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Atualidades
Revista semestral. Curso de Relações Públicas/Famecos/PUCRS - Ano 20 n° 35 - Porto Alegre, RS, Brasil - Julho 2013
FERNANDA DALKE/ RRPP
COMUNICAÇÃO POR MÚSICA Instituto de Cultura Musical da PUCRS sai em busca de novos públicos. Sobremesa Musical é uma das iniciativas.
CAMILA MORAES
DOUTORZINHOS
OUVIDORIA
Eles levam alegria aos hospitais
Sociedade Tatuagem atual exige ainda pode respostas prejudicar Universidade ouve seus públicos a imagem?
Ação social de voluntários
PROFISSÃO
Abertura
Destaque para a inovação • O relações-públicas, para acompanhar o atual mercado, deve ser inovador e ter perfil de empreendedor ARTE: ANNA MOSER DIETSCHI
O profissional de Relações Públicas deve ser cada vez mais completo, saber sobre diferentes áreas e ter conhecimentos variados. Nessa perspectiva, o empreendedorismo, por buscar novas oportunidades, inovação e exigência de qualidade, tem tudo para agregar nessa trajetória. O momento do mercado é altamente competitivo, no qual o público consumidor pensa e opina sobre a empresa, e as novas tecnologias deixam as ações cada vez mais transparentes. Percebe-se uma maior preocupação das organizações em manter um bom relacionamento com seus públicos e a preocupação com a imagem. Nesse cenário, o profissional de Relações Públicas entra com papel importante, sendo responsável por todas essas preocupações. Paulo Nassar, professor do curso de Relações Públicas da ECA-USP, afirma que o profissional de Relações Públicas deve ir além do conhecimento da sua área, para entender também sobre conhecimentos políticos, econômicos e da própria cultura da empresa, já que esses fatores têm forte influência para as organizações. Para agregar ainda mais valor à sua carreira, o relações-públicas poderá adotar um perfil de empreendedor. Busca de oportunidades, iniciativa, persistência, comprometimento, busca pela inovação, saber estabelecer metas, buscar exigência de qualidade e eficiência são algumas das várias características do empreendedor. Ser um empreendedor vai além de ter negócio próprio, significa ser empreendedor em tudo que se faz, incluindo dentro de uma organização. Significa ser um colaborador ao invés de ser apenas um funcionário, significa procurar agregar valores, além de simplesmente cumprir tarefas. A estudante de Relações Públicas e sócia diretora da Cinco Marias Agência Digital, Telma Lampert, comenta que o empreendedorismo está presente em sua vida de todas as maneiras. “Todas minhas ações são bem planejadas, vivo o empreendedorismo intensamente, já que tudo pode influenciar o negócio, seja de forma positiva ou até mesmo negativa”, observa Telma.
A jovem acredita que o empreendedorismo pode ajudar o relações-públicas na questão da inovação, permitindo apresentar novas ideias para o mercado e através da atualização constante de conhecimentos, o profissional tem a chance de se destacar. “Um negócio realizado com dedicação, planejamento, organização, qualidade e vontade pode sim dar certo e isso só ajuda o profissional perante o mercado, auxiliando, inclusive, na sua legitimação como relações-públicas”, afirma a estudante. Telma Lampert destaca o diferencial de um relações-públicas que tem perfil de empreendedor: “Os principais diferenciais são a vontade de
aprender, de realizar um sonho e correr atrás dos seus objetivos, de propor mudanças e novas ideias, de aceitar desafios, de ser autoconfiante, de vislumbrar resultados, de não medir esforços para realizar algo, de se comprometer, de ter prazer naquilo que faz, de não ter medo das responsabilidades, de querer ser independente, de agarrar as oportunidades, de valorizar cada conquista e também reconhecer cada fracasso e tentar outra vez, de cobrar de si mesmo pela excelência e qualidade do trabalho, enfim, de ser um profissional que quer sempre mais!”
Anna Moser Dietschi
As características que o empreendedor deve possuir:
∆∆ Telma Lampert
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Autoconfiança Iniciativa Comprometimento Exigência de qualidade e eficiência Independência Correr riscos calculados Saber estabelecer metas
• • • •
Buscar informações Planejar e monitorar sistematicamente Capacidade de persuasão e de formar rede de contatos Estar sempre em busca de novas oportunidades
Abertura
O INFERNO SÃO OS OUTROS • Profissão de Relações Públicas é eleita a 5ª mais estressante FRANCIELLE BENETT FALAVIGNA
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m pesquisa realizada pelo site CarrerCast.com, as Relações Públicas apresentam um nível de estresse de 48.52 sobre um total de 100 pontos, o que reforça a ideia de que as relações interpessoais vêm “incomodando” cada vez mais. E muito. Lidar com o outro, relacionar-se e, por fim, a mais difícil de todas as tarefas, comunicar-se, são, sem dúvida, práticas bastante complicadas. Isso porque os profissionais de Relações Públicas fazem a gestão de relacionamentos e, mesmo que trabalhem pela harmonia total nas relações, sabem que esta é uma realidade inatingível. A comunicação excelente ocorreria apenas se conseguíssemos mergulhar no outro e sentirmos de fato aquilo que ele procura e realmente quer ouvir, enxergar e obter. Quando Sartre atribuiu o “inferno” aos outros talvez nem fizesse ideia de que as Relações Públicas surgiriam justamente para gerir e amarrar tudo isso. É uma fórmula equivalente, se há crise, há RP. Um exemplo de gerenciamento de crise que, não foi perfeito, é claro, mas representou muito, muito estresse, foi o da Companhia Aérea TAM. O pronunciamento tardio e frio da gestão de comunicação referente ao acidente do voo 3054, ocorrido em 2007, contribuiu para que a imagem e a reputação da organização fossem afetadas. O sucesso total do gerenciamento da crise não foi possível, porque não há como sentir exatamente da mesma forma como sentiram as 187 famílias que perderam pessoas queridas. A Coordenadora da Assessoria de Comunicação da PUCRS (ASCOM), Ana Maria Roig, vê a crise como consequência de uma atitude inadequada ou surpreendente, pois “normalmente esse impasses ocorrem a partir de uma decisão
∆∆ Ana Roig : “Relações Públicas é estressante porque lida com a diferença de interesses” errada ou acidente. Como no caso da TAM, que gerou uma crise com potencialidade de interferência da imprensa”. Questionada sobre o nível de estresse das Relações Públicas, a coordenadora garante que “a área de gestão de relacionamento em Relações Públicas é realmente estressante devido à diferença dos interesses, principalmente em nível de conflito, afinal lidamos com a existência de impasse entre as pessoas e isso está implícito no relacionamento”. A atividade de Relações Públicas, portanto, não é nada fácil. A utopia de relações plenas e harmoniosas deverá parar de causar tanto estresse, na medida em que os profissionais da área cada vez mais se conscientizem do seu espaço no conflito e na busca pela excelência, mesmo que ela jamais venha a existir.
As 10 profissões mais estressantes em 2013: 1ª – Militar 2ª – General 3ª – Bombeiro 4ª – Piloto comercial aéreo 5ª – Relações-Públicas 6ª – Chefe de corporação executiva 7ª – Fotojornalista 8ª – Repórter jornalístico 9ª – Taxista 10ª – Policial
Amanda Dhein e Francielle Falavigna
PARA ENTENDER MELHOR RP As concepções de estética, moral e ética podem e, de fato, auxiliam muito na compreensão das Relações Públicas. O conceito de estética associado à RP está vinculado ao retorno satisfatório das estratégias e atividades realizadas, especialmente no ramo empresarial. Se as funções forem menos táticas e mais estratégicas, logo se obterá sucesso nas atividades desempenhadas. A moral, que consiste em um conjunto de normas e costumes habituais, também aplicados à profissão, esclarece dúvidas acerca do que vem a compor as Relações Públicas. Avaliar, prognosticar, diagnosticar as políticas de relacionamento, pesquisar e implantar ações e programas estratégicos são atividades que legitimam a moral da profissão. Os profissionais de Relações Públicas são responsáveis por estudar
a moral da atividade para que possam entender melhor o ofício, atuar de forma eficaz, assim como construir uma reputação sólida e uma imagem que transmita confiança aos seus mais variados públicos. Esse estudo se chama ética e é a partir dele que se desenvolvem práticas que possam garantir sucesso. É imprescindível entender a moral de uma profissão, ou seja, o que realmente é, para que possamos concluir julgamentos sustentados em dados concretos. De nada vale construirmos opiniões em cima de informações não consistentes. O que realmente constitui a profissão (a identidade) é o que você imagina ser RP (a visão). Amanda Dhein e Francielle Falavigna
Julho 2013 /RRPPAtualidades
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STÉPHANIE MROSS
RP só faz festinha? • Uma relações-públicas por trás de um grande evento.
∆∆ As modelos encantaram o público ao desfilarem com roupas de chocolate, produzidas com 90 quilos de cacau, na Chocofest, em Gramado
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evento Chocofest acontece há cerca de 20 anos, com atrações no período da Páscoa, na cidade de Gramado, e há quatro anos conta com os desfiles de moda produzidos pelo Senac-RS, na Rua Coberta. Em 2011, a Instituição trouxe um desfile inspirado na rainha Maria Antonieta, com ornamentos feitos em açúcar. No ano de 2012, o chocolate branco encantou os espectadores, com o desfile “Universo Polar”. Já em 2013, foi a vez dos 90 quilos de chocolate ilustrarem a história da moda do século xx, o único desfile no mundo a apresentar roupas totalmente feitas com chocolate. A produção dos desfiles cresce a cada ano. A cidade de Gramado conta com a visita de turistas de outros estados, gera grande repercussão e, inclusive, foi parar em programas da Rede Globo, como “Encontro”, da repórter e apresentadora Fátima Bernardes, no último desfile (2013), e no programa “Mais Você”, da apresentadora Ana Maria Braga (2012). O sucesso desse trabalho deve-se ao empenho da equipe de colaboradores do Senac-RS, entre eles o coordenador do curso de moda Márcio Weiss, a coordenadora do curso de gastronomia Úrsula Silva, e as coordenadoras do evento Fernanda Romangnoli e Fernanda Bugs, que, através de inovações, buscam surpreender o público. No seu segundo ano coordenando o evento, Fernanda Bugs, Analista II de Eventos da Asses-
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soria de Marketing do Senac-RS, ex-famequiana formada em Relações Públicas, pós-graduada em Gestão Estratégica de Pessoas, na Faculdade Senac Porto Alegre, é um exemplo do esforço realizado para que tudo dê certo e traga sucesso. Fernanda contou, em entrevista, como é trabalhar na área de eventos e a importância do proSTÉPHANIE MROSS
∆∆ Fernanda Bugs, 26 anos, relações-públicas
fissional de Relações Públicas nas produções. A RP participa da organização dos desfiles de moda do Senac-RS na Chocofest desde o início e diz que ele é o seu “xodozinho”. “Como no desfile realizado na Chocofest, todos os eventos deveriam ter um profissional da área, assim como todas as empresas, independentemente do segmento. O papel desse profissional é essencial para que a coisa funcione”, assegura. Apesar de no período de sua formação ter encontrado dificuldades por não haver tanto espaço no mercado de trabalho, nunca desistiu da profissão. Afirma que hoje isso vem se revertendo. O mercado abre espaço e percebe a importância desse profissional em qualquer área. Ela emociona-se e levanta a bandeira da profissão. Mostra-se apaixonada pela atividade, pois é uma profissão agregadora e que valoriza o trabalho em equipe, assim como a área de Eventos, em que sempre esteve envolvida desde o início do curso. “Um evento envolve o imaginário das pessoas, a dedicação e o esforço de todos e, apesar do grande trabalho e da grande administração que se deve ter, é um aprendizado enorme. É gratificante porque o evento é a realização das pessoas, do cliente”, afirma. E acrescenta: “Se você acha RP só faz festinha, então você vai ter o melhor evento”.
Caroline Chaves Nair Ilha Stéphanie Mross
Mais que executor, um estrategista
FLICKR EU SOU FAMECOS
• Márcio Oliveira faz a diferença na área de eventos como profissional de Relações Públicas Relações Públicas é a ação que demorou. Mas hoje, acredito que está à frente de toda e qualquer nós mesmos não nos colocamos comunicação. Essa é a opinião de como deveríamos no mercado, por Márcio Oliveira, em entrevista à re- isso, deixamos espaço para outras vista RRPP Atualidades. Graduado profissões exercerem nossas funem Comunicação Social – Habilita- ções.” Ele diz que o evento é o moção em Relações Públicas (2012/2) pela PUCRS, ele está inserido no mento que a organização pode concretizar o relaciomercado de trabalho, como RP, desde seu “É importante namento com seu público-interesse e prosegundo semestre na que saibamos mover seus produtos faculdade. Foi um ou serviços. “Como dos primeiros a partrabalhar a Analista de Eventos ticipar do Espaço Excomunicação é exigido estratégias periência. “Ali aprenno todo” para conseguirmos di tudo o que sei hoje atingir ao público da sobre ser relações -públicas e, principalmente, a como organização, deixo de ser um exeproduzir um evento. Do Núcleo de cutor de tarefas para assumir um Eventos, para uma oportunidade papel de estrategista”, afirma. O relações-públicas deixa uma no mercado como efetivado, foi um mensagem para os que pretenpulo”, revela. Analista de Eventos na Câmara dem seguir a área de eventos. Os de Dirigentes Lojistas de Porto Ale- estudantes devem se posicionar, gre (CDL-POA), inserido na área mostrar e executar as estratégias de Marketing, atuando no setor de comunicacionais aprendidas, para, eventos, Márcio relata seu maior a partir disso, fazer a diferença no desafio profissional: encontrar setor. “Procurem entender e sano mercado de trabalho relações- ber de todas as nossas funções, se -públicas na área de eventos. “Na possível, atuem um pouco em cada faculdade aprendemos que esse uma, depois sigam suas carreiras trabalho faz parte das atividades de na que mais se identificam, mas é RP e quando vamos para o merca- importante que saibamos trabalhar do existem administradores, arqui- a comunicação no todo e não parte tetos, engenheiros, pedagogos pro- dela”, ressalta. duzindo eventos”, surpreendeu-se. Caroline Chaves “Eu me perguntava como isso era Nair Ilha possível. Até eu compreender isso Stéphanie Mross FLICKR EU SOU FAMECOS
∆∆ Márcio se destacou na produção de eventos desde a época da faculdade
∆∆ Neka Machado defende a importância dos eventos para o Brasil
Os eventos brasileiros caracterizam seu povo Identificam o país a partir da integração das pessoas e da sensibilização que esses eventos provocam O Brasil é marcante por sua bam por refletir na cultura de cada diversidade cultural, de hábitos, sujeito”, enfatiza a professora. Para Neka Machado, duas escostumes e tradições, distribuídos em mais de 8 500 000 km². Nes- feras identificam a importância sa perspectiva, identificamos uma dos eventos brasileiros. A primeira diferença de tradições muito gran- de quem produz, em seu sentido de, oriundas de nossa formação. mais amplo: os envolvidos diretos Segundo a jornalista e “São impor- e indiretos nos processos, os que geram trabalho e relações-públicas Neka tantes pela renda e em escalas diverMachado, isso reflete disensação sas e segmentadas (turetamente na diferença de consumos culturais, prazerosa rismo, divisas, hotelaria, restaurantes, comércio, conforme cada região. que geram” indústria, economia...). Cada estado brasileiro “A segunda esfera, a dos possui seus eventos importantes, como Festival de Teatro que “consomem” — independente de Belo Horizonte, Planeta Atlân- do campo, religioso, esportivo, artida/RS-SC, Festival de Verão de tístico, gastronômico... é a sensaSalvador. Ainda há eventos mar- ção prazerosa que geram”, destaca. Cada evento que ocorre no cantes que tem alcance no país inteiro, como Rock In Rio, e futuros Brasil, seja de pequeno ou graneventos, como a Copa de 2014 e as de alcance, tem um reflexo direto no dia a dia dos cidadãos, e nessa Olimpíadas de 2016. Cada evento que ocorre no perspectiva devem ter a imporBrasil, seja religioso, esportivo ou tância que merecem, já que são cultural, é imprescindível na for- parcialmente responsáveis pela camação da identidade do povo e do racterização do país e de seu povo. país. “Em um sentido amplo, acre- “Se fizéssemos uma busca online ditamos que os eventos brasileiros ficaríamos surpresos com tantos podem despertar um incentivo acontecimentos e mercado para cultural para o povo. Estes eventos nós relações-públicas. No mais, é “operam” na sensibilização de seus repertório, conhecimento, compesujeitos consumidores. Paixão, co- tência e uma “saudável” rede de nhecimento, prazer, trabalho, fé, relacionamentos. E mãos à obra. respeito às tradições, entre outros Muito trabalho”, conclama a proaspectos, são elementos que cons- fessora. tituem este processo. E que acaAnna Moser Dietschi Julho 2013 /RRPPAtualidades
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UNIVERSO PARALELO
• Ecstasy: a droga que provoca um perigoso brilho em eventos jovens
RODRIGO FAVERA
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ovas experiências, sensação de bem- poral, da tensão muscular e da atividade motora, te. Guilherme conta que existem raves menores, -estar, aumento do interesse sexual, de- dores de cabeça, perda de apetite, náusea, visão conhecidas como PVT’s, que duram no máximo sinibição, euforia, aumento da extrover- borrada, insônia, crise de pânico, oscilação da dez horas. E, acima disso, já são raves com investimentos um pouco maiores. Em média, elas são e sociabilização, são alguns dos efeitos que pressão arterial, entre outros. A maioria dos usuários são jovens adultos, duram entre 16, 18 horas. Mas existem festas de os jovens desejam ao consumirem a droga do amor, mais conhecida como ecstasy. Nas raves, com predominância da classe média e média até 24 horas ou mais. A idade média do público alta, inseridos no mercado de traba- é de 18 a 25 anos. a droga é denominada, por usuários e Como dj, ele revela o que mais lhe chama distribuidores, como “bala”, a fim de “...a droga lho e com boa escolaridade. O preço de um comprimido de ecstasy varia atenção: “As pessoas gostam tanto deste ‘life styevitar a identificação dos seguranças. está presente de R$30 a R$50. le’, que acabam fazendo disso uma religião. Elas O que muitos não sabem é que, nos estádios O organizador e dj de raves, Gui- acordam cedo, dormem tarde e dedicam o seu nesse mesmo cenário, há uma considerável perda de líquidos, gerando de futebol, lherme Rosa, se mostra preocupado final de semana somente à música eletrônica. É consumo de drogas ilícitas nos um público muito fiel. Enquanto estiver tocando desidratação ao usuário. E o pior: nos parques com eventos. Ele relata que sua equipe algum dj, eles permanecem”. um grande aumento da temperatura e praças, em revista todas as pessoas a partir do Quanto à interferência da polícia, Guilhercorporal, por consequente, pode prome afirma que no decorrer do evenmomento em que entram vocar hemorragia interna e levá-lo à todos os no evento, afim de reduzir morte. “As pesso- to, não ocorre interferência. Eles lugares.” fazem o trabalho deles, nós fazemos ao máximo qualquer inciO ecstasy surgiu em 1914 com o as gostam o nosso. “Não é de nossa responsadente que possa acontecer. nome de MDMA, quando uma intanto deste bilidade se alguém está com entordústria farmacêutica a produziu com o intuito Porém, afirma que é muito complicado de tirar a fome e o sono dos militares durante a lidar com esse tipo de situação, e que ‘life style’, pecentes.” Quanto à segurança, eles possuem uma equipe terceirizada Primeira Guerra Mundial. Porém, dizem que ela não é um problema específico das raque acabam e orientada por um chefe de segununca chegou a ser utilizada com essa finalidade. ves: “...afinal, a droga está presente nos fazendo rança, normalmente indicado pela A partir dos anos 60, psicoterapeutas passaram estádios de futebol, nos parques e praa utilizá-la para elevar o ânimo de seus pacien- ças, em todos os lugares”. disso uma própria empresa, que trabalha de maneira muito próxima com alAo organizar esses eventos, Guites. Logo a seguir, nos anos 70, começou a ser religião”. guém da equipe. usufruído de forma recreativa, sendo procurado lherme e a equipe fazem uma seleção No final da entrevista, Guilherdo público que querem atingir, levando principalmente por estudantes universitários. O efeito da droga dura de quatro a oito ho- em conta o estilo musical, no caso, a música ele- me faz citação a uma frase de Anthony Papa (auras, variando de acordo com o organismo de trônica. Primeiro eles montam o “line-up” (or- tor do livro: 15 to life): “Se você não consegue cada pessoa. Há diferentes modos de uso, mas o dem/horário dos djs), depois, procuram estabe- controlar o uso de drogas dentro de um presídio ecstasy é mais comum em pílulas. A base da dro- lecer o contrato com o locatário do espaço onde de segurança máxima, como vai controlar em ga costuma ser misturada ou diluída com várias será realizado o evento, e em seguida começam uma sociedade, livre?” a produção das peças gráficas, como logomarca, substâncias, e muitas vezes, com outras drogas. Após o consumo, podem ocorrer alguns pulseiras e/ou ingressos. Roberta Pimentel A duração de uma rave depende do seu porefeitos colaterais: aumento da temperatura corVitória Zanini
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O marketing de relacionamento • Fidelização é competência de relacionamento
∆∆ Cláudia Beretta
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que as empresas cada vez mais vêm o que eles esperam da organização. Geralmente, buscando é o desenvolvimento de as instituições de maior porte já possuem essa relacionamentos efetivos e duradou- visão. As empresas estão valorizando os profissioros com seus públicos de interesse. O Marketing de Relacionamento, que não é “mo- nais da área e aprendendo a importância dessas dismo”, é necessário para conquistar ou man- ações. Conforme a concorrência aumenta, mais ter relações, satisfatórias, com seus parceiros a o mercado é competitivo. Então a dica é: invista longo prazo. É um processo de gerenciamento em marketing de relacionamento. Em uma entrevista concedida para a reestratégico de relacionamento, que permite a vista RRPP Atualidades da participação do cliente no PUCRS, a coordenadora desenvolvimento dos pro“Para fazer bem feito, de marketing do Senac-RS, dutos ou serviços das empresas. é preciso planejamento formada em Administração de Empresas e pós graduaAlgumas organizações e conhecimento, da em Comunicação Estraestão preparadas para exeações isoladas tégica de Marketing, Anna cutar o Marketing de RelaQuadros, afirma: “Para facionamento, sendo preciso, não caracterizam zer bem feito, é preciso plaàs vezes, apenas algumas relacionamento.” nejamento e conhecimento, mudanças no paradigma ações isoladas não caracteda empresa, para eficácia do processo. Entretanto, para aquelas que não rizam relacionamento.” Muitas empresas dizem possuem base para aderir a essa forma de ma- fazer o Marketing de Relacionamento, mas na rketing, o investimento poderá ser maior. É im- verdade não o fazem. “É importante que o clienportante analisar o que deve ser feito para aten- te esteja inserido dentro da cultura da empresa, der às necessidades dos públicos de interesse e e essa tem de ter a visão do cliente e não apenas construir o relacionamento certo. Para tanto, no cliente, caso contrário apenas a execução das deve-se ter conhecimento dos clientes e analisar ações não será suficiente”, completa. É importante que as empresas invistam em ARQUIVO PESSOAL profissionais especializados para atuar no segmento, e estejam sempre se atualizando. Para Anna Quadros, não é necessário que todos os profissionais envolvidos venham com o conhecimento de mercado, desde que tenham identificação com a área e gostem de trabalhar com clientes. Segundo ela, além do conhecimento, o colaborador deve ter paixão, se identificar com esse trabalho e saber identificar as reais necessidades dos seus clientes. O principal objetivo do Marketing de Relacionamento é garantir a lealdade do cliente com a organização. Assim, além de aumentar a lucratividade, conseguirá ter o cliente como aliado, e mantendo uma parceria, fará com que ele espalhe para a sua rede de contatos a boa imagem da organização. O Marketing de Relacionamento vem para agregar no mercado, cada vez mais competitivo e com clientes exigentes. Investir em relacionamentos duradouros e efetivos é crucial para que as organizações fidelizem seus clientes e perpetuem no mercado.
∆∆ Anna Quadros, coordenadora de marketing
Caroline Chaves Nair Ilha Stéphanie Mross
Como fazer a diferença Uma profissional que lidera atualmente 21 colaboradores na Assessoria de Comunicação e Marketing do Senac-RS. Cláudia Maria Beretta tem 44 anos, casada, dois filhos, formada em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela PUCRS, pós-graduada em Marketing pela ESPM-Sul, mestre em Comunicação pela Unisinos, atua há quase dez anos na instituição. Cláudia concede uma entrevista para mostrar um pouco da sua experiência como gerente de Comunicação e Marketing: Você se vê aplicando a teoria aprendida no ambiente profissional? Sim, eu considero a teoria muito importante, ela embasa as práticas. Acredita que há preconceito com a área da comunicação? Qual a sua importância para uma organização? Não vejo preconceito com a área, mas temo pelos maus profissionais. Em todas as organizações que trabalhei sempre foi uma área importante, cabe aos profissionais trabalhar para que seja assim. Enfrentou dificuldades em sua carreira? Sim. Penso que muitos são os desafios na nossa trajetória profissional, que são de ordem técnica e comportamental. O aprendizado é diário. Como é liderar um setor de marketing de uma empresa? Muito desafiador. Objetivos e metas são importantes. Também há a atualização frente às novas mídias, tecnologia, novos softwares, novos formatos. O que um profissional deve ter para atuar na área de marketing? Conhecimento técnico, ser pró-ativo, dinâmico, interessado em novas tecnologias, auto motivado e curioso. Que mensagem você deixa para os futuros atuantes nessa área? É um desafio maravilhoso transformar ideias em campanhas, releases, projetos, estratégias, e conquistar, manter e fidelizar clientes. Não desanimem nas primeiras dificuldades e estudem muito, pois assim irão se diferenciar.
Stéphanie Mross
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A boa vontade começa em casa
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• Relações Públicas como parte fundamental na Comunicação Interna das organizações CAMILA MORAES
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om um mercado globalizado e competitivo, as organizações têm se preocupado cada vez mais com sua imagem institucional. Existe, assim, um setor relativamente novo, porém, fundamental para a realização dos objetivos e metas de uma organização. Trata-se da Comunicação Interna, função responsável por estruturar a comunicação dentro das organizações, criando e estabelecendo canais de comunicação para levar as informações ao seu público interno (funcionários, colaboradores e acionistas). Acredita-se que o setor é capaz de contribuir extraordinariamente nas áreas administrativa, mercadológica e econômica, além de construir um ambiente harmonioso entre todos na empresa, fazendo-os se sentirem importantes e verdadeiramente parte da organi- va, transmitindo positividade tamzação. Também evita que informa- bém ao público externo”, destaca ções destorcidas sejam divulgadas, Márcio. O profissional de Relações Púprejudicando a imagem da empresa, uma vez em que os funcionários blicas é o principal responsável por exercem grande influência sobre gerir a Comunicação Interna nas suas opiniões, pois sabem melhor Organizações. Colaborando com a alta cúpula em suas do que ninguém o Uma comunica- decisões, o profissioque se passa dentro ção bem dirigida nal de RRPP planeja, do local onde trabadirige e executa plalham. e focada para nos e ações internas, O relaçõesaqueles que fazem mantendo sempre -públicas Márcio Oliveira, graduado parte da empresa, seu público interno na (Famecos/PUé fundamental. a par de todas as atividades da organizaCRS), atua como ção. Analista de Eventos “O profissional de RRPP é o na Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre e acredita que a gestor da comunicação, assuminComunicação Interna possui uma do um papel estrategista, fazendo importância gigantesca para uma a ligação entre todos os setores de organização, pois é a partir dela uma organização, pois seu foco é que os funcionários formam suas relacionamento com os públicos. opiniões. “Uma comunicação bem Logo, ninguém melhor que um dirigida e focada para aqueles que relações-públicas para conhecer fazem parte da empresa é funda- e propor uma comunicação totalmental. Assim o funcionário fica mente dirigida ao público interno”, satisfeito com sua atividade na em- diz o analista. Bruna Silveira, assessora de presa e trabalhará de forma positi-
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comunicação da Associação de Docentes e Pesquisadores da PUCRS, ressalta que a boa vontade sempre começa dentro de casa, ou seja, com os colaboradores. São eles que representam a imagem da instituição, pois não há como desvincular da empresa onde trabalham durante o final de semana e horário de lazer. “Para isso eles precisaam, sim, sentir-se importantes para a organização, além de um mero produtor de resultados. A comunicação interna vem para suprir a demanda de informação que eles necessitam para sentirem-se realmente integrantes da corporação”, acrescenta a assessora, formada em Relações Públicas e Jornalismo e com mestrado na área. Quando o assunto é a importância de um profissional de Relações Públicas gerenciando a Comunicação Interna, Bruna Silveira é incisiva: “No nome da profissão encontramos um norte: relações, ou seja, relacionamento. Cabe ao profissional de Relações Públicas, que atua diretamente com a comu-
nicação institucional, estabelecer programas de comunicação interna que atendam a demanda institucional”. Mas, para Bruna, não basta fazer apenas envio de informativos. É preciso que o RRPP conheça o ambiente organizacional, compreenda as políticas da empresa e faça leitura do comportamento organizacional em suas partes e em seu todo. Assim, é possível utilizar-se de ferramentas que estejam de acordo com a empresa e que comunique de forma clara aos públicos internos. “Também cabe ao RRPP a conscientização de que toda comunicação deve ser aberta para os feedbacks. Comunicar é, ainda, educar para a importância de um entendimento entre pares. Comunicamos o tempo todo, isso se dá também dentro da empresa”, compara Bruna.
Ana Paula Evaldt Camila Moraes Danielle Madeira Fernanda Furtado
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CONSULTORIA EM MARKETING ESTRATÉGICO ALESSANDRA SCHAEFER/ RRPP
Um nicho pouco explorado
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área de comunicação, hoje, tornou-se foco tanto das pequenas, médias, como das grandes empresas, e passou a ter uma credibilidade ainda maior perante o mercado. Acredita-se que esse fator é devido à grande exposição das instituições às redes e à opinião pública. Por conta disso, as consultorias são alvos cada vez maiores das organizações. Elas auxiliam os gestores e proprietários a pensarem estrategicamente em ações presentes e futuras, tanto para públicos externos como para internos, visando lucro, metas, mas acima de tudo proximidade e fidelização de relacionamento. À primeira vista, esta correlação mostra-se voltada para a área publicitária, que visa uma comunicação mercadológica e institucional do negócio, mas é nesse momento que nos enganamos. Para a realização de um trabalho de reposicionamento de marca é necessário conhecer e entender as necessidades do público em questão, no caso, todos envolvidos direta ou indiretamente com a empresa, como clientes, fornecedores e colaboradores. Para o planejamento estratégico ser realizado, gestores de Relações Públicas podem contribuir de forma significativa para a realização desta função. A relações-públicas Christina Antunes, proprietária e consultora da Q2 Estratégia de Comunicação e Marketing, explica a ação das Relações Públicas e o seu diferencial na gestão estratégica dentro das organizações como um profissional terceirizado com a atuação na área
de consultoria. Segundo ela, a base de tudo está no relacionamento com os clientes por meio da ciência das Relações Públicas, pois a comunicação não existe sem antes se conhecer os públicos pela qual a organização atua, além da mensagem que se quer passar a cada um deles. “Só é possível realizar ações estratégicas por ARQUIVO PESSOAL
∆∆ Christina Antunes, relações-públicas meio de um planejamento estratégico e, para isso, necessita-se conhecer os públicos. Por isso a nossa profissão é importante, qualquer organização, como ONGs, hospitais etc precisam de um profissional como nós, precisamos nos relacionar bem com todos os envolvidos”, sa-
lienta.Para Christina, este é o diferencial de um relações-públicas: um conhecimento profundo dos envolvidos e da questão psicológica do ser humano. “Saber se colocar no lugar de cada um, do colaborador, do cliente e inclusive do gestor é uma ferramenta necessária para o profissional atuar como consultor estratégico”, enfatiza. A realização de pesquisas, a busca do cliente oculto, vivência do dia a dia da empresa e o comportamento dos funcionários faz parte da rotina de um consultor. É necessário sentir na pele e ter empatia para acompanhar os processos organizacionais, entender como o cliente quer receber o material, de que forma, com qual comunicação, por meio de quais recursos, e descobrir como ele vai reagir a tudo isso. Christina fala que “o verdadeiro fundamento do profissional de Relações Públicas é fazer de maneira certa, com as pessoas certas, lugares certos, na hora certa para que a comunicação possa ser excelente como explica Margarida Kunsch”. O trabalho do consultor é de forma cooperativada com os terceirizados, uma prestação de serviços para outras empresas. O foco da empresa de Christina está em pequenas e médias empresas, que não são vistas pelas agências grandes e não possuem verba para o setor de comunicação. Com essas empresas é realizado um serviço de comunicação mais dirigida, “dar o tiro certo porque não se têm muita bala na agulha”, ressalta a consultora.
Alessandra Schaefer Fabio Fracari
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Criação também é coisa de RP JÚLIA CLAÚDIO
• Existe muito lugar para RP em agência de comunicação, afirma Richard Wagner
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m entrevista descontraída, além das técnicas para desenvolver o estudante de Relações a criação de peças publicitárias.” Públicas, Richard Lemos Quando questionado sobre ter soWagner, de 20 anos, que atual- frido preconceito por atuar nessa mente trabalha na área de Marke- área, assegura que não, “apenas ting da empresa Medabil Sistemas piadas” da parte dos colegas publiConstrutivos, comentou sobre suas citários, que alegavam estar “perexperiências na área de criação em dendo suas vagas”. A maior dificuldade que Riuma agência de publicidade. Richard teve como primeira chard relata ter passado foi entender a visão do experiência de es“Atendimento é publicitário, que é tágio uma vaga na Comunicative As- uma área na qual o um pouco diferente de um relaçõessessoria de Comuprofissional de Re- da -públicas. Enquanto nicação, na área de produção gráfica e lações Públicas tem um publicitário utiliza muito mais do mídia. Onze meses exclusividade.” cunho mercadolóapós seu ingresso, gico, o RP trabalha houve a oportunidade de trabalhar nessa mesma com o relacionamento da organiagência na área de Criação, devido zação com seus públicos. Sendo asà falta de profissionais qualificados sim, ele teve que desenvolver esse para preencher essa vaga. Ele já pensamento extremamente merpossuía alguma experiência com os cadológico para conseguir compor programas de edição gráfica, mas suas peças. “É uma experiência excelenfoi sua curiosidade em buscar conhecimentos que proporcionou um te para desenvolvermos funções de comunicação que não estamos melhor aprendizado da área. O fato de querer aprender e acostumados. Hoje, até mesmo as inovar seus conhecimentos, fez vagas de RP cobram profissionais com que Richard aceitasse desbra- que tenham pelo menos uma base var a área de criação em uma agên- em Photoshop e Illustrator”, alerta. Ele reconhece que dentro de cia de publicidade. Ele conta: “Essa experiência me deu oportunidade uma agência de publicidade, a criade aprender muito sobre o proces- ção não seja a mais adequada para so das agências, desde o começo da um RP, mas confirma que a área demanda, que é passada pelo clien- de atendimento dentro da agência te, até a finalização do material, é exclusividade de um profissional
∆∆ Richard Wagner comenta sua experiência em agência de comunicação de Relações Publicas, que estudou para trabalhar com o sistema organização-públicos. Nesse caso, a agência seria a organização e os clientes um segmento de público, sendo assim, ele acredita não haver ninguém melhor para desenvolver
6 dicas para ser criativo 1. Quebre regras: é importante quebrar algumas regras e tentar fazer coisas que nunca foram tentadas. 2. Não tenha medo de errar: assuma riscos, não tente ser perfeito o tempo todo. Criatividade serve para explorar o desconhecido e, para isso, precisamos saber que frequentemente vamos errar.
10 RRPPAtualidades/Julho 2013
3. Tenha um caderno amigo: leve um caderno com você a todos os lugares. Caso tenha uma ideia, anote-a e tente desenvolvê-la. 4. Fuja do computador: tente passar algum momento longe do computador (esqueça também o celular). Pratique atividades como ler um livro, ouvir música, desenhar ou passear
por um lugar onde nunca tenha ido. 5. Experimente o diferente: é importante viver experiências diferentes, como viajar para lugares desconhecidos, comer algo exótico, ler um livro que não tenha nada a ver com seu trabalho. 6. Descanse e faça uma pausa.
esse papel que o RP. A visão de mercado é um assunto que a grande maioria dos RPs não se dedica em estudar. Richard comenta que para esse profissional ser criativo e se diferenciar entre os demais, é necessário estar atento às tendências de mercado, vendo o que as agências estão desenvolvendo e fazendo um bom benchmarking, ou seja, selecionando o que é bom e desenvolvendo um trabalho diferente. Mesmo Richard cursando Relações Públicas, a oportunidade de trabalhar na área da Publicidade não somente foi uma experiência incrível, como também qualificou seu currículo, possibilitou a ele ter uma visão diferente do que está acostumado a ouvir na faculdade e ainda abriu-lhe porta inesperada.
Adriano Borner, Laura Carpes, Alexia Biasibetti, Rennan Meirelles e Rodrigo Kappler
FABIO FRACARI
Tecnologia
Controle efetivo via banco de dados • Prática do CRM aproxima empresas de clientes e propicia maior fidelização do relacionamento
P
ara garantir efetividade em suas ações, grande parte das organizações está apostando na utilização de softwares de banco de dados através da prática do CRM, Customer Relationship Management – ou, em Português, Gerenciamento do Relacionamento com os Clientes. Essa filosofia, guiada por uma estratégia de Marketing, é aplicada através de programas que permitem armazenar, modificar e extrair informações sobre clientes, por meio de um banco que armazena inúmeros dados e personaliza serviços. Focada e orientada para alcançar excelência em atendimento, proporciona melhor conhecimento dos consumidores, acompanhamento do ciclo destes dentro da empresa, ganho de tempo e maximização dos resultados.
taca que esta ferramenta torna possível coletar dados e cruzá-los para se obter informações importantes, visando planejar divulgações, marketing e interação com os clientes. Para Aliomar Oliveira, diretor de operações da Kyron Consulting e mestre em Administração, um software de CRM tem, pelo menos, três tipos de uso: em momentos de planejamento de campanhas de marketing; em atividades operacionais e registro de interações com o cliente; e em análises de resultados de diferentes campanhas ou ações de marketing e/ou venda. Oliveira ressalta que “eventualmente, dependendo do ramo de negócio, também abrange outros públicos de interesse que não necessariamente se encaixem no senso comum do que seja um cliente. Nesse contexto de gestão do relacionamento, os produtos de CRM implementam várias funcionalidades de Comunicação com os diversos públicos da empresa/instituição.” Jaqueline Dornfeld de Dorneles, relações-
“Cada lojista interpreta da melhor maneira para captar novos clientes ou manter os que já possui”
Graziela Freitas, relações-públicas e produtora de eventos, des-
-públicas e estudante de pós-graduação em Marketing Estratégico, salienta que a principal tarefa do CRM é servir subsídios, obtendo, assim, o perfil exato dos clientes para oferecer promoções ou serviços personalizados. “É possível filtrar os clientes que possuem as mesmas preferências e enviar e-mails apresentando as novas coleções, informando que o produto que desejam já chegou à loja. Cada lojista interpreta da melhor maneira para captar novos clientes,
ou manter os que já possui”, salienta ela. Dorneles alerta que, notoriamente, os clien-
tes estão buscando atendimento personalizado, querendo viver novas experiências e apreciando o envolvimento das empresas em realizar um bom atendimento, superando expectativas de produto e serviço. A prática do CRM deixa de ser apenas uma ferramenta do marketing estratégico e torna-se uma grande arma na gestão do relacionamento das organizações e seus públicos. Um prato cheio para os profissionais de Relações Públicas.
Alessandra Schaefer Ana Elisa Pires Fabio Fracari Natália Dominguez Julho 2013 /RRPPAtualidades
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Sociedade
OUVIDORIA
• A relação da instituição com seus públicos
N
as últimas duas décadas a sociedade brasileira tem passado por um processo de transformação, na compreensão de seus direitos como consumidor. E para mediar a relação entre as instituições e esse novo consumidor foram criadas as Ouvidorias que têm papel fundamental no relacionamento entre as organizações e seus públicos. A Ouvidoria é um serviço prestado aos cidadãos por meio do qual é possível apresentar reclamações, críticas, sugestões e elogios de forma ágil, estabelecendo um canal direto de comunicação entre a instituição e seu público. Sua essência está alicerçada no reconhecimento de que o público eventualmente fica insatisfeito com o serviço recebido. E para solucionar este problema as organizações buscam soluções práticas e efetivas para humanizar e estreitar o relacionamento com o cliente. A PUCRS criou a sua Ouvidoria pela necessidade em fortalecer o relacionamento entre a universidade e a comunidade (alunos, professores, funcionários e público externo). Algumas Unidades Acadêmicas já desenvolviam iniciativas neste sentido em 1999, ano em que foi criada a
Ouvidoria Institucional da PUCRS. Vinculada a Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários (PRAC), a partir de novembro de 2008 passou a atender, juntamente com outros setores, na Central de Atendimento ao Aluno, no prédio 15 do campus, o que proporcionou maior visibilidade da Ouvidoria aos acadêmicos, aumentando a procura pelo serviço. A partir disso a equipe foi ampliada e criado um espaço para atendimento presencial reservado, com total conforto e privacidade. Segundo o professor Luiz Fernando Molz Guedes – ouvidor institucional da PUCRS – o real objetivo da Ouvidoria é acolher as manifestações trazidas pelos diversos públicos da Universidade, sempre ouvindo também o setor e os profissionais mencionados nessas demandas, procurando respondê-las da forma mais justa possível. “O papel do Ouvidor é receber as manifestações e seguir os trâmites estabelecidos pelo setor (a Ouvidoria Institucional), procurando agir com presteza, empatia e igualdade de tratamento aos envolvidos em cada situação. Eventuais demandas de maior complexidade, sempre que necessário, são discutidas com a Administração
Superior da Universidade e/ou com outros setores, assegurando o melhor encaminhamento possível”, revela Molz. A Ouvidoria Institucional atende diretamente aos seus alunos, professores, funcionários e público externo, visando maior transparência, melhoria contínua e fortalecimento das relações, sempre garantindo a análise e a resposta das demandas recebidas, que variam entre reclamações, pedidos de informações/orientações, denúncias, sugestões e elogios. Envolve não apenas questões acadêmicas, mas também assuntos referentes à infraestrutura e a serviços prestados no campus (tanto pela Universidade como por empresas terceirizadas). Sua atuação na mediação da relação entre a PUCRS e seus públicos preserva o sigilo e a imparcialidade que a atividade requer. Além disso, os alunos têm ao seu dispor as Ouvidorias em suas unidades para assuntos acadêmicos.
ATENDIMENTO • prédio 15, de segunda a sexta, das 8h às 21h • www.pucrs.br/ouvidoria
Como tudo começou! A figura do ombudsman surgiu na antiguidade com registros na Grécia e China. Porém, o modelo de ouvidoria que conhecemos apareceu no século XIX, na Suécia, introduzindo a figura do Justitieombudsman, ou delegado parlamentar, cuja atribuição era representar o povo para fiscalizar a Administração Pública. Espelhado no modelo escandinavo, hoje, a figura do ouvidor está presente na administração pública e privada de vários países. Costuma-se usar a palavra ouvidor para a Administração Pública e ombudsman para área privada. Devido ao empenhamento da Divisão de Direitos Humanos das Nações Unidas, este instituto se solidificou, definitivamente, em nível mundial, na década de 60.
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Em 1971, cerca de 15 países já tinham figuras representativas com funções equivalentes à ideia do Ombudsman. Na década de 80, com o fortalecimento da democracia participativa ocorrido na Europa e na América Latina, resultado da democratização de vários países, foram criadas as condições necessárias para a constituição do instituto do Ombudsman na Europa, abrindo caminho para sua implantação na América Latina, iniciando por Trinidad e Tobago. Em 1983, acontece na Venezuela o primeiro encontro “Ombudsman para La America Latina”, nesta época 21 países haviam instalados o Ombudsman. Em 2003, dos 191 países reconhecidos pela ONU, 120 países haviam ins-
talado ombudsman nacional, de acordo com a International Ombudsman Institute. No Brasil, a figura do Ombudsman/Ouvidor está presente no Brasil desde o período colonial. Porém, somente em meados dos anos 80, apesar de todos os esforços parlamentares, a iniciativa privada saiu na frente, a Rhodia nomeia o primeiro ombudsman privado do Brasil: “Você fala e a Rhodia escuta”. Contratou Maria Lucia Zülke como a 1ª ouvidora. No ano seguinte é criada a primeira Ouvidoria Pública no país, na cidade de Curitiba, pelo decreto-lei nº 215/86. A partir deste momento o processo de criação de Ouvidorias começou a ser difundido em todo território nacional. Teve como 1º Ouvidor
Manoel Eduardo Alves Camargo e Gomes e sua principal atribuição era a defesa dos interesses legitimamente protegidos dos cidadãos. As primeiras ouvidorias universitárias surgiram no Canadá em 1965, e nos Estados Unidos em 1967. No Brasil, a primeira universidade a implantar sua ouvidoria foi a Universidade Federal do Espírito Santo, em 1992. O papel do ouvidor é de suma importância numa gestão democrática. Conduz os interesses dos manifestantes a fim de esclarecer os atos e as normas administrativas, encaminhar as manifestações aos setores envolvidos e acompanhar o processo até a sua conclusão, seja ela favorável ou não às partes.
ANA FACHINELLO/ RRPP
Segundo a ouvidora institucional da PUCRS, Michelle Hemann Moreira, normalmente a instituição recebe as manifestações pessoalmente ou por meio de sistema informatizado, respondendo-as diretamente ou encaminhando-as às Unidades e setores envolvidos para que avaliem as situações apresentadas e ofereçam respostas à Ouvidoria, sendo sempre valorizando o diálogo entre manifestantes, setores e Ouvidoria. “Eventuais demandas recorrentes são objeto de relatórios específicos, recebendo a devida atenção com o intuito de minimizar sua incidência”, a ouvidora assegura que as manifestações que trazem contribuições efetivas
∆∆ Luiz Fernando M. Guedes, ouvidor conclui a ouvidora institucional Michelle Hemann Moreira.
Andecler Franção Garcia Ana Fachinello Douglas Malavolta Fillipe Araújo
GILSON OLIVEIRA/ ASCOM
ANA FACHINELLO/ RRPP
latórios, em que as quantidades de demandas e os principais assuntos envolvidos podem ser visualizados de forma objetiva”, afirma o professor Luiz Fernando. A diretora de Assuntos Comunitários, profª Jacqueline Poersch Moreira, em entrevista concedida à revista PUCRS Informação Nº 162 (nov-dez/2012), página 37, revela que “os registros da Ouvidoria são uma ferramenta de gestão e têm o potencial de gerar mudanças e adequações.” Salienta que um dos diferenciais está na “capacitação e certificação dos ouvidores, garantindo qualidade aos atendimentos e organização de um sistema eficiente”. Porém, no imaginário social, a Ouvidoria ainda é vista como um simples setor para receber reclamações, o que fazer para mudar essa impressão? “Acredito que trata-se de uma questão cultural. As pessoas, não apenas nas Universidades, mas também em outros tipos de organizações, procuram as Ouvidorias principalmente para reclamar, além de solicitar informações, e – em menor escala – para apresentar sugestões ou elogios. No entanto, tem sido observado um crescimento (ainda um pouco tímido) no registro de elogios”,
∆∆ Michelle Hemann Moreira para a ocorrência de melhorias na Universidade são destacadas em relatórios próprios, valorizando o interesse dos setores e Unidades envolvidas no aprimoramento de suas atividades. “O processo de tramitação na ouvidoria das demandas recebidas objetivando as ações, diagnóstico e soluções”, explica. A PUCRS vê a Ouvidoria como uma importante ferramenta de gestão, as manifestações recebidas contribuem para a identificação de aspectos que podem ser aperfeiçoados na Universidade, melhorando processos e aprimorando atividades. “São elaborados re-
∆∆ Jacqueline Poersch Moreira, diretora de Assuntos Comunitários da PUCRS
Veja o que outros ouvidores pensam sobre seu papel “O ouvidor nada mais é do que a pessoa que busca fazer o elo entre o cidadão – seja ele cliente ou usuário de serviços ou não – com a empresa ou instituição”. Helio Ferreira - Ouvidoria do Banco Central “Deve atuar pontualmente na questão trazida pelo usuário e fazer com que essa questão seja enxergada dentro do processo evolutivo da
sua organização”. José Pinheiro Machado - Ouvidoria da Prodesp e vice-presidente da ABO- SP “Não importa qual o produto ou serviço reclamado, ele deve ter uma boa navegabilidade dentro da organização para que a resolução deste problema aconteça”. Eliel da Fonseca - Ouvidoria do Itaú Julho 2013 /RRPPAtualidades
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Responsabilidade Social
INOVAÇÃO
O meio é auto-organizar • Estudantes utilizam redes sociais para divulgar ações sociais O que é ConcentraRS ? O Instituto Concentra RS surgiu em 2012 a partir da ideia de um grupo de amigos estudantes de Comunicação Social da FAMECOS/PUCRS, que gostariam de poder divulgar, de uma forma jovem e irreverente, ações sociais de diferentes tipos de organizações em relação à sociedade civil e o meio ambiente.
Para que foi criado? Buscamos levar e divulgar a informação para civis que gostariam de apoiar e participar de ações de Responsabilidade Social, mas não o fazem por falta de divulgação ou até mesmo conhecimento.Compartilhando estas ações sociais, estaremos incentivando ONG’s e projetos de RS em empresas – já existentes – a fortalecer suas práticas, além de oportunizar a formação de novas organizações para que possam desenvolver projetos e ações contando com nossa cobertura e divulgação.
C
om o passar dos anos as ações comunitárias dá pelo fato de que esses assuntos não demonstravam e de Responsabilidade Social têm ganhado tanto interesse. No segundo momento, com o intuito de maior destaque diante da população, mas superar essas dificuldades, as comunidades buscaram geralmente não repercutem nas grandes mí- seus próprios contatos de abertura e de interpretação dias. Diante dessa falta de espaço na mídia, um grupo da sua realidade, se auto-organizando, independentede estudantes de Relações Públicas da PUCRS fundou mente de incentivos oriundos de grandes instituições. O último momento é marcado pelo o ConcentraRS, para divulgar ações de “Nada do que é reconhecimento da mídia nesse asvoluntariado nas redes sociais. veiculado na impecto, onde percebe que essa pauta é, “Nada do que é veiculado na imprensa é sem interesse. Tudo o que prensa é sem inte- sim, relevante. Com isso, além de cobrir, passou a tentar ocupar também a aparece nos jornais tem uma finalidaresse. Tudo o que função de sujeito social coletivo, interde definida“, afirma o professor Nelaparece nos jornais pretando e transformando o produto son Fossatti. Para a professora Neka Machado, a imprensa passou por três tem uma finalidade ação social em suas próprias mídias. O projeto de alunos de RRPP, surmomentos distintos, reformulando definida“ gido em sala de aula, visa a divulgação o modo de fazer e divulgar a notícia, dessas ações pelas mídias sociais. A transformando estas ações sociais em missão ConcentraRS é levar a informação para quem suas próprias mídias. O primeiro deles acontece em um momento de- gostaria de apoiar e participar de ações comunitárias terminado da história, onde os movimentos sociais e de Responsabilidade Social, mas não o faz por falta populares e as próprias comunidades não tinham a co- de espaço ou até mesmo conhecimento e oportunizar bertura da imprensa e da mídia convencional. Isso se o surgimento de diferentes práticas socioambientais. [CONCENTRA RS/DIVULGAÇÃO]
Ela é linda e engajada O ConcentraRS vem arrecadando vários seguidores e aos poucos está conquistando seu lugar como veículo de comunicação. A prova desse sucesso é vista por meio de uma matéria no jornal Diário Gaúcho. Quem oportunizou esse processo foi Vitória Centenaro. A Miss Rio Grande do Sul 2013, logo que ficou sabendo do projeto, através de uma amiga, se mostrou bastante interessada em como funcionava, se tornando a mais nova apoiadora dessa causa. A Miss entra com a missão de ser o elo entre o Concentra e o que tem sido feito de bom pelo Rio Grande afora. – Por ir a muitos eventos sociais, vou levar o Concentra para quem está fazendo a diferença – afirma Vitória, que vestiu a camiseta do projeto.
Quais os objetivos? Incentivar empresas públicas e privadas a promover ações de Responsabilidade Social. Amparar, divulgar, apoiar e conseguir aumentar o número de colaboradores e voluntários de ONG’s, outros institutos, fundações e OSCIPs. Dar destaque e maior visibilidade para pessoas que querem uma sociedade melhor, com maior solidariedade e buscando sempre a empatia. Oportunizar a divulgação de diferentes práticas socioambientais e também o surgimento de novas organizações com o intuito na Responsabilidade Social.
Para saber mais acesse: www. facebook.com/concentrars www.twitter.com/ConcentraRS
∆∆ Vitória Centenaro, Miss Rio Grande do Sul 2013
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Bruna Calegari Diego Biracy Eduardo Baldasso Íris Corrêa
Responsabilidade Social
PARTICIPAÇÃO
UMA VIA DE MÃO DUPLA • A importância do profissional de Relações Públicas no Terceiro Setor
A
atividade do profissional de Relações Públicas é fundamental para qualquer organização e isso a torna versátil, podendo atuar em diversos setores. A importância do RP no Terceiro Setor aparece na definição de os objetivos, valores, ações e estratégias que fortalecem cada vez mais as instituições. O Terceiro Setor viabiliza aspectos como militância e bem social, o que faz do profissional de RP peça fundamental para a instituição, na busca por parceiros, voluntários e captação de diferentes recursos para a causa e ainda no cuidado da comunicação interna e externa da instituição. Glafira Furtado, professora do curso de Comunicação Social da PUCRS, vê com clareza a atuação de um profissional de Relações Públicas no Terceiro Setor, por ser uma profissão voltada diretamente para a sociedade e suas relações repletas de sensibilidade. “Os alunos do curso de Comunicação Social da Famecos pouco veem de Comunicação Comunitária no decorrer da faculdade, com exceção do curso de Relações Públicas, onde vários projetos têm total foco nesta área”, destaca Glafira. A professora, que ministra a disciplina de Projeto Comunitário, acredita que a matéria é uma das mais importantes, pois consegue, junto com os alunos ao longo do semestre, realizar uma experiência bastante intensa e extensa, na medida em que, normalmente nos cursos de RRPP, de um modo geral, prioriza-se o cliente com mais visibilidade no mercado, diferente do projeto comunitário que estimula o aluno a atender um cliente que realmente tenha uma situação bastante precária. Para a coordenadora do Curso de RRPP da Famecos, Cláudia Moura, o Terceiro Setor é uma grande oportunidade, ela acredita que o profissional dessa área tem aspecto mais humanizado e casam muito bem com esse setor. O fato da área ser voltada para o relacionamento propicia uma comunicação mais voltada às questões institucionais e não mercadológicas. “Mercadologia não é o foco de RRPP. O foco é um relacionamento institucional, então eu vejo que o Segundo e Terceiro Setores têm bastante relação com o profissional. Muitos órgãos públicos, hoje, contratam estes profissionais, pois tem no seu organograma a atividade inserida, isso já foi um ganho em termos de espaço no mercado”, diz a coordenadora.
Ana Paula Evaldt Danielle Madeira Camila Moraes Fernanda Furtado
LEONARDO KHERKOVEN
∆∆ Natal da Coragem ICI-RS 2012
O CAMINHO DA CURA O Instituto do Câncer Infantil RS é hoje uma referência no tratamento do câncer infantil na América Latina. Nos últimos anos atingiu um índice de cura de 70% dos casos atendidos, trabalhando em parceria com o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, sob a segurança de equipes especializadas. A Estrada de Tijolinhos Amarelos do ICI-RS começou a ser trilhada em 1992, quando o médico oncologista pediátrico Algemir Brunetto e o jornalista Lauro Quadros uniram esforços para criar, no Rio Grande do Sul, uma instituição voltada exclusivamente para o tratamento de crianças e adolescentes com câncer. O universo da obra “O Mágico de Oz”, escrita por Frank Baum e estrelada no cinema por Judy Garland, passou a ser o emblema da causa: o Leão representa para as crianças a “coragem” que torna possível enfrentar e vencer a doença e a Estrada dos Tijolinhos Amarelos simboliza a construção do caminho da cura. Nos seus quase 22 anos de existência, a Instituição, em parceria com a comunidade, construiu o Serviço de Oncologia Pediátrica junto ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre, a Casa de Apoio, que oferece um ambiente acolhedor para as famílias dos pacientes em tratamento, a sede administrativa do ICI-RS, que abriga hoje as áreas administrativa, de comunicação, coordenação de voluntários, Recursos Humanos, auditório, gabinete odontológico, recreação e de auxílio-medicação.
Possui também desde 2011 uma sede naRua São Manoel onde alguns projetos são realizados em prol das famílias, como a Central de Doações, o Projeto A Nota é Minha e o Brechó Beneficente e Assistência a Família. Mas, como a estrada do ICI-RS é construída tijolinho a tijolinho, o Instituto planeja unir a atual sede administrativa e o Centro de Apoio em um único local. Para isso, adquiriu um terreno onde será construído o Centro Integrado de Apoio, projeto para o qual vem arrecadando recursos para ficar pronto o mais breve possível. Hadassa Gomes, estudante de Relações Públicas da Famecos/PUCRS e colaboradora na área de comunicação no Instituto, entende que as Relações Públicas como gestão de relacionamento é fundamental na construção de relações em todos os setores organizacionais. “No Instituto do Câncer Infantil do RS não é diferente, diariamente os desafios de compreender as mais complexas situações podem surgir com planejamento prévio ou não”, afirma. A estudante ressalta a importância de todos os públicos envolvidos com a organização, pacientes, familiares, colaboradores, voluntários, comunidade, fornecedores, apoiadores, entre outros grupos que participam diariamente da rotina do ICI-RS. “Desta forma, nós como profissionais, temos o dever de identificar cada necessidade e apresentar soluções, visando a preservação dos pacientes e credibilidade da Instituição”, conclui Hadassa. Julho 2013 /RRPPAtualidades
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Competência: chave para a legitimação • Aproveite a oportunidade: a tecnologia traz mais espaço para os profissionais de Relações Públicas ARTE: ALINE ROSA
A profissão de Relações Públicas é regulamentada a partir de órgãos como a Associação Brasileira de Relações Públicas (ABRP) e o Conselho Federal de Profissionais de Relações Públicas (CONFERP), além de outros, e isso faz com que a área de RP seja legitimada, mesmo que na prática não seja bem assim. O mercado de trabalho ainda não dá o devido valor ao profissional de Relações Públicas, e muitos não sabem a importância de quem irá cuidar do relacionamento da empresa com seus públicos, da imagem da organização, da reputação, da comunicação interna e externa, entre outras funções. Segundo Cláudia Peixoto de Moura, coordenadora do curso Relações Públicas da Famecos/ PUCRS, o que legitima esse profissional é a competência. Para ela, a competência é um avanço do conhecimento. “Conhecimento é tudo”, enfatiza. O profissional precisa conhecer muito bem a teoria, saber sobre a prática e as técnicas para o desenvolvimento de um bom trabalho de comunicação dentro de uma organização. “Desta forma, além de se destacar no mercado de trabalho, passará a ser reconhecido”, salienta a professora. Com o avanço da tecnologia, o momento é favorável para a profissão. As organizações precisam estar mais próximas de seus públicos, relacionando-se melhor com eles, e é ai que entram os profissionais de RP, com um bom planejamento para que isso ocorra da melhor
forma possível. “O RP passou a ser uma figura chave da organização”, afirma Cláudia Moura, pois a lógica do mercado mudou. Hoje para vender um produto ou serviço é necessário saber se relacionar, e o relacionamento será a mediação entre o cliente e a organização. A comunicação de uma orga-
nização passou a ser Institucional, e não mais Mercadológica. E sabendo disso quem não quer ter um profissional que estará cuidando de todos os aspectos envolvidos na comunicação institucional?! A hora do RP chegou, e nós, profissionais da área, precisamos nos revelar como os tais profissionais de co-
municação. O interesse por parte das empresas está surgindo, e cabe somente a nós mostrar o quanto competente é esse profissional e como são amplas e importantes as funções que fazem parte do nosso currículo.
Aline Rosa Renatha Queiroz
Quem é o profissional de RRPP? A profissão de Relações Públicas é um guarda-chuva. Várias funções podem ser exercidas em diferentes organizações, sendo ela privada, pública ou do terceiro setor. O profisional de Relações Públicas irá buscar o equilíbrio entre os interesses da organização com os seus públicos, fazendo a gestão estratégica da comunicação. É ele quem planeja, implanta, coordena e avalia a comunicação organizacional.
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O profissional de Relações Públicas tem como um de seus objetivos identificar os públicos estratégicos da organização, para poder adequar a mensagem e discurso. Com o mapeamento dos públicos, é possível definir as estratégias de comunicação para com cada um deles, estabelcendo um bom relacionamento entre eles e tendo mais chances da mensagem chegar até o público-alvo.
O
ser humano necessita buscar o novo, o inusitado, o desconhecido, e a partir daí, surgiu a cultura dos mochileiros. Uma viagem que é feita geralmente por jovens a fim de mergulhar em novas culturas, descobrir outros jeitos de viver, desvendar histórias, conhecer a si mesmo e livrar-se das limitações que colocamos em nossas vidas. Foram escritores e artistas da Geração Beat os pioneiros da arte de “andar sem rumo”, nascidos nos EUA nas décadas de 50 e 60. Não acreditavam em empregos comuns, lutavam para sobreviver e viajavam sempre que podiam. Porém, desde que o homem é homem, o desconhecido o fascina. Escolher quantos dias ficar e os lugares a conhecer não é uma tarefa fácil, mas a maioria das pessoas escolhe a Europa e faz uma viagem de 20 a 30 dias. Existem alguns extremamente aventureiros que optam por ficar em torno de seis meses, ou até mesmo, um ano. O jovem Henryco Costa, estuO continente mais procurado é a Europa, principalmente os dante de publicidade, fez mochilão seguintes países: Áustria, Croácia, há dois anos e compartilha suas Espanha, França, Grécia, Holanda, experiências com a gente. Ele tinha Hungria, Inglaterra, Itália, Portu- 20 anos, em 2011, quando ele e um gal, República Tcheca. Fora da Eu- amigo partiram rumo à Austrália, ropa, ganham destaque: Austrália, onde ficaram quase nove meses. Nova Zelândia, Tailândia, Indoné- Os dois dividiram um quarto por um mês, mas, sia, Canadá, EUA, Brasil, Bolívia, As aventuras na Ásia levando em conta que tinham Peru, Chile, Code um aluno planos diferenlômbia e Panamá. de Publicidade tes, decidiram se E para os brasiseparar. O futuro leiros que optam viajar dentro do seu próprio país, a publicitário conta que queria curtir procura maior são Rio de Janeiro, e conhecer coisas novas, enquanto João Pessoa, Curitiba, Florianópo- o amigo planejava apenas juntar dinheiro para ir para a Europa. lis e São Paulo. Durante esse tempo na AustráAntes de partir, é importante saber onde se hospedar, seja em lia, ficou poucas semanas em hosalgum hotel ou hostel (albergue). tel, e alugava quarto. Meses depois, Nesse meio, os hostels se destacam, foi para a Nova Zelândia, Indonépois atraem turistas do mundo sia, Tailândia, Camboja, Laos, Matodo, principalmente pelo preço, lásia e Cingapura. Ao longo desse além de proporcionarem a opor- percurso, Henryco trabalhou como tunidade de conhecer muita gente garçom, barback, barman, removal (mudança) e labor (obra). nova e fazer amigos. Ficou um mês inteiro na Nova Outro fator relevante é o que levar na mochila. A decisão é muito Zelândia, sozinho, e relata que talpessoal, mas depende também do vez por isso, tenha sido uma das clima e do lugar para qual o viajan- melhores viagens que fez. “Peguei te vai. Portanto, é importante fazer um ônibus de uma empresa espeuma listagem, pesquisar sobre o cializada em mochileiros, e ficátempo, e calcular quantas roupas vamos de um a dois dias em cada e objetos serão necessários. Mas cidade. Acho que o fato de estar é fato que uma mochila muito pe- sozinho fez com que eu conhecesse sada pode atrapalhar em diversos mais as pessoas, fiquei muito prómomentos, e uma bagagem cheia, ximo da galera que viajou comigo impedi-lo de fazer compras. e até hoje mantenho o contato. Eu
O emocionante universo dos mochileiros era o único brasileiro neste ônibus, e por incrível que pareça, pelo que me falaram, este ônibus (chamado de Kiwi Bus) quase não leva brasileiros.” Nos últimos dias, ficou na casa de uns amigos que fez no avião. “Eles moravam em uma casa com linda vista nas montanhas de Queenstown, foi uma experiência maravilhosa.” Nos outros lugares, ficou em torno de dois a três meses. Na Indonésia, fez a viagem com um amigo de Minas Gerais; na Tailândia e Laos, com um amigo mineiro e um outro carioca; em Camboja, com o mesmo amigo carioca e o resto, sozinho. Na viagem à Ásia ficou na maior parte do tempo em hostels, com uma única exceção nas florestas de Chang Mai no norte da Tailândia, onde um guia o levava pelas florestas e as pessoas dormiam em vilarejos tradicionais. “Apesar de ter comido muita coisa estranha”, conta, “nunca passei mal e não me lembro de nenhuma experiência ruim. Acho que a maior dificuldade era estar com o dinheiro contado, e por isso muitas vezes ter que escolher o que fazer, não podendo fazer tudo que dá vontade.” O que levou o aventureiro a fazer mochilão foi o sonho de viajar que ele acalentava desde muito cedo. “Na verdade, minha primeira intenção era juntar dinheiro para ir para a Europa, mas logo vi que
não era tão simples ir para lá (com o dinheiro que fiz na Austrália), e ouvi histórias muito bacanas dos lugares que eu fui durante a viagem. Conforme eu pesquisava, ia montando meu roteiro.” Logo no segundo mês na Austrália já tinha como objetivo visitar a Tailândia. “Eu há algum tempo tinha lido a respeito de ‘lenda pessoal’ e tal, me lembrei que durante a infância eu pensava muito em viajar pelo mundo, pretendo fazer isso o resto da minha vida.” O mochilão foi ótimo porque fez com que ele aprendesse a se virar melhor em diversas situações. “Me ensinou a cuidar melhor das minhas coisas, cozinhar, lavar roupa, me organizar para fazer alguma coisa... Foi uma viagem que me ensinou muito culturalmente sobre vários lugares, e também me ensinou muito a lidar com as pessoas e me sentir mais confiante”, destaca. Henryco sugere que meninas viagem com mais uma amiga, ou namorado, por motivos de segurança. Quanto aos homens, aconselha que viagem sozinhos para aproveitar mais. “Conheci meninas que viajavam sozinhas, mas é raro.” “Recomendo muito que as pessoas façam mochilão, é uma experiência incrível que acho que todos deveriam ter. Cada viagem que fazemos é especial e única, me lembro de uma amiga que me disse que mesmo que voltássemos pra aquele mesmo lugar, a mesma galera, no mesmo hostel, a mesma festa seria outro ‘rio’. Cada ‘rio’ ou viagem que fazemos na nossa vida acontece só uma vez, e por isso até voltaria para os mesmos lugares que já fui.”
Roberta Pimentel Vitória Zanini
Julho 2013 /RRPPAtualidades
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Cultura
Você já provou a Sobremesa Musical? • Todas as quartas é possível saborear um concerto dentro da nossa Universidade
∆∆ Apresentações da Orquestra fomentam a cultura musical dentro e fora da Universidade.
A
Sobremesa Musical é um projeto coordenado pelo Instituto de Cultura da PUCRS, com o objetivo de promover interesse pela cultura musical, contemplando um público diversificado, com apresentações semanais da Orquestra no campus universitário. A Orquestra Filarmônica da PUCRS, que desde o ano de 2010 conta com a regência do maestro Márcio Buzatto, tem participação ativa em eventos internos e externos à universidade. Em 1988, os músicos da Orquestra, sob a regência do antigo maestro Frederico Gerling Junior que regeu o grupo até o ano de 2008, promovendo durante 35 anos cursos, concursos, e apresentações, firmaram parceria com a Companhia Zaffari no evento “Concertos Comunitários Zaffari”. O evento tradicional no calendário cultural de Porto Alegre oferece música de qualidade a um público anual de, aproximadamen-
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O Instituto procura investir em concertos te, 140 mil pessoas. Hoje a Orquestra conta com dezenas de regulares de música erudita, a partir de mais músicos, e em mais de 30 anos já participou apresentações da Orquestra na cidade, com o de mais de 500 eventos culturais, realizando objetivo de formar, cada vez mais, um “público de concertos”. Este projeto comem média 80 eventos por ano. “Dá mais traba- plementa o Centro de DocumenAs apresentações em concertos produzidos pelo Zaffari aconte- lho, mas também tação Musical que realiza cursos, palestras e seminários na área da cem cerca de 18 vezes ao ano. O é prazeroso, música de concerto. maestro revela que à medida que novas plateias e Os músicos se encontram toa companhia de supermercados e shoppings vai ampliando suas ambientes dife- das as quartas e sextas-feiras, às 19h, em seu espaço para ensaios lojas, são programados mais conrentes.” no salão de Atos do campus, onde certos, a Orquestra é convidada também está instalado o Instituto para novas apresentações e são destinados mais recursos. “Fomos a São Paulo de Cultura, criado ao final de 2012 com o intuito há dois anos, e este ano é para irmos de novo no de integrar os tradicionais Institutos de Cultusegundo semestre. Este tipo de apresentação dá ra Hispânica, Japonesa e Musical, este último mais trabalho, mas também é mais prazeroso, criado em 1973 pelo saudoso irmão marista e novas plateias e ambientes diferentes”, destaca músico Ernesto Dewes, que o dirigiu até sua o maestro. morte.
FOTOS FERNANDA DALKE
O Instituto Cultural é dirigido por Flavio Kiefer e apresenta como coordenadora de eventos Adriana Cardoso de Almeida que também canta em apresentações da Orquestra desde o início dos Concertos Comunitários, em 1988, ocupando a posição de Soprana. O projeto Sobremesa Musical é divulgado através de e-mail e maillings, atingindo alunos, professores e funcionários do campus. O público alvo pode opinar ou sugerir os repertórios das apresentações através do e-mail do Instituto. Os eventos que a Orquestra participa são divulgados através de seus próprios patrocinadores, pela Agenda Lírica de Porto Alegre, ou também pelo blog do Maestro. Agora que você os conhece e por ventura não tenha prestigiado nenhuma destas apresentações, não se desespere, pois ainda há tempo. Além dos eventos externos, grupos da Orquestra se apresentam todas às quartas-feiras, das 13h às 13h30min, no saguão da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, prédio 9 do Campus Central da PUCRS. A cada semana, executam musicais no local um dos grupos da Orquestra Filarmônica (cordas, metais, trombones, percussão, entre outros). A entrada é gratuita e o repertório variado, moderno e delicioso de escutar.
Felipe Schmitt Fernanda Dalke Julia Desimon
∆∆ Todas as quartas, após o almoço, o público da Universidade se delicia com a Sobremesa Musical
A música erudita no Brasil A música erudita vem da erudição, e não das práticas musicais populares ou folclóricas brasileiras. Teve início no século XVI com composições feitas pelo Padre José Maurício Nunes Garcia, que viveu a transição de Brasil Colônia ∆∆ Heitor Villa-Lobos para Brasil Império, e era fortemente influenciado pela música produzida na Europa. Esse estilo musical é pouco explorado pelos estrangeiros e até pelos próprios músicos brasileiros. No entanto, pode-se destacar a
MEMÓRIA
presença de alguns músicos brasileiros na evolução da música erudita brasileira, como Heitor Villa-Lobos, Camargo Guarnieri, Claudio Santoro e outros. Com a intensão de divulgar a música brasileira de concerto, nos anos 60 foi criada a Orquestra Sinfônica Nacional (OSN-UFF) por Juscelino Kubitschek. Entretanto, a música erudita ainda recebe um insuficiente apoio oficial, mas em termos de ensino musical e grupos de interpretação, o Brasil encontra-se relativamente bem.
Para saber mais sobre a Orquestra Filarmônica da PUCRS, acesse: Agenda lírica de POA:
Blog do maestro:
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Alunos atentos ou conectados? • As mídias sociais ocupam cada vez mais espaço no meio acadêmico FOTOS BRUNA PORTILHO
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uitas vezes você tenta se concentrar e focarmos em seus objetivos, mas tendo a tecnologia na palma da mão, fica vulnerável à distração. A busca por respostas são rapidamente encontradas, o acesso ao conhecimento é cada vez mais fácil, mas também mais superficial, pois nem tudo o que está disponível tem uma fonte confiável. Alunos nascidos em um mundo interativo obriga os professores a conciliar a tecnologia com a velha prática da lousa. A autoridade do professor se baseava em assimetria de informação, porém, em um mundo em que o conhecimento do educador vem sendo desafiado pela internet cabe a ele ter em mente de que as novas tecnologias podem ser somadas à sala de aula. A professora de Comunição Social, Glafira Furtado, tem uma opinião diferente quanto ao uso das mídias na sala de aula. Para ela ,o fato de o aluno acessar às redes sociais durante as suas aulas significa que as mesmas não estão sendo interessantes o suficiente para atrair a atenção. “Lamento quando o aluno não consegue interagir no espaço das aulas ao optar pelas redes sociais, pois, com o passar do tempo, normalmente eles constatam que perderam informações importantes e que, acima de tudo, perderam ótimas oportunidades de estabelecer uma comunicação interpessoal com os colegas e o prefessor, uma vez que estes momentos estão cada vez mais escassos e preciosos. Vejo a comunicação online como um grande avanço tecnológico para o ser humando mas, tenho certeza, de que nada substitui a comunicação face a face’’, assegura a professora. Saber como utilizar o Facebook e o Twitter pode não ser o papel do professor, porém saber qual o impacto das mídia sociais em seus alunos poderá fazer a diferença dentro do ambiente de ensino, pois didática tem que evoluir acompanhando as novas formas que os alunos percebem o mundo, o ponto, contudo, é que a maneira de se comunicar com o aluno mudou.
Bruna Portilho e Marta Roos
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∆∆ Professores convivem com as novas tecnologias diariamente em suas aulas
Persuasão é o novo desafio didático O professor, jornalista e pós-doutor em Educação Roberto José Ramos concedeu uma entrevista sobre a influência que as mídias sociais representam em sala de aula, expondo sua visão sobre o uso das novas tecnologias no ambiente escolar, e até onde elas podem colaborar ou prejudicar. As novas tecnologias presentes cada vez mais na vida dos alunos são prejudiciais
∆∆ Roberto Ramos, pós-doutor
ao rendimento em sala de aula? Não, as novas tecnologias podem significar um recurso, que, sendo bem utilizado, poderá ajudar no rendimento dos alunos. Em meio a todos estes aparatos tecnológicos presentes em sala de aula, como celulares, notebooks, tablets, existe alguma forma em especial para chamar a atenção dos alunos? A forma, para chamar a atenção dos alunos é a autenticidade, associada às possibilidades de diálogo e interação. Todavia, há duas dimensões complementares. A principal é que o aluno precisa ouvir a exposição de determinados conteúdos. E a secundária diz respeito ao que o aluno gosta de ouvir. Como as Universidades e os professores poderiam se adaptar a
estas novas tecnologias, procurando cada vez uma interação maior entre universidade e os alunos? Ter a consciência de que as novas tecnologias fazem parte da realidade. Estão incritas no cotidiano. Assim sendo, devem ser contempladas, de acordo com as necessidades e prioridades pedagógicas. Nas suas aulas são utilizadas ferramentas digitais (sites,blogs entre outras)? As vezes há uso de sites e blogs quando existem as respectivas necessidades, conforme as particularidades da disciplina e dos seus conteúdos. Hoje em dia é cada vez mais comum os alunos acessarem suas redes sociais (Facebook,Twitter, Instragam) durantes as aulas, isto lhe incomoda? Afeta a sua aula? Não, não incomoda. Considero importante que os alunos façam isso, através de uma lógica, comprometida com a prática das pesquisa.
Intercâmbio Cultural
Não pense duas vezes, vá viajar! • A globalização torna as fronteiras cada vez menores
∆∆ Márcio Duarte, estudante de Educação Física, na Irlanda Com a amplificação das noções interculturais, estudantes, voluntários e trabalhadores de todo o mundo tendem a criar uma visão de mundo mais abrangente, favorecendo suas relações interpessoais e seu desenvolvimento social. O fluxo de intercambistas tem crescido ano a ano e, diferente de antigamente, não é mais uma exclusividade da elite. Além da possibilidade de programar a viagem por agências de intercâmbio, o Governo disponibiliza programas, como Qual foi o destino escolhido? Dublin, Irlanda. Fator determinante foi a relação custo benefício do investimento e o tempo de duração do curso de inglês. Como foi a preparação para a viagem? Já havia viajado para o exterior alguns anos antes, por isso já tinha o passaporte. O processo do visto era aguardar uma carta de confirmação de matricula da escola de inglês em Dublin, e depois disso só fechar a mala e partir. Como estava seu nível de inglês antes de embarcar? Teve medo de não conseguir se comunicar? Fiz um curso intensivo de verão de um mês antes de viajar. Foi pouco, mas logo chegando lá sabia que teria as aulas e a escola para amparar nesse primeiro período. Por mais difícil que iria ser, tinha a certeza que “everything is gonna be alright”. Onde morou? Dividia moradia com outras pessoas? Morei em dois lugares diferentes de Dublin, o primeiro por três meses e o restante do meu período em outro lugar. Sempre dividin-
por exemplo o Rotary e o Ciência Sem Fronteiras, que levam estudantes brasileiros a vários destinos e ainda os auxiliam com fundos necessários para o mantimento no local. São investimentos que a médio e longo prazos trarão retorno excelente para o Brasil, pois os jovens que hoje vão, são o futuro da nação. As perspectivas e os aprendizados adquiridos serão levados para o resto da vida. Abrir a mente para novos horizontes é a chave para um melhor dedo moradia. Foi de um enriquecimento único, dividir quarto e casa com pessoas de lugares tão distantes da gente, jeitos, manias, coisas que davam nos nervos, mas coisas que eram por demais proveitosas. Chegar em casa com uma batata frita e uma cerveja geladinha já te aguardando depois de uma longa jornada de trabalho não tinha preço. Você chegou a trabalhar durante a viagem? Como foi a experiência? Trabalhei de “cleaner” (um nome chique pra faxineiro). Mal sabia limpar meu quarto quando saí daqui e cheguei a ganhar prêmio de funcionário do mês entre algo em torno de 300 funcionários. Pra quem mal tirava o pó, ganhar um prêmio de funcionário do mês da limpeza é também um orgulho. Aprendi muita coisa no trabalho: liderar equipes, limpar, aprender a ceder, cobrir um trabalho mal feito. Coisas que certamente me somaram e ficaram no meu background pra sempre. De que forma acredita que o intercâmbio tenha interferido na sua forma de se relacionar com as pessoas
sempenho em toda e qualquer área de trabalho. Nós, da Revista RRPP Atualidades, conversamos com o Márcio Duarte, que é estudante de Educação Física da UFRGS e morou durante dois anos na Irlanda. Ele contou um pouco sobre a viagem, desde a preparação até o seu retorno ao Brasil. Confira a entrevista a seguir.
Graciela Lech Stéphanie Souza e o mundo? Interferiu de uma maneira que me mudou pra sempre. Hoje não reclamo por qualquer coisa, tento lidar com situações adversas da maneira mais positiva possível. Sou mais calmo, paciente, amigável. A experiência me fez valorizar ainda mais as relações interpessoais e dar ainda mais certeza sobre a finitude das coisas, do tempo, da vida. Temos uma vida só, e viver uma boa vida sem arrependimentos, querendo o bem de todos é só o que importa. O quê você poderia dizer pra quem está prestes a viajar ou tem esse desejo para realizar algum dia na vida? É uma experiência que recomendaria pra todo mundo. Largue a situação de conforto e vá passar trabalho, ou mesmo valorizar ainda mais as coisas que tens. O sentido e o valor das coisas e da vida depois da experiência do intercâmbio certamente tomam uma magnitude imensurável, a vida de uma certa forma passa a ser entendida de uma forma bela e harmoniosa de relação entre seres, pessoas, lugares e tudo que te rodeia. Não pense duas vezes, vá viajar!
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SEJA UM FRACASSADO • A carreira, vida e percepções de Gustavo Reis, o rompedor da kinha do conforto
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pós abandonar uma próspera carreira como programador de software nos EUA, o professor de matemática optou em montar seu próprio cursinho aqui no Brasil, presencial e a distância, e deu inicio a sua carreira como educador. Apostou na sua convicção e na capacidade de se reinventar profissionalmente. Deu tanto certo que hoje ele profere palestras sobre como acreditar em si “ A possibilidamesmo, buscar sua rede de alização pessoal, com um título provocador: participação, “Seja um Fracassado”. ainda que atraGustavo Reis contou a sua experiência vés de bate-panesta quebra de papo, permite o radigmas: “Muitos pensaram o Gustavo estabelecimenenlouqueceu”, disse to de vínculos ao se referir à mudança de carreira. Ele es- afetivos semetava em um caminho lhantes aos brilhante nos Estados Unidos, largou tudo e promovidos em voltou para Porto Alesala de aula”. gre. Para seus amigos e familiares, Reis estava investindo em uma canoa furada, pois a carreira de professor ainda não é valorizada como deveria. Mesmo perante tantos obstáculos, ele encarou as dificuldades e hoje é reconhecido pela excelência em seu trabalho, e deixa uma mensagem encorajadora: “Quando a convicção dispara rumo ao infinito, o arrependimento tende a zero”. Ele explica como quebrar barreiras: saindo do modelo engessado de educação, começou a dar aulas via web, e revolucionou suas aulas de matemática. “A possibilidade de participação, ainda que através de bate-papo, permite o estabelecimento de vínculos afetivos semelhantes aos promovidos em sala de aula”, afirma ele. A sociedade esta cada vez mais dentro da mídia, onde é possível ter aulas pré-vestibular via web
DIEGO RAMOS
∆∆ Reis largou próspera carreira nos Estados Unidos e voltou para Porto Alegre para ser professor com total clareza e qualidade, como uma aula presencial. Essa inovação demonstra a necessidade que os profissionais hoje devem ter em estar sempre se aprimorando e inovando. Os jovens de hoje em dia têm a necessidade de novidade constante, sem este estímulo, o conteúdo e a aula se transformam em tédio. Gustavo lançou algumas destas observações em uma palestra que fez ano passado. O vídeo foi divulgado em formato simples e atingiu uma marca inesperada pelo professor. “Estou realmente surpreso com o número de views da minha palestra”, admite. Esses resultados deixam claro como as mídias tem um poder de divulgação incontável. Um vídeo simples atingir a todos os públicos em tantos lugares. Por isso a necessidade do bom
senso perante o conteúdo divulgado na mídia. Gustavo Reis também comentou o alto volume de informações que a sociedade recebe todos os dias. Na percepção dele, a mídia lança um excesso de informações, às vezes desnecessárias, a fim de suprir a necessidade dos públicos cada vez mais ansiosos por novidades. “Estes chegam diariamente à conclusão de que não conseguirão processar toda a informação a que são expostos”. Para o visionário professor, estamos constantemente abertos para tudo e todos na internet. “Nada pode ser escondido, tudo pode ser desvendado, e o cuidado tem de ser redobrado com tudo que divulgamos na internet”, alerta.
Bárbara Coimbra Luciane Saraiva e Nathalia Bassegio
GUSTAVO REIS/ MATHEMATICA ET CETERA Mais que uma escola de Matemática, o Mathematica Et Cetera é a consolidação de um sonho. Ao fundar o curso, em 2008, Gustavo Reis decidiu colocar em prática sua visão própria de convergência de informática e educação. A síntese dessa proposta é representada pelas cinco palavras-chave que norteiam suas ações: conteúdo, organização, tecnologia, acesso e afetividade. Desde então, o Mathematica Et Cetera vem se estabe-
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lecendo como um núcleo de ensino de alto nível e um ambiente mágico em que se promove o surgimento de novas amizades com a mesma naturalidade com que o conhecimento é compartilhado. Conta com Grupos de Estudo para vestibular UFRGS, apoio ao ensino superior (com minicursos, aula pré-prova) e aulas particulares de Matemática em todos os níveis. Site Gustavo Reis
Vídeo da palestra: “Seja um Fracassado |Gustavo Reis”
Tatuagem ainda distorce a imagem? FOTO: RENATA BATTISTI
∆∆ Roger Silva defende que os desenhos na pele não influenciam na índole de uma pessoa
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uem não conhece alguém que tenha diversas tatuagens pelo corpo? Ou melhor, quem nunca teve vontade de fazer uma tatuagem simbólica, que tenha algum significado para sua vida? A tatuagem deixou de ser só uma questão de estilo, virou uma espécie de cultura, às vezes de pertencimento de grupo. No entanto, é um assunto polêmico no meio profissional, uma vez que ainda existe certo estigma sobre o tema por parte da maioria dos gestores das organizações. Há 20 anos, a tatuagem era vista de forma pejorativa, passando a ideia de agressividade e anarquismo. Hoje em dia, com as novas tecnologias, a sociedade está mais aberta às diferenças, pregando o respeito a elas. Entretanto, no que se refere ao meio profissional, a maioria das organizações ainda mantém o antigo estigma, preferindo contratar pessoas não tatuadas. Para a professora Suzana Gib Azevedo – formada em Psicologia e mestra em Publicidade e
Propaganda – o mercado está, em geral, mais aberto a todo o tipo de diferença, pois o convívio entre várias gerações proporciona a compreensão entre diversos estilos, opinião também compartilhada por Roger Silva – tatuador há 10 anos e dono da Crust Tattoo. Ele acredita que os desenhos na pele não influenciam na índole de uma pessoa. Em contrapartida, Vanderléia Alves, responsável pela contratação dos estagiários da Secretaria de Agricultura do Estado do RS, e Alexandre Damo de Bem, sócio-proprietário da De Bem Informática, afirmam que a pessoa tatuada ainda passa uma imagem de descompromisso, pesando negativamente na hora da seleção. A concepção de “descompromisso” é criticada pelos profissionais tatuados. Eles lamentam que as organizações e a sociedade ainda tenham preconceito em relação à tatuagem, caracterizando-a como algo que reproduz rebeldia e a falta de responsabilidade. Contudo, entendem
a exigência do mercado em relação à imagem profissional e, por isso, muitos pensam em locais estratégicos – fáceis de esconder – para as tattoos, pois sabem que é um fator importante para a atuação no mercado de trabalho. Os símbolos na pele são elementos relevantes na hora da entrevista, mas não são tudo. Suzana traz alguns aspectos de grande importância na avaliação dos profissionais de RH como: a capacidade de se relacionar com outras pessoas; de expressar oralmente suas ideias; o modo de ser empreendedor e de trabalhar em equipe; o modo como se comportam; o conhecimento que dominam sobre a área pretendida. Ou seja, não são desenhos impressos no corpo de alguém que vão definir sua capacidade, competência, caráter e valor profissional. Pelo menos assim deveria ser!
Camila Camini Karen de Bem Renata Battisti
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OS DOUTORES DA ALEGRIA • Há cinco anos, ONG Doutorzinhos encanta hospitais gaúchos com cenários e brincadeiras contagiantes CAMILA MORAES
∆∆ Maurício Bagarollo se transforma no Doutor Zinho nos corredores do Hospital São Lucas da PUCRS
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entro de um ambiente pouco descontraído, o hospital, que atuam os doutores palhaços que buscam a humanização do ambiente da maneira mais simples possível: com sorrisos, abraços e afeto. A ONG Doutorzinhos foi fundada há cerca de cinco anos pelo empresário Maurício Bagarollo que tinha o sonho de se tornar um doutor palhaço depois de ver o filme baseado na história real do médico Patch Adams, que tinha uma maneira pouco usual de tratar seus pacientes, com muito apreço. Bagarollo, antes de fundar a ONG e realizar esse sonho, tentou sem sucesso ingressar em hospitais como voluntário, atuando como palhaço. Depois de acreditar no seu próprio sonho e fazer com que acreditassem
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também, nasceu a ONG Doutorzinhos e reconheceu o seu mais antigo personagem, vivido por Maurício, o Doutor Zinho. Desde o momento em que o empresário Maurício coloca o seu avental, seu nariz vermelho, leva à tira-colo o seu kit de Segundos Socorros, composto por bolhas de sabão, um miniviolão e narizes vermelhos, e o seu fiel companheiro, o Sílvio, um lindo cachorrinho invisível, os sorrisos brotam no rosto de quem o vê. Simpático e desinibido, se torna o centro das atenções. Quem vê de fora se emociona com a simplicidade que o Doutor Zinho ilumina o ambiente, na maioria das vezes pesado e triste. Cada voluntário, capacitado para atuar como doutor da alegria se encarrega da criação do seu personagem. Roupas, acessórios e estilo
de abordagem ao paciente são essenciais para criar identidade para cada um. Uns são mais ousados, sendo os legítimos palhaços, tropeçando, espirrando e fazendo gargalhar. Há os que encaram a personagem de boneca, tornando-se um alvo de elogios por sua elegância e beleza, tratando todos com uma doçura inexplicável. Maurício, deixando de lado o personagem, diz que voluntariado é sua vida. “As pessoas costumam dizer que se imaginam fazendo esse tipo de trabalho, já eu digo que não me imagino sem fazer isto”, ressalta. O testemunho da empresária Adriana Tomer, a Doutora Cute Cute, é semelhante: “Nós costumamos dizer entre nós (voluntários) que não ganhamos salário, não porque nós não merecemos, mas porque não há dinheiro no mundo que pague o que ganhamos.”
CAMILA MORAES
∆∆ Doutor Zinho aborda pacientes com a placa: Abraços grátis! O beneficio dos pacientes contemplados com Para ser um Doutorzinho não é necessário tanta alegria é evidente aos olhos de qualquer ser médico nem estar ligado à área da saúde. um e comprovado por pesquisas que afirmam Um voluntário precisa, primeiro, ser maior de que a cada sorriso o cérebro é induzido a produ- 18 anos e desejar ser rico. Rico de felicidade e zir e liberar mais endorfina, o emoção. Ajudar não por pena, neurotransmissor relacionado O resultado positivo mas por solidariedade ao próàs sensações de prazer e bempassar por um processo obtido na terapêutica ximo, -estar, além de ser um potente seletivo rigoroso e capacitaanalgésico natural. O paciente instituída pelos douto- ções para a performance de Pedro Pereira da Silva, 74 anos, res palhaços também palhaço. O profissionalismo é vivenciou uma intervenção dos cada dia mais dentro é reconhecido por exigido voluntários, ficou sensibilizados hospitais em que a ONG do e conclama: “Nós devemos médicos “de verdade” atua, logo cada dupla de douentrar na brincadeira para intores palhaços tem uma escala centivar o trabalho deles, para que cada dia vão de dia, horário e áreas a serem visitadas, sendo mais longe e contagiem mais pessoas”. cumpridas rigorosamente, pois, como eles afirO resultado positivo obtido na terapêuti- mam, a constância é fundamental para o recoca instituída pelos doutores palhaços também nhecimento das instituições em que atuam e dos é reconhecido por médicos “de verdade”, um pacientes que, ansiosamente, aguardam por sua exemplo é a opinião do clínico geral e cursista chegada semanal. Bagarollo indica aos interesem Psiquiatria no Hospital São Lucas da PU- sados em se tornar um doutor da alegria: devem CRS, Jorge Gustavo Azpiroz Filho: “Eu acredito acessar o site da ONG (www.doutorzinhos.com. na eficácia da atuação dos Doutorzinhos em pro- br), manifestando interesse e aguardar contato porcionar um ambiente saudável para a recupe- para futuras inscrições. ração física e mental de pacientes fragilizados camila moraes por diversos fatores, fazendo com que se sintam Ana paula evaldt acolhidos, facilitando a atuação dos médicos na fernanda furtado recuperação dos mesmos.” danielle madeira
Como enfrentar a crise da saúde O profissional de Relações Públicas possui uma gama de qualificações que o torna um profissional múltiplo e hoje está presente na área médica, que começou a entender a importância de um gestor de relacionamento, que una o marketing e a transparência de ações. Um hospital está exposto a crises de imagem e vulnerabilidade, pois lida com públicos segmentados e críticos. “A necessidade de profissionais de Relações Públicas está crescendo, porque cada vez mais os públicos têm força e voz, e alguém precisa gerenciar isso junto às organizações”, destaca “É um trabalho Laura Goldim, estagiária de Relações gratificante, cheio Públicas do Hospi- de oportunidatal de Clínicas. “Um des e de novas hospital lida com experiências” públicos críticos, por assim dizer, são pessoas que muitas vezes estão em situações de vulnerabilidade ou atendendo a essas pessoas. Então temos que cuidar para mediar os interesses dos públicos internos e externos. Mais do que qualquer outra instituição, um hospital é uma constante fonte de crises em potencial. Não podemos deixar com que sejam feitas apenas associações negativas com o hospital”, opina ela. Laura relata ainda que seu interesse na área vem pelo exemplo de seu pai, que sempre atuou como professor da Faculdade de Medicina e ainda trabalha no HCPA. “Cresci dentro desse meio, então foi natural o interesse”. No HCPA, Laura auxilia duas relações-públicas na Coordenadoria de Comunicação. Uma delas, Ana Paula Folletto, formada em Relações Públicas pela PUCRS, está mais ligada à questão da comunicação institucional, trabalhando com jornalistas, designers, fotógrafos, analistas e relações-públicas, de forma integrada. De acordo com Ana Paula: “Planejamos e executamos campanhas de comunicação, eventos, jornal interno, assessoria de imprensa, produtos de comunicação, como folder, vídeo institucional, relatório anual, entre outras atividades, sempre prezando por uma comunicação transparente e eficaz.” Para Ana Paula, a atividade de RP também é importante no contexto da comunicação integrada. “Em um hospital, especialmente, a instituição deve manter diálogo permanente com seus públicos, informando sobre serviços e formas de acesso, esclarecendo dúvidas, respondendo questionamentos, prestando contas, compartilhando e disseminando conhecimentos em saúde, estimulando a participação e promovendo a boa imagem institucional.” Ela ainda ressalta que ser relações-públicas do HCPA é um trabalho gratificante, cheio de oportunidades e de novas experiências, um campo vasto para pôr em prática todo conhecimento adquirido durante o ensino superior.
Alessandra Schaefer Fabio Marcel Fracari
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D+! O Festival que deixou de ser só cinema • São promovidas festas paralelas para o grande público presente A semana do Festival de Cinema de Grama- rem realizados nos hotéis, ele diz: “Os grupos do, conhecida por sua tradição, elegância e su- organizadores exploram o máximo do festival, cesso, chega a sua 41ª edição no ano de 2013. É atraindo público de todo Brasil, eles fecham considerado o maior e mais importante evento os hotéis para venda de pacotes completos que cinematográfico da América Latina, realizado inclui tanto a hospedagem, refeições, quanto a no Palácio dos Festivais, envolve premiações de própria festa.” João Franciso Hein trabalha na Revista filmes de produções brasileiras e internacionais. O Festival possibilita, além das exibições Void e ano passado, ajudou no desenvolvimento da festa chamada Entrevero de filmes, a realização de seminários, painéis, encontros, “Os grupos organizado- del Funk, realizada com a lançamentos de publicações res exploram o máximo finalidade de proporcionar entretenimento com e as tão esperadas festas de do festival, atraindo pú- um foco em experiências inédiencerramento. Reúne tanta gente curiosa e interessan- blico de todo Brasil, eles tas e surpreendentes para o te, turistas, intelectuais, esfecham os hotéis para público. Segundo ele, a escolha tudante e celebridades, que venda de pacotes com- daquele final de semana produtores organizam eventos paralelos ao encerramen- pletos que inclui tanto a para realizar a festa se deve, to do festival . Em entrevistas hospedagem, refeições, exclusivamente, pelo fato de um turismo jovem ao RRPP Atualidades, eles quanto a própria festa.” existir maciço na época. “Trata-se contam suas experiências ao de uma migração natural RRPP Atualidades e o porquê que o Festival leva.” Ele relata que pelo fato de a da escolha desse festival e não de outro. Thiago Grandi, de 29 anos, jornalista e pro- região ser turística e os hotéis, muitas vezes, os dutor de eventos, participou nos últimos anos locais com melhor estrutura para receber festas de diferentes edições do Festival de Cinema de grande porte, elas são realizadas nos próprios de Gramado. Entre eles, produziu o evento da hotéis. Hein antecipa que esse ano o grupo da revisKiss&Fly no ano de 2011, e 2012 foi contratado pela Green Valley para fazer toda parte de rela- ta Void está realizando outro evento novamente, e, apesar de ainda não terem revelado, garante cionamento do evento. O jornalista comenta que a finalidade prin- que o intuito é quebrar paradigmas novamente e cipal do evento é manter a fama de Gramado, elevar a diversão do público que estiver no hotel como referência de grandes festas, com público e nas festas deles. Por ser uma mostra internacional de cinede todo Brasil e consequentemente fazer deste um período de grande lucratividade, tanto para ma com atenção especial para o Brasil e América a cidade quanto para os grupos organizadores Latina, reunindo um grande número de filmes e pessoas que querem falar de cinema, curtir a dos eventos. O primeiro contato profissional de Thiago cidade e acabar numa boa festa, as produtoras com o festival foi em 2009, no Coca-Cola Vibe- estão cada vez mais voltadas para realização de zone, que marcava o encerramento do Festival eventos na época do Festival de Cinema. A cada de Cinema daquele ano. O evento foi no Serra ano a expectativa é maior, Gramado é uma cidaPark. De 2011 para cá realizou diferentes even- de de grande valor turístico e muito hospitaleira e com belezas naturais riquíssimas. Este eventos para o Festival. Thiago conta que a faixa etária do público to já faz parte do calendário cultural do Brasil. varia entre 18 e 30 anos. Para as festas do grupo Quem não quer passar pelo “tapete vermelho do Green Valley, que são para mais de 5 mil pesso- festival”, ver de perto o famoso Kikito e se diveras, é trabalhado mais agressivamente a divulga- tir nas melhores festas do ano? ção. Roberta Pimentel Perguntado sobre o porquê dos eventos seVitória Zanini
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DESDE 1973 Reunindo grande número de filmes e de pessoas que querem falar de cinema e criação, o Festival de Cinema de Gramado é realizado desde 1973 na Serra Gaúcha. Surgiu durante a Festa das Hortênsias, entre 1969 e 1971, devido a aprovação e o empenho dos gramadenses, dos turistas, da imprensa e principalmente da comunidade artística nacional, o evento tornou-se oficial. Com a repercussão do evento, foi instituído como Patrimônio Histórico e Cultural do Estado do Rio Grande do Sul. Hoje é considerado uma mostra internacional de cinema voltado para o continente latino-americano, com o intuito de divulgação, discussão, crítica e incentivo à criação cinematográfica nacional. O evento promove quatro mostras competitivas: Longa-Metragem Brasileiro, Longa-Metragem Estrangeiro, Curta-Metragem Brasileiro e Curta-Metragem Gaúcho. Só pelo fato de serem exibidos, os longas e os curtas-metragens recebem prêmios em dinheiro. Os vencedores são bonificados com o tradicional Troféu Kikito e com prêmios em dinheiro,
D+! O Pilates e seus benefícios Não é de hoje que as pessoas têm adquirido uma maior preocupação com a saúde, com o preparo físico e com a qualidade de vida, por isso, cada vez mais têm surgido novos exercícios e novas formas de se alcançar esse objetivo. A mais nova onda das academias é o Pilates. Criado pelo Alemão Joseph Pilates (1880-1967), o Pilates é um método de condicionamento físico que tem como base diversas técnicas de conscientização corporal e de controle motor que são capazes de melhorar, e muito, a saúde física e mental das pessoas. Seus benefícios são inúmeros, entre eles a correção postural, a melhor coordenação motora, o aumento de alongamento, flexibilidade, tônus e força muscular, o alívio de tensões, estresse e dores crônicas, o fortalecimento de órgãos internos, além de melhorar a respiração e facilitar a drenagem linfática e a eliminação de toxinas do organismo. No Brasil, o Pilates, anteriormente pouco conhecido, passou a ter maior visibilidade quando Madonna revelou que o motivo para sua maravilhosa flexibilidade e postura nos palcos, era a sua prática. A professora Andresa Dalsotto, do RS Studio Pilates, afirma que para alcançar o resultado
COMENTÁRIO
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pretendido o Pilates deve ser feito com a orientação de um profissional habilitado, que pode ser um educador físico ou fisioterapeuta que possua certificados válidos em território nacional. Além disso, vale lembrar que o pilates pode ser praticado por pessoas de todas as idades. O indicado pelos profissionais é a prática de pilates pelo menos de uma a duas vezes por semana, pois além de melhorar sua postura, ainda tem o poder de curar tendinites, dores musculares e melhora a circulação sanguínea.
Deisi Gastring Fillipe Angelino Leonardo Leo Roberta Schimitt Sabrina Brandão
Scandal: o poder das Relações Públicas • Série produzida pela ABC Studios é baseada em fatos reais e trata sobre crises de imagem FOTO: DIVULGAÇÃO Eleita pelo programa americano Entertainment Tonight como a melhor série de 2012, Scandal retrata o gerenciamento de crises. Olivia Pope, ex-assessora do presidente, abandona seu emprego na Casa Branca e abre sua própria empresa − a Pope & Associates − onde cuida de casos que não podem cair na mídia. Estrelada por Kerry Washington, Scandal se passa na cidade de Washington e gira em torno de vários casos que a Pope & Associates − também composta por advogados, investigadores e um hacker − deve resolver, enquanto cada integrante lida com seus próprios problemas e crises. Às vezes, Olivia se apropria de métodos ilícitos para resolver crises e salvar a reputação de sua própria empresa. Considerada quase uma “deusa”, a polêmica Pope sempre é chamada para resolver problemas empresariais e políticos da elite americana que não podem chegar a público. A série, produzida pela ABC Studios, é baseada na história real de Judy Smith, assessora do ex-presidente dos Estados Unidos, George H. W. Bush, e pode ser assistida no canal fechado Sony Brasil e também disponível online para download.
Camila Camini, Karen de Bem e Renata Battisti
Um hospital que faz escola
Estive no Hospital da PUCRS, para fazer uma pesquisa e fiquei muito satisfeita com o atendimento. Logo na portaria fui atendida por uma recepcionista, na mesma hora ela conseguiu uma pessoa para me acompanhar na visita ao hospital. No momento em que cheguei, fiquei impressionada com a quantidade de pessoas que estavam esperando ao atendimento, mas logo eram encaminhadas para os setores. Uma amiga minha fez uma cirurgia dentária e levou um pedacinho da carne esponjosa para a biopsia. Ela estava muito preocupada com o resultado do exame, mas as meninas atenderam-na muito bem e a deixaram mais calma. Depois, junto com uma moça que estava atendendo-me, fomos para
o Centro Clínico, o qual é ligado ao hospital por um túnel. Fiquei muito encantada com o atendimento e a organização, são inúmeros consultórios, cada um com tipo de especialidade, também existem laboratórios. Os médicos do Centro Clínico, parte deles, são professores da Faculdade de Medicina da PUCRS. Saí dali satisfeita com o bom tratamento dado a todos. Vistei outros setores e concluí que o atendimento a todos era muito bom. É um hospital escola, onde os alunos da Medicina da PUCRS fazem estágios. Fiquei feliz com a minha pesquisa, pois verifiquei que temos um grande hospital para atender as nossas necessidades.
Rebeca da Silveira
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D+! FOTO: CARLOS SCHÜTZ
A importância do inglês no mercado de trabalho • A língua como complemento profissional
∆∆ Encontro de motos em São Lourenço do Sul. Pessoas descoladas, máquinas muito iradas
MOTOCICLISMO Liberdade sobre duas rodas Muitos não entendem por que o motociclista prefere o perigo e aparente desconforto de uma moto ao conforto e à segurança relativa de um carro. Eles cultivam um espírito aventureiro, se unem para viajar, ir a Encontros de moto e confraternizar com os irmãos motociclistas. O objetivo é rodar e se reunir com os amigos, não importando a máquina, as cilindradas, querem cultivar sua paixão. O que se esconde muitas vezes por baixo daquelas roupas de couro pesadas, faixas na cabeça, luvas, botas, correntes e caveiras, é que têm pessoas de todos os tipos, incluindo médicos, advogados, funcionários públicos, entre outros. Além do culto à liberdade de pilotar, existe muita solidariedade nesse meio. Diversos grupos realizam campanhas para arrecadação de roupas, alimentos e brinquedos. Aqui no Rio Grande do Sul existe um calendário de eventos organizados pela Associação dos Motociclistas (AMO), com apoio de vários patrocinadores e, a maioria também conta com o apoio das prefeituras. Os encontros são realizados nos finais de semana em diversas cidades do Estado. Acontecem durante todo ano, com programação de shows de bandas, sorteio de brindes e entrega de troféus. A associação também é
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responsável pela filiação de motoclubes e grupos. Muitas pessoas acham que os usuários de motos são todos iguais, porém não é bem assim, o que muitos não sabem é diferenciar o motociclista do motoqueiro. O motociclista possui um estilo próprio e visa sempre a segurança e a tranquilidade durante os passeios, não utiliza o veículo para o trabalho, usa para o lazer e geralmente são filiados a motoclubes ou pertencem a grupos e saem nos finais de semana para participarem de encontros ou apenas para se reunirem com amigos. Já o motoqueiro é aquele quie trabalha em tele-entrega ou tem moto como meio de transporte, da faculdade para casa, de casa para o trabalho, e assim por diante. Eles quase sempre andam com pressa e em ziguezague, colocando a sua segurança e a dos outros em risco. Apesar das diferenças que existem no mundo das motos, o mais importante, tanto para os apaixonados quanto para os que são apenas usuários, deveria ser o zelo pela segurança de todos no trânsito e o respeito um pelo outro.
Deisi Gastring Leonardo Leo Sabrina Brandão Roberta Schimitt
Atualmente muitas empresas exigem o domínio da língua inglesa na seleção dos candidatos. O inglês se transformou numa ferramenta indispensável para o desempenho dos funcionários no mercado de trabalho, por ser a mais falada no mundo. O inglês abre as portas do mercado de trabalho . Inúmeras empresas trabalham com clientes de outros países. Por isso, faz diferença na hora de conseguir uma promoção ou uma colocação num cargo maior. Se você souber uma outra língua tem maior ascensão profissional. Jeison Spaniol, que trabalha na empresa E-Core Desenvolvimento de Software e estuda Sistemas de Informação na PUCRS, relatou sobre a importância do inglês no mercado de trabalho. Segundo ele, a maioria de sesus colegas, 95%, deixam para cursar o inglês no final da graduação, “mas deveriam se adiantar, preparando-se bem antes para enfrentar a concorrência.” Spaniol tem bastante contato com estrangeiros em seu trabalho, o tempo todo. Todos os seus colegas sabem falar inglês, pois a empresa contata com clientes de vários países. Portanto, o inglês é requisito básico no seu trabalho. “No momento, não viajo a trabalho, mas tem possibilidade de fazê-lo,” projeta. Jeison ainda destaca que todo o material de atualização é no idioma inglês.
Rebeca da Silveira
D+! Do you speak english? • Cafeteria da capital gaúcha promove encontros semanais para a prática informal da língua inglesa FOTO: RENATA BATTISTI
∆∆ Grupo se reúne semanalmente para um happy hour em inglês, na Confraria do Café, no Shopping Bourbon Country
P
ense em um lugar no Brasil onde as pessoas se reúnam semanalmente para jogar conversa fora em inglês. Esse lugar existe, e fica aqui em Porto Alegre: é o projeto Talk and Coffee, idealizado por Carla Fraga, proprietária da Confraria do Café, onde acontecem os encontros. Aos 32 anos, após viajar para o exterior com o marido e ver-se dependente dele para se comunicar, Carla decidiu que era a hora de aprender inglês e então começou a frequentar aulas. No entanto, percebeu que só as aulas não bastavam, e, para aperfeiçoar e praticar a língua, ela teve a brilhante idéia do projeto Talk and Coffee, que FOTO: DIVULGAÇÃO
∆∆ Delícias da casa
define como um “happy hour em inglês”. “Minha nas ouvindo os outros conversarem e, hoje, já proposta sempre foi fazer uma reunião informal, conseguem falar também”, destaca a idealizadora. onde as conversas fosA maioria dos frequensem espontâneas e não tadores conheceu o Talk and predefinidas, como eu Curtiu a ideia? Coffee por amigos que já via nas aulas”, diz. Para mais participavam, pela internet O encontro é cominformações acesse: ou em uma ida casual à Conposto por aproximadamente 15 pessoas de www.confrariadocafe.com fraria do Café. Muitos vão ao encontro por questões profisdiversas idades e prosionais; outros, por questões fissões. Cada integrante que chega, senta espontaneamente junto ao de viagens; alguns só não querem jogar fora restante do grupo, onde são debatidos assuntos anos de estudo, portanto, vão ao café para “revariados, como numa conversa entre amigos. Há lembrar” o idioma; mas um objetivo é comum a sempre a presença da professora de inglês Cibél- todos eles, independente da finalidade: praticar le Farinhas, a qual Carla prefere definir como a língua inglesa. Em unanimidade, os particimediadora, já que a essência do Talk and Coffee pantes relatam que o convívio semanal realmené diferente de uma sala de aula, ela somente dá te funciona e melhora a fluência da língua. O projeto inovador de Carla Fraga ganhou algum auxílio a quem precisar. Mesmo sendo um encontro aberto ao públi- vida em janeiro de 2009, é aberto ao público e co geral, normalmente quem frequenta as reu- gratuito, e acontece todas as terças-feiras, a parniões são as mesmas pessoas. Carla conta que tir das 19h, na Confraria do Café do Shopping muita gente acaba não indo por achar que seu Bourbon Country. Do you understand? inglês não é bom o suficiente, e que isto, juntamente com a timidez, são seus maiores desafios Camila Camini com o projeto. “Temos frequentadores de todos Karen de Bem os níveis do inglês, muitos chegaram aqui apeRenata Battisti Julho 2013 /RRPPAtualidades
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FOTOS GILBERTO CASTILHOS
Ambiente
APAIXONANTE ZONA SUL • Em meio ao estresse do dia a dia, ainda existe um refúgio na capital
∆∆ O pôr-do-sol do Guaíba por testemunha
A
Zona Sul de Porto Alegre sempre foi considerada a mais privilegiada em relação às demais, principalmente por oferecer uma natural qualidade de vida a seus moradores. E o motivo é simples: os bairros que compõem a região ainda conservam
∆∆ Fim de tarde no calçadão de Ipanema
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um jeitinho típico das cidades de interior e, ao mesmo tempo, são agradavelmente impregnados por ares praianos, graças à belíssima moldura ornamentada pelas margens do Guaíba. Fora isso, a Zona Sul também conta com diversas opções para quem busca lazer, entretenimento ou, até mesmo, aventura. Com a presença do Guaíba e sua orla, a procura pela prática de esportes é intensa, atraindo porto-alegrenses de todos os cantos da cidade gaúcha. Por lá, é fácil avistarmos kite-surfs, stand-ups e caiaques cruzando-se entre veleiros de pequeno e grande portes. Para apreciar tal acontecimento, basta sentar em um dos diversos bancos espalhados em toda extensão de suas águas. Ainda em terra firme, é comum observar bicicletas coloridas em meio a praticantes de cooper ou longas caminhadas, além de
outros atletas mais radicais aventurando-se, por exemplo, no slackline ou escaladas. E foi com um largo sorriso no rosto que o morador de Ipanema, estudante de biologia Rodrigo Amaral, referiu-se à zona amada: “A beira de Ipanema faz com que eu sinta que moro na praia. Fazer slackline na areia, curtir um pôr-do-sol, andar de bicicleta, tudo isso aliado a esta vista exuberante, faz com que meus dias sejam mais tranquilos, e até mesmo mais saudáveis.” É verdade que por um longo período, os moradores da Zona Sul contaram com poucas opções de estabelecimentos comerciais, serviços e afins. Porém, com o passar dos anos, a região foi crescendo economicamente e hoje em dia, além de oferecer uma natureza exuberante, conta com uma infraestrutura comparável aos bairros mais avançados, oferecendo o que tem de melhor em todos os setores. Enfim, é desta forma que atualmente os moradores da Zona Sul vivem, desfrutando a comodidade de uma infraestrutura de fácil acesso junto a um ambiente natural diferenciado que tem, como vedete, um pôr-do-sol digno de cartão-postal.
Gabriela Knippling do Amaral Josiane Freitas Azeredo Renata Fialho Dydzian
Faltou alguém na tragédia da Kiss • Um profissional de RP poderia indicar ações corretas para evitar ou controlar a situação
∆∆ Boate Kiss após incêndio de janeiro, em Santa Maria, uma das maiores cidades gaúchas, que matou mais de 200 jovens, queimados e asfixiados
N
ada melhor na adolescência ou vida adulta, apesar de todos os compromissos e responsabilidades agregadas ao longo do tempo, do que manter ativa a sua vida social, indo a um barzinho, restaurantes, baladas. No entanto, após o lamentável acontecimento na boate Kiss, em janeiro deste ano, em Santa Maria, que em consequência de inúmeras negligências não possibilitou evitar a tragédia que ocasionou a morte de 242 jovens, queimados e asfixiados, houve uma mudança radical de hábitos na ótica de diversos públicos, tanto em âmbito nacional quanto internacional, e até mesmo entre os que não costumam frequentar esses estabelecimentos. Uma crise deste nível mexe com a estrutura de uma sociedade e acarreta em mudanças culturais como aconteceu no caso da boate de Santa Maria. As pessoas começam a pensar sobre as inúmeras negligências que ficam por baixo de um ambiente aparentemente agradável, com uma bela decoração e atrações que chamam a atenção de diversos públicos, principalmente jovens, e talvez podessem ser evitadas se houvesse um profissional capaz de prever situações, atender e encaminhar soluções. Ao abrir uma boate, por exemplo, após a escolha do estilo da organização, é necessário que toda a estrutura e licenças recomendadas este-
jam dentro da lei. Deve-se respeitar o número máximo de pessoas que a casa suporta, onde possa haver espaço para que o público se divirta e circule livremente pelo ambiente, possibilitando em caso de emergência que haja evacuação rápida do local. Para isso, deve ser feita uma visita da vigilância sanitária, verificando se o ambiente está dentro das normas de segurança exigidas, evitando uma situação de crise. Aí entra o profissional de Relações Públicas. O RP é o profissional mais indicando para este tipo de situação. Ele pode agir antes, durante e após a crise. No caso das casas noturnas, um profissional competente deve primeiro fazer um plano preventivo de administração de crises. Mas o que seria um plano preventivo? Da mesma forma que pagamos um plano de saúde mesmo que não estejamos doentes. É um plano para prevenção, pois se algo acontece temos um plano para que as providências corretas sejam tomadas o mais rápido possível. Um plano de administração de crise é fundamental para evitar grandes conflitos como estes que vêm ocorrendo, pois se não for possível evitar completamente a tensão, pode amenizá-la, fazendo com que o profissional mantenha o controle da situação. O plano deve partir da formação de um comitê estratégico, envolvendo áreas diferentes dentro da organização. Em
seguida deve ser feita uma auditoria de opinião, e a segmentação dos públicos, reconhecendo-os. A partir daí, faz-se simulação de reações e eventos, tomadas de decisões imediatas para evitar ou abrandar uma crise. O principal objetivo do plano é manter e resguardar a imagem corporativa e também a imagem de seus produtos e serviços. O relações-públicas deve ser contratado para agir de forma estratégica, pensando em todas as coisas que podem acontecer e ocasionar conflitos de grande relevância e que podem interferir na imagem organizacional. Ainda assim, mesmo com todo um planejamento anterior à crise, ela pode acontecer, e o profissional deve estar preparado para agir de forma rápida, coerente e eficaz. Caso as providências corretas sejam tomadas e tudo esteja em ordem, mas mesmo assim acontecer algo, pois nenhum lugar está livre de sofrer uma tragédia e esta tomar grandes proporções, o relações-públicas atua como o mediador entre os públicos envolvidos, mantendo-se atualizado e antenado em tudo que acontece, tendo como princípios básicos a verdade e a transparência, que são o caminho mais adequado para alcançar resultados seguros.
Felipe Schmitt Fernanda Dalke Julia Desimon
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Nativismo
Acampamento Farroupilha
Tradição, cultura e lazer
FOTOS ARQUIVO FAMECOS/ LUCIANA NUNES
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ntre as diversas características da cultura gaúcha, uma das mais importantes é o seu espírito nativista. E sua melhor representação é o Acampamento Farroupilha, que cultiva este espírito através das tradições e costumes para impulsionar o sucesso do evento. Como toda a grande produção, o Acampamento Farroupilha dispõe de uma comissão organizadora composta por representantes de órgãos do município de Porto Alegre e do Estado do Rio Grande do Sul, que se reúne a partir de março para planejar o evento que ocorre em setembro, na capital. Diferente do seu surgimento primitivo, o Acampamento Farroupilha conta hoje com uma grande estrutura de 370 lotes, além dos espaços reservados para patrocinadores e veículos de comunicação. E apesar do grande interesse dos visitantes em adquirir os lotes, vale lembrar que eles já estão ocupados desde a sua criação em
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2009. Mas a lista de espera existe e não custa nada participar dela, não é mesmo?! O Acampamento Farroupilha, segundo Vinícius Brum, secretário-adjunto da cultura e coordenador do evento, é um resgate das tradições gaúchas, do modo de viver e do dia a dia dos antepassados. Reconhecimento das tradições como: música, o modo de se vestir, a culinária entre outros. No ano passado, o Acampamento teve um investimento de R$ 2,7 milhões, o que mostra que o ele se tornou o maior e mais consagrado evento de cultura gaúcha. E este ano não será diferente, o tema de 2013 é o “Imaginário Popular”, que irá apresentar as lendas, os mitos e as histórias do Rio Grande do Sul.
Deisi Gastring Leonardo Leo Roberta Schmitt Sabrina Brandão
∆∆ O culto à história gaúcha
FRANCIELLE CAETANO/PMPA
Tudo começou com uma fazendinha O Acampamento Farroupilha surgiu nos anos 80, através da iniciativa de um grupo de gaúchos que todos os anos acampavam no Parque Harmonia para assistir ao desfile. Com o tempo, esse grupo foi crescendo e, no ano de 1999, foi necessária a interferência do poder público para que houvesse uma gestão neste acampamento, já que ele estava grande demais. No início, em 1982, não havia exatamente um acampamento, e sim grupos de amigos ou piquetes que ficavam na área da “fazendinha”. Eles cavalgavam até o parque, um ou dois dias antes do desfile de 20 de setembro, fazendo do parque uma pousada ou ponto de concentração. Em 1984, a “Fazendinha da Harmonia” passou a ser administrada pela antiga Epatur (empresa pública municipal, responsável pelo turismo da Capital). Em março de 1987, o parque da Harmonia recebeu o nome de Parque Maurício Sirotsky Sobrinho. Neste ano foi formalmente realizado o 1º Acampamento Farroupilha, reunindo diversos centros de tradições gaúchas (CTG’s) e entidades. Desde 1987, os acampamentos incorporam CTG’s, DTG’s, Piquetes e entidades diretamente ligadas à cultura nativista gaúcha. Em 1990, a entidade 1ª Região Tradicionalista assumiu a coordenação. Em 1997, esse posto foi assumido pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). De 2001 a 2003 aumentou para 240 o número de entidades acampadas. Em 2004, passou para 317, somando ainda pela primeira vez praça de alimentação e pontos comerciais. Em 2005, acontece a profissionalização da festa, sendo instituída a obrigatoriedade de apresentação de projetos culturais por parte das entidades acampadas e incentivos financeiros de todas as organizações comerciais (bancos, meios de comunicação). O número de participantes cresceu até 2008, quando atingiu 400 entidades culturais, mais patrocinadores e entidades organizadoras. Em 2009, esse limite foi diminuído, em razão de a Prefeitura ter cedido uma área do parque para a construção da futura sede da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), restringindo a área útil do evento. Em 2010 foram 370 entidades acampadas. Número que se repetiu nas edições de 2011 e de 2012.
O DESFILE DE 2013 O tema do Acampamento deste ano é o “Imaginário popular. No desfile terá nove carros, que são: O imaginário – João Simoes Lopes Neto - Carro será inspirado em João Simões Lopes Neto e em seus contos e lendas. A lenda do Boitatá – A cobra de fogo – O Boitatá é uma grande cobra-de-fogo que protege os campos contra aqueles que fazem queimadas. A lenda do Negrinho do Pastoreio – A lenda reflete o meio pastoril, o poder, e a religio-
sidade do povo gaúcho. A Salamanca do Jarau – Nesta lenda, temos o sacristão dado às artes mágicas, ocupação moura na Península Ibérica, a princesa encantada, os tesouros escondidos, lagartixa e o carbúnculo ou teiniaguá dos guaranis. O Mate do João Cardoso – O conto destaca a tradição herdada dos indígenas, a roda do chimarrão, o convívio e solidariedade do homem rural. Trezentas onças – O conto lembra de honestidade e confiança, que são valores do gaú-
cho. Lobisomem e a Bruxa – O carro contará a origem e a história desses dois fascinantes personagens mitológicos. Crendices e Superstições – Crendice é sentimento de fé, convicção, simpatias e benzeduras. A superstição é um sentimento baseado no temor e na ignorância. Chasque do Imperador – Blau Nunes narra os fatos de um ponto de vista muito próximo do soberano Dom Pedro II. O Conto retoma os costumes e os hábitos gaúchos. Julho 2013 2013 /RRPPAtualidades /RRPPAtualidades Julho
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FOTO TIAGO TRINDADE
∆∆ Show do Guri de Urugaiana em pleno Theatro São Pedro lotado, durante sua temporada do mês de abril
Personagem
O fenômeno midiático do Guri de Uruguaiana Izadora Frapiccini e Laura Azevedo O famoso humorista do Rio Grande do Sul, Jair Kobe, que conquistou primeiro os gaúchos com seu personagem Guri de Uruguaiana, tem 53 anos, é casado e possui duas filhas. O porto-alegrense, que passou maior parte da sua infância em Uruguaiana, na fronteira com a Argentina, sempre admitiu que herdou de seu pai a facilidade de fazer humor e a paixão pela música. Jair iniciou três diferentes cursos de graduação: Análise de Sistemas na PUC; Música na UFRGS; e Ciências Contábeis na UFRGS, mas não os concluiu. Antes de se tornar uma figura gaúcha, trabalhou em escritório de contabilidade, vendeu roupas como sacoleiro, trabalhou em restaurante, foi dono da boutique Atmosfera, trabalhou em agência publicitária, realisou e apresentou eventos e tornou-se fotógrafo profissional. Foi em 2001 que ele descobriu seu talento de comediante ao apresentar o show “Seriamente Cômico”, ingressando de vez na carreira artística a
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qual segue até hoje. No início de sua carreira, Jair interpretava quatro personagens: Brega, Baiano, Mágico e o Guri de Uruguaiana. Com o sucesso do Guri, Jair conquistou o Rio Grande do Sul não só como um humorista, mas também como um símbolo da cultura gaúcha. Hoje, a demanda de shows e trabalhos do Guri de Uruguaiana é muito grande e exaustiva, pois é reconhecido nacionalmente, o que faz com que ele ocupe todo seu tempo com o personagem.
A afirmação do personagem O Guri de Uruguaiana, personagem idealizado pelo Jair Kobe, existe desde 2001, mas devido ao sucesso e reconhecimento que ele obteve durante esses sete anos, passou a se dedicar somente a este personagem.
O Guri de Uruguaiana representa o Rio Grande do Sul bem como a cultura do seu povo. Em suas apresentações, o Guri conta sobre os causos vividos desde criança lá em Uruguaiana, sempre com referências aos costumes tradicionalistas do Rio Grande. A sua principal referência é o Canto Alegretense, música nativista dos irmãos Nico e Bagre Fagundes, conhecida como um dos “hinos” do Rio Grande do Sul. O humorista usa a letra da música para fazer versões em cima de diferentes hits de sucesso. Isso trouxe muita visibilidade a ele, pois atingiu muitos públicos devido a diversidade das suas paródias. Interpretou músicas de cantores famosos como Beatles, Justin Bieber, Tom Jobim, Michael Jackson, Paula Fernandes e os mais recentes, Psy e Naldo. A maioria de suas versões tiveram clipes gravados pelo Guri, os quais foram postados no Youtube, permitindo que fosse visto por um grande público.
Hoje, o personagem conta com uma grande ajuda das mídias sociais, não somente do Youtube, mas também do Facebook, Twitter, site, blog e outras, que o faz interagir com o seus admiradores espalhados por todo o mundo, atingindo maior número de pessoas que passam a acompanhar o seu trabalho. A prova disso foi a grande repercussão que o vídeo “GanGuri Style” do Guri Psy obteve. Com mais de 1,3 milhões de visualizações é, dentre as suas paródias, a mais vista e em um pequeno intervalo de tempo. Isso porque, quando postada no Youtube, imediatamente foi compartilhada em todas as outras redes sociais, fazendo ela se propagar rapidamente. Jair possui um forte trabalho de gestão de mídias sociais, principalmente para o personagem do Guri de Uruguaiana. Esse trabalho é idealizado por Kobe, que conta com uma agência de marketing de Porto Alegre para colocar em prática. O principal papel que essas mídias desempenham é a interação com seu público. Na página do Guri no Facebook, por exemplo, todas as mensagens que ele recebe são respondidas em menos de 48 horas. Já no Twitter, todos aqueles que passam a seguir o humorista , recebem automaticamente uma mensagem de agradecimento. Ainda no Twitter, o próprio Jair faz postagens diretamente de shows, camarins, gravações e eventos que está participando, tudo em tempo real. Esse trabalho vem se intensificando a cada dia, pois Kobe tem conhecimento do auxílio da internet para o crescimento da sua carreira.
NAS MÍDIAS SOCIAIS: Youtube: mais de 15 milhões de visualizações Facebook: mais de 265.000 curtidores Twitter: mais de 68.000 seguidores Blog: mais de 30.000 acessos mensais
Sucesso impulsionado pelas mídias sociais Guri de Uruguaiana tira a peruca e o bigode e concede uma entrevista para a RRPP Atualidades revelando como as mídias sociais levaram seu personagem ao topo das bilheterias gaúchas. RRPP Atualidades: Com qual finalidade você passou a usar as redes sociais? Jair Kobe: Comecei a utilizar as mídias sociais no ano de 2008. Na época, o Orkut era a rede de relacionamento mais utilizada no Brasil. Desde o início, a minha estratégia de presença em mídias sociais foi pautada não apenas pela divulgação do meu trabalho, mas, principalmente, pela criação de um canal de relacionamento direto e diferenciado com os meus fãs. Acredito que este seja o segredo das mídias sociais: não encará-la como uma mídia tradicional, mas sim como um canal de diálogo. Quais são as mídias que você utiliza para interagir com o público e para divulgar seu trabalho? Hoje possuo uma presença online bastante completa e diferenciada. Meu site (www.jairkobe.com.br) tem um blog integrado, que é atualizado com frequência. De tempos em tempos, faço transmissões ao vivo em vídeo através do meu canal no Livestream, projeto que chamamos de GuriTV. Tenho também uma base grande de e-mails de fãs, para os quais envio newsletters e peças de e-mail marketing. Utilizo muito o YouTube para divulgar novos clipes e participações em programas de TV. Além, é claro, da presença diária e constante no Twitter e no Facebook. Antes dessas mídias existirem ou estarem em evidência, de que maneira você fazia essa divulgação? A divulgação antes era aquela tradicional, feita através de panfletagem, cartazes, outdoors. Isso mudou drasticamente com o advento da web 2.0 e a difusão da banda larga no Brasil. Em sua concepção, qual o papel das redes sociais em sua carreira?
A internet e as mídias sociais tiveram e ainda tem um papel muito importante na alavancagem da minha carreira. Através destas mídias eu consigo levar as novidades do Guri de Uruguaiana para os públicos diversos de maneira instantânea. O público que você atinge nas redes sociais e os que assistem seus shows são os mesmos? Quais são eles? O Guri de Uruguaiana é um personagem que atinge a todos os públicos, em todas as idades. O espetáculo não tem restrição de idade e o tema da peça o bairrismo exacerbado dos gaúchos tem enorme aceitação. Um tempo atrás havia uma distinção grande entre o público do teatro (mais velhos) e o público da internet (mais jovem). Entretanto, hoje em dia, os jovens também vão ao teatro e os velhos também estão nas redes sociais! Você fez versões do Canto Alegretense em cima de vários estilos musicais, e todos eles possuem muitas visualizações. Você considera isso um reconhecimento ao seu trabalho e não somente ao sucesso que a música original faz? A fixação do Guri de Uruguaiana pelo Canto Alegretense é o eixo central do espetáculo. O Canto Alegretense original é praticamente um hino aqui no Rio Grande e ver esta letra aplicada aos hits mais populares da atualidade (Michel Teló, Paula Fernandes, Psy, Naldo) e a sucessos clássicos (Beatles, Michael Jackson, Village People, Eagles) é muito engraçado. Com certeza a popularidade dos meus clipes contribui com a divulgação da música original. Os próprios compositores da música – Bagre e Nico Fagundes – concordam com isto e participaram do meu último clipe, o Gurinaldo. Julho 2013 /RRPPAtualidades
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Projeto Reflexões PUCRS FOTOS BRUNO TODESCHINI
O poder da Comunicação Interna
O
Projeto Reflexões faz parte do planejamento institucional da Universidade e visa a permanente qualificação de seus professores e técnicos administrativos, pois a instituição acredita que a
educação superior precisa de competência e acima de tudo comprometimento de todas as pessoas envolvidas no contexto. A PUCRS, além de ser uma instituição católica e ser mantida pelo Instituto Marista, tem responsabilidade com as pessoas e com a sociedade. Pensar e refletir profundamente essa identidade e missão é o sentido fundamental do projeto. A ideia existe há 13 anos, e em maio deste ano aconteceu a 16ª edição, no ano de 2000, 2001 e 2002 o evento acontecia duas vezes ao ano, a partir de 2003 o evento passou a ser anual. São convidados em torno
TEMAS ABORDADOS 2000 “Ensino Superior no Século XXI – o aluno” 2001 “Ensino Superior no Século XXI – Gerência e Liderança” 2002 “Universidade busca excelência em Humanidade” 2003 “Universidades católicas: formação de profissionais humanitários” 2004 “Experiência Internacional: Visita à Casa Generalícia” 2005 “Liderança, Mudança e Desafios: PUCRS no século 21”
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2006 “Universidade reflete seu papel” 2007 “O valor do conhecimento e da Integração” 2008 “Projeto Reflexões é Top Ser Humano” 2009 “Construindo juntos” 2010 “Unidade fortalecida” 2011 “Ideias afinadas” 2012 “A tradição que se fortalece” 2013 “Olhar, Identidade e Compromisso
de 150 professores e técnicos administrativos a participar. A cada ano são abordados diferentes assuntos, para os debates e as tarefas propostas. De acordo com a profa. Maria Emilia Amaral Engers, ex-integrante da comissão do Projeto Reflexões, ao final do ano de 2008, o reconhecimento público veio com a conquista do almejado prêmio: Top Ser Humano 2008, concedido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RS). O Projeto Reflexões é um exemplo de flexibilidade institucional e de trabalho em equipe, no qual predomina uma constante troca de saberes e vivências. Como consequência do Projeto Reflexões foram desenvolvidas importantes iniciativas na Universidade como Planejamento Estratégico, Fé e Cultura, Capacitação de Pessoas, Encontro com a Reitoria, Dia de São Marcelino Champagnat, entre outros.
Ana Karina Fachinello
RRPP Atualidades PUBLICAÇÃO informativa e de reflexão do curso de Relações Públicas da Faculdade de Comunicação Social (Famecos), da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, avenida Ipiranga 6681, Porto Alegre, RS, Brasil. Versão Online: www.rrpponline. com.br E-mail: famecos@pucrs.br Reitor: Ir. Dr. Joaquim Clotet
Vice-Reitor: Ir. Dr. Evilázio Teixeira Diretor da Famecos: Dr. João Guilherme Barone Reis e Silva Coordenadora do Curso: Drª. Cláudia Moura Produção: alunos de Produção de Mídia Impressa e Digital em RRPP, turmas da manhã e da noite. Professores responsáveis: Tibério Vargas Ramos e Silvana Sandini. Impressa na Gráfica Epecê/PUCRS