PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – FAMECOS DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES PÚBLICAS PROJETO EXPERIMENTAL LIVRE
DANIELLE MADEIRA ELLEN CAPPONI BENIN GISSELE MONASSA JOSÉ HENRIQUE ALONSO MICHELE CHOAIRE
ESPAÇO NATURALMENTE BAMBUZERIA
PORTO ALEGRE 2015
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DANIELLE MADEIRA ELLEN CAPPONI BENIN GISSELE MONASSA JOSÉ HENRIQUE ALONSO MICHELE CHOAIRE
ESPAÇO NATURALMENTE BAMBUZERIA
Projeto apresentado como requisito de avaliação do curso de Relações Públicas da Faculdade de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
Orientador: Profª. Me. Denise Pagnussatt Prof. Me Diego Wander
Porto Alegre 2015
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Sumário 1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 5 2 QUADRO SÍNTESE ................................................................................................. 6 3 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL ...................................................................... 7 3.1 Organização e o mercado de bambu.......................................................................................... 8 3.2 Sobre a organização .................................................................................................................... 9 3.3 Missão, visão e valores ............................................................................................................. 11 3.4 Públicos da organização ........................................................................................................... 12 3.5 Produtos e serviços atuais ........................................................................................................ 14 3.6 Proposta inicial de ação ............................................................................................................ 15
4 ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA ........................................................................... 16 4.1 Sobre concorrência e posicionamento .................................................................................... 16 4.2 Tabela comparativa entre os concorrentes ............................................................................. 17 4.3 Mapas de grupos estratégicos .................................................................................................. 18
5 ANÁLISE DAS RELAÇÕES COM OS PÚBLICOS ............................................... 19 6 ANÁLISE DAS RELAÇÕES COM O CONSUMIDOR ........................................... 21 6.1 Percepção dos consumidores em potencial sobre o produto a ser lançado ...................... 22 6.2 Números do setor ....................................................................................................................... 23 6.3 Segmentação de mercado ......................................................................................................... 26
7 ANÁLISE SWOT .................................................................................................... 30 8 OBJETIVOS ESTRATÉGICOS.............................................................................. 32 8.1 Projeção de vendas .................................................................................................................... 32
9 PLANO DE COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES PÚBLICAS ..................................... 35 9.1 Definições sobre o produto ....................................................................................................... 35 9.2 Comunicação e relações públicas.............................................................................................. 5
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10 CRONOGRAMA DE GESTÃO DA COMUNICAÇÃO .......................................... 48 11 CONSIDEREAÇÕES ........................................................................................... 49 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 50 APÊNDICES ............................................................................................................. 54
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1 APRESENTAÇÃO
O Projeto Experimental Livre se constitui em uma disciplina obrigatória do último semestre do curso de Comunicação Social, habilitação em Relações Públicas, que busca a aplicação prática dos conceitos e conhecimentos adquiridos durante o curso. Tem como objetivos, portanto, oportunizar a reflexão sobre as possibilidades de atuação das Relações Públicas em organizações que desejem expandir seu negócio e elaborar um plano de comunicação, com viés estratégico, para aumentar seus lucros, diversificar o seu portfólio de produtos e agregar valor à sua imagem institucional, bem como no caso deste projeto, divulgar à sociedade seus valores pautados na sustentabilidade ambiental. Escolhemos a Naturalmente Espaço Alternativo – Bioconstrução e Bambuzaria para ser o objeto do nosso estudo devido ao seu caráter não só comercial, mas também por sua intenção em divulgar práticas sustentáveis que colaboram com a preservação do planeta. Desenvolvemos um produto de caráter inovador e também um plano de comunicação para divulgá-lo, promovendo sua comercialização. Para que se concretizasse, passamos pelas etapas de diagnóstico, planejamento, pesquisa, execução e divulgação.
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2 QUADRO SÍNTESE
Dados de identificação da Organização Nome: Naturalmente Espaço Alternativo – Bioconstrução e Bambuzeria Responsável: Carlos Eduardo Silveira e Patrícia Girardi Bystronski Cargo: Proprietários Endereço: Rua Nove Irmãos 131, Lami – Porto Alegre/RS Telefone: (51) 9327-4865 / (51) 8152-0296 E-mail: naturalmente.ea@gmail.com Site: http://espaconaturalmente.blogspot.com.br/ Redes sociais: https://www.facebook.com/naturalmente.espacoalternativo ___________________ Início das atividades: 2009 Finalidade: Desenvolver soluções práticas e funcionais buscando a sustentabilidade de modo simples, eficiente e com foco no baixo custo. Públicos:
Clientes: Pessoas físicas e jurídicas que compram seus produtos e participam dos cursos.
Órgãos governamentais
Fornecedores
Parceiros
Associações de classe
Imprensa
Comunidade
___________________ Principais demandas em relação à comunicação: •
Desenvolver um produto inovador;
•
Posicionar a organização perante os públicos de interesse.
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3 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL
Com a intenção de organizar as condições necessárias para o desenvolvimento e/ou aprimoramento de uma empresa recorre-se ao diagnóstico organizacional, que é uma etapa do processo de comunicação, em que o profissional de Relações públicas coleta informações internas e externas sobre a organização, seus públicos, clientes, concorrentes, comunidade, governo, entre outros. O diagnóstico completo e finalizado contribui para uma análise organizacional, aplicação do plano de comunicação e ações. Andrade (2003, p. 41) explica que: O exercício da profissão de Relações Públicas requer ação planejada, com apoio da pesquisa, comunicação sistemática e participação programada, para elevar o nível de entendimento, solidariedade e colaboração entre uma entidade, pública ou privada, e os grupos sociais a ela ligados, em um processo de interação de interesses legítimos, para promover seu desenvolvimento recíproco e da comunidade a que pertencem.
Grunig (2009, p. 17) destaca que os profissionais de Relações Públicas “atuam em empresas, agências governamentais, associações profissionais e sindicatos”. Podem também trabalhar em “organizações não governamentais, escolas e universidades, hospitais e hotéis, entre outros”. Ou seja, estão aptos para trabalhar e contribuir em todos os ramos e setores, aplicando seus conhecimentos e ferramentas para promover a organização e garantir a legitimação de seus públicos. Aliando os conceitos dos dois autores, podemos compreender a relevância da atividade de Relações Públicas para quaisquer organizações. Ferrari (2009, p. 18) afirma que “a atividade de relações públicas tem como função ajudar uma organização a interagir com os componentes sociais e políticos do seu ambiente”. Além disso, comenta que “esses componentes integram o ambiente institucional de uma organização” (ibidem, p. 18), o qual consiste de públicos que influem em sua capacidade de atingir seus objetivos e esperam que ela os ajude a atingir seus também. Neste sentido, podemos observar a importância do profissional para o sucesso de uma maior integração na organização. Ferrari (2011, p. 94) defende a atuação do relações públicas como um analista de cenários: “... é na análise de cenários que o profissional de relações públicas encontra sustentação para cumprir sua missão de colaborar com a alta administração”.
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Na visão de Fortes (2003, p. 21), para o Relações Públicas “está reservado o trabalho de conhecer e analisar os componentes do cenário estratégico de atuação das empresas, com a finalidade de conciliar os diversos interesses”. Neste sentido, Ferrari (2008, citado por, KUNSCH 2009, p. 87) destaca que “a estratégia deve estar alinhada para a construção da visão do futuro da organização” e que “não está diretamente associada com a situação atual, mas, sim com os caminhos que atendam tanto aos propósitos quanto ao ambiente da organização”. Sendo assim, durante o processo de diagnóstico organizacional é possível antecipar acontecimentos baseados no mercado, nas iniciativas privadas e tomadas de ações governamentais. E diagnosticar pontos fortes e fracos, as ameaças e oportunidades para garantir ações e excelência organizacional no futuro.
3.1 ORGANIZAÇÃO E O MERCADO DE BAMBU
Durante o processo de elaboração de um plano de comunicação para o desenvolvimento de produtos à base de bambu é necessário realizar um estudo sobre o segmento que permita uma visão ampla das demandas de Relações Públicas nesse mercado. Segundo Kunsch (2003, p. 90), As relações públicas, como área profissional, se aplicam em qualquer tipo de organização. Tradicionalmente elas estavam mais centradas no âmbito empresarial e governamental. Na prática, as relações públicas buscam criar e assegurar relações confiantes ou formas de credibilidade entre uma organização e os públicos com os quais se relaciona. Mas isto não é feito de um dia para o outro. Exige tempo, pesquisas, diagnósticos, planejamento, trabalho programado e muita perspicácia. Daí muitos se enganarem achando que relações públicas são uma forma mágica de resolver todas as questões de uma organização ou um "quebra-galho" ou, ainda, um "apagador de incêndio". Relações públicas não são um remédio para curar todos os males de uma organização. Elas constituem, sobretudo, um trabalho preventivo e a longo prazo.
A matéria “Produto Milenar” (EID, 2015) publicada no site Circuito Matogrosso, destaca que, na construção do Taj Mahal, foi utilizado, bambu e após longo tempo, substituído pela estrutura metálica. Atualmente é empregado na construção de pontes na China por suportar terremotos. O autor cita a capacidade do bambu em se harmonizar com vários materiais como madeira, vidro, concreto, pedras, forros, texturas de pinturas, papel de parede, tijolo aparente, enfim uma grande gama que
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enobrece a arquitetura de interiores. Eid (2015) também ressalta que o material enquadra-se em relevantes serviços ambientais, como o combate à erosão, proteção de recursos hídricos e regeneração de bacias hidrográficas, além de criar inúmeros empregos da mão de obra no campo. Sob estas perspectivas e devido à nobreza de seu uso, é necessário desenvolver estratégias e ações de comunicação que divulguem e tornem conhecidas suas características e benefícios, afim de disseminar as inúmeras utilidades que o bambu pode proporcionar para a sociedade.
3.2 SOBRE A ORGANIZAÇÃO
Com base na entrevista, realizada no dia 24 de março, com os proprietários da empresa, Carlos Eduardo Silveira e Patricia Girardi Bystronski, e também através do blog Espaço Naturalmente (2015), foi constatado que a Naturalmente é um projeto independente, que nasceu da busca por uma vida simples, o Espaço ocupa uma área de 624 m² e está situado no extremo sul de Porto Alegre (zona rural). Fundado por Carlos, no final de 2009, contou com o apoio da Ecovila Arca Verde1, representada por Leandro Sparrenberger, ministrante da primeira oficina no local (Figura 1), sobre a construção de Yurt de bambu, habitação originária das estepes da Ásia Central, apresentadas na figura abaixo. Figura 1: Exemplo de estrutura Yurt, típica da Ásia, adaptada as condições climáticas do Brasil.
Fonte: Blog da Naturalmente Espaço Alternativo - Bioconstrução e Bambuzeria (2014)
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Comunidade localizada no interior de São Francisco de Paula que tem como ideologia a vida com a natureza de forma sustentável e saudável, valorizando as relações pessoais, cultivando a terra e reconectando-se com o universo.
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Seu objetivo é produzir e divulgar marcenaria em bambu, técnicas de Permacultura2 e Bioconstrução. Segundo Spezia (2013), a construção civil é uma das atividades que mais degradam o meio ambiente e debater a sustentabilidade na arquitetura tem sido um campo bastante fértil e que traz inovações. Um empreendimento utilizando técnicas de bioconstrução, quando bem feita, pode durar muitas décadas, também tem como aspecto a forma primitiva e contemporânea ao mesmo tempo. A definição de bioconstrução ganhou derivações ao longo dos anos, como Bioarquitetura, Arquitetura Ecológica ou Arquitetura Sustentável. Em entrevista realizada no dia 24 de março de 2015, os proprietários Carlos e Patrícia, ressaltaram que promovem oficinas abertas ao público com o intuito de repassar os conhecimentos teóricos e práticos, colaborando com a difusão séria da sustentabilidade. Além disso, buscam e praticam uma vida simples e sustentável em seu dia a dia, em contrapartida ao caos das grandes cidades com seus problemas de fornecimentos, principalmente de energia, das produções agropecuárias de grande porte que utilizam extensões de território enormes para apenas um cultivo ou criação de animais, gerando assim uma perda da biodiversidade e falta de alimentos sem agrotóxicos e sem transgênicos. Carlos, permacultor e bambuzeiro, durante a entrevista, revelou que desenvolve trabalhos relacionados ao bambu desde 2005, onde iniciou de forma autodidata. Em 2008, interrompeu o curso de Educação Física, na busca por uma vida simples e sustentável, e passou a se dedicar exclusivamente ao trabalho com bambu. Em 2009, criou o Espaço Naturalmente, um projeto independente e laboratório permacultural voltado para a pesquisa, desenvolvimento e difusão de soluções práticas buscando a sustentabilidade de modo simples, eficiente e com foco no baixo custo. Oferecem oficinas de práticas sustentáveis, dentre elas estão a de bioconstrução com bambu e terra crua, movelaria de bambu, fornos e fogões de barro com combustão eficiente, reaproveitando materiais descartáveis, mas que com criatividade e bom senso são excelentes recursos, conforme o Quadro 1, indicando as oficinas realizadas, locais e cidades. Quadro 1: Oficinas ministradas por Carlos Eduardo Silveira
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Termo criado por Bill Mollison e David Holmgren em meados dos anos 70, na Austrália. Permacultura é a metodologia de desenho integrado (Design) para projetar ambientes sustentáveis, financeiramente viáveis, respeitando e incentivando a cultura local.
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Oficinas Movelaria em Bambu Bioconstrução com Bambu Bioconstrução com Terra Crua Bioconstrução com Bambu/YURT
Local Cidade Indígenas Kaingangs - Associação Raíz Indígena Salto do Jacuí/RS UFPEL (Univ. Federal de Pelotas) semana acadêmica de Arquit. e Urban. Pelotas/RS Instituto Pindorama Nova Friburgo/RJ Sítio Low Construtores Cabo Frio/RJ
Fonte: Elaborado pelos autores (2015). Quadro 2: Formação/Cursos PDC (Permaculture Design Course)
Curso de formação em designers de Permacultura, com carga horária de 72h.
PDC+20 (RS),
Evento comemorativo aos 20 anos de Permacultura no Brasil.
PDC
Estação de Permacultura Casa Colmeia, Jaguaruna(SC).
Caminhos Para a Vida Sustentável
Ecovila Arca Verde (RS).
Forno de Alta Eficiência
Ecovila Arca Verde (RS).
Yurt
Ecovila Arca Verde (RS). Capacitação em Estruturas de Bambu Instituto Pindorama em Nova Friburgo(RJ). Curso de Bioconstrução
Sítio Pé na Terra (RS), ministrado por João Rockett, fundador do IPEP (Instituto de Permacultura da Pampa)
PDC de Carnaval 2013 .
Instituto Pindorama, Nova Friburgo (RJ)
Fonte: Elaborado pelos autores (2015).
Patrícia, durante entrevista, informou que é Técnica em Agropecuária formada pela Escola Agrícola de São Leopoldo e que, desde então, vem realizando trabalhos nas áreas agrícola e pecuária. Participou de vários cursos relacionados a produção, manejo de plantas e animais, e agroindústria com foco na Agricultura Familiar. Aprendiz de bambuzeira e permacultora é formada em três PDC’s (Permaculture Design Course), que une as práticas agrícolas aos princípios e éticas da permacultura. Vive o dia a dia de forma mais sustentável, utiliza o Espaço como um laboratório permacultural, pesquisando e testando novas ideias, bioconstruindo e trabalhando com o bambu.
3.3 MISSÃO, VISÃO E VALORES
A Naturalmente Espaço Alternativo não possui princípios norteadores redigidos, entretanto tem bem clara qual filosofia empregam ao negócio. Durante o desenvolvimento do projeto experimental, construiremos sua missão, visão e valores. Chiavenato (2005) comenta a importância das pessoas conhecerem o papel da organização na sociedade e no ambiente, de maneira que também possam contribuir para a realização da missão organizacional. Os valores, de acordo com Chiavenato (2005), são as crenças e as atitudes básicas que ajudam a determinar o comportamento individual, sendo construtores da integridade e responsabilidade que
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definem o que as pessoas e organizações são, devendo ser abertos e publicamente expressados, repetidos e reafirmados. Como sugestão pelos autores desse projeto: Missão: Divulgar e tornar conhecidas técnicas de engenharia ancestral que preservem o meio ambiente, por meio da biocostrução de produtos que minimizem o consumo de bens não renováveis. Visão: Ser líder e referência em bioconstrução no Rio Grande do Sul e consolidar um centro de pesquisa, fabricação e ensino de práticas econômicas e sustentáveis até 2020. Valores:
Respeito total à natureza;
Ética e respeito com parceiros;
Promover o diálogo sobre práticas sustentáveis com a sociedade;
Valorização da inovação, teorias e o tempo;
Simplicidade como fator de excelência;
Foco em resultados.
3.4 PÚBLICOS DA ORGANIZAÇÃO
A análise dos públicos de uma organização é considerada importante, pois é através da sua identificação que é possível observarmos a melhor forma de traduzirmos uma mensagem, a fim de que ela seja clara o suficiente para possibilitar o estabelecimento e o estreitamento das relações entre a organização e seus públicos de interesse. Para o mapeamento dos públicos, utilizamos a conceituação lógica de públicos (FRANÇA, 2004) que define o grau de contribuição de cada um para a organização, classificando-os em essenciais, não essenciais e de interferência. Conforme França (2004, p. 86), “a relação com os públicos é considerada da maior importância: são eles que constroem a imagem da empresa e de sua marca, e a empresa depende deles para sobreviver”.
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Para
isso
analisamos
o
grau
de
dependência,
grau
de
participação/envolvimento e o grau de interferência de cada público da Naturalmente Espaço Alternativo (Quadro 3). Quadro 3: Análise das relações da Naturalmente com seus públicos. Público
Proprietários
Clientes
Tipo de relacionamento
Objetivo da Empresa
Produtividade / Bom atendimento Legal / Negócios / / Lucratividade / Social Bom relacionamento
Negócios
Crescimento das vendas / Oferecer excelente atendimento
Nível de dependência
Essencial / Estratégica
Essencial
Resultados esperados pela empresa
Expectativas dos públicos
Dedicação / Lealdade / Reconhecimento / Satisfação / Salários / Bom Comprometimento relacionamento / Produtividade
Fidelidade / Satisfação
Produtos de qualidade / Bom atendimento
Fornecedores
Bons contratos / Qualidade de Negócios / Legal / produtos / Parceria Entrega just in time
Essencial
Cumprimento de Relação duradoura contratos e prazos / Observância / / Pagamentos na Ética na relação data
Associações de classe
Bons contatos / Aperfeiçoamento Negócios / Legal / da qualidade dos Parceria produtos / cursos/ vendas
Essencial
Relação duradoura Reconhecimento / / Observância / Indicações / Bom Ética na relação relacionamento
Imprensa
Governo
Social
Boa imagem / Transparência
Boa convivência com o Poder do Político / Legal / estado e seus Negócios / Social representantes / Obter aprovação de projetos
Ter espaço na mídia / Manter boa Ter acesso a imagem / informações Não Essencial Relacionamento importantes / Ser transparente com bem recebida a mídia
Essencial
Confiança / Aprovação de projetos / Credibilidade
Bom relacionamento / impostos quitados / ética nas relações
Fonte: Elaborado pelos autores com base na conceituação lógica de públicos (FRANÇA, 2004).
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Com o mapeamento (Quadro 3) concluído é possível trabalhar com cada público de forma direcionada, e saber quem são e como podem interferir no cenário da empresa. A partir desta análise, identificamos os públicos essenciais como: proprietários, clientes fornecedores e governo, que poderão reconhecer o produto como de qualidade e sustentável, auxiliando na disseminação da proposta. Já o público de imprensa, foi identificado como não essencial neste momento, pois a Naturalmente tem acesso direto à clientes consumidores de produtos desenvolvidos com bambu e um bom relacionamento com a comunidade.
3.5 PRODUTOS E SERVIÇOS ATUAIS
Durante a visita ao Espaço Naturalmente, ocorrida em 24 de março de 2015, Carlos Silveira apresentou a relação de produtos e serviços (Quadro 4). Quadro 4: Produtos e serviços. Produto
Descrição
Preço Luminárias: R$ 70,00 à R$ 150,00 Porta-trecos: R$5,00 à R$ 20,00 Incensário: R$ 15,00 à R$ 30,00 Utensílios de cozinha: R$ 12,00 à R$ 50,00
Marcenaria em bambu
Artesanatos: Luminárias em bambu, abajur, floreiras, porta trecos, incensários, molduras para espelhos e/ou quadros, colheres, suporte para panelas etc.
Revestimentos
Forros, painéis, revestimento de paredes.
Móveis
Sofás, cadeiras, mesas, estantes, centro, camas, biombos, etc.
Estruturas
Para eventos: R$ Moradia, para eventos: Yurt, Pentágono, Parabolóide, 500,00 (diária). Tipi, Quiosques etc. Moradia: valor variável.
Mudas de Bambu
Mudas preparadas especifica-mente para artesãos de A partir de R$ 10,00. bambu.
Oficinas
Encomendas personalizadas
O valor é variável.
mesinhas de O valor é variável, conforme o projeto
Bambu: Manejo ecológico,tratamentos, encaixes e marrações, armazenagem, espécies e aplicações, produção de mudas, plantio, brotos para alimentação, artesanatos, estruturas leves etc; Construção natural, Técnicas: Pau à pique, Adobe, COB, Telhado Vivo, Bancos de Terra Crua etc. Fogão de alta eficiência: Construção de fogões, fornos e aquecedores, terra crua para construção de sistemas de combustão a lenha.
São aceitos projetos de arquitetura e design após análise de viabilidade.
Oficinas de marcenaria em Bambu e construção natural: Ministradas na sede. R$ 90,00 o dia de oficina, incluindo a alimentação.
Valor variável conforme o projeto.
Fonte: Elaborado pelos autores (2015) através de sondagem de concorrência.
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A equipe da Naturalmente é responsável pelo processo de colheita e tratamento do bambu, que são realizados próximo a sede. Tudo é feito com procedimento não agressivo ao ambiente e o manejo é consciente e ecológico. A capacitação e oficinas também podem ser ministradas fora da sede.
3.6 PROPOSTA INICIAL DE AÇÃO
Desenvolver junto aos artesãos e proprietários da Naturalmente Espaço Alternativo, Carlos e Patrícia, um carrinho de bebê com estrutura feita em bambu, mais leve e mais barato, contemplando um plano de comunicação para a introdução do produto no mercado, passando por pesquisa, planejamento, execução e mensuração de resultados.
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4 ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA
Compreender o cenário da concorrência permite um melhor posicionamento de inteligência competitiva, para uma melhor tomada de decisão e correta concepção de estratégias para execução de um planejamento de comunicação que corrobore com os objetivos da organização.
4.1 SOBRE CONCORRÊNCIA E POSICIONAMENTO
As organizações buscam informações para conhecer em maior profundidade os erros e acertos de suas concorrentes, sendo elas do mesmo segmento direto ou não no mercado. Esses dados proporcionam à empresa uma forma de criar planos estratégicos e de analisar seus pontos fortes e fracos frente à concorrência. Segundo Kotler (2004, p.156), a concorrência é dividida em: a) Concorrência de Marcas: uma empresa vê suas concorrentes como outras empresas que oferecem produtos e serviços semelhantes aos mesmos clientes por preços similares. b) Concorrência setorial: uma empresa vê todas as empresas que fabricam o mesmo tipo de produto ou classe de produto como suas concorrentes. c) Concorrência de forma: uma empresa vê todas as empresas fabricantes de produtos que oferecem o mesmo serviço como suas concorrentes. d) Concorrência genérica: uma empresa vê como suas concorrentes todas as empresas que competem pelo dinheiro dos mesmos consumidores. Esse modelo de análise da concorrência, abordado por Kotler (2004), explica os fatores que influenciam o mercado e que afetam os comportamentos de compra. Tem como principais objetivos entender o ambiente competitivo e identificar ações e estratégias futuras para se obter vantagem no mercado. De acordo com Kotler (2000, p. 321), o posicionamento se define pelo “ato de desenvolver a oferta e a imagem da empresa para ocupar um lugar destacado na mente dos clientes-alvo”. Assim este conceito torna-se indispensável para a análise da concorrência de uma empresa.
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4.2 TABELA COMPARATIVA ENTRE OS CONCORRENTES
A análise dos serviços, produtos e características da concorrência se deu por contato telefônico (de 6 a 17 de abril de 2015), pesquisa pela internet e e-mail. Este quadro tem por objetivo analisar características, dissonâncias e consonâncias entre concorrentes.
Tabela 1: Comparativo entre a Naturalmente e seus os concorrentes. Itens/Bambuzerias
Naturalmente
Cauac Bambu
Bambuzeria Recreio
Produtos
Luminárias, portatrecos, incensários, móveis, estruturas para eventos, oficinas
Móveis em geral e estruturas (portões e revestimentos decorativos)
Móveis de bambu
De R$ 5,00 à R$ 2.000,00 Site, telefone e feiras expositivas de arquitetura sustentável Blog institucional e perfil no facebook Criatividade, responsabilidade social, tratamento sem uso de energia, fácil cultivo Falta de organização do mercado produtivo, exploração e distribuição deficientes, falta de foco
De R$ 20,00 à R$ 2.500,00
De R$ 50,00 à 3.000,00
Blog, site e feiras expositivas
Telefone, site e feiras expositivas
Fanpage e blog
Fanpage
Criatividade, sofisticação, bem estruturados nos processos de produção
Criatividade, vontade para inovar
Equipe muito reduzida em relação ao que fazem, preço elevado
Inconcistência de divulgação e de práticas de comunicação
Preço Canais de Comercialização Formas de comunicação
Pontos Fortes
Pontos Fracos
Fonte: Elaborado pelos autores com base em pesquisa na internet e por telefone3
De acordo com a Tabela 1, identificamos oportunidades nos pontos fracos da Cauac Bambu, pois a Naturalmente possui preços mais acessíveis e a Bambuzeria Recreio não se utiliza de meios de comunicação de forma estruturada. As três empresas analisadas possuem os mesmos canais de comunicação, canais de comercialização e produtos semelhantes, o que poderá diferenciar a Naturalmente do restante do segmento é a capacidade de inovação em produto, como o carrinho de
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Site da empresas: Cauac Bambus.
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bebê de bambu e a utilização dos canais de comunicação para disseminação de conteúdo de forma organizada, direcionada e estratégica.
4.3 MAPAS DE GRUPOS ESTRATÉGICOS
O Quadro 5 apresenta o mapeamento de grupo estratégico. Segundo THOMPSON (2011, p. 82) “grupo estratégico é um conjunto de concorrente no setor que possuam abordagens competitivas e posições de mercado similares”. Quadro 5: Mapa de Grupo Estratégico
Fonte: Elaborado pelos autores com base nos autores Gene F. Franklin, J. David Powell, Abbas Emami-Naeini (2011)
Dessa forma, a análise do quadro permite identificar em que posição se encontra a Naturalmente diante dos concorrentes: preço menor e mix de produtos similares.
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5 ANÁLISE DAS RELAÇÕES COM OS PÚBLICOS Na identificação dos públicos da Naturalmente, o grupo tomou como base o mapeamento de França (2004) público é a causa das interações entre empresaspúblicos. Mesmo ressaltando a complexidade de se definir um conceito abrangente das normas de relacionamento e também da palavra “público”, que é objeto de estudo de muitas disciplinas França (2004, p. 36) afirma que: Podemos considerar como público os grupos que possuem interesses sobre uma determinada organização. Sejam os funcionários, os clientes, os acionistas, comunidades, etc. Todos são públicos com a qual as Relações Públicas devem se preocupar e gerenciar uma comunicação voltada a minimizar os conflitos que possam ser gerados nas relações entre eles.
A empresa Naturalmente possui um blog (Figura 2) utilizado para divulgar as oficinas, além de toda a cultura do bambu: como cultivar, quais os cuidados para a manutenção, ideias de produtos com bambu e também dados sobre sustentabilidade. Os conteúdos não são diários, a última atualização foi em 31 de março de 2015. Figura 2: Blog Naturalmente Espaço Alternativo
Fonte: Blog Naturalmente (2015)
Também possuem uma página no Facebook (Figura 3) com atualização diária e conteúdos relativos à cultura do bambu. Figura 3: Fanpage Naturalmente Espaço Alternativo
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Fonte: Facebook (2015)
O uso das mídias sociais digitais, como um canal de comunicação bidirecional, ou seja, que permita e potencializa a interação entre as organizações e os seus diferentes públicos, com a utilização de meios de comunicação adequados, propiciando, assim, além de informação, o diálogo. A apropriação de diferentes plataformas, Blog e Facebook, pretende estabelecer o relacionamento com os seus segmentos de públicos. Conforme Sandini (2010, p. 80), “as ferramentas da internet, hoje viabilizadas pela web, juntamente com seus diferentes recursos, apresentam diversas possibilidades que podem influenciar, positivamente, no relacionamento da organização com seus clientes”. Os conteúdos publicados pela Naturalmente no blog e fanpage são adequados e legítimos, porém não há engajamento do público compartilhando ou comentando as publicações. A comunicação com os demais públicos se dá através do contato face a face.
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6 ANÁLISE DAS RELAÇÕES COM O CONSUMIDOR
Conhecer os comportamentos de compra dos consumidores possibilita um desempenho mais concreto às empresas e, ainda, permite explorar oportunidades de mercado que fomentem o consumo e que favoreça a obtenção de um comportamento favorável à empresa. Pinheiro (2011, p. 41), a seguir, define como estimular os consumidores para o consumo: O uso de estímulos sensoriais como forma de despertar a atenção do consumidor e levá-lo a construir uma percepção do produto é uma das áreas que atualmente mais chama atenção dos profissionais de marketing. O recuso a técnica que levam em consideração os mais variados estímulos sensoriais situa a experiência da compra em dimensões nunca antes imaginada, possibilitando a adição de características experienciais e interativas que permitem o envolvimento cada vez mais ativo e participativo do consumidor.
A mulher possui influência direta na compra de utensílios e produtos para atender a demanda da maternidade. Conhecer as relações com a sociedade, comportamento e o seu papel no contexto, torna-se importante a partir desta perspectiva. Pouco mais de meio século, o futuro das mulheres era praticamente certo desde o seu nascimento, pois eram educadas para isso, ou seja, as boas moças deviam casar e se dedicar a função do lar, correndo o risco de ficar à margem da sociedade, caso contrariassem essa ordem. Até o século XVIII, as obrigações para com as funções da casa e criação dos filhos cabiam às mulheres. Lipovetisky (2000, p. 207) aponta que as mães deram uma importância muito relativa ao bem estar e educação dos filhos. O trabalho destinou-se ao homem e a mulher ao home sweet home (lar doce lar) a partir da metade do século XVIII, onde se separaram totalmente. Ainda segundo Lipovetisky (2000, p. 208), com a doutrina das esferas separadas, trabalho e família encontram-se radicalmente desunidos: o homem é destinado à esfera profissional, a mulher, ao home sweet home. Se inicialmente o modelo se referia às classes burguesas, muito depressa se impôs como um ideal a todas as camadas sociais. A capacidade das mulheres de ganhar dinheiro é crescente, constatando a visão de que, para elas, o casamento é uma escolha pessoal, não necessidade econômica, resultando em mais casas, mais itens de vestuário e mais gastos. Barletta (2003, p. 41) salienta que:
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Na média, as mulheres estão ganhando muito mais dinheiro do que ganhavam, desde a década de 1970. Na verdade, o crescimento regular do padrão de vida das residências americanas se deve, sobretudo, à capacidade de ganhar dinheiro das mulheres, isso é verdade hoje, e está se tornando cada vez mais verdade: ao longo das duas próximas décadas, veremos os imensos ativos de duas gerações se concentrarem cada vez mais nas mãos das mulheres da geração pós-guerra. Isto significa que existe um mercado atual e potencial.
O poder e a influência do consumo vindo das mulheres um dia já foram ignorados pelas empresas. Segundo Tigre (2010), nos últimos anos as empresas têm feito grandes esforços para conquistar o público feminino que, ano a ano, está mudando o mercado. Barletta (2006, p. 107): Na ativação, a consumidora vai ao mercado em busca do tipo de produto ou serviço que se vende. Já na indicação, a mulher forma uma ideia da marca que pretende investigar em sua busca. No terceiro estágio, há a investigação, na qual, a consumidora avalia as marcas por meio da análise de anúncios, leitura de artigos, visita a websites, lojas ou showrooms, exame da mercadoria, inspeção rápida, conversas com profissionais de vendas etc. E, no quarto e último estágio, vem a repetição, sendo que a consumidora fica satisfeita e feliz retornando à sua marca e recomendando para todos que conhece.
6.1 PERCEPÇÃO DOS CONSUMIDORES EM POTENCIAL SOBRE O PRODUTO A SER LANÇADO
Os potenciais consumidores identificados como futuros pais e mães, que já estão à espera do bebê ou que ainda estão programando a gravidez, se utilizam de blogs, livros e revistas especializadas para buscar informações. Em matéria publicada na Revista Crescer em janeiro de 2008, a colunista Malu Echevarria discorre sobre este momento, indicando que um ótimo caminho para preparar a chegada do bebê é envolver todo mundo para ajudar (avós, amigos, madrinhas), para que pesquisem preços, melhores produtos e onde procura-los carrinhos de passeio, cadeirinha de carro, berços, cômodas e outros móveis de quarto. O site BabyCenter.com citado na mesma matéria de janeiro 2008, oferece diversas dicas sobre o que deve ser preparado e em que momento. Sobre o carrinho, alerta que é necessário procurar um produto que tenha rodas mais largas, cinto ajustável, que seja fácil de abrir, fechar e manobrar e principalmente que seja compatível com o nível de força da pessoa que irá acomodar e tirar do carro.
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A segurança é um item que na maioria das vezes é sinalizado quando se aborda o tema filhos e crianças. Para a coordenadora nacional da ONG Criança Segura, Françoia (2015), em consulta para o blog Maternar da Folha de São Paulo, a escolha do carrinho deve levar em conta a segurança do produto: “O sistema de freio deve ser fácil para travar e destravar. O mecanismo de abertura e fechamento deve ser descomplicado. O carrinho não pode ter peças cortantes nem espaços ou dobradiças que ofereçam risco à criança. Todos os carrinhos devem ter cinto de segurança com cinco pontos de fechamento de acordo com o Inmetro. É possível afirmar que além do consumidor direto do produto, podemos ativar as conexões mais próximas como familiares e amigos dos futuros pais e mães e ainda investir em parcerias com blogs e sites especializados para divulgar o produto, visto que há uma demanda de consumo deste tipo de conteúdo. Em matéria publicada no site “Roteiro Kids”, em dezembro de 2014, cada vez mais pais consomem produtos conscientes, que preservam a saúde do bebê e o meio ambiente na busca de um futuro melhor. Em tempos de sustentabilidade, a consultora de enxoval em Miami, Orlando e N. York, Paula Laffront, ressalta que a procura pela consultoria para montar um enxoval consciente, com produtos duráveis e reutilizáveis, indo na contramão do descartável, que tenham várias funções, economizando e gerando menos lixo, está aumentando a cada dia. Dentro desta realidade, o público consumidor poderá ser impactado pelo significado que já tem o termo sustentabilidade em seu dia a dia, ou ainda sensibilizado a partir da sua nova realidade em deixar um mundo melhor para seu filho. Para identificar as necessidades do consumidor, foi realizada sondagem com mães, futuras mães e mulheres que ainda pretendem ser mães, na cidade de Porto Alegre, buscando identificar percepções sobre produtos desenvolvidos de forma sustentável e especificamente sobre a matéria-prima bambu. As pesquisas ocorreram entre os dias 10 e 15 de abril de 2015, iniciando com uma técnica projetiva apresentando imagens de bicicletas (apêndices D, E e F) com vários designs e matérias-primas. Conforme os dados levantados, percebe-se diferentes percepções, com quatro mães de crianças entre 7 meses até 4 anos, quando questionadas sobre o que valorizavam na hora de passear com seus filhos, apontaram como prioridade o conforto e a segurança do produto. Estas mães, afirmam pesquisar sobre os produtos para os filhos antes de comprar, de preferência diretamente na loja física. Sobre
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produtos sustentáveis, os termos conforto e segurança voltam a ser citados, como prioridade, ou seja, pode ser sustentável, mas tem que ser seguro e confortável. Ao serem questionadas sobre o conhecimento que possuem sobre produtos desenvolvidos com bambu, a maioria das respondentes afirmou conhecer os móveis. Por fim, a pergunta sobre a compra de um produto produzido com a matéria-prima bambu, todas afirmaram que comprariam, porém seria importante estar disponível em loja física para que possa ser avaliado pessoalmente. No outro grupo sondado, foram escolhidas entrevistas de três futuras mães com 22, 23 e 26 anos. O item conforto foi citado por todas, seguido de segurança e com apenas uma menção, os itens: design, custo x benefício, preço e matéria-prima. Sobre matéria-prima sustentável, todas afirmam valorizar um produto sustentável e ainda, afirmam que com este tipo de produto, os riscos de contaminação, principalmente com tintas e objetos será menor. Ao serem questionadas sobre o conhecimento sobre produtos com bambu, a maioria afirmou não conhecer, a única futura mãe que afirmou conhecer, já havia visto móveis. Outro fator impactante, é que quase todas as entrevistadas apresentaram indecisão sobre a intenção de compra de carrinho desenvolvido com bambu. A compra deverá ser determinada por: qualidade, design e a possibilidade de ver o produto em loja física. As duas pesquisadas dentro do grupo que ainda pretendem ter filhos, também valorizam os itens segurança e conforto. Sobre produtos sustentáveis, ambas têm a percepção de que são mais caros, conhecem produtos desenvolvidos com bambu e citaram o exemplo dos móveis. Quanto à intenção de compra, afirmam, sem convicção que comprariam um carrinho produzido com bambu em loja física.
6.2 NÚMEROS DO SETOR
Foram utilizados dois critérios para analisar os números do setor: produtos para bebês, mais especificamente os carrinhos de bebê para passeio e produtos feitos de bambu.
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Figura 4: Carrinho de bebê para passeio e sofá de bambu.
Fonte: Site Submarino (2015) e blog do Naturalmente Espaço Alternativo (2015)
De acordo com o Manual de Ideias do Sebrae, os gastos dos pais com os filhos no primeiro ano de vida são os que mais movimentam o mercado infantil. Os empresários investem na venda de enxovais e móveis para bebês e também faturam com confecção de lembrancinhas para maternidade, um mercado que cresce a cada dia no Brasil. O mercado de artigos para bebês, na faixa etária de zero a seis meses é o mais promissor. Das 20 mil empresas do segmento, 80% produzem artigos voltados para crianças dessa faixa etária. O manual ainda cita pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi constatado que cinco bebês nascem por minuto no Brasil e que para cada um deles uma família de classe média desembolsa cerca de R$ 5 mil na aquisição do enxoval para o primeiro ano de vida. Muitos pais procuram comprar os produtos antes mesmo do nascimento do bebê, ainda na gestação. Nesta fase eles se esforçam para que o quarto seja montado e o enxoval preparado com antecedência. Em entrevista à CBME – South America (Criança Bebê Maternidade Expo) Núñez (2013), CEO da loja de brinquedos Ri-Happy, diz que o mercado de produtos para bebê se mostra mais resistente a variações macroeconômicas do que outros setores. Os pais podem se privar de alguns gastos para adquirir os melhores artigos para os filhos. Ainda de acordo com o empresário o mercado brasileiro de produtos
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para bebês e crianças de até 3 anos movimenta cerca de U$ 13 bilhões por ano no país, incluindo móveis como berços e cômodas, comenta. Em estudo da “Papagaio, Pipa, Quadrado Cafifa”, produzido pela Multifocus (2014), foram levantadas informações sobre o comportamento dos consumidores de produtos infantis, na faixa de 0 a 3 anos no Brasil e divulgada no site da Mundo Marketing (2014), apresentando as marcas de equipamentos mais consumidas. Foram elas: Burigotto, Galzerano, Hercules e Voyage. Dentre os equipamentos que o consumidor já comprou ou costuma comprar o carrinho de bebê é o mais citado com 45% dos 235 entrevistados.
6.3 SEGMENTAÇÃO DE MERCADO
Segmentar o mercado significa dividi-lo em pequenos grupos aos quais uma organização dirige seus produtos e/ou serviços. Solomon (2002) defende que a segmentação é a técnica aplicada para analisar, conhecer, estudar e identificar o contexto sociológico do público que forma o alvo de uma organização, como possíveis consumidores, em um determinado processo social que possibilite a empresa adotar uma estratégia de posicionamento. O processo de segmentação segue quatro critérios essenciais que consistem em analisar a diversidade das necessidades dos diferentes grupos de compradores. Os fatores analisados são: • Geográfico – A segmentação geográfica é a divisão do mercado em áreas geográficas, sendo um país, região, cidades, bairro etc. Sugerimos que o lançamento do protótipo seja no Rio Grande do Sul, na cidade de Porto Alegre, e em regiões metropolitanas. Caso o produto tenha grande aceitação e consumo, poderá sua comercialização ser expandida para outras cidades do Estado. Conforme a Tabela 2, o universo a ser explorado compreende uma população de mais de 1 milhão de pessoas.
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Tabela 2 – população estimada em 2014 (Porto Alegre)
População estimada 2014i
1.472.482 Fonte: IBGE
Segundo publicação no site do Sítio da Mata4, o mercado de bambu no Brasil ainda é incipiente pois não existe produto destinado ao uso comercial suficiente para atender de forma satisfatória a demanda. As empresas que trabalham com essa matéria prima encontram dificuldades de fornecimento, gargalos logísticos além de falta de padronização. Esta desorganização do setor acarreta um custo alto de produção e distribuição. Segundo o artigo “Incentivos à cadeia produtiva do bambu”, do engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa, Elias Melo de Miranda, no Portal Dia de Campo, tudo que se produz com madeira, é possível ser produzido com bambu. Bambu também é considerado uma madeira renovável. É preciso quebrar o paradigma de que o que é produzido com este material é de baixa qualidade. O bambu é leve, flexível, belo e abundante, em tempos de busca pela sustentabilidade. A cada dia conquista mais espaço na arquitetura contemporânea e em produtos das mais variadas utilidades. Benefícios sustentáveis do bambu: Sua capacidade de crescimento surpreende Não consome energia em processos de transformação: depois de cortado, está pronto para o uso.
Demográfico – Na segmentação demográfica são analisadas variáveis como idade, sexo, renda, raça e etc. Segundo estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2014, dentre as 27 capitais do País, Porto Alegre foi a com menor crescimento populacional no Brasil. A população da capital gaúcha aumentou de 1.467.816 para 1.472.482 habitantes, um crescimento de 4.666 pessoas-0,32%.
Com base nas informações e dados coletados e análise feita junto ao proprietário da Naturalmente, foi constatado que a população porto alegrense vem preocupando-se em consumir produtos que beneficiem a sociedade e o meio
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O Sítio da Mata Sitio da Mata é um viveiro especializado na propagação e comercialização de mudas de bambu para o plantio, desde 1998.
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ambiente. O carrinho de bambu sustentável é direcionado a um público de 25 a 35 anos, masculino e feminino, de classe A, B e C e moradores da capital. Pessoas com ensino superior e que buscam por informação diariamente.
• Psicográfica – A segmentação psicográfica é baseada no estilo de vida, personalidade, atitudes, interesses e opiniões do comprador. O consumidor do carrinho de bebê sustentável é uma pessoa preocupada com o meioambiente e que opta por adotar em sua rotina práticas sustentáveis. São pessoas tranquilas que priorizam o bem da natureza e o consumo de produtos produzidos com material sustentável. Adoram passear em lugares ao ar livre com os filhos e a família. • Comportamental – Essa segmentação classifica as pessoas de acordo com sua disposição para comprar, motivação e atitude. É um critério diretamente ligado ao comportamento do consumidor perante o produto. Foi identificado que a opção pelo consumo do carrinho de bebê sustentável é de consumidores bem informados e interessados pelo produto. Consideram o design do produto o fator menos importante e priorizam a segurança, conforto e praticidade. Tem orgulho em dizer que utiliza produtos que beneficiam o meio-ambiente e a sociedade e fazem questão de mostrar aos outros. Esse público também foi caracterizado por estar sempre aberto à novas possibilidades e experimentar o novo. Quadro 6 – Segmentação do consumidor Segmentação do Consumidor Geográfica
Brasil – Porto Alegre, Rio Grande do Sul
Demográfica
Masculino e feminino, 25 a 35 anos, classe A, B e C.
Psicográfica
Preocupado com o meio ambiente, priorizam o bem da natureza. Pessoas tranquilas, bem informadas.
Comportamental
Pessoas bem informadas sobre os produtos que compram, interessadas por este tipo de produto, priorizam segurança, conforto e praticidade, gostam de experimentar o novo e estão sempre abertos a novas possibilidades. Fonte: Elaborado pelos autores (2015).
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Segundo a ONU, até 2027, aproximadamente 85% da população mundial habitará as grandes cidades. É a demanda por produtos e serviços voltados a quem vive nas cidades que resulta na devastação do meio ambiente, na poluição em todos os níveis e na escassez de recursos naturais. Por afirmações como esta, os consumidores têm voltado seus olhares para um modo de vida mais sustentável, buscando o mínimo de impacto no meio-ambiente, alimentação e cuidados com o corpo e a mente, qualidade de vida traduzida em horas de trabalho equilibradas e a vivência em espaços que remetam a este conceito. A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o processo capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender às futuras gerações. É o método que não esgota os recursos para o futuro. Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.
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7 ANÁLISE SWOT
A análise SWOT envolve os ambientes interno e externo da empresa, identificando as forças e fraquezas em dimensões chaves como: desempenho, recursos financeiros e humanos, instalações e capacidade de produção, participação de mercado, percepções do consumidor sobre a qualidade, preço e disponibilidade do produto, e comunicação organizacional. Para Ferrel (2000, p. 62): “O objetivo de uma análise SWOT não é somente apresentar um panorama de seu próprio negócio, mas também dos concorrentes e do ambiente de negócios em que se pretende entrar ou no qual já se atue”. A partir da análise das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças da Naturalmente, é possível monitorar os ambientes externos e internos, a fim de conhecer melhor o comportamento da empresa e dos ambientes na qual está inserida. Quadro 1: Análise SWOT
Fraquezas
Forças
- Exploração e distribuição do bambu deficientes
- Fácil cultivo do bambu - Facilidade de manutenção e colheita do bambu - Tratamento do bambu sem uso de energia
- Falta de interesse na ampliação dos negócios - Baixa capacidade de produção
- Alta empregabilidade
Análise SWOT Oportunidades
Ameaças - Falta de organização do mercado produtivo - Falta de cadeia de fornecimento estruturada - Pré-conceito de que o produto por ser produzido com bambu tem baixa qualidade - Mudanças Climáticas
- Maior visibilidade para empresas e organizações que produzem produtos sustentáveis - Mercado de produtos para bebês - Baixo custo de produção que torna o preço final competitivo.
Fonte: elaborado pelos autores (2015)
Identificamos, além das forças e oportunidades já destacadas anteriormente, algumas fraquezas e ameaças. Dessas o conceito de sustentabilidade utilizado pela Naturalmente e o fácil plantio e crescimento do bambu, manutenção de sua colheita
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acarreta fácil acesso e acaba sendo uma força da empresa. Como oportunidade, destacamos o mercado de produtos para bebês, onde não há uma variedade de itens desenvolvidos com bambu. Como ameaça, há uma grande demanda de plantio de bambu e as condições climáticas podem interromper a colheita desta matéria-prima. O volume elevado de plantio acarreta na demora do desenvolvimento da planta e o clima é importante para o desenvolvimento da mesma, ou seja, ambos não sendo favoráveis, teremos deficiência de matéria-prima para o nosso produto. Como fraqueza, ressaltamos a baixa capacidade da organização do mercado produtivo, onde a exploração e distribuição limitam a produção, impossibilitando a expansão da empresa e o aumento do seu faturamento.
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8 OBJETIVOS ESTRATÉGICOS
Os objetivos estratégicos identificados definem o preço do produto e sua projeção de vendas, considerando a capacidade de produção do Espaço Naturalmente e também o relacionamento e comunicação com os públicos de interesse e consumidor, a partir da identificação de cada um deles.
8.1
PROJEÇÃO DE VENDAS Baseia-se na capacidade produtiva da Naturalmente, que consegue produzir
um carrinho a cada dois dias, levando em consideração que eles trabalham de segunda a sábado, conforme foi informado na entrevista do dia 24 de março de 2015.
Capacidade produtiva:
3 carrinhos por semana
13 carrinhos por mês
156 carrinhos por ano
Precificação: Preço unitário: R$ 349,00 (descontamos o valor de R$ 1,00 da margem de contribuição para dar o efeito de mais barato). Faturamento máximo mensal: R$ 4.537,00 Faturamento máximo anual: R$ 54.444,00 Verba para comunicação: 10% do faturamento com a venda dos carrinhos investidos em comunicação.
8.2 RELACIONAMENTO E COMUNICAÇÃO COM OS PÚBLICOS DE INTERESSE E COM O CONSUMIDOR
A organização tem uma mesma expectativa em relação aos seus públicos de interesse, criar uma rede de práticas sustentáveis que colaborem com a preservação do planeta. E é através de uma interação mais próxima com esses públicos que a Naturalmente será capaz de atingir seus objetivos.
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Para aperfeiçoar o relacionamento principalmente com seus clientes, a empresa estabelece um processo sustentável, desde a matéria-prima até a distribuição. Para Bueno (2003), a busca pela responsabilidade social é um exercício planejado e sistemático de ações, estratégias e implantação de canais de relacionamento entre uma organização, seus públicos de interesse e a sociedade. Algumas ações de relacionamento entre os consumidores e as empresas foram renovadas ao longo do tempo, e além de novos produtos e ações eles têm sido procurados e prestigiados pelos consumidores mais atentos. Um desses métodos refere-se à nova consciência com relação às mudanças ambientais. Os públicos identificados para se relacionarem com a Naturalmente e tornaremse potencias consumidores são: Clientes Pessoas físicas e jurídicas
Objetivo: satisfazer o consumidor pela aquisição de um produto de preço acessível, ecologicamente sustentável, leve, durável e fácil de guardar, além do conceito de engenharia ancestral com respeito a natureza. Órgãos governamentais
Objetivo: apoiar os empreendimentos sustentáveis a criar programas que disseminem as técnicas e aplicações do bambu como matéria prima viável e que sua fabricação não prejudique os ecossistemas e biomas naturais. Fornecedores
Objetivo: desenvolver mais matérias-primas ecologicamente corretas, ofereçam condições de pagamento e qualidades que primem pela melhoria contínua em negócios benéficos para ambas as partes e para a sociedade. Parceiros
Objetivo: otimizar a divulgação do produto e que apoiam a fabricação artesanal que não agride a natureza. Associações de Classe Objetivo: apoiar e divulgar a escolha dos clientes finais por um produto que não vai agredir o meio ambiente. Imprensa Objetivo: obter espaço na mídia para que o produto fique conhecido no estado do Rio Grande do Sul, bem como suas práticas sustentáveis de fabricação.
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Comunidade Objetivo: conscientizar sobre a importância de consumo de produtos que contribuam para a renovação dos recursos biológicos e não poluentes que possam garantir o seu acesso as gerações futuras.
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9 PLANO DE COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES PÚBLICAS Este capítulo apresenta as características do produto a ser lançado e seu preço final, bem como ações de comunicação propostas pelo grupo, a fim de dar visibilidade para a marca e inserir o produto no mercado. As estratégias de comunicação foram elaboradas com base no diagnóstico da Naturalmente Bambuzaria e na análise dos perfis de nosso público alvo.
9.1 DEFINIÇÕES SOBRE O PRODUTO Com base em Kotler (1996, p. 3), “um produto é qualquer coisa que possa ser oferecida a um mercado para satisfazer uma necessidade ou desejo”. A palavra “produto” refere-se à um tipo específico de bem que possui características de tangibilidade, isto é, tem existência física. Conforme Kotler e Armstrong (1999, p. 126), “a base de qualquer negócio é um produto ou serviço. Uma empresa tem por objetivo oferecer algo de maneira diferente e melhor para que o mercado alvo venha a preferi-lo e até mesmo pague um preço mais alto por ele”. Isto significa que, cada vez mais, as organizações devem buscar investir e inovar em seus produtos e/ou serviços, pois o mercado acelerado e a concorrência acirrada faz com que um produto deixe de ser inovador, muitas vezes em questão de horas. O produto é o elemento-chave na oferta ao mercado.
9.1.1 Durabilidade: Bens duráveis. Segundo Kotler (2010, p. 418) bens duráveis “são bens tangíveis que são usados normalmente durante determinado período”, ou seja, podem ser utilizados diversas vezes.
9.1.2 Tangibilidade: Bem tangível. Kotler (2010, p. 448) ressalta que “bem tangível não envolve nenhum tipo de serviço associado”, ou seja, o consumo está apenas no produto. 9.1.3 Características
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A Marca é um nome diferenciado e ou/símbolo (tal como logotipo, marca registrada, ou desenho de embalagem) destinado a identificar bens ou serviços. Conforme Martins (1997, p. 15): “Uma marca é um produto ou serviço ao qual foram dados uma identidade, um nome e valor adicional de uma imagem de marca. A imagem é desenvolvida pela propaganda ou em todas as outras comunicações associadas ao produto, incluindo a sua embalagem”. Uma boa marca atrai o consumidor para o seu produto ou serviço e o mantém enquanto a engrenagem estiver funcionando com equilíbrio e eficiência: efeito comprovado pelo sentimento de valorização que nos retém às nossas marcas preferidas. Para Martins (1997, p 21), a forma ou o modo de gestão da marca estão intimamente relacionados às diferenças que as empresas têm sobre os seus concorrentes e à maneira com que os consumidores percebem ou reconhecem tais diferenças. O nome é o indicador essencial de uma marca, estabelecida pode beneficiar o fato de que pode gerar associações que servem para descrever uma marca. Segundo, Aaker (1998, p. 20): A criação do nome é importante demais para ser relegada a uma sessão de Brainstorming entre algumas pessoas em volta da mesa ou no restaurante. Ademais, um nome é muito mais permanente que a maioria dos outros elementos de um programa de marketing. Uma embalagem, um preço ou um tema da campanha podem comumente ser alterados com muito mais facilidade.
A logomarca, como pode ser observada na Figura 5, é um tanto confusa e não transmite a ideia e mensagem do produto comercializado pela organização. O grupo irá propor, no decorrer do projeto, uma nova logomarca tanto para a empresa, quanto para o produto a ser lançado.
Figura 5: Logomarca do Espaço Alternativo Naturalmente
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Fonte: Blog Naturalmente (2015)
Para auxiliar na comunicação e lembrança de marca, o grupo propôs um redesenho da logomarca, conforme a Figura 6: Figura 6: Proposta de redesenho da logomarca
Fonte: Desenvolvido pelos autores (2015)
O carrinho será produzido na cor natural do bambu e seu assento será de cor bege, justamente para manter a essência de um produto natural e sustentável. O tecido do assento será desenvolvido com algodão ecológico e garrafa PET reciclada. A Figura 7 mostra o design do produto em visão diagonal, lateral e também apresenta sua forma desmontada, muito prática, que permite guarda-lo em qualquer lugar, pois não exige muito espaço.
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Figura 7: Rascunho de design do produto
Fonte: Elaborado pelos autores (2015)
O Bambubê é um produto ecologicamente correto 5 , livre de componentes químicos e produzido artesanalmente. Observação: os produtos da Naturalmente Bambuzaria não possuem embalagem, serviços inclusos e rotulagem. Para identificar o produto e reforçar a lembrança de marca, o grupo propôs uma logomarca para o carrinho, remetendo à identidade visual da Naturalmente, conforme a Figura 8: Figura 8: Desenho da Logomarca
Fonte: Elaborado pelos autores (2015)
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Para um produto receber a tarja de ecológico, todo o processo produtivo deverá ser limpo e apropriado, com uso de matériaprima natural renovável ou não (mas reaproveitável), sintética reaproveitada e/ou reciclada, com insumos ecológicos, com baixo consumo energético para sua fabricação, com menor carga residual sobre o meio ambiente, com possibilidade máxima de recuperação ou reciclagem.
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A cor verde aproxima a relação com a natureza, a fonte com rasuras e rebuscada remete ao artesanal e para não deixar dúvidas do que se trata o produto, foi inserido um pictograma6 de carrinho com bebê.
9.1.4 Classificação De acordo com Crúzio (2003, p. 152), “bens de compras comparados são bens que o cliente decide comprar com base em critérios como adequação, qualidade, preço ou modelo – por exemplo, roupas, móveis, eletrodomésticos, etc.” Segundo Almeida (2010), os bens de compra comparados podem ser divididos em dois tipos: homogêneos e heterogêneos. O carrinho de bebê de bambu é classificado como um bem de compra comparado – heterogêneo.
9.1.5 Diferenciação funcional Formato similar aos carrinhos de passeio compactos, é dobrável, estrutura básica em “x”, conforme figura 6, já apresentada. Medidas: 93 (altura) x 79 (comprimento) x 45 (largura).
9.1.6 Preço O objetivo do preço é a Liderança na Qualidade do Produto: estratégia direcionada para ser líder em qualidade do produto. São chamados de luxos acessíveis, pois têm qualidade, preço e status Premium, mas estão ao alcance dos consumidores (têm base de consumidores fiéis). Para determinação da demanda, foi realizado um de levantamento e pesquisa de concorrência (venda direta ao consumidor) determinou-se o preço médio de R$ 300,00 a R$ 600,00. Existem opções mais simples e mais baratas, entretanto, poucos funcionais. Pela natureza do produto a demanda é inelástica, não se altera por fator externo ou interno, o preço pode ser o mesmo o ano inteiro.
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Desenho esquemático normalizado, destinado a significar, especialmente, em locais públicos, certas indicações simples (p. ex., direção da saída, interdição de fumar, localização dos banheiros públicos etc.), segundo Dicionário Aurélio.
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- Cálculo básico da demanda: Potencial total do mercado (Q)
= Número de
compradores (n) X quantidade comprada (q) X preço médio unitário (p) onde n = 156 ao ano q=1 p = R$ 450,00 Q = R$ 70.200,00
A composição do preço será feita por unidade produzida.
- Custo de produção Tabela 2: Composição do preço
Item Mão de obra (valor) Bambu Tecido algodão ecológico Rodízios Verniz para acabamento Material de acabamento (pregos pequenos, linha) Plástico bolha – embalag. (largura 1,30m) Folheto de instrução de uso
Quantidade 10h 4 toras de 1,80 1,50mX1,50 4 1 litro
Custo unitário Valor total R$ 15,00 R$ 150,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 10,90 R$ 16,35 R$ 5,00 R$ 20,00 R$ 30,00 R$ 30,00 R$ 20,00 R$ 20,00
1 metro
R$ 1,52
R$ 1,52
1 folha A5
R$ 1,12
R$ 1,12
Total
R$ 238,99
Fonte: Desenvolvido pelos autores (2015)
Observação: o referido valor acima cobre a mão de obra e despesas com matéria prima, entretanto não corrobora com o desenvolvimento do negócio. Método de precificação baseado em valor percebido pelo cliente: por se tratar de um produto artesanal, não poluente e ecologicamente correto, terá um valor acima do mercado com margem de lucro de cerca de 31%, levando em consideração que trabalho artesanal não é tributado quando não existe relação trabalhista, como é o caso da Naturalmente Bambuzeria. Capacidade de produção: 1 carrinho a cada dois dias, 3 por semana, 13 por mês, 156 ao ano. Poucas unidades podem denotar qualidade superior e preço premium.
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Preço estimado: R$ 349,00
9.1.7 Canais de distribuição
Para Coughlan et al. (2002), os processos dos canais de distribuição buscam disponibilizar um produto ou serviço para uso/consumo. Portanto, busca-se satisfazer os usuários finais no mercado. Por isso, é preciso definir quais canais de distribuição e suas respectivas características são de fato eficientes para o sucesso de uma organização na comercialização de seus produtos. O canal de distribuição da Naturalmente é direto com o seu cliente, sem ter intermediários, assim a empresa manterá contato de forma direta e exclusiva com os seus consumidores. Para Kotler (2000), o objetivo da estratégia de distribuição é assegurar que seus produtos estejam disponíveis nas quantidades apropriadas nos lugares e momentos certos. A distribuição envolve toda a atividade que visa conduzir fisicamente o produto do fabricante até o consumidor final, para isso é necessário criar e utilizar os canais de distribuição que definem o caminho que o produto irá percorrer. A definição dos canais de distribuição proposta consiste em aumentar a presença da Naturalmente no mercado de fabricação de carrinhos feitos com bambu, como fornecedor exclusivo deste produto, elevar o crescimento da empresa e tornar a marca conhecida. Para isso, é importante estabelecer um relacionamento com seus consumidores de forma direta, comunicando os valores, vantagens e atributos dos produtos e serviços oferecidos. Os canais de venda escolhidos serão através da loja física no Espaço Alternativo Naturalmente e on-line. A compra pela internet oferece a comodidade para efetuar a compra sem sair de casa e será através do seu blog já existente, que disponibilizará a foto do produto, especificações técnicas, preço e um botão com gateway de pagamento7, para que o consumidor possa efetuar a compra via cartão de crédito, débito ou boleto bancário. Como sugestão, utilizar o Paypal8. A entrega da
Segundo o site E-commerce News: “Gateways de Pagamento são interfaces utilizadas por empresas de e-commerce que servem para a transmissão de dados entre clientes, comerciantes e seus bancos. Os Gateways de Pagamento são utilizados pelas empresas que fazem negócios online para processar pagamentos com cartão de crédito, e também podem ser equipados para serem utilizados em pagamentos via telefone”. 8 Segundo informações disponibilizadas no site do PayPal: “O cliente quer parcelar a compra? Conte com o PayPal! Ofereça aos seus clientes brasileiros a opção de parcelamento em até 12 vezes sem juros nos cartões de crédito Visa e Mastercard e receba o pagamento de uma só vez, em 24 horas – esse prazo está sujeito à análise de risco e crédito, realizada pelo PayPal”. 7
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compra será feita diretamente pela Naturalmente ou com taxa de motoboy, limitando o raio de atuação em Porto Alegre e Região Metropolitana. Para outros locais, o cliente deverá conversar diretamente com o fabricante. O tipo de distribuição não será utilizado pelo fato da empresa não tratar com intermediários na venda dos seus produtos, pois a manufatura e a venda é feita diretamente com os seus clientes finais.
9.2 COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES PÚBLICAS
Com o objetivo de disseminar a informação sobre o produto inovador desenvolvido pelo Espaço Alternativo Naturalmente e criar a identidade visual e sua proposta de valor, será necessário desenvolver uma campanha de comunicação, conforme os itens descritos a seguir:
9.2.1 Campanha de divulgação do produto
a) Nome do produto: Bambubê b) Slogan: Protege a natureza e o seu bebê – O slogan foi pensado e
desenvolvido pelos componentes do grupo. Seu objetivo é transmitir a mensagem um produto sustentável que contribui com a preservação da natureza e que, ao mesmo tempo, protege o bebê que nele está sendo carregado, trazendo segurança e conforto para a criança. c) Objetivos: Promover o produto inovador – carrinho de bebê feito de bambu. Divulgar as práticas de produção de bens de consumo que não agridam a natureza com um novo olhar dos consumidores para o consumo consciente. Estabelecer diálogo com os stakeholders. d) Públicos: Prospects: Pessoa física, mães ou futuras mães, com nível superior,
classe A e B e faixa etária de 24 a 38 anos. Órgãos governamentais. Fornecedores.
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Parceiros (organizadores de feiras e restaurantes naturais). Associações de classe: Associação dos artesãos, Associações de
proteção ao meio ambiente, associações de fomento e geração de renda. Imprensa escrita, TV, Internet e publicações científicas.
e) Descrição das Ações Criação da identidade visual do produto – proposta de criação do logotipo com padrão de aplicação, incluindo: opção de cores, dimensões e fonte utilizada, através do MIV (Manual de Identidade Visual). A ação será realizada por Henrique Alonso. Redesenho da logomarca da empresa – O objetivo da ação é modernizar a imagem do logotipo e fonte utilizada, mantendo os tons utilizados e o conceito artesanal apresentado atualmente. É a primeira ação por tratar diretamente da imagem da marca e o impacto que ela pode causar no consumidor.
A logomarca será redesenhada pelo integrante do grupo responsável pelo projeto, Henrique Alonso e será apresentada aos diretores da Naturalmente para aprovação final. Reestruturação do Blog – o atual será analisado e serão sugeridas melhorias considerando as seguintes variáveis: layout, arquitetura da informação, conteúdo, frequência de disponibilização de conteúdo, informações de canais de contato e a inserção do menu de venda e pagamento on-line. Serão propostas melhorias como por exemplo: - Layout: serão propostas melhorias na identidade visual, definição do número de caracteres das postagens para que não fiquem destorcidas, destaque para os posts mais relevantes e definição do formato de imagem para melhor visualização. - Arquitetura da informação: este item auxilia o usuário a identificar de forma mais eficaz o conteúdo disponibilizado. Como melhoria, o menu será reformulado, contendo informações importantes como: quem somos, o que fazemos, onde estamos e como falar conosco. A proposta de alterações no blog será desenvolvida pela integrante do grupo, Michele Choaire, que também será responsável por indicar a forma de inserção dos meios de pagamento on-line, através do Paypal.
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Campanha Digital – a campanha digital deverá ser sustentada por quatro pilares, que segundo Felipe Morais9 são: - Engajamento: a comunicação realizada deve despertar o desejo do usuário, que por consequência, irá indicar o produto ou serviço oferecido, através de sua rede digital; - Relacionamento: o relacionamento é uma forma de promover o engajamento, através de identificação das necessidades do cliente e de retornos quanto aos seus questionamentos e comentários na rede, pois as pessoas seguem as marcar e desejam ser ouvidas por elas; - Conteúdo: quando uma pessoa segue uma marca, espera conteúdo. Quer informações sobre ela, o que faz, como faz, porque faz, onde pode encontrar. - Presença digital: disponibilizar conteúdo em diversas plataformas digitais de redes sociais para que o cliente encontre com facilidade as informações sobre as marcas.
A partir destas definições que devem sustentar a campanha digital, será proposta a reformulação da página atual do Facebook e a criação de outras plataformas como Instagram e Twitter, que serão responsáveis por apresentar as iniciativas da Naturalmente com a sustentabilidade, as atividades desenvolvidas do espaço, cursos, palestras, promovendo a conscientização para a causa. O grupo será responsável por indicar ao cliente fornecedores que possam desenvolver a estratégia de comunicação digital com briefing previamente descrito. Evento de Lançamento do Produto – o lançamento do produto será realizado durante o evento “Artesanal Porto Alegre”, que acontece de 18 a 21 de novembro de 2015, no Barra Shopping Sul em Porto Alegre, onde são realizados lançamentos de produtos, cursos, demonstrações, variedade de marcas e produtos.
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Felipe Morais é especialista e autor do livro Planejamento Estratégico Digital. Professor da Pós-Graduação em Marketing Digital da FIT, E-commerce School, Faculdade Trevisan, Miyashita Consulting, Digitalks entre outros. Palestrante e consultor de marketing digital. Atualmente é Gerente de Planejamento da Vostu.com e mantém o Blog do Planejamento.
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Segundo informações disponibilizadas no site WR São Paulo 10 , o evento recebeu mais de 8 mil pessoas na edição anterior e é o principal evento no setor de arte e artesanato da região sul. A inscrição para a participação como expositor que irá lançar um produto, deverá ser realizada neste site. A integrante do grupo, Danielle madeira, será responsável por conduzir esta ação. Assessoria de Imprensa – a ação de Assessoria de Imprensa será responsável por disponibilizar as informações relativas ao novo produto. Será desenvolvido release apresentando o Bambubê contendo: ficha técnica do produto, seu propósito, seus benefícios, onde encontrar, data e local de lançamento e uma descrição da Espaço Alternativo Naturalmente.
O release será disponibilizado para veículos utilizados pelo público identificado no item 3.4 e também para os que divulgam informações sobre sustentabilidade e comportamento sustentável, abrangendo jornais, revistas, programas de televisão, sites, blogs e redes sociais. A ação será coordenada e desenvolvida pela integrante do grupo Ellen Capponi.
Os objetivos de comunicação do projeto serão atendidos a partir das ações descritas e as demandas necessárias para a realização de cada ação estão detalhadas em cronograma no item a seguir e previamente mapeadas conforme diagrama na Figura 9:
Figura 9: Diagrama de comunicação
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Sediada em São Paulo, a empresa iniciou suas atividades em 1992 com a realização de eventos para o setor florestal, como o Congresso Internacional de Compensado e Madeira Tropical em Manaus e teve seu crescimento impulsionado pela organização de inúmeros cursos e seminários em toda a região Norte, culminando com a realização bianual da Feira de Máquinas e Produtos do Setor Madeireiro e da Feira da Indústria do Pará. A entrada no setor de arte, artesanato e artes manuais ocorreu em 2003, após a estreia da Artesanal, que desde o início mostrou o enorme potencial deste segmento econômico e se tornou Mega Artesanal em 2006. Desde então, surgiram as feiras Brazil Scrapbooking Show, Brazil Patchwork Show, Scrap & Arte Brasília, Artes nas Gerais, Artesanal Porto Alegre e o Congresso Nacional de Técnicas para as Artes do Fogo.
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Fonte: Elaborado pelos autores (2015)
9.2.2 Mensuração de resultados Através das técnicas de mensuração é possível avaliar o desempenho das ações de comunicação propostas e se a organização atingiu o objetivo esperado no início do planejamento. Segundo Kotler (2006, p.145), “as mensurações são as medidas de mudança de comportamento que vão dizer se o esforço de comunicação valeu a pena ou não, devem-se avaliar lembranças, sentimentos e atitudes do consumidor em relação à marca, bem como avaliar o impacto no público-alvo e reunir dados comportamentais da resposta do público”. A mensuração de resultados da campanha de lançamento do Bambubê tem como finalidade identificar se o produto e a empresa Naturalmente alcançaram a visibilidade e legitimação dos públicos de interesse esperada. As técnicas utilizadas para mensurar se o objetivo foi alcançado são:
Reestruturação do blog: Número de acessos, visualização de postagens e comentários / Número de vendas online / Quantidade de pagamentos online.
Campanha Digital: Número de curtidas, compartilhamentos / análise de comentários.
Evento de Lançamento do Produto: Pesquisa quantitativa, preenchida durante a exposição, que questiona a opinião sobre o novo produto e a Naturalmente Bambuzeria.
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Assessoria de Imprensa: Serão feitas clipagens com objetivo de identificar o número de inserções na mídia.
Venda pessoal: Avaliação por meio de feedbacks de clientes e metas atingidas na loja.
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10 CRONOGRAMA DE GESTÃO DA COMUNICAÇÃO
AÇÕES
Criação do Produto Criação da Identidade Visual do Produto
DEMANDAS Criar o prototipo do carrinho de bambú. Produzir o primeiro Bambubê. Criar a identidade visual: logomarca, padrões de aplicação e cores Criação, desenho e desenvolvimento da logomarca, desenvolvimento da logomarca.
Redesenho da logomarca
Assessoria de Imprensa
Restrututação do Blog
Aprovação Entrega do manual de identidade visual (MIV) Desenvolvimento do release Identificação dos veículos que deverão receber a informação Desenvolvimento do mailing de jornalistas e formadores de opinião Desenvolvimento do Press kit Contato com a Imprensa: envio do Press Kit e Agendamento de entrevistas com os diretores da Naturalmente Clipagem das notas/notícias/entrevistas veiculadas Análise da estrutura atual Desenvolvimento da proposta Apresentação da proposta para aprovação dos diretores da Naturalmente Implementação Reestruturação da fanpage atual: identidade visual e disposição das informações
Campanha Digital
Lançamento do Produto
Criação de um perfil no Instagram Desenvolvimento do planejamento das pautas com definição de conteúdos e frequencia Produção de Fotos Criação das peças que serão veiculadas Implementação Mapemaento de Feiras: de artesanato, ecológicas e orgânicas Contato para participação da Naturalmente nestes eventos Divulgação da participação para clientes e prospects
JUN
PERÍODO JUL AGO
SET
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11 CONSIDERAÇÕES
O cenário contemporâneo de valorização da sustentabilidade ambiental exige que indústrias e organizações preocupem-se em desenvolver produtos e serviços ecologicamente corretos, contribuindo com o desenvolvimento do planeta e reforçando o conceito de sustentabilidade. A corrida contra o tempo é árdua, pois há poucos anos o homem deu-se conta da necessidade de buscar o que havia perdido e trabalhar em busca da melhora do meio-ambiente e da vida. A engenharia ancestral visa resgatar métodos e práticas esquecidos pelo tempo e apresentar soluções simples e benéficas para a saúde da sociedade atual. O projeto apresentado teve como finalidade desenvolver um produto inovador e incentivar a produção de bens de consumo não agressivos à natureza e à saúde da humanidade. Foram realizadas pesquisas qualitativas, entrevistas e encontros com os proprietários da Naturalmente Bambuzaria, além de embasamento teórico que deram subsídio ao grupo durante o período de desenvolvimento. A disciplina Projeto Experimental Livre permitiu aos componentes do grupo ampliarem conhecimentos de mercado, estratégias de marketing e comunicação, estudadas ao longo do curso. Também proporcionou despertar o grupo para o chamado “espírito inovador”. A experiência de projetar e desenvolver um produto diferenciado no mercado e um plano de comunicação factível e fácil de implementar, contribuirá significativamente para o conhecimento e currículo profissional.
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REFERÊNCIAS
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em
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APÊNDICES APÊNDICE A
APÊNDICE B
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APÊNDICE C Espaço Alternativo Naturalmente lança produto inovador para bebês Nos dias 18, 20 e 21 de novembro de 2015, durante o evento “Artesanal Porto Alegre” no Barra Shopping Sul, em Porto Alegre, a Naturalmente lança um produto inovador para bebês: o Bambubê. Com o slogan “Protege a natureza e o seu bebê”, o produto promete revolucionar a forma de levar o bebê para um passeio, pois tratase de um carrinho desenvolvido com a matéria-prima bambu. Com conceito único no segmento e design natural, o bambu é fonte renovável e a Naturalmente se utiliza do mote de sustentabilidade para a produção do produto. O fácil plantio, crescimento, colheita e sua manutenção acarreta fácil acesso e uma produção mais humanizada, garantem um futuro mais sustentável, além de completa segurança para o bebê, visto que o produto segue todas as normas técnicas previstas para este quesito. Sobre o Espaço Alternativo Naturalmente: O Espaço Naturalmente é um projeto independente, que nasceu da busca por uma vida simples, situado no Extremo Sul de Porto Alegre (Zona Rural). O Espaço ocupa uma área de 24 x 26m (624 m²) e foi fundado por Carlos, no final de 2009, com o apoio da Ecovila Arca Verde, representada pelo Leandro Sparrenberger, ministrante da primeira oficina no local, a construção do YURT de bambu, habitação originária das estepes da Ásia Central. O local é a residência de Carlos e Patrícia, e também a sede da marcenaria de Bambu. Utilizam das técnicas de Permacultura e Bioconstrução, vivendo a Permacultura diária e familiar. Eventualmente, abrem as portas do Espaço para as oficinas, com o intuito de repassar este conhecimento teórico e prático para as pessoas, colaborando com a difusão séria da sustentabilidade. Para
maiores
informações
http://espaconaturalmente.blogspot.com.br/
acesse
ou conheça
o
blog
o espaço na Rua Nove
Irmãos 131, Lami – Porto Alegre/RS, aberto das 9h às 18h de segunda a sábado ou pelo telefone (51) 9327-4865 / (51) 8152-0296.
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APÊNDICE D ENTREVISTAS: Edna, estudante de Jornalismo. Mamãe da Anthônia de 10 meses. 1- Quando você passeia/passeava com seu bebê, o que você valoriza/valorizava no carrinho de passeio? Design, preço, matéria-prima, conforto, segurança... R: Conforto e segurança em primeiro lugar sempre! 2- Quando adquiriram carrinho, cadeira, berço, o que levaram em consideração na hora da compra? R: A segurança e o conforto. Cores, design e matéria prima foram consequências. a. Não foi feito pesquisa. (Fizeram pesquisa para a compra, onde, como ele é, quanto custou, o que impactou na decisão) 3- Como enxergam estes produtos acima se produzidos com matéria-prima considerada sustentável? R: Simples, confortável e com o custo mais baixo que os carrinhos convencionais. Sem expectativa de aproveitamento (utilização por outras crianças). 4- E se os carrinhos forem produzidos por matérias sustentáveis? R: Estando dentro dos pré-requisitos conforto e segurança, utilizaria sem problemas! 5- Já ouviram falar sobre produtos desenvolvidos com bambu? R: Sim! a. Se sim: b. 4.1 – Qual? Cadeiras c. 4.2 – Já adquiriram algum produto produzido com bambu? Já. 6- Você compraria um carrinho de passeio de bebê produzido com bambu? Se sim/não, por quê? R: Sim, porque é um meio de ajudar o planeta e economizar. a. Loja física (compraria através da internet ou iria até a loja física – o que prefere) Andreza, recepcionista. Mamãe do Ian Gabriel de 1 ano e 2 meses. 1- Quando você passeia/passeava com seu bebê, o que você valoriza/valorizava no carrinho de passeio? Design, preço, matéria-prima, conforto, segurança... R: Primeiramente a segurança do carrinho, pois temos que saber que nada irá fazer com o que o bebe caia ou se machuque no próprio. O conforto também é essencial pois não adianta de nada a criança não ficar confortável, ela
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simplesmente tem que ter a segurança e o conforto necessário para que nós, pais, fiquemos tranquilos na hora do passeio. Em questão da matéria prima acho que inclui na segurança também, pois tem que ser feito de material resistente para que a criança não tenha uma possível queda ou coisa pior. Preço é questão de cada produto né, e o design para mim não importa. 2- Quando adquiriram carrinho, cadeira, berço, o que levaram em consideração na hora da compra? a. (Fizeram pesquisa para a compra, onde, como ele é, quanto custou, o que impactou na decisão) R: Bom, posso falar por mim que, no começo pesquisei em mercados e até mesmo em lojas infantis, mas na hora não precisei de muito pois meu filho ganhou tudo dos padrinhos. 3- Como enxergam estes produtos acima se produzidos com matéria-prima considerada sustentável? R: Se fosse de ótima qualidade, por que não? Todo o produto sustentável é de grande utilidade em um mundo como o nosso de hoje em dia, se houver conforto e segurança para os nossos pequenos, por que não investir? Os produtos que compramos e não usamos mais vão para o lixo e demoram muito mais tempo para se descartar, então acho uma boa! 4- E se os carrinhos forem produzidos por matérias sustentáveis? R: Que nem falei antes, se tiver conforto e toda a segurança possível para o bebê, por que não investir em algo bom não só para nos mas para o planeta? 5- Já ouviram falar sobre produtos desenvolvidos com bambu? a. Se sim: R: Ainda Não b. 4.1 – Qual? c. 4.2 – Já adquiriram algum produto produzido com bambu? 6- Você compraria um carrinho de passeio de bebê produzido com bambu? Se sim/não, por quê? a. (Compraria através da internet ou iria até a loja física – o que prefere) R: Sim, o planeta agradece e nosso bolso também! Preferiria ir até alguma loja para poder conhecer o produto e testar, e ver todos os meios de segurança e conforto Ruth, vendedora. Mamãe do Benício de 7 meses. 1- Quando você passeia/passeava com seu bebê, o que você valoriza/valorizava no carrinho de passeio? Design, preço, matéria-prima, conforto, segurança... R: Conforto e segurança. 2- Quando adquiriram carrinho, cadeira, berço, o que levaram em consideração na hora da compra? R: Procuramos preço e qualidade dos produtos, além do conforto, principalmente no berço/colchão.
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a. Pesquisamos bastante, em tudo quanto foi tipo de lojas. (Fizeram pesquisa para a compra, onde, como ele é, quanto custou, o que impactou na decisão) 3- Como enxergam estes produtos acima se produzidos com matéria-prima considerada sustentável? R: Seria melhor se fossem produzidos de matéria prima sustentável. Hoje, há vários carrinhos e bebês conforto que assim que caem em desuso são descartados de maneira incorreta. 4- E se os carrinhos forem produzidos por matérias sustentáveis? R: Acho ótimo, como todo produto que é feito de maneira sustentável. 5- Já ouviram falar sobre produtos desenvolvidos com bambu? R: Sim, já vi bicicletas de bambu, não comprei por ser caro. a. Se sim: b. 4.1 – Qual? Bicicletas. c. 4.2 – Já adquiriram algum produto produzido com bambu? Não. 6- Você compraria um carrinho de passeio de bebê produzido com bambu? Se sim/não, por quê? R: Se trouxesse segurança e conforto para o meu bebê, compraria sim! a. Loja física (compraria através da internet ou iria até a loja física – o que prefere)
APÊNDICE E
Transcrição de entrevistas: Entrevista - 1 Andresa - Advogada e Gerente de Recursos Humanos. Ainda não é mãe, mas pretende ser. Eu planejo ter filhos. Agora no início do ano sofri um aborto espontâneo. Agora é esperar o tempo que precisa, mas 1 ou 2 meses e vamos tentar novamente. 1- Quando você for passear com o futuro bebê, o que você irá valorizar no carrinho de passeio? Design, preço, matéria-prima, conforto, segurança... Em primeiro lugar prezo a segurança e o conforto. Já comprei algumas coisas , logo que soube da gravidez, fiquei super contente e lógico, no primeiro final de semana eu e meu marido saímos para ver as coisas para o neném. Claro que a gente nem se preocupou com o preço, compramos pequenas coisas, sapatinho, uma roupinha, mesmo nem imaginando o sexo. Talvez neste momento de emoção ainda, difícil a gente se preocupar com o preço... 2- Já adquiriram carrinho, cadeira, berço? O que levaram em consideração na hora da compra?
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(fizeram pesquisa para a compra, onde, como ele é, quanto custou, o que impactou na decisão) Não, apenas pequenas coisas, pois em seguida sofri o aborto. Não pesquisamos nada, nosso programa foi ver lojas e coisas de bebê num final de semana logo que soube que estava grávida. 3- Como enxergam estes produtos acima se produzidos com matéria-prima considerada sustentável? Olha, ainda se tem a percepção de que estes produtos chamados de sustentáveis são caros, mas não tenho nada contra. Também ainda não me apercebi se faço uma escolha na hora de comprar por ser algo sustentável. 4- Já ouviram falar sobre produtos desenvolvidos com bambu? Ah que legal, nunca tinha visto bicicleta de bambu! Olhando estas fotos eu gostei desta de bambu. Já vi móveis de bambu, acho bonito. Não tenho nenhum produto com bambu. 5- Você compraria um carrinho de passeio de bebê produzido com bambu? Se sim/não, por quê? (compraria através da internet ou iria até a loja física – o que prefere) Acho que sim (sem muita convicção). Nunca pensei sobre isso. Mas se estiver com todos os selos exigidos pelos órgãos reguladores, talvez sim. Olhando esta bicicleta agora, acho que sim, gostei dela. Pesquiso bastante as coisas na internet, mas as coisas do meu filho quero comprar na loja. Só se for alguma coisa que não acho de jeito nenhum por aqui.
Entrevista - 2 - Lisiane – Gerente Financeiro – Mãe do Vitinho de 4 anos 1- Quando você passeia/passeava com seu bebê, o que você valoriza/valorizava no carrinho de passeio? Design, preço, matéria-prima, conforto, segurança... Nunca fui muito ligada e preocupada com design. Essas coisas são para marqueteiros que nem tu!!! Meu marido é surfista, então ele gosta de coisas mais roots, mas natureba, mais leves, e eu sou números total, tô sempre vendo o custo benefício das coisas. Mas segurança, claro, fator primordial para crianças. O carrinho do Vitinho foi herança do priminho, mas era um carrinho super caro. Tinha um para dormir em casa e outro para passear, este último tinha que ser leve e fácil de carregar, dobrar. Já passei trabalho com uns trambolhos! Então o carrinho de passeio tem que ser prático, é isso? Isso, imagina, sair com criança é um monte de tralha, se tu vai para o parque por exemplo, tem um monte de coisas para colocar no carro. O carrinho precisa ser leve e montar e desmontar facilmente. 2- Quando adquiriram carrinho, cadeira, berço, o que levaram em consideração na hora da compra?
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a. (fizeram pesquisa para a compra, onde, como ele é, quanto custou, o que impactou na decisão) O carrinho de ficar em casa (que às vezes ia para a rua) foi herança, conforme havia falado. O de passeio compramos nos EUA, em Chicago, em uma visita ao meu irmão. Ele é de super levinho e fecha e abre em apenas 1 movimento. Bem bom. O Vitinho aidan usa. (rindo) 3- Como enxergam estes produtos acima se produzidos com matéria-prima considerada sustentável? Ah meu marido, o Márcio, adora tudo, pesquisa tudo, eu só acompanho e acabei me interessando também. Não tenho nada contra, mas muitas vezes já vi alguns produtos com o preço muito mais alto. 4- E se os carrinhos forem produzidos por matérias sustentáveis? Se fosse seguro e com bom preço, certamente compraria ou m e interessaria. 5- Já ouviram falar sobre produtos desenvolvidos com bambu? a. Se sim: b. 4.1 – Qual? c. 4.2 – Já adquiriram algum produto produzido com bambu? Adorei estas bicicletas, nossa esta de bambu é muito legal!! Bom, conheço móveis de bambu, na minha varanda tem. Já vi ta,bem pracinha de prédio com alguns brinquedos de bambu e agora conheço esta bicicleta muito louca de bambu. Adorei muito! 6- Você compraria um carrinho de passeio de bebê produzido com bambu? Se sim/não, por quê? a. (compraria através da internet ou iria até a loja física – o que prefere) Compraria sim. Sem nenhum problema, nunca vi um, mas se for que nem a bicicleta tá valendo! Talvez o preço me impactaria na hora, se ele fosse muito acima da média dos outros carrinhos. Mas compraria.
APÊNDICE F
Segmentação de público 12345-
Futuros pais e mães Já são pais e mães Não são pais mães (pretendem) Especialista – Pediatra Consulta IN METRO
Iniciar a pesquisa com a técnica projetiva, utilizando imagens de diversas bicicletas: Para começo de conversa o que vocês pensam sobre todas estas bicicletas? (mostrar
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os cards de várias bicicletas: elétrica, esportes, passeio cm design, desmontável e bambu)
Perguntas Grupo 1 e 3: Luiza Girelli – 23 anos grávida 6- Quando você for passear com o futuro bebê, o que você irá valorizar no carrinho de passeio? Design, preço, matéria-prima, conforto, segurança... Custo-benefício, conforto e segurança. 7- Já adquiriram carrinho, cadeira, berço? O que levaram em consideração na hora da compra? (fizeram pesquisa para a compra, onde, como ele é, quanto custou, o que impactou na decisão) Não foi adquirido, porém levará em consideração preço, conforto e segurança. 8- Como enxergam estes produtos acima se produzidos com matéria-prima considerada sustentável? Se não tiver impacto nas outras características do produto, acredito que a matéria prima sustentável é melhor. 9- Já ouviram falar sobre produtos desenvolvidos com bambu? Não Se sim: 4.1 – Qual? 4.2 – Já adquiriram algum produto produzido com bambu? 10- Você compraria um carrinho de passeio de bebê produzido com bambu? Se sim/não, por quê? Não sei, acredito que dependa da qualidade e desing do carrinho. (compraria através da internet ou iria até a loja física – o que prefere)
Grupo 2: Karine – 26 anos 7- Quando você passeia/passeava com seu bebê, o que você valoriza/valorizava no carrinho de passeio? Design, preço, matéria-prima, conforto, segurança... A Segurança em primeiro lugar, seguido do conforto e preço. 8- Quando adquiriram carrinho, cadeira, berço, o que levaram em consideração na hora da compra? Foi levado em consideração o custo/beneficio, procuramos por produtos que iriamos poder utilizar por um período de tempo maior, que oferecesse segurança e conforto.
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a. (fizeram pesquisa para a compra, onde, como ele é, quanto custou, o que impactou na decisão) Sim, analisamos produtos de diferentes marcas, o que impactou para a compra foi a qualidade do material por um valor não tão acima da média dos outros produtos. 9- Como enxergam estes produtos acima se produzidos com matéria-prima considerada sustentável? Desde que apresentem qualidade e segurança, acho a ideia magnifica, se o valor se manter dentro da faixa do mercado. 10- E se os carrinhos forem produzidos por matérias sustentáveis? Com certeza teria curiosidade em experimentar se me sentisse segura. 11- Já ouviram falar sobre produtos desenvolvidos com bambu? Não. a. Se sim: b. 4.1 – Qual? c. 4.2 – Já adquiriram algum produto produzido com bambu? 12- Você compraria um carrinho de passeio de bebê produzido com bambu? Se sim/não, por quê? Sim, desde que suprisse a minha necessidade. a. (compraria através da internet ou iria até a loja física – o que prefere) Iria até uma loja física.
Especialista 1- Qual é o modelo ideal para o carrinho de passeio de bebê? 2- O que é preciso cuidar na hora da compra do carrinho? 3- Considera que a estrutura de um carrinho desenvolvida com bambu é adequado?
IN METRO – pesquisa por telefone sobre normas técnicas para desenvolvimento de produtos para bebês – berço, carrinho, cadeira.
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APĂ&#x160;NDICE G Figuras utilizadas durante a entrevista
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