HISTOLOGIA III T. Muscular e Nervoso Profª. M.Sc. Mary Ann Saraiva
1. TECIDO MUSCULAR
ENDO/PERI/EPIMISIO SISTEMA T JUNÇÃO GAP MITOCÔNDRIAS E GLICOGÊNIO
ORGANIZAÇÃO DO MÚSCULO
MIOFIBRILAS (SARCÔMEROS) > MIÓCITO > ENDOMÍSIO. VÁRIOS MIÓCITOS (FEIXES OU FASCÍCULOS) > PERIMÍSIO VÁRIOS FEIXES > EPIMÍSIO (T. CONJUNTIVO)
A CONTRAÇÃO MUSCULAR
Ação celular e a contração de T.M.EST.ESQ.
Detalhamento da Contração Muscular – Pág. 400
SISTEMA T/CONTRAÇÃO MUSCULAR
Eventos celulares da contração muscular • O axônio do neurônio libera um neurotransmissor (acetilcolina) na placa motora (sinapse entre neurônio e miócito). • A membrana plasmática do miócito apresenta invaginações denominadas de sistema T ou sistema de túbulos transversais (exceto no tec. muscular liso) , que ao receberem o estímulo nervoso despolarizam uniformemente (entra íons de Na+). • Esta despolarização chega através dos túbulos T ao retículo sarcoplasmático (REL) - ao conjunto T/REL chama-se tríade - havendo liberação de íos de Ca++. • Em presença de Ca++ e ATP a miosina interage com a actina, fazendo a actina deslizar na miosina, contraindo o miômero (sarcômero). • Quando cessa a despolarização da membrana (porque cessou o estímulo nervoso), o Ca++ é reconduzido para o REL através da bomba de cálcio, consumindo ATP (transporte ativo).
GRÁFICOS DA CONTRAÇÃO MUSCULAR
CÉLULA MUSCULAR ISOLADA
estímulo
contração
contração
Limiar – obedece a lei do tudo ou nada
MÚSCULO
estímulo
USO DA ENERGIA NO MIÓCITO
*SUPRIMENTO PRIMÁRIO (não depende de estar havendo respiração. A energia já está pronta para uso) • 1. Usa-se a energia armazenada em ATP (garante em média 1 seg. de atividade muscular intensa). • 2. Usa-se a reserva de fosfocreatina feita a partir de creatina e ATP), a qual cede o radical fosfato para o ADP, formando ATP, que é consumido (mantém a ação muscular por cerca de 8 seg.). A fosfocreatina vai sendo reposta pela respiração celular (o ATP cede fosfatos a creatina), caracterizando a fosfocreatina como uma fonte indireta de energia para a contração muscular. *SUPRIMENTO SECUNDÁRIO (uso do glicogênio armazenado) essa fonte metabólica garante a produção de ATP pela fermentação lática, suprindo a atividade muscular por 1 a 2 minutos. * SUPRIMENTO TERCIÁRIO os sistemas circulatório e respiratório aumentam suas atividades, oferecendo mais glicose, ácidos graxos e oxigênio às células musculares, que passam a produzir ATP via respiração celular, o qual é imediatamente consumindo, garantindo o suprimento energético muscular por várias horas.
FERMENTAÇÃO LÁTICA NOS MIÓCITOS • Em exercícios intensos, quando o suprimento de ATP via respiração celular é insuficiente, há fermentação lática. Isso gera ácido lático, que provoca dor e intoxicação dos miócitos. Parte do ácido lático é convertido em ácido pirúvico, quando a oxigenação normaliza. • Porém, grande parte do lactato vai para o fluído extracelular e é transportada via sangue até o fígado (90%) e rins (10%), sendo reconvertido em glicose pela gliconeogênese. • A gliconeogênese consiste na formação de glicose a partir de moléculas precursoras não-glicídicas, como o ácido lático, aminoácidos e glicerol.
CICLO DE VIDA DAS CÉLULAS MUSCULARES/ P. 400 Nos adultos, as células musculares estriadas esqueléticas não têm mais mitose. O músculo cresce por: Realizar exercícios físicos estimula as células musculares já existentes a produzirem mais miofibrilas, aumentando seu volume. Ao se fazer exercícios intensos ou em processos regenerativos, células satélites que ficam no entorno dos miócitos, sofrem grande proliferação e se fundem com os miócitos já existentes, aumentando o músculo. O tecido estriado cardíaco só tem mitose nos primeiros anos de vida. Depois, sua regeneração é decorrente da proliferação de tecido conjuntivo, formando uma cicatriz. No Brasil, médicos estão injetando células-troco da medula em áreas lesadas por infarto, e já foi documentado a regeneração da área lesada pela ação dessas células-tronco. O tecido muscular não estriado (liso) mantém a capacidade mitótica durante toda a vida, regenerando as lesões que ocorrem no mesmo.
TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES ESQUELÉTICAS- P.401 PARÂMETRO FIBRA LENTA FIBRA RÁPIDA Tipo de Miosina Quantidade de mioglobina (armazena O2) Quantidade de mitocôndria Velocidade da contração Especialidade do movimento
maior
(VERMELHA) Tipo I
menor
(BRANCA) Tipo II
maior
menor
lenta
10 vezes mais rápida que a tipo I Esforço intenso e de curta duração. Ex: corrida de 100m, levantamento de peso. Via glicolítica (glicólise) para suprir ATP a partir da glicose e do glicogênio. menor
Movimento moderado e de longa duração. Ex: maratona, ciclismo.
Suprimento de ATP
Via oxidativa (respiração aeróbica) oxidando glicose e ácidos graxos.
Irrigação sanguínea
maior
Principais MĂşsculos do Corpo Humano
2. TECIDO NERVOSO
BioeletrogĂŞnese do Impulso Nervoso
2. TECIDO NERVOSO
TIPOS DE NEURテ年IO - Multipolar - Bipolar - Pseudounipolar
2. TECIDO NERVOSO GLIÓCITOS (neuróglia) MICRÓGLIA
C. EPENDIMÁRIAS
ASTRÓCITO
OLIGODENDRÓCITO
PARA QUEM QUER SABER MAIS • AGROTÓXICOS E NEURÔNIOS - inibição da colinesterase = impulso contínuo
• AÇÃO DO ESTRATO MIELÍNICO - condução saltatória - menor gasto de ATP
DROGAS • Estimulantes (aceleram as atividades cerebrais) – anfetaminas, cocaína, crack e cafeína. No caso da cocaína, a droga entope os receptores que reabsorvem a dopamina, aí o neurotransmissor fica mais tempo na sinapse, prolongando o prazer. O usuário tem a impressão de ter mais prazer e força física. O raciocínio fica reduzido. • Depressoras (retardam as atividades cerebrais) –álcool, hipnóticos sedativos (diazepam, clonazepan – rivotril), barbitúricos (gardenal), opiáceos (morfina, heroína), ansiolíticos (lexotan) e solventes. • Perturbadoras (alteram o funcionamento do cérebro) – LSD, êxtase (ectasy), maconha.