ARTE LONDRINA 201 2
catรกlogo ARTE LONDRINA 201 2
Catálogo ARTE LONDRINA reitora
Nádina Moreno vice-reitora
Berenice Quinzani Jordão diretora da casa de cultura
Magali Oliveira Kleber chefe da divisão de artes plásticas
Danillo Villa curadoria
Ricardo Resende e Danillo Villa coordenação
Danillo Villa e Juliana Miranda Freitas assistentes
Aline Luz e Vinicius Escano Correia editoração
Vinicius Escano Correia fotografias
Aline Luz, Vinicius Escano Correia e arquivos pessoais dos artistas www.uel.br/cc/dap
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Marcio Diegues Maria Joana Pires Yasuhara Marina Valério Guedes
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ARTE E VIDA, VIDA E ARTE
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Marlos Bakker Ricardo Aguiar
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ESTRATÉGIAS PICTÓRICAS
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Sheila Ortega Willian Menkes de Oliveira
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Adilson Lopes Amanda Sacoman
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NADA DO QUE LEMBRAMOS É VERDADE
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Daniela Antonelli Elke Coelho Flávia Junqueira
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Ader Gotardo Adolfo Emanuel de Oliviera
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Anna Paes Camila Soato Elias Andrade
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Fabiola Chiminazzo Gabriela Lissa Sakajiri Giovana Paolini
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Robinson Oliveira Sueli Espicalquis
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Gustavo Torrezan Isis Ferreira Gasparini Jéssica de Souza Luz
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PÓS PAISAGEM
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Menção honrosa: Janina Clara Mcquoid
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Juliana Barone Khalil Charif Leto William
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Marcos Magalhães Netto Bueno Renan Marcondes
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Elke Coelho Emanuel Monteiro Fátima Savignon
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Reynaldo Candia Thaís V. Macedo Zé Armando
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Gabriel D. Petito Vieira José Luiz Stefano Mianutti Maikel da Maia
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ARTE LONDRINA
Guilherme Callegari Louisa Savignon Michelle Paixão Costa Moisés Alves Myriam Zini Reynaldo Candia
André Delfim André Griffo Bárbara Bessa Bruno de Oliviera Diana Motta
ARTE LONDRINA DANILLO VILLA curador • chefe da divisão de artes plásticas No dia 03 de setembro de 201 2, reunimo-nos, eu, Danillo Villa, e o diretor do Centro Cultural São Paulo, Ricardo Resende, para escolher, entre os 1 43 inscritos, os trabalhos que fariam parte do edital ARTE LONDRINA. Deparamo-nos com uma amostragem de formas/conceitos que nos fez pensar que há, sim, uma pretensão de verdade nessa produção tão heterogênea. O divertido, no processo curatorial, foi poder observar que esta possibilidade de verdade vale para cada artista individualmente e que ela se formaliza pelo estranhamento que eles alcançam no uso de materiais específicos, numa operação que cria novos códigos de acesso às vias sensíveis, que entendo como produtoras de conhecimento. Ao observarem, com tanto interesse, seu universo de objetos, seu mundo interno, paisagens, sensações ou seleções da memória e adequarem estas afetações via metáforas materializadas nos trabalhos, parece que os artistas oferecem ao público uma possibilidade de percepção de seu próprio território de afetos. Além disso, há pouca sofisticação nesses trabalhos. Os artistas, de maneira geral, não usam materiais caros, há um trabalho feito com post-it, outro, com cartas de baralho, e um outro ainda, com fósforos, o que leva nossos olhos a caminhar por um território rico em vibrações fora de lugar, pressentidas fora de alcance e distante das práticas e categorias tradicionais. Esse fato sinaliza um devir em objetos banais, utilizados no limite de sua familiaridade, que, ao serem ressignificados pelos artistas, produzem uma espécie de desfundamento libertador. São nossas potencialidades comuns as necessárias para o embate que os artistas propõem, mas elas serão potencializadas e nos farão ver mais, no mesmo. Estas percepções possibilitaram a visualização de três arranjos que originaram três exposições: Estratégias pictóricas, Nada do que lembramos é verdade e Pós- paisagem. O texto do crítico Ricardo Resende aponta os territórios conceituais sugeridos pelos artistas e sua conexão com a experiência cotidiana, compromisso estrutural do edital ARTE LONDRINA.
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ARTE E VIDA, VIDA E ARTE RICARDO RESENDE curador • diretor do centro cultural são paulo “Para que eu seja um poeta, preciso de não ter o que fazer. Meu trabalho é o de fazer vadiagem com as palavras”, disse Manoel de Barros, em entrevista. 1 A vadiagem, nas palavras do poeta, tem um sentindo de contemplação do mundo e é nesta contemplação ou vadiagem, segundo Manoel de Barros, que a experimentação artística encontra seu lugar possível. Vadiar com o pensamento, vadiar na reflexão, vadiar na criação, vadiar com a arte. E neste contexto que se dá a criação poética, que as ideias fluem e as transformações humanas acontecem. Para ser sincero, ultimamente, tenho mais vontade de vadiar, ou melhor, de divagar, de contemplar a arte, do que de falar e pensar, obrigatoriamente, em uma função profissional ou acadêmica sobre arte, em especial, quando tais reflexões estão pautadas em temas ou recortes com um viés “estatizante” e filosófico que acaba por tornar tudo um tanto igual e alinhado ao discurso vigente, perigosamente homogeneizado na era pós-globalização, feito de imagens que não aderem, que não instigam e não nos tiram do lugar comum. E pior, que tornam a arte uma disciplina, uma disciplina acadêmica para poucos. A arte deve se comunicar diretamente para o público, instigando-o com questões que o perturbam, que o tiram da normalidade, que fazem com que sua memória lateje. Se a arte não nos causa estranhamento, a criação artística não faz sentido. Assim, a arte pode ser um “meio” para se pensar, refletir ou “vadiar” sobre as questões que afligem o homem contemporâneo. Nesse sentindo, na atualidade, arte e vida se unem e se transformam em uma coisa só. Desse modo, tratar a arte como uma experiência de vida é, sem dúvida, a busca maior para os artistas da atualidade. Não dá 1 Para o Jornal O Globo, Segundo Caderno, de Terça-feira, 13 de Abril de 2010.
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mais para esperar que o artista, ao se fechar em seu ateliê, traga ao mundo apenas pinturas de cores planas ou vazias de inquietações, ou seja, obras artísticas ancoradas no porto seguro do mercado e das instituições consagradas à arte. Espera-se do artista que se sujeite aos riscos necessários da experimentação artística e estética. Felizmente, o que se observou na seleção de trabalhos do Edital Arte Londrina 201 2, que resultará em três mostras no decorrer de 201 2 e 201 3, foi a priorização de questões prementes da arte contemporânea, o que é bastante positivo, pois esta é a função de uma universidade que abriga um curso de arte, ou seja, abrir espaço para a produção emergente e difundir esta produção acadêmica de forma não hierárquica e aberta à sociedade londrinense. Não foi proposto um tema para o Edital e nem houve, por parte da comissão selecionadora, a eleição de uma orientação para nortear as escolhas, que se deram de forma natural, formando conjuntos ou arranjos específicos. Foi uma surpresa, no decorrer do processo seletivo, a potência de muitos dos trabalhos selecionados. Mais de 50 artistas, entre os cerca de 1 40 inscritos, participarão das mostras coletivas na Casa de Cultura da Universidade Estadual de Londrina. Artistas jovens, muitos deles ainda cursando a universidade, revelaram um olhar aguçado sobre a atualidade, pois abordaram questões que afligem o homem contemporâneo. Os trabalhos compõem um conjunto coerente, sem complexidade conceitual e atento a questões da arte do século XXI. São trabalhos em escala menor, em que predominam o desenho e o gesto pequeno e contido, que aludem ao cotidiano e à vida nas cidades ou que observam o outro, a natureza e as relações com a vida. Não se poderia falar de conteúdo em arte para alguns artistas e críticos de arte, há bem pouco tempo. O resultado do Edital ARTE LONDRINA, posso afirmar depois de passar por outros editais de arte, como o 30º Salão de Arte de Ribeirão Preto , em 201 2, e o Arte Pará - 30 Anos, em 201 1 , está em sintonia com a produção artística dos grandes centros de arte como São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. Para confirmar esta atualidade, pode-se citar que muitos dos temas apresentados são vistos nas obras expostas na 30ª Bienal Internacional de São Paulo, aberta ao público em setembro de 201 2, uma bienal que não peca pela monumentalidade dos trabalhos, pois não traz obras barulhentas ou que exigem a interação física do público para se expressarem e nem os costumeiros nomes de artistas badalados pelo mercado de arte que ofuscam os demais. Na Bienal de São Paulo como no Edital ARTE LONDRINA, são muitos os trabalhos que tratam do cotidiano, das coisas pequenas e de situações comuns do dia a dia, assim, parece ser este o tema que influencia a arte contemporânea. A poética está nas pequenas ações, nos pequenos registros feitos pelos artistas, o que não deixa de ser um gesto político da arte, em um momento em que a humanidade parece ter rompido com o mundo natural, com a natureza e com uma vida simples. Neste contexto, quando as pessoas se mostram mais “desumanizadas” e tecnológicas, por serem mediadas por
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equipamentos eletrônicos, os artistas parecem buscar um fazer artístico que se traduz como um contraponto a isto tudo, pois criam trabalhos mais elaborados, mais artesanais, que têm como suporte linguagens tradicionais, como o desenho e a gravura, fruto, talvez, de um certo desencantamento com o mundo digital e imaterial atual. No resultado do Edital ARTE LONDRINA, encontramos desenhos, pinturas e algumas fotografias, como as imagens silenciosas de Gabriela Lissa, que captam o interior da casa de seus avós, povoada de memórias, um ambiente besuntado da afetividade dos que ali viveram. Esta é a magia de um trabalho que mexe com os nossos sentidos, pois revela as lembranças delicadas de um cotidiano intensamente vivido. Embora seja uma fotografia, sente-se a umidade e os cheiros do ambiente no ar, escuta-se o ranger de portas e janelas, ouve-se a fala silenciosa de seus avós na penumbra do lugar. Os temas dos outros trabalhos selecionados variam, pois abordam desde a História da Arte até questões relativas à identidade e ao gênero, à sexualidade e à sensualidade e à simbiose do homem com a natureza. Parece que a escolha de tais temas constitui mais um contrapondo à eletrizante e barulhenta arte que resulta da globalização, vista em obras grandiosas, dispendiosas, inacessíveis e inofensivas ao público. Há uma despretensão plástica nos trabalhos vistos na seleção do Edital ARTE LONDRINA, mas, por outro lado, há um sentimento de urgência nessa simplicidade, um desejo latente de compreensão do mundo, desse mundo que parece ter sido corroído e corrompido pelo homem. Como os artistas estão a frente dos homens comuns, graças a sua sensibilidade aguçada para perceber as coisas, estas questões que parecem banais sinalizam a necessidade de mudanças nas projeções futuras. É como se o artista voltasse para o seu entorno e observasse as coisas simples do dia a dia das pessoas, das cidades e da natureza, para trazer um novo olhar para o que é local e que está nesse entorno, ao alcance das mãos e do olhar. É como se deixassem de olhar para o futuro, como prega a ideia progressista do capitalismo, que sempre trabalha com projeções futuras de lucro, de produção e de investimento, para olhar para o presente, para o agora. De fato, falta-me paciência, hoje, para falar de uma arte que está em consonância com as galerias de arte comerciais, cujo fim é apenas um, o de apenas atender os interesses do mercado. Pelo meu modo de vida e de ver a arte, este desejo de deslocamento e esta busca por outras culturas e outros modos de vida estão evidentes em mostras importantes, como a mencionada Bienal de São Paulo, assim como, nos trabalhos selecionados pelo Edital ARTE LONDRINA. Parece haver necessidade de convívio, de contato, de uma livre troca com outras pessoas e culturas. O acúmulo de conhecimento e experiências é consequência desta nova condição do artista que circula ou “vadia” pelo mundo. Estes questionamentos são abordados por Nicolas Bourriaud, em sua teoria da Estética
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Relacional, que reflete sobre a necessidade que o artista contemporâneo tem de interagir e conviver num ambiente de trocas, de experiências e socialidade. Essa vertente convivial - sociológica - da arte (e não é que ela não existiu antes) gera um acúmulo de conhecimento que resulta em experiências estéticas e relacionais naturais a todos os indivíduos. Viver é acumular experiências e a arte, em tempos de arte relacional, torna-se, cada vez mais, resultante de experiências sociais. Investe-se no indivíduo. Investe-se na formação do artista. Investe-se em seu deslocamento. Investe-se no acúmulo de informações. O acúmulo de conhecimento faz parte da natureza da contemporaneidade, um acúmulo que, não necessariamente, tem que ser compartilhado. O compartilhamento dessa memória, porém, pode se dar no trabalho de arte ou, mais especificamente, nas práticas artísticas processuais. A iminência poética, como justifica o curador venezuelano, Luiz Perez-Oramas, foi o quesito para a escolha de trabalhos para a mostra da Bienal de São Paulo de 201 2. Na atualidade, exposições e teorias apresentam títulos bastante sugestivos que dizem respeito ao que foi aqui discutido: Como viver junto; Em vivo Contato; Como construir mundos; Arte Relacional; Sociedade Líquida; Amor Líquido; Há sempre um copo de mar para o homem navegar; A Contemplação do Mundo e a Iminências das Poéticas, título da última bienal de São Paulo. No entanto, a transculturalidade ou a arte e a vida que se cruzam já era entendida muito antes deste fenômeno atual, como relata, em entrevista, o pianista e compositor de jazz norte-americano Dave Brubeck, que revolucionou este gênero musical, há mais de 50 anos, com o disco Time Out, ao mencionar o que lhe ensinou seu professor, Darius Milhaud: Milhaud falava com frequência da época em que viveu no Brasil e como o país influenciou sua linguagem musical. Ele me relatou suas viagens pelo interior do país para ouvir canções folclóricas que o inspiraram a escrever algumas de suas mais populares e encantadoras peças. O conselho que me deu, então, foi viajar e manter os ouvidos abertos. Ele acreditava firmemente na importância de ouvir música folclórica de diferentes culturas, citando particularmente o caso de Stravinski e Bartók, cujos trabalhos foram marcados por essa aproximação. De algum modo, a introdução de ferramentas clássicas no jazz é semelhante à adoção de métodos de composição clássica de Milhaud para incorporar a música folclórica brasileira (O Estado de São Paulo, 18/12/10).
Esta experiência artística relatada ocorreu há mais de 50 anos, assim, o que vem antes é mais importante do que a obra de arte em si, pois, de alguma maneira, o conhecimento acumulado se transforma em conhecimento coletivo quando o artista leva seu trabalho para o espaço expositivo e o divide com o público.
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primeira exposição ESTRATÉGIAS PICTÓRICAS 25/1 0 a 30/1 1 201 2
Longe de tentarmos estabelecer o lugar da cor na arte contemporânea, o que fizemos foi aproximar trabalhos, nos quais, ela foi uma evidência para orientar o contato com o assunto tratado por alguns artistas. Reunimos aqueles que, de alguma maneira, usaram a cor como via de entrada, ainda que esta apareça transmutada em objetos e fotografias ou que proponha um embaçamento de fronteiras com o desenho. Nossa intenção foi aproximar artistas e propor uma experiência: pensar a cor como estratégia. Se nos perguntarmos se todos os trabalhos são, genuinamente, pinturas, a resposta seria não, pois as categorias estão contaminadas e os procedimentos, mais do que nunca, foram testados de diferentes maneiras pelos artistas, o que resultou em hibridismos que evidenciam que a especificidade das linguagens não dá conta de suas urgências. Percebemos, nesses trabalhos, a cor como uma potência singular e sedutora, que qualifica superfícies e narrativas tratadas para alcançar o silêncio ou multiplicar informações. Cores industriais, obtidas por meio de objetos coloridos, têm o mesmo valor de cores artesanalmente conseguidas, o que evidencia a atualidade das ideias e também dos gestos dos artistas nos procedimentos contemporâneos.
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artistas ESTRATÉGIAS PICTÓRICAS
Nasceu em São José do Rio Preto, SP, em 1 966 Vive e trabalha em São Paulo, SP lopesrpz@pop.com.br
Desenho III caneta permanente sobre papel 50 x 70 cm 201 1
Nasceu em Londrina, PR, em 1 984 Vive e trabalha em Londrina, PR amandasacoman@gmail.com
Não esqueça post it 200 x 250 cm 201 2
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Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1 981 Vive e trabalha no Rio de Janeiro, RJ antonelli.daniela@gmail.com
Sem título nankin sobre filme translúcido 50 x 200 cm 201 1
Nasceu em Junqueirópolis, SP, em 1 983 Vive e trabalha em Londrina, PR elkecoelho@yahoo.com.br
Linha do horizonte (detalhe) palitos de fósforo e acrílico 1 6 x 368 x 3 cm 201 2
Nasceu em Santo André, SP, em1 986 Vive e trabalha em Santo André, SP guilherme_callegari@yahoo.com.br
DAVID AXELROD The Edge óleo, acrílica, esmalte sintético e lápis sobre papelão 95 x 1 62 cm 201 2
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Nasceu em São Paulo, SP, em 1 985 Vive e trabalha em São Paulo, SP flaviaja@hotmail.com
Gorlovka#2, 1 951 ampliação fotográfica 70 x 1 00 cm 201 1
Nasceu em Londrina, PR, em 1 988 Vive e trabalha em Londrina, Pr lslepri@gmail.com
Breathe (série de seis) fotografia digital em lambda print 200 x 21 0 cm 201 2
Nasceu em Belo Horizonte, MG, em 1 980 Vive e trabalha em Belo Horizonte, MG chelcristine@yahoo.com.br
Imagens reversas técnica mista 3 x 2,85 x 1 ,70 m 201 2
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Nasceu no entorno do DF, em 1 983 Vive e trabalha em Guará 1 , DF macmakk@gmail.com
Los Zapatos de Charol óleo, acrílica e pastel oleoso sobre algodão e tricoline 80 x 80 cm 201 2
Nasceu em Rabat, Marrocos, em 1 971 Vive e trabalha em São Paulo, SP myriamzini@hotmail.com
500 almas acrílica sobre papel 1 5 x 25 cm 201 0
Nasceu em São Paulo, SP, em 1 975 Vive e trabalha em São Paulo, SP reynaldocandia@gmail.com
Buraco P. A. 3 camadas de cartas de baralho 45 x 29 cm 201 2
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Nasceu em Jaú, SP, em 1 970 Vive e trabalha em Duque de Caxias, RJ robinsono@ig.com.br
No Caminho de Frida acrílica sobre tela 2,1 2 x 1 ,53 m 201 0
Nasceu em Araçatuba, SP, em 1 955 Vive e trabalha em São Paulo, SP sueliespicalquis@gmail.com
Sem título óleo e cera sobre tela 1 50 x 1 00 cm 201 0
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segunda exposição PÓS-PAISAGEM 08/03 a 1 9/04 201 3
‘Pós-paisagem’ resultou da escolha de alguns artistas que imprimiram sentidos mágicos em uma conexão com uma natureza fora de lugar e alcançável via experiência estética. Uma quantidade considerável de trabalhos apresenta dados de paisagens, vistas de uma janela, algo que traz uma temperatura, um frescor de atmosfera, que permite a reconstituição de um ‘fora’, em contrapartida ao ‘dentro’, aparentemente, absoluto, que todas as formas de observação e comunicação, via redes sociais e similares, instauram. É como se, de novo, estivéssemos buscando reconstituir um entorno “natural”. Trata-se da necessidade de um silêncio individualizante, que permita a reinvenção do sujeito, por meio da experiência de indistinção silenciosa com aquilo que nos acostumamos chamar de natureza, e que dinamize, em outros termos, o trânsito entre os mistérios que nos espreitam.
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artistas PÓS PAISAGEM
Nasceu em Presidente Prudente, SP, em 1 978 Vive e trabalha em São Paulo, SP andredelfim@hotmail.com
Sem título impressão s/ papel algodão 60 x 90 cm 201 2
Nasceu em Barra Mansa, RJ, em 1 979 Vive e trabalha no Rio de Janeiro, RJ andre.griffo@gmail.com
Reunião (série engenho maratona) tinta acrílica e carvão sobre tela 200 x 250 cm 201 2
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Nasceu em São Caetano, SP, em 1 992 Vive e trabalha em Londrina, PR barbara.bessa.s.s@gmail.com
Impressionista dupla exposição fotográfica 1 0 X 1 5 cm 201 2
Nasceu na cidade de Campo Mourão, PR, em 1 989 Vive e trabalha em Curitiba, PR brunooliveira.arte@gmail.com
Geminados cetim e linha 1 60 x 1 70 x 75 cm 201 2
Nasceu em São Paulo, SP, em 1 985 Vive e trabalha em São Paulo, SP diana.motta@gmail.com
Mundo óleo sobre tela 30 x 30 cm 201 2
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Nasceu em Junqueirópolis, SP, em 1 983 Vive e trabalha em Londrina, PR elkecoelho@yahoo.com.br
Ferida acrílico e flor sempre-viva 6 x 6 x 2 cm (cada) 201 2
Nasceu em Londrina, PR, em 1 988 Vive e trabalha em Cambé e Londrina, PR emanuelmonteiro@hotmail.com
Livro de Navegações nanquim, grafite azul e monotipias de carbono s/ papel 8 x 1 2 cm (aberto), 330 pp 201 2
Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1 953 Vive e trabalha em Londrina, PR fatimasavignon@gmail.com
Série: O que nos separa (Imag. VI) fotografia digital em papel algodão 1 05 x 1 55 cm 201 2
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Nasceu no Piracicaba, SP, em 1 982 Vive e trabalha em Piracicaba, SP gabrielpetito@gmail.com
Garnizé acrílica sobre toalha de mesa 1 00 x 1 44 cm 201 2
Nasceu em São Paulo, SP, em 1 980 Vive e trabalha em Curitiba, PR jlmianutti@hotmail.com
Arauto aquarela e acrílica sobre papel 65 X 50 cm 201 2
Nasceu em Curitiba, PR, em 1 983 Vive e trabalha em Curitiba, PR damaiamaikel@gmail.com Dê espaço ao que você possui desenho, moldura, vidro e papel 21 x 33 cm 2007, 201 2
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Nasceu em General Salgado, SP, em 1 988 Vive e trabalha em Londrina, PR mdsacris@gmail.com
Ainda é outono aqui dentro folhas e galhos (instalação) aproximadamente 2,25 m 3 201 2
Nasceu em São João do Pinhal, PR, em 1 967 Vive e trabalha em Londrina, PR joaninha.pye_@hotmail.com
Vastidão acrílica sobre tela 1 50 x 1 50 cm 201 2
Nasceu em Porto Alegre, RS, em 1 985 Vive e trabalha em Porto Alegre, RS wilsomsorry@gmail.com
Penso em mergulhar, nas profundezas do Mar madeira, ferro, lápis dermatográfico, impressão em adesivo e vidro 92 x 76 x 78 cm 201 2
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Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1 971 Vive e trabalha em São Paulo, SP marlosbakker@gmail.com
O outro, o mesmo vídeo duração 1 0'1 5" 201 2
Nasceu em São Paulo, SP, em 1 968 Vive e trabalha em São Paulo, SP ricardoaguiar2@gmail.com
38 oN acrílica sobre bandeiras díptico, 1 48 x 92 cm (cada) 201 1
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Nasceu em São Paulo, SP, em 1 980 Vive e trabalha em São Paulo, SP sheila.ortega@uol.com.br
Sem título (série: Paisagem Experimental) série fotográfica 60 x 40 cm 201 1
Nasceu em Araçatuba, SP, em 1 988 Vive e trabalha em Campo Grande, MS william.menkes@hotmail.com
Sem título gravura em metal - água-forte 1 0 x 1 5 cm (tam. da gravura) 201 2
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terceira exposição NADA DO QUE LEMBRAMOS É VERDADE 25/04 a 07/06 201 3
‘Nada do que lembramos é verdade’ discute nossa relação com a memória, com a história, com os afetos que interferem na constituição de fatos e experiências do passado e, portanto, também do presente. Como um filtro, a memória apaga de seu substrato o que poderia desqualificar a atualização dos desejos. Um dos recursos utilizados para tal é fabular mundos melhores. Esta operação indica um ‘aqui agora’ instável, múltiplo e problematizado, que pode ser apenas uma armadilha autoimposta aos produtores de sentidos estranhos, os artistas contemporâneos. Entretanto, ao usar o recurso do desvio, da constituição de realidades por meio do reflexo, do avesso, da afirmação pela negação, os artistas sugerem que o falseamento e a fabulação também são recursos para a constituição daquilo que se entende como verdade. A memória ainda nos capacita, desvia, com suas cores, sabores e perfumes, para um emaranhado complexo que se abre a novas experiências de levezas intensas como nas fotos Janina McQuoid, menção honrosa, onde referências clássicas, como Ingres, parecem tocar a pele de seus retratados.
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artistas NADA DO QUE LEMBRAMOS É VERDADE
Nasceu em São João Del Rei, MG, em 1 977 Vive e trabalha em São Paulo, SP contato@adergotardo.com
Equilíbrio fotografia a jato de tinta sobre papel 75 x 50 cm 201 0
Nasceu em Cornélio Procópio, PR, 1 989 Vive e trabalha em Londrina, PR adearts@hotmail.com
Teddy cachorro de pelúcia, arma de brinquedo e ecoline 1 50 x 1 00 x 40 cm (aproximadamente) 201 2
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Nasceu em São Paulo, SP, em 1 979 Vive e trabalha em São Paulo, SP annat333@uol.com.br
Reciclando Sonhos II nanquim e acrílica sobre papel 43,5 x 31 ,5 cm 201 2
Nasceu em Sobradinho, DF, em 1 985 Vive e trabalha em Brasília, DF camilasoato@gmail.com
Cuspi, guspi ou guspe? (tríptico) óleo sobre tecido de faixa 1 00 x 80 x 2 cm 201 2
Nasceu em Londrina, PR, em 1 987 Vive e trabalha em Londrina, PR eliasandrade@gmail.com
Caderno machucado - aproxime-se somente se houver tempo desenho em caderno 1 6 x 1 2 x 2 cm 201 2
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Nasceu em Curitiba, PR, em 1 971 Vive e trabalha em Itú, SP fabiola@fabiolachiminazzo.com.br
Pescadora (série small thoughts) lápis colorido, caneta hidrográfica e pastel seco sobre papel 21 x 30 cm 201 1
Nasceu em São Paulo, SP, em 1 988 Vive e trabalha em São Paulo, SP gabrielalissa@gmail.com
Série: O que as paredes contam fotografia digital – impressão a jato de tinta 50 x 50 cm 201 0
Nasceu em Osvaldo Cruz, SP, em 1 991 Vive e trabalha em Londrina, PR giovana.p@outlook.com
Sem título (série: Transeuntes) fotografia 30 x 30 cm 201 2
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Nasceu em Piracicaba, SP, em 1 984 Vive e trabalha entre Campinas e Piracicaba, SP ghtorrezan@gmail.com
Sem título (série: 1 a Bienal de São Paulo) fotografia impressa em papel algodão e colada em foan board, moldura, vidro e película vítrea 60x40 cm 201 2
Nasceu em São Paulo, SP, em 1 989 Vive e trabalha em São Paulo, SP isisgasparini@gmail.com Souvenir Políptico 1 20 x 245 cm 201 2
Nasceu em Araranguá, SC, em 1 992 Vive e trabalha em Curitiba, PR jecabrita_@hotmail.com
Sem título caneta sobre papel 80 x 1 70 cm 201 1
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menção honrosa JANINA MCQUOID Nasceu em São Paulo, SP, em 1 989 Vive e trabalha em São Paulo, SP jmcquo@gmail.com
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Wei impressão a jato de tinta de longa duração 60,96 x 76,20 cm 201 2
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Hailey H1 impressão a jato de tinta de longa duração 60,96 x 76,20 cm 201 2
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Nasceu em Londrina, PR, em 1 991 Vive e trabalha em Londrina, PR barone.ju@gmail.com
A trama materiais diversos 60 x 90 cm 201 2
Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1 967 Vive e trabalha no Rio de Janeiro, RJ kaliosto21@yahoo.com.br
Discursos vídeo duração 3'1 5" 201 2
Nasceu em São Paulo, SP, em 1 993 Vive e trabalha em Londrina, PR letowilliam@outlook.com
Série: Homem sagrado nanquim e esferográfica sobre bíblia 1 5 x 20 cm 201 2
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Nasceu em São Paulo, SP, em 1 962 Vive e trabalha em São Paulo, SP arte@marcomagalhaes.com.br
VIDA técnica mista sobre tela 1 57 x 1 57 cm 201 2
Nasceu em Santo Inácio, PR, em 1 987 Vive e trabalha em Londrina, PR nettodoseuvo@hotmail.com
Likes Boys acrílica sobre papel 50 x 65 cm 201 1
Nasceu em São Bernardo, SP, em 1 991 Vive e trabalha em São Paulo, SP renancevales@hotmail.com
Desassossego vídeo (registro de performance) duração 8'40" 201 2
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Nasceu em São Paulo, SP, em 1 975 Vive e trabalha em São Paulo, SP reynaldocandia@gmail.com Aproximamo-nos livro antigo, fotografia e recortes em caixa de acrílico 1 5 x 1 8 x 7 cm 201 2
Nasceu em Bele Horizonte, MG, em 1 967 Vive e trabalha em Belo Horizonte, MG thaisvaladares0@gmail.com
Tarja I óleo sobre painél 40 x 50 cm 201 1
Nasceu em Ouro Preto, MG, em 1 964 Vive e trabalha em Belo Horizonte, MG sobrasdivinas@gmail.com
A estagnação social vídeo duração 2'1 5" 201 1
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SOBRE O CATÁLOGO Formato Tipologia Papel
Tiragem
200 x 220 mm Ubuntu, Camilla, Century Schoolbook Couche fosco LD 1 50 g/m2 (miolo) Couche fosco 250 g/m2 (capa) 500 exemplares
IMPRESSÃO E ACABAMENTO Idealiza Gráfica e Editora