Pombo Doido Setembro 2010

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Publicação do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios de Ribeirão Preto e Região Setembro de 2010 - Ano 21 - Nº 07

PomboDoido

APAGÃO POSTAL

Empresa provoca apagão postal no Brasil e resolve cancelar férias dos trabalhadores até março de 2011


2 - Pombo Doido - Setembro 2010

Expediente

Pombo Doido Pombo Doido é uma publicação do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Similares de Ribeirão Preto e Região

Presidente Carlos Decourt Neto Secretária geral, de finanças, administração e patrimônio Fernanda Aparecida Romano Secretário de aposentados e assuntos jurídicos Valdemir Braga da Silva Secretário de formação sindical e relações intersindicais Varlei Fernandes Secretário de assuntos sociais, culturais e de lazer Luiz Carlos da Silva Secretário anistia e defesa do emprego João Alves de Melo Secretário de estudos sócioeconômicos, tecnologia e saúde do trabalhador Antônio Marcos Perpétuo Alves Secretário de estudos da questão étnica Armando Aparecido Jesus Barretto Secretário de imprensa, divulgação e política sindical Alexsandro Mairins de Oliveira Secretária da Mulher Maria Genadir de Lima Caiafa Suplentes Aparecido Romualdo; Francisco Rodrigues Cação Neto; Paulo Roberto Duarte Silva; Reni Donizete da Silva Conselho Fiscal Josafa Passos Mota Enevaldo Santa Rosa Luiz Carlos Caraça

Suplente Conselho Fiscal José Fernando de Oliveira Guglielmo; Chandler Willian Carneiro Celestino; Adonis Bernardes da Silva Junior Delegados Sindicais CDD Matão Amarildo Alexandre; CDD Treze de Maio Antônio Francisco Eleotério; CDD Campos Elíseos Aparecido Ademir de Oliveira; CDD Franca Auri Antônio de Oliveira; AC Tambaú Daniel Araújo Mateuci; AC Taquaritinga Edson Alves Bernardino; CDD Barretos Edson Pires de Oliveira Franco; CEE Franca Eslei Carlos de Oliveira; CDD Entre Rios Gracia Alessandra Gerace; CDD Catanduva Joane Carlos de Matos; CDD República João Carlos Silva Ribeiro; AC Monte Azul Paulista Leonardo Barbosa Vianna; AC Cravinhos Luiz Gustavo Duchini; CEE Ribeirão Preto Marco Antônio Sertório; AC Serrana Marcos Cotrim do Nascimento; CDD Bebedouro Mauro Aparecido Cotrim Silva Junior; CDD Jaboticabal Murilo dos Santos Balbino; CDD Alameda Paulista Renato Alberto Câmara; CDD Araraquara Ricardo Sebastião da Silva; CDD Valmir Ramalho Sidnei Santos de Sousa; AC Santa Rosa de Vitérbo Wilson Felipe Soares Cunha

Textos: Carlos Decourt Neto Diagramação e Projeto Gráfico: Carlos Decourt Neto

(Manifesto produções). Jornalista Responsável: Carlos Decourt Neto (Mtb: 32.942) Fotos: Carlos Decourt Neto - Tiragem: 2500 exemplares. Distribuição: gratuita aos associados. Sindicato: Rua Camilo de Matos, 273 - Ribeirão Preto/SP - CEP 14.085340 CNPJ: 56.885.908/0001-84

CONTATO Fone: (16) 3625-8860 E-mail: sintect@uol.com.br

Prestação de contas do ano de 2009 é aprovada

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m assembleia realizada no final do mês de junho foi aprovada as contas do sindicato referente ao ano de 2009. O Conselho Fiscal fez a leitura do parecer, sendo que todos os três conselheiros fizeram a indicação pela aprovação das contas do sindicato. Foi feita as considerações pelo presidente da entidade, Carlos Decourt e pela tesoureira, Fernanda Romano, e

aberto o debate para os trabalhadores presentes que elogiaram a administração da entidade e fizeram alguns questionamentos, que em seguida tanto o membros do Conselho Fiscal quanto a secretária de finanças, Fernanda, esclareceram todas as dúvidas. Após todos os debates foi proposta a aprovação das contas e assim foi homologado por todos os presentes.

Descontrole emocional de chefes em Ribeirão Preto

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descontrole emocional tem tomado conta de alguns chefes na cidade de Ribeirão Preto. Diversos dirigentes sindicais estão sendo agredidos por gestores despreparados e que não aguentam debater de forma civilizada qualquer assunto.

CDD treze de Maio

O gerente do CDD Treze de Maio foi um desses descontrolados. Em uma visita aquela unidade o presidente do Sindicato, Carlos Decourt, ao entrar no CDD foi recebido aos gritos do gerente dizendo que era para dirigir-se a outra porta e não aquela que dava acesso a sua mesa. Mesmo com Decourt dizendo que estava ali para conversar com ele, o mesmo insistiu em continuar gritando que era para ir a outra porta onde existe um balcão para clientes. Percebendo o descontrole emocional desse chefe, Carlos dirigiu-se a outro trabalhador para conversar. Logo em seguida o chefe foi atrás pedindo desculpas por não ter reconhecido que era um dirigente sindical que estava lá. Achou que era um cliente e que deveria ser atendido em outro local. Decourt recusou a continuar qualquer conversa com o chefe e questionou se era daquela maneira que ele tratava os clientes que chegam ao CDD, aos gritos.

CTCE RPO

Outro dirigente sindical Alexssandro Mairins foi vítima do descontro-

le emocional de um coordenador do CTCE Ribeirão Preto. Em visita aquela unidade para buscar seu contra cheque, considerando que aquela é sua lotação, Mairins foi recebido no corredor da unidade com os gritos de Carlos Bevilacqua chamando-o de vagabundo e que ele não estava autorizado a entrar na unidade. Essa prática de chamar dirigentes de vagabundos é comum naquela unidade. Houve um fato semelhante em dezembro de 2009, quando o gerente do local, Daniel Munhoz, chamou o presidente do sindicato e os demais dirigentes de serem vagabundos e que a ECT estava com falta de funcionários por causa de gente como os sindicalistas que estavam fazendo reuniões com a categoria.

Sem reunião

Apesar de várias tentativas de reunião com o gerente do CTCE RPO, Adelino, o mesmo não recebe os dirigentes sindicais e não resolve os problemas. Como representante da empresa, ele não pode ficar fazendo corpo mole para não se reunir com os representantes dos trabalhadores. Ninguém no sindicato morre de amores pelo Adelino. Não é prazer nenhum sentar a mesa com uma pessoa despreparada e descontrolada emocionalmente como ele. Dirigentes sindicais e dirigentes da empresa não precisam e nem devem ter laços de amizade, mas por uma questão profissional devem reunir-se para resolver os problemas da categoria.


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Correios quer cancelar férias entre outubro 2010 e março 2011

Para controlar a situação do setor postal, direção da empresa aplica um Plano de Contingência que cancela as férias de todos os trabalhadores até março de 2011 e contrata 10 mil terceirizados para atuar no atendimento de novas agências

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om a determinação de fechar as agências de correios franqueadas em novembro de 2010, a direção da empresa resolveu de última hora aplicar um plano de contingência. Essa manobra visa suspender as férias de todos os trabalhadores entre os meses de outubro de 2010 e março de 2011; a contratação de 10 mil terceirizados para atuarem na agências a serem criadas temporariamente, além do custo de montar centenas de novas agências por um curto prazo de tempo. A direção dos Correios sabiam que o prazo para encerramento da atividade das agências franqueadas era novembro de 2010. Esse prazo foi estipulado há dois anos, portanto não é um fato novo. A incompetência da administração da empresa é que está causando esse transtorno, e quem paga por isso são os trabalhadores.

Férias

A ECT que provocou essa situação quer suspender as férias de todos os trabalhadores,

sejam eles atendentes ou não. Esquecendo que as família realizam planejamento para o período anual de descanso. Em muitas situação programam férias para um mesmo mês, seja como esposa(o), filho(a). As pessoas não trabalham apenas nos Correios, existe vida fora da ECT, mas isso parece que a direção da empresa não entende. Os trabalhadores não podem pagar o preço de ter as férias suspensa por uma irresponsabilidade administrativa dos Correios. Uma atitude dessa afeta a vida de milhares de trabalhadores.

Terceirizados

Na tentativa de amenizar os problemas causados pelo fechamento de centenas de agências franqueadas, serão contratados 10 mil terceirizados que efetuarão a atividade nos Centros de Distribuição Domiciliar (CDD) e os carteiros serão desviados para as novas agências temporarias que estão sendo criadas. Esse apagão postal que a ECT quer evitar talvez agrave

ainda mais a situação, pois os carteiros que efetuarão o serviço de atendimento não estão preparados e com treinamento adequado para efetuar essa atividade profissional e correrão o risco de perderem dinheiro na contabilidade do caixa. No caso da distribuição o caos também estará instalado, pois qualquer pessoa sabe que um MOT (mão de obra terceirizada) não sabe efetuar um trabalho de carteiro de maneira adequada, e que demora meses até conseguir aprender o serviço.

Novas agências

Vários postos de atendimento serão criados. Alguns nos próprios CDD’s outros em estabelecimentos comerciais próximos do local onde hoje funciona uma agência franqueada. A princípio serão postos provisórios até que seja realizada a licitação para as novas agências franqueadas. Serão locais precários, sem segurança e que a ECT irá gastar milhões de reais para meses depois fechar.

Em 2 meses, fim das agências franqueadas

Prazo para realização de licitação está acabando e nenhuma providência foi tomada pela ECT

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esmo com a direção da ECT sabendo há dois anos que o prazo final para realização de licitação para as agências franqueadas nenhuma atitude foi tomada. Essa negligência dos Correios poderá causar um apagão postal. Agora o prejuízo é da população e dos trabalhadores. O serviço será afetado e a quali-

dade cairá drasticamente. Para a categoria sobrará uma grande carga de trabalho e muita cobrança. O governo precisa aproveitar a situação e em vez de abrir agências temporárias por um curto prazo deveria abrir agências próprias e assumir em definitivo essa atividade que nunca deveria estar na mão da iniciativa privada.

Concurso foi adiado para novembro

Novo prazo adiará ainda mais as contratações e a categoria continuará meses no sufoco

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novo presidente da ECT, David José de Matos, anunciou que a prova do concurso público será adiada para novembro. Com

esse novo prazo a espectativa de contratações fica adiada também, sendo certo que somente em 2011 a ECT terá aumento do quadro.

ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA DIA 14 DE SETEMBRO AS 18 HORAS

Rua José Bonifácio, 59 - Memorial da Classe Trabalhadora Pauta: Informes; Plano de Contingência; Deliberação de Greve no dia 15/09


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Dia 15/09 a categoria vai entrar em greve por condições de trabalho

Cansado com que a direção da empresa trata a categoria, os trabalhadores estão realizando assembleias em todo o Brasil para mostrar que querem respeito no trabalho e com a população

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árias tentativas de resolver o problema foram propostas pelo movimento sindical, mas a direção da empresa sempre ignorou. Esse descaso fechou a um ponto que a categoria não aguenta mais e quer uma solução. Como o Correios ignora a categoria e a população, a única alternativa encontrada é a realização de uma greve por tempo

indeterminado para que tanto a direção da ECT quanto o governo olhe com mais respeito aos trabalhadores. Desde meados do ano passado os trabalhadores estão sofrendo com a falta de funcionários. Muito desligaram da empresa através do PDI (pedido de demissão incentivado) e outro tanto saiu para trabalhar em outras empresas que estavam pagando mais.

Hoje a falta de efetivo é de mais de 15 mil trabalhadores e isso tem sobrecarregado aqueles que estão em atividade. No final de 2009 foi aberto um concurso público que criou uma espectativa de novas contratações em um curto prazo de tempo. Não foi isso que aconteceu. Diversos erros na época das inscrições já atrasaram bastante o processo. Posteriormente a ECT não definiu qual

empresa estaria apta a realizar as provas. Essa demora fez chegar o período eleitoral, impedindo assim a ECT de realizar novas contratações por força da legislação vigente. Nesse período a empresa foi alvo de várias denuncias da queda da qualidade do serviço tanto de um Estado para o outro como dentro de uma mesma cidade, demonstrando que a des-

culpa que a ECT passou para a população que o atraso era por causa de empresas aéreas não era verdade. A prova do concurso estava marcada para setembro e agora foi novamente adiada. Esse novo prazo irá complicar ainda mais as contratações de novos funcionários. Significa que o final de ano será de caos para todos.

Dia 15 de setembro

GREVE GERAL NOS CORREIOS Diretor de Recursos Humanos erra ao convidar para reunião entidade que não representa trabalhadores Com convocação de última hora, diretor convoca entidades que não são representantes legais dos trabalhadores e deixa arranhada sua imagem como uma pessoa apta a negociar com a categoria

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o dia 02 de setembro alguns sindicatos de trabalhadores nos Correios receberam um convite para participar de uma reunião, em Brasília com o novo diretor de recursos humano. O ponto

principal da reunião era o Plano de Contingência que a empresa quer implantar. Como o assunto a ser tratado é referente as condições de trabalho, o convite deveria ser somente para as entidades que

representam legalmente a categoria. Fazendo graça, o diretor convidou também a ADCAP que não tem representação legal. A Fentect e os sindicatos recusaram a participar de uma reunião que estivesse presente

membros de uma associação que não defende os interesses dos trabalhadores nos Correios. A Fentect e os Sintect’s querem uma reunião com a direção da empresa, para tratar não só esse assunto mas diver-

sos outros. O novo presidente já recebeu outras entidades para reuniões exclusivas, mas recusa-se a receber os representantes legais dos trabalhadores, que querendo ele ou não é a Fentect e os Sintect’s.


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Convocação de trabalho em feriados e fins de semana agora com regras Em acordo judicial, a ECT não poderá convocar para trabalho nos fins de semana e feriados de maneira obrigatória, bem como não poderá solicitar a explicação do motivo através da Solicitação de Informação e Defesa (SID); o descumprimento resultará em multa

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sindicato e a ECT chegaram a um acordo na Justiça para a convocação de trabalho aos fins de semana. A audiência foi realizada no dia 19 de agosto na Justiça do Trabalho de Ribeirão Preto e tem validade para toda a base territorial da entidade. Todo problema para a convocação nos finais de semana ou feriados começou no ano passado quando a direção da ECT de forma arbitrária convocou todos os funcionários do CTCE à trabalharem nos finais de semana, deixando os mesmos sem qualquer tipo de descanso na semana. A sobrecarga de trabalho estava, e ainda está, enorme, todos realizam duas

horas extras por dia e ainda eram obrigados a efetuar trabalho no domingo, ficando duas semanas sem qualquer descanso. Para os trabalhadores que não aceitavam trabalhar no domigo a gerência do CTCE Ribeirão Preto obrigava os mesmos a responder uma SID (solicitação de informação e defesa). Esse procedimento causava um temor entre os funcionários, pois esse documento é a porta de entrada para uma punição. Mesmo não aplicando nenhuma sanção, o procedimento intimidava os trabalhadores, podendo ser caracterizado como assédio moral. A direção do sindicato tinha

o entendimento que a ECT poderia convocar os trabalhadores para o fim de semana, mas deveria garantir a folga semanal em outro dia daquela mesma semana, como estipula a legislação; e também deveria ser garantido ao trabalhador a opção de ir ou não efetuar o serviço em seu dia de descanso, sem precisar se explicar os motivos por que não quer ir. Tanto a entidade sindical quanto os Correios não chegaram a um entendimento sobre o assunto, sendo necessário o ajuizamento de uma ação trabalhista. O sindicato obteve uma liminar garantindo ao trabalhador a opção de trabalhar ou não aos domingos e feriados e

Liberado pagamento da multa do óculos de sol em Araraquara e RP

Cidades abrangidas pelas Varas do Trabalho de Ribeirão Preto e Araraquara têm pagamento da multa liberada pela Justiça

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direção do sindicato está realizando o pagamento aos trabalhadores, para as cidades da região de Ribeirão Preto e de Araraquara, da multa pelo não fornecimento pela ECT do óculos de sol entre os meses de agosto/2003 e novembro/2005, conforme estipula o acordo coletivo de trabalho. Para obrigar o fornecimento do equipamento de segurança foi necessário entrar com ação na Justiça do Trabalho de diversas localidades. Algumas já estão sendo executada a aplicação da multa, em outras localidades ainda não foi finalizado o processo.

No final de 2008 a Justiça liberou o pagamento da multa para as cidades abrangentes pela Vara do Trabalho de Batatais. Agora foi a vez da liberação do pagamento da multa aos trabalhadores das cidades abrangidas pelas Varas do Trabalho de Ribeirão Preto e de Araraquara. Os dirigentes sindicais estão visitando as unidades com a lista de trabalhadores que está anexada ao processo e efetuando o pagamento. Outros processos estão finalizados e aguardando a emissão da guia para que seja efetivado o devido pagamento. Nessa situação encontra-se as cidades abrangentes pelas

Varas do Trabalho de Cajuru, de Barretos e São Joaquim da Barra. Em 11 outros processos semelhantes ainda existe recurso por parte da ECT, por isso ainda não houve previsão para o pagamento da multa e nem o valor que cada trabalhador irá receber. Como os processos são analisados por Juízes diferentes as decisões podem ser distintas uma da outra, bem como o entendimento do valor a ser pago em cada caso. Algumas decisões têm o entendimento de que a multa é de um único dia de trabalho, outras é de que a multa é por dia de trabalho.

que não seria aplicada SID para aqueles que fizessem opção pelo descanso semanal. Somente em agosto de 2010 houve a audiência na Justiça e as partes chegaram a um acordo, onde foi acertado que: 1) a ECT deverá respeitar fielmente os termos da cláusula 58 do ACT 2009/2011 em referência ao prazo de 48 horas para a convocação do trabalhador, deixando a opção para ele mesmo se quer trabalhar ou usufruir de seu descando semanal. No caso do aceite pelo trabalho, o mesmo poderá optar em receber o pagamanto respectivo ou em folga posterior, sempre respeitando o limite máximo de um mês para a concessão da folga;

2) o trabalhador fará a opção de folga ou pagamento em dinheiro no ato da convocação; 3) A empresa não poderá aplicar nenhuma SID caso o trabalhador faça a opção pelo descanso semanal, somente será exigida justificativa caso o trabalhador comprometa-se a comparecer e faltar; 4) caso a ECT não cumpra os prazos e as formalidades estipuladas nesse acordo, terá que pagar uma multa de 20% da remuneração do empregado, revertendo a multa ao próprio empregado. O sindicato espera que agora a gerência respeite os trabalhadores e não fique assediando com aplicações de SID’s e só convoque dentro do prazo.

Reintegração somente na mesma atividade Três trabalhadores reintegrados na AC Piranji

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direção dos Correios, de forma irresponsável e arbitrária demitiu três trabalhadores há alguns anos da AC Piranji, na região de Bebedouro. Após uma longa batalha na Justiça eles foram reintegrados. A ECT descumprindo a decisão judicial não voltou cada um deles na sua função de origem. Mais uma arbitrariedade. Para corrigir esse fato, várias cartas do sindicato foram enviadas para a ECT a fim de regularizar a situação. Todas ignoradas pelo Correios. Não restando outra alternativa, o departamento juridico do Sintect comunicou a Juíza do processo que logo decidiu aplicar uma

multa na ECT pelo descumprimento da sentença. O valor ficou estipulado em R$ 500,00 diários para cada trabalhador até o cumprimento da decisão judicial. Foi estipulado um teto individual de R$ 200 mil. Se a empresa continuar com essa política de descumprir a decisão da justiça não restará outra alternativa a não ser solicitar a prisão dos diretores dos Correios. Como empresa pública não é admissível que diretores da ECT tomem atitude como essas, gerando grandes prejuízos aos cofres públicos. É preciso responsabilizá-los.


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Sem comunicar com antecedência ECT corta convênio médico

Trabalhadores e dependentes de Batatais e cidades da região ficam sem o convênio médico que era prestado pela Unimed, causando vários transtornos e despesas extras.

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e forma unilateral e sem comunicar, com antecedência, os trabalhadores, a ECT cortou o convênio médico com a Unimed de Batatais que abrange várias cidades na região, entre elas Altinópolis, Brodowski, Santo Antônio da Alegria. Dezenas de trabalhadores e seus familiares ficaram desamparados. Muitos só ficaram sabendo quando precisaram usar o serviço médico e não foram atendidos. Teve um caso onde o trabalhadores teve que pagar a consulta, pois a guia não foi emitida mas o atendimento já havia sido realizado de madrugada. É com atitudes como esta que a ECT trata seus “colaboradores”, mas ela mesmo não colabora com nada. A direção dos Correios quer

diminuir custos com assistência médica de todas as formas, e para não ser acusada de cortar esse benefício, seus administradores estão congelando a tabela de honorários médicos. Essa atitude tem feito vários prestadores de serviços, como a Unimed e outras empresas, a romperem o contrato com a ECT. No Rio Grande do Sul o convênio médico com a Unimed foi cortado no Estado inteiro, causando um grande transtorno. Agora querem fazer o mesmo em São Paulo. O sistema que a ECT aceitou pelas empresas prestadoras de assistência médica é nocivo a categoria. Empresas como a Unimed fazem pressão para a ECT descredenciar médicos que estavam no Correios Saúde, deixando apenas os cooperados da Unimed, causando

assim uma dependência dos Correios essa empresa. No momento que um dos lados rompe o contrato, os trabalhadores da ECT ficam sem qualquer tipo de assistência, principalmente nas cidades menores que não oferecem estrutura nenhuma. O Correios é responsável em oferecer assistência médica, conforme estabelece o Acordo Coletivo de Trabalho. Na falta de profissionais de uma especialidade em sua cidade, o trabalhador pode solicitar da ECT o pagamento do transporte para ele próprio e/ou dependentes. Caso seja distante a localidade e necessite pernoitar, a ECT deve arcar com os custos. Lembre-se, sua saúde não tem preço, exija uma convênio médico de qualidade e não deixe de se previnir pela falta de médicos.

Multa no calçadão de Ribeirão Preto

Prefeitura está autuando carteiros no centro da cidade por incompetência da gerência do CTCE

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s carteiros que realizam entregas no calçadão da cidade de Ribeirão Preto com carro ou moto estão sendo multados. A legislação determina que os veículos que tem autorização para circular em áreas exclusivas de pedestres precisam ter um equipamento, conhecido por “giroflex”, como existe nas viaturas policiais. Apesar de ter sido avisada desde 2009, a direção da ECT, principalmente o sr. Adelino, gerente geral do CTCE, não tomou nenhuma providência. O

sindicato tentou agendar uma reunião para tratar desse assunto, mas do alto de seu trono, sr. Adelino não recebe ninguém, nunca tem tempo. O Acordo Coletivo de Trabalho estabelece que a ECT pague as multas quando as mesmas forem aplicadas em serviço. Acontece que quem perde os pontos na CNH não é a ECT e sim o trabalhador, pois a empresa não faz gestão para evitar isso. Estourando os pontos, quem fica impedido de dirigir, mesmo que particular, é o trabalhador.

Três anos depois trabalhadores de Onda de assaltos em CDD recebem premiação Araraquara Computadores prometidos para os ganhadores do CDD Nota 10 são entregues com muito atraso e após muita cobrança do Sindicato

Carteiros são vitimas duas vezes, dos assaltantes e da direção da ECT

om um atraso de três anos, a ECT resolveu entregar o prêmio prometido aos trabalhadores do CDD Estação, em Franca, que conquistaram em 2007 o título de CDD Nota 10. Esse atraso mostra a incompetência da direção dos Correios. Se os administradores, que desejam mais produtividade com a implantação do CDD Nota 10, eles também precisam cumprir suas obrigações. O combinado não é caro.

ma onda de assaltos tem atingido os carteiros de Araraquara. Como sempre, a direção da ECT não faz nada para mudar a situação. Muitas vezes os administradores da empresa ainda resolvem investigar os trabalhadores. Uma verdadeira falta de respeito. O momento deve ser de apoio a vítima e não de fazer pressão psicológica. Para a direção dos Correios o primeiro suspeito é o trabalhador, quan-

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A ideia de criar um sistema de premiação para um CDD é uma forma de explorar ainda mais os trabalhadores. Já existem várias formas de exploração, mas não satisfeitos os administradores procuram novas ferramentas, criam competições entre unidades, onde o único ganhador é a empresa. Se um carteiro atrasa com suas obrigações; se um atendente não presta conta nos prazos estabelecidos, o Correios pune esses trabalhadores. E a direção

da ECT como será punida por essa irresponsabilidade? Esse não é um fato isolado, pois no CDD Rio do Sul, em Santa Catarina, os ganhadores do CDD Nota 10 também ficaram um longo tempo sem premiação. A empresa continua usando suas fórmulas de exploração. Agora implantaram o CEE Nota 10, mas dessa vez não prometeram premiação, só exploração.

U

do na própria Justiça, todos são inocentes até que provem o contrário. Situações como essa são frequentes com os atendentes, que sofrem nos guichês durante um assalto e depois sofrem com longos depoimentos para a Ginsp. Com uma diretoria antiga e formada na ditadura militar, ou com um diretoria nova, mas com efeitos de direções antecessoras não é possível mesmo esperar nada.


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ECT não muda horário de entrega, mesmo com baixa umidade do ar

Justiça determina que horário de entrega deve ser suspenso das 11 às 15 horas, quando a umidade relativa do ar ficar abaixo de 20% e a temperatura acima de 30°, mas direção da ECT descumpre a decisão judicial.

O

gerente do CTCE, sr. Adelino, acredita que está acima da Justiça, e do alto de seu trono ignora a sentença que determinou a suspensão do serviço externo quando a temperatura ultrapassar 30° e a umidade relativa do ar ficar abaixo de 20%. O clima em boa parte do Brasil está muito seco e os danos a saúde, para quem exerce atividade externa, é enorme. Acontece que a direção da empresa não está preocupada com isso, ela quer a qualidade do serviço, independente das condições fisicas dos trabalhadores. O Juíz relator do processo N.º 01704-2002-067-15-85-9, Ricardo R. Laraia, determina em sua sentença que a alteração do horário de entrega deve ser em TODA a base territorial da entidade sindical, e que alterações mínimas de umidade ou temperatura não modificam os prejuízos causados a saúde. Portanto não importa se em

Ribeirão Preto a umidade está abaixo de 20% e em Franca, por exemplo está 22%, a suspensão é para todas as localidades, pois esses valores são referenciais apenas, e os danos são iguais. Na cidade de Ribeirão a mudança do horário já está acontecendo há vários dias, mas isso não acontece nas cidades da região. O sr. Adelino fica fechado em uma sala com ar condicionado e não sabe o que é trabalhar na rua com um clima desse. O que ele procura fazer é ficar jogando a categoria contra a decisão da Justiça e consequentemente contra a entidade sindical. O clima seco causa problemas respiratórios graves, sangramento do nariz, desidratação entre outros. A Justiça do Trabalho, o Ministério Público e o Sindicato tiveram esse entendimento e na tentativa de preservar a saúde dos carteiros aguardam o cumprimento da sentença. A multa diária é de dez salários mínimos.

Desconto assistencial no mês de agosto A contribuição é necessária para a manutenção da luta contra a quebra do monopólio

M

esmo não havendo campanha salarial nesse ano a luta não para. A necessidade de lutar contra a quebra do monopólio continua (projeto de lei do deputado Régis de Oliveira está tramitando no Congresso Nacional). Outras atividades estão programadas, como a jornada

de luta pela distribuição justa dos valores da Participação nos Lucros, a luta contra a transformação do Correios S/A. Uma campanha forte para a diminuição da jornada de trabalho dos atendentes (projeto de lei do deputado Vicentinho) é uma das próximas lutas da categoria como foi do adicional de 30%.

Clima seco, altas temperaturas e a poluição deixam o ar pesado em Ribeirão Preto

Seminário debate o assédio moral e como combater esse mal

Evento teve a presença de Juíza, Procuradores do Trabalho e especialistas no assunto, tanto do Brasil como pesquisador internacional

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o final do mês de agosto, foi realizado um seminário sobre a saúde do trabalhador, na cidade de Fortaleza, organizado pelo Sindicato dos Correios daquele Estado. O foco principal foi o impacto do assédio moral na vida de um trabalhador. representando o Sintect Ribeirão participou o presidente, Carlos Decourt, a secretária de finanças, Fernanda, e o secretário de assuntos juridicos, Valdemir Braga. Pela Fentect participou o companheiro Rogério Ubine. Entre os palestrantes havia especialistas no assunto como

o professor José Roberto Heloani, professor e pesquisador da Unicamp e da FGV-SP (www. assediomoral.org); um sociólogo da Universidade de Otawa, no Canadá professor Angelo; a Juíza do Trabalho no Rio de Janeiro Dra. Cláudia; os Procuradores do Trabalho Hilton e Franscico Gerson. Foi um debate enriquecedor, onde várias questões foram levantadas, tanto na forma de constatar o assédio moral, como na forma jurídica da maneira pela qual vai realizar o pedido de dano. Existem vários níveis de

assédio, sendo desde o chefe como o colega de trabalho. Uma forma de fazer prova é anotar em um caderno seu dia a dia de trabalho, relatar sem rasuras se algo que seu chefe ou colega de trabalho tenha dito a você. As vezes pode parecer uma brincadeira inofensiva, mas a constância pode transformar em assédio moral. O problema é tão grave que alguns trabalhadores chegam ao suicidio por não suportarem a forma como são tratados. O Sintect RPO está elaborando uma material específico e distribuirá a todo.


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Lula demite o presidente da ECT, Carlos Henrique Custódio

Junto com o presidente dos Correios, foi demitido o diretor de recursos humanos, Pedro Magalhães Bifano. Para substituir, trouxe David José Mattos (presidente) e Nelson Luiz (diretor Recursos Humanos)

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presidente dos Correios Carlos Henrique Custódio foi demitido da ECT, dia 28 de julho, após quatro anos no comando da empresa. A decisão partiu do Palácio do Planalto, onde Lula não estava contente com o desempenho dos Correios. No último ano a empresa foi alvo de crítica da população, dos trabalhadores e da imprensa. No período que esteve à frente da empresa, Custódio enfrentou várias greves, desafiou o movimento sindical ao descumprir um acordo pelo pagamento do adicional de 30% aos carteiros. Sua gestão foi marcada pela falta de habilidade em lidar com o movimento sindical.

Histórico

Carlos Henrique foi convidado pelo Ministro das Comunicações para ocupar a vaga justo em um momento de crise dos Correios. A empresa estava no centro das atenções, devido ao escândalo de corrupção que gerou uma Comissão Parlamentar Mista de Investigação (CPMI) no Congresso Nacional. A indicação, mesmo que política, de um técnico agradou vários setores dentro da empresa, principalmente as entidades ligadas aos administradores postais. Por parte do movimento sindical houve certa desconfiança, já que as indicações políticas tendem a ter uma habilidade maior nas negociações. A preocupação dos sindicalistas foi confirmada quando chegou a época da campanha salarial. Truculência nas nego-

das Comunicações e o próprio presidente Lula, três meses após a greve Custódio cortou novamente o adicional. Sua atitude custou 21 dias de greve. O enfrentamento foi total, com a empresa fazendo todo tipo de pressão em cima da categoria. Não pagou o vale alimentação, na data correta, para os grevistas. Ameaçou descontar os dias parados. A paralização só encerrou após um acordo assinado no Tribunal Superior do Trabalho (TST), que garantiu de forma definitiva o adicional de 30% para os carteiros.

ciações e ameaça de retirar direitos foi sua principal marca. Houve tentativa de mudar o plano de saúde, de terceirizá-lo, de abolir pai e mãe do convênio, tudo no objetivo de obter mais lucro para os cofres da empresa.

Greves

Em 2007 a categoria realizou uma greve. Foram muitos dias de paralização. Só após muita negociação chegou-se a um entendimento. Em 2008 os problemas chegaram cedo para a categoria. Em março Custódio fez uma reunião com os sindicatos e anunciou que não pagaria mais o adicional de risco de 30% do salário base do carteiro, que vinha sendo pago desde dezembro do ano anterior. Após sete dias de greve, com adesões superiores a 80% dos trabalhadores, a única alternativa que Carlos Henrique tinha era voltar o pagamento do adicional. De forma abusada, e desrespeitando a categoria, o Ministro

PLR

Outro conflito que o expresidente Custódio levou a categoria foi sobre o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Enquanto esteve a frente da empresa os valores distribuídos aos funcionários a título de PLR teve uma grande diferenciação. Em 2008, quando convidou um representante de cada sindicato para uma reunião em Brasília

S

TIDO

I DEM

Carlos Henrique Custódio (E) e Pedro Magalhães Bifano (D) demitidos depois de uma administração cheia de erros

para anunciar que não iria pagar mais o adicional de 30%, e foi questionado sobre os critérios para o pagamento da PLR do ano de 2007, Custódio afirmou que a distribuição era justa e que a diretoria merecia receber valores acima de R$ 40 mil e os trabalhadores da área operacional (carteiros, atendentes, OTT’s) deveriam ficar com uma participação de aproximadamente R$ 500,00. Uma semana após essa reunião os trabalhadores estavam de braços cruzados.

Crise

Nesse último período a empresa sofre uma de suas maiores crises operacionais, ou seja, incompetência de gestão. Implantou um programa de demissão voluntária (PDV) onde milhares de trabalhadores deixaram os correios, outros tantos saíram para trabalhar em outras empresas e praticamente não houve a reposição dessas vagas. Isso causou um déficit de trabalhadores e a qualidade do serviço caiu bastante, sendo a ECT alvo de várias matérias negativas na imprensa. Com pressão da opinião pública e da mídia, em dezembro de 2009 Carlos Henrique abriu as inscrições para o concurso público, e até o momento as provas ainda não aconteceram. Esse é um dos motivos de sua demissão. Várias desculpas foram comunicadas a população. Uma das principais é que algumas empresas aéreas romperam contrato com a ECT, e que os atrasou de correspondências era devido ao caos que ficou a RPN

(Rede Postal Noturna). Logo essa mentira foi desmascarada, pois a imprensa divulgou através de leitores ou de testes próprios que cartas postadas em uma cidade com destino na própria cidade demoraram até três semanas para chegar. Objetos postais dentro do próprio município não dependem de linhas aéreas. A situação era grave. Em junho, todos os Diretores Regionais em conjunto com o Diretor de Operações, Marco Antônio Oliveira, tornaram público as brigas internas da empresa e os conflitos pelo poder. Oliveira depois foi demitido.

Bifano

Junto com Custódio sai o diretor de recursos humanos, Pedro Magalhães Bifano, um dos grandes responsáveis pela forma como a ECT tratou os funcionários nesse último período, com descaso. No dia 20 de julho, as mulheres da categoria realizaram um ato público em frente ao prédio da empresa em Brasília, justamente para protestar contra a política discriminatória que o Sr. Bifano estava implantando nos Correios. O 29º Conselho Nacional de Representantes, realizado entre os dias 21 e 23 de julho e que definiu uma Jornada de Lutas contra a política adotada pela empresa foi a gota d’água que faltava para a demissão desses diretores. Isso mostra que quando a categoria faz propostas objetivas de luta, em vez de ficar brigando entre si, a categoria é quem sai ganhando.


Setembro 2010 - Pombo Doido - 9

Novo presidente assume com agenda cheia de problemas para resolver Concurso público, fechamento das agências franqueadas e a polêmica nomeação do diretor de operações que tem uma empresa que presta serviços para os Correios são apenas alguns dos problemas a serem resolvidos

P

ara o cargo de presidente foi nomeado David José de Matos, um técnico que trabalhou na Novacap em Brasília no governo Joaquim Roriz. Foi também definido o nome de Nelson Luiz Oliveira de Freitas e Eduardo Artur Rodrigues Silva para os cargos de diretor de recursos humanos e diretor de operações respectivamente. O novo presidente chega com vários problemas para serem resolvidos, mas suas primeiras atitudes não agradaram ao movimento sindical. É preciso diálogo e jogo de cintura para estar nesse cargo. O ex-presidente da ECT Carlos Henrique já havia anunciado que a prova para o concurso público seria realizada dia 28 de setembro. Mesmo com todo o atraso que a prova já enfrentava, inclusive com muitas criticas por parte da população, o novo presidente

resolveu adiar a realização da prova para o mês de novembro. Essa atitude vai atrasar ainda mais as contratações e sacrificar ainda mais os atuais trabalhadores. Um dos problemas que David terá de enfrentar será a possibilidade de fechamento das agências franqueadas, marcada para novembro. Nesse caso a culpa é da gestão anterior que sabia do problema e não fez nada para resolver e agora, em cima do prazo, uma solução terá que ser dada (veja mais sobre o assunto no texto que “plano de contingência”). A imprensa divulgou que o diretor de operações, Eduardo Artur tem uma empresa que presta serviços para a ECT. Esse fato tem causado um desgaste enorme para uma administração que está começando. Uma atitude precisa ser tomada, e a decisão está nas mãos do novo presidente da ECT.

Governo descarta Correios S/A este ano

Ministério das Comunicações atende solicitação da Federação e arquiva projeto de Medida Provisória

N

o dia 03 de agosto o ministro das comunicações, José Artur Filardi solicitou a Casa Civil da Presidência da República que a minuta de medida provisória, que transformava a ECT em uma sociedade anônima de capital fechado, fosse retirada de pauta. O pedido atendeu uma solicitação da Fentect. Para a en-

tidade a mudança na empresa pode gerar demissões e a privatização dos Correios. O estudo que justificava a alteração da ECT em uma S/A foi proposto pelo Grupo de Trabalho Interministerial com membros de vários ministérios mas sem a participação da representação legal e sindical dos trabalhadores, os principais envolvidos na mudança.

O novo presidente da ECT, David José de Matos, é uma indicação do PMDB. Ele já trabalhou em Brasília na Novacap no governo de Joaquim Roriz

Diretor de Operações tem empresa aérea que presta serviço para a ECT É incompatível com o cargo a manutenção de um contrato de mais de R$ 40 milhões com uma empresa de sua propriedade

V

inte dias antes de tomar posse como diretor de operações nos Correios, o coronel Eduardo Artur Rodrigues, conquistou para sua empresa Master Top Linhas Aéreas (MTA) um contrato de R$ 44,9 milhões com a ECT, para operar a linha 12 que opera o trecho Manaus - Brasília - São Paulo. A denúncia foi feita pelo

jornal O Estado de São Paulo e está sendo investigado pelo Ministério das Comunicações. Confirmando as informações fica incompatível sua permanência no cargo, considerando que ele seria o contratante e também o contratado. Para o ministro das comunicações, José Artur Filardi é preciso romper o contrato com a MTA ou o desligamento do

coronel do cargo de diretor de operações. Com várias denuncias contra a ECT, o que não precisava era a nomeação de uma pessoa que tem contrato com a empresa e que já atuou para outras empresas de serviços postais, como a Variglog. O coronel “Quaquá”, como é conhecido no meio aéreo, precisa deixar o cargo urgente.


10 - Pombo Doido - Setembro 2010

PSDB

Dois projeto

U

m fato que nenhum brasileiro pode negar é a diferença entre os governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e de Luís Inácio Lula da Silva (PT). São projetos distintos. Por mais que Lula tenha dado continuidade a política monetária implantada por FHC, a visão social do governo petista beneficiou a população brasileira. No caso do Correios é nítida essa diferença. Nesse momento de campanha eleitoral é fácil verificar as diferenças. Em 2002 na campanha presidencial José Serra não utilizou a imagem de FHC em sua campanha. Em 2006 Alckimin escondeu o ex-presidente, como faz novamente Serra. Fernando Henrique é um peso na campanha do PSDB. Para a candidata do Partido dos Trabalhadores, Dilma Rousseff, a campanha ao lado de Lula é fundamental,

considerando o recorde de popularidade do presidente. Esse fato não é isolado para a campanha nacional, em vários Estados, candidatos a governador, senador, deputado querem a foto de Lula em suas campanhas. Esses são alguns dos aspectos políticos das diferenças entre o governo do PSDB e do PT. Quando a discussão passa a ser sobre os Correios a diferença cresce bastante. O governo liberal do PSDB enviou um projeto para o Congresso Nacional (PL 1491/99) que acabava com o monopólio postal da ECT; dividia a empresa em várias subsidiárias, que poderiam ser 100% privatizadas; criava uma agência reguladora, tirando da ECT qualquer autonomia sobre o serviço postal; revogava o passe livre para os carteiros; entre outros malefícios. O governo Lula fez diferente, em seu pri-

GOVERNO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO - PSDB AGOSTO 1996 AGOSTO 1997 AGOSTO 1998 AGOSTO 1999 AGOSTO 2000 AGOSTO 2001 A A A A A A JULHO 1997 JULHO 1998 JULHO 1999 JULHO 2000 JULHO 2001 JULHO 2002

31,88%

JANEIRO 1995 A JULHO 1996

INFLAÇÃO

9,20%

7,51%

6,0%

7,05% 3,0%

7,05% 2,0%

4,56%

2,0%

34,51%

3,05%

5,0%

6,07%

3,27%

REAJUSTE

85,70%


Setembro 2010 - Pombo Doido - 11

B x PT

os distintos meiro ano de governo solicitou a retirada do projeto de lei do Congresso e eliminou qualquer discussão sobre a quebra do monopólio postal. Em 2009, o Ministério das Comunicações criou um Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) para avaliar a situação dos Correios. O relatório final apresentado pelo GTI, que era formado basicamente por técnicos apontou para a necessidade de transformar a ECT em uma empresa Sociedade Anônima (S/A) com capital fechado. A Fentect e os sindicatos não foram convidados a participar de qualquer debate, e isso causou vários protestos do movimento sindical. No mês de julho, o governo Lula resolveu reparar esse erro e retirou de qualquer discussão a possibilidade de transformar a ECT em uma empresa S/A. Foi mais uma vitória da categoria no atual governo.

Com relação aos reajustes salariais as diferenças são ainda maiores na forma como um e o outro tratou a categoria. Enquanto no governo FHC a política salarial era de oferecer abono sem repor totalmente a inflação, no governo Lula aconteceu o inverso, reposição da perdas inflacionárias e ganho real de salário. No período de 1995 até 2002, a inflação foi de 85,70% e o máximo que a categoria conquistou foi 34,51%, menos da metade. No período de 2003 até 2010, a inflação foi de 64,74% e a categoria conquistou 172,85%, quase três vezes mais. Em todos os casos foi considerada o aumento concedido a tabela e as referências salariais. No caso de dois ACT, os de 2007/2008 e de 2009/2011, foi concedido um valor fixo de ganho real, sendo que o calculado nesse exemplo foi para o piso da categoria.

GOVERNO LULA - PT AGOSTO 2002 AGOSTO 2003 AGOSTO 2004 AGOSTO 2005 AGOSTO 2006 AGOSTO 2007 AGOSTO 2008 AGOSTO 2009 A A A A A A A A JULHO 2003 JULHO 2004 JULHO 2005 JULHO 2006 JULHO 2007 JULHO 2008 JULHO 2009 JULHO 2010

9,30%

6,37%

15,15% 3,74%

9,18% 3,96%

6,57%

6,81%

12,42%

15,43%

24,43%

172,85%

17,76%

REAJUSTE

7,37%

22,71%

INFLAÇÃO 64,74%


12 - Pombo Doido - Setembro 2010

PSDB e PT: periculosidade e anistia têm tratamentos diferentes

Enquanto FHC demitiu milhares de trabalhadores, Lula anistiou. No caso da periculosidade, os dois presidentes vetaram os projetos aprovados pelo Congresso, FHC engavetou e Lula mandou pagar através de um acordo.

A

s diferenças entre os governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Lula (PT) não fica apenas no reajuste salarial. Diversos fatores mostram as formas de administrar os Correios e seus trabalhadores. Com um jeito truculento FHC jogou duro com o movimento sindical. Não só dos Correios mas como um todo. Um dos fatos marcantes do governo tucano foi a greve dos petroleiros em 1996, quando tentaram fechar a entidade sindical aplicando uma multa milionária. O sindicato dos petroleios só não fechou devido a sua organização, a solidariedade de outras entidades e posteriormente o cancelamento da multa pelo governo Lula.

Greve de 1997

Os trabalhadores nos Correios de todo o Brasil decidiram deflagrar uma greve em agosto de 1997 que durou 23 dias. Era a primeira grande greve nacional após o ataque aos petroleiros. A forma truculenta que o governo tucano atacou os ecetistas foi também muito dura. Não aceitou negociar, o reajuste naquele ano ficou em 2% e houve a retirada de diversos beneficios. O Ministro das Comunicações na época, Sergio Motta, ofendeu os ecetistas dizendo que eram um bando de bêbados e cafajestes. De maneira arbitrária demitiu milhares de trabalhadores durante a greve e outros milhares nos meses seguintes. Somente em Ribeirão Preto houve quase uma centena

de demitidos. Muitos dos chefes que aplicavam a política autoritária do governo FHC continuam na empresa e hoje se passam por bonzinhos, esquecendo as crueldades aplicadas por eles durante a gestão tucana.

Periculosidade e FHC

Ainda no ano de 1997 o Congresso nacional aprovou um projeto de lei que garantia um adicional de 30% a título de periculosidade. Quando foi enviado ao presidente para sancionar ou vetar, FHC não teve dúvidas e vetou, acabando que a possibilidade de qualquer ganho por esse motivo, apesar de diversas lutas da categoria.

Anistia da greve 1997

O presidente Lula sancionou uma lei aprovada no Congresso Nacional que garantiu a anistia a todos os demitidos por perseguição política entre os meses de abril de 1997 e março de 1998. Período que o governo FHC demitiu milhares de trabalhadores. Essa lei possibilitou que muitos lutadores tivessem a oportunidade de voltar a trabalhar na ECT após 10 anos de afastamento. Foi o governo petista corrigindo um erro cometido pelo governo tucano.

Adicional de 30%

Em 2003 o senador Paim (PT/RS) entrou com um projeto de lei para garantir aos carteiros em atividade externa o adicional de periculosidade que corresponde a 30% do salário. Após a aprovação pelo Congresso Nacional, em 2008, o projeto foi encaminhado ao

presidente Lula para sancionar ou vetar. Por um erro técnico na elaboração do projeto, Lula precisou aplicar o veto. Comprometido com as lutas da categoria, o presidente solicitou que fosse realizado um acordo entre o Ministério das Comunicações e a Fentect para garantir o pagamento de 30% aos carteiros em atividade externa. Assim foi feito até mesmo com a tentativa por diversas vezes do ex-presidente da ECT Carlos Henrique Custódio deixar de cumprir o acordo, mas sempre a palavra final foi de Lula que garantiu o pagamento, que até hoje está presente nos salários dos carteiros. Essa conquista obrigou a ECT a criar o AAG (Adicional de Atividade de Guichê) para os atendentes comerciais; o AT (Adicional de Tratamento) para os OTT’s e também o AADC (Adicional de Atividade de Distribuição e Coleta) para os motoristas.

Retirada de direitos

No governo FHC vários direitos foram subtraídos da categoria. Foi alterada a data base de dezembro para agosto; foi retirado o parcelamento de férias; o anuênio foi transformado em quinquênio; para os trabalhadores que entraram após o anos de 1997 não havia pagamento de 70% para as férias, somente o valor legal de 33,3%. Com Lula voltou o parcelamento das férias, o anuênio, a gratificação de férias de 70% para todos.

Presidente Lula e a candidata Dilma Rouseff

Conrep declara apoio a candidatura de Dilma

A maneira como PSDB e PT trataram a categoria tiveram peso na escolha do apoio.

O

movimento sindical reunido no 29° Conselho de Representantes (CONREP) realizado no mês de julho em Brasília discutiu e deliberou em declarar apoio a candidata a presente Dilma Roussef. A decisão levou em consideração toda a conjuntura nacional, as possibilidades de vitória dos candidatos e seu passado. Seja deles próprios como de seus partidos. Com uma eleição polarizada entre as candidaturas de José Serra (PSDB) e de Dilma (PT) ficou mais fácil a escolha para o apoio. Os tucanos representam toda a forma truculenta de tratar os movimentos sociais. Esse jeito de governar não era exclu-

sividade do Fernando Henrique Cardoso, o Serra enquanto esteve a frente do governo do Estado de São Paulo tratou da mesma maneira as entidades sindicais ligadas aos servidores estaduais. Essa é uma caracteristica do PSDB. A política de recuperação das perdas salariais que o governo petista implantou e a abertura de dialogo com o movimento sindical possibilitou um ganho significativo para a categoria. Os textos de comparação apresentados nessa edição do jornal por si só já credenciam a candidatura de Dilma a presidente. Uma reunião está sendo agendada com a candidata para que seja assinado o compromisso contra a privatização da ECT.


Setembro 2010 - Pombo Doido - 13

Antecipação da inflação gerou um ganho real de mais 2%, diz Dieese

Além do ganho real conquistado com os R$ 100,00 em janeiro de 2010, o recebimento antencipado da inflação do ano 2009/2010 significou um ganho real de 2%. Somente três categoria no Brasil conquistaram aumento real significativo.

S

egundo o Dieese, desde 2004 os reajustes salariais no Brasil (não só dos Correios) vem garantindo aumentos reais de salários aos trabalhadores, ou seja, reajustes superiores a variação da inflação no período de doze meses anteriores à data base. É bom lembrar que as categorias recebem um reajuste daquilo que a inflação retirou do poder de compra nos últimos meses. Portanto a categoria deve entender que a inflação de agosto de 2010 a julho de 2011 será discutida na campanha sa-

larial 2011/2012. O estudo que o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) elabora abrange diversas categorias sendo que 51 ficaram abaixo do INPC; 88 igual ao INPC e 553 acima do INPC. Contudo é importante destacar que apenas 1,4% das categorias abrangidas pelo estudo conquistaram aumentos reais de 5% ou mais acima do INPC do período. No caso de empresas estatais federais a grande maioria

ficou com 1% de ganho real.

Evolução salarial na empresa

Os salários dos trabalhadores da ECT foram reajustados em 9% em agosto de 2009 conforme ACT em vigor e, a partir de janeiro de 2010 tiveram um aumento de R$ 100,00. Os 9% de reajuste correspondem à inflação acumulada no período de agosto/2008 a julho/2009, medida pelo IPCA/IBGE, mais a previsão de inflação de 4,5% para os doze meses futuros, ou seja, de agosto/2009 a ju-

lho/2010. O acordo também prevê que em agosto de 2010 haverá um reajuste complementar se a inflação medida nos doze meses anteriores superar os 4,5% previstos inicialmente. Como o IPCA/IBGE variou em 4,6% há um resíduo de 0,1% a ser acrescentado aos salários. Cabe ressaltar que a previsão de inflação feita à época da negociação do acordo coletivo se confirmou, o que é um dadso positivo para a avaliação. Em função do reajuste de R$ 100,00, os salários foram reajustados em janeiro de 2010

entre 14% para o menos salário e 1% para o topo da tabela salarial. Assim o total variou entre 24% e 10%, conforme o salário, sendo que o reajuste médio pode ser estimado em aproximadamente 17,45%. Também houve um ganho salarial para os trabalhadores pela simples antecipação para agosto de 2009 de um reajuste que ocorreria somente em agosto de 2010. Esse ganho representa 2% a mais do que seria recebido pelo trabalhador caso o reajuste fosse feito em duas parcelas anuais.

Comparação da evolução salarial na ECT segundo o ACT 2009/2011 e a hipótese de simples correção pela variação do IPCA/IBGA em cada data base Julho 2009

NM01

Correção R$ 648,15 inflação Inflação + R$ 648,15 ganho real Julho 2009

NM15

Correção R$ 885,78 inflação Inflação + R$ 885,78 ganho real Julho 2009

NM25

Janeiro 2010

Agosto 2010

Reajuste Total

R$ 677,32

R$ 677,32

R$ 708,47

9,31%

R$ 706,48

R$ 806,48

R$ 807,29

24,55%

Agosto 2009

Janeiro 2010

Agosto 2010

Reajuste Total

R$ 925,64

R$ 925,64

R$ 968,22

9,31%

R$ 965,50 R$ 1.065,50 R$ 1.066,57

20,41%

Agosto 2009

Reajuste Total

Janeiro 2010

Agosto 2010

Correção R$ 1.112,71 R$ 1.162,78 R$ 1.162,78 R$ 1.216,27 inflação Inflação + R$ 1.112,71 R$ 1.212,85 R$ 1.312,85 R$ 1.314,16 ganho real Julho 2009

NM41

Agosto 2009

Agosto 2009

Janeiro 2010

Agosto 2010

Correção R$ 1.613,22 R$ 1.685,81 R$ 1.685,81 R$ 1.763,36 inflação Inflação + R$ 1.613,22 R$ 1.758,41 R$ 1.858,41 R$ 1.860,27 ganho real

9,31% 18,11% Reajuste Total

9,31% 15,31%

Inflação

9,31% Inflação

9,31% Inflação

9,31% Inflação

9,31%

Ganho real

Ganho real por ano

13,95%

6,75%

Ganho real

Ganho real por ano

10,16%

4,96%

Ganho real

Ganho real por ano

8,05%

3,95%

Ganho real

Ganho real por ano

5,50%

2,71%

Remuneração no ano

R$ 18.985,32 R$ 21.508,70 Remuneração no ano

R$ 25.945,88 R$ 28.609,43 Remuneração no ano

R$ 32.593,01 R$ 35.390,12 Remuneração no ano

R$ 47.253,73 R$ 50.346,01

Diferença total 2 anos

R$ 2.523,37 Diferença total 2 anos

R$ 2.663,43 Diferença total 2 anos

R$ 2.797,11 Diferença total 2 anos

R$ 3.092,28

A remuneração anual refere-se ao total de salário + 13° + Gratificação de Férias de AGO/2009 a JUL/2011 - Fonte: DIEESE


14 - Pombo Doido - Setembro 2010

ACT 2009/2011 trouxe muitas conquistas para a categoria

Reajuste chegou a 24,43% para o salário-base e em média a 17%. Bem acima da inflação e muito superior à maioria das outras categorias, mesmo daquelas que assinaram um acordo no ano passado e outro este ano.

A

negociação do ano passado foi uma novidade na forma de conduzir o processo para fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho, pois foi feito para dois anos. Esse ACT garantiu o pagamento de 9%, sendo 4,5% da inflação de agosto de 2008 a julho de 2009 e mais 4,5% da antecipação da inflação do período de agosto de 2009 a julho de 2010. Isso possibilitou aos trabalhadores manterem o nível salarial sem as perdas inflacionárias, coisa que outras categorias só terão no próximo ano. O pagamento dos R$ 100,00 reais linear em janeiro de 2010 foi outra vitória, porque essa sempre foi a luta da categoria e que beneficia principalmente quem ganha menos. Os ganhos acumulados da nossa categoria para os dois ano foi de 24,43% para a base e a média de 17%. Outras categorias

importantes no Brasil como os Metalúrgicos do ABC (CUT) e Metalúrgico de São José dos Campos (CONLUTAS) tiveram respectivamente 6% e 8%. O desafio de acordo coletivo por dois anos ainda é enfrentado com resistências por parte dos trabalhadores, tendendo a achar que a categoria ficará com uma lacuna sem a database, mas os trabalhadores não podem esquecer que em negociação a situação pode avançar ou retroceder, pois a empresa todos os anos ataca nosso convênio com a ameaça de tirar pai e mãe do convênio entre outras coisas. Sem dúvida alguma, o acordo representou um avanço e a categoria irá enxergar isto com mais clareza quando as campanhas salariais das grandes categorias forem fechadas, ai todos poderão somar os ganhos e comparar.

Vale alimentação e Vale cesta tem reajuste, como garante o ACT 2009/2011

E

m agosto a categoria começa a receber o Vale Alimentação e/ou Refeição e Vale Cesta com um novo valor, passando dos atuais R$ 614,50 e R$ 700,50 para R$ 659,00 e R$ 751,00 para quem recebe 23 e 27 vales respectivamente. O valor facial passa a ser de R$ 23,00 para o Vale

renças dos vales que ficam acumulando, o aumento no supermercado não espera, obrigando a categoria a cortar gastos no mercado ou acertar o gasto a mais pagando em dinheiro. Só para lembrar, o pagamento do vale extra no final do ano está garantido, facilitando a programação das famílias.

Valores atuais do Vale-alimentação e Vale-cesta

R$ 659,00 para quem trabalha de segunda a sexta

R$ 751,00

para quem trabalha de segunda a sábado

ACT 2009/2011 - bianual garante convênio entre ECT e CEF

N

José Rivaldo, Secretário-geral da Fentect, no ato da assinatura do convênio entre a ECT e a CEF

Alimentação/Refeição e de R$ 130,00 para o Vale Cesta. Uma das vantagens do Acordo ser bianual é que a categoria receberá os Vales com reajuste apartir de sua data real e não só no final do ano após a assinatura do Acordo Coletivo. Esse é um ganho imediato, pois mesmo a ECT pagando as dife-

o mês de julho foi assinado um convênio entre a Caixa Econômica Federal (CEF) e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) para garantir o acesso ao financimanto da casa própria com prazos e condições de pagamento diferenciados aos trabalhadores ecetistas. Essa parceria entre a CEF e a ECT foi possibilitada por causa do Acordo Coletivo de Trabalho 2009/2011 - o acordo bianual - que em sua cláusula

47 diz: “A ECT desenvolverá um conjunto de ações visando prospectar e divulgar informações relativas às ofertas de moradia para público de baixa renda e realizará gestão junto a entidades públicas e privadas, com vistas a facilitar o processo de aquisição, construção e reforma de moradia”. Desde a assinatura do ACT a Federação e os sindicatos estavam cobrando da empresa o cumprimento dessa cláusula. Essa é mais uma vitória da

categoria que agora terá o acesso facilitado para a compra ou reforma da casa própria. A Caixa Econômica Federal está fazendo alguns ajustes para divulgar o plano para a categoria. Caso o trabalhador procure uma agência da CEF e não saibam informar sobre esse convênio, é só entrar em contato com o sindicato que forneceremos uma cópia do contrato de convênio. Muitas agência não tem ainda essa informação, por isso procure o SINTECT.


Setembro 2010 - Pombo Doido - 15

Em comício sindicato cobra correio 100% estatal, público e de qualidade

O presidente Lula esteve no comício realizado na cidade de Ribeirão Preto e viu faixas do Sintect cobrando a manutenção da ECT como uma empresa do povo e para o povo brasileiro.

Presidente Lula participando do comício realizado na cidade de Ribeirão Preto; trabalhadores dos Correios na luta por uma empresa 100% estatal, pública e de qualidade

A

direção do sindicato esteve presente no comício realizado na cidade de Ribeirão Preto no dia 09 de setembro. Foram levadas faixas, o bonecão e camisetas pela luta da manutenção de uma empresa 100% estatal, pública e

de qualidade. O comício teve a presença do presidente Lula, do candidato a governador de São Paulo Aloísio Mercadante, a dupla de candidatos ao Senado Marta Suplicy e Netinho além de vários deputados. A candidata

Dilma Rousseff era aguardada pela população, mas devido ao nascimento de seu neto foi visitá-lo em Porto Alegre. Os sindicalistas aproveitaram a presença de Lula e levaram a público a luta da categoria. Apesar do gover-

no ter anunciado a desistência de transformar os Correios em uma empresa S/A os trabalhadores sabem que não é possível baixar a guarda. Essa luta é permanente. Na oportunidade foi realizada conversa com diversos parlamentares que ten-

tam a reeleição e também com aqueles que estão tentando uma cadeira no Congresso pela primeira vez. A população presente apoiou a iniciativa e houve uma disputa para tirar uma foto ao lado do bonecão.

CURTAS Falta de protetor solar Em várias unidades o protetor solar não existe. Não chega, ou quando recebe está simplesmente vencido. A direção da empresa precisa entender que o protetor solar é um equipamento de segurança e não é admissível que a saúde do trabalhador seja prejudicada pela irresponsabilidade da diretoria regional.

Em documento enviado ao Diretor Regional, Luiz Roberto Pagani, cobrando uma solução para o fornecimento de protetores vencidos. A respos-

ta foi totalmente evasiva e sem apresentar nenhuma solução. Falta de impressora Em plena era da informática, os carteiros do CDD Franca estão reclamando da falta de impressora na unidade. Os objetos registrados tiveram que ser anotados manualmente. O procedimento atrasou ainda mais a atividade do carteiro que está abarrotada. Se antes estava faltando funcionários e segurança, agora começa

a faltar protetor solar e impressora. Qual será o próximo equipamento a faltar?

Demitidos do Plano Collor A diretoria do sindicato está realizando um trabalho com todos aqueles que foram demitidos na época do Plano Collor, compreendido entre 16 de março de 1990 e 30 de setembro de 1992. Portanto os trabalhadores dos Correios que conhece alguem que foi demitido nesse período solicite para procurar o Sintect.


16 - Pombo Doido - Setembro 2010

PCCS 2008 tem decisão no Tribunal Superior do Trabalho

Ficou para a Justiça decidir sobre o futuro do Plano de Cargos, Carreiras e Salários. Foi assim que decidiu a maioria das assembleias nos Estados, em deixar a órgãos alheios à discussão e decisão sobre o PCCS.

A

gora que a Justiça favoreceu a empresa, o plano já pode ser implantado na íntegra. Obviamente a ECT vai ter pressa em implantar os itens que lhe interessam, por isso a empresa já está fazendo a toque de caixa o Termo de Oposição ao PCCS. Só que demonstrando que vai aplicar o plano no que lhe interessa a para variar com truculência e arbitrariedade, não respeitando ninguém, as suas

próprias regras ou a legislação vigente. O prazo para manifestação do trabalhador foi concedido até o dia 10 de setembro de 2010. O tempo curto e ilegal é para fazer com que o trabalhador não reflita sobre que plano vai querer ficar. É quase uma forma de ameaça, pois quem não tem tempo para refletir obviamente acaba optando pela escolha mais fácil de decidir.

Sintect vai pedir mais prazo para entrega

O

prazo é muito curto, não dando direito de se discutir em que plano o trabalhador quer ficar. É bom lembrar que no último Conselho de Sindicatos, realizado dias 04 e 05 de setembro em Brasília, foi aprovado que a Fentect e os sindicatos estarão solicitando uma dilatação no

prazo para a ECT. Caso a empresa não conceda um novo prazo, as entidades vão entrar com Ações na Justiça para aumentar esse prazo. Mas enquanto não chegar uma posição oficial da empresa para a alteração do prazo a ressalva é a única opção.

Posição da diretoria do Sintect Ribeirão Preto Existem riscos nos dois planos apresentados

A

direção do SINTECT Ribeirão Preto é de que existe vantagens e desvantagens nos dois planos, porém a decisão de qual plano o trabalhador deve optar é individual, pois as vantagens e desvantagens são coletivas ou individuais. Além disso, a decisão do TST deixa em aberto itens que

ainda precisam ser negociados com a ECT, como o enquadramento funcional e salarial. Dessa forma enquanto o plano não tiver sua negociação finalizada, o que é ruim, pode ser melhorado e o contrário também pode acontecer. Sendo assim prematuro definir-se em que plano cada um deve ficar.

ENTENDA COMO VAI FUNCIONAR O TERMO DE OPOSIÇÃO AO PCCS O que é o termo de oposição ao PCCS? Termo de Oposição ao PCCS é o instrumento legal que o trabalhador tem para se mani-

festar se aceita o plano da ECT no caso o PCCS/2008, ou se fica no plano antigo: PCCS/1995.

Assim, o termo de oposição define que plano vai regrar sua vida funcional na ECT

Quem deve assinar o termo de oposição ao PCCS/2008? Só deve assinar o termo de oposição da ECT quem quiser permanecer no PCCS/1995, quem quiser aceitar o novo plano não deve assinar o termo de

oposição. Ocorre que o termo de oposição já vem com uma irregularidade, por isso deve ser ressalvado para garantir todos os

direitos dos trabalhadores. Veja abaixo o teor da ressalva que o jurídico da FENTECT orienta para ser anotada no termo de oposição.

Ressalva a ser preenchida no termo de oposição ao PCCS/2008 A ressalva deve ser colocada no documento da ECT. Abaixo de sua assinatura coloque a seguinte frase: “ressalva

no verso do documento”. A ressalva deve ser anotada no verso, pois a parte de trás do documento está em branco,

tendo bastante espaço para escrever, que deve ser a seguinte:

Ressalva “Declaro que a presente opção é feita com ressalva, ficando resguardado para todos os efeitos a prerrogativa de reclamar eventuais direitos decorrentes da aplicação do PCCS/1995, bem como aqueles decorrentes da aplicação do PCCS/2008 que possam me trazer prejuízos, não representando, portanto, em um aceite absoluto de seus termos.” Após a ressalva assine em baixo.

Não tome decisão sem conversar com alguém do sindicato ou fazer a ressalva


Setembro 2010 - Pombo Doido - 17

Encontro Nacional de Mulheres e ato público em Brasília no mês de julho

Ato foi uma das atividades do 13° Encontro Nacional de Mulheres, que debateram diversos assuntos, desde a transformação dos Correios em Sociedade Anônima até a legalização do aborto

O

Sintect Ribeirão Preto participou do 13º Encontro Nacional de Mulheres em Brasília/DF nos dias 19 e 20 de julho, com duas delegadas mais a companheira Fernanda que faz parte da Comissão Nacional de Mulheres. Aproveitando a grande presença feminina, a comissão organizadora do encontro realizou um ato público na porta do prédio central dos Correios na capital federal. A comissão composta de seis valorosas e combativas lutadoras realizaram uma das melhores atividades femininas da categoria. A abertura teve a análise de conjuntura feita pelas várias forças políticas que participam do movimento sindical, posteriormente houve palestra sobre a transformação da ECT em Sociedade Anônima, sobre a legalização do aborto. No segundo dia de atividade as mulheres organizaram um grande ato público para cobrar da direção da ECT a igualdade no tratamento entre homens e mulheres dentro da empresa. Em várias situações elas são discriminadas.

Licença maternidade

A licença maternidade que é um direito que as mulheres tem acaba sendo uma punição, pois a direção dos Correios desconta os meses em que a mãe fica afastada (4 ou 6 meses) do pagamento da Participação no Lucros. Ainda com relação a gravidez, o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) garante a mulher carteiro que a mesma quando grávida tenha todos os direitos e benefícios além do salário integral.

Auxílio Creche

O auxílio creche é outro grande problema enfrentado pelas mulheres, pois a burocratização que a direção da empresa impôs está afetando centenas de mães no Brasil inteiro. A dificuldade para liberar o pagamento do reembolso é grave, pois muitas mães não tem onde deixar seus filhos ou como pagar alguem para cuidar. Essa é uma penalização que a ECT está impondo as mulheres, a exemplo da situação com a licença maternidade, aquilo que a direção dos Correios quer é evitar ao máximo que as mu-

lheres tenham filhos.

Reunião

O ex-diretor de recursos humanos, sr. Pedro Bifano, que no dia do ato ele ainda estava respondendo pela função, não aceitava receber a comissão de mulheres da FENTECT, alegando estar com a agenda cheia. Com a pressão do ato público recebeu a comissão no mesmo dia e ficou de abrir negociação para solucionar os problemas. Agora o sr. Bifano não terá mais a agenda cheia, afinal foi demitido. A Comissão de Mulheres espera que o novo diretor seja mais objetivo e marque uma reunião o mais breve para tratar desses assuntos pendentes.

Ribeirão Preto e região

As trabalhadoras dos Correios na cidade de Ribeirão Preto e região podem entrar em contato no Sindicato com a Fernanda para agendar uma reunião com todas para debater os problemas que sofrem no dia a dia dentro dos Correios.

Delegadas do 13° Encontro Nacional de Mulheres (alto); Fernanda no ato público (acima); manifestação na porta da ECT (abaixo)


18 - Pombo Doido - Setembro 2010

Jornada de lutas 2010 é lançada pelos delegados do 29º Conrep Aprovação de documento em apóio a candidatura da Dilma Roussef à Presidência da República, condicionando a ela, ao Sr. Michel Temer, candidato a vice-presidente, e a direção nacional do PMDB, o compromisso de se posicionarem em defesa dos Correios, como empresa estatal, pública e de qualidade, a serviço do povo, e contrários a sua privatização, terceirização em atividades fins da ECT, bem como, a qualquer iniciativa de transformação da ECT em Sociedade Anônima. Elaboração de documento denunciando o sucateamento dos Correios, as terceirizações, e as péssimas condições de trabalho às quais os trabalhadores da ECT estão submetidas. Esse documento deve ser encaminhado aos candidatos à Governador, Deputado Federal e Estadual, reivindicando apoio dos mesmos, bem como encaminhar para que o mesmo seja apresentado nas Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas, Congresso Nacional, Centrais Sindicais e Movimentos Sociais para ser aprovado na forma de Moções

Exigir a retomada das discussões, através das mesas temáticas com a ECT, priorizando os descumprimentos de cláusulas do ACT, tendo como exemplo a clausula 33, assim como as questões relativas à saúde e segurança, e materiais adequados de trabalho (EPI’s, uniformes, bolsas, etc). Colocar em prática a parceria entre sindicato e cipa, uma vez que esta não acontece de fato na maioria das vezes.

Começar à construir desde já, junto de nossos aliados, uma Conferência Nacional sobre o correio Brasileiro, nos moldes das Conferências da Juventude, Saúde, etc. Negociação de fato relativa ao pagamento da PLR, estabelecendo critérios claros e justos. Pesquisar qual a forma de pagamento da PL em outras Estatais. Pela democratização do Postalis, com a participação paritária dos trabalhadores na sua diretoria, e reforma do Postalprev, com melhorias.

Fortalecer a luta das Centrais pela redução da jornada, sem redução de salários. Junto das Centrais Sindicais fortalecer a luta em defesa de igualdade salarial e de oportunidades entre homens e mulheres.

Lutar para acelerar ao máximo a contratação através de Concurso Público nos Correios, denunciando inclusive a postura irresponsável da direção da empresa, e discutindo também o número real de pessoas que precisam ser contratadas. Priorizando os anistiados e anistiandos, para que haja a garantia da flexibilidade de documentos por parte da empresa relacionados a anistia. E que haja o cumprimento do efetivo de 13% de reserva.

Lutar pela aprovação do PLC 083/07 da Dep. Maria do Rosário, relativo à Anistia dos demitidos por motivo de Greve e perseguição política, entre 1988 e 2002, e pela aceleração dos demais processos de Anistia.

Lutar pela aprovação do PL do Dep. Vicentinho, através de uma Comissão, nos moldes semelhantes a da “Contra a Quebra do Monopólio Postal”, com participação ativa de atendentes, que reduz a jornada e viabiliza a segurança nos bancos postais. Podendo acrescentar a segurança nos CDD’s e para o trabalhador independente do seu local de trabalho.

Lutar para que a entrega de correspondências seja pela manhã nas regiões do país onde os trabalhadores fazem esta reivindicação. Que a FENTECT e a direção dos sindicatos exija da ECT que tais mudanças sejam realizadas

Vamos nocautear o Correios S/A


Setembro 2010 - Pombo Doido - 19

Foi apresentado projeto de lei para diminuir jornada dos atendentes

Preocupado com a situação dos atendentes comerciais, foi apresentado pelo deputado Vicentinho (PT/SP) uma proposta de redução da jornada de trabalho nas agências e para a segurança

C

om as agência de correios efetuando serviço semelhante aos estabelecimentos bancários, nada mais justo de efetuar tratamento similar quanto a segurança e as condições de trabalho. Nesse aspecto o deputado Vicentinho apresentou em 28 de abril desse ano um projeto de lei para garantir que tanto as agências de correios quanto as lotéricas tenho um aparato de segurança igual aos bancos. É necessário vigilante, portas giratórias e outros sistemas que visem garantir a integridade fisica dos trabalhadores e não apenas o patrimônio do Brades-

co ou dos Correios. Nesse aspecto foi também solicitada a redução da jornada de trabalho para os atendentes. Sendo aprovada a lei garantirá seis horas diárias contra as oito horas efetuada atualmente. A redução da carga horária não é por acaso, existe estudo que comprova os prejuízos mentais que uma pessoa sofre estando trabalhando várias horas com a tensão da possibilidade de ser assaltada quanto o fato de manusear dinheiro que não lhe pertence e sabendo que qualquer erro pode gerar uma prejuízo financeiro enorme em seu orçamento.

Agora é preciso que toda a categoria faça sua parte e mobilizem na campanha que o sindicato estará lançando pela aprovação desse projeto. Essa luta não é apenas dos atendentes. Quando o projeto do senador Paulo Paim (PT/ RS) estava no Congresso para garantir a periculosidade, a luta foi de todos. E agora é a mesma coisa. Com a aprovação do adicional para o carteiro logo a ECT teve que criar adicionais para os atendentes, OTT’s e motoristas. Reduzindo a jornada para os atendentes, fica mais fácil os demais cargos obterem esse beneficio.

Vicentinho (E) e Carlos Decourt (D) na luta contra privatização

Sindicato está lançando campanha voltada aos atendentes

Nos mesmos moldes da campanha efetuada nos anos anteriores para garantir o adicional de periculosidade para os carteiros o Sintect vai realizar uma grande campanha pela redução da jornada e por segurança nas agências

C

hegou a hora de colocar a campanha na rua e lutar para reduzir a jornada de trabalho dos atendentes. O sindicato está providenciando a confecção de cartazes, cartões postais, camisetas e demais materiais explicativos para a categoria ir para as ruas e lutar pela aprovação do Projeto de Lei 7190/2010. Assim que o material estiver pronto será realizado um evento para o lançamento da campanha. Uma atividade desse porte repercute na imprensa local e ajuda a divulgação.

JORNADA DE TRABALHO DE

6 HORAS

JORNADA DE TRABALHO DE

6 HORAS Minha saúde merece

Meus filhos merecem JORNADA DE TRABALHO DE

JORNADA DE TRABALHO DE

6 HORAS Meus filhos merecem

6 HORAS Minha segurança merece


20 - Pombo Doido - Setembro 2010

Consin é realizado com todos sindicatos

O Conselho de Representantes manteve praticamente inalterado o calendário de lutas e lança em desafio à categoria por melhores condições de trabalho

N

os dias 04 e 05 de setembro, um representante de cada sindicato com os membros da diretoria da Fentect realizaram o 11° Consin (Conselho de Sindicatos) na cidade de Brasília. Na oportunidade foi debatido o Plano de Contigência; o Plano de Cargos, Carreira e Salários; Postalis/Postalprev; e mobilização da categoria. Com muita disposição de barrar o maléfico Plano de Contigência que a ECT quer implantar nos próximos meses, os sindicalistas presentes debateram exal-

tivamente o assunto, inclusive nos aspectos jurídicos. A alternativa para a categoria não sofrer pelas más condições de trabalho, a falta de funcionários, o excesso de serviço, o assédio moral que essas condições favorecem é uma só: lutar, lutar e lutar. Sem se mexer a empresa vai implantar tudo aquilo que ela quer e ainda é capaz de retirar mais direitos da categoria. Diante dessa situação os sindicalistas rediscutiram o calendário de luta aprovado no Conrep e aprovaram a proposta de greve para o dia 15/09/2010.

JORNADA DE TRABALHO DE

6 HORAS Minha saúde merece

PELA APROVAÇÃO DO PL 7190/2010


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