecer/desbravar novas e diferentes culturas, em seu cotidiano, como tantos amigos já o fizeram em seus respectivos intercâmbios. - O que ele fala e faz? Diz gostar de viajar e, por isso, tenta conciliar seu hobby ao seu trabalho. Deseja conhecer e aprender novas culturas e para isso sabe que precisa de uma experiência verdadeiramente internacional para saber tudo o que se tem sobre os locais para onde viaja. - O que ele ouve? Responsáveis encorajam a experiência internacional como um diferencial no currículo para jovens bem-sucedidos e com possível influência digital. Por isso leva-se em maior consideração as marcas que incentivam o aspecto mais aventureiro e independente de seus clientes.

Público Intercambista

- O que ele pensa e sente? Seu sentimento de incerteza quanto a seu futuro profissional, atrelado ao desejo de viver novas experiências, faz com que acredite que um intercâmbio pode fazer a diferença em sua vida pessoal e profissional.

O público primário da Check são os estudantes estrangeiros, recém-chegados à cidade do Rio de Janeiro, que têm entre 18 a 28

- Quais são suas dores? Por mais que o instinto aventureiro fale mais alto, na maioria das vezes, tememos pela se-

gurança ao viajar para outro país e encarar o novo. Preocupamo-nos com questões básicas, desde gastos financeiros (para tornar viável o sonho) a assuntos burocráticos, como a retirada da documentação necessária para tornar essa experiência possível. - Quais são suas necessidades? Por sermos estrangeiros necessitamos de uma maior atenção, cuidado e, principalmente, aceitação. Passamos por diversos problemas burocráticos que precisam de uma solução rápida, além da ajuda com outras tantas decisões que nos deparamos no dia a dia. 6.4. Pesquisa de Referência, Moodboard e Mindmap De acordo com Mike Baxter (1995), o moodboard serve para transmitir certos sentidos de emoção apor meio de imagens, para afunilar a sua transmissão da informação. Serve como um quadro de referências visuais, isso inclui formas, cores, cenários, público-alvo, texturas e tudo que estiver relacionado à ideia principal. Essas referências visuais são usadas para definir aspectos do projeto, tais como cores, fontes, texturas, entre outros. O moodboard diz respeito ao estudo do significado. No design, estabelece-se que todo objeto, além de sua funcionalidade prática e estética, também é um símbolo cultural, algo que tem um significado, que traduz os conceitos e as ideias relacionadas ao projeto. Como base para criação da marca, as imagens dos moodboards foram selecionadas a partir dos atributos relacionados à marca: multiculturalidade; experiências e curiosidade.


EXCELÊNCIA

50

EXPERIÊNCIA

PERSONALIZADO


Tais elementos serão trabalhados com imagens, que ilustram o universo do intercâmbio, conversando tanto com o público jovem quanto com os responsáveis pelas universidades. Ou seja, a comunicação será baseada na simplicidade, mas sem excluir os elementos de design.

6.5. Personalidade da Marca Os arquétipos de marca vêm de um conceito definido por Margaret Mark & Carol Pearson, no livro “O Herói e o Fora da Lei”. No total, são 12 arquétipos diferentes e divididos em quatro grandes grupos: Maestria/Risco, Independência/Auto-realização, Pertencimento/ Grupo e Estabilidade/ Controle. Dentro de vários arquétipos, o que mais se aproxima da Check é o Cara Comum. O arquétipo de Cara Comum não aprecia artificialismos, tendendo a valorizar o nivelamento entre as pessoas, independentemente de classe social, religião ou cultura. Por fim, o lema do Cara Comum é: Todos homens e mulheres são iguais. Isso faz com que a Check certifique a sensação de pertencimento do cliente em uma cidade estrangeira, por meio de seu serviço de excelência. Ou seja, atualmente afirma-se a certeza do necessário convívio em uma sociedade cuja realidade é multicultural. O conceito da Check está intrinsicamente ligado a esse pensamento. Para tanto, é preciso que se reconheça e que se respeitem as diferenças próprias de cada indivíduo. O reconhecimento da diferença é ponto de partida para que se possa conviver em harmonia, não com os iguais, já que igualdade só deve existir do ponto de vista legal; do ponto de vista humano, social, o que nos interessa é realmente ser diferentes.

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6.6. Proposta de Valor A Proposta de Valor de uma marca tem como objetivo iniciar, manter e aprofundar o relacionamento entre marca-consumidor, por meio de sua Identidade de Marca, para assim impulsionar a decisão de compra. Porém, para o cliente enxergar esse valor a marca tem que mostrar quais são os seus benefícios. Esses benefícios são divididos em três categorias: benefício funcional; benefício emocional e autoexpressão. O Benefício Funcional manifesta-se a partir dos atributos funcionais do produto/serviço. Ou seja, o benefício funcional da Check é entregar um serviço de Assessoria Pessoal ao intercambista estrangeiro para uma melhor adaptação a cidade. O Benefício Emocional manifesta-se na experiência positiva que o cliente sente durante a aquisição ou a utilização do produto/serviço. Portanto, o benefício emocional da Check é fazer com que o aluno sinta-se acolhido e pertencente a um grupo. A diferença entre o Benefício Emocional e o Benefício de Autoexpressão é que o Benefício de Autoexpressão se concentra em pessoas e o Benefício Emocional se concentra em emoções. Visto isso, o Benefício de Autoexpressão seria o serviço/produto em um símbolo de sua autoimagem. Para a Check, isso se resume em dois pilares: tranquilidade e segurança.

6.7. Vocabulário Visual e Tom de Voz

pendendo do canal a ser utilizado. Sua comunicação será feita por meio de apelos racionais, que buscam mostrar o que o seu serviço produz, em termos de benefícios, por seus consumidores e sua qualidade. Sendo assim, torna-se interessante abordar questões do cotidiano do público-alvo aliado a um bom design.

6.8. Naming Considerado um dos atributos mais importantes de uma empresa, o nome de marca revela parte de sua identidade. Para possibilitar maiores chances de competição no mercado e persuasão sobre o cliente, o Naming não pode ser visto como um processo isolado da estratégia da empresa. Esta é uma das ferramenta mais importantes da comunicação, pois está intimamente ligada ao que a empresa quer representar. O processo de escolha e a definição do nome da empresa impactam na mente do consumidor - o posicionamento e os valores da companhia. Constatada a importância da escolha de um nome, foi realizado um levantamento de diferentes alternativas para representar a marca. Essas alternativas foram geradas a partir das necessidades do nome em função dos principais diferenciais da empresa. Dentro dessas alternativas, foi escolhido o nome Check, avaliado pela equipe como o mais compatível com a personalidade da marca. Para avaliação da eficiência do nome escolhido, e a verificação dos pontos fortes e fracos do mesmo, foi realizada uma pesquisa quantitativa online com o público-alvo da empresa. Foram 29 respondentes, destes, 20 do sexo feminino e 9 do sexo masculino, com idades entre 18 a 25 anos. Segunda a pesquisa, o nome Check apresentou pontos fortes e cruciais para os valores da empresa, conforme pode ser visto no gráfico abaixo:

A Check adotará um tom moderno, descontraído e inteligente ao direcionar-se a seu público jovem-estudantil, e um tom mais formal ao apresentar o seu serviço às instituições de ensino e parceiros. Já o vocabulário visual da marca será versátil. Serão utilizados ícones para diferenciar e definir o público em questão (intercambistas e/ou universidades). A comunicação será realizada tanto em flat design, quanto por imagens, de-

Gráfico 4: Pesquisa de Naming da marca Check Fonte própria

Imagem 57: Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Fonte: Google Images

A partir das imagens é possível compreender que a proposta da Check é ter uma comunicação visual diferenciada, baseada em flat design, com cores em tons pastel, ícones e tipografias mais trabalhadas.


Ao perguntar aos entrevistados que palavra eles associavam ao nome Check, 37,9% optaram por Eficácia, honrando a identidade de eficiência buscada pela marca por meio de seu principal serviço de assessoria pessoal. Por fim, foi questionada a representatividade do nome escolhido para uma empresa que presta um serviço de assessoria pessoal a estudantes intercambistas: 79,3% disseram que sim, por se referir a uma palavra que os remete a serviço feito, certo, concluído e precavido. Segue abaixo o gráfico correspondente:

to, feitas principalmente por meio da comunicação mercadológica, com o objetivo de fidelizar os clientes e também de continuar mobilizando os formadores de opinião. Na fase de cultivo do relacionamento serão feitas ações pontuais para que o objetivo de fidelização seja alcançado, como, por exemplo, os brindes entregues a todos os clientes e parceiros como forma de agradecimento e de celeSerão feitos esforços de pesquisa do mercado atual de intercâmbio nas bração da trajetória dos mesmos com a marca instituições, com o objetivo de uma maior compreensão do formato de di- nos últimos anos. ferentes programas e suas necessidades. E, assim, poder proporcioná-los o atendimento prometido pela Check. O objetivo dessa fase é despertar a consciência referente ao gap observado no atual mercado de intercâmbio dentre as instituições de ensino superior brasileiras. E, dessa forma, apresentar a Check a essas instituções, informando sobre a real necessidade da empresa no mercado atual, sua localização, os produtos e serviços que disponibiliza, e também seus valores, cultura e diferenciais competitivos. Em paralelo a isso, essa fase também tem o objetivo de fazer com que o público intercambista empolgue-se com as propostas, efetivando a ação de experimentar os serviços.

Objetivo: Chamar a atenção, suscitar o interesse e estabelecer interação entre os públicos com o universo da marca Duração: 2 anos seguintes ao final da primeira fase

Gráfico 5: Pesquisa de Naming da marca Check Fonte própria

Após serem feitas a compilação destes resultados e a análise geral da pesquisa, foi confirmado pelo público que o nome Check relaciona-se diretamente a seu objetivo principal e, dessa forma, ideal para a empresa.

7. Fases da estratégia de comunicação A partir de um benchmarking da comunicação utilizada pelo mercado em geral, pôde-se elaborar o plano de comunicação da Check. O plano conterá três fases (no decorrer dos próximos quatro anos) que poderão ser observadas no texto abaixo.

Fase 1 – Imersão Objetivo: Despertar consciência e proporcionar conhecimento do universo da marca Duração: 8 meses do primeiro ano do plano A primeira fase terá início no mês de abril de 2017 e terá a duração total de 8 meses, sendo finalizada em dezembro do mesmo ano. Durante essa fase serão realizados esforços de comunicação para efetivar a compra do serviço prestado por instituições privadas, e possíveis parceiros, na cidade do Rio de Janeiro.

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A segunda fase terá uma duração maior do que a primeira. Nela, será trabalhada a concretização do lançamento da Check. Serão realizadas campanhas com o objetivo de prospectar novos clientes, mas também de fidelizar aqueles já conquistados. Ao decorrer desses dois anos serão realizadas campanhas com o objetivo de chamar a atenção dos estudantes estrangeiros de forma a criar desejo e certas expectativas, em referência ao aumento de programas de intercâmbio nas instituições de ensino superior na cidade. A fase terá início no primeiro mês de 2018, e estará concluída apenas em dezembro de 2019. O público de maior foco serão os próprios estudantes intercambistas, já que o principal objetivo será estabelecer uma maior interação com esses. Além disso, ambos os públicos serão trabalhados, porém, dessa vez com pesos diferentes. O segundo maior objetivo da fase 2 é fazer com que a Check se torne referência no âmbito de intercâmbio estudantil para que, a partir disso, informações sobre a empresa sejam disseminadas entre diferentes públicos estabelecidos no Rio de Janeiro, e a conscientização da importância da multiculturalidade no espaço acadêmico seja instaurada.

Fase 3 – Conservação Objetivo: Garantir a fidelização dos clientes primários e secundários Duração: 1 ano A terceira fase terá início em janeiro de 2020 e será finalizada em dezembro do mesmo ano. Nela serão realizadas ações de relacionamen-

Imagem 58: Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro. Fonte: Google Images

Fase 2 – Efetivação


8. Criação das campanhas

Publicidade Após a consolidação de parcerias com as faculdades e colaboradores, serão produzidos materiais personalizados para cada estabelecimento, como flyers e pôsteres, para ficarem disponíveis nos balcões de lojas e dos departamentos internacionais de cada instituição.

FASE 1 - FASE DE IMERSÃO Campanha 1

Marketing Digital No site oficial da Check haverá uma parte destinada apenas à divulgação e à descrição dos serviços propostos, com um passo a passo de como tonar-se um afiliado. Seja como instituição privada ou como parceiro.

Tabela 3: Timeline da campanha 1 da Fase 1 Fonte própria

- Nome da campanha: Muito prazer, Check - Objetivo da campanha: Gerar conhecimento sobre a proposta de funcionamento da Check, seu posicionamento, identidade, diferenciais e objetivos, de forma a engajar todas instituições e potenciais parceiros a uma cultura que preza a presença da multiculturalidade na educação brasileira, garantindo excelência na prestação do serviço e alinhamento com os discursos das comunicações. - Período: Abril de 2017 a Dezembro de 2017 (8 meses) - Público-alvo: Faculdades privadas e parceiros - Reason Why: Capacitação dos clientes e colaboradores - Promessa: A promessa para campanha de lançamento será fundamentada na importância de cada público-alvo em questão, para o aprimoramento da educação brasileira e o sucesso dos programas internacionais. O discurso utilizado deverá enfatizar a singularidade de uma equipe preparada e determinada a entregar um serviço de qualidade. - Apelo e Tom: Por tratar-se de uma comunicação voltada ao público institucional, ela deverá ser formal. Deve-se criar uma proximidade da Check com seus colaboradores, enfatizando a importância de cada um para a empresa. Para que isso seja alcançado, o apelo utilizado será o motivacional, promovendo uma melhor integração. - Conceito Criativo: Muito além da educação - Comunicação integrada de marketing Marketing Direto Cada departamento internacional de instituições privadas e potenciais colaboradores receberá um e-mail marketing personalizado, contendo um breve texto sobre a proposta da Check e a sugestão de uma reunião de apresentação, fazendo com que se interessem pelo projeto da empresa e o considerem como preferência. Durante a reunião, os clientes também receberão um folder com todos os tópicos ali abordados, com maiores especificações das informações passadas, para que possam guardar e utilizar quando necessário. 53

Kit


A3

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E-Mail Marketing


Campanha 2

Tabela 4: Timeline da campanha 2 da Fase 1 Fonte própria

- Nome da campanha: Somos Todos Outsiders - Objetivo da campanha: Concretizar a importância do nosso público interno para o sucesso do programa proposto. O objetivo é fazer com que se interessem e que disseminem informações positivas sobre o auxílio extracurricular disponível para os alunos estrangeiros. - Período: Outubro de 2017 a Novembro de 2017 (2 meses) - Público-alvo: Faculdades privadas e parceiros - Reason Why: Valorização e preparação dos clientes e colaboradores - Promessa: A promessa da segunda campanha de lançamento é evidenciar, da forma mais realista possível, todos os obstáculos pelos quais os alunos intercambistas se deparam em seu cotidiano, sem contar com nenhum amparo. O discurso utilizado deverá enfatizar a sensação de “não pertencimento” a que um estrangeiro fica sujeito, durante toda sua experiência no Rio de Janeiro. Dessa maneira, espera-se que todos os profissionais em contato direto com eles entendam a necessidade por trás de toda essa estrutura criada pela Check. - Apelo e Tom: Deve-se criar uma proximidade com a realidade do intercambista. Para isso, o apelo a ser utilizado será o emocional, promovendo um melhor entendimento e uma melhor postura referente ao assunto. - Conceito Criativo: Você Abre Fronteiras - Comunicação integrada de marketing Marketing Direto Será realizado um disparo de e-mails marketing personalizados durante as três primeiras semanas de outubro, com informações para os funcionários dos departamentos internacionais das instituições e para os coordenadores dos colaboradores afiliados. Nesse, constarão todas as informações, como o programa a ser realizado durante os workshops e as suas presenças ilustres. Workshops Após a captação de clientes e colaboradores à rede Check, serão realizados workshops durante dois meses com todos os colaboradores e com os responsáveis pelos departamentos internacionais das instituições. Numa tentativa de uma maior integração de todos com a empresa, destacando-os como os ingredientes principais para a adaptação dos intercambistas no Rio de Janeiro. Além disso, os workshops contarão com as presenças de representantes do Ministério de Turismo e do Ministério de Educação que servirão como incentivo para os colaboradores da Check. Pesquisa de Mercado Após os workshops serão realizadas pesquisas de campo com os intercambistas das instituições, para uma melhor compreensão das necessidades observadas pelos alunos em cada tipo de programa oferecido. Elas ocorrerão ao longo do mês de novembro nos campi das instituições conveniadas. Isso servirá como ponto de partida para a integração dos serviços da Check ao portfólio internacional da faculdade no 1o semestre de 2018. 55

E-Mail Marketing


FASE 2 - FASE DE EFETIVAÇÃO Campanha 1

Tabela 5: Timeline da campanha 1 da Fase 2 Fonte própria

- Nome da campanha: There’s no place like Rio - Objetivo da campanha: Promover o conhecimento e a interação dos intercambistas com a nossa marca e parceiros. Após o acontecimento das Olimpíadas na cidade, a campanha tem como objetivo reforçar a imagem do Rio de Janeiro como uma cidade multicultural, preparada para receber todos os estudantes da melhor forma. - Período: Janeiro e Julho de 2018 | Janeiro e Julho de 2019 - Público-alvo: Intercambistas estrangeiros - Reason Why: Tentar alcançar o máximo de retorno por parte dos que venham a interagir com a marca e os serviços disponíveis. - Promessa: Para o público intercambista a promessa deverá evidenciar que a Check é uma opção diferenciada de auxílio pessoal durante seu período de estada na cidade do Rio de Janeiro. - Apelo e tom: Por ser uma campanha voltada para o grupo jovem intercambista, a comunicação deverá ser despojada e amigável, criando uma maior proximidade com a Check, enfatizando a importância de eles aproveitarem a sua experiência internacional, sem nenhum tipo de preocupação burocrática. - Conceito Criativo: Intercâmbio no Rio de Janeiro? Check. - Comunicação integrada de marketing Marketing Direto Será realizado um disparo de e-mails marketing personalizados com informações gerais para todos os intercambistas que escolheram o Rio como destino, ainda em seus países de origem. Nesse irão constar todos os serviços disponibilizados pela Check para auxiliá-los durante todo o processo de escolha e de preparo para sua experiência internacional. Marketing Digital Geração de conteúdo nas redes sociais, como Facebook, Instagram e Twitter, relacionado aos serviços disponibilizados pela Check, convidando alunos intercambistas a experimentarem. O site terá interação com as redes sociais que serão alimentadas com conteúdos diferentes.

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Post - Instagram versão Português

Post - Instagram versão inglês


E-mail marketing versão Português

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E-mail marketing versão Inglês


com a marca e os serviços disponíveis. - Promessa: A promessa para esta segunda campanha, voltada para os intercambistas, será fundamentada na importância de cada um deles para a excepcionalidade do serviço e sucesso da Check. O discurso utilizado deverá enfatizar o quanto são singulares e que fazem parte de uma experiência de vida única e de qualidade. Além disso, serão enfatizados também pontos importantes sobre a empresa e sobre a cidade do Rio de Janeiro. - Apelo e Tom: Por se tratar de uma palestra direcionada ao público jovem, a comunicação deverá ser despojada e alegre, de forma a cativar ao máximo a atenção e participação de todos presentes. - Conceito Criativo: Ser a Check é Saber que Representamos um Só - Comunicação Integrada de Marketing

Post - Facebook versão Português

Post - Facebook versão Inglês

Evento A Check oferecerá uma palestra institucional de boas-vindas aos novos alunos intercambistas, oferecendo um apanhado de informações importantes sobre o Rio de Janeiro. E, ainda, como proceder para melhor se adaptar ao cotidiano da cidade, seja por orientação de meio de transportes; o que fazer/o que não fazer; quais documentos são necessários; etc. Após um determinado tempo para responder a todas e a quaisquer perguntas, será feita uma dinâmica em grupo com o intuito de unir todos os alunos ingressantes. Nessa dinâmica, será posto em prática tudo o que eles aprenderam, ao longo da palestra, sobre o funcionamento da cidade e como se “virar” em certas situações imprevistas, tais como pegar um ônibus errado na ida à faculdade. Eles serão divididos em grupos e, no final, o grupo que conseguir a melhor alternativa para o problema discutido será premiado com um brinde da Check. Mídia Interna Serão colocados em murais, na parte interna de todas as instituições conveniadas, pôsteres para divulgação do evento com endereço, data e horário. Também contará com a divulgação do site da Check e de suas redes sociais para maiores perguntas e informações.

Campanha 2

Marketing Direto Cada estudante receberá um Kit Check, contendo desde um guia de estudante com todas as dicas para se viver no Rio de Janeiro até materiais para uso na sala de aula, como canetas e cadernos.

Tabela 6: Timeline da campanha 2 da Fase 2 Fonte própria

- Nome da campanha: Check-in - Objetivo da campanha: A Check irá oferecer uma palestra institucional de boas-vindas a todos os intercambistas para intensificar o relacionamento com os estudantes e estimular a sua adesão aos serviços propostos. Tem como objetivo, também, promover associações da marca junto a seus colaboradores parceiros. - Período: Março e Agosto de 2018 | Março e Agosto de 2019 - Público-Alvo: Intercambistas estrangeiros - Reason Why: Tentar alcançar o máximo de retorno por parte dos que venham a interagir 58

Marketing Digital O evento será divulgado nas redes sociais da marca e no site. Serão gerados conteúdos com o tema da palestra e maiores informações do evento e de todos os parceiros presentes.


Kit intercambistas

Poster

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Tweet - Twitter Capa de Evento - Facebook

Post - Facebook

Post - Instagram Evento - Facebook

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Campanha 3

Tabela 7: Timeline da campanha 3 da Fase 2 Fonte própria

- Nome da Campanha: Parceiro Bom é Parceiro que Soma - Objetivo da Campanha: Gerar o interesse dos clientes de que os parceiros da Check estão no mercado, chamando atenção dos mesmos, fazendo com que o público interaja com eles e efetivem a ação de experimentá-los. - Período: Março a Junho (4 meses) | Agosto a Novembro (4 meses) - Público-alvo: Intercambista estrangeiros - Reason Why: Tentar alcançar o máximo de retorno por parte dos que venham a interagir com os parceiros e seus serviços disponíveis. - Promessa: A promessa para o público da terceira campanha irá mostrar que os parceiros da Check vieram para somar à sua experiência internacional, com diferenciais únicos e exclusivos, que são oferecidos pelos seus serviços entregues. - Apelo e Tom: Para esse público, deverá ser trabalhado o apelo racional para poder evidenciar a qualidade dos parceiros da Check. O tom utilizado para essa campanha deve ser despojado e jovial. - Conceito Criativo: A Primeira Experiência a Gente nunca Esquece - Comunicação integrada de marketing Marketing Digital Serão realizadas ações promocionais por meio das mídias sociais da Check com o intuito de gerar certa interação dos intercambistas com nossos parceiros e uma maior visibilidade por parte de nossas páginas no Facebook e no Instagram. Isso se dará com a publicação de posts promocionais, feitos mensalmente no Instagram, nos quais o intercambista deverá marcar três amigos, curtir o IG do parceiro e da marca Check e dar repost. O propósito é fazer com que os intercambistas conheçam os serviços prestados pelos parceiros, ao mesmo tempo em que os divulgam e, assim, fidelizá-los.

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Facebook

Post - Instagram


Campanha 4

Tabela 8: Timeline da campanha 4 da Fase 2 Fonte própria

- Nome da Campanha: Cine Check - Objetivo da Campanha: Incentivar os estudantes a conhecer a cultura cinematográfica dos países de origem dos intercambistas de forma a instaurar a multiculturalidade no âmbito acadêmico. - Período: Março a Junho | Agosto a Novembro - Público-Alvo: Intercambistas estrangeiros e estudantes brasileiros - Reason Why: Incentivar a multiculturalidade tanto da percepção do aluno intercambista, quanto da do próprio aluno brasileiro. Apresentando uma maior diversificação nas faculdades tanto dentro, quanto fora de sala. - Promessa: Explorar a curiosidade dos alunos ao incentivar a troca de gostos e de hábitos no âmbito universitário. - Apelo e Tom: O apelo é emocional, no que diz respeito à abordagem aos estudantes, por se tratar de algo bastante ligado às suas raízes. O tom utilizado para essa campanha deve ser descontraído e jovial. - Conceito Criativo: Luz, Câmera e Check! - Comunicação integrada de marketing Evento Será realizada uma vez por semana, nas instituições conveniadas, uma mostra de filmes estrangeiros, de preferência dos países de origem dos estudantes intercambistas, com a premissa de incentivar a curiosidade dos alunos diante a multiculturalidade em diferentes áreas. Marketing Digital Divulgação da programação no site da Check na Agenda Cultural onde contará com a lista dos filmes disponíveis para visualização durante a mostra. O site terá interação direta com as redes sociais, que serão alimentadas com conteúdos diariamente. Nas contas do Facebook e do Instagram serão postados conteúdos relacionados aos principais títulos e suas curiosidades, com o intuito de fazer com que seus seguidores sintam vontade de curtir e de compartilhar seus conteúdos em seus perfis. Mídia Interna Serão colocados em murais, na parte interna de todas as instituições conveniadas, pôsteres para divulgação do evento com endereço, data e horário. Também contará com a divulgação do site da Check e de suas redes sociais para maiores perguntas e informações. 62

Poster


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Campanha 5

Tabela 9: Timeline da campanha 5 da Fase 2 Fonte própria

- Nome da Campanha: Feira Internacional Gastronômica - Objetivo da Campanha: Incentivar os estudantes a conhecer a culinária típica dos países de origem dos intercambistas, proporcionando maior contato e integração com as diferentes culturas. - Período: Abril e Setembro - Público-Alvo: Intercambistas estrangeiros e estudantes brasileiros - Reason Why: Explorar a diversificação nas instituições em um novo campo, que não somente o acadêmico, como forma de integrar e de levar um conhecimento multicultural, tanto para aluno intercambista, quanto para o aluno brasileiro. - Promessa: Despertar a curiosidade dos alunos ao incentivar a troca de gostos e de costumes. - Apelo e Tom: O apelo é emocional por abordar algo típico e tão característico da rotina dos estudantes em seus países de origem. O tom utilizado para essa campanha deve ser descontraído e jovial. - Conceito Criativo: Saboreie o Diferente - Comunicação integrada de marketing Evento Será realizada, nas instituições conveniadas, uma feira de comidas típicas dos países de origem dos estudantes intercambistas, de modo a proporcionar maior contato e incentivar a curiosidade dos alunos diante da multiculturalidade na esfera da culinária. Marketing Digital Divulgação da feira no site da Check na Agenda Cultural, que levará diretamente as redes sociais. Nas contas do Facebook e do Instagram serão postados conteúdos relacionados ao evento, com intuito de informar os alunos sobre a inscrição e a participação no evento e fazer com que os seguidores curtam e compartilhem os conteúdos relacionados. Mídia Interna Serão colocados em murais, na parte interna de todas as instituições conveniadas, pôsteres para divulgação do evento com endereço, data e horário. Também contará com a divulgação do site da Check e de suas redes sociais para maiores perguntas e informações.

Poster

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Campanha 6

Tabela 10: Timeline da campanha 6 da Fase 2 Fonte própria

- Nome da Campanha: Sarau Check - Objetivo da Campanha: Instaurar a multiculturalidade por meio de um encontro para os alunos se manifestarem artisticamente, incentivando a criatividade, interação entre os mesmos e o conhecimento à cultura. - Período: Maio e Outubro - Público-Alvo: Intercambistas estrangeiros e estudantes brasileiros - Reason Why: Explorar a multiculturalidade na percepção dos estudantes estrangeiros e brasileiros, incentivando o conhecimento e o contato com outras culturas. - Promessa: Incentivar a troca de gostos e de hábitos dos estudantes, no âmbito artístico. - Apelo e Tom: O apelo é emocional por abordar os estudantes em um campo que os conecta às suas raízes. O tom utilizado para essa campanha deve ser descontraído e jovial. - Conceito Criativo: Revele o seu Artista - Comunicação integrada de marketing Evento Um Sarau será realizado nas instituições conveniadas, de modo que os estudantes intercambistas se expressem por meio de apresentações artísticas características de seus países de origem, como música, literatura, dança e teatro. E, assim, se possa proporcionar maior contanto e incentivar a curiosidade dos alunos diante a multiculturalidade nesse âmbito. Marketing Digital Divulgar e despertar o interesse dos alunos na participação do Sarau através do site da Check na Agenda Cultural e, consequentemente, utilizar as contas no Facebook e no Instagram para a postagem de conteúdos relacionados ao evento, além de fazer com que seus seguidores interajam com curtidas e compartilhamentos. Mídia Interna Serão colocados em murais, na parte interna de todas as instituições conveniadas, pôsteres para divulgação do evento com endereço, data e horário. Também contará com a divulgação do site da Check e de suas redes sociais para maiores perguntas e informações. Poster

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Campanha 7

teúdos relacionados à essa campanha, com intuito de informar os alunos e estabelecer interação nessas redes sociais. Marketing Direto Cada estudante internacional receberá um e-mail marketing contendo um breve texto sobre o passeio e a história da escola de samba em questão, fazendo com que se interessem pelo evento da empresa e o tenham como preferência durante o carnaval. Mais perto da data do evento será disparado um segundo e-mail marketing, para aqueles que se interessaram possam confirmar sua presença e pagamento.

Tabela 11: Timeline da campanha 7 da Fase 2 Fonte própria

- Nome da Campanha: Ginga da Gringa - Objetivo da Campanha: Apresentar datas comemorativas típicas do Brasil, como o Carnaval, aos alunos intercambistas e inseri-los na cultura do país. - Período: Janeiro e Fevereiro 2018 | Fevereiro e Março 2019 (Carnaval) - Público-Alvo: Intercambistas estrangeiros - Reason Why: Promover o contato com a cultura brasileira através de datas típicas e despertar a sensação de pertencimento ao país onde os intercambistas escolheram estudar e vivenciar novas experiências. - Promessa: Instigar a curiosidade dos alunos ao incentivar maior conhecimento da cultura do país. - Apelo e Tom: Para esse público, deverá ser trabalhado o apelo emocional para envolver os intercambistas na cultura nacional durante o período do intercâmbio. O tom utilizado para essa campanha deve ser despojado e jovial. - Conceito Criativo: Bem-vindos ao Maior Espetáculo da Terra - Comunicação integrada de marketing

Capa do evento - Facebook

Evento 1 – “Bloco dos Gringos” Será criado o “Bloco dos Gringos” com os intercambistas em parceria com as baterias das instituições conveniadas. Os estudantes vão ter contato com o samba e com a grande festa popular por meio de instrumentos musicais, de canções e da dança, característicos dessa data. O bloco terá um dia para seu desfile e celebração dos estudantes. Evento 2 – Turismo em Escolas de Samba Junto à nossa Agência de Turismo parceira, a Check promove uma excursão para a quadra de escolas de samba do Rio de Janeiro, para apresentar aos estudantes uma festa tão famosa e característica da cidade. Além da feijoada, claro. Marketing Digital Divulgação das ações e do evento referente às datas comemorativas típicas do Brasil no site da Check, que terá interação direta com o Facebook e Instagram, onde serão postados con68

Capa do evento - Facebook


Post - Facebook

Post - Instagram

E-Mail Marketing

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Evento - Facebook


Post - Facebook

Evento - Facebook

Twitter

Post - Instagram

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Campanha 8

Tabela 12: Timeline da campanha 8 da Fase 2 Fonte própria

- Nome da Campanha: Arraiá dos Gringos - Objetivo da Campanha: Apresentar datas comemorativas típicas do Brasil, como a Festa Junina, aos alunos intercambistas e inseri-los na cultura do país. - Período: Maio e Junho de 2018-19 - Público-Alvo: Intercambistas estrangeiros - Reason Why: Promover o contato com a cultura brasileira por meio de datas típicas e despertar a sensação de pertencimento ao país onde os intercambistas escolheram estudar e vivenciar novas experiências além do usual carioca. - Promessa: Instigar a curiosidade dos alunos ao incentivar maior conhecimento da cultura do país. - Apelo e Tom: Deverá ser trabalhado o apelo emocional para envolver os intercambistas na cultura nacional durante o período do intercâmbio. O tom utilizado para essa campanha deve ser descontraído e jovial. - Conceito criativo: Made in Roça - Comunicação Integrada de Marketing Evento No mês de junho será realizado o “Arraiá dos Gringos”, uma típica festa junina brasileira, com a premissa de apresentar aos intercambistas das instituições parceiras a culinária, a dança, as músicas e os trajes típicos dessa data comemorativa e promover contato com a cultura do país. Marketing Digital Divulgação das ações e do evento, referentes às datas comemorativas típicas do Brasils no site da Check, que terá interação direta com o Facebook e o Instagram, onde serão postados conteúdos relacionados à essa campanha, com intuito de informar aos alunos e estabelecer interação nessas redes sociais.

Post - Instagram

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Capa do evento - Facebook

Post - Facebook

Evento - Facebook

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FASE 3 - CONSERVAÇÃO Campanha 1

garrafa de Chandon e uma tag personalizada, como homenagem e agradecimento por estarem presentes e participarem da consolidação da Check. Além disso, as instituições receberão uma placa para ser colocada no departamento internacional.

Tabela 13: Timeline da campanha 1 da Fase 3 Fonte própria

- Nome da Campanha: Um Viva à nossa União! - Objetivo da Campanha: Homenagear e agradecer a toda trajetória da Check com as instituições e parceiros por meio dos serviços prestados e colaborações. - Período: Dezembro 2020 - Público-Alvo: Faculdades privadas e parceiros - Reason Why: Promover um relacionamento mais próximo com seus clientes e parceiros por meio de um gesto simbólico de agradecimento pela fidelização no decorrer dos anos. - Promessa: Destacar a importância das instituições de ensino pelo sucesso dos programas internacionais por meio do apoio dado à Check e dos parceiros para manter a qualidade dos serviços prestados, com ênfase na importância de cada um para a empresa. - Apelo e Tom: A comunicação deverá ser formal e gerar proximidade com seus colaboradores e instituições, por meio de uma homenagem, e utilizar-se de um apelo motivacional. - Conceito Criativo: Juntos Seguimos mais Fortes - Comunicação integrada de marketing

Post - Facebook

Campanha 2

Marketing Digital Será feito um post no Facebook para homenagear toda trajetória da Check com as instituições e parceiros, destacando a importância que têm na história da empresa. Marketing Direto Cada coordenador do departamento internacional das instituições e cada parceiro receberá um brinde com taça e uma 73

Tabela 14: Timeline da campanha 2 da Fase 3 Fonte própria

Post - Instagram

- Nome da Campanha: Devemos Tudo a Você - Objetivo da Campanha: Homenagear e agradecer por toda confiança depositada por parte dos diretores das instituições conveniadas em relação aos serviços prestados pela Check.


- Período: Dezembro 2020 - Público-Alvo: Diretores das faculdades privadas - Reason Why: Promover um relacionamento mais próximo com os diretores por meio do gesto simbólico de agradecimento pela confiança no decorrer dos anos. - Promessa: Destacar a importância da escolha tomada/autorizada pelos diretores em relação ao sucesso dos programas internacionais por meio do apoio dado à Check. - Apelo e Tom: A comunicação deverá ser formal - uma homenagem - e utilizar-se de um apelo emocional. - Conceito Criativo: Obrigado por Acreditar na Gente - Comunicação integrada de marketing Marketing Digital Será feito um post no Facebook para homenagear toda trajetória da Check com as instituições e parceiros, destacando a importância que têm na história da empresa. Marketing Direto Cada diretor das instituições receberá um brinde, como uma caneta Montblanc e uma tag personalizada, como forma de homenagear e agradecer por estarem presentes e por participarem da consolidação da Check.

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Kit Departamento Internacional

Kit Diretores


Site O site será uma ferramenta fundamental para a comunicação da Check. Além do espaço na agenda cultural - onde serão encontrados os eventos das campanhas - ele servirá para mostrar nossos diversos serviços e parcerias. Com isso em mente, definimos o design do site para que fosse acessível tanto aos clientes primários (universidades), quanto aos clientes secundários (intercambistas) e aos colaboradores.

Print página de serviços do site

Print Home do site

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Print página de parceiros do site


Imagem 59: Teste de logo da marca Check Fonte própria Print página de login dos clientes no site

Print página de eventos do site

No entanto, o ícone da Check surgiu pela questão de que, geralmente, ao viajar as pessoas tendem a fazer listas para se organizarem e é justamente o ícone atrelado ao nome da 9. Manual de Marca marca que é utilizado quando a função é realizada. Ou seja, conversa tanto com o teor ideológico da empresa de efetuar O manual de marca, ou brandbook, consiste numa apresenta- todas as necessidades para os intercambistas, quanto com a ção gráfica da marca em forma de livro. Nele consiste a histó- simbologia de eficácia do ícone. ria, os valores, referências usadas e uma categorização mais aprofundada de todo o processo para a criação da marca. Por questões de diagramação, o arquivo completo do manual de marca da Check segue em um arquivo separado para meDentro desse material encontramos um conjunto de normas a lhor leitura e compreensão. serem seguidas por todos que venham a utilizar e/ou aplicar a marca em qualquer tipo de material. Essas regras dizem respeito a cores, tipografia, tamanhos, entre outros. É de extrema importância que todo o material seja utilizado corretamente para que as aplicações fiquem coerentes com seus conceitos visuais. Em nossos primeiros testes de logo, como visto na imagem abaixo, buscamos expor o ícone de forma mais discreta, e depois trazê-lo para o universo das viagens com ícones.

Print pop-up dos eventos do site

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Imagem 60: Fontana di trevi, Roma - Itália Fonte: Google Images


Plano de mídia 1. Planilha do plano de mídia A partir da elaboração do plano de comunicação da empresa Check, foi pensado e estruturado o seguinte plano de mídia para as campanhas das três fases. Na mesma constam todos os custos orçados, inclusive o material de produção gráfica, que tiveram como base preços reais de fornecedores do Rio de Janeiro.

Tabela 16: Plano de Mídia da marca Check

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2. Defesa dos meios e veículos escolhidos A Check optou por focar seus esforços e investimentos majoritariamente nas mídias online, por entender que o seu público-alvo é formado por pessoas conectadas e que essas mídias estão fortemente presentes em seu dia a dia. Além disso, também apostou no marketing de relacionamento como forma de criar um vínculo da marca com os seus públicos de interesse, buscando aumentar seus parceiros e disseminadores, sempre oferecendo experiências e conteúdos diferenciados. Abaixo seguem os principais veículos utilizados pela Check e sua forma de uso durante as fases de campanha: Facebook O Facebook será um importante canal da marca, o conteúdo deverá entrar de forma constante. Abaixo seguem os tipos de posts a serem criados: - Posts de Marca: tipo de post que acompanha a marca desde seus primeiros dias nas redes sociais. São sempre imagens visualmente bonitas que trazem frases interessantes que têm a ver com o universo dos intercambistas. - Posts para Parceiros: sempre que a Check fechar com um novo parceiro, será feito um post comemorativo. Indica-se utilizar o material de divulgação do novo parceiro e inserir a logo da Check, respeitando as regras de aplicação das duas marcas. - Posts comemorativos: serão postagens para quando a Check atingir marcas importantes, tanto nas operações da empresa quanto nas mídias sociais. Instagram É um canal menos comercial e mais de construção de marca. Nele, devem prevalecer 78

imagens visualmente atraentes que reforcem o posicionamento de marca da Check e da cidade do Rio de Janeiro. As imagens podem variar, desde arte de rua, pontos turísticos, a estabelecimentos originais, entre outros. Twitter O Twitter servirá para aproximar ao máximo o contato com os clientes da Check. Será criado um personagem que se direcionará aos seguidores em busca de dicas, de esclarecimento de dúvidas e, claro, descontraindo a todos com bom humor e memes. E-mail Marketing Não é o mais glamouroso meio de comunicação e promoção, mas a verdade é que email marketing ainda é uma das ferramentas mais efetivas para a conversão. É necessário, no entanto, que seja usado com cautela, pois não é agradável quando uma marca ou um site enche sua caixa de email.

3. Defesa da frequência de inserções Para a escolha da quantidade de inserções que seriam feitas em cada veículo foram levados em conta: a verba de mídia; o tamanho no mercado de cada veículo e o preço por inserção. A partir disso, pôde ser observado que, no Facebook e no Instagram, serão feitos posts patrocinados por semana, no valor total de R$ 1 mil. Para chegar a esse número de posts, mensurou-se como base um benchmarking dos futuros concorrentes da Check. Além disso, como a empresa estará começando nesse meio, é importante estar presente, pelo menos uma vez por semana, seja em forma de post patrocinado ou post normal. Dessa maneira, não se torna uma marca tão massiva e, ao mesmo tempo, não deixa de ser comunicada. Entretanto, serão feitos posts diários, em todas as redes so-

ciais, que terão como objetivo enriquecer a página da Check com conteúdo.

4. Estratégias de mensuração de resultado As métricas de performance que serão utilizadas serão links de tracking, nos casos dos banners, para medir número de aberturas e clicks, e os próprios relatórios que são gerados pelo Facebook e pelo Google, nos casos dos posts. Além disso, será realizada uma pesquisa online, disparada semestralmente através de e-mail marketing para a base de dados da empresa, perguntando por onde o cliente vê as propagandas da Check e de que canal ele veio (serão colocados todos os meios em que a marca estará presente). Dessa maneira, será possível identificar o melhor canal para se investir nas próximas campanhas, sabendo por onde o cliente está vindo. Sendo assim, os resultados serão retirados da pesquisa online e, no caso do Instagram, do Facebook e do Twitter, de uma análise do nível de engajamento, feita por meio da quantidade de curtidas e retweets, no decorrer dos meses. Em relação aos eventos, a estratégia será realizada por meio da mensuração de aquisição, ou seja, número de visitas na página do evento x número de inscritos e/ou ingressos vendidos. O KPI (métricas e indicadores de desempenho) de aquisição é um indicador comercial que ajudará a identificar quaisquer obstáculos na página do evento e até mesmo no hábito de compra do público em questão. E, claro, também será utilizada a mensuração de hashtags referentes ao evento para calcular o tráfego da página do evento.

Imagem 61: Bondinho no Pão de Açucar, no Rio de Janeiro. Fonte: Google Images


Análise financeira

a computadores. Iremos investir no desenvolvimento do site e em materiais comerciais, visando a uma melhor comunicação da empresa. Por fim, além do investimento na abertura da empresa, na sua estruturação, será necessário um investimento em capital de giro que corresponde aos gastos dos quatro primeiros meses, levando a um total de R$ 127.106,40 de investimento inicial.

1. Investimento inicial Com base em um orçamento realizado por meio do contato com empresas e fornecedores, fo-ram encontrados os valores descritos na tabela a seguir sobre o investimento inicial necessário para a implementação do presente negócio. No que se refere aos primeiros gastos, como o serviço do conta-dor, as taxas legais de registro e desenvolvimento e hospedagem de sites, foram utilizados preços mé-dios de mercado.

Tabela 18: Custos e despesas da marca Check Fonte Própria

2 Custos e despesas operacionais

Tabela 17: Investimento Inicial da marca Check Fonte Própria

Por ser uma empresa que visa a dar suporte e assistência pessoal para intercambistas estrangeiros, a Check se situará em um coworking no centro da cidade, próxima às faculdades conveniadas e aos órgãos públicos. Optamos por tal localização por ser estratégica, visando a uma maior comodidade para nossos clientes e para evitar gastos iniciais, como compra de móveis, reformas ou compra de outros equipamentos, já que estes serão oferecidos pelo próprio escritório coletivo. Como investimento inicial (despesas para a abertura da empresa) será necessário primeiramente o auxílio de um contador para cuidados financeiros, no valor de R$ 1.000,00, e R$ 2.500,00 destinados a gastos com impostos e toda a parte de regularização da empresa. Além disso, será necessária a compra de 3 aparelhos celulares, um para cada sócio, da marca Apple no valor de R$ 1.799,00 reais cada, para estabelecer um melhor relacionamento com nossos clientes. Também contaremos com uma verba inicial de R$ 11.930,00 destinada 79

Os custos fixos da empresa são aqueles que não dependem da demanda, ou seja, são os gastos que a empresa tem apenas para manter-se em funcionamento. Dentro da realidade da empresa, considerando que a quantidade total de intercambistas de todas as faculdades é de 585, definimos um valor de R$ 1.950,00 para custos variáveis mensais - relacionados ao transporte dos intercambistas quando estes precisarem ser acompanhados à Polícia Federal. O valor estipulado foi de R$ 10,00, relativo a uma corrida de Uber do nosso espaço de coworking até a Polícia Federal, situada na Rua Venezuela, tam-bém localizada no Centro do Rio. Chegamos a esse valor pela seguinte lógica: são 585 alunos que necessitarão ir à Polícia Fede-ral uma vez ao semestre para tirar sua documentação obrigatória (o valor encontrado é semestral, mas a tabela é de custo mensal, então divide-se por 6 meses), sendo contabilizada uma viagem de ida e outra de volta, ou seja, duas viagens por aluno. Portanto: (2x585)/6 = 195 viagens. Por fim, multipli-camos pelo valor da corrida de Uber (R$ 10,00) e chegamos ao valor de R$ 1.950,00. Também encontram-se nessa categoria os custos de R$ 750,00/mês do aluguel do espaço de coworking onde a empresa funcionará.


Em relação às despesas fixas, a empresa contará com 3 sócios e um contador. Cada sócio re-ceberá um salário no valor de R$ 3.000,00, já o contador, R$ 900,00. Contaremos também com um advogado, que será solicitado, caso necessário, no valor de R$ 800,00. Além disso, teremos despesas fixas administrativas, como material de escritório, num total de R$ 125,00, como os planos de celulares por R$ 99,00 cada, o pacote Adobe de R$ 45,00, pacote Of-fice de R$ 29,00 e o antivírus McAffe por R$ 7,50/mês. Com isso, totalizamos um valor de R$ 11.203,50 de despesas fixas mensais. E, desta forma, soma-se um total de R$ 14.066,50 de custos e despesas.

O preço médio unitário, como dito no tópico acima, será de R$ 100,00, diminuindo o valor do imposto e do custo variável unitário, chegamos à margem de contribuição unitária de R$ 85,36. Com isso, para cobrir o custo fixo mensal, serão necessárias 165 unidades vendidas, ou seja 28,3% do total que esperamos trabalhar. O que é considerado um gargalo extremamente confortável já que contare-mos com 585 unidades por mês. Levando em consideração o fato de proporcionar serviço e atendimento diferenciados, a Check trabalhará com uma estratégia de preço premium. Portanto, chegamos ao preço de R$ 600,00/aluno, a ser pago por parte da instituição parceira semestralmente.

3. Definição do preço Para definição de preço do nosso negócio, será cobrado das faculdades um valor de preço mé-dio unitário de R$ 100,00/mês por aluno. Ou seja, um valor de R$ 600,00 por aluno, semestralmente. Sabendo que nossa empresa atende a um total de 585 alunos por semestre, nosso faturamento será de R$ 58.500,00/mês, logo, R$ 702.000,00/ano. Sabendo que no Rio de Janeiro existem 36 instituições particulares de ensino superior, traba-lharemos de início com cinco delas que, por meio da pesquisa citada anteriormente, demostraram enorme interesse. Essas, portanto, vão comprar os serviços para todos os intercambistas que vão rece-ber durante o semestre.

4. Análise do ponto de equilíbrio

Tabela 19: Ponto de Equilíbrio da marca Check Fonte Própria

O Ponto de Equilíbrio (PE) informa o faturamento mensal mínimo necessário para cobrir os custos (fixos e variáveis), informação que muitas vezes faz-se vital para a análise de viabilidade de um empreendimento ou da adequação da empresa em relação ao mercado. 80

Imagem 62: Cape Town, na África do Sul Fonte: Google Images


A respeito do Plano de Comunicação, a Check terá um gasto total de R$ 42.365,99. A primei-ra fase do plano, que decorrerá de abril do primeiro ano até dezembro do mesmo ano, terá o custo de R$ 7.088,99. A segunda fase, que terá a duração de janeiro do segundo ano até dezembro do terceiro, custará ao negócio o valor de R$ 27.069,50. O maior investimento nessa fase se justifica dado a com-plexidade dos objetivos da mesma. Já a terceira fase, que começará em dezembro do terceiro ano e se concluirá no mesmo, terá o custo de R$ 8.207,50. Esses valores, de cada fase, são referentes ao custo de produção e de veiculação de todas as peças das campanhas durante todo o Plano de Comunicação.

Levando-se em consideração que o negócio apresenta um teor de risco considerável, determi-nou-se que a taxa mínima de atratividade do projeto seria de 20% ao ano. Este percentual se justifica quando se avalia taxas de referência de menores riscos, como a taxa básica de juros do país, a SELIC, que, em setembro de 2016, estava em 14,15% ao ano; a taxa de rendimento da poupança brasileira do Banco do Brasil, que está gerando aproximadamente 8,07% ao ano e, principalmente, quando se ob-serva as taxas de inflação previstas que, atualmente, estão próximas a 4,5% ao ano. Este fato, somado ao entendimento de que existem premissas consideráveis que definem o cenário ideal de sucesso espe-rado do negócio, faz com que a Taxa Mínima Atratividade (TMA) esteja em um patamar de maior segurança para o possível investidor.

8. Análise da receita

6. Abertura de Empresa

A fim de realizar a projeção de receita, foram consideradas as seguintes premissas:

Para a implementação do projeto, presume-se que o investimento inicial e a demanda monetária referentes ao capital de giro do negócio serão financiados por capital próprio. Dessa maneira, não haverá necessidade da utilização de capitais de terceiros para a abertura da empresa.

- O modelo de receita baseia-se na quantidade de clientes consumindo uma média de R$ 100,00 (preço médio estabelecido);

Vale ressaltar que, para a construção da tabela de demonstrativos de resultados do negócio, esses valores foram diluídos mensalmente. Foi levado em consideração não somente os custos men-sais de cada campanha, mas também a concomitância momentânea de algumas fases durante os três anos do plano.

- Estabeleceu-se uma média de inflação, segundo dados do IPCA, para os anos seguintes ao ano 1, em 5,5%; - O aumento dos custos variáveis e fixos também irá acompanhar o aumento da demanda na sequência dos anos da tabela de projeção. Impostos - De acordo com a tabela do Simples Nacional:

Tabela 20: Despesas de comunicação da marca Check Fonte Própria

Empresa com receita de R$ 540.000,01 a R$ 720.000,00 Ano 1: Receita de R$ 702.000,00

11,31%

7. Estimativa com despesas com comunicação

Empresa com receita de R$ 720.000,01 a R$ 900.000,00 Ano 2: Receita de R$ 790.452,00 Ano 3: Receita de R$ 890.048,95

11,40%

As despesas fixas com comunicação da empresa estão pautadas nos gastos mensais que a em-presa possui com seus profissionais de comunicação e marketing. Estes colaboradores serão respon-sáveis por realizar toda a produção e a administração da parte de comunicação da empresa durante o dia a dia de funcionamento, tanto pelo espaço físico quanto pelo virtual. 81

Empresa com receita de R$ 900.000,00 a R$ 1.080.000,00 Ano 4: Receita de R$ 1.002.195,12 Empresa com receita de R$ 1.080.000,00 a R$ 1.260.000,00 Ano 5: Receita de R$ 1.128.471,71

12,42% 12,54%

Imagem 63: Golden Gate Bridge San Francisco,ul Fonte: Google Images

5. Estrutura de Capital


9. Tabela de Projeção Financeira

12.10 Análise de Viabilidade

Ano 1

Ano 2

Ano 3

Ano 4

Ano 5

Mercado

Inflação

Total

Total

Total

Total

Total

4,0%

5,5%

293.400,00

305.136,00

317.341,44

330.035,10

343.236,50

24.088,14

25.051,67

26.053,73

27.095,88

28.179,72

317.584,49

280.084,33

291.287,71

302.939,22

315.056,78

13.541,54

14.083,20

14.646,53

15.232,39

15.841,68

166.842,00

176.018,31

185.699,32

195.912,78

206.687,98

43.073,45

45.442,49

47.941,83

50.578,63

53.360,45

3.465,40

3.465,40

3.465,40

3.465,40

3.465,40

90.662,10

41.074,93

39.534,64

37.750,02

35.701,27

3.465,40

2.368,00

2.368,00

2.368,00

2.368,00

94.127,50

43.442,93

41.902,64

40.118,02

38.069,27

94.127,50

43.442,93

41.902,64

40.118,02

38.069,27

2934,00 100,00

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Tabela 21: Projeção Financeira da marca Check Fonte Própria


O Valor Presente Líquido da empresa é de R$ 40.397,92. Em última análise, por ser um valor positivo, pode-se considerar que o projeto empreendedor mostra-se atrativo. Afinal, o mesmo possui um ganho acima da taxa mínima de atratividade. b) Payback O Payback é o tempo que a empresa demora para quitar seu investimento inicial a partir do seu fluxo de caixa acumulado. Neste caso, será atingido em 4 anos, o que é razoavelmente rápido levando-se em consideração o baixo investimento primário e as futuras projeções de caixa. c) TIR Como aspecto final da análise de viabilidade do projeto, pode-se observar que a taxa interna de retorno do projeto (37,18%) é acima da taxa mínima de atratividade definida anteriormente (20%). Considerando que a taxa SELIC é atualmente de 14,15%, o fato de a taxa de rentabilidade da poupança ser, nos dias de hoje, menor do que a inflação prevista, e a atual desvalorização do último ano da Ibovespa, pode-se considerar que o projeto apresenta uma taxa de retorno que justifica o inves-timento, mesmo com um risco um pouco mais elevado.

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Imagem 64: London Eye Fonte: Google Images

a) VPL


Conclusão A Check é um projeto ambicioso que visa a estimular uma demanda que muitas vezes foi ignorada pelo mercado e que vem crescendo a cada ano; assim como criar novas culturas sociais, unindo dife-rentes grupos e reforçando valores relevantes da tribo de jovens globalizados. Conforme analisado no início do projeto, a partir dos cenários macro e microambientais, exis-tem vários fatores que reforçam a oportunidade de mercado para a inauguração de um serviço de auxí-lio ao intercambista estrangeiro na cidade do Rio de Janeiro. Atualmente, há um maior incentivo ao empreendedorismo, com simplificações tributárias, o que aumenta a confiança dos pequenos empresá-rios. No entanto, ao mesmo tempo, os jovens têm um alto acesso à internet e adesão aos aplicativos e redes sociais; além disso o crescimento da produção e a pluralidade de opções de acesso a informa-ções no país são fatores que aumentam a competitividade e a rivalidade entre os players do mercado. Todavia, a alta competitividade e insegurança, por parte do consumidor no produto disponibilizado, beneficiam o desenvolvimento de novas soluções, sobretudo porque há demanda não atendida que justifica o investimento nesse mercado. Nesse sentido, o mercado de internacionalização do ensino superior mostra alto potencial, uma vez que a internacionalização do ensino figura como aspecto que aumenta a qualidade das instituições de ensino superior e materializa-se por meio de iniciativas das próprias universidades e do governo. O Brasil tornou-se, portanto, destino para estudantes, crescendo assim seu potencial de educação inter-nacional vislumbrado por demais nações. Apesar de já terem ocorrido em períodos anteriores, nota-se uma intensificação das políticas públicas de incentivo à internacionalização nas duas últimas décadas, constituindo sua influência nas esferas social, econômica, política e tecnológica das instituições de ensino superior. No entanto, impondo-lhes a necessidade de adaptação frente às novas demandas so-ciais encontradas na cidade do Rio de Janeiro.

Imagem 65: Times Square, em New York Fonte: Google Images

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Além do mercado B2C, ainda há oportunidades no mercado B2B, uma vez que também as faculdades estão mais preocupadas com a responsabilidade corporativa, em as-

segurar seus parceiros por meio de um serviço estruturado, amplo e eficaz para o melhor recebimento de seus alunos. O bai-xo conhecimento das pessoas e empresas também é um fator importante, potencializado pelo difícil acesso a informações claras e confiáveis. Portanto, há uma forte demanda dos públicos por soluções nesses mercados, que sejam tidos como de maior valor e qualidade, ou seja, que entreguem confiabili-dade, boa e fácil usabilidade e especialização. Portanto, deve haver um forte trabalho na comunicação para garantir que sejam difundidos valores sobre o tema de multiculturalidade em instituições de ensino e informações que contribuam com o público-alvo, prezando ser percebida com uma das marcas embaixadoras do tema. Vale ainda ressaltar que a estratégia de criação de marca, que a Check pretende impor em sua comunicação, são os aspectos de interação com o público estrangeiro. Estes aspectos de interação são o ponto forte que o projeto procura evidenciar. As premissas que norteiam a identidade criativa trans-mitem de forma coerente uma postura multicultural, que sugerem uma preocupação com a adaptação dos alunos durante sua experiência internacional. Outro ponto essencial para o sucesso do projeto é procurar garantir sempre uma boa qualidade dos serviços ofertados. Sendo assim, é importante que haja sempre uma pesquisa de qualidade, afe-rindo esses serviços, disponível para clientes e colaboradores. Em termos financeiros, o projeto traduz-se completamente viável, a partir do momento em que se conclui que a taxa de retorno interno do negócio é consideravelmente mais elevada frente à taxa mínima de atratividade. Este ponto, somado à rapidez relevante que a organização possui em se pagar em menos de cinco anos, justifica a aposta empreendedora monetariamente. Em suma, o projeto ambicionado tem grande potencial para ter sucesso, se forem garantidas a qualidade do atendimento e a comunicação forte e presente na vida dos consumidores, a fim de gerar aproximação e fidelização dos mesmos. Além disso, todas as previsões de aceitação por parte de am-bos os públicos, primário e secundário, foram constatadas por meio da pesquisa realizada, o que indi-ca que o negócio possui forte potencial para seu sucesso.


Anexos a) Resultados da pesquisa quantitativa

b) Transcrições das pesquisas qualitativas Entrevista Departamento Internacional Ibmec (28/03) MF - 23 de Março, entrevista com a Analista de Convênios Internacionais Luyra Almeida e o Coordenador do Departamento Internacional, Felipe Arantes. Primeiramente, muito obrigada por me receberem. O intuito dessa conversa é justamente explicar nossa premissa para vocês e obter algumas informações. Então, na faculdade ESPM, nosso trabalho de conclusão de curso leva a nomenclatura de PGE que nada mais é do que o Planejamento Geral de uma Empresa. O meu grupo optou pelo PGE Empreendedor e estamos no processo de criação de uma empresa com a visão de fornecer um serviço de apoio aos intercambistas estrangeiros que escolhem o Rio de Janeiro como destino. Por quê? Porque todas do nosso grupo fizeram intercâmbio e durante nossa experiência acabamos passando por alguns problemas em lugares onde não esperávamos passar; o que nos levou a questão de que se em países denominados “Primeiro mundo” estávamos sujeitas a esse tipo de surpresa, imagina o que estrangeiros não enfrentam aqui no Brasil e sua burocracia exacerbada. Chegamos a conclusão que queríamos um serviço de apoio aos intercambistas nas áreas mais burocráticas como, por exemplo, moradia, banco, documentação (CPF), entre outros. Para isso, criamos um questionário online para ser distribuído entre os alunos estrangeiros de forma a descobrir quais são suas maiores inseguranças referente a cidade do Rio de Janeiro e se os mesmos estariam dispostos a contratar um serviço com a nossa premissa a partir de tudo que já foi percebido desde que eles estão aqui. Até então tivemos um feedback positivo mostrando interesse em nossa proposta, no entanto, nossa primeira ideia não era ir direto ao intercambista, mas sim uma vertente B2B. Queremos começar sendo um vínculo, um apoio as faculdades, já que foi observado em nossa pesquisa que a recepção oferecida para os alunos peca ao não disponibilizar uma ajuda intermediária em questões mais complicadas para um aluno estrangeiro. Por isso, gostaria de entender a dinâmica do departamento internacional do Ibmec referente a recepção dos intercambistas e o que seria interessante para vocês como entidade acadêmica sobre o nosso serviço. FA - Não tem como entender o que acontece na ESPM ou nenhuma outra faculdade, mas aqui no Ibmec o que a gente achou como alternativa foi criar um núcleo de estudantes que chamamos de Ibmec Exchange que conta com voluntários que procuram fazer um tipo de intercâmbio, porque não deixa de ser um intercâmbio com esses alunos estrangeiros, só 85


que in loco, dessa forma eles não tem o custo e essa disponibilidade de repente de fazer um intercâmbio de 6 meses a 1 ano. O que que esses alunos fazem aqui? Esses alunos são responsáveis por acolher, apadrinhar cada um dos intercambistas e ai eles levam para as festas, eles falam onde é que é melhor, como é que se locomovem aqui com o transporte público, todas as singularidades da cidade eles ajudam, auxiliam. Também com viagens, enfim. MF - Tipo um Erasmus? FA - Tipo Erasmus. Isso foi baseado no Erasmus até, foi da onde surgiu essa ideia. O Júnior, que foi a pessoa que criou, ele fez Erasmus e viu que funciona então trouxe para o Ibmec. Enquanto Instituição, de repente a Luyra pode falar um pouco melhor, é de tudo que a gente pode oferecer aqui para o aluno enquanto instituição. A gente dá um suporte em questão de moradia, envia sugestões de sites para buscas, alertamos a não ir para favelas. Inclusive a gente tem casos de alunos que querem morar no Vidigal, então a gente orienta que não é a melhor opção. Porém, se eles não mudarem de ideia, não podemos impedir. A gente teve até um caso de um garoto esse semestre que fez isso. MF - E está morando no Vidigal? FA - Não, não está morando no Vidigal porque a gente falou “Por favor, não faça isso”. Mas a gente também entende que é interessante para o intercambista estrangeiro. MF - Que ele quer viver essa experiência. FA - É mais barato, também tem isso. Mas assim, não vale a pena. Infelizmente é um risco. Gostaria que não fosse, mas infelizmente é. Enfim, a gente dá esse suporte, mas concordo que tem sim essa demanda por questões mais burocráticas como bancos e operadoras de celular. MF - Visto. FA - Tudo isso certamente tem essa demanda. MF - A gente pensou também na possibilidade da criação de um núcleo para acompanhar o estudante pela faculdade, ajudar até na questão de grade. FA - A questão de grade é a gente que faz mesmo. Não é nem o aluno. MF - Ah sim, falava mais no sentido de dar algumas opiniões sobre quais matérias cursar. Entretanto, nosso foco fica mais nessa questão mais burocrática, fugindo um pouco de festa porque eles mesmo tem várias ferramentas para isso nas próprias redes sociais. Vários grupos estrangeiros no Facebook já promovem festas, excursões pela cidade, então não vimos a necessidade de atuar nesse aspecto necessariamente. FA - Vocês serão os Middle Men. MF - Exatamente. Vocês tem uma noção da média de alunos que recebem por semestre? E por ano? (Felipe teve que se retirar pois tinha uma entrevista com seu chefe) FA - Marusia, eu te peço desculpas, mas tenho uma reunião agora com meu chefe, mas agora o que você precisa a Luyra vai saber responder melhor do que eu. MF - Imagina! Muito obrigada pelo seu tempo, Felipe! FA - Só para te dar um feedback: Parabéns pela iniciativa, acho bem bacana! Acho que de fato em todas as universidades falta um olhar, todas em geral pecam nessa recepção dos alunos. Se você quiser como benchmarking eu posso te falar uma faculdade que é referência nisso, a Hult International Business School. Eles fazem isso muito bem, até porque é um investimento gigantesco nessas área. É a faculdade mais internacional do mundo, tem mais de 60 nacionalidades no local. Se você quiser usar como base o trabalho deles 86

como benchmarking acho que é interessante. Pro resto a Luyra vai estar aqui pra te ajudar. MF - Perfeito! Mais uma vez muito obrigada! Vamos lá, Luyra. Vou te alugar só mais um pouco! LA - Nenhum problema. MF - Qual é o número de faculdades que vocês tem convênio? LA - Hoje atualmente a gente tem convênio com 54 universidades, mas cada semestre a gente tenta ampliar bastante esse número de faculdades. A gente tem universidades nos Estados Unidos, Canadá, Europa, Índia, China… Hoje o único gap de localidade que temos é Londres, ainda não temos nenhum convênio com faculdades em Londres, mas já estamos vendo. E Austrália. São duas localidades que os alunos pedem bastante, mas a gente ainda não conseguiu ver isso. MF - Como funciona o programa de intercâmbio no Ibmec? Como vocês fazem a préseleção de alunos? LA - A gente recebe alunos de todas essas universidades. É claro que esse número oscila bastante de semestre para semestre. A maioria dos nossos contratos eles são feitos por “mutual agreement” que é aquele “one goes, one comes”. Ou seja, um aluno nosso vai e dá o lugar ao outro que vem. Então, a maioria das universidades que a gente tem na Europa principalmente elas são de excelência e acreditadas pela ACSB, pelo Equis, enfim. A gente está lutando aqui para fazer o nosso também. Então funciona assim: o aluno estrangeiro quando vem ele já é nomeado pela universidade, não existe um processo seletivo. É o mesmo processo que temos aqui; quando um aluno do Ibmec quer ir para uma universidade lá de fora a gente faz um processo seletivo baseado no CR, Toefl, enfim, tem uma série de pré-requisitos que ele precisa ter para que ele possa ser elegível para essa faculdade lá fora. Quando a gente recebe os alunos, eles já são nomeados de acordo com o número de vagas que a gente disponibiliza e a quantidade de alunos que foram. Essa é a matemática que é feita, então a gente só aceita esse aluno. Aqui no Ibmec tem outra questão que talvez seja importante para essa receptividade do aluno. A gente conta com uma média de 150 alunos estrangeiros por ano. Para uma faculdade pequena como o Ibmec, que só oferece 10 cursos, a maioria focados para business, 150 é até um número bem alto. Também porque a gente oferece disciplinas em inglês. Então o aluno que vem para o Ibmec pode cursar disciplinas em inglês. MF- Mas também pode cursar as em português? LA - Pode cursar as em português também. Pode cursar todas as disciplinas que não tenham um pré-requisito, ou se ele tiver o pré requisito dentro do histórico escolar dele, a gente pode encaminhar ele para essa outra disciplina. MF - Qual o período disponível de permanência no programa de intercâmbio? LA - De 6 meses a 1 ano. A maioria das universidades, principalmente as européias, já nomeiam esses alunos por 1 ano porque é o academic year deles já é focado em 1 ano. Diferente do nosso que é por semestre. MF - Qual o tipo de auxílio que vocês dão ao intercambista estrangeiro? LA - Hoje, o auxílio que a gente tem somos nós do Departamento Internacional, estamos sempre acessíveis para os alunos, e tem o Ibmec Exchange que é esse núcleo de alunos que auxiliam esses alunos. Essa parte de conta de banco, isso tudo que você citou, o Ibmec Exchange já fez anteriormente. Hoje em dia acho que eles estão com o número reduzido porque alguns dos alunos foram fazer intercâmbio então ficou desfalcado. Esses alunos estrangeiros que a gente tem hoje aqui estão vindo muito mais para mim do que


para o Ibmec Exchange por conta disso. MF - Mas só para deixar claro, mesmo assim é só uma questão de sugestão, certo? Vocês sugerem bancos e moradias, mas não chegam a ser um intermediário para o aluno. LA - Não, não. A única coisa que a gente chega a fazer é a questão do visto porque a gente percebeu que não é divulgado, então eu faço aqui com ele. Isso facilita, mas não é algo que a gente difunde muito, uma coisa que eu gostaria de ter mais. MF - Mais comunicado. LA - Exatamente. Mas parte de banco, alojamento, a gente realmente só indica. MF - Qual o número de intercambistas vocês recebem por semestre? Você falou que 150 por ano, esse número varia? LA - Varia, varia. MF - 150 alunos contando ambas unidades Centro e Barra. LA - São todas. A gente aqui você tá falando com a parte internacional do Grupo Ibmec. Mas, a gente só recebe alunos estrangeiros aqui. Lá na Barra a gente está só com 2 ou 3 alunos. É muito pouco. MF - É por causa do curso de comunicação? LA - Sim, é porque lá é mais comunicação. Eles preferem vir mais para direito, administração… Toda a área de business. MF - Você sabe qual é o curso que mais recebe estrangeiros? LA - Toda essa parte de business; economia e administração. Eles preferem vir para cá (Centro) até porque a maioria das universidades que a gente tem de convênio são de business, até por conta de quando esses convênios foram fechados só tinham os cursos de business. A de comunicação é muito nova, de engenharia também. MF - E quantos alunos estão atualmente matriculados nesse semestre de 2016.1? LA - Se não me falha a memória, 65 alunos estrangeiros. Geralmente a gente recebe muito mais alunos no nosso segundo semestre que bate com o primeiro ano acadêmico internacional. MF - Quais nacionalidades vocês recebem mais? LA - França e Espanha. Portugal a gente tem mas é um número bem reduzido. MF - Então acho que consegui tudo que precisava. Muito obrigada pelo seu tempo, Luyra! Entrevista Departamento Internacional PUC-Rio (14/04) MF - 14 de Abril, entrevista com o Professor Ricardo Alencar. Primeiramente, muito obrigada professor por me receber. Já estou há um tempo em contato com algumas pessoas aqui da PUC. O intuito dessa reunião era justamente para explicar um pouco do nosso projeto pra vocês e não para parecer do nada uma menina enxerida pedindo favores sobre o envio de uma pesquisa online para os alunos da PUC. Queria a oportunidade de explicar a importância desses questionários e obter algumas informações. Então, na faculdade ESPM, nosso trabalho de conclusão de curso leva a nomenclatura de PGE que nada mais é do que o Planejamento Geral de uma Empresa. O meu grupo optou pelo PGE Empreendedor e estamos começando uma empresa com a visão de fornecer um serviço de apoio aos intercambistas estrangeiros que escolhem o Rio de Janeiro como destino. Por quê? Porque todas do nosso grupo fizeram intercâmbio e durante nossa experiência acabamos passando por alguns problemas em lugares onde não esperávamos passar; o que nos levou a questão de que se em países denominados “Primeiro mundo” estávamos 87

sujeitas a esse tipo de surpresa, imagina o que o estrangeiro não enfrenta aqui no Brasil e sua burocracia exacerbada. Chegamos a conclusão que queríamos um serviço de apoio aos intercambistas nas áreas mais burocráticas como, por exemplo, moradia, banco, documentação (CPF), entre outros. Temas que embora tenham informações na internet, na prática acaba sendo muito mais complicado por ruído de comunicação. Para isso, criamos um questionário online para ser distribuído entre os alunos estrangeiros de forma a descobrir quais são suas maiores inseguranças referente a cidade do Rio de Janeiro e se os mesmos estariam dispostos a contratar um serviço com a nossa premissa a partir de tudo que já foi percebido desde que eles estão aqui. Até então tivemos um feedback positivo com 79,6% mostrando interesse em nossa proposta, no entanto, nossa primeira ideia não era ir direto ao cliente, mas sim uma vertente B2B. Queremos começar sendo um vínculo, um apoio as faculdades, já que foi observado em entrevistas anteriores com diferentes entidades que o gap de recepção se apresenta justamente nas mesmas. A recepção oferecida para os alunos peca ao não disponibilizar ajuda como intermediário em questões mais complicadas para um aluno estrangeiro e isso ficou claro com base nas respostas adquiridas em nosso questionário. Por isso, pedi por essa entrevista justamente para entender a dinâmica do departamento internacional da PUC - Rio referente a recepção dos intercambistas e o que seria interessante para vocês como entidade acadêmica sobre o nosso serviço. RA - Então, eu só por pitaco mesmo acho que você deveria procurar outras universidades federais também para você ter um outro padrão. MF - Sim. RA - A das que você mencionou FGV é a única que está no escopo do público, mas você também deveria ver como uma UFRJ, UFF… trabalham também. MF - Sim, não descartamos o contato com as universidades públicas, porém nosso alvo principal são as universidades privadas por enquanto. RA - Porque eu acho que você vai ver diferenças grandes entre as instituições. MF - Isso é muito interessante, queremos fazer justamente esse balanço. RA - Muito legal. Bom, então, a gente recebe uma média de 1.400 estudantes internacionais por ano e, na realidade são quatro momentos grandes que a gente tem; são dois cursos de intensivo em português que a gente oferece em meio de janeiro até meio de fevereiro e o outro em julho que a gente tem uma média de 100 a 150 alunos por curso. Depois durante o semestre nós temos uma média de 400 a 450 alunos. Além desses alunos que vem e ficam durante um semestre, também recebemos muitos alunos que vem para cursos de curta duração durante o ano todo. Então, temos uma média de 1.400 alunos a 1.500 alunos dependendo do ano. MF - Bacana. Quantas faculdades vocês tem convênio? RA - Agora estamos com 300 e alguma coisa. Chegamos a 500 e poucas faculdades, mas como a gente é um dos escritórios mais antigos do Brasil tem muita universidade que a gente começou e no início foi bem, mas com mudanças de pessoas (funcionários) durante os anos perdeu-se o contato e a troca parou de funcionar. Então estamos tentando reduzir para aqueles que estão funcionando bem. MF - Tem algum continente que vocês ainda não tem convênio? RA - Não. Nós temos convênios com faculdades de todos os continentes. MF - Caramba que máximo. Ok. MF - Qual tipo de suporte que vocês dão pro aluno em sua chegada? RA - Então, nosso escritório é basicamente dividido aqui na direção. A gente conta com


uma coordenação só para os alunos internacionais que vem, uma coordenação para os alunos brasileiros que saem e uma coordenação específica só para cursos de pequena duração. O específico que é o aluno que vem que é o que você está interessada, a gente tem uma assessora sênior que é responsável por todos esses alunos, pela parte acadêmica, pelo suporte a eles, ela possui um celular 24hrs que os alunos podem ligar para ela qualquer dia. MF - Você pode me informar o nome dela? RA - Posso, Linda Souza. Qualquer emergência eles podem ligar para ela a semana toda, ela está disponível. Ela trabalha com mais três pessoas, uma pessoa que é só responsável por housing e imigração, uma pessoa que faz a assistência direta junto com a Linda, que funciona como um student advisor e mais uma pessoa que agora tá assumindo que vai ser responsável por dar um suporte aos nossos alunos, mas também a gente está estendendo o suporte que damos para professor visitante também. Então, se tem um professor de alguma outra universidade que vá passar aqui um semestre como visiting professor, também damos esse suporte junto com o dos nossos alunos. É uma parte do escritório que está preparada para receber qualquer demanda do exterior. Baseado nessa estrutura, a gente oferece então, por não ter dormitório, um programa de home stay. Recrutamos famílias brasileiras que recebem nossos estudantes em suas casas em bairros pela zona sul para que eles possam ir e vir com facilidade. MF - E vocês fazem algum tipo de intermédio com a família? RA - Na realidade, o programa é muito antigo, tem 12 anos, então a gente começou internamente recrutando professores que tinham vaga em suas casas e estendendo até pessoas que não tem nenhum tipo de vínculo com a PUC, mas gostaram da ideia. Hoje, a gente criou uma rede de casas que estão a disposição para os nossos alunos. A gente sempre tem um processo de verificação. A pessoa quando se inscreve ela tem que preencher uma ficha com perguntas desde “você tem animais de estimação?” até “você é fumante?”, porque os alunos antes de vir eles também preenchem uma ficha e ai fazemos um matching da ficha do aluno com a ficha da casa para tentar sempre acomodar essas necessidades dos alunos. E ai fazemos um processo; a gente visita a casa de surpresa para saber como está tudo, se tudo que eles prometeram está sendo oferecido já que o contrato prevê que o aluno tenha um quarto privado com escrivaninha. MF - Você sabe mais ou menos quanto sai esse home stay? RA - Eu acho que agora está R$1.400. Não, mentira, não é isso tudo não; R$1.200 por mês. Incluindo café da manhã todos os dias, roupa de cama e banho uma vez por semana, acesso a cozinha e a máquina de lavar para que ele possa lavar a roupa dele. MF - E você acha que essa é a opção mais escolhida pelos alunos aqui da PUC? RA - Na verdade depende do tipo de aluno. Os americanos com certeza preferem o home stay, já os europeus alguns grupos preferem encontrar os próprios apartamentos. MF - Mas esses que se enquadram em “encontrar os próprios apartamentos”, vocês dão algum tipo de lista de moradias disponíveis? RA - Não, não. MF - Ai fica por conta do aluno. RA - Ai fica por conta do aluno. Como a gente faz isso há muito tempo, por exemplo, os portugueses já criaram um ciclo. Quando um grupo tá saindo, um outro já tá vindo. Então, eles estão usando o mesmo apartamento há muito tempo. Já tem grupos que já sabem essas coisas. 88

MF - Verdade. Eu tenho uma amiga que fez para a Europa e foi nesse mesmo esquema. RA - Essas coisas acontecem porque como a gente não tá criando nada agora, a gente tá trabalhando há muito tempo, essas redes, algumas nascem naturalmente e o que a gente precisou armar de suporte nós fizemos. As duas coisas acontecem. Não queremos receber o nosso aluno e ele se sinta despreparado, então se o aluno vem para cá nossa oferta é a casa de família. A gente percebe que se abrir muitas opções, a gente vai precisar de ainda mais gente para fazer todas essas coisas. E, no momento que você assume esse compromisso de achar apartamento, você também vai ter que ter uma pessoa disponível para resolver qualquer tipo de problema na água, no gás, etc. Então é melhor a gente ter um bom programa que funcione bem, que a gente controle aqui no nosso caso é o home stay que já está instaurado há 12 anos e não temos grandes problemas, não tem muitas reclamações, a abrir outras opções e você acabar tendo que ter mais olhos e mais braços para lidar com todas essas coisas. Na realidade, tem uma questão cultural também que tem países que as pessoas não querem ser ajudadas. Elas querem essa experiência de ter a oportunidade de procurar o apartamento, de se virar porque veem a oportunidade do intercâmbio como uma oportunidade de crescimento pessoal. Não adianta a gente querer impôr ou oferecer um serviço se ele não quer, tanto que o housing é oferecido, ele não é obrigatório para ninguém. Algumas universidades parceiras querem que os alunos fiquem no housing, então eles colocam no contrato e o aluno tem que vir, mas as outras deixam aberto as opções que o aluno quiser. É então uma opção ou do aluno, ou da instituição parceira que trabalha com a gente. MF - E referente a documentação que o aluno precisa tirar, como CPF, RNE, etc. RA - Na realidade como a gente foi percebendo todas essas coisas ao longo dos anos, nós preparamos um manual para o aluno que vai falar desde as linhas de ônibus do Rio aos melhores lugares para ele poder, por exemplo, tirar o CPF, qual é a documentação que ele precisa para o CPF, qual é o tipo de relação que ele vai encontrar, como ele vai fazer isso tudo, como ele se prepara para ir a Polícia Federal se registrar porque todo estudante que passa mais de um mês no Brasil ele tem que ir até a Polícia Federal se registrar. A gente dá todo o suporte, leva para o laboratório, mostra para ele como preenche o formulário e preenchemos com ele, tiramos dúvidas e depois agendamos junto com ele. Ou seja, antes dele ir a gente verifica se a documentação dele está toda certa, se ele tirou as fotos, se ele pagou a taxa no banco e se tudo estiver certo, liberamos ele de ir tirar o registro. MF - E se ele não fala português? Ou todos que vem para a PUC falam o mínimo de português? RA - Não, na realidade a gente tem muito aluno que a gente começa a ensinar português no nível básico. Tenho três turmas agora. MF - Mas tem alguém que pode acompanhá-lo caso ele prefira? RA - Se precisar, sim, mas na Polícia Federal todo mundo fala inglês. MF - Qual a proposta da PUC em relação aos seguros de vida? RA - Isso é um cláusula contratual, quando o aluno vem ele já tem que estar assegurado. Nesse manual temos uma lista das clínicas e hospitais que aceitam o convênio. MF - É um student guide que tem todo esse passo a passo. RA - Tudo que ele precisa para a vida dele aqui no Rio. MF - Entendi. Agora em relação a transporte; vocês ajudam os alunos a tirarem o Bilhete Único ou só disponibilizam o itinerário dos ônibus mesmo? RA - A gente fala sobre o Bilhete Único no manual. Se ele tem o CPF, ele mesmo pode tirar.


A gente ensina ele como tirar também. Mas nem todos eles gostam dessa ideia também. MF - Preferem pagar as passagens? RA - A gente tem muito aluno aqui que acaba comprando bicicleta de segunda mão e agora com a bicicleta do Itaú, tem muito aluno que pega a bicicleta e aproveita essa estação aqui bem perto da PUC. Temos um bicicletário dentro da universidade também. Poucos alunos usam o transporte público e quando usam acabam pagando em dinheiro mesmo. MF - E em questão de segurança? Vocês dão algum tipo de alerta de como se portar pela cidade? Quais áreas são mais tranquilas e quais não? RA - Então, logo que o aluno chega na primeira semana ele tem dois dias de orientação, numa parte das orientações é “Do’s and Dont’s in Rio” que aborda toda a parte de segurança, no manual inclusive está dito que ele deve evitar áreas de risco então mesmo as favelas pacificadas a gente recomenda que eles não vão. Uma coisa é você ser morador do Rio e saber transitar nos ambientes, outra coisa é você ser estrangeiro tem uma visão totalmente diferente, as coisas que passam, que são os pequenos detalhes, você não vê e entra em um problema se não tiver cuidado. A maioria das universidades de partida dos próprios alunos já avisam que não se deve ir a comunidades, nem nada disso para evitar isso. O que a gente fez foi, além de tudo isso ser orientado, a gente contratou também uma advogada que fica disponível também 24hrs por dia durante a semana toda que tem acesso a delegacia do turista e às delegacias normais. Ela lida diretamente com os alunos, caso eles tenham um problema legal podem ligar para ela para pedir uma orientação e ainda acompanha até a delegacia se precisar. A gente procura vê também esse lado da segurança, não só a parte profilática, mas também se algo efetivamente acontecer eles terão o suporte de alguém que entende de lei e tudo isso para que eles possam ser ajudados. MF - Tá ótimo. Em questão de telefonia celular? RA - Isso no passado já foi um problema maior. No passado a gente tinha vários telefones celulares que nós alugávamos para os alunos durante o semestre. Mas agora começou uma questão de trocar o chip, então a gente mostra para eles como fazer, coloca as operadoras que a gente tem aqui e eles vão e compram o chip. Nossos alunos, em geral, só compram um chip brasileiro e botam crédito. Antigamente a gente fazia tudo, mas ai começaram a trazer os próprios celulares e já ficou muito mais facilitado. Ficou oldfashioned você ter esse celular para oferecer para o aluno. MF - A nossa ideia seria ter uma parceria com uma operadora X numa questão de assegurar até em uma situação de furto ou roubo. RA - Isso é um diferencial. E hoje já está mais fácil porque só com o número de passaporte você já consegue abrir uma conta. E aqui no campus eles já contam com wi-fi, então eles usam a internet da universidade e podem sempre estar trocando informações. Isso é uma coisa que tem funcionado bastante bem nesse sentido. MF - Bacana. E bancos? Alguns usam o Travel Money, mas outros preferem abrir contas aqui mesmo. Vocês disponibilizam algum tipo de lista de bancos? RA - A gente tem dois bancos aqui dentro da universidade, o Santander e o Itaú. E tem um Citibank logo aqui na esquina em frente ao Gávea Trade Center. MF - Mas contam com agências para abrir contas ou apenas caixa automáticos? RA - Geralmente o aluno de 18 anos não abre conta. Os mais velhos às vezes. Nosso aluno fica 6 meses, às vezes ele não tem interesse em fazer esse processo, até porque a 89

gente já tem um acordo com universidades que já mandam o dinheiro do aluno para gente e ele pode pegar diretamente na tesouraria. Então não tem todo esse problema de passar pelo banco, nem nada disso. MF - Qual é a principal nacionalidade que vocês recebem? RA - O maior grupo é de Americanos, depois são os Franceses, depois Espanhóis, Alemães, Italianos, Portugueses e Noruegueses. E ai você tem pingado do resto do mundo todo. Mas os Americanos somam 1/4 dos alunos estrangeiros. MF - E a pergunta que não pode faltar: vocês achariam interessante fazer uma parceria com nosso serviço? Ou você acredita que a PUC-Rio já tem toda essa estrutura? RA - Eu não sei, você vai ter que fazer uma proposta para gente verificar se tem alguma coisa que a gente ainda não faça. Nosso escritório tem sido modelo para outros escritórios internacionais. Mas eu acho que você está no caminho certo porque aqui no Rio de Janeiro ainda tem muitos escritórios que carecem de suporte e você ter um serviço como o seu diferenciado que vai oferecer esse apoio além da universidade, acho que vai ser muito bem sucedido. MF - Muito obrigada, professor! Entrevista Departamento Internacional FACHA (18/04) MF - Dia 18 de Abril, entrevista com o coordenador de intercâmbio da universidade FACHA, Márcio Christ. Primeiramente gostaria de agradecer pela gentileza ao disponibilizar o seu tempo e nos conceder essa entrevista. Para começar nossa conversa, acho importante explicar o fundamento do nosso trabalho. Nós somos um grupo composto por cinco integrantes, onde quatro já fizeram intercâmbio. Cada uma viveu uma experiência diferente, mas o que nos chamou a atenção é que todas observaram e vivenciaram as mesmas dificuldades. Comparando sociedades tidas como “primeiro mundo” com a nossa realidade Brasil, nos interessamos pela imagem atribuída ao nosso país daqueles que fazem seu intercâmbio aqui. Nós Brasileiros já temos consciência de toda a burocracia e lentidão do sistema, mas e uma pessoa que não fala a nossa língua? Que não está acostumada com essa realidade? Imaginamos que a dificuldade em lidar com questões básicas no mínimo triplica. Pensando nesses estrangeiros e tentando agregar da melhor forma possível o princípio da multiculturalidade em instituições de ensino, chegamos a decisão de criar esse nosso projeto como nosso trabalho de conclusão de curso. Somos uma empresa de apoio e suporte justamente a esse intercambista estrangeiro que chega ao Rio de Janeiro. Por quê? Ainda no início de todo esse processo criamos e divulgamos uma pesquisa online para todos alunos estrangeiros em universidades daqui do Rio de Janeiro com o intuito de descobrir suas maiores inseguranças referente ao intercâmbio aqui no Brasil e se eles estariam dispostos a contratar um serviço no qual eles teriam todo o suporte necessário e fundamental durante a fase de adaptação na nova cidade. Tivemos um feedback que deixou evidente um verdadeiro gap e despreparo dentre as instituições de ensino referente a recepção desse aluno. Por isso, achamos interessante disponibilizar o nosso serviço através de um convênio com essas faculdades, ou seja, apostando em uma vertente B2B. Acreditamos que isso só tem a agregar a instituição em questão de sua visibilidade acadêmica internacionalmente. MC - Sim, sem dúvida. MF - Por isso a importância dessas entrevistas com demais faculdades. Queremos entender


qual é a dinâmica implementada por cada uma no seu departamento internacional e qual tipo de amparo que eles oferecem a seus alunos. Para começar, você sabe a média de intercambistas que vocês recebem aqui por ano? MC - É difícil precisar um número exato porque às vezes os alunos surgem do nada. Nós agora estamos recebendo um Australiano que entrou em contato sem uma consulta prévia. Como nós não fazemos nenhuma campanha externa para atrair alunos internacionais, é um número que eu realmente não sei te precisar. Às vezes tem 6, 8, 10… Já teve ano de ter 21 alunos. É muito difícil, não há como. O que eu posso te garantir é: os que se inscrevem vieram porque algum outro aluno internacional que já passou por aqui indicou. Ou seja, tem sido nossa campanha indireta. Então, quem veio e gostou está sendo nosso propagador lá fora. MF - Mas pelo boca a boca mesmo. MC - Sem dúvida nenhuma. MF - Vocês tem convênio com faculdades do exterior? MC - Sim, 50 atualmente. Desculpa completar, mas um detalhe que atrai muito são os projetos que nós participamos. Por exemplo, esse projeto aqui que ocorreu em 2014, foi em parceria com a Holanda, essa aqui é uma ONG de comunicação da Holanda Local Mondial, o canal Futura e a FACHA. Então, o que que aconteceu, esse projeto aqui, foram 21 alunos da Europa, 21 alunos da FACHA e 21 alunos de 7 diferentes cidades do Brasil pegando do Acre até o Rio Grande do Sul. Foram produzidas aqui mais de 200 matérias jornalísticas de todas as mídias e essas matérias foram divulgadas na Europa. Em vários países. Eu não tenho a menor dúvida que um projeto como esse foi a nossa grande campanha. Aqui é um grande pólo de atração quando tem os trabalhos para te servir de resultado. No final mais de 200 matérias foram feitas e veiculadas por nós, pelo canal Futura e pela Holanda. Uma coisa é eu ter meu folder e mandar pra lá, outra coisa é eles terem acesso ao trabalho dos meus alunos. MF - Você tem mais algum exemplo de um projeto mais recente? De 2015? MC - 2015 a gente começou a focar nas Olimpíadas e nós temos hoje 400 alunos que vão fazer estágio parte trabalhando para OBS que é a empresa que faz a transmissão dos jogos olímpicos pra mais de 170 países e para a JetSet que é uma empresa de Hotelaria que vai receber aqui os patrocinadores dos oitos comitês (austrália, eua, canadá, nova zelândia…), políticos, personalidades… Então nós temos cerca de 400 alunos trabalhando para eles. Para isso teve todo um processo seletivo, treinamento e agora alguns já estão trabalhando. É difícil você pegar 400 alunos e oferecer uma oportunidade internacional, porque não tem condições de viajar. As empresas estão aqui no Rio, são todas internacionais, então eles estão tendo uma experiência de internambio aqui. E remunerado. A OBS tá pagando 250 a diária pra cada aluno e a Jet Set tá pagando 400 reais para cada aluno por diária. Tiveram treinamento em inglês, receberam uma certificação e agora vão ganhar mó grana. MF - Entendi, mas é porque nosso projeto é mais voltado para o teor academico. MC - Mas nós temos o academico também. O nosso grande problema específico nosso é a língua porque apesar de nós termos um curso de português para alunos estrangeiros, muitos alunos pensam que nós temos toda a graduação em inglês. E não temos. Então, na verdade, o grande problema hoje é a barreira da língua porque nós somente temos algumas disciplinas em inglês, não o curso todo em inglês. MF - Mas você sabe me dizer quantos alunos estrangeiros vocês tem atualmente em 2016.1? 90

MC - Aqui? 5. MF - E quais são as nacionalidades que vocês mais recebem? MC - Atualmente tem argentino, salvadorenho, americano… tivemos uma holandesa, dois do egito, uma da bélgica e uma da turquia. GC - E são eles que procuram vocês? MC - Procuram. Ou diretamente, ou tudo através da Aiesec que é uma parceira nossa também. Tem alunos estagiários por conta da Aiesec, alunos internacionais que vem para fazer estágio e como eles precisam estar associados a uma instituição de ensino, ai também vem pra cá. Mas eu não to colocando nesse número de alunos porque ele não assiste aula, ele só faz estágio. GC - Vocês dão algum auxílio ao aluno com a sua chegada? MC - A gente tenta dar o máximo possível. Primeiro antes avisando tudo que o aluno deve saber sobre o País e o Rio de Janeiro, custo de vida, transporte público… GC - Antes dele chegar? MC - Antes dele chegar. A disciplina, número de alunos em sala…tudo. Porque muitos ficam chocados achando que vai ser muito barato o custo de vida no Rio de Janeiro e de repente eles se deparam com uma outra realidade. Já vi casos de pessoas que cobram mil reais pelo aluguel, mas só de saber que é estrangeiro eles passam a cobrar R$2mil. Metem a mão mesmo. MF - Mas vocês chegam a sugerir opções para esse estudante? Algum tipo de lista? MC - Tentamos. Nós temos um pequeno cadastro e alguns funcionários recebem em casa. Eu também recebo em casa, porém não alunos da Facha porque eu já trabalho aqui, então eu recebo alunos da PUC. Então, como eu conheço bastante o programa da PUC, temos um mini programa de home stay, até porque nosso número é pequeno. MF - Mas só com funcionários da Facha? MC - Alunos e funcionários. MF - Pessoas com vínculo com a faculdade. MC - Apenas duas ou três pessoas sem vínculo com a faculdade. Mas ai entra essa história do porquê que eu me distanciei um pouco de pessoas fora da Facha, essa mentalidade de cobrar mais caro por ser estrangeiro. Não é isso que a gente quer. MF - E auxílio com questões mais burocráticas? Qual a premissa da faculdade quanto a isso? MC - Olha só, informamos também que ele vai precisar tirar o RNE, que ele vai precisar tirar o CPF… O que acontece é assim: eu vou além dos meus limites, eu tento ajudar. Vamos supor, nós tivemos uma aluna do Egito que eu fui para o aeroporto para ajudar com o RNE dela, depois ainda fui a Receita Federal para ela tirar o CPF. Ela estava perdida e eu me desloquei e fui com ela. Ela ficou super agradecida. E uma coisa eu tenho certeza, o curso que ela fez foi bom, o apoio que ela teve foi bom e ela nunca vai falar nada de negativo. Só que não é minha obrigação fazer isso e eu deixei claro isso para ela. Até porque em um determinado momento eles pensam assim: “Nossa, você está me ajudando em tudo, o que que você quer em troca?”. Não quero nada em troca. Eu quero que eles tenham uma boa estada aqui e que tudo corra da melhor maneira possível. Então, por exemplo, a menina chegou e queria ir sozinha de ônibus para o aeroporto, sem conhecer nada da cidade. Eu não quero que uma aluna nossa corra riscos e depois alguém algo que possa manchar a imagem da faculdade virando notícia de jornal. Então, para esses que chegam e ainda estão bem perdidos, se adaptando, a gente tenta ajudar. Eu mais que


Eduardo (estagiário) porque o Eduardo é contra isso, ele acha que as pessoas tem que se virar sozinhas. MF - Mas realmente existem pessoas que pensam isso. Os Europeus principalmente tem essa mentalidade do intercâmbio ser a oportunidade de crescimento pessoal. Mas existe também o outro lado que muitas vezes a pessoa com essa mentalidade ao chegar aqui e se deparar com todos os problemas existentes, essa mesma pessoa começa a reavaliar a importância de alguma forma de ajuda para o que ela precisa. MC - No caso dessa aluna do Egito ela não conseguia nada pela internet porque todos os sites governamentais só tem a versão em português. Ela chegou na Polícia Federal e não havia ninguém para falar inglês. Sabe o que que fizeram? Pegaram um outro aluno Espanhol e tentaram usar ele como uma forma de tradutor. Qual é a imagem que essa aluna leva do Brasil? Da Polícia Federal do Brasil? É lamentável, é triste. Na primeira eu a acompanhei e ensinei o ônibus, já na segunda vez ela se virou sozinha. Mas essa aluna assim que ela chegou, a gente a alertou quanto a hospedagem. Indicamos os melhores bairros em questão de proximidade com o nosso campus, como Flamengo, Laranjeiras, Botafogo… Mas ela estava achando tudo muito caro e resolveu alugar um quarto na Lapa. Nós a alertamos quanto a bagunça que é o bairro, mas mesmo assim ela preferiu alugar para economizar. Ela ficou lá uma semana. Não aguentou e teve que procurar um outro local para ficar. Pelo menos foi contornado rapidamente. Às vezes eles vem determinados com uma ideia. MF - Mas essa comunicação foi via troca de e-mails? MC - Basicamente por e-mail. MF - Nenhum tipo de material com as informações? MC - Isso temos, mas é em síntese. Em cima desse guia eles vão fazendo o desdobramento via perguntas diversas. Por exemplo, tivemos outro aluno que conseguiu bolsa para estudar aqui na FACHA. Ele ficou felicíssimo, arrumou as malas e veio. Mas o que que aconteceu? Ele não conhecia a legislação brasileira. Como ele já era formado, ele precisava ter feito o reconhecimento do diploma dele lá para poder se matricular na faculdade sem a necessidade de prestar o vestibular. Quando ele foi a UFRJ para dar entrada, o atendente disse: “Ok, volta daqui a 8 meses para ver se foi aceita a validação do seu diploma.”. Agora me diz o que ele ia ficar aqui fazendo durante esses 8 meses? Nós não podíamos fazer a matrícula porque não tínhamos o reconhecimento do diploma dele e o atendente dá uma resposta para ele voltar daqui a 8 meses para saber SE o diploma dele seria validado ou não. Ele ficou desesperado. Então pegamos a documentação dele do ensino médio, fomos a Secretaria de Educação para fazer o reconhecimento do diploma. A Secretaria reconheceu em uma semana, ele prestou vestibular e entrou como aluno normal na faculdade. Não entrou por graduação prévia no exterior. Ou seja, ele não tinha noção que no Brasil podia demorar até quase um ano para revalidar um diploma. MF - É exatamente esse tipo de ruído de comunicação que a gente quer evitar como nosso serviço. MC - Outra questão que está ligada a isso é a questão do visto. Esse mesmo aluno que falei agora, ele veio fazer um curso de 4 anos e o Governo Federal não permite um visto de trabalho temporário. Não dá. MF - Ele não pode nem estagiar? MC - Ele não pode nem estagiar e nem trabalhar, o que eu acho uma injustiça. Porque se os consulados sabem como é a vida no Brasil, custo de vida, sabem que o jovem vai ficar 91

aqui 4 anos estudando, arcando com todos seus custos e não dá direito deles terem meio período de trabalho? Eu acho uma grande injustiça. Só que os alunos vem achando que vai ser muito fácil conseguir um emprego informal e não é. Lá fora é fácil conseguir um emprego informal do que aqui. E ai eles ficam desesperados. MF - E em relação a conta de banco? Telefonia celular? Vocês tem algum tipo de suporte? MC - Não, a gente avisa pelo e-mail do que ele vai precisar para comprar um chip. Nós damos o básico. MF - Porque no exemplo que você deu da aluna do Egito foi uma situação atípica, certo? Esse não é seu ofício. MC - Não, não. MF - Nossa proposta é ser justamente esse intermediário e por isso é fundamental essas entrevistas que estamos fazendo com as faculdades para saber qual o suporte oferecido pelas mesmas. MC - Eu vou te dar um outro exemplo. Como eu falei, eu recebo alunos pela PUC. Não tenho nada contra a instituição, meus filhos estudaram lá. Eu recebi um aluno da Alemanha no ano passado, ele foi embora dia 18 de dezembro de 2015. Ele teve vários problemas, por exemplo, o dia que ele foi no aeroporto para tirar a documentação dele, mandaram ele pegar um ônibus que ia para o Alvorada e ele morava comigo em Botafogo. As pessoas pouco se importam, tipo “Ah, pega aquele ali que vai para Barra.”. Bem um “dane-se”, “se vire”. Ele também teve um problema relacionado a médico e se não fosse a gente em casa ele teria ficado perdido. Tudo bem, lá na PUC tem uma emergência? Tem, mas o caso dele não era uma emergência. Ele precisava de exame, um acompanhamento. MF - Por coincidência, minha última entrevista para esse trabalho foi com o Coordenador Central Adjunto de Cooperação Internacional da PUC - Rio, Dr. Ricardo Borges Alencar. Você pelo que nos falou conhece bem o programa deles e todo o suporte oferecido. Porém, na nossa pesquisa online tivemos respostas de alunos da PUC contraditórias do que nos foi apresentado durante a entrevista. Dando uma percepção de que o que eles oferecem não é a realidade. MC - Não é. Nunca foi. Eu faço isso há mais de 15 anos, pergunta quantas vezes alguém da PUC foi a minha casa para ver o quarto? MF - Pois é, eles informaram que fazem visitas surpresas para se certificar que está tudo dentro dos conformes do contrato. MC - Nunca foram. Eu nunca tive problema, mas eu conheço casos de problemas absurdos. Teve um caso que duas pessoas idosas alugavam quartos em suas respectivas casas. Ai essas mesmas duas pessoas idosas se conheceram em uma reunião do intercâmbio e resolveram morar juntas para ter mais espaço para alugar mais um quarto. Ou seja, o apartamento de um dos idosos foi 100% alugado e não tinha nenhum brasileiro ali. Que é justamente a premissa do home stay. Eles iam lá de dois em dois dias só para ganhar mais dinheiro. Já teve briga por uso demasiado de papel higiênico, coisas absurdas, coisas loucas assim. Muito por conta dessa orientação do que pode ou do que não pode dentro do preço no contrato. MF - Você se importaria de me falar quanto recebe para alugar um quarto? MC - O alemão que saiu agora estava pagando R$1.800 com café da manhã e jantar inclusos. GC - Eles falaram que recebem 1.400 alunos por ano. MC - Não, não recebem isso tudo não. Esse número está muito over, muito além.


MF - Bem, mas para minha última pergunta… MC - Desculpe interromper, mas outra coisa que vocês poderiam pensar é na tradução de documentos porque muitos não trazem o documento traduzido. MF - Sim, isso entra no nosso serviço. MC - Antes que eu me esqueça, na cabeça dos alunos eles acham que a gente tem um metrô extenso, trem, acham que a gente exagera… E quando eles chegam aqui é que eles se dão conta de como é diferente do que eles imaginavam, de como é difícil. MF - Certo. Qual é o curso que mais atrai aos intercambistas aqui da FACHA? MC - É turismo, por incrível que pareça. Até pra nossa surpresa porque achávamos que seria para jornalismo que é o nosso carro chefe. MF - E desses 50 convênios, vocês estão presentes em todos os continentes? MC - Não, não temos na África. Os alunos nunca procuram a África. O resto tem. A África é meramente uma questão da falta de demanda. MF - É isso, Márcio. Muito obrigada por disponibilizar um tempo do seu dia para nos receber e responder nossas perguntas, certamente vai nos ajudar bastante. MC - Sucesso no trabalho! Entrevista Departamento Internacional FGV - EPGE (20/04) MF - Para começar nossa conversa, acho importante explicar o fundamento do nosso trabalho. Nós somos um grupo composto por cinco integrantes, onde quatro já fizeram intercâmbio. Cada uma viveu uma experiência diferente, mas o que nos chamou a atenção é que todas observaram e vivenciaram as mesmas dificuldades. Comparando sociedades tidas como “primeiro mundo” com a nossa realidade Brasil, nos interessamos pela imagem atribuída ao nosso país daqueles que fazem seu intercâmbio aqui. Nós Brasileiros já temos consciência de toda a burocracia e lentidão do sistema, mas e uma pessoa que não fala a nossa língua? Que não está acostumada com essa realidade? Imaginamos que a dificuldade em lidar com questões básicas no mínimo triplica. Pensando nesses estrangeiros e tentando agregar da melhor forma possível o princípio da multiculturalidade em instituições de ensino, chegamos a decisão de criar esse nosso projeto como nosso trabalho de conclusão de curso. Somos uma empresa de apoio e suporte justamente a esse intercambista estrangeiro que chega ao Rio de Janeiro. Por quê? Ainda no início de todo esse processo criamos e divulgamos uma pesquisa online para todos alunos estrangeiros em universidades daqui do Rio de Janeiro com o intuito de descobrir suas maiores inseguranças referente ao intercâmbio aqui no Brasil e se eles estariam dispostos a contratar um serviço no qual eles teriam todo o suporte necessário e fundamental durante a fase de adaptação na nova cidade. Tivemos um feedback que deixou evidente um verdadeiro gap e despreparo dentre as instituições de ensino referente a recepção desse aluno. Por isso, achamos interessante disponibilizar o nosso serviço através de um convênio com essas faculdades, ou seja, apostando em uma vertente B2B. Acreditamos que isso só tem a agregar a instituição em questão de sua visibilidade acadêmica internacionalmente. AA - Normalmente na Europa o Intercâmbio é muito comum e em muitas instituições ele faz parte da grade curricular e o aluno tem que ter uma experiência internacional para obter o diploma. Então as escolas, teoricamente, estão preparadas para receber os alunos estrangeiros. Por exemplo, eles tem um international office muito bacana, muito avançado, segmentado por equipes de alunos outgoing e alunos incoming, então eles conseguem 92

orientar de uma forma bem bacana os alunos e isso acaba minimizando essas questões, principalmente dentro da universidade mas também fora da universidade. Abertura de conta, algum tipo de registro, por exemplo, na Alemanha você não precisa de visto mas precisa se registrar na prefeitura quando você chega. MF - Você tocou num ponto muito importante, nosso trabalho é só para incoming. Nosso público não inclui o estudante brasileiro que vai para fora. AA - Pelo que eu entendi então vocês querem de fato implementar esse projeto, não apenas no ramo acadêmico. Ou não? MF - Sim, esse é o nosso objetivo para o futuro. Queremos ser um serviço agregado as faculdades privadas do Rio de Janeiro. AA - Duas questões interferem na quantidade de alunos que a gente recebe, a principal é o número de convênios que a gente tem. Quanto mais convênios você tem, maior será o número de alunos que você recebe. A segunda é a questão de como você se promove, ou seja, seu relacionamento com seus parceiros e como você divulga o material da instituição (“Fact Sheet”, programa de disciplinas, calendário). As universidades Européias e Americanas tem um número muito grande de convênios, então para um aluno escolher um destino como o Brasil - que não é um destino tradicional, uma coisa mais exótica - se você não investir em uma comunicação mais estreita na promoção, dificulta a visibilidade da faculdade. MF - É justamente esse ponto que a primeira pergunta aborda para entender como funciona o International Office aqui da FGV. AA - Vou explicar como funciona não só a área internacional, mas também a FGV como um todo. A FGV é uma instituição privada sem fins lucrativos e tem uma estrutura interessante porque ela é muito segmentada e departamentalizada. Nós temos a área acadêmica que são as escolas: aqui no Rio temos a EPGE que é a escola de Economia, EBAPE que é de Administração, CPDOC que é de Ciências Sociais e História, Direito e EMAP que é Matemática Aplicada. Além desse segmento acadêmico também contamos com uma editora, institutos de pesquisa, institutos de desenvolvimento econômico, ou seja, uma estrutura gigantesca. Por conta do tamanho dessa estrutura, as coisas funcionam mais segmentadas. Por exemplo, cada escola tem a sua área internacional. Eu cuido da área internacional da área de economia. Além de ter uma área internacional, cada escola tem sua própria lista de convênios, suas prioridades, sua estratégia, por exemplo, a EPGE tem como foco agora fechar convênios com universidades nos Estados Unidos. Pode ser que outra escola como direito, ou história, podem estar visando outro mercado. E existe também em cada escola, além da área internacional, uma diretoria internacional que seria responsável pela parte mais estratégica, não só da área acadêmica, mas de toda a Fundação Getúlio Vargas. Eles trabalham diretamente com a presidência, em busca de identificar o que a FGV busca em questão do seu desenvolvimento de internacionalização. Quando eu vim trabalhar aqui tive que adaptar meu pensamento para uma estrutura menor. Nosso foco aqui é a área de economia. Temos um staff bem enxuto já que eu trabalho sozinha com os diretores da graduação. Mas, é uma realidade completamente viável considerando o tamanho e número de alunos da escola. Nós recebemos anualmente apenas 50 alunos de graduação, então não faria sentido ter uma equipe gigantesca para atender o intercâmbio de alunos. MF - 50 alunos internacionais? AA - Não, não. São 50 alunos de graduação brasileiros. Somos uma escola pequena


mesmo porque o nosso objetivo, apesar de sermos uma faculdade privada, não temos fins lucrativos, recebemos apenas o incentivo do governo. Então, não temos objetivado o lucro da instituição, mas sim a qualidade acadêmica. Temos um vestibular bem rigoroso, no qual recebemos alunos do Brasil inteiro, alguns inclusive bolsistas. Trabalho aqui na área internacional tem quase dois anos e, quando cheguei, o objetivo do diretor era intensificar os processos e a área internacional para ajudar na internacionalização da escola. Ou seja, ter mais convênios internacionais, receber mais alunos estrangeiros e aumentar o fluxo dos nossos alunos saindo para obter uma experiência acadêmica internacional. Trabalhávamos muito integrados a escola EBAPE assim que entrei por eles terem um processo de internacionalização de sete anos, ou seja, eles já estão bem mais avançados e maduros nessa questão. Agora começamos a caminhar mais por nossa conta, com nossos convênios. No entanto, considerando o tamanho da escola, estamos com um portfólio bem interessante de acordos, temos 23 convênios agora. MF - Só para faculdades com ênfase em economia? AA - Só de economia. Nossos alunos estão interessados em cálculo, finanças, então não teria muito motivo para fechar com outras faculdades como as de marketing, por exemplo. E acabaria que nós também não receberíamos ninguém já que nosso programa é muito técnico, muito quantitativo. MF - Acho interessante vocês trabalharem com uma estrutura específica para cada escola. Fica uma coisa muito mais centralizada na questão acadêmica. AA - Exatamente. Por isso é interessante ter um laço mais estreito com seus parceiros. MF - Qual a média anual e semestral de alunos estrangeiros que a EPGE recebe? AA - A gente recebia menos alunos até mais ou menos um/dois anos atrás. A gente tinha menos convênios e a escola não estava investindo tanto na área internacional. Foi o que eu falei no início para vocês, com a assinatura de novos convênios a gente consegue atrair mais alunos e esse ano é um ano atípico onde não temos trabalho nenhum para fazer a promoção da escola, ou do Rio de Janeiro por conta dos jogos olímpicos. Tem muita gente que quer vir também por conta disso. MF - Isso era uma outra pergunta minha. Você sente uma diferença na procura pela cidade do Rio de Janeiro como destino de intercâmbio nos últimos anos? AA - Ela tem crescido bastante, mas não só por conta desses grandes eventos internacionais. A gente está vivendo um momento político e econômico desastroso, porém, antes disso acontecer o Brasil era uma economia em potencial que estava em desenvolvimento, então as pessoas estavam interessadas e perdendo aquela ideia de país tupiniquim e identificando o Brasil como um país onde você pode ter uma experiência acadêmica boa. Então, de uns anos para cá, nós percebemos sim um aumento dessa demanda pelo intercâmbio no país e no Rio. A EPGE mesmo não recebia um número tão expressivo de alunos estrangeiros porque, se eu tenho uma turma de 40 a 50 alunos brasileiros e, eu recebo 20, eu estaria recebendo metade de uma turma só de alunos internacionais. É bastante coisa para a escola. GC - Mas para vocês é interessante receber mais alunos? AA - É interessante receber mais alunos internacionais sim, mas sempre com essa coerência a nossas turmas de alunos brasileiros. Por que? Primeiro tem toda uma questão de infraestrutura. As salas de aula na FGV não são muito grandes, comportam 60 alunos. Segundo, nós não queremos uma sala de aula lotada porque prezamos pela interação professor aluno e, quanto menor a turma, mais fácil fica esse relacionamento. Agora, em 93

contrapartida, quanto mais alunos internacionais recebermos, acabamos promovendo um intercâmbio sem o aluno precisar sair do Rio de Janeiro. Seria quase como um exchange at home. O aluno que de repente não tem condições financeiras de arcar com uma estada de um semestre a dois semestres no exterior consegue ter mais contato com alunos de fora. Ele pode ter contato com alunos alemães, franceses, portugueses, enfim, de várias nacionalidades. Nós implementamos um programa aqui na escola justamente por conta do reconhecimento dessa interação chamado “Buddy Program”. Sempre que os alunos estrangeiros chegam a gente designa um ou dois alunos brasileiros que estejam interessados em participar e esse aluno brasileiro vira “buddy” do aluno internacional para ajudar em assuntos diversos, desde orientar quais disciplinas escolher, até questões mais variadas fora do âmbito acadêmico. Essa possibilidade de interação com um maior número de alunos internacionais é muito bacana. Nosso portfólio era bem pequeno e entendemos que precisávamos expandir. Hoje chegamos a um número que considero bem razoável, não vejo necessidade de novas parcerias com exceção dos Estados Unidos e Reino Unido que até hoje a gente não temos convênio. MF - Vocês tem convênios presentes em todos os continentes? AA - Não, não. Temos essa carência de parcerias nos Estados Unidos por uma questão de ainda não termos um portfólio vasto de disciplinas em inglês. Nós oferecemos, mas não é uma quantidade absurda de disciplinas. Quanto mais disciplinas em inglês uma instituição tiver, mais interessante ela será para uma instituição estrangeira. Você encontrar um francês, um italiano que arranham um espanhol ou que tenham algum interesse em aprender português é muito mais fácil do que você encontrar um americano que tenha esse mesmo interesse. Então, essa é uma questão que hoje nós trabalhamos para deixar de ser uma barreira na assinatura de convênios com instituições americanas e inglesas. Outra questão é que nossos convênios são com base na reciprocidade, ou seja, nós trocamos alunos no que chamamos de “Exchange Agreement”. Um aluno da EPGE não paga a mensalidade da faculdade parceira e nem o aluno da escola parceira paga a nossa mensalidade. MF - Então um que vai é um que vem? AA- Não necessariamente. Nós consideramos um período, mais ou menos de dois anos, em que tem um equilíbrio na balança. A gente não pode, por exemplo, mandar 10 alunos e não receber ninguém. Nem vice-versa. Mas também existem outras medidas que a gente pode adotar para equilibrar essa balança, não necessariamente tendo que trocar aluno. Podemos convidar professores para virem ou até mesmo mandar um professor para fora para equilibrar isso. Mas os convênios são normalmente na base da reciprocidade e isso também dificulta a assinatura de convênio tanto no Reino Unido, quanto nos Estados Unidos e Austrália por serem escolas que normalmente esperam o pagamento da mensalidade e a gente não está muito interessado nesse tipo de convênio. MF - O intercâmbio de vocês pode ser de 6 meses a 1 ano? AA - De um semestre a dois semestres. O mais comum é o intercâmbio semestral, até porque isso impacta no número de vagas que estão disponíveis para o aluno. MF - Sobre o auxílio e suporte que vocês disponibilizam para esse aluno internacional, quais seriam? Você citou o “Buddy Program”, mas existem outros algo para questões mais burocráticas? AA - O que mais fazemos é passar orientação. No nosso site temos um documento que chamamos de “Fact Sheet” onde o aluno tem acesso a informações diversas sobre o


processo de aplicação, sobre a necessidade de um visto, sobre um registro na Polícia Federal. A gente relaciona várias opções de moradia, desde albergues até a imobiliárias que alugam imóveis por curta temporada. Temos um relacionamento com uma empresa familiar chamada “Housing in Rio” que possui alguns imóveis na zona sul e disponibilizaram esses imóveis para alugar para estrangeiros no geral. Eu os conheci porque um dos donos dessa empresa é diretor da “Latino Australia Education”. Por conta desse contato eu conheci esse projeto novo, fui visitar um apartamento em copacabana e colocamos na lista de opções para os alunos. MF - Mas não é obrigatório que eles fiquem nessas moradias? AA - Não, não. São opções para eles não ficarem perdidos. Então a gente disponibiliza no site e eu fico a disposição deles para essas questões práticas fora da EPGE, fora da Fundação. No entanto, a responsabilidade é deles. Por exemplo, a gente não leva os alunos até a Polícia Federal, o que a fazemos é dar um guia com todo um passo a passo e links ncessários. Enfim, damos toda a orientação para que eles façam por conta própria. GC - Isso está tudo nesse “Fact Sheet”? AA - Sim. Esse mail em específico da Polícia Federal apenas fazemos menção ao processo, porém o detalhamento mandamos via e-mail para eles mais próximo da data de chegada. Não adianta bombardear os alunos de informações muito antes deles virem, vão chegar aqui completamente perdidos, não vão ter lido nada porque normalmente os alunos preferem que alguém explique direitinho do que ler em um guia. É mais ou menos dessa forma que a gente funciona, não os leva mos na Polícia Federal e nem para tirar CPF, mas estamos aqui disponível para ajudar. GC - Aqui na FGV vocês oferecem algum curso de português? AA - Sim, temos curso de português que oferecemos em parceria com a escola de direito e a EBAPE. Como são escolas que recebem alunos internacionais há mais tempo, eles já tinham essa prática. Então, nós entramos na organização e no pagamento do custo e oferecemos isso para os nossos alunos. Mas normalmente o oferecido é um survival portuguese, não oferecemos português em vários níveis. Apenas oferecemos aquele para a pessoa não ficar perdida, não passar sufoco. É bem básico mesmo. MF - Qual o número de intercambistas que vocês tem inscritos nesse semestre de 2016.1? AA - 10 alunos. MF - Isso varia muito de semestre para semestre? AA - Olha, o que acontece é que a área internacional tem passado por uma mudança, então, por exemplo, no primeiro semestre de 2014 tínhamos na escola uns 5 alunos internacionais. Agora temos 10 alunos no nosso primeiro semestre, que já não é quando a maioria dos alunos vem. Eles normalmente vem no nosso segundo semestre porque é o primeiro semestre deles. Agora, no próximo período vamos receber entre 20 e 22 alunos, então, como a escola começou a investir mais nesse processo de internacionalização há pouco tempo, esse número tem crescido bastante. Porém, não acredito que vá continuar crescendo progressivamente a ponto de recebermos 40 alunos. Todas as escolas estão sofrendo esse aumento no número de alunos, tanto os que vão, quanto aos que vêm. A ideia de vocês de prover um serviço muitas vezes inexistente nas instituições para os alunos de intercâmbio, é bem bacana sim. Sempre tem divergências de quem oferece o serviço para quem recebe o serviço. Agora, questões que fogem ao nosso controle como o registro na Polícia Federal, o CPF, ou alugar um apartamento, essas de fato são questões que são as mais difíceis principalmente porque elas são encaradas logo que o aluno 94

chega. Normalmente não falam bem o idioma… MF - E aqui no Brasil ainda temos aquela limitação de que nem todos serviços encontramos pessoas que falam inglês. AA - É, tem essas dificuldades mesmo. Eu acredito que seria um serviço interessante para ser oferecido, comercializado. MF - Qual é a nacionalidade que vocês mais recebem? AA - Franceses, portugueses, espanhóis e vire e mexe um alemão. MF - Bacana. AA - Acho legal acrescentar que quando os alunos chegam aqui, na semana que antecede o início das aulas, a gente faz um encontro com os alunos internacionais. Nesse contato inicial, quanto mais informação e mais auxílio eles tiverem, melhor. A gente tenta tratá-los da mesma forma que a gente trata o aluno brasileiro. MF - Para finalizar nosso bate papo, você acha que seria do interesse do EPGE contratar uma empresa que ofereça os serviços que buscamos oferecer? AA - Eu acho que são questões complicadas para os alunos, como a gente já falou, então nessas questões que não envolvem o órgão acadêmico e sim os governamentais, acho que seria interessante sim. MF - Então é isso, Andressa. Muito obrigada por disponibilizar seu tempo para responder nossas perguntas. AA - Imagina, meninas! Entrevista Departamento Internacional ESPM-Rio (25/04) MF - Como funciona o programa de intercâmbio na ESPM? ML - Temos 2 modalidades de Intercâmbio: Exchange e Visiting Student. Na modalidade de Exchange o estudante deve estar matriculado em uma Instituição parceira e continuará com o pagamento de suas mensalidades na instituição de origem não tendo pagamento de mensalidades na ESPM. Na modalidade de Visiting o estudante deve estar matriculado em um curso de Graduação de uma Instituição de Ensino Superior, parceira ou não da ESPM. Nesta modalidade, estudantes oriundos de Instituições não parceiras serão cobrados o tuition, ou a semestralidade, paga no início de cada semestre na ESPM. Todos os outros gastos oriundos do da realização do Programa, seja na modalidade Exchange ou Visiting, serão de total responsabilidade do estudante. MF - Qual tipo de auxílio vocês dão para o intercambista estrangeiro? ML - A ESPM auxilia o estrangeiro em todo seu processo de inscrição e escolha de disciplinas até sua efetivação de matrícula. Também auxiliamos, quando solicitado, com informações sobre moradia, registro do RNE, gastos, alimentação, esportes e outras dúvidas que possam ter. MF - Qual a média de intercambistas vocês recebem por semestre? ML - Uma média de 12 alunos por semestre (Média de 2012-1 a 2016-1) MF - Qual o número de intercambistas inscritos nesse semestre de 2016.1? ML - 17 MF - Quais nacionalidades vocês recebem mais? ML - Francesa e Portuguesa


Entrevista Departamento Internacional FGV - EBAPE (28/04) MF - Na ESPM, no nosso último ano nós fazemos o nosso trabalho de conclusão de curso chamado PGE e, o nosso, é no setor de empreendedorismo. Ou seja, estamos criando nossa própria empresa. Somos cinco integrantes, sendo que quatro fizeram intercâmbio e todas perceberam os mesmos problemas em suas diferentes experiências. Observamos dessa forma uma necessidade não atendida para nós e a revertemos em termos do estrangeiro aqui no Brasil. Optamos por um estudo mais aprofundado abordando apenas as faculdades privadas da cidade do Rio de Janeiro por questões estratégicas, até por conta da situação atual dos campos político e econômico de nosso país. A nossa proposta é ser uma empresa que ofereça um serviço de auxílio a esse aluno estrangeiro no Rio de Janeiro em termos tanto burocráticos, como, por exemplo, retirada de documentos, até coisas mais relacionadas a própria adaptação do intercambista no país. Uma assessoria pessoal, basicamente. Nós fizemos uma pesquisa online com esse público para ter um panorama de todas as necessidades não atendidas desse intercambista aqui na cidade do Rio de Janeiro. MB - Posso falar uma coisa? Todos esses itens que você falou realmente são necessários eles terem uma assessoria. Geralmente aqui nós fazemos um sistema de buddy, de apadrinhamento, mas você sabe qual é a maior dificuldade dos alunos que a gente percebe? É a questão de acomodação. MF - Pois é. Na pesquisa online perguntamos justamente quais foram/são as maiores dificuldades enfrentadas pelos mesmos nesse processo do intercâmbio deles e a maior resposta realmente foi a questão de moradia. MB - É, nos tivemos casos de alunos que tiveram problemas com proprietários, esses proprietários chegaram a ameaçar bater nesses estudantes e cobrar preços exorbitantes. E não é a primeira vez. Eu já tive vários casos de alunos que entram em contratos bastante escusos, e eles não tem nenhuma assessoria jurídica. Então eu acho que a pessoa que quisesse criar uma agência só de prestação de moradia para alunos de intercâmbio... Esse é um nicho que não está sendo aproveitado. Eu vejo que as universidades britânicas já fazem isso, as americanas estão cada vez mais terceirizando isso. Elas passam para uma agência que fica responsável de colocar os alunos em contato com os proprietários. Eles fazem toda a mediação, toda aparte jurídica, dão assessoria para o aluno não assinar contratos que possam gerar dívidas futuras. Então eu acho que essa pra mim é a questão mais importante. Estou há sete anos trabalhando com isso e é muito difícil os alunos terem problemas com outras questões, geralmente eles dão um jeito nem que a gente aqui ajude. Claro que registro na Polícia Federal é uma coisa muito chata, realmente é muito difícil e é uma coisa sobre a qual nós não temos controle nenhum, a gente dá assessoria pro aluno.. MF - Explicando quais são as documentações que eles precisam... MB - Sim, isso tudo a gente tem porque nós temos o Welcome Pack, que fica disponível no site, aí depois fazemos uma sessão de orientação, onde a gente explica tudo direitinho. Então a questão é o aluno ter muita paciência, pois o problema maior é o agendamento e a falta do conhecimento de leis por parte dos agentes. Eu tentei, durante uma época, oferecer um serviço de levar o grupo. Não de certo primeiro porque não conseguimos fazer uma reserva, então eu levei o grupo e ficamos a manhã e a tarde inteira esperando. Foi até pior porque parece que com grupo eles fazem você esperar mais ainda. E não teve uma adesão grande, então não vale a pena também, a ideia era a gente dar essa assessoria 95

aos alunos no trâmite do registro na Polícia Federal. Mas com certeza a acomodação é o maior problema. Eu fico frustrada, porque eu já falei isso com várias pessoas e parece que ninguém leva isso adiante. Eu tenho certeza que uma pessoa com espírito empreendedor que crie uma agência voltada pra isso, vai ter trabalho o tempo todo. Primeiro porque você sabe que vai ter uma clientela cativa, você está lidando com instituições de ensino superior boas e se os nossos alunos se comportarem mal, eles vem através de um convênio, então nós temos uma responsabilidade então a gente consegue fazer um trabalho bom. O nosso problema é que nós não temos os recursos para fazer essa mediação entre os proprietários e os alunos. MF - Exato, e é nessa intermediação que entraria o nosso serviço. É engraçado você ter tocado na questão do jurídico, pois quando fomos fazer a estrutura da nossa empresa, a gente pensou em ter toda a questão de ter um advogado disponível para resolver essa parte de contratos e documentos e saber como agir e o que fazer. Coisas que são fora da nossa alçada porque não fazemos Direito. E também teriam outras áreas mais específicas serviços de diarista, passeios em grupo, estimular atividades m grupo... MB - Você conhece a REI Rio? MF - Sim, conheço, mas eles são mais parecidos com o ERASMUS, que acontece na Europa que é o um grupo muito conhecido e organizado. A REI de Curitiba e de São Paulo são mais organizadas mas a REI RIO peca um pouco nessa parte de organização Eles não tem site, só a página no facebook e não tem muitos eventos nem atualizações. Os eventos são muito esporádicos e não tem uma integração tão forte como a de Curitiba e a de São Paulo. É um grupo forte, é um concorrente nosso, mas nessa questão as agências são concorrentes mais importantes do que a REI Rio especificamente se fossemos ampliar isso para outras cidades, teríamos que levar em conta a REI, mas como começaremos só no Rio acredito que ela não seja um problema. De benchmarking estamos usando a HULT University, de Londres, que é a faculdade mais internacional do mundo, especializada na recepção do estudante estrangeiro. Mais de 90% dos estudantes de lá são estrangeiros então eles prezam muito isso então essa parte de organizar coordenadorias diferenciados para ter um foco na necessidade do aluno pegamos o exemplo deles. Na nossa pesquisa online, descobrimos que muitos contratariam o nosso serviço 62,7% e também descobrimos sobre a segurança, a moradia e também os custos, que veio em terceiro lugar como um problema. Porque eles tem muito na cabeça deles que a moeda deles é maior então eles ficam chocados porque o custo de vida daqui é exorbitante. MB - É claro que com o valor da moeda ajuda, mas eles esperavam que seria muito mais barato do que realmente é. MF - Sim, e já fizemos entrevistas com a ESPM, IBMEC, PUC e FACHA e todas elas sempre falavam a mesma coisa. Que tem um guia, um passo a passo, sugestões de moradia, mas que realmente não fazem o trato. E tem algumas perguntas em que pedimos para os estudantes realmente escreverem as dificuldades e eles falam que há uma insegurança até nisso, em não saber se fechar um contrato aqui no Brasil é algo que é real. Pois eles não conhecem as pessoas de quem estão alugando. E as mídias que eles procuram essas informações são primeiramente as universidades e depois as redes sociais, tem diversos grupos no facebook em que já entramos até pra ter um contato mais legal com os alunos. Essa é a forma como eles procuram se informar antes e durante a estada no País. Até para saber sobre viagens e coisas mais sérias como moradia e documentação. Então eu tenho algumas perguntas para fazer: Como funciona o programa de intercâmbio aqui da EBAPE


na FGV? MB - Então, todas as escolas da FGV funcionam da mesma maneira. Basicamente os nossos intercâmbios são totalmente na base da reciprocidade. Principalmente porque a fundação é uma entidade sem fins lucrativos, apesar de nós sermos particulares, somos sem fins lucrativos. Então assinamos convênios com escolas afins, geralmente de Business e Public Relations, pois somos escolas de administração de um modo geral. Então o aluno é nomeado pela escola parceira, ele vem pra cá e continua pagando a mensalidade de lá. E da mesma forma o nosso aluno aqui, paga aqui e não paga nada lá. É dessa maneira que é feito o intercâmbio. E cada escola parceira tem a sua maneira de receber os seus alunos. Nós aqui somos um setor dedicado a todas as atividades internacionais da escola e inclusive o intercâmbio. Fazemos todas as atividades em prol da internacionalização da escola. Nós temos programas em inglês e coisas assim. Basicamente é isso. Temos dois períodos ao ano em que o aluno pode estudar. Ele pode ficar seis meses ou um ano e nós temos programas de dupla titulação a nível de mestrado e agora a nível de graduação também então o aluno fica um pouco mais de tempo. Mas eles tem o mesmo tratamento que é: receber orientação antes de chegar aqui eles recebem um link como nosso “Welcome Pack”, que tem muitas páginas e muita informação que sempre é atualizado. E no dia da orientação nós passamos de duas a três horas com os alunos fazendo uma apresentação, um momento de integração e tirando todas as dúvidas, por exemplo, como tirar CPF, questões de segurança, dicas básicas de como se comportar, falamos da parte acadêmica, das responsabilidades dos alunos e coisas assim. E durante a estada deles nós damos todo o apoio, tem um período que o aluno pode vir aqui porque temos um horário de funcionamento e ás vezes eles não podem. E é basicamente assim. MF -Entendi, e quantos convênios vocês tem? Porque eu sei que são 23 mas por conta de ser focado em economia. MB - Olha, isso não é por conta de ser focado em economia não a Andressa não está aqui a muito tempo. Muitos convênios da EPGE foram fechados com a EBAPE. O que acontece é que na Europa principalmente muitas escolas são de economia e gestão. Aqui que nós temos essa coisa separada, uma escola de economia e outra de gestão mas lá fora é muito comum você ter as duas então muitos dos nossos convênios lá fora servem para EPGE. Alguns são muito exclusivos para Business então não tem interesse. Mas por exemplo, nós temos uma colaboração eu cedo muito espaço porque eu tenho uma oferta muito maior do que a demanda então quando tem oferta excedente eu passo para os alunos da EPGE também. MF - Qual é a média de intercambistas que você recebe por ano? MB - Varia de ano a ano, mas em média 80 alunos. Estamos recebendo agora por volta de 48. Mas isso de intercambistas. você conta os alunos que estão na dupla titulação, que vão ficar uns 9 meses aqui então as vezes a população de alunos estrangeiros nessa época do ano sobe para 70 ou 80. MF -Mas agora com as Olimpíadas você viu alguma mudança? MB - Esse número aumentou em relação ao ano passado, nós notamos isso. Houve uma procura maior, muito mais por estarmos em evidência. Por exemplo, existe uma escola de administração de empresas em São Paulo que é a AESP , eles tem quatro vezes o nosso tamanho de população de discentes e então consequentemente eles tem muito mais intercâmbios do que a gente. Mas nós aqui, por sermos pequenos, não queremos aumentar muito o número de intercâmbios porque não teremos uma demanda de alunos indo para 96

fora. Então o que vai acontecer, estaremos sempre em desequilíbrio. Se eu estou recebendo 80 alunos se eu conseguir enviar 20 alunos é muito. Isso, ok, a gente gosta de receber os alunos mas numa perspectiva financeira não é muito bom. A gente gostaria de ter um equilíbrio e nós nunca poderemos ter porque nossa população discente é muito pequena. Além disso, estamos postulando a entrada em uma rede, a PIM (Partnership International Management), que é uma rede das melhores escolas de Business do mundo. São 62 escolas e tudo indica que seremos aprovados em breve e uma vez que isso aconteça, estaremos abertos a receber alunos de todas essas escolas em nível de mestrado. Então isso significa que a demanda vai aumentar mais ainda. Se você parar para pensar que devemos ter trezentos e poucos alunos semestrais na EBAPE, é muito aluno estrangeiras. Temos uma população muito grande. Provavelmente aumentaremos para 90 ou 100 alunos. MF- E nesse semestre de 2016.1, você sabe o número de alunos que estão inscritos? MB - Tivemos 26 alunos. MF - E qual é a nacionalidade que vocês mais recebem? MB - Eu diria que os alemães, italianos e franceses. Porque a EBAPE tem muitos convênios na França, porque antes de o novo diretor chegar, eles tinham muitos convênios com a França, e eu também acabei fechando por uma conta de estratégia. Os franceses eu acho, gostam muito de viajar. MF- Sim, e eu fiz meu intercâmbio na França, e eu lembro que conversando com as pessoas, muita gente vinha pro Brasil. MB -Sim, isso é uma coisa que estamos notando, que as pessoas estão começando a perceber que podem unir o útil ao agradável. Uma escola de excelência numa cidade interessante, que é o Rio de Janeiro que tem um apelo maior do que São Paulo. Já tive alunos de São Paulo perguntando o que podem fazer para fazer convênios com a escola aqui por quererem vir par a o Rio, então tem muita procura. MF- Acho que também pelo fato de o Brasil ser um foco de empreendedorismo, para a França é muito interessante. Eu lembro que na IESEG eu tive várias cadeiras de empreendedorismo, e é uma coisa que hoje em dia eles estão incentivando muito. MB - É, e nós temos bons professores nessa área, então eu acho que um passa adiante e isso acaba sendo um atrativo. MF- Quanto tempo a EBAPE está funcionando? MB - A EBAPE é a escola de administração mais antiga da América Latina. Desde 1952. MF- E essa área do intercâmbio... MB - Antes de 2009 tinha uma pessoa que fazia uma parte mais operacional de secretariado, os professores as vezes fechavam convênios em alguns lugares. Mas só tivemos uma estratégia de internacionalização mesmo quando o professor Flávio Vasconcelos chegou e entramos com um plano estratégico, de almejar certas escolas, e certos números e realmente trabalhar com essa questão da internacionalização mas não só através dos números mas através do recebimento de professores estrangeiros, de aumentar o número de professores estrangeiros, de desenvolver um programa de mestrado só em inglês essas iniciativas todas. MF- A Andressa me falou mas não sei se na EBAPE vocês tem, um curso de Português básico. MB - Foi a EBAPE que realmente iniciou isso. Achamos que isso integraria os alunos estrangeiros. Vimos que eles ficavam muito perdidos então resolvemos contratar uma empresa. A ideia é dar um português básico, para a sobrevivência. Sempre falamos na


sessão de orientação que se você for francês ou italiano, não recomendamos esse curso porque depois de um tempo ele será muito monótono. É um curso para o pessoal da Alemanha, da Dinamarca. Esse pessoal com quem temos essa parceria não tem a menor noção da língua então achamos que esse “Survival Portuguese” é ideal. MF- Pois é, um dos nossos braços também seria oferecer cursos de português porque a ESPM e a IBMEC que são faculdades com uma estrutura relativamente pequena em comparação com a PUC-RIO, não tem como oferecer. Pensamos então no IBEU que já tem convênio nas escolas americanas. MB - é, a gente tem isso e disponibilizamos para as outras escolas mas a de Direito quer oferecer um curso mais avançado, pela empresa Take Five. Mas eu não entendo o motivo de eles fazerem isso, pois nós oferecemos disciplinas em inglês. MF- E quantas disciplinas vocês oferecem em inglês? MB - Nós temos um programa de mestrado totalmente em inglês para os alunos de intercâmbio, já que a grande massa é nível de mestrado. E na nossa graduação oferecemos cerca de 6 ou 7 disciplinas a cada semestre em inglês, que é uma carga horária bem legal para esses alunos. As outras escolas não fazem isso, elas oferecem uma, duas ou nenhuma disciplina em inglês. Então elas enviam alunos mas não recebem tanto, por isso que a gente recebe tanto. Por que o aluno pode chegar aqui sem falar Português, nós não recomendamos, mas isso que a gente oferece é para eles se integrarem a cultura local. Mas na escola de direito o aluno aprende português para fazer a disciplina dele, o que é uma outra estratégia, totalmente diferente da nossa. MF- E você tem uma noção de quantos alunos eles recebem? MB - A EBAPE é a que mais recebe, somo a única escola que tem um departamento de relações internacionais. As outras escolas que são EPGE até uns 4 anos atrás não tinha ninguém, aí nós é que treinamos o Gabriel Alvim para ser a pessoa de RI, aí ele saiu e entrou a Andressa. Eles não tem uma estratégia de internacionalização como a EBAPE nem de contratar professor estrangeiro, nem de oferecer disciplinas em inglês, nem de ter programas em inglês de dupla titulação. A de Direito já está mais internacionalizada, mas não tem uma pessoa dedicada á isso exclusivamente, tem um professor mas ele veste vários chapéus. Ele tem um estagiário que ajuda a ele mas não é um departamento porque ele não tem tantas atividades. A gente tem muita atividade aqui, fazemos cursos de curta duração para executivos, então é muita coisa. Colocamos uma pessoa para cuidar só do intercâmbio. MF- Entendi, bem acho que era isso mesmo o que precisávamos. MB - Mas acho legal que vocês tenham essa iniciativa e principalmente, se vocês estiverem interessadas nessa parte de acomodação, isso é um nicho. MF- Não, estamos muito interessadas porque.. MB - Mas vou te dizer estou preocupada, pois assinamos um convênio para uma aliança super nova, que eu acho que não existe no Brasil e em lugar nenhum, que se chama International Business Education Alliance, que é uma aliança formada por quatro escolas, a EBAPE, a Manhaim, na Alemanha, uma escola na Carolina do Norte, nos EUA , e uma escola de Paris que também está presente na Alemanha. Então a ideia é que o aluno de graduação faça um intercâmbio de 3 semestres, então o aluno brasileiro, faz aqui quatro períodos, depois ele vai pra Alemanha, USA, Singapura e depois volta para cá, e todos viajam juntos, então isso é muito legal. Mas o que estamos pensando é que no segundo semestre de 2018 vamos receber mais 30 alunos e vamos ter que acomodar a todos e tem 97

que ser um tratamento mais diferenciado, pois esses garotos estão juntos a um tempão, não dá pra colocar aqui. E eu queria resolver essa questão da acomodação até lá. MF- Mas vocês fazem alguma coisa tipo home stay? MB - Não, mas temos uma lista de sugestão de moradias. MF- Mas vocês não interferem nisso? MB -Não. O que temos é a página de facebook, onde os alunos se comunicam... MF- Ás vezes muitos também sabem de amigos que já vieram aí tem contato.... MB - Sim, a gente não conhece nenhum caso de alguém que tenha cancelado o intercâmbio por causa de moradia, isso não existe. Mas existem, não são muitos, mas casos de alunos que se deram mal com contratos realmente mal feitos. MF- Então, em cada faculdade a gente ouviu uma história horrorosa. MB - Nessa última, o cara gravou, o senhorio estava cobrando preços astronômicos pela conta de gás e as coisas não funcionavam e aí eles começaram a bater boca com o proprietário, isso aqui na praia de Botafogo, aliás o nome dele é Clésio Balaguer, vamos notificar nossos alunos para não fazer negócios com ele. Mas o cara ameaçou, disse que ia colocar o filho dele pra bater neles. Eles gravaram áudio, eu ouvi aqui, horrorizada eles até deram parte na polícia. Realmente é uma questão muito comum, todo o semestre temos alunos com problemas, que tiveram que sair do apartamento, reclamando do senhorio, não recebe depósito de volta, ou que descobre que o aluguel era astronômico. MF- E às vezes sabendo que é estrangeiro eles cobram mais do que o normal, e também nos contaram um caso de um aluno que queria morar no Vidigal, aí tiveram que explicar para ele que mesmo sendo uma comunidade pacificada isso não quer dizer muita coisa. MB - É não recomendamos, geralmente alertamos da situação. Mas eles são maiores de idade e não podemos controla. MF- Mas já ouvi histórias da Lapa porque eles acham que é mais barato e que vai valer a pena. MB - Santa Tereza, eu falo pra eles não irem, eles tem mania, adoram, acham lindo. Aí descobrem que é super perigoso, que não é um lugar fácil de chegar e sair.. MF- Sim, a questão do transporte, também gostaríamos de cobrir, fazendo um bilhete único para estrangeiros, porque assim, primeiro que para fazer um bilhete único não é mais tão fácil hoje quanto antigamente porque você tem que ter um CPF, o que é uma premissa chata. Demora pra tirar o bilhete único. E eles estão muito acostumados com aquela questão de ter um bilhete único pra 3 meses, uma semana, o que é uma coisa muito comum em Londres e Paris, nesses lugares. E aqui não, é fixo. Então essa seria uma proposta para ver se para eles seria mais favorável ver essa questão de transporte público mesmo. Porque eu acho que eles chegam aqui achando que vai ter um metrô super extenso, várias linhas de ônibus, e agora tudo está meio caótico no trânsito do Rio. Então assim, é uma coisa que a gente se preocupa em questão dos alunos porque no Rio de Janeiro já tem muito trânsito, e com essa confusão dos ônibus para pessoas que não falam português fica mais complicado. MB -É verdade. MF- Muito obrigada pela sua entrevista.


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