Parque Zanine Caldas, Brasília – Brazil

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FAU-UnB Novembro, 2016 Projeto de Arquitetura e Urbanismo – Técnicas Retrospectivas Autor: Danillo Arantes - 12/0114747

PARQUEZANINECALDAS

PLANTA DESITUAÇÃO

Conhecido não só por seus projetos de arquitetura mas também pela concepção e execução de peças de mobiliário, Zanine Caldas trabalhou por anos em ateliês e oficinas que lhe permitiam criar livremente tudo aquilo que produzia, libertando o imaginário e tornando tais lugares seus espaços criativos. O conceito primordial do Parque Zanine Caldas surge então desta ideia de criatividade e ludicidade proporcionadas pelo espaço criativo onde diversas atividades virão a ser desenvolvidas: atividades recreativas, oficinas e workshops, saraus e viradas culturais, além de elementos fixos integrados à orla do Lago Paranoá (já reapropriada) tais como cafés, loja, pier, e museus da vida e obra do arquiteto. Devido ao intenso vínculo do arquiteto com a Universidade de Brasília e imensa relação com a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da mesma, propõe-se que o parque seja ligado diretamente à instituição, integrando-o à mesma com atividades estudantis e culturais que tornem ainda mais relevante o uso do mesmo. Propõe-se a integração com escolas locais e também o acesso por meio do lago – parte componente do projeto, oferecendo acesso e transporte vinculados à universidade, pelo lago.


2 CONCRETO + GRAMADO

N

CONCRETO + GRAMADO

CONCRETO CONCRETO

MADEIRA MADEIRA

GRAMADO GRAMADO

PISO DE CONCRETO PISO DE CONCRETO

PARQ PARQUEZANINE 1:500 UEZA C A L NINEC D1A:5S00 ALDA S


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S A D L A C E UEZANIN

PARQ

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MUSEU DA OBRA DE ZANINE TEATRO DE ARENA, ANEXO ADMINISTRATIVO, saraus, viradas culturais, música, reflexão

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PAVILHÃO DE ATIVIDADES, OFICINAS, LOJA, ESPAÇO INFANTIL, workshops, atividades diversas

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MUSEU DA VIDA DE ZANINE, CAFÉS, PIER, CALÇADÃO DA ORLA, acesso ao lago, alimentação, reuniões, atividades públicas

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ESCALATRÊS

INECA

1:5

LDA0S0


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Principal intervenção realizada, o pavilhão consiste no elemento articulador de todo o parque, integrando paisagem e objeto construído, passeio e uso. Possui grande espaço livre (possibilitando diversas formas de ocupação), loja, sanitários e pequeno espaço administrativo.

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PAVILHÃO

1:125

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Á E REA US D O E LI EX VR P E OS IÇ

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ESQUADRIAS TIPO CAMARÃO VIDRO + ALUMÍNIO


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DEPÓSITO EXTRA

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PERGOLADO ANEXO

CORTEESQUEMÁTICOLONGITUDINAL 01


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CORTEESQUEMÁTICOLONGITUDINAL 02


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PARQUEZANINECALDAS

MEMORIAL DE PROJETO Situadas no Setor de Mansões do Lago Norte, em Brasília, e mesmo que relativamente afastadas dos principais pontos centrais e turísticos da capital brasileira, a casa Cunha Campos e suas demais edificações anexas apresentam características arquitetônicas próprias e que referenciam tanto a produção moderna brasileira dos anos 60 e 70 como a obra de Zanine Caldas – arquiteto responsável pelo projeto e ex-morador, conferindo também à obra certo valor histórico e sentimental.

OPERGOLADO

Não foi a única obra construída e projetada pelo arquiteto em Brasília, mas o fato de ter sido também umas das moradias de Zanine, justifica-se ainda mais a intervenção aqui apresentada como atividade principal da disciplina de projeto. Como parte do curso Projeto de Arquitetura e Urbanismo – Técnicas Retrospectivas, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, teve-se como principal propósito o projeto de intervenção tanto nas edificações que compõe o complexo como também no terreno à beira do lago. Os principais desafios apresentados consistem na ação, na forma de projetos nas edificações existentes, conferindo os devidos valores às intervenções e transformando os mesmos em um projeto de casa museu, onde a principal temática fosse a vida e obra do arquiteto Zanine Caldas, além da intervenção urbana na orla do Lago Paranoá, desapropriando parte do terreno e incorporando-o ao projeto de revitalização da orla. O projeto realizado ao longo do segundo semestre de 2016 tem também como proposta o estudo e abordagem dos muitos valores que possam vir a ser conferidos à obra no processo de projetação para novos usos e até a proposta de tombamento para a casa aqui apresentada. Atualmente as edificações que constituem o projeto não são consideradas patriônio em nível algum, nem mesmo local, tornando-se esta também uma das principais questões abordadas ao longo das etapas de projeto: qual(ais) valor(es) deve(m) ser conferido(s) à edificação a ponto de torná-la um bem tombado? E tal atitude se justifica?

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Hoje, reconhecido como um dos mais autênticos arquitetos do Brasil, já falecido, “mestre das obras em madeira” e ícone da arquitetura regional brasileira, têm tido grande parte dos seus projetos como alvo de estudos de pesquisadores, além da admiração de muitos de seus colegas de profissão. Sua história carrega consigo muitos fatos memoráveis e até curiosidades, e por tratar-se de um projeto de casa museu voltada para a vida e obra do arquiteto, é interessante que os principais conceitos de intervenção, uso e reocupação também passem a ser baseados na vida e obra de Zanine. Com base nas descrições do filho, Zanini de Zanini, em livro biográfico a respeito da vida e obra do novo designer, foi possível perceber não só a relação entre pai e filho mas a vida que o próprio Zanine (pai) levava, suas paixões e anseios. Por tratar-se de uma obra rica em declarações muito pessoais, a mesma serviu de inspiração e base para as justificativas de projeto aqui apresentadas. Zanini de Zanini trata do pai como uma figura criativa e repleta de liberdades, apaixonado pelo trabalho e pelas cidades onde viveu. A forte relação com a UnB se mostra também muito clara nas várias descrições do filho sobre as experiências vividas na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e principalmente na Oficina de Maquetes. Tais declarações e descrições tornaram-se a base do projeto aqui apresentado. O projeto consiste num conjunto de edificações (existentes e propostas) que, regidos por dois museus, um sobre a vida e outro sobre a obra do arquiteto, ordenam as demais atividades criadas no terreno – um complexo-parque projetado em três escalas: uma reflexiva e de atividades mais restritas e eventuais, uma mais gregária e de atividades (principalmente lúdicas e interativas) e outra conectada à cidade, pela orla, com cafés e o calçadão proposto.

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PARQUEZANINECALDAS Regido por ideais de acessibilidade e preservação, o projeto procurou intervir nas edificações existentes o mínimo possível, deixando-se clara qualquer forma de ação estrutural ou projetual. A casa principal tornou-se um museu sobre a obra do arquiteto, tanto maquetes e projetos como mobiliário, a edícula (casa na qual de fato morou por um tempo) tornou-se um pequeno museu sobre a vida de Zanine e a área para a churrasqueira tranformada em um novo bar/café, mantendo-se a estrutura de madeira do telhado já existente. Quanto às novas intervenções, foi desenvolvido o projeto de um parque de traçado paisagístico inspirado pela obra do arquiteto, principalmente pelo mobiliário, rico em curvas e complexidade formal num jogo de níveis e materialidades. Ao longo do traçado surgem então os outros três novos anexos: um anexo administrativo próximo ao Museu da Obra de Zanine Caldas, outro, maior, pavilhão de atividades diversas e loja, além de outro anexo, um café à beira do lago sobre o deck do pier também proposto como meio de interação com a cidade. A proposta de criação de um parque em meio ao Setor de Mansões do Lago Norte reflete ainda mais a necessidade de meios de lazer e atividades culturais na cidade de Brasília, principalmente em regiões onde existem poucos destes. A ideia principal é, além da criação do parque, a manutenção e vínculo do mesmo com a Universidade de Brasília, tornando-se também um polo de atividades fora dos Campi, mantida e organizada por parcerias público-privadas e conferindo ainda mais locais de atividades para a população brasiliense – uma das principais justificativas do projeto da desapropriação da orla do Paranoá e possível criação de polos de lazer ao longo de todo o lago.


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MUSEUOBRA ZANINECALDAS

1:100

Quanto à edificação principal, propõe-se a transformação de seus espações internos em um conjunto de salas de exposições fixas a respeito da obra do arquiteto, conectadas por rasgos nas paredes feitos por meio de aberturas demarcadas com bordas de alumínio pintado de amarelo – cor que permeia todo o projeto de intervenção. A ideia é deixar claro tudo aquilo que se encontrava anteriormente ali e tudo aquilo que surge com a novo projeto.

NOVO ACESSO!

NOVOS RECORTE/INTERVENÇÕES recortes nas paredes a fim de possibilitar novos usos que sigam normas de acessibilidade e atendam às demandas do museu, sem por isso perder o caráter do ambiente que passou pela intervenção.

ACESSOS RESTRITOS

áreas de serviçõs e/ou administrativas. não há exposição

AMBIENTES COM EXPOSIÇÃO cômodos transformados em espaços com exposições fixas sobre a obra de Zanine. – mobiliário, projetos e maquetes.


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1:100

CAFÉ CALÇADÃO

N

Quanto à área de churrasqueira pré-existente, propõe-se a derrubada dos espaços previamente N existentes para a concepção de um novo café/bar à beira do lago, mantendo-se valorizada a cobertura e estrutura de madeira existentes no local – principal elemento caracterizador da edificação.

AMBIENTES COM EXPOSIÇÃO cômodos transformados em espaços com exposições fixas sobre a vida de Zanine Caldas.

MUSEUVIDA ZANINECALDAS

1:100

ACESSOS RESTRITOS

áreas de serviçõs e/ou administrativas. não há exposição

N

A edícula se mantém praticamente intacta, sem maiores intervenções, a não ser pela transformação dos espaços internos em salas de exposição de retratos, textos e elementos ligados ao imaginário e vida do arquiteto. Por ser praticamente toda acessível, não se fez necessário o uso dos ditos “rasgos” utilizados na casa principal


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