MOBILIDADE Iniciativa:
Conceção e desenvolvimento:
O CIEJD enquanto Organismo Intermediário no quadro da Parceria de Gestão estabelecida entre o Governo Português e Comissão Europeia, através da Representação em Portugal.
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Índice Transportes: benefício ou ameaça? A deterioração da qualidade do ar O combustível O impacte da escolha O carro A compra Conselhos para uma ecocondução Os transportes públicos O avião: uma necessidade? Impacto ambiental do aeroporto Como reduzir as deslocações?
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A sociedade de hoje é cada vez mais exigente com a mobilidade de pessoas e mercadorias, e isto deve-se tanto ao desenvolvimento económico como ao social. Neste ebook mostramos como é possível fazer opções mais sustentáveis, não só do ponto de vista económico mas também ambiental.
Transportes: benefício ou ameaça? Nos países industrializados, é difícil imaginarmo-nos a viver sem um meio particular de transporte motorizado. O carro, por exemplo, faz parte do nosso modo de vida e contribui para o nosso conforto. É inegável que o setor dos transportes tem desempenhado um papel importantíssimo no crescimento económico da Europa nas últimas décadas, devido essencialmente ao desenvolvimento da construção, das compras e do turismo. Contudo, este é também um dos principais responsáveis pelo aumento das emissões de gases com efeito de estufa (GEE), pela exposição ao ruído resultante da circulação automóvel, pela poluição do ar e pelas alterações nos habitats.
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Apesar da crescente consciência deste impacto sobre o ambiente, na União Europeia ainda não se fazem notar os efeitos do melhor desempenho dos sistemas de transporte nem a desejável mudança para transportes sustentáveis. Nos países da União Europeia, os transportes são responsáveis por mais de 30 por cento do consumo de energia. É preciso encontrar um equilíbrio que permita tirar partido do conforto dos meios de transporte que usamos sem colocar em perigo o legado natural para as gerações futuras. Ainda que não possamos planear as nossas vidas se não houver liberdade de movimento, há formas de atuação que podem ser benéficas, para nós e para o ambiente
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A deterioração da qualidade do ar A crescente utilização do veículo privado, nos últimos anos, levou a um aumento considerável nas emissões de dióxido de carbono (CO2). Este gás, ao ser libertado deliberadamente para a atmosfera, contribui para o efeito de estufa artificial e, por isso, para o indesejado sobreaquecimento do planeta. E não é tudo. O aumento do tráfego agrava a poluição atmosférica e, por isso, é muito nocivo para a saúde. O tráfego automóvel é, aliás, segundo vários estudos, responsável por, pelo menos, metade da poluição atmosférica. Além do CO2, os carros libertam monóxido de carbono (CO), óxidos de azoto (NOx), vários compostos orgânicos voláteis e partículas finas que facilmente se alojam nos pulmões. E se é verdade que os carros são mais eficientes e consomem menos do que há 25 anos, entretanto, o parque automóvel aumentou e, hoje, circula-se bem mais. Portanto, o que se ganha de um lado perde-se do outro.
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SABIAS QUE? Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 2000 e 2010, a poluição do ar (contaminação do ar ambiente e do ar interior das habitações) causou 3,2 milhões de mortes, sendo já a segunda causa de morte no mundo. A par da obesidade, este é o fator com maior crescimento (aumentou 300 por cento) entre os dez que mais mortes causam no mundo.
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O combustível Em 2010, cada consumidor português gastou uma média de 2075 euros em combustível. É importante relembrar que o petróleo é um recurso finito e não renovável, pelo menos a curto prazo. Mais cedo ou mais tarde, ao ritmo atual de consumo, vai-se chegar ao limite de extração. Isto dependerá da descoberta de novas reservas de petróleo, da eficiência nos métodos de exploração das jazidas atuais, da extração profunda ou da exploração de novas formas de petróleo não convencionais. Com a procura deste recurso limitado a crescer, a Agência Internacional de Energia prevê que os preços do gasóleo e da gasolina continuem a subir. Além do impacto que tem na carteira do consumidor, o sobreconsumo de petróleo apresenta um custo crescente no ambiente. Os transportes, não só os particulares mas principalmente os comerciais, são o setor que, aliás, tem a principal responsabilidade no perigo de esgotamento deste recurso não renovável. As viagens por estrada e ar continuam a aumentar em todos os países. No que diz respeito aos carros, a tendência é para os condutores europeus percorrerem cada vez mais quilómetros. Atenta a esta evolução, a União Europeia já tinha definido que, em 2015, as emissões de cada automóvel não deveriam ultrapassar os 130 gramas por quilómetro.
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Agora, vai mais longe e propõe um máximo de 95 gramas de emissões de dióxido de carbono (CO2) por quilómetro para 2020. Estima-se, por isso, uma redução do consumo de combustível e, consequentemente, das despesas dos condutores, entre 344 e 465 euros por ano, consoante se trate de um automóvel a gasolina ou a gasóleo, respetivamente. Segundo o Bureau Européen des Unions de Consommateurs (organização europeia de consumidores), esta imposição de limites máximos cada vez mais restritos às emissões de dióxido de carbono permite não só reduzir consecutivamente as emissões de gases com efeito de estufa no setor dos transportes como a dependência das importações de petróleo. Além disso, a probabilidade de se manterem os aumentos constantes no preço dos combustíveis diminui. De acordo com esta organização, uma redução de um por cento no consumo de combustíveis representa igual diminuição nas emissões de gases com efeito de estufa. Para 2025 e 2030, esperam-se metas mais ambiciosas.
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O impacte da escolha Hoje, e porque houve uma grande pressão por parte da Comissão Europeia nesse sentido, os fabricantes apostam no desenvolvimento de motores mais eficientes, isto é, capazes de obter o mesmo rendimento com menos combustível. Apesar disso, no período de 1990 a 2009, o consumo e as emissões de dióxido de carbono aumentaram mais de 20 por cento. E isso devese ao facto de haver cada vez mais veículos em circulação, o que resultou do aumento do rendimento das famílias nesse período. Para inverter esta tendência, todos temos de adotar um comportamento mais responsável, organizando as deslocações de forma mais racional. Por exemplo, devemos ponderar deixar o carro na garagem para os pequenos trajetos que se podem fazer a pé ou de bicicleta. Além de benéficas para o ambiente, por não gerarem poluição, estas atividades são também boas para a sua saúde, económicas, relaxantes, conviviais, silenciosas... Mais: por vezes, andar a pé ou de bicicleta permite chegar mais depressa ao destino, pelo menos, na cidade e para percursos de poucos quilómetros.
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O carro O carro deve ser utilizado apenas quando não há mesmo outra solução. É muito importante reduzir as emissões e consumir menos combustível (e, logo, poupar dinheiro). Ou seja, todos ficamos a ganhar: os cidadãos e o ambiente.
A evitar em trajetos curtos Muitas vezes por força do hábito, recorremos com mais frequência do que devido ao carro para deslocações que poderiam perfeitamente ser feitas a pé. Ora, recorrer ao carro para trajetos pequenos (por exemplo, inferiores a dois quilómetros) contribui para engarrafamentos nas estradas e consome muito. De facto, são precisos, pelo menos, cinco minutos para que o motor atinja a temperatura ideal; por outro lado, o motor frio gasta 50 por cento mais no primeiro quilómetro e 25 por cento mais no segundo. Resultado? Poluímos três vezes mais antes de atingir a boa temperatura, pois a combustão do motor é incompleta, o que gera uma maior quantidade de poluentes como monóxido de carbono (CO) e hidrocarbonetos não queimados (HC).
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SABIAS QUE? Um autocarro ou um comboio produz, em média, duas a três vezes menos dióxido de carbono por pessoa e por quilómetro do que um carro. Cada quilómetro percorrido a pé ou de bicicleta, em vez de usar o carro, evita a emissão de cerca de 120 gramas de dióxido de carbono.
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A compra Segundo um inquérito de fiabilidade automóvel que publicado ma revista PROTESTE de fevereiro de 2012, 62 por cento dos portugueses indicaram fazer, com frequência, viagens curtas ou muito curtas (no máximo, 50 quilómetros). Assim, a maioria das deslocações de automóvel pode ser assegurada por modelos citadinos, de preferência com motores de máxima eficiência (híbridos, elétricos ou os novos motores a gasóleo), que têm baixos consumos e emissões. Ponto de partida, importantíssimo: será que precisamos mesmo de um carro? É essencial analisar o uso que se vai dar ao veículo. E se basicamente precisamos dele para pequenas deslocações na cidade, não devemos escolher um carro grande e potente: consome mais, produz mais emissões para o meio ambiente e tem um custo elevado de compra e de manutenção. Os argumentos de venda dos automóveis atualmente baseiam-se não só nas questões de segurança como na componente ambiental. A publicidade ao automóvel surge de um ângulo que visa salientar a diminuição do respetivo dano para o ambiente. Ora, é certo que alguns veículos apresentam menos emissões do que outros, mas todos poluem! Certas marcas anunciam que plantam uma árvore por cada carro vendido, procurando convencer o consumidor de que, assim, as emissões que o veículo produzirá ao longo da sua vida serão recompensadas, mas tal não é, claro, suficiente.
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A publicidade mais ecológica deveria residir, sim, na promoção de uma condução tranquila, sem acelerações nem travagens bruscas: a chamada “ecocondução”, a que nos referiremos a seguir. Para ajudar o consumidor a escolher, a lei obriga a divulgar, nos standes e na publicidade, informação sobre o consumo e as emissões de dióxido de carbono de cada modelo. O consumidor deve consultar essa informação antes de decidir o carro que vai comprar. Essa informação é mais objetiva do que certas frases publicitárias, como “por um mundo melhor”, “amigo do ambiente”, “eco”, etc. Quanto ao retorno do investimento feito num carro novo que incorpore tecnologias de redução de emissões de gases com efeito de estufa, calcula-se que seja de um ano e nove meses para veículos a gasolina e de um ano e quatro meses para veículos a gasóleo. Para estes cálculos, considera-se que um cidadão europeu troca de carro, em média, a cada cinco anos e que, por isso, apenas acarretará um terço das despesas da tecnologia.
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Conselhos para uma ecocondução Um condutor ecológico pode poupar até 82 por cento em comparação a uma condução agressiva na cidade. Deixamos aqui alguns conselhos muito úteis: •
Uma manutenção adequada evita grandes reparações, confere maior segurança, contribui para a emissão de menos ruído, a redução dos consumos de combustível e produção de menos poluentes.
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Verificar regularmente a pressão dos pneus. Um valor abaixo do necessário pode aumentar o consumo e os pneus desgastam-se mais depressa.
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Sempre que possível, evitar transportar cargas no tejadilho e não utilizar a mala para guardar coisas que não precisamos de levar. Cada quilo suplementar desnecessário aumenta também os consumos.
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Conduzir de forma suave. Por exemplo, evitar conduzir constantemente a travar e a acelerar. Além de ser mais seguro, gastasse menos combustível, não causa desgastes mecânicos inúteis e polui menos.
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Desligar o motor sempre que se preveja paragens superiores a um minuto. O motor au ralenti durante três minutos consome mais ou menos o mesmo que um carro que percorre um quilómetro a 50 quilómetros por hora!
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No ar condicionado, evitar regular a temperatura para níveis excessivamente baixos. Antes de ligar devemos primeiro arejar o carro. Usar a ventilação mecânica para refrescar o ambiente em vez de abrir as janelas, para evitar aumentar a resistência do carro.
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Os transportes públicos Para conquistar quem ainda prefere o automóvel nas deslocações diárias, é preciso adequar o serviço às necessidades dos cidadãos, em termos de percursos, da quantidade de veículos e da frequência de passagem. O mesmo se aplica à ligação entre diferentes tipos de transporte: é essencial coordenar percursos, horários e local das paragens, para garantir deslocações rápidas e confortáveis. Para a maioria dos cidadãos, os meios de transporte mais rápidos (como o comboio e o metro) não estão perto de casa o suficiente para que possam ir a pé, e nem sempre os autocarros são uma boa solução, devido à quantidade de paragens. O carro torna-se a alternativa. Contudo, não precisamos de o levar sempre para dentro das cidades! Os parques de estacionamento perto das estações e principais ligações de transportes públicos podem, muitas vezes, resolver o problema. É, assim, importante que o número de parques aumente, bem como a sua capacidade, com um preço diário convidativo. Só assim os cidadãos podem usar transportes públicos com maior frequência.
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O avião: uma necessidade? De todos os meios de transporte, o avião é, incontestavelmente, o que mais combustível consome e o que mais polui. É também aquele que se desenvolveu de forma mais impressionante nos últimos 20 anos. E, como é óbvio, este aumento amplificou muitos problemas, como o ruído e as emissões de gases nocivos ou que contribuem para o aumento do efeito de estufa. As emissões diretas do setor da aviação contribuem com três por cento do total de gases com efeito de estufa originados na Europa. A esmagadora maioria provém dos voos internacionais. Contudo, estima-se que, em 2020, este valor possa ser 70 por cento mais elevado do que em 2005, mesmo caso a eficiência no consumo de combustível melhore a um ritmo de dois por cento ao ano. Para 2050, o cenário é muito pior, pois as emissões poderão vir a aumentar em 300 a 700 por cento. As emissões de dióxido de carbono, de óxidos de azoto, de vapor de água e de partículas de sulfato e de fuligem resultantes da circulação aérea apresentam um impacto evidente no clima, que é atualmente duas a quatro vezes superior ao provocado apenas pelas suas emissões de dióxido de carbono! É importante agir de forma responsável, ponderando alternativas para o transporte aéreo (como o comboio) ou até evitando a deslocação, por exemplo, propondo videoconferências ou outras formas de comunicação se houver a necessidade de uma reunião de trabalho.
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SABIAS QUE? Uma viagem de ida e volta entre Lisboa e Nova Iorque gera sensivelmente a mesma quantidade de emissões de dióxido de carbono que o aquecimento da casa de um cidadão europeu num ano.
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Impacto ambiental do aeroporto: •
Grande concentração de passageiros e cargas Aumenta o tráfego nas imediações do aeroporto e a produção de resíduos •
Produção de resíduos
Limpeza dos aviões e das instalações aeroportuárias; manutenção dos equipamentos com substâncias químicas, tais como anticongelantes •
Emissão de poluentes
Sobretudo na descolagem e na aterragem •
Ruído
Resultante dos motores das aeronaves e das unidades auxiliares de energia
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Como reduzir as deslocações? É preciso tomar medidas para melhorar a qualidade de vida nas cidades e reduzir os riscos para a saúde. Não basta melhorar a eficiência energética dos meios de transporte, diminuir o uso de combustíveis fósseis e as emissões de gases poluentes. É necessário promover uma mobilidade sustentável, pois só assim se consegue diminuir o uso crescente do carro. Para isso, há que promover o recurso a meios de deslocação alternativos, garantir que os meios de transporte públicos respondem às necessidades económicas, sociais e ambientais das pessoas e reduzir as repercussões negativas que advêm da sua utilização. Muitos percursos podem ser feitos a pé, de bicicleta ou de transportes públicos: tal melhora a forma física e diminui as despesas relacionadas com o automóvel. Isto não significa que o cidadão tenha de arrumar o carro definitivamente na garagem: devemos usá-lo apenas quando for mesmo preciso e dividir as viagens com colegas de trabalho ou amigos – é o chamado car pooling.
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SABIAS QUE? Em Lisboa e no Porto, é já possível recorrer ao car sharing. Trata-se de um serviço prestado por empresas que dispõem de uma frota de veículos repartidos pela cidade. Uma vez inscrito, é possível usar estes veículos sempre que se tiver necessidade e desde que haja algum disponível, bastando ter um cartão magnético específico que o habilita a usá-lo. Existem vários parques espalhados pelas cidades, onde é possível aceder ao carro, e é também num desses parques que tem de o devolver. O pagamento depende da duração e da distância percorrida.
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Também as empresas têm um papel importante na redução do volume de deslocações: está ao alcance destas facilitar o teletrabalho, disponibilizar autocarros para transportar os trabalhadores, incentivar a partilha do automóvel ou fomentar as jornadas contínuas e os horários flexíveis, para evitar aglomerações nas horas de ponta e atrasos frequentes. É ainda importante repensar o ordenamento das cidades e novas urbanizações, para reduzir as grandes deslocações. Por exemplo, a concentração de atividades (residencial e empresarial) em áreas muito separadas obriga a constantes deslocações. Além disso, quando se decide o local de zonas comerciais e de trabalho, devem ser considerados os tipos de transporte público existentes e a facilidade de acessos. O aumento de áreas com ciclovias e zonas pedonais também pode motivar o cidadão a deixar o carro em casa.
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CONTEÚDOS ADAPTADOS DA PUBLICAÇÃO: CONSUMO ECOLÓGICO Poupar o ambiente e a carteira © 2013 DECO PROTESTE, Editores, Lda.
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