ÁGUA Iniciativa:
Conceção e desenvolvimento:
O CIEJD enquanto Organismo Intermediário no quadro da Parceria de Gestão estabelecida entre o Governo Português e Comissão Europeia, através da Representação em Portugal.
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Índice A água é um recurso natural O consumo de água em Portugal Beber água da torneira Na casa de banho O duche Casa de banho eficiente O autoclismo Na cozinha Cuidado com as fugas! No jardim Reutilizar a água Evitar a contaminação
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A água é um recurso natural imprescindível ao homem, e não nos referimos apenas à que serve para beber e utilizar no dia-a-dia por cada um. A água intervém igualmente na produção de todos os bens de consumo. Por exemplo, para criar e produzir uma só vaca de 500 quilos, é necessário o equivalente a uma piscina olímpica com, pelo menos, seis metros de profundidade! Já no setor têxtil, as plantações de algodão requerem tanta água que, para produzir uma simples T-shirt, são necessários, pelo menos, 1500 litros! Ainda que seja renovável, a água é um bem limitado e escasso: para conseguirmos um consumo sustentável, é preciso que todos os agentes adotem medidas adequadas para melhorar a sua gestão, atuando de forma coordenada.
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Não podemos igualmente ficar indiferentes ao facto de a água associada à produção de bens e serviços (chamada “água virtual”) ter crescido de forma muito significativa nos últimos 40 anos. Do total consumido em todo o mundo, cerca de 15 por cento (quase 700 quilómetros cúbicos por ano) estão hoje associados à exportação de bens alimentares! Impõe-se uma gestão inteligente deste bem essencial, que começa, desde logo, por uma poupança sistemática no uso que dele fazemos nas nossas casas.
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O consumo de água em Portugal O valor da fatura da água depende muito do município onde residimos. Por exemplo, para um consumo mensal de dez metros cúbicos, o custo pode variar entre cerca de 4 e 20 euros. Contudo, qualquer que seja o município existe um princípio que não muda: quanto maiores forem os consumos, mais elevado é o preço por metro cúbico e maior será também o valor a pagar de saneamento e de resíduos sólidos, incluídos na fatura da água. E tudo indica que o preço irá aumentar: o custo para o tratamento das águas usadas é cada vez mais elevado e, face ao constante aumento do consumo per capita, é necessário tratar a água proveniente de origens cada vez mais distantes. Este é o primeiro argumento para que se pense em consumir água de forma sustentável. A par deste aspeto, não nos podemos esquecer dos argumentos ambientais: embora a água potável seja relativamente barata, não deixa de ser um bem precioso.
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Existe água em abundância na Terra, é certo, mas só 3% correspondem a água doce e só 0,7% têm características que a tornam potável O total de água captada no território continental para suprir as necessidades de abastecimento em Portugal atingiu, em 2009, os 837,8 milhões de metros cúbicos, dos quais cerca de 70% são provenientes de águas superficiais, como rios e albufeiras.
No mesmo ano, a água distribuída pela rede pública e destinada a uso doméstico chegou aos 594,4 milhões de metros cúbicos. No setor doméstico, em média, cada português consome 168 litros de água potável por dia. Apenas uma parte da água consumida é usada para beber ou cozinhar. Uma boa fatia vai, por exemplo, para descargas de autoclismo! Mas, para este fim, pode recorrer-se às chamadas águas cinzentas, provenientes do duche, do lavatório ou da máquina de lavar a roupa.
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SABIAS QUE? Para saberes quantos litros de água cada elemento da família consome, em média, por dia, basta verificares o consumo que se encontra na fatura mensal da água, indicado em metros cúbicos (um metro cúbico equivale a mil litros), multiplicá-lo por 1000 e dividir este número pelos 30 dias do mês e, depois, pelo número de elementos da tua família.
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Beber água da torneira Estudos da Revista PROTESTE mostram que a água distribuída pela rede de abastecimento público é segura: mais de 95% das análises efetuadas anualmente revelam que é boa para a saúde e cumpre todas as normas exigidas. Mesmo a água ˝dura˝, ou seja, rica em calcário, pode ser má para as canalizações e para os eletrodomésticos, mas não para a saúde! Assim, devemos beber água da torneira. Esta é, geralmente, de boa ou mesmo muito boa qualidade. Por exemplo, uma família de quatro pessoas que beba água da torneira irá despender com ela cerca de dois euros e meio por ano. Já se a filtrar, o gasto subirá para cerca de 81 euros. E se optar por beber água engarrafada, poderá chegar aos 590 euros!
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IDEIA PARA POUPAR E PARTILHAR! Bebe água da torneira quando estiveres em casa e leva um cantil com ela quando saíres. Assim podes poupar cerca de 500 euros por ano.
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Bebe água da torneira à vontade e sem receios, por princípio: •
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a água é submetida aos mesmos controlos de qualidade do que as restantes bebidas engarrafadas; a água canalizada é (muito) mais barata do que a água engarrafada; está sempre disponível (basta abrir a torneira) e sempre fresca; não são necessários carregamentos nem o transporte em camiões causador de poluição; e não gera resíduos de embalagem.
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SABIAS QUE? A água é desinfetada com doses de cloro que não representam um risco para o organismo. Para eliminares o sabor, deves permitir que o cloro se evapore: coloca-a num jarro, agita-a e deixa-a repousar destapada no frigorífico.
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ATENÇÃO! A água que sai do circuito de água quente não tem exatamente as mesmas características da que circula no de água fria. O aquecimento e os depósitos que se formam na primeira podem alterar a quantidade de sais, ferrugem e, até, de microrganismos. Por isso, devemos beber e utilizar somente água fria nos cozinhados. Depois de um corte ou de um período sem água, devese deixar correr a água algum tempo antes de a consumir.
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Na casa de banho Para diminuirmos o consumo de água na casa de banho, devemos primeiro verificar os hábitos de toda a família. O banho de imersão já foi abolido? E a torneira do duche é fechada enquanto se ensaboam? O autoclismo está regulado por forma a não usar mais de seis litros por descarga completa? Para medires o caudal que corresponde ao uso normal das torneiras, e saber qual o débito e quanto gasta com as torneiras abertas, conta o tempo que leva a encher o recipiente de um litro com as torneiras na máxima abertura. Para a torneira do chuveiro, mede o débito na saída do chuveiro. O fluxo é o valor obtido dividindo 60 pelo tempo medido em segundos. Para valores inferiores a oito litros por minuto na máxima abertura e seis numa utilização normal, a torneira é eficiente. No chuveiro, o fluxo deve ser menor ou igual a oito litros por minuto.
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IDEIA PARA POUPAR E PARTILHAR! Usa um copo para lavar os dentes e fecha a torneira enquanto os escovas. Para fazeres a barba, enche o lavatório com água e coloca a tampa no ralo. Fecha a torneira enquanto ensaboa as mãos e passa a palavra a toda a família.
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O duche É no banho que se consome grande parte ou mesmo a maioria da água nas nossas casas. Por isso, é aqui que devemos começar por atuar com vista ao uso eficiente da água. Enquanto tomar um banho de imersão pode requerer mais de 80 litros, sobretudo quando é usado o jacuzzi, um duche de cinco minutos gasta cerca de 40 litros! Para poupares água enquanto tomas duche, começa, claro, por fechar a água enquanto te ensaboas, sob pena de poderes vir a gastar mais do que num banho de imersão. Com bebés ou pessoas com mobilidade condicionada que precisem mesmo de tomar banho, deve-se encher a banheira até apenas 1/4. Recolhe a água enquanto esperas que aqueça: usa-a, por exemplo, para regar as plantas do teu jardim. Podes também sugerir aos teus pais que instalem pequenos dispositivos que permitirão reduzir o débito das torneiras e do chuveiro. Uma torneira misturadora termostática evita desperdícios enquanto procura a temperatura certa. Uma torneira monocomando, isto é, com um só manípulo, é também uma boa solução e, geralmente, mais barata. Um chuveiro com um botão de interrupção total de fluxo permite fechar a água enquanto nos ensaboamos sem ter de mexer na regulação da temperatura da água.
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Um chuveiro eficiente não deverá apresentar um caudal superior a nove litros por minuto. A eficiência do sistema é conseguida pela mistura de ar na água, o que mantém a sensação de pressão e o conforto, podendo ocorrer no próprio chuveiro ou, em alternativa, num redutor de caudal instalado entre a torneira e a mangueira ou entre esta e o chuveiro.
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Casa de banho eficiente Botão “stop” ou interrupção de caudal
válvulas
de
Instaladas entre o chuveiro e a mangueira, são boas opções para torneiras de dois manípulos; permitem manter a abertura da água quente e fria sem ter de a ajustar na utilização seguinte.
Chuveiros de baixo fluxo e acessórios Nos chuveiros com várias posições, a de maior poupança nem sempre é a mais indicada. É importante ter informação sobre o gasto do chuveiro que se pretende. Mas não é necessário comprar um chuveiro novo para ter um sistema mais eficiente: é possível adquirir redutores de caudal para a mangueira flexível ou para o cabo do chuveiro. É sempre importante verificar se são compatíveis.
Torneiras termostáticas Temperatura e caudal são regulados por manípulos diferentes. Ao abrir de novo, a temperatura é idêntica. O modo “eco”, que permite, em alguns modelos, um fluxo intermédio, nem sempre é suficiente para a torneira ser eficiente.
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Casa de banho eficiente Pesos Aumentam a rapidez do fecho da descarga e minimizam os gastos. Peso excessivo pode levar a descargas demasiado baixas.
Sistemas economizadores Escolher um sistema economizador compatível. Este é útil se a regulação da boia que determina o nível máximo não produzir descargas superiores a seis litros e torna mais eficiente um autoclismo de descarga simples.
Interrupção de descarga Pressionando duas vezes, a descarga é interrompida. Ser rápido é essencial, pois a paragem pode acontecer perto da descarga completa, e a economia ser impercetível.
Dupla descarga Permite escolher uma descarga parcial (em geral, metade do total), suficiente para a maioria dos usos.
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IDEIA PARA POUPAR E PARTILHAR! Toma duches curtos (máximo de cinco minutos) e fecha a água enquanto te ensaboas. Uma família de quatro pessoas que adotar estas medidas pode poupar até 200 mil litros de água por ano e reduzir consideravelmente o consumo energético necessário ao aquecimento de água.
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O autoclismo Uma boa parte da água consumida nas habitações vai para as descargas de autoclismo. O consumo médio de água no autoclismo será de cerca de 31%, mas o consumo anual varia, obviamente, consoante a capacidade do equipamento que se tem em casa. Nas habitações portuguesas, a capacidade dos autoclismos instalados oscila entre descargas máximas de 6 e de 15 litros. Ora, os modelos com capacidade máxima de 6 litros já provaram a sua eficiência. Se forem, também, modelos equipados com botão de dupla descarga, ainda melhor: para usos menores, três litros de água chegam perfeitamente. Regular o volume de descarga, adaptar um mecanismo de dupla descarga (com dois botões) ou adquirir um modelo mais eficiente são três das opções para reduzir a quantidade de água gasta no autoclismo. E, como veremos adiante, também é possível reutilizar a água proveniente das lavagens, do duche ou mesmo da chuva…
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Saber a capacidade do seu autoclismo é fácil: •
verificar no depósito do autoclismo a regulação da bóia que determina o nível máximo de enchimento e regular para o mínimo;
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com uma caneta, marcar o nível da água do depósito, fechar a torneira exterior que o alimenta e efetuar uma descarga completa;
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uma vez vazio, enche-lo de novo até à marca usando um recipiente graduado, por exemplo, de um litro. Conheceremos a capacidade medindo as vezes que deita água para o depósito. Devemos optar por um volume menor ou igual a seis litros por descarga completa e três por meia descarga.
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IDEIA PARA POUPAR E PARTILHAR! Se instalarmos um autoclismo com dupla descarga ou com um botão que lhe permita interrompê-la poderemos poupar até 36 mil litros por ano (o volume de água por utilização passa de dez para seis ou até três litros). Se não quisermos trocar ou adaptar o equipamento, deve-se colocar no reservatório uma garrafa cheia de água; nos modelos mais modernos, deve-se regular o nível máximo de enchimento para seis litros. Desta forma, podemos poupar 20 a 25 litros de água por dia.
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SABIAS QUE? A quantidade de água gasta de cada vez que se puxa o autoclismo equivale ao que um habitante de alguns países em vias de desenvolvimento consome em higiene e alimentação num dia inteiro!
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Na cozinha Em muitas casas, a torneira da cozinha está sempre ao serviço: lavar as mãos, a loiça ou os legumes são alguns dos usos mais comuns. O caudal das torneiras, a duração do uso e o número de vezes que são abertas em cada dia são fatores que condicionam não só o seu desempenho ambiental como a fatura de água. Tal como nas torneiras de duche, também as restantes podem ter incorporado um sistema que torna o seu uso mais eficiente. As torneiras misturadoras são mais práticas do que as individuais, pois reduzem o tempo necessário para obter água à temperatura desejada. Tal como já dissemos atrás, os modelos de monocomando são mais fáceis de regular e, por isso, acabam por se tornar mais eficientes.
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SABIAS QUE? Regra geral, a água sai acastanhada ou avermelhada devido a pequenas quantidades de ferro ou de manganês das próprias condutas. Uma vez enxaguadas, a cor desaparece. Em todo o caso, se presente em concentrações baixas, não representa um perigo para a saúde. Quando sai esbranquiçada, na maior parte das vezes isto deve-se a pequenas bolhas de ar, não estando em causa a sua potabilidade. Nestes casos deve-se agitar aguardar um pouco até o ar sair.
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O modo mais fácil e económico de tornarmos a torneira num modelo eficiente é adaptar na sua extremidade um redutor de caudal. Trata-se de uma ponteira de rosca com uma rede que promove a mistura do ar no fluxo de água, dando uma sensação de igual volume para um menor débito. Basta desenroscar a ponteira, que tem um filtro, e substituí-la pelo novo dispositivo. Antes de comprar, é importante verificar se o sistema de rosca da ponteira, macho ou fêmea, é compatível: modelos de torneiras muito estilizados raramente são eficientes e não são compatíveis com acessórios deste tipo. No que toca à poupança de água, também a escolha da máquina de lavar loiça é importante: escolher um modelo de máquina de lavar eficiente e com bom desempenho, que não consuma mais de 14 litros de água por ciclo de lavagem. Esperar até se ter loiça suficiente para encher a máquina e utilizar, sempre que possível, o programa económico e, caso se tenha contratado uma tarifa bi-horária, optar por ligá-la no período de vazio. O mesmo é válido para lavar a loiça à mão: esperar até juntar loiça suficiente e depois encher um alguidar com água em vez de deixar a torneira a correr. Para lavar os legumes, deve-se colocar um alguidar para aparar a água corrente e usá-la, por exemplo, para regar as plantas.
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IDEIA PARA POUPAR E PARTILHAR! Lavar a loiça na máquina é à partida mais económico, especialmente se tivermos o hábito de deixar a torneira aberta enquanto a esfregamos, também, quando a passamos por água. Se lavarmos à mão, devemos encher um alguidar (ou o lava loiça) para lavar e outra para enxaguar.
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SABIAS QUE? Cozinhar os alimentos ao vapor, no micro-ondas e na panela de pressão permite não só poupar água, como mantém as vitaminas e melhora o sabor dos cozinhados.
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Cuidado com as fugas! Uma torneira que pinga representa um desperdício considerável. Dez pingos por minuto equivalem a um copo por hora ou seis litros por dia, um duche por semana, uma pequena piscina infantil por estação e cerca de dois mil litros suplementares por ano (o equivalente a 18 dias de consumo de água individual)! Se a fuga for maior, gota a gota, poderemos desperdiçar até 50 litros por dia, ou seja, 1500 litros por mês! Uma torneira que pinga representa, então, uma grande despesa inútil. E, se a fuga estiver numa torneira de água quente, o desperdício será maior ainda. É essencial procurar resolver o problema logo que seja detetado. Assim, devemos verificar regularmente o estado das juntas das torneiras, verificando se todas estão bem fechadas. Se o autoclismo tiver uma fuga, deve-se fechar a torneira de admissão de água e tentar reparar o problema. Se for necessário, mantém-se a torneira fechada e chama-se um canalizador.
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SABIAS QUE? As pequenas fugas nem sempre são percetíveis. Para as detetarmos, podemos experimentar colocar uma folha de papel higiénico nos lavatórios (secos) durante toda a noite. Se de manhã estiver molhado, já sabe que a torneira tem uma fuga.
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No jardim A rega representa um consumo elevado em muitas casas, sobretudo no verão. A poupança pode começar logo quando escolhemos o tipo de plantas para o jardim. Por exemplo, a relva requer muito mais água para se manter saudável do que arbustos e árvores já crescidos. Se possível, devemos escolher plantas autóctones, para evitar regas frequentes (alecrim, loureiro, rododendro, jasmim, rosmaninho, roseira-brava…). Outras há que, embora originárias de outros países, se adaptam bem ao nosso clima sem cuidados especiais: figueiras, amendoeiras, oliveiras, laranjeiras, limoeiros, romãzeiras e ciprestes são alguns exemplos. Não devemos tentar reproduzir todas as imagens de jardins que vemos nas revistas. Muitas vezes, são típicos de países onde, ao contrário de Portugal, chove com frequência. Para resultarem cá, requerem muita água e fertilizantes. Ainda assim, para quem tem um jardim, é bastante provável que não possa dispensar a rega. Fazê-lo com mangueira é o método menos eficiente. Por isso deve-se ponderar instalar sistemas de rega de baixo volume gota a gota e de microaspersão, adaptando os tempos de funcionamento às características das plantas existente. Por fim, devemos regar cedo de manhã ou ao serão, ou seja, nas horas menos quentes do dia, para evitar perdas causadas pela evaporação.
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IDEIA PARA POUPAR E PARTILHAR! Deixar um balde ou um recipiente no exterior para recuperar a água da chuva, é perfeita para regar as plantas. Utilizar também a água de lavar e cozer os legumes (depois de fria) e ainda a água que corre no duche enquanto se espera que atinja a boa temperatura. Basta ter um recipiente (um balde ou um garrafão) perto para a recolher. O carro só deve ser lavado quando estritamente necessário, usando um balde e uma esponja para o fazer (não deverá gastar mais de 20 ou 30 litros). Lavar o carro à mangueirada pode representar um gasto de 200 litros!
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Reutilizar a água Usar as águas pluviais ou as do duche e dos lavatórios para cobrir parte das necessidades de uma família pode revelar-se uma boa medida para economizar, além do aspeto ecológico, já que permite poupar as reservas subterrâneas. Assim, teremos sempre à disposição água de qualidade suficiente para a lavagem do pavimento e para regar as plantas, além de que a água dos duches e lavatórios é mais do que suficiente para abastecer os autoclismos de uma casa. A adaptação a este cenário requer a instalação de reservatórios para armazenar aquelas águas. Na maioria dos casos, os grandes depósitos podem ser subterrâneos, mas os mais pequenos, destinados ao abastecimento dos autoclismos, podem ser embutidos numa das paredes da casa de banho ou colocados no armário do lavatório.
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ATENÇÃO! As condutas de água potável, de água da chuva ou de reutilização das águas cinzentas devem estar bem separadas, para evitar confusões: a água da chuva não é própria para beber, nem sequer para tomar banho, e as águas cinzentas devem ser dirigidas para abastecimento dos autoclismos ou limpezas exteriores.
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REUTILIZAÇÃO DA ÁGUA: EQUIPAMENTO NECESSÁRIO Grande parte das águas residuais domésticas (como as dos lavatórios, dos duches, das banheiras e dos bidés) contém uma reduzida concentração de poluentes orgânicos e patogénicos e podem ser reutilizadas em descargas de autoclismo e na rega de relvados e de plantas não comestíveis. Pelo contrário, as águas negras, originárias das sanitas, do lava-loiças e das máquinas de lavar, não podem ser reutilizadas.
Águas pluviais Telhados, pátios, calçadas e outras superfícies impermeáveis podem ser desenhados de forma a direcionar alguma desta água para um reservatório e maximizar a área de recolha. O transporte desta água é feito por sistemas de escoamento, como sarjetas e algerozes. Quando a recolha é feita num reservatório subterrâneo, terá de ser instalada uma bomba para elevar a água até à superfície. No exterior, a cisterna que armazena a água deve estar coberta para minimizar a evaporação.
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REUTILIZAÇÃO DA ÁGUA: EQUIPAMENTO NECESSÁRIO Águas cinzentas O sistema de aproveitamento de águas cinzentas (dos lavatórios, duches, banheiras e bidés) permite reduzir a necessidade de água potável nas habitações, sobretudo em moradias, já que estas têm, em geral, usos exteriores que prescindem de água potável, além da descarga de autoclismos: falamos da rega do jardim ou da lavagem de espaços próximos da casa.
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SABIAS QUE? A substituição total da água de descarga por água do lavatório ou dos duches permite economizar cerca 52 euros por ano (exemplo para um autoclismo de dez litros). A água da chuva não contém calcário; logo, não deixa marcas se for usada para lavar o pavimento. Duas horas após se desinfetar uma sanita, encontraremos a mesma quantidade de germes do que após uma limpeza cuidada com água e sabão. Se dissermos que os blocos sanitários não têm qualquer ação desinfetante, mas apenas desodorizante, será que precisamos mesmo de colocar um?
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Evitar a contaminação A poluição das águas constitui um problema que pode assumir proporções gigantescas. E a contaminação não decorre apenas das atividades da indústria química. De facto, cada um de nós polui, em maior ou menor proporção, as águas subterrâneas e de superfície. Como? Simplesmente, através dos produtos que se compram, se consomem e se deitam fora. Há pequenas opções desde logo ao nível das compras que fazemos que podem contribuir para minimizar a contaminação das águas. Optar por produtos de limpeza com menor impacto ambiental. Não ultrapassar a dose recomendada de detergente para a roupa. Adaptar a dosagem à dureza da água.
Outros produtos químicos específicos e agressivos só são necessários nalgumas situações pontuais. Na maioria das vezes, existem alternativas caseiras simples de aplicar e de impacto muito menor.
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ATENÇÃO! Não fazer do lavatório ou da sanita mais um caixote do lixo. Restos alimentares, tampões higiénicos, algodão, lenços de papel, cotonetes e papel de cozinha devem ser colocados no caixote de lixo. Os produtos tóxicos e perigosos, como medicamentos ou óleos usados, devem ser depositados em locais de recolha apropriados.
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Faz tua cena e concorre. Podes ganhar uma viagem a COPENHAGA, a Capital Verde da Europa!
CONTEÚDOS ADAPTADOS DA PUBLICAÇÃO: CONSUMO ECOLÓGICO Poupar o ambiente e a carteira © 2013 DECO PROTESTE, Editores, Lda.
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