T R A B A L H O D E G R A D U A Ç Ã O I N T E G R A D A I | D AYA N E VA Z D A S I LVA V I C H E S I
ARQUITETURA E MÚSICA TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTEGRADA I DAYANE VAZ DA SILVA VICHESI
INSTITUTO DE ARQUITETURA E URBANISMO USP SÃO PAULO – CAMPI SÃO CARLOS
SÃO CARLOS, 2014
PARC DE LA VILLETTE CASA NEUENDORF PAVILHÃO DA PHILIPS CASA STRETTO
37 40 42 43
PROGRAMA TERRENO MÚSICA PROJETO
36 PROJETO
30 CIDADE
14 18 22 26
12 REFERÊNCIAS
08 TEMA
06 INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
“I call architecture frozen music.”
GOETHE; "Conversations with Goethe in the Last Years of His Life", página 282
INTRODUÇÃO 07 Este projeto surge do estudo de arquitetura e música.
Da busca de semelhanças entre as duas, técnica e artisticamente, propõem-se alguns paralelos que podem ser traçados entre ambas e como essas características comuns podem ser usadas no fazer arquitetônico, transpondo a música para a construção, de seu estado momentâneo e sujeito a reprodução para algo duradouro e de existência autônoma.
TEMA F R I E D R I C H
“Sem música,
N I E T Z C H E
TEMA 09 Durante o curso de arquitetura, certa vez foi nos proposto um exercício de mapeamento fenomenológico, onde a ideia era identificarmos algum elemento do dia a dia das pessoas, fazer uma pesquisa de campo para levantar dados sobre o assunto e então criar formas de expressar graficamente esse levantamento. Em grupo decidimos que então sairíamos às ruas pra identificar quais as pessoas que ouviam música na cidade de São Carlos e por meio da apropriação da própria linguagem musical criar nosso gráfico fenomenológico. O que não esperávamos era ter que mudar a pergunta de nosso trabalho para como as pessoas ouviam música nas ruas são carlenses, pois chegamos a conclusão de que todos, de uma forma ou outra, sempre ouviam música ao longo dos seus dias. A música é uma das artes que está sempre presente em nossas vidas. Desde muito cedo, às vezes antes mesmo de nascermos, já estamos em contato
TEMA 10 com ela. Ela está presente no nosso cotidiano, tanto nas tarefas chatas quanto nas prazerosas, nos momentos de descanso e nos momentos de atividades intensas. Podem ajudar a nos isolar ou a nos unir. Certas músicas ficam guardadas na memória junto de eventos marcantes, outras são usadas justamente para marcar algo que não devemos esquecer. Está presente até mesmo em outras formas de arte, como teatro e cinema, e por vezes serve de inspiração para outras como a escultura e fotografia. É bastante notável o quanto a música está presente em nossas vidas e é isso que motiva este trabalho. Sendo a música um elemento tão importante na nossa cultura, teria a arquitetura voltada para ela um valor igualmente icônico? Como são os espaços destinados à música? E principalmente, como a música, que permeia diversas artes, pode estar presente, modificando e construindo o lugar?
ENCONTRADAS (ARCOS)
NO GRÁFICO: QUEM OUVE? (FOTO), ONDE? (UM LUGAR PARA CADA COR DA CLAVE DE SOL), COMO? (SIMBOLO DE APARELHOS NO PENTAGRAMA) ISOLAR OU INTEGRAR? (EM CIMA E EM BAIXO) E SEMELHANÇAS
TEMA 11
EXEMPLO DO GRÁFICO FENOMENOLÓGICO CRIADO
R I C A R D O
F E G H A L I ,
M A R I O Z I N H O
REFERÊNCIAS
"Eu pensei te dizer tanta coisa,
R O C H A ,
B e m
s i m p l e s
–
R o u p a
N o v a
REFERÊNCIAS 13 Definido inicialmente que o trabalho se concentraria nas relações da música com a arquitetura, as referências selecionadas foram aquelas que ajudariam a compreender melhor quais seriam essas possíveis correspondências entre ambas. As duas primeiras são de projetos que não foram pautados no contexto musical, mas que trazem em si elementos que podem ser encontrados na música. São elas: Parc de La Villette, Bernard Tschumi Casa Neuendorf, John Pawson As outras duas referências possuem uma relação mais direta com a música. Não se trata somente de análises que tentam aproximar as duas por alguns pontos semelhantes, mas sim de dois projetos que foram feitos desde o princípio pensando na música e em formas de traduzi-la para o volumétrico da arquitetura. Essas obras são: Pavilhão da Philips, Le Corbusier e Iannis Xenakis Casa Stretto, Steven Holl
PARC DE LA VILLETTE - REFERÊNCIAS 14
PARC DE LA VILLETTE - REFERÊNCIAS 15
Observando a grade imaginária, sobreposta ao terreno pelo arquiteto na intenção de desconstruir a antiga identidade do local e orientar seu novo programa, vemos a utilização clara de uma modulação. O que nos é mais nítido é a divisão geométrica com a repetição da mesma medida entre eixos, o que nos lembra da semelhança mais evidente da música com a arquitetura: ambas possuem uma base matemática na sua construção. Na arquitetura podemos encontrar a matemática em seus valores e medidas, assim como nas relações geométricas criadas pela utilização da proporção e retângulo áureo, ou mesmo na disposição de elementos segundo a sequência de Fibonacci, por exemplo. No entanto, a ideia do módulo pode ser extrapolada para além da métrica. No projeto do parque podemos considerar módulo os eventos marcados pelas folies ao longo do parque, independente, no caso, de sua disposição, mas pelo simples fato de existirem intervenções pontuais no espaço. Podemos ainda considerar um módulo a cor vermelha que marca cada um desses eventos. Igualmente na música temos a presença da modulação, partindo dos compassos que dividem toda a partitura em "porções" com a mesma quantidade de tempos dentro de cada um, divisão essa dada pela fórmula de compasso no início da partitura, e passando pelas notas que transformam esses tempos em múltiplos. Novamente podemos extrapolar a matemática e aplicar a ideia de módulo para determinados trechos da música, os chamados refrãos, ou mesmo uma única batida ou nota marcante, que se repete ao longo da música, em períodos regulares ou não, podendo ser comparados diretamente com o "vermelho" e com os eventos pontuais de Tschumi. Sobre a malha ainda observamos alguns pontos onde a existência de outros elementos acabam por interferir nela e assim o arquiteto abre exceções na sua malha, ela não amarra o projeto de forma a impedir a criação arquitetônica. Da mesma forma, por mais matemática e rígida em suas divisões e subdivisões, as partituras possuem meios de adaptar-se às necessidades criativas de seu compositor. No entanto, usá-los ou não fica a critério de cada
SOBREPOSIÇÃO
PARC DE LA VILLETTE - REFERÊNCIAS 16
MÓDULOS
EXCEÇÃO
PARC DE LA VILLETTE - REFERÊNCIAS 17
artista, assim como grade pode ser mais ou menos rígida de acordo com o projeto e seu criador. Por fim, a malha com seus pontos, o desenho linear baseado nos estudos de fluxos, e uma camada de grandes planos destinados a atividades com necessidades espaciais maiores que as das folies são postos juntos, de forma sobreposta, formando o intrincado, porém claro, desenho do parque. Semelhantemente na música vemos as composições feitas por mais de um tipo de instrumento, muitas vezes tocando arranjos diferentes entre si, mas que no conjunto soam harmoniosamente como uma só melodia.
CASA NEUENDORF - REFERÊNCIAS 18
CASA NEUENDORF - REFERÊNCIAS 19
Apesar de também apresentar várias relações matemáticas e sua planta ter sido projetada a partir de outra malha, como no exemplo anterior, o grande acréscimo desta obra para nossos estudos é a riqueza de sensações e variedades que o arquiteto John Pawson nos traz por meio do trabalho de um único elemento: as paredes. São essas paredes que nos recebem, como anfitriãs, na entrada do terreno; nos fazem passar pelo que poderia ser chamado de pórtico, formado pelo muro do caminho e a lateral da quadra de tênis que marca a nossa entrada pelo projeto; elas então nos conduzem por todo o caminho até a casa, cada vez mais amigáveis enquanto contemplamos a grande fachada que nada mais é do que uma grande empena austera quebrada apenas por uma alta e estreita fenda (elemento tensor), que nos convida, antes mesmo de chegar a sua base, a adentrá-la, espiar o que se encontra atrás daquela parede com nossos olhos e nossa mente, e por uma pequena janela que é quase um pequeno ruído que nos incomoda, maculando toda a simplicidade do desenho da fachada, a tal ponto que preferimos não pensar nele, simplesmente ignorá-lo. Ao chegarmos por fim ao que parece uma fortaleza moderna a primeira vista, entramos em um grande pátio, aberto para o céu, um misto de claustro, cuja libertação se dá por cima, com o aconchego da chegada depois da longa e ansiosa caminhada (sensação reforçada pela visão da sala de jantar e sua lareira, que apesar da falta de ostentação, remetem a momentos de convívio, reunião e acolhimento). O ponto culminante de toda essa descoberta ocorre ao se deparar com a saída para a piscina; nesse momento as paredes enquadram a paisagem (como na Vila Savoye, de Le Corbusier) e o que se vê é a piscina linear apontando para um ponto de fuga distante que termina num denso pano verde de vegetação, conduzindo o olhar do apreciador até onde pode lhe alcançar a vista. Esta é a narrativa principal da casa Neuendorf, que ainda apresenta outras variações como uma única parede curva servindo de anteparo para o banheiro, a parede de separação entre pátio e sala de jantar mais grossa pra conferir mais solidez, o
CASA NEUENDORF - REFERÊNCIAS 20
IMAGEM A PARTIR DE FOTO DO EIXO DA PISCINA (IMG.2)
IMAGEM A PARTIR DE FOTO DO PÁTIO INTERNO (IMG.1)
Timbre: o timbre são notas menos nítidas que acompanham a nota principal; a variação da intensidade e da combinação entre essas notas é que nos faz identificar a fonte do som.
CASA NEUENDORF - REFERÊNCIAS 21
corredor do pavimento superior que cria no visitante a expectativa de ser visto, e as escadas enclausuradas que aumentam a sensação de amplitude dos espaços abertos que a sucedem no caminho. Embora não seja visível nas partituras para a maior parte das pessoas, sabemos bem que as músicas nos causam, como nessa casa, sensações diversas, como tensão, fuga, condução, tranquilidade, incômodo, ansiedade, antecipação, introversão, etc. Tais sensações podem ser associadas, tanto em arquitetura como na música, como uma narrativa que nos é contada pelo autor, o qual nos convida a imergir em sua obra para apreciá-la e entendê-la por completo. Um segundo elemento de comparação possível seria associar toda a composição obtida só com alterações entre as características do elemento parede com os diversos timbres* existentes, onde uma mesma nota ou melodia pode parecer totalmente nova pelo simples fato de tocada por diferentes instrumentos.
PAVILHÃO DA PHILIPS - REFERÊNCIAS 22
Glissandi: do italiano, palavra plural utilizada para denotar passagens suaves de uma altura a outra
PAVILHÃO DA PHILIPS - REFERÊNCIAS 23
Para entender melhor esse pavilhão, feito para a Feira Mundial de Bruxelas (Expo 58) por Le Corbusier e Iannis Xenakis, é preciso lembrar que Xenakis, além de músico, trabalhou um tempo junto de Le Corbusier, em muito devido a sua admiração pelo Modulor e outras propostas do arquiteto. Isso influencia fortemente nas suas criações musicais, pelo menos por um determinado momento. Dentre as músicas que sofre a repercussão desta admiração, destacamos o concerto chamado Anastenaria (1952-54), mais especificamente seu terceiro movimento denominado Metastasis. Esboços de seus estudos para essa obra mostram a forma como as ideias matemáticas corbusianas estavam presentes na composição pelo desenho hiperbólico que adquirem seus glissandi. O objetivo de Xenakis não era obter determinado som, mas sim obter um som para determinada fórmula matemática e geométrica. Desta música sai mais tarde o design do pavilhão, uma estrutura de três pontas formada pela intersecção das mesmas parábolas hiperbólicas utilizadas em seu Metastasis. Com uma composição musical e imagética feita especialmente para este espaço, disposição de mais de 300 alto-falantes em pontos calculados e diversas projeções, toda a estrutura se propõem a fazer se sentir imerso em todo o espetáculo, vivenciando a música de forma espacial. As duas músicas apresentadas durante os 10 minutos de permanência no recinto eram Concrete PH, do próprio Xenakis, a qual segue o mesmo padrão de parábolas hiperbólicas da Metastasis e era reproduzida durante a entrada, saída e acomodação das pessoas, e Poème Électronique, do compositor Edgard Varèse, uma composição de 8 minutos de música eletrônica pensada para aquele espaço exclusivo. Surge desta forma um prédio que é todo ele uma resposta à música , desde sua concepção até sua função final, cada detalhe pensado com o único fim de uma experiência mais completa possível.
PARTITURA DE METASTASIS ONDE PODEMOS OBSERVAR A ORIGEM GEOMÉTRICA DAS PARABOLAS HIPERBÓLICAS UTILIZADAS NA CONSTRUÇÃO DO PAVILHÃO (IMG.3)
INTERIOR DO PAVILHÃO, PARA O QUAL A COMPOSIÇÃO DE EDGARD VARÈSE, POÈME ÉLECTRONIQUE, FOI FEITA, A FIM DE REPRESENTÁLO, COMPLETÁ-LO E SEREM JUNTOS UM ÚNICO ESPETÁCULO DE IMERSÃO NA ARTE DA MÚSICA, VIDEO E ARQUITETURA
PAVILHÃO DA PHILIPS - REFERÊNCIAS 24
IMAGEM A PARTIR DE FOTO DO PAVILHÃO EM FUNCIONAMENTO (IMG.5)
PAVILHÃO DA PHILIPS - REFERÊNCIAS 25
DESTAQUE DA PARÁBOLA HIPERBÓLICA, ´MESMO DESENHO GEOMÉTRICO UTILIZADO NAS COMPOSIÇÕES MUSICAIS DE XENAKIS
Importante notar neste projeto a transposição que é feita em ambos os sentidos, pela apropriação da linguagem de um pelo outro. Começamos com as ideias arquitetônicas e matemáticas de Corbusier que são apropriadas para a criação do terceiro movimento de Anastenaria, esse mais tarde voltando a forma arquitetônica por meio da construção do pavilhão, o qual inspira a composição musical de Varèse.
CASA STRETTO - REFERÊNCIAS 26
CASA STRETTO- REFERÊNCIAS 27
A história desta casa é um tanto quanto conhecida e lembrado em seu próprio nome. Holl, ao visitar o terreno, notou a forte presença do rio que, por meio de pequenas represas, formava três lagos, o que ocasionava um barulho repetitivo. Ele então motivado por esse som, resolveu buscar uma música que igualmente reproduzisse esse efeito. Assim ele chega na “Música para cordas, percussão e celesta”, do húngaro Béla Bartók. Esta música foi escolhida por apresentar justamente um recurso musical que dá nome à casa, o stretto, que consiste em uma das partes da denominada "fuga", onde após a "apresentação" do tema em todas as vozes e a "resposta" dada pela conjunção do tema e do contrassujeito, segue-se então com o Stretto, onde a fuga estreita seu tempo, a repetição acelera seu ritmo e intensidade nos prepara para um clímax na música. Partindo dessa escolha, Steven Holl começa a analisar a música e separar partes de sua estrutura que poderiam ser usadas em seu projeto. Das observações que ele faz destacam-se o dual percussão (elementos pesados e repetitivos) e harmonia (elementos mais leves e fluidos), e a mistura entre elementos tradicionais e modernos misturados na composição de Bartók. Partindo disso ele divide a casa em quatro partes (mesmo número de movimentos da música escolhida e tbm uma alusão às barragens) por meio de paredes de tijolo, de aspecto pesado e vernacular, onde se encontram as áreas serventes da casa, em contraposição aos espaços entre essas divisões, construídos com vidro e metal, dando às áreas servidas da casa um aspecto mais amplo, moderno, onde as formas mais livres (curvas do teto) junto com a abundante iluminação narram a fluidez da música e das próprias águas do rio. Outro ponto importante para Holl era as relações matemáticas existentes na música (toda ela pensada em proporções áureas) que para Bartók tornava a composição bela e nas medidas certas pra não ser cansativa e arrastada ou mesmo breve. O arquiteto utiliza a mesma proporção no posicionamento de elementos principais em sua obra.
CASA STRETTO - REFERÊNCIAS 28
RELAÇÕES DUAL PERCURSÃO HARMONIA
21
13
21
13
21
13
RELAÇÕES MATEMÁTICA PROPORÇÃO ÁUREA
PAVILHÃO DA PHILIPS - REFERÊNCIAS 29
Por fim, como no climax da fuga, o fluxo da casa segue transpondo as pesadas paredes e tocando visualmente o rio nos espaços fluidos, até que a narrativa nos leva para o ponto onde a construção avança por sobre o rio, tocando-o fisicamente, unido o disparador inicial do projeto com o seu resultado.
CIDADE onde acaba a fala". ".
E M S T
H O F F M A N
CIDADE 31 A escolha da cidade de São Carlos como local de projeto pareceu uma escolha natural uma vez que foi aqui que as pesquisas de campo descobriram uma espaço tão rico para a música. Mas não se trata apenas de muitas pessoas que ouvem. Para os que querem se profissionalizar, para os que querem aprender por hobby, para os que querem ensinar, para os que querem se tornar artistas, a cidade tem potencial para dar suporte a todos esses, e isso reforça a demanda da cidade por um espaço especialmente dedicado à música.
CIDADE 32
10 escolas particulares para o público em geral 1 escola técnica (também particular) 1 escola mantida pela ONG Associação de Artes de São Carlos, com o apoio da prefeitura e preços mais acessíveis a população - Escola Livre de Música João Sepe 2 escolas infantis que oferecem musica em seu currículo 6 professores para aulas particulares (em domicílio). Essas escolas concentram-se em sua maioria na região central, devido à facilidade de acesso e visibilidade; todas elas funcionam em grandes casa que, no geral, pouco preparo e adaptação possuem para este tipo de ensino ou mesmo para permanência dos alunos em horários que não sejam o da aula, o que dificulta que entre os alunos de uma mesma escola haja a sensação de pertencimento a um determinado grupo musical. Existe ainda na Universidade Federal de São Carlos o curso de graduação em Música, com ingresso sujeito a aprovação em vestibulares e provas especificas. Quanto à Escola Livre de Música João Sepe, esta encontra-se no momento no centro da cidade, mas a ela já foi destinada a área institucional do condomínio Faber II. Apesar de ser um avanço muito importante conquistar um espaço para a construção de sua sede própria, o novo local da escola tem uma acessibilidade mais limitada e difícil para aqueles que dependem do transporte público, e como a grande maioria dos estudantes da manhã e da tarde são jovens sem idade para dirigir, esse seria um ponto muito importante na localização. Portanto, para fins deste trabalho, não consideraremos a posse deste terreno pela escola.
CIDADE 33
Temos na cidade uma grande disponibilidade de ensino musical, sendo ao todo 12 escolas, as quais se dividem da seguinte forma:
CIDADE 34
ESCOLA DE MÚSICA ESCOLA COM MUSICALIZAÇÃO ANÚNCIOS NÃO ENCONTRADOS ENSINO DOMICILIAR CONSERTO INSTRUMENTAL LOJAS
CIDADE 35
Mas o aumento constante de música e as listas de espera na Escola João Sepe mostra que a demanda ainda é grande. Temos ainda em São Carlos grupos de coralistas, tanto municipais (Coral Multicanto e Coral Bem-te-vi) como independentes (como o grupo de 11 coralistas que ensaiam há algum tempo em uma sala sob a catedral) e observamos a carência de espaço para ensaios de ambos. Os grupos de orquestra (Orquestra Experimental, Pequena Orquestra e Filarmônica PROJESC) possuem um espaço próprio e bem utilizado para ensaios nas dependências da UFSCAR. Quanto à disponibilidade de materiais e instrumentos, São Carlos possui nove lojas voltadas para esse nicho de mercado, das quais duas também anunciam serviços de reparo de instrumentos e apenas uma não se encontra na região central da cidade, facilitando muito o acesso ao que é necessário para iniciantes e experientes na área.
PROJETO
“Não seria a música uma língua perdida
M A S S I M O
A Z E G L I O ;
F O N T E :
" I
M I E I
R I C O R D I "
PROJETO 37 Pensando na demanda que a cidade de São Carlos tem para aulas e espaços mais qualificados para o ensino musical, assim como disponibilidade de profissionais da área (temos a faculdade de Música Licenciatura e mais uma escola técnica na cidade) e a quantidade de grupos musicais criados na própria cidade, optou-se por criar um espaço musical amplo que desse suporte para aquele que quer aprender e aquele que já sabe, um ambiente agradável para quem produz e para quem somente consome a música, um lugar adequado para trocas de experiências e para formação de novos grupos, um berço de oportunidades para qualquer pessoa, da cidade e mesmo das redondezas. Assim surge o Espaço Fermata *, um lugar para o encontro, para a extensão da música na vida do individuo, ou simplesmente um lugar agradável para se estar e ouvir.
Fermata: do italiano, que significa parada, e símbolo musical de prolongamento da nota
PROJETO 38
CRIAÇÃO
ARMAZENAGEM
CONSUMO CONTEÚDO ACESSÍVEL UTILIDADE PARA O CONTEÚDO
PROJETO 37 No intuito de criar esse rico programa, percebeu-se que só um projeto escolar seria muito pouco para proporcionar essa experiência musical a qualquer são carlense. Dividiu-se então o programa em 4 partes: criação (escola), armazenagem (biblioteca musical), consumo (auditório) e convívio (áreas externas). Essas funções se complementarão para que num único lugar possa se encontra, se não todo, o máximo possível de suporte para a música, consumo e produção. No programa destaca-se a questão do convívio. Nas escolas levantadas se percebeu que há essa carência de espaços para comunicação, exposição informal, contato com novas pessoas, troca de experiência. Por isso a convivência ganha todo esse peso, aparecendo como uma das chaves principais do projeto.
PROJETO 40
PROJETO 41
A escolha do terreno foi feita pensando principalmente em facilitar o acesso para todas as pessoas da cidade, mesmo os de bairros mais distantes como o Distrito de Água Vermelha, por meio do transporte público. Nesse intuito, apesar de um pouco deslocado do centro, o terreno escolhido fica próximo a rodoviária, estabelecendo com esta um contato visual e convidando seus usuários a explorar o novo espaço. A localização também é positiva para o acesso em veículo particular pois localiza-se em uma avenida - a São Carlense - e próximo ao dual Av. Trabalhador São Carlos e Rua Dona Alexandrina, importante eixo que corta grande parte da cidade de norte a sul. O transito nesta parte da São Carlense também é mais tranquilo, sem congestionamentos que possam dificultar o acesso. O terreno é particular, com a construção de apenas uma casa e o restante do terreno livre. A ideia é desapropriar esse terreno e dividir o grande quarteirão em dois, leste (quarteirão já edificado) e oeste (quarteirão livre com a maior parte do terreno desapropriado) dando continuidade a rua Dom Pedro II por mais um trecho, utilizando o quarteirão oeste para o projeto e disponibilizando para loteamento a porção restante localizada no quarteirão leste (caso haja interesse do atual proprietário, ele pode manter a parte do quarteirão leste para si).
PROJETO 42 Como o programa contemplado possuía quatro divisões, procurou se por peças igualmente divididas. A escolhida para tanto foi As Quatro Estações, do compositor italiano Atonio Vivaldi. A peça mundialmente famosa retrata uma narrativa das estações do ano, descrevendo os elementos naturais e a relação camponesa com estes. É composta por 4 concertos, cada qual dividido em 3 movimentos. Importante ressaltar que essa peça de Vivaldi tem a singularidade de acompanhar-se cada concerto de um soneto que narra o mesmo que a música, assim como a partitura traz indicações a cada instrumentista de que agora o seu instrumento irá "latir" como um cão, ou "soprar" como os ventos bravios, elementos estes existentes também nos sonetos. Como a narrativa é um elemento muito forte nessa peça, a organização inicial do projeto partirá dai, atribuindo cada parte do programa a uma estação para espelhar se nesse.
PROJETO 43
SITUAÇÃO ATUAL (SEM ESCALA)
PROJETO 44
RODOVIÁRIA
TERRENO
NOVO TRECHO DA RUA
PROPOSTA (SEM ESCALA)
MERCADO UNIÃO SERV
AV. SÃO CARLOS
RUA DONA ALEXANDRINA
AV. TRABALHADOR SÃO CARLENSE
PROJETO 45 BIBLIOTECA MUSICAL
AUDITÓRIO
ESCOLA DE MÚSICA
Vista da elevação principal que se volta para a rodoviária como um convite para
que a conheรงam, para que vejam o que esta sendo apresentado no palco externo
Di pastoral zampogna al suon festante Danzan ninfe e pastor nel tetto amato Di primavera all’apparir brillante.
E quindi sul fiorito ameno prato Al caro mormorio di fronde e piante Dorme’l caprar col fido can’ à lato.
Vengon’ coprendo l’aer di nero amanto E lampi, e tuoni ad annuntiarla eletti Indi tacendo questi, gl’augelletti; Tornan’ di nuovo al lor canoro incanto:
Giunt’è la Primavera e festosetti La salutan gl’augei con lieto canto, E i fonti allo spirar de’Zeffiretti Con dolce mormorio scorrono intanto:
LA PRIMAVERA
PROJETO 48
1º Mov.: dinâmica, fluidez, elemento tensor 2º Mov.: serenidade, repetição 3º Mov.: convívio A dinâmica e fluidez foi pensada com um espaço permeável, deixando o terreno o mais livre possível pra que as pessoas o cruzem em todas as direções, integrando assim a parte do bairro que fica atrás do terreno com a avenida, uma vez que o grande quarteirão existente hoje forma uma espécie de barreira entre ambos.
PROJETO 49
O primeiro dos quatro concertos, A Primavera, é um concerto de composição alegre e vibrante. O projeto que corresponde a esta estação são as partes de jardins, praças e áreas externas. No primeiro movimento da Primavera, temas a presença dos pássaros, com o canto melodioso, dinâmico, em comemoração da primavera que chega, as fontes que murmuram com as suaves brisas e todo um cenário cheio de vida e alegria, um clima de festa e comemoração. Mas também temos o anúncio da tempestade, causando uma certa tensão nos pássaros, mas este logo voltam a se alegrar e comemorar a estação. No segundo movimento nos é apresentado o camponês, junto de seu cão; desfrutando do clima agradável, o camponês acaba por cochilar, e temos então uma melodia mais suave e serena, acompanhada no entanto pela repetição constante da viola de apenas duas notas que fazem o cão a latir repetidamente. Nosso camponês aparece então reunido com outros no terceiro ato, num momento de convivência, brincadeiras, canto, dança e descontração, tudo isso marcado por uma melodia que nos lembra muito uma dança pastoral. Se pensarmos nos movimentos de forma menos figurativa, podemos tirar deles a estrutura para nortear o projeto externo. Temos então:
ELEMENTO TENSOR E REPETIÇÃO
FLUIDEZ E CONVÍVIO
PROJETO 50
PROJETO 51
SERENIDADE, CONVÍVIO, REPETIÇÃO
Como elemento tensor, nós temos o prédio do auditório, construção subterrânea que deixa exposta uma de suas pontas, criando um contraponto entre o terreno natural e o desenho geométrico da construção que transparece. Passamos então para a serenidade e repetição do segundo ato; desta tiramos a construção de estares, maiores e menores, por meio de cubos de 50cm que se repetem pela paisagem, hora como bancos longo, curtos, isolados, em conjunto com outros, como mesa, como escultura. Além da idéia de reproduzir o cão a latir, essas várias formas de combinar um só elemento vem do refrão que, embora seja sempre a mesma composição, sempre nos é apresentado de maneiras diferentes, variados tons, instrumentos e arranjos. Por fim temos o convívio, que no projeto, além desses estares maiores, com bancos próximos para estimular as conversas e relações, é caracterizado por um pequeno palco externo para apresentações menores e menos formais, um local para experimentação, que também voltará como elemento importante para a construção narrativa da escola.
Ah, che purtroppo i suoi timor son veri! Tuona e fulmina il ciel e grandioso: Tronca il capo alle spiche e a’ grani alteri.
Toglie alle membre lasse il suo riposo Il timore de’ Lampi, e tuoni fieri E de mosche, e mosconi il stuol furioso.
Zèfiro dolce spira, ma contesa Muove Borea improviso al suo vicino; E piange il pastorel, perche sospesa Teme fiera borasca, e ‘l suo destino;
Scioglie il cucco la voce, e tosto intesa Canta la tortorella e ‘l gardelino.
Langue l’uom, langue ‘l gregge, ed arde il pino;
Sotto dura staggion dal sole accesa
L’ESTATE
PROJETO 52
PROJETO 53
Seguindo a sequência das estações, nosso próximo concerto é O Verão, uma composição um pouco mais arrastada, com um refrão de menos alterações. Esta será a narrativa que irá compor nosso auditório. Fala se do calor da estação no primeiro movimento do Verão. Ainda há os pássaros cantando aqui, mas o canto não é já tão empolgante quanto o que anuncia a primavera. As fontes que antes murmuravam com a brisa agora estão expostas a ventos mais fortes, e nosso camponês chora pela antecipação da grande tempestade que ele sabe que está por vir e que pode causar estragos a sua plantação. Descontente e sem nada poder fazer, o camponês se abriga e tenta descansar, mas ele és constantemente incomodado pelas moscas da estação e os trovões que aumentam até que... Chega a tempestade do terceiro movimento. A composição neste momento ganha força e se torna muito enérgica, com os ventos mais fortes de toda a peça e muita velocidade nos instrumentos. Como o elemento da chuva aparece nos outros concertos, dá-se a impressão de que tudo foi uma preparação para o ápice, a grande, assustadora e bela, tempestade. Da narrativa do verão, os elementos mais marcantes são as sensações do camponês, sua ansiedade, antecipação, descanso desassossegado. Dessas sensações parte a escolha de relacioná-lo ao auditório, a espera ansiosa e a antecipação do grande acontecimento que dentro dele ocorre. Como dito na primavera, ele é um edifício subterrâneo que deixa algumas partes expostas, anunciando que está ali, mesmo que escondido, como os trovões a anunciar a tempestade. Seu foyer foi pensado dividido em duas partes, superior e inferior, sendo o superior maior, em forma de um grande terraço, grande parte dele descoberto, numa localização de que enquanto se espera, vê-se e se é visto, a fim de expor a escola e biblioteca para aqueles que vieram assistir o espetáculo e de convidar quem esta nestes dois, e na rodoviária, a descobrir qual o evento que está acontecendo naquele momento, convidando-o a participar. A idéia de
VOLUME DA BILHETERIA E ENTRADA PRINCIPAL SOBRE BIBLIOTECA VISTA DO TERRAÇO FOYER
PROJETO 54
MERCADO
fazer esse foyer aberto era também disponibilizar aos usuários mais um espaço de estar e convívio, ou mesmo para escola um lugar de exposição, ou seja, proporcionar-lhe a possibilidade de ser usado mesmo em dias sem apresentações. O segundo foyer é um espaço menor, servindo principalmente de ligação entre os serviços dispostos na estrada do auditório (como banheiro e lanchonete). A bilheteria fica no andar térreo possibilitando a aquisição de bilhetes mesmo com o auditório fechado. Caso haja a necessidade, pode se usar a entrada lateral do auditório (a mesma utilizada para saída de emergência) para que haja um fluxo maior de pessoas além do da escada/elevador de acesso contido ao lado da bilheteria.
PROJETO 55
VISTA DA CIDADE OBTIDA DO TERRAÇO
RODOVIÁRIA
PROJETO 56
PROJETO 57
O Outono fala sobre festas. É um concerto que lembra muito músicas camponesas de festivais, e é realmente essa a ideia, pois este é o momento da colheita, comemorar o trabalho de todo um ano e se preparar para o próximo. Neste concerto se baseia a escola de música. A narrativa desta estação conta das festas da colheita, onde pessoas se divertem, comem, bebem, riem, dançam. É um momento máximo de descontração. Fala-se no segundo movimento sobre o fim da festa, as pessoas descansando depois de tanta diversão, muitas já embriagadas. O terceiro movimento é sobre uma caçada, temos o som das trombetas, a descrição da fuga da fera, cães e tiros perseguindo-a, até que ela é alcançada e morta. Novamente festa em comemoração ao sucesso da caçada. Embora fale sobre um objetivo alcançado, a colheita, este tema representa a escola e toda a preparação necessária antes que se alcance um objetivo (uma formação, uma apresentação, a colheita, a caçada). Tudo isso passa por certo esforço e trabalho antes da conquista. Mas o principal deste concerto como um todo o convívio, seja na festa, seja na caçada, ou mesmo no momento em que todos juntos descansam. Pensando nisso, o prédio da escola foi pensado voltado para o palco externo que desenhamos baseada na Primavera. Suas sacadas amplas para permanência, ensaios, conversas, esperas, etc, são desenhadas em forma de arquibancadas que servem para visualizar as apresentações deste palco, do terraço do auditório, movimentação por todo o complexo e mesmo a apreciação da própria cidade, o vale em que a avenida e a rodoviária estão e todo o fluxo pela região. A escola possui duas entradas, a principal junto a entrada da biblioteca e uma secundária de frente ao palco e a pequena arquibancada na lateral do prédio. No térreo da escola ainda possui espaço para lanchonetes e café e uma pequena praça de alimentação.
PALCO VISTO DE DENTRO DA PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
ARQUIBANCADA, PALCO EXTERNO E ESCOLA
PROJETO 58
VISTA DOS ESTARES ATRÁ DA ESCOLA
PROJETO 59
VISTA DO COMPLEXO DA SACADA DA ESCOLA
Sentir uscir dalle ferrate porte Scirocco, Borea, e tutti i venti in guerra Quest’è ‘l verno, ma tal, che gioia apporte..
Gir forte sdruzziolar, cader a terra Di nuovo ir sopra ‘l giaccio e correr forte Sin ch’il giaccio si rompe, e si disserra;
Passar al foco i dì quieti e contenti Mentre la pioggio fuor bagna ben cento Caminar sopra il ghiaccio, e a passo lento Per timor di cader girsene intenti;
Agghiacciato tremar tra nevi algenti Al severo spirar d’orrido vento, Correr battendo i piedi ogni momento; E pel soverchio gel batter i denti;
L’Inverno
PROJETO 60
construir a Biblioteca. Ele nos conta sobre o frio. O camponês está com frio e tenta se aquecer se movimentando, mas nada adianta contra tanto frio, e ele continua a tremer e bater os dentes constantemente. Começa então a chover e ele se abriga rapidamente na sua casa, lareira acesa para esquentá-lo, e finalmente ele consegue um pouco de tranquilidade, ouvindo a chuva tranquila e os ventos que sopram lá fora. Mas uma vez obrigado a sair, ele tenta regressar rapidamente para casa, primeiro tomando cuidado para não escorregar, em seguida tenta correr, mas escorrega e cai. A tarefa é bem difícil, ele sente frio, mas levanta e tenta novamente, tomando cuidado para não cair novamente e não quebrar o gelo. O projeto da biblioteca é um grande retângulo, dentro do qual se organizam várias sessões. No mesmo bloco fica a administração da própria biblioteca, da escola e a curadoria do auditório. A ideia de erguer todo o volume da biblioteca é que assim ela se tornaria um volume mais isolado, acessível somente por uma entrada, isolado como o camponês em sua cabana. Mas o isolamento do camponês não é completo, e nem o é o da biblioteca. Com a sua fachada sul feita em grande parte por vidro, a biblioteca pode manter com todo o complexo a mesma relação da chuva no concerto mantem com o camponês, mas nesse caso a relação é visual. Na sua fachada norte, devido ao sol forte, o isolamento se mantem , no entanto são abertas janelas laterais, formando pequenos nichos aconchegante para os usuários que dele não tem uma vista da cidade, mas vislumbram um pouco dos estares voltados para o bairro, como o vento que entra pelas frestas da porta da cabana.
PROJETO 61
Nosso último concerto, O Inverno, foi o concerto escolhido para
ABERTURAS DA BIBLIOTECA BASEADA NAS SUBDVISÕES DE TEMPO UTILIZADAS POR VIVALDI FLUIDEZ E CONVÍVIO
PROJETO 62
INTERAÇÃO VISUAL ENTRE A BIBLIOTECA E O COMPLEXO
PROJETO 63
REFERÊNCIAS DA PESQUISA 64
Sites de busca das escolas de música de São Carlos
• https://elefanteverde.com.br • http://www.aasaocarlos.com.br/ • http://www.saocarlosoficial.com.br/empresaseservicos/ • http://www.lecto.com.br/ • http://www.listamais.com.br/ • http://www.encontrasp.com.br/ • http://www.apontador.com.br/
• http://www.saocarlos.sp.gov.br/ • http://www.123achei.com.br/
Site referÊncia de bandas • • • • • •
http://palcomp3.com/ http://www.saocarlosoficial.com.br/empresaseservicos/ tnb.art.br/rede/bandahipnos tnb.art.br/rede/pontocinquenta www.osinimitaveis.com.br http://bandasdegaragem.uol.com.br/
Coral e orquestra • • •
http://www.saocarlos.sp.gov.br/ http://www.jornalpp.com.br/cultura http://www.filarmonicasaocarlos.com/
•
http://www.ufscar.br/musica/
• http://br.kekanto.com/ • https://maps.google.com.br/
Neuendorf
• www.spmais.com.br
• •
Site Referência Lojas
• http://www.lecto.com.br/ • www.playmusicstore.com.br • aemluthieria.blogspot.com/ • www.somcapital.com • http://www.hagah.com.br/ • http://www.ilocal.com.br/ • http://www.guiamais.com.br/
Site de referência das linhas de ônibus • • • • •
http://www.athenaspaulista.com.br/ https://maps.google.com.br/ http://wikimapia.org/ http://www.saocarlos.sp.gov.br/ http://www.samambaiaresidencial.com.br/
www.johnpawson.com openhousebcn.wordpress.com
http://en.wikiarquitectura.com/index.php/Stretto_House http://storiesofhouses.blogspot.com.br/2006/04/stretto-house-in-dallas-by-steven-holl.html http://www.tomfreudenthaldesign.com/academicportfolio/strettohouse.html http://strettohouse.wordpress.com/stretto-house-drawings/ http://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%A9la_Bart%C3%B3k http://www.youtube.com/watch?v=bkwdJJPT97Q http://www.stevenholl.com/project-detail.php?type=houses&id=26 http://blog.xuite.net/pippen122102/blog/76366934%E8%A8%AD%E8%A8%88%E7%BE%8E%E5%AD%B8%E7%AC%AC%E4%B8%89%E6%AC%A1%E4%BD%9C%E6%A5%AD%E7%99%BC%E8%A1%A8
http://qurixa.com/2011/01/10/stretto-house/ http://arkmedsbrisbane.blogspot.com.br/2010_03_01_archive.html http://solomonsmusic.net/diss7.htm http://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2011/10/13/casas-de-steven-holl/ http://dab310thearchitecturalapprenticeship.blogspot.com.br/ http://ilhaquadrada.com/bartok/musica-para-cordas-percussao-e-celesta/ http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/fibonacci/web.htm http://wikipedia.qwika.com/en2pt/Music_for_Strings,_Percussion_and_Celesta http://estrolabio.blogs.sapo.pt/1642342.html
Parc de La Villette https://www.google.com.br/maps http://www.gardenvisit.com/history_theory/library_online_ebooks/architecture_city_as_landscape/review_parc_de_la_villette_tom_turner https://ksacommunity.osu.edu/image/diagrammatic-seminar/tschumi-parc-de-la-villette-perspective
REFERĂŠNCIAS DA PESQUISA 65
Casa Stretto