ZOOLOGIA III MOLUSCOS, ANELテ好EOS E EQUINODERMOS
Profツェ. M.Sc. Mary Ann Saraiva
MOLUSCOS Animais de corpo alongado, cilíndrico, simetria bilateral, triblásticos e celomados. Têm em geral: cabeça, pé musculoso (há glândula podal que secreta muco, facilitando a locomoção) e massa visceral (ou saco visceral).
MOLUSCOS - CARACTERÍSTICAS • A maioria tem concha calcária; nas lulas é reduzida e interna; nos polvos não há concha. • A concha é secretada pelo manto ou prega palial (dobra da epiderme). • Há espécies terrestres e aquáticas (água do mar ou doce). É o segundo maior filo do reino animália em números de espécies, com mais de 150.000 espécies identificadas pelos zoólogos. • Têm um registro fóssil abundante, graças às conchas calcárias. Um ancestral pseudocelomado deu origem aos atuais nemátodas e outro grupo diversificou-se em outros animais, que posteriormente originaram moluscos, anelídeos e artrópodes.
MOLUSCOS - FISIOLOGIA • Digestão extra e intracelular - Em cefalópodos: apenas extracelular; tem mandíbulas quitinosas - Radula, exceto em Bivalves.
- No sistema digestivo há: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino e hepatopâncreas (ou ditas glândulas digestórias), que lança enzimas no estômago. No estômago há o estilete cristalino. Bivalves são filtradores e são usados como bioindicadores.
Rádula em detalhe
MOLUSCOS - FISIOLOGIA • A respiração pode ser cutânea (lesmas), branquial (na maioria das espécies; as brânquias são denominadas de ctenídeos) pulmonar (caracóis).
MOLUSCOS - FISIOLOGIA • O sistema circulatório é aberto (exceto em cefalópodes – que têm circulação fechada)
Circulação aberta
Circulação fechada
MOLUSCOS - FISIOLOGIA • A excreção é feita por túbulos excretores (metanefrídios), denominados de "rins", que retiram os excretas do celoma e dos vasos sangüíneos por ação de cílios, liberando-os por poros excretores que ficam na cavidade do manto. • Têm sistema nervoso ventral com gânglios e cordões nervosos. Os órgãos sensoriais típicos são os tentáculos (quimiorreceptores), os olhos (formam imagem) e os estatocistos (equilíbrio).
MOLUSCOS - FISIOLOGIA • Alguns bivalves são produtores de pérolas feitas com o nácar, secretado pelo manto para recobrir partículas estranhas que penetram dentro de ostras, interpondo-se entre a concha e o manto.
Esta pérola detém o recorde de maior gema natural do mundo e foi encontrada no interior de uma ostra gigante na costa de Palawan nas Filipinas em 7 de maio de 1934. Pesa mais de 6kg.
MOLUSCOS - REPRODUÇÃO
• A reprodução é sexuada. Há representantes monóicos (caramujos e ostras) e dióicos (polvos). • O desenvolvimento é indireto na maioria dos gastrópodes e bivalves, sendo que os estágios larvais podem ser trocófora e gloquídeos (Bivalves) ou trocófora e véliger (Gastrópodes). • Nos cefalópodes o desenvolvimento geralmente é direto. • A fecundação pode ser interna (Cefalópodes e caracóis de jardim) ou ainda externa (maioria dos bivalves e gastrópodes),
VÉLIGER
TROCÓFORA
Cefalópode jovem
MOLUSCOS - CLASSES • Gastrópodos • Bivalves (Pelecípodos, lamelibrânquios ou acéfalos)
• Cefalópodos (atualmente: Sifonópodos)
MOLUSCOS - CLASSES • Aplacophora – são moluscos pequenos com cerca de 2,5 cm, semelhantes a vermes (não têm concha, apenas espículas calcárias secretadas pelo manto; o corpo é alongado). Vivem no mar em profundidades as vezes superiores a 3 mil metros. • Amphineura, Scaphopoda e Monoplacóphora são classes de moluscos marinhos primitivos. • O anfineuro (ou Poliplacóforo) mais conhecido é o quíton, que só tem concha no dorso. No Brasil só há 10 espécies de anfineuros. • Os escafópodos (dentálio) ficam enterrados na areia úmida. No Brasil há 14 espécies de escafópodos. • Os monoplacóforos têm concha única em forma de capuz.
MONOPLACÓPHORA
SCAPHOPODA
POLIPLACOPHORA
(amphineura)
IRIDÓCITOS E GLÂNDULAS ÓPTICAS DOS POLVOS • Os iridócitos são células que refletem luz, produzindo cores diferentes; também estimulam os cromatóforos (células com pigmentos), possibilitando comportamentos de camuflagem ou atração sexual. • As glândulas ópticas ficam por trás dos olhos e não estão relacionadas com a visão, atuando no controle da atividade sexual. Nas fêmeas que gestam os embriões na boca, os hormônios destas glândulas impedem tais fêmeas de buscarem alimento. Machos e fêmeas só se reproduzem uma vez e depois morrem. O Polvo de anéis azuis é muito pequeno, apenas o tamanho de uma bola, mas o seu veneno é tão poderoso que pode matar um humano. Na verdade ela carrega veneno suficiente para matar 26 humanos adultos dentro de minutos, e não há antídoto. Ocorre no Japão e Austrália.
LULAS • Algumas lulas abissais têm fotóforos que produzem luz por bioluminescência em mutualismo com bactérias. • Há lulas gigantes com até 19m (vivem a 600m de profundidade) e polvos gigantes com até 9,6 metros (vivem em águas rasas).
Achatina fulica: caramujo africano Desequilíbrio ecológico Vetor de doenças • Meningite eosinofílica – é causada pelo verme nematódeo Angiostrogylus cantonensis, que passa pelo sistema nervoso central se aloja nos pulmões, num ciclo de transmissão que inclui moluscos e roedores. • Pneumonia em gatos – o caramujo é o hospedeiro do verme nematódeo Aerulostrongylos abstrusus.
Ataque a plantação de chuchu, Araticum-CE Ataque a plantação de acelga, SP
ANELÍDEOS Animais triblásticos, celomados, simetria bilateral, protostômios e com metameria (segmentação).
ANELÍDEOS – CLASSES: Clitelata e Poliqueta • OLIGOCHETOS
• AQUETOS OU HIRUDÍNEOS • POLICHETOS
Minhoca gigante, popularmente chamada minhocoçu
ANELÍDEOS - CARACTERÍSTICAS
• O corpo é revestido por uma cutícula fina e úmida. Na maioria das espécies há cerdas quitinosas para melhorar o atrito com as superfícies por onde se deslocam.
• Possuem músculos por todo o corpo. Em cada metâmero há mais externamente uma camada de músculos com fibras circulares e sob esta, uma musculatura interna longitudinal. A contração alternada dessas camadas musculares faz o metâmero alongar-se e encurtar-se, respectivamente.
ANELテ好EOS - DIGESTテグ
ANELÍDEOS - CIRCULAÇÃO
ANELÍDEOS - RESPIRAÇÃO • Pela epiderme (cutânea) ou por brânquias (nos poliquetos). Os vasos sangüíneos ao passarem pela epiderme ou brânquias fazem as trocas gasosas. BRÂNQUIAS – CTENÍDEOS EM POLIQUETOS
ANELÍDEOS – EXCREÇÃO e S. NERVOSO
ANELÍDEOS REPRODUÇÃO
TROCÓFORA DE POLIQUETO
ASPECTOS EVOLUTIVOS IMPORTANTES EM ANELÍDEOS • A larva trocófora dos anelídeos é idêntica a dos moluscos, logo eles devem ter tido algum ancestral comum. Na anatomia do adulto, estes dois filos apresentam nefrídios para excreção. • Os anelídeos têm uma importante evolução - A CUTÍCULA – que é fina e transparente, sendo uma secreção extracelular não viva , formada por uma malha de proteínas fibrosas(colágeno) e polissacarídeos secretada pela epiderme. Ajuda na movimentação destes animais por reforçar a parede corporal, protegendo de desidratação. Estudiosos dizem que o exoesqueleto rígido dos artrópodes é uma evolução da cutícula.
• Novos dados colocam Anelídeos como Lofotrocozoários e Artrópodos como Ecdizoa, o que diminue filogeneticamente o parentesco entre esses grupos.
Psiu!!! Darwin e as Minhocas Durante muitos séculos, o mundo ocidental acreditou que as minhocas faziam mal às plantas. Somente no século XIX Darwin realizou experimentos e comprovou que as minhocas digeriam matéria orgânica e acelerava a reciclagem de nutrientes no solo, deixando os solos mais férteis. Além disso, ao cavar túneis para garantir a sua respiração, as minhocas aeram o solo, sendo muito importante para respiração das raízes.
EQUINODERMOS
EQUINODERMOS Triblásticos
Celomados (celoma enterocélico) Simetria pentarradial Deuterostômios Endoesqueleto calcáreo Espinhos da epiderme
EQUINODERMOS - CLASSES Asteroidea
Echinoidea
Ophiuroidea
Crinoidea
Holoturoidea Concetricycloidea
EQUINODERMOS – S. AMBULACRÁRIO Apresentam um sistema aquífero ou ambulacrário (relaciona-se com a locomoção, secreção, respiração, circulação e percepção tátil do animal).
EQUINODERMOS - FISIOLOGIA Epiderme com pedicelárias Respiração S. Nervoso Digestão
EQUINODERMOS - FISIOLOGIA
EQUINODERMOS - REPRODUÇÃO São dióicos com fecundação externa e desenvolvimento indireto Larvas: bipinária, plútea - que têm simetria bilateral. A simetria radial é secundária, aparecendo só nos adultos.