Proposta de intervecao

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A Obra: Consiste de escultura em madeira de cedro entalhada e policromada de forma convencional, seus padrões obedecem aos trabalhos de escultura tirolesa e seus acabamentos são padrões já registrados. Mas estão recobertos pelas repinturas

Tríplice princípio: - objetivo Estabilidade, reversebilidade e visibilidade da intervenção. O trabalho seria feito em três etapas, conhecimento aprofundado do bem auxiliado por análises, testes, ensaios e proposta. As características peculiares da Obra:

O Edifício: O templo, onde estão inseridas as peças, é um magnífico edifício em estílo neogótico do ano de 1930, possui 5 (cinco) grandes altares em madeira e todos possuem imagens do Sr. Scopoli. É característica desse edifício a localização, está em frente à praia da cidade de Santos, e fica com sua porta principal aberta 2/3 do dia. Seu indíce de umidade é altíssimo, assim como a temperatura. As outras quatro portas permanecem abertas durante o mesmo período que a principal.

Localização do edíficio.


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Acesso ao convento (restrito aos frades)

Porta de acesso a Capela do Santíssimo

Porta de acesso a secretaria e Altar Mor

Porta de acesso a Nossa Senhora do Carmo

Porta de Acesso ao Santo Antônio do Séc. XIX

Porta de acesso principal (aberta 2/3 do dia de frente a praia)

Baseando-se em valores museológicos podemos definir como um valor de umidade e temperatura ideal entre:

Temperatura Umidade

Valores ideais Mínima Máxima 18oC 22oC 45% 65%

Valores encontrados no período Mínima Máxima 19,2 27,3 48,3 87,3

Fonte: Mendes, marylka. Conservação conceitos e prática. Ed UFRJ, 2001


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Análise da Imagem – São Francisco de Assis: Altar do Sagrado Coração de Jesus – imagem de anjo genuflexionado – objeto complementar para proposta de intervenção em uma peça artística do edifício Altar de São Francisco – imagem de São Francisco – objeto de estudo de intervenção

Localização das peças nos altares da Basílica

Umidade em Madeira: Os valores de umidade na madeira, material constituinte do suporte das esculturas foram medidos com o medidor instrutep e estão relacionado nas fichas de restauro da peça, sendo que não se apresentou um valor fora de padrão ou anomalias. Ficando dessa forma estabelecida a umidade padrão para madeira

Valores padrão de umidade em madeira Madeira Verde Semi-seca Comercialmente seca Seca ao ar Dessecada Anidra

Umidade >30 30% - 23,1% 18,1% - 23% 12,1% - 18% 0,1% - 12% 0%

Fonte Braga, Márcia conservação e restauro ed. ER editora Rio,2003 pg31


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Síntese das análises: Elemento túnica

Corte estratigráfico 0

carnação

0

Peanha

0

1

2

1

3

2

1

Cores (descrição) Cor Pantone 4

3

2

4

5

3

01234-

madeira substrato azul original re-pintura (1960) verniz

4695c 4975c -

0123450123-

Suporte Substrato Primeira pintura re-pintura (1960) re-pintura verniz Suporte Substrato Primeira pintura verniz

488c 7508c 7521c -727c -

Cortes estratigráficos – área 1 -rosto

0

1

2

3

4

5

4

5

3

4

5

3

4

5

Cortes estratigráficos – área 2 - mãos

0

1

2

3

Cortes estratigráficos – área 3 - túnica

0

1

2

Cortes estratigráficos – área 4 -

0

1

2

Legenda do suporte Suporte Substrato Pintura 10 camada de proteção Sujidade superficial Re-pintura 20 Re-pintura 30

Valores de ambientalização e da peça, em média, encontrada nas medições

Valores

Umidade Relativa

Temperatura

Lux

Umidade da peça

78-80%

26,6

51,5

11%-12%


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A utilização dos solventes foi executada conforme a metodologia recomendada pela autora Liliane Kleiner, em sua publicação “Os Solventes”, e acompanhada por um engenheiro químico (Delfim Brás dos Santos Jr, mestrando em geologia) em parte das operações. O registro fotográfico ficou precário, devido à

deficiência da câmera

fotográfica em captar imagens em MACRO, e foi impossível registrar a ação pelo microscópio, pois a ação do vapor de solvente poderia danificar a lente do mesmo. Para tentar compensar esse registro foram executados ensaios, com auxílio do Swab, que embora mais invasivo, não danificou em nenhum momento a primeira camada da policromia. O método de uso da tabela acima consiste em depositar uma gota, formada por um cilindro de retenção em vidro de 2 milímetros, e acompanhar com uma lente ou lupa a deformação ocasionada pelo solvente, o seu amolecimento e outras alterações, auxiliado por uma agulha para definir o grau de sensibilização.1 Após esse procedimento passou-se para o teste com algodão (swab). É necessário ter cuidado com as cores roxas e terrosas que são mais sensíveis a ação dos Solventes, e os locais para isso devem ser escolhidos previamente, segundo a estética da própria obra. Deve-se dar preferência para locais claros, de preferência azuis pela melhor vizualização, do que os de zonas escuras. Qualquer intervenção posterior deverá esperar 2 meses para o envernizamento, para permitir a completa evaporação dos solventes utilizados.

CATEGORIA I- Decapante

II-Solventes médios III-Solventes móveis IV-Solventes volátil

Solvente Muito penetrante – retenção Terebintina, THF, Glicóis, elevada e larga Diacetonaalcool, Formamida, DMS, Butilamina – t-butilamina, DMF, Acido fórmico, Ácido Acetico. Penetração média e retenção Cetonas, Álcoois, Ésteres, água média Muita penetração – retenção Derivados halogenados e débil e curta aromáticos Pouco penetrante – retenção Hidrocarbonetos saturados, éter débil e curta de pequeno P.M

Fonte:KLEINER, Liliane Masschelein - os Solvente.

1

KLEINER, Liliane Masschelein. Los Solventes. Santiago do Chile: CNCR, 2004, p. 129.


11

Manter sempre registro dos testes e ensaios com os solventes, preenchendo uma tabela simples dos ensaios, permitindo uma rápida verificação dos dados obtidos. Solvente 18 10

Aurela sim Sim

Agulha duro mole

Obeservações Sem efeito na 3º camada Efeito na 3º camada e s/ na 2º

Fonte:KLEINER, Liliane Masschelein - os Solvente.

Método de utilização dos solventes: É errado acreditar que misturar uma gama de solventes, de características diferentes fará com que suas características sumam nas misturas; o ideal é utilizar um solvente da característica de solvente ativo, com mescla de solventes voláteis.2 A limpeza Sempre é uma agressão3, buscar os solventes corretos é diminuir os efeitos desse agressão, e minimizar ou eliminar as margens de erro que levem a prejuízos para obra. O triângulo de Taes, possibilita conhecer a natureza da matéria removida pelo solvente. Ele é empregado para definir formulações conforme o material presente ou impregnado; no caso da formulação 7 acima demonstrada, sua ação irá atingir materiais resinosos e oleosos, mas com uma ação fraca e mais ativa nos oleosos.4

Localização do solvente em mistura no diagrama de Taes. Fonte: PASCUAL, Eva. O restauro de pintura. Lisboa: Editora Estampa, 2002, p. 112.

2

KLEINER, Liliane Masschelein. Los Solventes. Santiago do Chile: CNCR, 2004, p. 127. Ibid., p.130 4 TELLECHEA, Domingos I. Pintura em restauro, Tomo III. São Paulo: Instituto Domingo Tellechea de conservação e restauro, 1998, p. 1263-1457. 3


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Proposta de Intervenção: 1- Registro Fotográfico: todos os procedimentos executados do princípio ao final. Fazendo uso de escala de cores Kodak – “Kodak color separation guide and gray scale (Small)” e de escala cromática referencial de dimensões. 2- Remoção de repinturas, vernizes e pátinas5. Através de utilização de meios químicos dentro dos agentes definidos nos testes de solubilidade das repinturas ou por meio mecânico, ficaram constatados os seguites procedimentos: a)

Remocão da 30 repintura por meios mecânicos, com auxílio de

bisturi, lâminas e com soprador térmico nos locais mais delicados, para facilitar a operação, não fazer uso excessivo desse equipamento, restingindo-o ao máximo. Pode-se recorrer aos solventes testados, mas é desnecessário. b)

Remoção da segunda repintura por meios químicos, com as

solucões estabelecidas nos testes de remoção e auxílio de meios mecânicos, fazer uso de compressas de solvente, com Swab nos locais de difícil acesso dos tampões de compressa.6 c)

Limpeza da superfície da policromia original conforme o solvente

determinado nos exames já realizados7.

Tabela dos solventes testados – com resultado de eficiência Número 18 16 13 10 7 3 4

5

Formulação Isopropanol+ amonia+água Acetato de etila + DMF Tulueno + DMF Ac. De etila + MEC Tulueno + Isopropanol White Spirit Xileno

resultados S/ efeito na 3º camada, mas eficaz na 2º Ação rápida na 2º e 3º camada Ação rápida na 3º, mas lenta e ineficaz na 2º Ação rápida na 3º, mas lenta na 2º Lenta, mas eficaz sobre a 3º e 2º camada Boa ação de limpeza superficial da 1º camada Boa ação de limpeza superficial da 1º camada

TELLECHEA, Op. Cit. P. 1263-1457. CORDEIRO, Filipa. A conservação de uma pintura de Francesco Trevisani. In. Patrimônio estudos 6. Lisboa: istituto português do patrimônio arquitetônico, 2004, p. 198. 7 FÁZIO, Silvia Matilde. Restauração da escultura policromada de Nossa Senhora do Bom Parto. In Revista da APCR 4. São Paulo, p. 17. 6


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3- Fixação e proteção: Não foram encontrados locais de comprometimento da pintura original e do substrato, mas no decorrer do processo de restauro, se houver necessidade de proteção da camada pictórica, deve-se recorrer ao auxílio do papel japonês, aderido com cola de Carboxil metil celulose (cmc).8 A fixação das zonas da policromia que apresentarem desprendimento deve ser realizada com o uso de cola animal (pele de coelho) por injeção nos locais comprometidos, em uma elaboração que deverá estar entre 5% a 15%. Poderia-se fazer uso dos polímeros sintéticos, mas deve-se quando possível, partir para as colas universalmente reconhecidas, por isso da escolha da cola de coelho, pela sua versatilidade e reconhecida longevidade, além de ser uma cola conhecida profundamente na suas características fisico-químicas.9

4 – Nivelamento de Lacunas. Fazer uso de carga inerte, agregada à cola animal (pele de coelho), masseradas e usadas no preenchimento de lacunas de superfície pictórica e de pequena espessura.10 Lacunas de grande profundidade, principalmente as que comprometem e atingem o suporte da escultura, deverá se recorrer ao uso de verniculita associado ao Copolímero de acetato de vinil e etileno (Beva), que posteriormente poderá ser levemente lixado (com algodão e solvente) e receber uma base de preparação e ser policromado.11

5- Isolamento da policromia original. Essa operação facilitará a remoção das intervenções no futuro (reversibilidade dos procedimentos executados).12 Para isso, deverá ser aplicado, por meio de aspersão, o copolímero de metacrilato e metillacrilato, na proporção de 8% dissolvido em xileno. Poderá ser usada também, como isolante, a resina sintética de ciclo-hexanona, diluída em solvente orgânico.13 8

TOJAL, Nazaré. Intervenção de conservação e restauro do salão da música e da sala do trono do palácio. In. Patrimônio estudos 5. Lisboa: instituto português do patrimônio arquitetônico, 2004, p. 132. 9 TELLECHEA, Domingos I. Pintura em restauro, Tomo I. São Paulo: Instituto Domingo Tellechea de conservação e restauro, 1998, p. 23-241. 10 PASCUAL, Eva. O Restauro de Pintura. Lisboa: Editora Estampa, 2002, p. 72. p. 115. 11 Essa metodologia vem sendo empregada pela Restauradora Márcia Rizzo, na Igreja Imaculada Conceição, tendo ótimos resultados, e é completamente possível utilizar nessas peças, se for necessário. 12 CORDEIRO. Op. Cit. p. 186.


14

6- Reintegração cromática. Nesse momento deve-se fazer um esclarecimento, pois há dois meios de efetuar essa operação. Escolhi a segunda forma, que consiste em obedecer essa metodologia até esse momento. A primeira deveria seguir o procedimento até a 4a etapa, e não precisaria fazer o isolamento da policromia original. E realizaria-se a reintegração com aguarelas sobre as zonas danificadas e niveladas. A escolha dessa metodologia deve-se pela garantia do isolamento da policromia, e pela facilidade no procedimento, que se realizará da seguinte forma: a-

Reintegração a base de pigmentos de fonte confiável (a Sennelier,

apresenta toda a catalogação de seus produtos, conforme a associação de artes da Europa e EUA.14 Buscar pigmentos que apresentem essa catalogação e não que usem somente os nomes artísticos, possibilitando registrar com exatidão os compostos e elementos químicos utilizados na intervenção), dissolvido em resina acrilíca tipo Paraloid B72, na razão de 15% em xileno, e fazendo-se uso do mesmo solvente para controlar as nuances de brilho.15 b-

Pode-se fazer uso das tintas próprias para restauro tipo

Charbonel ou Maimeri, mas o uso do pigmento é um procedimento confiável e dá melhor versatilidade ao atelier, com melhor abrangência técnica. Os procedimentos de reintegração deverão ser executados na técnica do tratégio e não da reintegração ilusionista, assim possibilitando a correta identificação das áreas de intervenção mesmo para o público mais leigo ao assunto, sendo um procedimento correto e ético com o artista, com a obra e com os expectadores, que não precisarão fazer uso de meios técnicos para identificação dessas reintegrações. Mesmo as reintegrações nos dourados deverão ser executadas com a técnica do tratégio, com auxílio de cores terrosas, sem recorrer ao erro de tentar reintegrar essas áreas com pigmentos dourados ou refolheamentos em ouro16.

13

Ibid. p. 199. Os pigmentos estão catalogados conforme a ASFM (American Society for Testing and Materials); as fontes européis obedecem a essa catalogação por opção de mercado, estando expresso em sua rotulagem, as nacionais não apresentão padronização nenhuma, ficando difícil ter a certeza quanto ao produto no interior do frasco de um pigmento, em virtude de um determinado pigmento possuir mais de um nome. 15 Braga, Márcia Dantas. Conservação e Restauração: pedra, pintura mural e pintura em tela. Rio de Janeiro: Editora Rio, 2003, p. 116. 16 BALDINI, Uberto. Teoria del restauroe unità di metodologia: volume II. Firenza: Nardini, 2003, p. 92-93 14


15

Tratégio – metodologia de execução Fonte: BALDINI, Uberto. Teoria del restauro. P. 55

Vista do dourado reintegrado com tratégio

Vista do dourado reintegrado com tratégio

Fonte: BALDINI, Uberto.

Fonte: BALDINI, Uberto.

7- Verniz final. Fazer uso de verniz final acrílico pós restauro, esse deverá ser semi-mate como é o aspecto dessa peça. O efeito deixado pelo Paraloid seria o suficiente, mas esse não é um bom produto como verniz final, devendo-se recorrer ao uso de outro. Se for necessário, deve-se associá-lo a um agente fosqueador e realizar ensaios antes do procedimento. Esses ensaios, que determinarão a escolha do aspecto final do brilho da peça realmente só podem ser definidos quando já está ocorrendo a execução, pois devem simular o aspecto da peça no local onde ela irá ficar, sendo difícil, ou


16

mesmo impossível, determinar a quantia exata de um fosqueador dentro do verniz, em um trabalho acadêmico. Os agentes que poderão ser testados como fosqueadores são o dióxido de silício e a cera microcristalina, entre outros17.

8- Atmosfera anóxia – tratamento de higienização e descupinização preventiva:18 Ao final, executar um tratamento preventivo para insetos xilófagos, fungos e agentes degradantes bacteriológicos; mesmo não havendo ocorrência visível desses ataques, esse tratamento não irá prejudicar em nada as peças que passarem por esse procedimento. O tratamento consiste em colocar dentro de um balão ou receptáculo a peça, juntamente com um gás inerte, previamente escolhido. Os insetos presentes nas peças são organismos aeróbicos, e, com isso, necessitam de oxigênio, muitos insetos não resistem a uma atmosfera com menos de 0,4% de oxigênio. A ausência desse elemento vital, irá ocasionar a norte por asfixia. O ar atmosférico deverá ser levado a níveis próximo ao zero de oxigênio, em volta e dentro da peça, por um período de tempo que deverá seguir a tabela a seguir.

Inseto Cupim Brocas

Período 4 dias 10 dias

Fonte: BASTOS, Angela. Processo de fumigação com atmosfera controlada. In. Boletim da ABRACOR – mar/abr/mai 2000, p.7-8.

O ar atmosférico é constituído dos seguintes gases em suas concentrações a 200 célcius ao nível do mar: Concentração 78,08% 20,95% 0,03% 0,94%

Gás nitrogênio oxigênio Co2 Outros gases

Fonte: BASTOS, Angela. Processo de fumigação com atmosfera controlada. In. Boletim da ABRACOR – mar/abr/mai 2000, p.7-8.

Os gases mais utilizados para esse procedimentos são: 17

MAYER, Raph. Manual do artista. São Paulo: Martins Fontes, 1996, p. 261. SELWITZ, Charles. Inerte Gases in the Control of museum insect pestes. EUA: The Getty Conservation Institute, 1998.

18


17

Gás nitrogênio argônio Dioxido de carbono - co

Concentração para eliminação de insetos 99,9% 99,9% 65%

Fonte: BASTOS, Angela. Processo de fumigação com atmosfera controlada. In. Boletim da ABRACOR – mar/abr/mai 2000, p.7-8.

As brocas resistem a uma atmosfera de 0,1% de O2 por cinco dias e os seres humanos de 4% a 5% de O2 por 40 segundos, levando ao coma por essa exposição, qualguer outro gás, senão o oxigênio – O2, é asfixiante a vida. A temperatura mais elevada leva a uma melhor eficência no processo, mas ambientes de temperatura mais altas elevam a capacidade de retenção de partículda de H2O, e a umidade relativa, podendo afetar o proceso. O CO2 apresenta um nível de tolerância maior, margem de erro no interior do invólucro, mas é necessário uma umidade relativa baixa, próxima a 40%, pois o CO2, em ambientes de alta umidade (H2O), tende a formar atmósfera ácida. O uso do CO2 se justifica devido a essa margem de tolerância, que será uma vantagem, já que é muito difícil manter o nível de gás dentro do recipiente, a 99,9% durante 10 dias sem alteração. Essa tolerância facilita o processo e o uso, devido ao fato de que o CO2 não somente tem um efeito asfixiante mas intoxicante para os organismos vivos. Para eficiência sem prejuízo da peça, a alteração do ambiente, deverá ser feita em um longo prazo, para evitar danos à peça, e depois realizar o procedimento anóxio. A escolha do gás nesse caso deverá ser norteada pelo custo do processo, mas qualquer que seja o gás deverá ser utilizado um invóluco com alta barreira para os gases. Existem no mercado alguns plásticos que se ajustam a essa necessidade. A selagem desse plástico poderá ser feita a quente, com cola para filme de pvc flexível, ou fita de polipropileno.19 Fazendo a medição com analisadores de O2, com variação entre 0% a 25% e de CO2, 0% a 65%, que no mercado são os mais comuns, e a medição de temperatura deverá ser feita com aparelho fixo dentro do local do trabalho (permanente) e do invólucro.

19

Fonte: BASTOS, Angela. Processo de fumigação com atmosfera controlada. In. Boletim da ABRACOR – mar/abr/mai 2000, p.7-8.


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