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da jubarte Não é só Carnaval, Pelourinho e acarajé que seduzem os visitantes. As águas do litoral baiano atraem também “turistas” especiais: as baleias Jubarte
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por Davi Carneiro FOTO divulgação
Além do Carnaval, das praias cristalinas, do povo hospitaleiro e de uma gastronomia divina, a Bahia é um estado privilegiado com altas temperaturas o ano inteiro. Entre os milhares de turistas que visitam a Boa Terra, alguns muito especiais se destacam por atracar nos meses de julho a novembro, atraídos justamente pelo clima quente e pelas águas tranquilas da costa baiana. São as baleias Jubarte (Megaptera novaeangliae), mamíferos de até 16 metros de comprimento e que chegam a pesar 40 toneladas.
É possível avistar as baleias em Caravelas, Praia do Forte, Abrolhos, Itacaré e Morro de São Paulo
O turismo de observação das baleias é hoje uma grande ferramenta de preservação e conscientização” Sérgio Cipolotti,
biólogo e educador ambiental do IBJ
Cosmopolitas, elas vêm das águas gélidas da Antártida e enfrentam uma viagem de três meses para chegar ao lugar que elegeram como o melhor ponto do Atlântico Sul para passar a lua de mel. Em locais paradisíacos da costa baiana, como Praia do Forte, Morro de São Paulo, Prado, Itacaré e Abrolhos, elas encontram o cenário ideal para a reprodução e para as primeiras aventuras de seus filhotes. Aos saltos, elas anunciam a sua chegada para cumprir o ritual de acasalamento e procriação, que dura cinco meses.
Malabarismos aquáticos Famosas por seus malabarismos aquáticos, as Jubarte dão saltos espetaculares e fazem belos movimentos de cauda. Elas conseguem elevar quase todo o corpão de até 16 metros para fora da água, mostrando as longas barbatanas. Bastante curiosas, gostam de se aproximar dos barcos e nadar ao seu redor. O melhor de tudo: os turistas podem assistir a tudo isso de camarote. É possível
se aproximar delas – seguindo uma série de cuidados – e observar alguns de seus hábitos. Após participar de uma palestra de educação ambiental, é possível fazer passeios em escunas ou catamarãs e vê-las bem de pertinho. Os passeios custam em média R$ 150 e são realizados por operadoras certificadas pelo Instituto Baleia Jubarte (IBJ). Em setembro e outubro, meses de maior concentração de animais, é comum encontrar mães com seu filhote em águas rasas, relativamente perto da costa. Um verdadeiro espetáculo!
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Esse turismo, além de incentivar a segurança das baleias, gera pesquisa, emprego e ainda aquece a economia local” Paulo Sapienza,
diretor da Centrotour
Turismo bilionário
de proteção exigidas pelo Ibama.
A visita da baleia ao estado criou um novo segmento turístico: o whalewatching ou o turismo de observação de baleias. Agências de viagem e entidades, como o Instituto Baleia Jubarte (IBJ), organização nãogovernamental que realiza trabalhos de pesquisa e conscientização para preservação das baleias, se uniram e aproveitam o balé das Jubarte para gerar renda e consciência ecológica.
Com o lema “troque o arpão por uma câmera”, o whalewatching é uma das formas de turismo que mais cresce no mundo. No ano passado, mais de 13 milhões de pessoas observaram baleias em 119 países, gerando US$ 2 bilhões, segundo cálculos do ministro australiano da Ecologia, Peter Garret, informados à Comissão Baleeira Internacional (CBI).
A intenção é criar um movimento que proteja a baleia e divirta o turista em programas que incluem palestras e passeios de barcos ou avião. Tudo é acompanhado de perto por biólogos para garantir o cumprimento das normas
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“Esse tipo de turismo cresce mais de 11% ao ano na América Latina desde o final dos anos 90, três vezes mais que a média mundial, e a Bahia não pode ficar de fora”, afirma Sérgio Cipolotti, biólogo e educador ambiental do IBJ. De acordo com Paulo Sapienza, diretor
da Centrotour, “esse turismo, além de incentivar a segurança das baleias, gera pesquisa, emprego e ainda aquece a economia local. Ele representa um importante instrumento de conservação de diversas espécies de cetáceos, agregando o valor econômico dos animais diretamente à sua proteção e conscientizando a sociedade em geral”. A Centrotour é uma das agências pioneira em whalewatching, com 12 anos de operação. Ela recebe, em média, 1200 turistas de observação das Jubarte por temporada.
serviço: Instituto Baleia Jubarte, www.baleiajubarte.com.br Centrotour, www.centrotour.com.br