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A aventura de um rapaz corajoso que atravessou gerações e um oceano carregando seu velho e mágico baú
Por Danielle Salmória & Felipe Córdova
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A aventura de um rapaz corajoso que atravessou gerações e um oceano carregando seu velho e mágico baú
Por Danielle Salmória & Felipe Córdova
Texto e pesquisa Danielle Cristina Machado Salmória Ilustrações Felipe Salmória de Córdova Revisão Zeni Salmória Fotos Acervo pessoal da família Göttlicher
1ª edição Março • 2017 Publicação artesanal Impresso em papel Pólen 30 exemplares numerados [2017] Todos os direitos desta edição estão reservados à Danielle Cristina Machado Salmória e Felipe Salmória de Córdova
ATELIER DA MEMÓRIA Av. Paraná, 367, Cabral 80.035-130 - Curitiba - PR (41) 99668-3737 contato@atelierdamemoria.com.br www.atelierdamemoria.com.br
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Versã
com as Q uem conta esta aventura rapaz palavras? A bisneta do corajoso: Danielle. m os Q uem conta essa história co hico, Felipe. desenhos? O trineto de C
Agradec imento especial F lavian a Gött a licher, colaboro que u na pes q uisa, bu cando c sontatos na Euro e traduç p ões de legendas a fotos do de acervo d a famíli a.
Os dois dedicam o livro a Carmen Laura Machado, a Waltraud e, in memorian, ao Alois e em especial ao Lauro e ao Walfrido, dois guardiões das histórias de Chico que agora contam suas histórias em outro mundo. 3
Assim começa a história que vamos lhe contar, bem à brasileira:
era uma vez, um belo e reforçado prato de...
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...feijão com arroz e farinha de mandioca! Esse era o prato preferido do vô Chico! Simples assim? Nanani, nananão! Era um prato que exigia uma boa dose de paciência. Tinha um preparo todo especial, quase um ritual diário. eijão do Prato de f
vô Chico
IENTES INGRED de arroz 2 colheres de feijão 2 colheres mandioca farinha de e d r e lh o c 1 RO E PREPA MODO D ijão e arroz. esfriar, e fe Servir-se d a para não h n le à o fogã mandioca Sobre um farinha de a r ta n e sc acre hos. os pouquin um garfo. ao feijão, a de a d ju a om a Amassar c is. E mais. a m E . is a m r a ss E ama o, pouquinh E mais um io, e utos e m uns 15 min m um só! are até eles vir
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Eu era muito pequena quando convivi com meu bisavô. Lembro de quase nada dele. Na verdade, acho que tudo que “lembro” vem das histórias que ouvi e das fotos que vi. No álbum de fotografias da nossa família tem uma foto do bivô sentado à ponta da mesa, comendo... adivinha? Feijão com arroz e farinha de mandioca, claro! E mesmo quando não tenho a foto em minhas mãos, posso lembrar dos detalhes daquele almoço. Lembro de cada pessoa naquela sala, lembro da cor amarela da toalha. Lembro da garrafa de Fanta Uva sobre a mesa e... da ampola do tempo parada num instante qualquer. 6
Toda família tem um álbum de fotografias. Uns são grandes, outros pequenos. Uns novos, outros velhinhos. Uns bem organizados, outros bagunçados. O nosso é grande e velho. Já está até meio amarelado. Aquela cor de tempo-quando-foge, sabe?
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Antes desse álbum da minha família existir, deve ter existido um outro, lá longe, em outro país. Talvez fosse ainda maior e mais bonito. Talvez ele tenha se perdido na roda do tempo ou... talvez, ele ainda exista, protegido e bem cuidado por algum parente desconhecido, um guardião de memórias! Quem sabe? Fico aqui sonhando e imaginando...
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Vou te contar a nossa histรณria... 9
Num tempo muito, muito distante, um tempo de grandes mudanças no mundo, um bonito rapazote de olhos cor de mel atravessava o Oceano Atlântico. Em alto-mar, apoiado na amurada do navio, Chico olhava para aquele azul imenso. Azul dos céus e azul das águas.
Ao seu lado, sob um olhar zeloso, um enorme e pesado baú. Ele não deixava ninguém tocar no baú, ninguém olhar para o baú. Humm, exagerou um pouquinho, Danielle! Continuando...
Ali estava todo seu tesouro! 11
Você pode imaginar que riqueza seria aquela? O que havia dentro do baú? O que será que o Vô Chico carregava naquela longa viagem?
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Muitos amigos vieram com o VĂ´ Chico para o Brasil. Outros tantos amigos e parentes ficaram por lĂĄ, acenando para o navio e deixando o baĂş ainda mais pesado...
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Naquela época não existia celular nem internet. Poucas famílias tinham telefone em casa. Era difícil, quase impossível, conseguir uma ligação para outro país.
O meio mais fácil de se comunicar à distância era por carta, que demorava meses para viajar de um país para outro, porque também viajava em navio. 15
Chegando ao Brasil, Vô Chico aportou no Rio de Janeiro, continuou viagem até o porto de Paranaguá e, segundo contava nosso tio-avô Frido, subiu a pé em direção à antiga V illa de Piraquara, aqui no Estado do Paraná.
sapateiro
Seu ofício era o de , porém também trabalhou muito na roça e como pedreiro.
Plantava de um tudo por aqui,
inclusive histórias e palavras esquisitas.
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Até que um dia... Vô Chico resolveu que chegara a hora de abrir seu grande baú!
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Lรก de dentro saiu uma linda surpresa...
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uma semente! Seu Francisco (ou “Franz”, como era chamado lá na Tchecoslováquia,) sabia plantar como poucos. Com carinho e regas de amor, fez brotar uma forte e majestosa árvore. da mesma cepa do Carvalho. A árvore da nossa vida!
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FO
RANCISCO GÖTTLICHER
hábito de espalhar fotos antigas pela mesa depois de almoços de domingo existe em minha casa desde quando minha memória alcança. Momentos de reunir e rememorar, de contar e silenciar. Mesmo crescendo em meio a tantas fotografias, pouco sei sobre a vinda de meu bisavô tcheco para o Brasil. Era uma história ali, outra aqui, informações desencontradas e um tanto de desinteresse ou falta de tempo dos mais velhos para apurar os fatos e compreender melhor a história. Era preciso sobreviver antes de reviver. Assim, muita coisa se perdeu. O baú, que de fato existira, também se perdera em meio ao vai e vem da vida. Sabe-se que estivera em Paranaguá com tio Lauro e depois não se sabe. A família guarda alguns mistérios. Alguns enterrados junto aos que já se foram, sem qualquer chance de serem desvendados. Cartas em alemão trocadas entre minha avó (no Brasil) e Martha (sobrinha de Chico, na Alemanha) na década de 80; três ou quatro fotografias da família que Francisco deixara na Europa e flashes das histórias contadas por tio Walfrido são o que nos sobrou. Franz Göttlicher, nascido em 15 de outubro de 1901 na República Tcheca (desconhecemos sua origem natal), chegara ao Brasil em 1927, contando então 26 anos. Viera na companhia de um amigo no período entre as duas grandes guerras, provavelmente fugindo da devastação e das dificuldades na reconstrução do seu país após a Primeira e em meio à iminência da Segunda Guerra Mundial. Há rumores de que uma desilusão amorosa o tenha também impulsionado a viajar. Aportara primeiramente no Rio de Janeiro, descendo logo para o Sul, onde desembarcara no porto de Paranaguá. A estratégia usada
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para carregar seu imenso e pesado baú é algo que nos gera curiosidade. Seguira à pé de Paranaguá à antiga Villa de Piraquara (atual Piraquara), onde o amigo Alois Kolb, seu único contato aqui no Brasil, os esperava. Sua vida no período entre a chegada ao novo país e a união com minha bisavó Laura é uma incógnita. Ao conhecer Dona Laura, esta já com minha avó Carmen no colo, registrou a menina como sua filha e assim começou a nossa história (pelo menos até onde sabemos). No ano de 1973, vendeu um terreno para comprar suas passagens e viajou para a Alemanha, a fim de visitar sua família. O idioma falado em casa, com os filhos e minha bisavó, era o alemão. É provável então que tenha nascido na República Tcheca mas vivido sua infância e/ou adolescência na Alemanha, talvez na cidade de Bad Hersfled (de onde Martha remetia as cartas). Da sua vida na Europa pouco se sabe. Fato curioso - e triste - é que durante a Segunda Guerra Mundial, vô Chico proibiu a todos da família de conversarem na língua alemã, por motivo de segurança e medo. O governo de Getúlio Vargas havia sido categórico: era proibido falar em alemão, italiano ou japonês em público. Certamente esta proibição contribuiu para que muito da cultura dos países de origem de nossos imigrantes se perdesse, uma vez que as famílias tinham medo de ensinar seus idiomas nativos aos descendentes. Passado esse período de xenofobia extrema, o alemão voltou ao lar dos Göttlicher, mas era usado mais nos momentos de conversas “tensas” (quando vô Chico falava palavrão, era sempre em alemão!). Francisco faleceu no dia 02 de dezembro de 1988, em Piraquara, no Paraná.
MIGRAÇÃO TCHECA NO BRASIL
m comparação às imigrações mais intensas, como a italiana, alemã e espanhola, a imigração tcheca teve pouco destaque em números durante a grande chegada dos europeus no Brasil no século XIX. No entanto, ainda que com baixa representatividade estatística, mostrou-se significativa pelo fato de termos no Brasil, no mínimo,
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dez dos sobrenomes mais usuais na República Tcheca. É uma imigração que se sobressai justamente pela notoriedade de alguns desses sobrenomes, tendo talvez como maior representante o médico e ex-presidente Jucelino Kubitschek de Oliveira (Diamantina, 12 de setembro de 1902 - Resende, 22 de agosto de 1976), bisneto de Jan Nepomuk Kubíček,
um carpinteiro de Třeboň, que desembarcou no Brasil no ano de 1923. Enquanto presidente, entre os anos de 1955 e 1960, Jucelino concedeu a muitos imigrantes o atestado de Cidadania Brasileira ou Naturalização. Segundo dados da associação União Cultural Tcheco-Brasileira, no ano de 1893 foi organizada a primeira expedição de tchecos para o Brasil. Eles vieram da região chamada de “Paraíso Tcheco”, de cidades como Roveň e Madějov. Participaram desta expedição especialmente agricultores e artesãos. Vieram com a intenção de fundar uma colônia tcheca na região sul do país, no estado de Santa Catarina. Chegando ao Rio de Janeiro, ficaram sabendo da Revolução Federalista que acontecia no seu local de destino, alterando, portanto, os planos de se instalar naquele estado. Assim, a expedição se dirigiu à cidade de São Paulo. Eram oito famílias e cinco rapazes solteiros. Acredita-se que o Brasil tenha recebido, ainda no século XVII, alguns membros da Companhia de Jesus, a exemplo do jesuíta Valentin Stansel, originário da cidade de Olomouc. Este primeiro grupo de imigrantes fundou, em 13 de outubro de 1895, a associação tcheca em São Paulo, sob o nome de União Educacional e de Apoio Slavia, que na época contava com, aproximadamente, vinte membros. Sua sede ficava em uma casa na rua Correa Dias, região da Vila Mariana. Nesta tosca residência também moravam as oito famílias de imigrantes. A antiga Associação Slavia, ainda atuante, chama-se hoje União Cultural Tcheco Brasileira. Os membros fundadores da associação fizeram de tudo para manter o sentimento nacional, as tradições e os costumes tchecos. Logo no início fundaram uma escola tcheca, que não se manteve devido a dificuldades financeiras. Esse pequeno grupo de compatriotas chegou a enviar recursos financeiros para a Biblioteca Municipal de Roveň, para obter livros. Assim foi fundada a primeira biblioteca tcheca no Brasil. Também foi fundado um grupo de entretenimento, que ministrava canto, teatro amador e organizava solenidades e festas tradicionais, como a de São José e a Páscoa. A União Slavia, juntamente com a unidade de esportes Sokol, tornou-se conhecida e gozava de boa fama na Boêmia. Planejaram diversos eventos sociais, culturais e esportivos e, assim, se expandiu a tradição e a cultura tcheca no Brasil, principalmente
em São Paulo. Começou então a correspondência com o país de origem. Tchecos que queriam emigrar pediam informações sobre as condições de trabalho e possibilidades de emprego. Durante a fase em que a associação gozava de razoável saúde financeira e de prestígio com autoridades tchecoslovacas em Praga, muitos imigrantes foram acolhidos pelos conterrâneos que aqui estavam. Ao longo do século XX, chegaram ao Brasil três grandes ondas de imigrantes tchecos. A primeira em meados de 1930; a segunda a partir de 1948, quando do golpe comunista na Tchecoslováquia; e a terceira a partir de 1968, após aquele país ter sido invadido pelas tropas do Pacto de Varsóvia. A maioria fixou-se na região sul do Brasil, formando um grupo minoritário em áreas de colonização majoritariamente alemã ou polonesa. Em Santa Catarina, os tchecos ocuparam principalmente as mesorregiões do Vale do Itajaí e do Norte Catarinense, incluindo as microrregiões de Joinville, São Bento do Sul e Mafra. No Rio Grande do Sul, distribuíram-se na região da Serra Gaúcha (notavelmente no município de Nova Petrópolis), no Litoral Norte, na região das Missões e na Depressão Central. No Paraná, estabeleceram-se principalmente na região norte do estado, em especial nos municípios de Londrina, Rolândia e Cambé. Na região de Londrina, destaca-se o distrito rural de Warta, onde tchecos e polacos disputaram as terras disponíveis para o cultivo do café entre 1932 até a década de 1940. Em Cambé, fixaram-se na parte alta da Colônia Bratislava entre os anos de 1931 e 1932. Muitos tchecos migraram também para a região centro-oeste do Brasil. Estes, por sua vez, chegaram principalmente nas décadas de 1940 e 1950, liderados por Jan Antonín Baťa, irmão de Tomáš Baťa, ambos empresários da indústria de calçados, que haviam deixado a Tchecoslováquia após a ocupação dos Sudetos pelos nazistas em 1938. Jan Baťa fundou várias cidades no Brasil, como Batayporã, Bataguassu, Batatuba e Mariápolis.
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RASIL & REPÚBLICA TCHECA
s relações comerciais entre Brasil e a ex-Tchecoslováquia têm uma história muito rica e duradoura. Depois da criação da Tchecoslováquia em 1918, quando por conseqüências do desmoronamento do império austro-húngaro, a indústria tcheca perdeu seus mercados e lutou para conseguir novos. O Brasil logo começou a exportar sua matéria-prima e seus produtos agrícolas para a Tchecoslováquia que, em contrapartida, também encontrou novo mercado para seus produtos de consumo (cerveja, produtos têxteis, sapatos, carros, máquinas industriais e tecnologia militar, por exemplo). Essas relações foram rompidas durante a Segunda Guerra Mundial mas retomadas em 1945. Hoje o Brasil representa para a República Tcheca o parceiro mais importante da América Latina. O interesse em aumentar a colaboração comercial se revelou na criação da Câmara de Indústria e Comércio brasileira-tcheca, em 1994, com sede em São Paulo. As boas relações de troca entre os dois países também se dão no âmbito cultural. A literatura brasileira tem sua vivência na República Tcheca, principalmente os autores Jorge Amado e Rachel de Queiroz. Nos últimos anos, o tchecos também podem assistir novelas brasileiras de sucesso. No Brasil, são conhecidos e apreciados grandes nomes tchecos, como os compositores Antonin Dvorak e Bedrich Smetana, e os escritores Milan Kundera, Josef Skvorecky, Karel Capek e Franz Kafka. Em Batayporã, Mato Grosso do Sul, a Oficina Cultural Tcheca e Eslovaca se mantém ativa, apoiando a divulgação da cultura tcheca no Brasil, organizando exibições de danças tradicionais tchecas, realizando intercâmbios culturais entre os dois países e abrigando o projeto de ensino da língua tcheca aos compatriotas.
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OVOS ESLAVOS
s tchecos integram o grupo dos povos eslavos: grupo étnico e linguístico mais numeroso dos povos da Europa, residindo principalmente na Europa Central e Oriental, estendendo-se também do norte da Ásia ao Oceano Pacífico. No século II a.C., os eslavos começaram a ocupar regiões que iam da Europa Ocidental a India, onde impuseram sua língua (originária do indo-europeu), que foi evoluindo por meio dos novos contatos, conservando, no entanto, muito em comum. A língua eslava divide-se hoje em três grupos: oriental (russo, bielorrusso e ucraniano), ocidental (polaco, tcheco e eslovaco) e meridional ou eslavo do sul (búlgaro, servo-croata, bósnio, esloveno, montenegrino e macedônio). Pouco se sabe sobre a origem dos eslavos. Os eslavos são o grupo menos documentado entre os “bárbaros”, como eram chamados os povos que viviam fora do Império Romano, considerados inimigos. Alguns autores dizem que os eslavos eram nômades ou semi-nômades; outros afirmam que viveram em assentamentos permanentes em florestas e pântanos; alguns ainda afirmam que viveram sob o domínio de um rei. Na análise dessas discrepâncias, devemos considerar que a maioria dessas suposições são relatadas sob a lupa do preconceito romano, que via esses povos como primitivos, incivilizados e violentos. Evidências arqueológicas demonstram que, em 1500 a.C., os protoeslavos viviam dentro de uma área que se estendia aproximadamente do oeste da Polônia ao rio Dniepe, na Bielorrússia. Evidências linguísticas sugerem que em algum momento durante os seus primórdios, os povos das estepes russas central e do sul entraram em contato com os grupos de língua iraniana. Isto explicaria o fato das línguas eslavas compartilharem um grande número de palavras iranianas. Mais tarde, quando os eslavos se mudaram para o oeste, entraram em contato com tribos germânicas e novamente novos termos foram adicionados ao seu dicionário.
Danielle Cristina Machado Salmória
escrevia poesias quando criança em um caderninho com capa de tecido azul. Depois que cresceu e virou mãe, continua escrevendo por aí, em outros caderninhos, na tela do computador, na tela do celular, em folha de guardanapo... até na areia da praia! Todo lugar é papel e toda inspiração é lápis quando se escreve com o coração. Formada em Comunicação Social, acredita que um mundo ainda mais bonito pode acontecer com a ajuda dos livros, esse objeto mágico que espalha emoção.
Felipe Salmória de Córdova é hoje um garotinho tagarela com 10 anos de idade e cheio de
personalidade. Adora futebol, música e seu violino. Adora dias de festa e dias de sossego no sofá da casa da vó Lu. Adora também suco de laranja, macarrão à bolonhesa, sua cachorrinha Léli e encara um bom desafio! Convidado por mim, sua mãe, para ilustrar esse livro que fala sobre memórias, chegadas e partidas, deu uma titubeada, mas logo espantou a preguiça pra bem longe e fez acontecer esse trabalho lindo! A Felipe, meu muito obrigada! “Te amo e amo você”, meu filho!
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Fontes da pequisa: União Cultural Tcheco Brasileira <www.unitcheco.com.br> Ancient History Encyclopedia <www.ancient.eu> Consultado Honorário da República Tcheca em Porto Alegre <http://consuladoportoalegre.wixsite.com/reptcheca/republicatcheca> Consultado Geral da República Tcheca em São Paulo <http://www.mzv.cz/saopaulo> Embaixada da República Tcheca em Brasília <http://www.mzv.cz/brasilia/pt/index.html> UMANN, Josef e FLORES, Hilda Agnes Hübner (edição). Memórias de um Imigrante Boêmio. Editora EST/Nova Dimensão, 1997.
No Baú do Vovô conta a saga de um rapaz europeu tcheco que, no entreguerras, escolheu o Brasil para reconstruir sua vida. Ou melhor, “replantar” sua nova vida! Uma história de família que se confunde com a história da imigração no país. O livro, produzido a partir das memórias da família Göttlicher, é uma homenagem a todos os homens e mulheres bravos que ajudaram a construir nossa terra. lmória a S e l l ova nie d a r ó D C r o e P Felip s e õ ç a r Ilust