Tecido muscular e nervoso 2015

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HISTOLOGIA III T. Muscular e Nervoso Profª. M.Sc. Mary Ann Saraiva


1. TECIDO MUSCULAR

ENDO/PERI/EPIMISIO SISTEMA T JUNÇÃO GAP MITOCÔNDRIAS E GLICOGÊNIO


ORGANIZAÇÃO DO MÚSCULO

MIOFIBRILAS (SARCÔMEROS) > MIÓCITO > ENDOMÍSIO. VÁRIOS MIÓCITOS (FEIXES OU FASCÍCULOS) > PERIMÍSIO VÁRIOS FEIXES > EPIMÍSIO (T. CONJUNTIVO)


A CONTRAÇÃO MUSCULAR


SISTEMA T/CONTRAÇÃO MUSCULAR


Detalhamento da Contração Muscular – Pág. 351


Eventos celulares da contração muscular • O axônio do neurônio libera um neurotransmissor (acetilcolina) na placa motora (sinapse entre neurônio e miócito). • A membrana plasmática do miócito apresenta invaginações denominadas de sistema T ou sistema de túbulos transversais (exceto no tec. muscular liso) , que ao receberem o estímulo nervoso despolarizam uniformemente (entra íons de Na+). • Esta despolarização chega através dos túbulos T ao retículo sarcoplasmático (REL) - ao conjunto T/REL chama-se tríade - havendo liberação de íos de Ca++. • Em presença de Ca++ e ATP a miosina interage com a actina, fazendo a actina deslizar na miosina, contraindo o miômero (sarcômero). • Quando cessa a despolarização da membrana (porque cessou o estímulo nervoso), o Ca++ é reconduzido para o REL através da bomba de cálcio, consumindo ATP (transporte ativo).


GRÁFICOS DA CONTRAÇÃO MUSCULAR

CÉLULA MUSCULAR ISOLADA

estímulo

contração

contração

Limiar – obedece a lei do tudo ou nada

MÚSCULO

estímulo


USO DA ENERGIA NO MIÓCITO

*SUPRIMENTO PRIMÁRIO (não depende de estar havendo respiração. A energia já está pronta para uso) • 1. Usa-se a energia armazenada em ATP (garante em média 1 seg. de atividade muscular intensa). • 2. Usa-se a reserva de fosfocreatina feita a partir de creatina e ATP), a qual cede o radical fosfato para o ADP, formando ATP, que é consumido (mantém a ação muscular por cerca de 8 seg.). A fosfocreatina vai sendo reposta pela respiração celular (o ATP cede fosfatos a creatina), caracterizando a fosfocreatina como uma fonte indireta de energia para a contração muscular.

*SUPRIMENTO SECUNDÁRIO (uso do glicogênio armazenado) essa fonte metabólica garante a produção de ATP pela fermentação lática, suprindo a atividade muscular por 1 a 2 minutos. * SUPRIMENTO TERCIÁRIO os sistemas circulatório e respiratório aumentam suas atividades, oferecendo mais glicose, ácidos graxos e oxigênio às células musculares, que passam a produzir ATP via respiração celular, o qual é imediatamente consumindo, garantindo o suprimento energético muscular por várias horas.


FERMENTAÇÃO LÁTICA NOS MIÓCITOS • Em exercícios intensos, quando o suprimento de ATP via respiração celular é insuficiente, há fermentação lática. Isso gera ácido lático, que provoca dor e intoxicação dos miócitos. Parte do ácido lático é convertido em ácido pirúvico, quando a oxigenação normaliza. • Porém, grande parte do lactato vai para o fluído extracelular e é transportada via sangue até o fígado (90%) e rins (10%), sendo reconvertido em glicose pela gliconeogênese.

• A gliconeogênese consiste na formação de glicose a partir de moléculas precursoras não-glicídicas, como o ácido lático, aminoácidos e glicerol.


APROFUNDAMENTO: TECIDO MUSCULAR 

Nos adultos, as células musculares estriadas esqueléticas não têm mais mitose. O músculo cresce por:  Realizar exercícios físicos estimula as células musculares já existentes a produzirem mais miofibrilas, aumentando seu volume.  Ao se fazer exercícios intensos ou em processos regenerativos, células satélites que ficam no entorno dos miócitos, sofrem grande proliferação e se fundem com os miócitos já existentes, aumentando o músculo.  O tecido estriado cardíaco só tem mitose nos primeiros anos de vida. Depois, sua regeneração é decorrente da proliferação de tecido conjuntivo, formando uma cicatriz. No Brasil, médicos estão injetando células-troco da medula em áreas lesadas por infarto, e já foi documentado a regeneração da área lesada pela ação dessas células-tronco.  O tecido muscular não estriado (liso) mantém a capacidade mitótica durante toda a vida, regenerando as lesões que ocorrem no mesmo.


TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES ESQUELÉTICAS PARÂMETRO FIBRA LENTA FIBRA RÁPIDA Tipo de Miosina Quantidade de mioglobina (armazena O2) Quantidade de mitocôndria Velocidade da contração Especialidade do movimento

maior

(VERMELHA) Tipo I

menor

(BRANCA) Tipo II

maior

menor

lenta

10 vezes mais rápida que a tipo I Esforço intenso e de curta duração. Ex: corrida de 100m, levantamento de peso. Via glicolítica (glicólise) para suprir ATP a partir da glicose e do glicogênio. menor

Movimento moderado e de longa duração. Ex: maratona, ciclismo.

Suprimento de ATP

Via oxidativa (respiração aeróbica) oxidando glicose e ácidos graxos.

Irrigação sanguínea

maior


Principais MĂşsculos do Corpo Humano


2. TECIDO NERVOSO


2. TECIDO NERVOSO MORFOFISIOLOGIA DO NEURテ年IO


BioeletrogĂŞnese do Impulso Nervoso


2. TECIDO NERVOSO

TIPOS DE NEURテ年IO - Multipolar - Bipolar - Pseudounipolar


2. TECIDO NERVOSO GLIÓCITOS (neuróglia) MICRÓGLIA

C. EPENDIMÁRIAS

ASTRÓCITO

OLIGODENDRÓCITO


EMBRIOLOGIA DAS CÉLULAS DO TECIDO NERVOSO


PARA QUEM QUER SABER MAIS • AGROTÓXICOS E NEURÔNIOS - inibição da colinesterase = impulso contínuo • AÇÃO DO ESTRATO MIELÍNICO - condução saltatória - menor gasto de ATP


DROGAS • Estimulantes (aceleram as atividades cerebrais) – anfetaminas, cocaína, crack e cafeína. No caso da cocaína, a droga entope os receptores que reabsorvem a dopamina, aí o neurotransmissor fica mais tempo na sinapse, prolongando o prazer. O usuário tem a impressão de ter mais prazer e força física. O raciocínio fica reduzido. • Depressoras (retardam as atividades cerebrais) –álcool, hipnóticos sedativos (diazepam, clonazepan – rivotril), barbitúricos (gardenal), opiáceos (morfina, heroína), ansiolíticos (lexotan) e solventes.

• Perturbadoras (alteram o funcionamento do cérebro) – LSD, êxtase (ectasy), maconha.



CRACK... DE OLHO NOS VESTIBULARES 30. (UPE 2013) O Brasil é o maior mercado mundial do crack e o segundo maior de cocaína, conforme pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisa de Políticas Públicas do Álcool e outras Drogas (Inpad) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O estudo ouviu 4,6 mil pessoas com mais de 14 anos em 149 municípios do país. Os resultados do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad) apontam ainda que o Brasil representa 20% do consumo mundial do crack. Adaptado de: Redação Época, com Agência Brasil,

05/09/12 Das alternativas abaixo, qual se relaciona com as doenças e os efeitos provocados pelo uso do crack? A) Perda de memória, sonolência, problemas na coordenação motora, disfunção sexual, como ejaculação precoce, câncer de pulmão. B) Depressão, delírios, ataques de pânico, impacto na capacidade cognitiva, incidência de doenças pulmonares e cardíacas. C) Perda do controle de impulsos, perda de olfato, impotência sexual, hipertensão e doenças vasculares. D) Distúrbios respiratórios, como bronquite e enfisema, doenças cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais, diversos tipos de câncer, como pulmão e laringe. E) Vertigem, tiques exagerados e anormais da mandíbula, anorexia nervosa, desidratação, dor de cabeça, taquicardia.


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