TERMINAL INTERMODAL

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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ANDRÉA DE SOUZA SANTOS

TERMINAL INTERMODAL

Mogi das Cruzes, SP 2019


UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ANDRÉA DE SOUZA SANTOS

TERMINAL INTERMODAL

Artigo científico apresentado ao curso de

Arquitetura

e

Urbanismo

da

Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos para o Trabalho de Conclusão de Curso.

Prof. Orientador: Celso Ledo

Mogi das Cruzes, SP 2019


ANDRÉA DE SOUZA SANTOS

TERMINAL INTERMODAL

Artigo científico apresentado ao curso de

Arquitetura

e

Urbanismo

da

Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos para o Trabalho de Conclusão de Curso.

Aprovado em ....../........................../...........

BANCA EXAMINADORA

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho à DEUS e a NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, sem os Quais não teria sido concluído. Dedico, também, à minha Mãe que, mesmo não estando presente, acredito que sempre esteve por perto, me ajudando, me confortando nos dias ruins e celebrando nos dias bons.


AGRADECIMENTOS

Agradeço a todas as pessoas que, de um modo ou de outro, fizeram parte deste longo caminho e grande aprendizado, não só academicamente, mas também, na caminhada da vida.


SUMÁRIO LISTA DE FOTOS ......................................................................................................12 RESUMO....................................................................................................................16 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................17 1 REVISÃO HISTÓRICA ............................................................................................24 1.1 Transporte no Mundo .......................................................................................24 1.1.1 Ferrovias no Mundo ...................................................................................26 1.1.2 Ferrovias no Brasil .....................................................................................31 1.1.3 Transporte Rodoviário no Mundo...............................................................32 1.1.4 Transporte Rodoviário no Brasil.................................................................33 1.1.5 Transporte Metroviário ...............................................................................36 2. REVISÃO HISTÓRICA DA TIPOLOGIA ................................................................39 3. ORGANIZAÇÃO, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DE UM TERMINAL INTERMODAL DE PASSAGEIROS ...........................................................................41 3.1 Fluxograma .......................................................................................................42 3.2 Organograma....................................................................................................43 3.3 Setorização .......................................................................................................43 ................................................................................................................................43 3.4 Agenciamento ...................................................................................................43 3.5 MOBILIDADE URBANA....................................................................................44 3.5.1 Mobilidade Urbana em Mogi das Cruzes ...................................................45 4 LEGISLAÇÃO..........................................................................................................51 4.1 DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte......................51 4 4.2 Lei Federal .....................................................................................................52 4.3 Lei Municipal .....................................................................................................53 4.4 NBR 9050/2015 ................................................................................................53 Acessibilidade Em Edifícios De Uso Público. .........................................................53 4.5 NBR 9077/2001 ................................................................................................53


Saídas de Emergências em Edifícios.........................................................................53 5 ESTUDOS DE CASOS ...........................................................................................53 5.1 Estudo De Caso 1.............................................................................................53 5.1.1 Estação Rodoviária Jaú .............................................................................53 5.1.2 Localização ................................................................................................54 5.1.3 O Projeto ....................................................................................................55 5.1.5 Conclusão ..................................................................................................59 5.1.6 Análise de SWOT.......................................................................................60 5.2 Estudo De Caso 2.............................................................................................60 5.3 Estudo de Caso 3 .............................................................................................70 5.3.1 Zaragoza Delicias, Espanha ..........................................................................70 7. VISITA TECNICA ...................................................................................................81 7.1 Ficha Técnica ...................................................................................................81 7.1.1 Serviços Oferecidos ...................................................................................81 7.1.2 Características ...........................................................................................82 7.1.3 Conclusão ..................................................................................................88 7.1.4 Analise Swot ..............................................................................................88 7.2 Visita Técnica ...................................................................................................89 7.2.1 Ficha Técnica .............................................................................................89 7.2.2 Observações ..............................................................................................89 7.2.3 Conclusão ..................................................................................................94 7.2.4 Analise Swot ..............................................................................................94 7.2.5 Tabela Síntese ...........................................................................................95 8 ÁREA DE INTERVENÇÃO......................................................................................96 8.1 Breve passagem pela História de Mogi das Cruzes .........................................96 8.2 Economia ..........................................................................................................96 8.4 População .........................................................................................................98 8.3 Educação ..........................................................................................................99


8.5 Vias de Ligação ................................................................................................99 8.5.1 Rodovias ....................................................................................................99 8.5.2 Via Férrea ................................................................................................100 8.5.3 Aeroportos................................................................................................100 8.6 Local ...............................................................................................................101 8.6.1 Área de Intervenção .................................................................................102 8.6.2 Entorno.....................................................................................................103 8.6.3 Cheios e Vazios .......................................................................................104 8.6.4 Vias ..........................................................................................................104 9 ESQUEMAS ESTRUTURANTES .........................................................................106 9.1 Programa de Necessidades ...........................................................................106 9.1.1 Rodoviárias ..............................................................................................106 9.2 Setorização .....................................................................................................109 9.2.1 Terminal Rodoviário .................................................................................109 9.2.2 Estação de Trens .....................................................................................110 9.3 Perfil do Usuário .............................................................................................111 9.4 Conceito..........................................................................................................111 9.5 Partido ............................................................................................................111 9.6 Urbanismo ......................................................................................................111 10. Processo Criativo ...............................................................................................112 10.1 Estudo do Local ............................................................................................112 10.2 Croquis .........................................................................................................113 11. Volumetria ..........................................................................................................116 12. Referências Bibliográficas ..................................................................................119


9 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Trajeto entre a estação de trens metropolitanos ao Terminal Urbano.......18 Figura 2 - Trajeto entre a estação de trens e a Universidade de Braz Cubas ...........19 Figura 3 - Carruagem utilizada como transporte público ...........................................24 Figura 4 - SS Great Western, o primeiro navio construído por Brunel .......................25 Figura 5 - Uma das primeiras locomotivas .................................................................27 Figura 6 - Locomotion nº 1 .........................................................................................28 Figura 7 - Comparação das vias férreas ....................................................................31 Figura 8 - Concessão das ferrovias ...........................................................................32 Figura 9 - Primeiros Ônibus .......................................................................................33 Figura 10 - Ônibus na contramão..............................................................................35 Figura 11 - Evolução dos Transporte em São Paulo .................................................35 Figura 12 - Mapa Linhas Metrô Capital de São Paulo ...............................................36 Figura 13 - Comparação entre o Metrô no Brasil e no Mundo ...................................37 Figura 14 - Comparativo de população, tarifa e Km...................................................37 Figura 15 - Expansão Linhas do Metrô ......................................................................38 Figura 16 - Uma das fachadas ...................................................................................39 Figura 17 - Interior da Rodoviária...............................................................................40 Figura 18 - Estação do Brás na época da inauguração .............................................40 Figura 19 - Plataforma da Estação do Brás em 2004. ...............................................40 Figura 20 - Atual Estação de Trens do Brás (2016) ...................................................41 Figura 21 - Plano de Mobilidade Urbana....................................................................45 Figura 22 - Metodologia .............................................................................................46 Figura 23 - Infraestrutura............................................................................................47 Figura 24 - Objetivos ..................................................................................................47 Figura 25 - Relatório Atualização Plano Mobilidade Urbana......................................48 Figura 26 - Manifestações apresentadas durante o processo de mobilização ..........49 Figura 27 - Esquema funcional do SIM ......................................................................50 Figura 28 - Frota em operação...................................................................................51 Figura 29 - Localização ..............................................................................................54 Figura 30 - Fachada ...................................................................................................55 Figura 31 - Implantação .............................................................................................55 Figura 32 - 1º Pavimento ............................................................................................56 Figura 33 - 2º Pavimento ............................................................................................56 Figura 34 – 2º Pavimento ...........................................................................................57


10 Figura 35 - Terraço.....................................................................................................57 Figura 36 - Rampas de Acesso ..................................................................................58 Figura 37 - Detalhe do Pilar 1 - Diferencial do Projeto ...............................................58 Figura 38 - Localização ..............................................................................................61 Figura 39 – Implantação.............................................................................................62 Figura 40 - Implantação .............................................................................................62 Figura 41 - Plantas, cortes e legenda ........................................................................63 Figura 42 - Piso Superior - Cobertura das Plataformas .............................................63 Figura 43 - Piso Intermediário / Térreo - Suporte das Plataformas............................64 Figura 44 - Plataformas dos Trens .............................................................................64 Figura 45 - Terminal de Ônibus..................................................................................65 Figura 46 - Piso Subterrâneo .....................................................................................65 Figura 47 - Pontos de Taxi .........................................................................................65 Figura 48 - Setorização Pavimento Térreo 1 .............................................................66 Figura 49 - Setorização Pavimento Térreo 2 .............................................................66 Figura 50 - Planta de Áreas Servidas e Áreas Serventes – Térreo ...........................67 Figura 51 - Planta de Áreas Servidas e Áreas Serventes – 1° Pavimento ................67 Figura 52 - Planta Pilares, Área de Usuários, Linha Férrea.......................................68 Figura 53 - Detalhes da Estrutura da Cobertura ........................................................68 Figura 54 - Acessos ...................................................................................................69 Figura 55 - Localização ..............................................................................................70 Figura 56 - Localização (2).........................................................................................71 Figura 57 - Fachada 1 ................................................................................................72 Figura 58 - Fachada 1 ................................................................................................73 Figura 59 - Plataformas de trens ................................................................................74 Figura 60 – Cobertura ................................................................................................74 Figura 61- Iluminação Natural ....................................................................................75 Figura 62 - Plataformas Terminal Rodoviário.............................................................75 Figura 63 - Acesso Interno – Escada Rolante............................................................76 Figura 64 - Acesso Interno – Escada Fixa .................................................................76 Figura 65 - Cortes Longitudinal e Transversal ...........................................................76 Figura 66 - Planta de Áreas Servidas e Áreas Serventes – Térreo ...........................77 Figura 67 - Setorização – Térreo ...............................................................................77 Figura 68 - Planta de Áreas Servidas e Áreas Serventes – Mezanino ......................78 Figura 69 - Planta de Setorização – Mezanino ..........................................................78


11 Fonte: Do Autor – 05/2019 Figura 70 - Mogi / Brasil ................................................92 Figura 71 - Dados Gerais ...........................................................................................97 Figura 72 - Trevo de Ligação Mogi-Dutra / Airton Senna.........................................100 Figura 73 - Linhas CPTM .........................................................................................100 Figura 74 - Aeroportos .............................................................................................101 Figura 75 – Zoneamento ..........................................................................................101 Figura 76 - Área de Intervenção...............................................................................102 Figura 77 - Entorno Do Local De Intervenção ..........................................................103 Figura 78 - Cheios e Vazios .....................................................................................104 Figura 79 - Vias de Acesso ao Projeto .....................................................................104 Figura 80 - Setorização das Áreas de Intervenção ..................................................105 Figura 81 - Estudo da Situação Atual.......................................................................112 Figura 82 - Após Implantação do Projeto .................................................................112 Figura 83 - Croqui Vista Sul .....................................................................................113 Figura 84 - Croqui Vista Leste..................................................................................113 Figura 85 - Croqui Vista Oeste .................................................................................114 Figura 86 - Croqui Vias de Acesso...........................................................................114 Figura 87 - Perspectiva ............................................................................................114 Figura 88 - Perspectiva ............................................................................................115 Figura 89 - Croqui Parte da Área Interna .................................................................116 Figura 90 - Entrada Sul ............................................................................................116 Figura 91 - Vista Sul .................................................................................................117 Figura 92 - Vista Alto Leste ......................................................................................117 Figura 93 - Vista Alto ................................................................................................117 Figura 94 - Vistas Sul e Oeste .................................................................................118


12 LISTA DE FOTOS Foto1 - Trajeto entre a estação de trens e a Universidade de Mogi das Cruzes .......18 Foto 2 – Acessos entre o Terminal Intermunicipal e a estação de Trens Metropolitanos ...................................................................................................................................19 Foto3 – Acessos entre o Terminal Intermunicipal e a estação de Trens Metropolitanos ...................................................................................................................................20 Foto4 - Acessos entre o Terminal Intermunicipal e a estação de Trens Metropolitanos ...................................................................................................................................20 Foto5 - Acessos entre o Terminal Intermunicipal e a estação de Trens Metropolitanos ...................................................................................................................................21 Foto6 - Entrada Principal do Terminal Intermunicipal ................................................21 Foto7 - Salão de espera onde estão localizadas as bilheterias .................................22 Foto8 – Sanitários ......................................................................................................22 Foto9 - Espaço para o comércio ................................................................................22 Foto10 – Plataformas .................................................................................................23 Foto11 - SIM-Sistema Integrado Mogiano .................................................................50 Foto12 - Embarque ....................................................................................................82 Foto13 - Saguão.........................................................................................................83 Foto14 – Circulação ...................................................................................................83 Foto15 - Bilheteria para Ônibus da EMTU .................................................................84 Foto16 - Acesso às Plataformas ................................................................................84 Foto17 - Elevador .......................................................................................................85 Foto18 – Saída – Acesso à Praça..............................................................................85 Foto19 - Saída............................................................................................................86 Foto20 - Boulevard .....................................................................................................86 Foto21 -Saída Acessível ............................................................................................86 Foto22 - Acesso às plataformas de Ônibus Intermunicipais ......................................87 Foto23 - Plataforma de Embarque e Desembarque ..................................................87 Foto24 – Comprovação de Visita Técnica .................................................................88 Foto25 - Cobertura .....................................................................................................90 Foto26 - Estrutura de Ferro, Tijolos Aparentes ..........................................................90 Foto27 - Visão Ampla da Cobertura ...........................................................................91 Foto28 - Indicação dos Acessos ................................................................................91 Foto29 - Vista do Percurso de Acesso ao Metrô........................................................92


13 Foto30 - Fluxo ............................................................................................................92 Foto31 - Indicação de Sanitários................................................................................93 Foto 32 - Quiosque.....................................................................................................93 Foto33 - Breve História contada em Foto ..................................................................98


14 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Classificação de Terminais .......................................................................52 Tabela 2 - Tabela de Programa de Necessidades do Terminal Rodoviário de Jaú ...59 Tabela 3 - Análise SWOT...........................................................................................60 Tabela 4 - Especificações das Instalações de Rodoviárias .....................................106 Tabela 5 - Especificações Gerais.............................................................................106 Tabela 6- Especificações para Terminal Intermunicipal...........................................107 Tabela 7 - Instalações Setores Administrativos e Serviços Públicos .......................107 Tabela 8- Instalações ...............................................................................................108


15 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Principais Pontos levantados ...................................................................48 Gráfico 2 - Composição da frota ................................................................................51


16 RESUMO Em um mundo globalizado como o dos dias de hoje, tem-se a necessidade de agilizar a locomoção e transporte, tanto de pessoas como de mercadorias entre as cidades, estados, países e continentes. Com isto, torna-se imprescindível, cada vez mais, a integração e a agilidade dos vários modos de transportes existentes, tais como, rodoviários, ferroviários, aéreos e aquáticos. Neste trabalho, ressalta-se o transporte de passageiros no Brasil, mais especificamente, em São Paulo, na cidade de Mogi das Cruzes. Com o crescimento da população e a concentração dos polos comercial, financeiro, de serviços e industrial e, com a população habitando em áreas residenciais distantes, faz-se necessária a facilidade de acesso a estes centros. Com isso, através de pesquisas relacionadas, constata-se a premência da implantação de um Terminal Intermodal, facilitando assim, a utilização de modais necessários para sua locomoção em um só local. Isto posto, propõe-se a instalação de um projeto neste sentido, unificando a Estação de Trens Estudantes, o Terminal de Ônibus Estudantes e o Terminal Rodoviário Geraldo Scavone. Palavras-chave: Locomoção. Transporte. Intermodal.

Abstract In a globalized world such as today, there is a need to expedite locomotion and transportation, both of people and goods between cities, states, countries and continents. As a result, the integration and agility of the various modes of transport, such as road, rail, air and water are becoming more and more essential. In this work, we highlight the transport of passengers in Brazil, more specifically, in São Paulo, in the city of Mogi das Cruzes. With population growth and the concentration of commercial, financial, services and industrial centers, and with the population living in distant residential areas, it is necessary to have easy access to these centers. With this, through related research, it is verified the urgency of the implantation of an Intermodal Terminal, thus facilitating, the use of the necessary modalities for its locomotion in a single place. That said, it is proposed to install a project in this sense, unifying the Student Train Station, the Student Bus Terminal and the Geraldo Scavone Bus Terminal. Keywords: Locomotion. Transport. Intermodal.


17 INTRODUÇÃO Mogi das Cruzes é uma cidade que, podemos dizer, é histórica, devido a importância que tem na história do Brasil. Desde sua fundação, vem se desenvolvendo com a instalações de grandes indústrias o que trouxe aumento da população e com isto, a necessidade educação, saúde, comércio, prestação de serviços e meios de transporte, bem como a expansão de áreas residenciais cada vez mais distantes do centro da cidade. Devido ao aumento de usuários com a necessidade de se locomoverem dos bairros na área urbana, a cidade hoje conta com dois terminais rodoviários urbanos. Para o setor interurbano, conta com os serviços de trens metropolitanos, que seguem até o centro da cidade de São Paulo. Para outras cidades, como Santos, Bertioga, São José dos Campos, dentre outras, a cidade conta com uma rodoviária que foi projetada na década de 1984. Por este motivo, a modernização deste equipamento urbano se faz necessária já que, com o desenvolvimento da cidade, cada vez mais usuários de outras cidades, utilizam este serviço para chegarem a seus trabalhos, universidades ou, simplesmente, para fazer turismo fazendo com que a rodoviária não suporte toda esta demanda, causando grandes filas. Além da estrutura que traz desconforto aos usuários. Existem também, os moradores que fazem o trajeto inverso. Outra questão que se pôde observar, é o deslocamento dos passageiros entre os modais de transporte, ou seja, do terminal rodoviário intermunicipal para a estação de trens metropolitanos e ao terminal urbano, bem como o acesso dos estudantes às Universidades. A atual situação dos acessos entre os modais é bem crítica, conforme constatado em visita ao local. Usuários que chegam de outras cidades através dos trens metropolitanos, para acessarem o terminal urbano, precisam caminhar cerca de 190 metros, como podese observar na figura 1:


18 Figura 1 - Trajeto entre a estação de trens metropolitanos ao Terminal Urbano

Fonte: Google Maps – acesso em 03/2019 – Org. pelo Autor

Estudantes universitários também passam pelo mesmo desconforto, para acessar as universidades, tendo que atravessar avenidas, correndo sérios riscos.

Foto1 - Trajeto entre a estação de trens e a Universidade de Mogi das Cruzes

Fonte: Do Autor – 03/2019

O acesso à Universidade de Braz Cubas, ainda é mais crítica, onde os estudantes tem que caminhar cerca de 550 metros, além da travessia de uma das mais movimentadas avenidas da cidade, como pode-se observar na figura 2:


19 Figura 2 - Trajeto entre a estação de trens e a Universidade de Braz Cubas

Fonte: Google Maps – acesso em 03/2019

A mesma situação ocorre com o acesso entre o terminal intermunicipal, a Universidade de Braz Cubas, já que este situa-se próximo à estação de trens metropolitanos. Já a interligação entre o terminal e a estação de trens e a Universidade de Mogi é tão ou mais crítica que as outras já elencadas, uma vez que o acesso se dá por rampas e escadas, descobertas, causando um desconforto maior em dias chuvosos.

Foto 2 – Acessos entre o Terminal Intermunicipal e a estação de Trens Metropolitanos

Fonte: Do Autor – 03/2019


20 Foto3 – Acessos entre o Terminal Intermunicipal e a estação de Trens Metropolitanos

Fonte: Do Autor - 03/2019

Foto4 - Acessos entre o Terminal Intermunicipal e a estação de Trens Metropolitanos

Fonte: Do Autor - 03/2019


21 Foto5 - Acessos entre o Terminal Intermunicipal e a estação de Trens Metropolitanos

Fonte: Do Autor – 03/2019

Outro problema identificado diz respeito ao Terminal Intermunicipal que, por ter sido implantado na década de 1984, tornou-se obsoleto, não comportando a demanda de usuários com uma procura maior pelo serviço, com o desenvolvimento da cidade ao longo dos anos.

Foto6 - Entrada Principal do Terminal Intermunicipal

Fonte: Do Autor - 03/2019


22 Foto7 - Salão de espera onde estão localizadas as bilheterias

Fonte: Do Autor – 03/2019

Foto8 – Sanitários

Fonte: Do Autor - 03/2019

Foto9 - Espaço para o comércio


23

Fonte: Do Autor – 03/2019 Foto10 – Plataformas

Fonte: Do Autor - 03/2019


24 O objetivo é desenvolver um projeto de um Terminal Intermodal interligando os modais, para melhorar os acessos dos usuários. Para tanto, através dos estudos de caso do Terminal Intermodal de Jaú, Estação Ferroviária De Lisboa e Zaragoza Delicias e da visita técnica ao Terminal Jabaquara, pretende-se alinhar para o projeto em questão, os prós e descartando os contras de cada situação.

1 REVISÃO HISTÓRICA 1.1 Transporte no Mundo Desde os primórdios, o homem tem a necessidade de se locomover. Segundo BEZERRA, Juliana, no site https://www.todamateria.com.br/meios-de-transporte/ acesso em 02/2019, os nômades, em busca de comida e abrigo, utilizavam as próprias pernas como meio de transporte. Uma vez já instalados, e já não partem mais em busca do sustento, pois já cultivavam seu próprio alimento e já domesticavam animais e fazendo destes, seu meio de transporte, como cavalos, camelos, bois dentre outros. Usavam, também, grandes pedaços de madeira para se locomoverem pelas águas, até a construção de botes e barcos. BEZERRA diz ainda que, com o advento da invenção da roda, cerca de 3.000 a.C., diversas tecnologias se desenvolveram e, dentre elas, os meios de transporte. O site https://www.bbc.com/portuguese/internacional-41795604 acesso em 02/2019, em 1662, na França, o francês Blaise Pascal percebendo a dificuldade das pessoas em se locomoverem pela cidade, pois não tinham meios de transporte próprios, percorriam longas distâncias a pé, desenvolveu o primeiro sistema de transporte urbano no mundo. Era um sistema de carruagens com itinerários fixos, tarifa e horários regulares. O mesmo site diz que, após alguns anos, as carruagens não eram suficientes para atender a grande demanda e, por este motivo, o sistema fracassou.

Figura 3 - Carruagem utilizada como transporte público


25

Fonte:

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/09/como-nasceu-o-primeiro-sistema-de-transporte-coletivo-

do-mundo.shtm - Acesso em 03/2019

Conforme o site https://www.bbc.com/portuguese/geral-45587611, acessado em 03/2019, no Brasil foi criado o segundo projeto de transporte público coletivo no mundo, com o evento do ‘Beija Mão’, onde os súditos iam à Corte para solicitar favores reais. A distância dificultava a ida e, assim, o Rei D. João VI, assinou um decreto em 18 de agosto de 1817, autorizando a exploração do serviço de transporte público. O site http://meios-de-transporte.info/evolucao-dos-transportes.html - acesso em 02/2019, diz que conforme a evolução da humanidade, houve a necessidade da evolução dos sistemas de transportes. No Século XV houve a expansão do transporte marítimo na Europa, o que permitiu a saída dos europeus de seu continente em busca de novas terras e com isso, a descoberta das Américas. De acordo com o mesmo site, Revolução Industrial (Século XVIII) e a invenção do motor à vapor, intensificaram o desenvolvimento dos transportes, como, por exemplo, a locomotiva, criada pelo inglês George Stephenson, no século XIX, e os barcos, destacando-se o francês, engenheiro Isambard Kingdom Brunel.

Figura 4 - SS Great Western, o primeiro navio construído por Brunel


26

Fonte: http://meios-de-transporte.info/evolucao-dos-transportes.html - Acesso em 02/2019

Já o site http://meios-de-transporte.info/evolucao-dos-transportes.html, diz que o primeiro barco a vapor bem sucedido foi inaugurado pelo americano Robert Fulton, em 1807. O mesmo site diz que a invenção do automóvel movido à gasolina se dá pelo alemão Karl Benz, em 1886. Diz, ainda, que Étienne Lenoir foi quem inventou o motor de combustão interna e movido a gás, o que contribuiu para que Nikolaus Otto inventasse o motor a gasolina. Diz também que Leonardo da Vince, considerado um dos grandes gênios da humanidade, dentre os desenhos de seus projetos, já havia alguns semelhantes ao helicóptero. O mesmo site continua dizendo que foi para Alberto Santos Dumont em 1906, que a bordo de seu 14-Bis, voou por 60 metros pelos céus de Paris, onde se encontrava e foi reconhecido como inventor deste meio de transporte. Nos dias atuais, temos como meios de transporte, tanto de pessoas como de cargas: - Aéreos: aviões, helicópteros - Marítimos: barcos, navios - Terrestres: rodoviários e ferroviários

1.1.1 Ferrovias no Mundo Desde a sua invenção, na Grécia antiga, as ferrovias desempenham um enorme papel no desenvolvimento de civilizações ao redor do mundo. Desde então, as ferrovias mudaram a maneira como os seres humanos viajam e trabalham. “[...] O


27 primeiro sistema de transporte que utilizou um mecanismo de carris1 que se movimentam por trilhos foi criado na Grécia Antiga, por volta de 600 A. C., na estrada de Diolkos, região de Corinto. Com um percurso de aproximadamente 8 km, a estrada serviu para transportar embarcações e outras benfeitorias com o uso da força de animais e dos escravos.” (SILVA, Júlio César Lázaro da. Ferrovias";

Brasil

Escola.

"Breve

História

Disponível

das em

<https://brasilescola.uol.com.br/geografia/ferrovias.htm>. Acesso em 03 de maio de 2019). Segundo SILVA, a Inglaterra foi a pioneira em utilizar as linhas férreas como meio de mobilidade no meio urbano, passando a ser, também, uma opção para o transporte de passageiros. Em 1812 na cidade de Leeds surgiu a primeira composição exclusivamente para este fim. Já o site http://vidadmaquinista.blogspot.com/2011/04/historia-da-ferrovia-nomundo.html - acessado em 24/03/2019, diz que “...[ ] a história da ferrovia começa, assim como que por acaso, por volta de 1550, nas minas da Alsácia (Bélgica), onde já havia vagão de minério, com rodas flangeadas, de madeira, correndo sobre trilhos também de madeira. A evolução começa, mesmo, em 1712, dois artesãos de Cornualha, o serralheiro Newcomen e o vidreiro Calley, construíram uma máquina a vapor para tirar água das minas. Muitos anos mais tarde, em 1770, James Watt transformou a máquina de Newcomen. Condensou vapor fora do cilindro, realizando depois o "duplo efeito". Criou, assim, uma nova máquina, aplicável a qualquer indústria e, tempos mais tarde, também aos veículos.” E o site http://www.oieduca.com.br/biblioteca/que-dia-e-hoje/comecam-asobras-da-primeira-ferrovia-do-mundo.html?sniveleduca=efaf

acesso

em

24/03/2019, diz que a primeira ferrovia no mundo foi construída na Inglaterra, inventado por George Stephenson, entre as cidades inglesas de Stockton e Darlington, para ligar as minas de carvão e para transportar passageiros, com velocidade atingida de 45 km/h, possuindo em torno de 60 quilômetros de extensão e inaugurada em setembro de 1825.

Figura 5 - Uma das primeiras locomotivas

1

Barra de metal que serve de guia no deslocamento de um veículo


28

Fonte - https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/transporte-ferroviario.htm - em 03/2019

Figura 6 - Locomotion nº 1

Fonte - https://filosofandoehistoriando.blogspot.com/2010/06/primeira-ferrovia-do-mundo.html -em 03/2019

Ainda, segundo SILVA, na Alemanha, utilizava um tipo de transporte formado a partir de trilhos de madeira e puxado por tração animal que foi muito utilizado para a extração de minérios e é um sistema que até hoje, é muito usado em outros países. Este sistema foi desenvolvido no início do século XVI e ficou conhecido como wagon ways (caminhos de vagões). Os trilhos de madeira começaram a ser trocados por trilhos de ferro, por volta do ano de 1776 o que caracterizou a linha férrea. Em 1804, na cidade inglesa de South Wales, surgiu a primeira locomotiva movida com motor a vapor, criado pelo engenheiro britânico Richard Trevithick. SILVA diz ainda que em 1830, na Inglaterra, foi inaugurada a primeira linha férrea de longa distância para passageiros. Ligando as cidades de Liverpool a Manchester, transportando 460.000 passageiros em seu primeiro ano de


29 funcionamento. Também, na Inglaterra, foi criada a primeira linha subterrânea, integrando um sistema de transporte metropolitano, que em seguida, fora chamado de metroway. SILVA continua, dizendo que os primeiros sistemas férreos movidos a eletricidade foram criados em 1870, na Áustria, entre as cidades de Mödling e Hinterbrühl Tram. Este sistema foi desenvolvido por engenheiros alemães. Em 1883 este sistema foi aperfeiçoado, com a condução da eletricidade feita por cabos suspensos. No neocolonialismo, final do século XIX, as ferrovias construídas pelas nações ricas foram feitas para integrar seus territórios. Já nas nações exploradas, onde se produziam matérias-primas, as ferrovias foram projetadas para interligar as áreas produtoras em direção aos portos, para facilitar seu escoamento. Nas Américas, segundo o site vidadmaquinista.blogspot.com/2011/04/historiada-ferrovia-no-mundo.htm - acesso em 02/2019, o Coronel John Stevens é considerado o pai das ferrovias, porque em 1826, demonstrou a viabilidade de locomoção a vapor sobre uma pista circular experimental construída em sua propriedade em Hoboken, New Jersey, três anos antes de George Stephenson aperfeiçoar uma locomotiva a vapor na Inglaterra. A carta de primeira ferrovia da América do Norte foi concedida a John Stevens em 1815. Em 1830, projetado e construído por Peter Cooper, o Tom Thumb foi a primeira locomotiva a vapor construída nos EUA e operada em uma ferrovia transportadora comum. O

site

http://vidadmaquinista.blogspot.com/2011/04/historia-da-ferrovia-no-

mundo.html - acessado em 24/03/2019, diz que, “[...] em 1830, foi Horatio Allen quem projetou e a West Point Foundry construiu a "The best friend of Charleston", que foi a locomotiva que inaugurou a primeira linha regular de passageiros dos Estados Unidos: a South Carolina & Hamburg Railroad. Naquele mesmo ano, Charles Vignoles, baseado em desenhos feitos por Robert Stevens, criou um trilho com um novo perfil, para substituir o de duplo boleto. O novo trilho passou a ser usado universalmente, até os dias atuais.” Segundo

o

site

https://www.thoughtco.com/history-of-railroad-4059935

-

acesso em 03/2019, em 1857, George Pullman, inventa a Pullman Car Sleeping, ou ônibus Pullman. Foi projetado para transporte de passageiros durante a noite. Os Sleeping Cars foram utilizados em ferrovias americanas desde a década de 1830. Para completar o seu processo de ocupação em direção ao oeste e à costa do Pacífico, os Estados Unidos utilizaram as ferrovias. Na primeira década do século XX,


30 os Estados Unidos já contavam com aproximadamente 200 mil quilômetros de linhas férreas. O

site

http://vidadmaquinista.blogspot.com/2011/04/historia-da-ferrovia-no-

mundo.html diz que em 1832, foi inaugurada na Filadélfia, a fábrica de locomotivas Baldwin Locomotive Work, que se transformou na mais importante do mundo. Seu fundador, Mathias Baldwin, era um joalheiro, que ficou famoso pelas locomotivas a vapor que construiu. Em 19 de novembro de 1837 foi inaugurada a primeira ferrovia da América Latina, em Cuba, ligando La Habana a Güines. Na Itália, a primeira locomotiva a trafegar foi a Bayard, do tipo "Patentee"¹, inaugurada em 1839, ligando Nápoles a Portici. Foi construída na Inglaterra, pela empresa Longridge & Starburch. Já na Holanda, também em 1839, teve suas duas primeiras locomotivas, a "Snelheid"e a "Arend", também do tipo "Patentee", construídas por Robeert Stephenson & Co. Em 1840, a França construiu sua primeira locomotiva, a "Gironde", para a ferrovia Paris-Versailles. O construtor foi Le Creuset (IBIDEM). A Bélgica teve primeira locomotiva, a "Namur", em 1845, construída por Tulk & Ley, de Whitehaven, na Inglaterra, para a linha Namur-Liege (IBIDEM). A primeira ferrovia da América do Sul foi inaugurada em 1851, no Peru: um trecho de 14 quilômetros, entre Lima e Calero (IBIDEM). Em 1852, o Chile inaugurou sua primeira ferrovia, cuja construção teve início em 1849 (IBIDEM). Em 1869, nos Estados Unidos, foi inaugurada a primeira linha transcontinental, ligando Nova York a San Francisco da Califórnia, tinha extensão de 5.300 Km (IBIDEM). Já o Japão recebeu sua primeira locomotiva em 1872. Construída na Inglaterra, pela Vulcan Foundry, circulava entre Tóquio e Yokohama (IBIDEM). Segundo o mesmo site, a história da ferrovia no Brasil, teve início no ano de 1835, quando o regente Feijó sancionou o Decreto 100, autorizando o governo a conceder carta de privilégios para quem fizesse uma estrada de ferro do Rio de Janeiro (então capital) para as províncias de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Bahia. Tinham a característica de interligar os locais produtores aos portos, para facilitar o escoamento, assim como na Europa, principalmente pelo ciclo do café que era o principal produto de exportação do país durante a segunda metade do século XIX e início do século XX (IBIDEM). De acordo com o site https://brasilescola.uol.com.br/geografia/ferrovias.htm – acesso em 03/2019, a primeira ferrovia no Brasil, foi inaugurada em 1854entre o Porto


31 de Mauá e a cidade de Fragoso, no Rio de Janeiro, sendo idealizada pelo empresário e banqueiro Irineu Evangelista de Souza, Barão de Mauá.

1.1.2 Ferrovias no Brasil O site cms.cnt.org.b – acesso em 03/2019 diz que, após a sua inauguração em 1854, no final do Império, e em 1889, a malha ferroviária do país somava 9,5 mil km, sendo que o governo era proprietário de um terço desse total. No processo de modernização, no início do século XX, já constituída a República, o crescimento da mão de obra assalariada, o início da industrialização, a agricultura antes apenas voltada para a exportação, agora também voltada para o mercado interno, as ferrovias tiveram um papel muito importante.

Figura 7 - Comparação das vias férreas

Fonte

-

https://www.forte.jor.br/2018/05/26/comparacao-das-redes-ferroviarias-do-brasil-china-

eua-e-russia/ atualizado em 26 de maio de 2018 – acesso 24/03/2019

Com a ampliação da construção de rodovias pavimentadas nos anos de 1920, houve a competição com as ferrovias, pelos recursos públicos pelo transporte de cargas e passageiros. A diminuição de investimento, a má gestão e a fragmentação das malhas ferroviárias, houve o comprometimento do transporte pelas ferrovias. Com a criação da RFFSA (Rede Ferroviária Federal S.A.), em 1957, trouxe avanços para o setor, como o crescimento da tonelagem transportada e o aumento da produtividade do trabalho. MELLO, Karla Reis Cardoso de (2000, pg. 161), diz que em 1971, foi constituída a FEPASA incorporando cinco ferrovias, lançando-se como a empresa que viria


32 modernizar, racionalizar. As décadas que se seguiram trouxeram grandes obstáculos para as ferrovias. Em 1998, houve a incorporação da Ferrovia Paulista S.A. - FEPASA à RFFSA, e em dezembro desse ano, houve sua privatização2.

Figura 8 - Concessão das ferrovias

Principais características das concessões ferroviárias* Objeto da concessão Período concessão Pagamento outorga Valor da tarifa

de

Exploração e desenvolvimento do serviço público de transporte ferroviário de carga. 30 anos, prorrogáveis por mais 30.

da

Primeira parcela correspondente a 5% do valor do lance vencedor do leilão. Mais 112 parcelas trimestrais (com valores corrigidos pelo IGP-DI). Existência de tetos tarifários definidos para cada uma das malhas pelo poder concedente. A tarifa mínima é limitada pelos custos variáveis de longo prazo. Reajuste tarifário Realizado para manutenção do equilíbrio econômico-financeiro com base no IGP-DI Revisão tarifária Em caso de alteração justificada de mercado e/ou custos de caráter permanente que afetem o equilíbrio econômico-financeiro. Pode gerar elevação ou redução nos valores. Serviços acessórios Podem ser cobradas taxas adicionais. Não são configurados como rendas ** alternativas. Principais obrigações 1. Aumento da produção anual d ferrovias (metas quinquenais); 2. Redução do das concessionárias número de acidentes (metas quinquenais); Prestação de serviço adequado sem discriminação dos usuários; e 3. Garantir tráfego mútuo ou, no caso de impossibilidade, permitir o direito de passagem a outros operadores de transporte ferroviário. Principais direitos Receber dos usuários o pagamento de todos os serviços que forem requisitados, das concessionárias obedecidas as tarifas teto; Construir ramais, variantes, pátios, estações, oficinas e demais instalações, bem como proceder às retificações de traçados para melhoria e/ou expansão dos serviços da malha; Contratar terceiros para o desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou complementares; e Ter garantido o equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão. Elaboração CNT. * Desenvolvida com base no contrato de concessão da malha sul e no edital de licitação da mesma malha. Disponíveis em: www.antt.gov.br ** Serviços acessórios: carga, descarga, transbordo, armazenamento etc. Fonte - Brasília: CNT, 2013. pg. 20

1.1.3 Transporte Rodoviário no Mundo Como já dito anteriormente, desde séculos passados já se percebia a necessidade desta modalidade de transporte para atender à demanda de pessoas que precisavam se deslocar de um ponto a outro. Conforme o site https://estradao.estadao.com.br/onibus/evolucao-do-onibusem-25-fatos/ - acesso em 04/2019, no século XIX em Londres, puxado por cavalos,

2

MANUAL DEINCORPORAÇÃO E DESTINAÇÃO DE IMÓVEIS ORIUNDOS DA EXTINTA REDE FERROVIÁRIA FEDERAL S.A. – RFFSA (2008, pag. 06)


33 surgiu o primeiro serviço de transporte coletivo, por Georges Shillibeer, após várias tentativas frustradas, já que fora impedido pelos taxistas da época. Shillibeer conheceu este modo de transporte em Paris, onde morava. Porém, houveram problemas com relação ao conforte e a falta de civilidade dos usuários. Tanto que o Times, em 1833, publicou algumas regras para o uso do transporte que versava sobre não pôr os pés nos bancos, não cuspir no chão dentre outras. Desde então, tiveram vários outros modelos, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, como a Viatura a vapor dos irmãos Stanley, produzida em 1897, o Bonde Elétrico no final do século XIX, o primeiro ônibus a gasolina de Karl Benz, em 1895, o ônibus Double-Deck, em Berlim no ano de 1905, o ônibus Berliet, em 1909, na França dentre vários outros, em outros países (IBIDEM). 1.1.4 Transporte Rodoviário no Brasil No Brasil, segundo o

site

https://www.maxwell.vrac.puc-

rio.br/9036/9036_3.PDF, o primeiro transporte coletivo por ônibus surgiu em 1817, no Rio de Janeiro, quando D. João VI concedeu ao sargento-mor da Guarda Real a concessão para a explorar este serviço. Ainda puxado por cavalos, o trajeto de Santa Cruz ao Centro demorava cerca de cinco horas. Em 1837, foi criada a companhia de Omnibus, primeira empresa de transporte coletivo no Brasil, utilizando diligências importadas da França que eram puxadas por burros. Os primeiros ônibus com motor de explosão foram importados da Europa e as primeiras empresas regulares de ônibus surgiram em 1923 e 1924, no Rio de Janeiro e em São Paulo, respectivamente (IBIDEM).

Figura 9 - Primeiros Ônibus

Fonte: http://www.transatransporte.com.br/5229-2/ - acesso em 04/2019


34 O mesmo site diz que no ano de 1908, foi introduzido o primeiro serviço regular de ônibus a gasolina do Brasil. Foi realizada na Praia Vermelha a Exposição Nacional, em comemoração aos 100 anos da abertura dos portos por D. João VI, l. Diz ainda que a prefeitura deu uma concessão para a implantação, em caráter provisório, de uma linha de auto-ônibus que circulava ao longo da avenida Central, hoje Rio Branco, ao empresário Otávio da Rocha Miranda. Os veículos também realizavam viagens extraordinárias do centro da cidade até o local da Exposição, na Praia Vermelha. A mecânica desses carros era do fabricante Daimler, e a carroceria de origem francesa. O site https://estradao.estadao.com.br/onibus/evolucao-do-onibus-em-25fatos/ - acesso em 04/2019, diz que o primeiro ônibus elétrico a circular no país foi em 1917 e era produzido nos Estados Unidos com o trajeto da Praça Mauá – Palácio do Monroe até 1928. Em 1956, ao contrário da Europa, que na década de 1930 utilizava o papa-filas, veículo composto por um cavalo-mecânico, fabricado pela MercedesBenz L6500 e que puxava um reboque de quase 20 metros de comprimento e capacidade para transportar 170 passageiros sentados. Os papa-filas ganharam espaço. Os primeiros foram em São Paulo, construídos com cavalo-mecânico da FNM e reboque da Caio para 120 passageiros, dos quais 55 sentados. Este mesmo site diz que em São Paulo, os anos 1950 são marcados pelos Twin Coach, da CMTC, a Companhia Municipal de Transporte Coletivos, fabricados pela Fageol, dos Estados Unidos. Inovadores para a época, os modelos tinham carroceria de alumínio e câmbio hidramático. Ainda, segundo o mesmo site, um novo tipo de ônibus surgiu nos anos 1980, resgatando soluções do passado, como os ônibus articulados, mas agora com sistema de sanfonas. O crescimento das zonas urbanas demandou ainda novos conceitos de sistemas de transporte como medida para organizar as cidades. O tema gerou os BRT, Bus Rapid Transit, solução brasileira criada pelo arquiteto Jaime Lerner para a cidade de Curitiba (PR), em 1974. Em 1993, mais uma fabricante passa a produzir chassi para ônibus no Brasil: a Volkswagen Caminhões e Ônibus coloca em linha de montagem o modelo VW 16.180 CO. A popularização dos corredores exclusivos de ônibus impulsionou produtos específicos para a aplicação, como os ônibus biarticulados com capacidade para 200 passageiros. Hoje, além da disponibilidade de ônibus híbrido, a diesel, elétricos ou a gás, as fabricantes também investem em desenvolvimento de recursos de segurança e assistentes de direção, como as tecnologias semiautônomas capazes de identificar e alertar a respeito de obstáculos nas vias e sistemas de frenagem de emergência.


35 Os trolleys foram introduzidos no Rio de Janeiro, assim como na maioria das cidades, em substituição aos bondes. Os veículos utilizados foram importados da Itália, fabricados pela General Electric. Chegaram ao porto do Rio em 1958, mas só começaram a entrar em serviço em 1962. Foram criadas 23 linhas, nas áreas do Centro, Zona Sul e Zona Norte. A imagem, de 1966, mostra um veículo da linha E-20 no primeiro plano, trafegando em faixa seletiva na contramão (IBIDEM).

Figura 10 - Ônibus na contramão

Fonte: http://www.museudantu.org.br/Brasil/trolley_rio_1966.jpg – Acesso em 04/2019

Segundo o site https://slideplayer.com.br/slide/3130657/ - acesso em 04/2019, até os dias atuais, diversas empresas atuaram e atuam neste sistema de transporte. A imagem abaixo demonstra a participação de cada modal de transporte em São Paulo no decorrer das décadas:

Figura 11 - Evolução dos Transporte em São Paulo

Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/3130657/ - acesso em 04/2019


36 1.1.5 Transporte Metroviário O site https://www.infoescola.com/transporte/metro/ - acesso em 04/2019, diz que o primeiro metrô foi inaugurado em Londres e acabou por se tornar um dos grandes feitos da engenharia dos tempos modernos. A linha foi aberta a 10 de janeiro de 1863, e recebeu cerca de 30.000 passageiros no primeiro dia. Era a prova de que o metrô faria com que a grande massa populacional londrina fosse transportada em tempo suficiente para seus locais de trabalhos, dando a Londres uma identidade nova e ousada. Atualmente, há linhas de metrô espalhadas por todos os continentes, sendo que alguns dos principais centros brasileiros contam com o serviço. A primeira cidade no país a contar com uma linha de metrô, foi São Paulo, somente em 1974, mais de 110 anos depois da inauguração da primeira linha na Inglaterra. (IBIDEM) Já o site https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/metro-de-sp-comemora-50anos-de-fundacao-nesta-terca-feira.ghtml - acesso em 04/2019, diz que a empresa foi constituída em 24 de abril de 1968, e as obras da primeira linha, começaram oito anos depois, com a primeira viagem ocorrendo apenas em 1972, na linha Norte-Sul, atual Linha 1-Azul, entre as estações Jabaquara e Saúde. Hoje, A seguir, diversas imagens que contribuem para a constatação de que, o Brasil, deverá investir muito neste meio de transporte.

Figura 12 - Mapa Linhas Metrô Capital de São Paulo

Fonte: http://www.emtu.sp.gov.br/EMTU/pdf/MTM.pdf - Acesso em 04/2019


37 Figura 13 - Comparação entre o Metrô no Brasil e no Mundo

Fonte:

https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2016/12/15/por-que-o-brasil-tem-menos-

metro-que-cidades-como-nova-york-e-londres.htm - acesso em 04/2019

Figura 14 - Comparativo de população, tarifa e Km

Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2016/02/02/media/1454436139_679266.html-acesso em 04/2019

O plano de expansão das linhas do metrô, prevê inaugurações até 2020, conforme figura abaixo:


38 Figura 15 - Expansão Linhas do Metrô

Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/infograficos/mais/noticias.htm - acesso em 04/2019

Segundo o site do Governo de São Paulo, em 04/2018 foram inauguradas 4 estações da Linha 15-Prata, em sistema de monotrilho, que liga a Vila Prudente (integração com a Linha 2-Verde) à Vila União, acessada pelos dois lados da Avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello. §

Expansão do Metrô e da CPTM (2011/2018)

§

Linha 4-Amarela: Butantã, Higienópolis-Mackenzie, Pinheiros, Luz, Fradique Coutinho e República

§

Linha 5-Lilás: Adolfo Pinheiro, Alto da Boa Vista, Borba Gato, Brooklin e Eucaliptos

§

Linha 7-Rubi: Vila Aurora

§

Linha 8-Diamante: Santa Rita e Amador Bueno

§

Linha 15-Prata: Vila Prudente e Oratório

§

Estações da CPTM reconstruídas e modernizadas

§

Linha 7-Rubi: Franco da Rocha

§

Linha 8-Diamante: Carapicuíba, Barueri, Domingos de Moraes e Quitaúna

§

Linha 9-Esmeralda: Pinheiros

§

Linha 11-Coral: Poá, Ferraz de Vasconcelos e Suzano

§

Linha 12-Safira: São Miguel Paulista e Engenheiro Goulart


39 O mesmo site diz que as obras da Linha 6-Laranja, do Metrô, foram iniciadas em janeiro de 2016 e paralisadas em setembro de 2017 porque o consórcio vencedor da licitação para a construção não conseguiu financiamento de longo prazo no Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Já na Linha 9-Esmeralda, da CPTM, as intervenções foram iniciadas em 2013 e interrompidas por falta de repasse de verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

2. REVISÃO HISTÓRICA DA TIPOLOGIA Assim como a maioria das coisas evolui com o tempo, assim também acontece com os terminais de modais de transporte de passageiros. Para ilustrar sua história, demonstraremos neste tópico, algumas destas evoluções. Na capital de São Paulo, entre as décadas de 1960 e 1980, a rodoviária da cidade ficava próximo à estação ferroviária da Luz, onde era considerada o polo dos transportes intermunicipais. Com estilo arquitetônico muito colorido e bem atual nos dias hoje, possuía um chafariz no saguão, as paredes e colunas eram revestidas de pastilhas colorias assim como o teto e as fachadas. Sua operação começou a declinar em 1977, quando foi inaugurada do Terminal Rodoviário do Jabaquara e teve suas atividades encerradas em 1982, com a inauguração do Terminal Rodoviário do Tietê. Figura 16 - Uma das fachadas

Fonte: https://vejasp.abril.com.br/blog/memoria/antiga-rodoviaria-da-luz/ - Acesso em 05/2019


40 Figura 17 - Interior da Rodoviária

Fonte: https://bvcolecionismo.com.br/Site3.0/produtos2.php?pr=54475 – Acesso em 05/2019

O mesmo acontece com as estações ferroviárias. A exemplo disto, a estação do Brás, em São Paulo, teve sua inauguração em 1867.

Figura 18 - Estação do Brás na época da inauguração

Fonte: https://www.estacoesferroviarias.com.br/b/braz.htm – Acesso em 05/2019

Figura 19 - Plataforma da Estação do Brás em 2004.


41

Fonte: https://www.estacoesferroviarias.com.br/b/braz.htm – Acesso em 05/2019

Figura 20 - Atual Estação de Trens do Brás (2016)

Fonte: https://www.sorocabana.org.br/ver_noticia.php?id=672# – Acesso em 05/2019

3. ORGANIZAÇÃO, ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DE UM TERMINAL INTERMODAL DE PASSAGEIROS Terminal

Intermodal

de

Passageiros

é

a

incorporação

de

modais

proporcionando ao usuário, fácil acesso entre eles e ao entorno. Um Sistema Intermodal de Transporte de Passageiros está organizado de forma que viabilize aos usuários, acessos aos modais de transporte disponíveis em um mesmo local.


42 Seu funcionamento se dá através da interligação do modais de transporte existentes, como o saguão de acesso. A partir deste ponto, cada modal possui sua própria característica. Para o funcionamento de um terminal rodoviário urbano, basicamente são necessários: - Administração; - Bilheterias - Sanitários; - Fiscalização de Linhas; - Plataformas Em um terminal intermunicipal, basicamente, têm as mesmas necessidades que um terminal urbano. 3.1 Fluxograma Saguão

Bilheterias (área interna)

Terminais Rodoviários

Administração Legenda Público Interno (Funcionários, Limpeza) Público Externo (Usuários em geral)

Bilheterias (área externa)

Estação de Trens

Sanitários


43 3.2 Organograma

ENTRADA

BILHETERIAS

TERMINAIS RODOVIÁRIOS

PLATAFORMA DE TRENS

3.3 Setorização

• •

ADMINISTRATIVO Administração Geral Administração das empresas de transporte

OPERACIONAL • Plataformas • Manutenção

SETOR DE COMÉRCIO • Lojas fixas • Stands • Dispenser

SETOR DE SERVIÇOS • Serviços Públicos • Serviços Privados

3.4 Agenciamento

§

ADMINISTRATIVO Adm. Geral. / Específica • Escritórios • Sanitários • Copa / Cozinha / Refeitório

OPERACIONAL • Salas de Comandos • Salão de espera • Sanitários • DML • Depósito temporário de lixo


44

SETOR DE SERVIÇOS • assistência circulação rampa • segurança plataforma de embarque e desembarque flutuante • fiscalização circulação para desembarque • comunicação controle • telefones públicos depósitos • informações

COMERCIAL • Vestuários • Alimentar • Souvenirs • Sanitários

3.5 MOBILIDADE URBANA Transporte, segundo FERRAZ (1998, pg. 284), é a movimentação de pessoas e produtos. Para o transporte de pessoas estão o rodoviário, ferroviário, aéreo, marítimo, dutos. Dentre os rodoviários estão os automóveis, caminhões, ônibus, ônibus fretados, vans, táxis, e se classificam como, na sequência, particulares, públicos e semi-públicos; ferroviários, trens e metrôs; aéreos, aviões, helicópteros; marítimos, embarcações em geral e dutos, gasodutos, oleodutos e minerodutos. No transporte de pessoas, os mais utilizados são os rodoviários e ferroviários. Com o aumento da população em grandes centros urbanos, concentrada em bairros da periferia das cidades, os indivíduos necessitam, cada vez mais, se deslocarem por grandes distâncias para chegar ao trabalho, estudo, lazer, trazendolhes grande desconforto em ter que sair de um meio de transporte e chegar até outro, ou outros, para que consigam chegar ao seu destino. Junto a isto, o custo que se tem de desembolsar em cada um destes meios de transporte. Para FERRAZ (1998, pg. 288), a qualidade do sistema do transporte urbano é tão importante quanto os sistemas de abastecimento de água, coleta de esgoto, fornecimento de energia elétrica, devido à necessidade de deslocamentos nas cidades. No Brasil, o transporte urbano público corresponde à mais da metade das viagens motorizadas. Visando

solucionar

estas

dificuldades,

como

também

os

grandes

congestionamentos existentes nas grandes cidades, devido a política voltada a valorização do transporte particular (automóveis), causando também, o grande mal que assola o planeta, a poluição, busca-se a integração de diversos modais de transporte público. Juntamente a isto, planejar e/ou adaptar as cidades, viabilizando e


45 priorizando os meios de transporte não motorizados, como bicicletas e melhorando o percurso para quem opta por caminhar, com vias mais seguras e voltadas exclusivamente para este público. [...] Nos países da União Europeia, o transporte rodoviário é bastante difundido. No continente ocorreu um significativo crescimento na malha rodoviária entre as décadas de 70 e de 90, atualmente há perspectivas de aumento. Uma nova tendência na UE é a interação entre o transporte rodoviário e o ferroviário: caminhões se movimentam sobre trens em alguns trechos da viagem. Já nos Estados Unidos, o meio de transporte mais usado é o rodoviário.” (FRANCISCO, Wagner de Cerqueira e https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/transporterodoviario.htm - Acesso em 03/2019).

Segundo Ramon Victor Cesar, Presidente da BHTRANS (Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte), em matéria publicada pelo site http://wricidades.org/impacto - acesso em 04/2019, diz que “[...] um projeto integrado tem que manter o foco em inovar, elevar a capacidade e o nível de conforto dos serviços de transportes”. De acordo com a Política Nacional de Mobilidade Urbana, os municípios com mais de 20 mil habitantes precisam ter o Plano de Mobilidade Urbana aprovado e transformado em lei, fazendo parte do Plano Diretor e enviado ao Ministério das Cidades, para ter direito a receber recursos federais para obras na área de mobilidade urbana. No Brasil, é a Lei 12.587/12 que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana.

3.5.1 Mobilidade Urbana em Mogi das Cruzes A Prefeitura de Mogi das Cruzes revisou o Plano de Mobilidade Urbana do município e tem como objetivo nortear as ações e intervenções a serem realizadas pela Administração Municipal nos próximos anos, para a melhoria da circulação de pedestres, ciclistas, veículos e do transporte coletivo.

Figura 21 - Plano de Mobilidade Urbana


46

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes

-Tรณpicos Mobilidade Urbana:

Figura 22 - Metodologia

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes


47 Figura 23 - Infraestrutura

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes,

Figura 24 - Objetivos

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes


48 Figura 25 - Relatório Atualização Plano Mobilidade Urbana

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes

O processo participativo foi um diferencial qualitativo na elaboração do Plano de Mobilidade de Mogi das Cruzes, tendo como princípio a participação social na elaboração de todas as suas etapas e gerou propostas, reivindicações e reclamações, apresentadas nas diversas reuniões e audiências, ou por meio do site. Excluídos itens não relacionados à mobilidade urbana, foram 278 manifestações relacionadas aos seguintes temas: Gráfico 1 - Principais Pontos levantados


49

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes

Figura 26 - Manifestações apresentadas durante o processo de mobilização

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes

A cidade possui um sistema de integração chamado de SIM-Sistema Integrado Mogiano, segundo as diretrizes estabelecidas no Plano Diretor de Transporte e Trânsito Urbano e Rural (2008), que é explorado, através de concessões, por duas empresas: CS Brasil e Empresa Princesa do Norte. As duas empresas possuem juntas, uma frota de 243 ônibus adaptada com elevadores para o transporte de cadeirantes.


50 Foto11 - SIM-Sistema Integrado Mogiano

Fonte: Do Autor - 03/2019

No SIM, linhas radiais provenientes dos bairros foram distribuídas entre os terminais Central e Estudantes, conforme a sua origem – eixo de aproximação da Área Central; e o volume de oferta – as linhas de menor frequência utilizam o terminal mais próximo, enquanto as de maior frequência fazem um percurso mais extenso pelo Centro. Há ainda três linhas locais que realizam atendimentos específicos em alguns bairros e que são integradas às demais linha da rede. Figura 27 - Esquema funcional do SIM

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes – Acesso em 03/2019


51 Figura 28 - Frota em operação

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes – Acesso em 03/2019

Gráfico 2 - Composição da frota

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes – Acesso em 03/2019

4 LEGISLAÇÃO O projeto atenderá à legislação vigente nos âmbitos nacional, estadual e municipal pertinentes, conforme segue: 4.1 DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte - Manual de Implantação de Terminais Rodoviários de Passageiros-MITERP (1986) O MITERP é um direcionamento para a implantação dos terminais, bem como para a seleção das cidades, localização, arranjo das plataformas e definição de


52 programas de necessidades com dimensionamentos mínimos estabelecidos para cada ambiente.

Tabela 1 - Classificação de Terminais ÍTEM FATORES

1

2

3 NÚMERO DE PLATAFORMAS DE DESEMBARQUE

NÚMERO MÉDIO DE PARTIDAS DIÁRIAS

NÚMERO DE PLATAFORMAS DE EMBARQUE

A

DE 1.250 a 901

62 a 45

21 a 15

B

DE 900 a 601

45 a 30

15 a 10

C

DE 600 a 401

30 a 20

10 a 7

D

DE 400 a 251

20 a 13

7a5

E

DE 250 a 151

13 a 8

5a3

F

DE 150 a 81

8a5

3a2

G

DE 80 A 25

5a2

2a1

H

DE 24 a 15

1

1

Fonte: MITERP - Org. pelo Autor - Acesso em 03/2019

4 4.2 Lei Federal Lei 12.587/2012 (Lei Ordinária) 03/01/2012, Lei de Mobilidade Urbana diz que: § 3o São infraestruturas de mobilidade urbana: I - vias e demais logradouros públicos, inclusive metroferrovias, hidrovias e ciclovias; II - estacionamentos; III - terminais, estações e demais conexões; IV - pontos para embarque e desembarque de passageiros e cargas; V - sinalização viária e de trânsito; VI - equipamentos e instalações; e VII - instrumentos de controle, fiscalização, arrecadação de taxas e tarifas e difusão de informações.


53 4.3 Lei Municipal LEI Nº 7334, DE 3 DE JANEIRO DE 2018, diz que: Art. 4º São objetivos gerais da política municipal de mobilidade: I - melhoria contínua das condições de mobilidade urbana no Município; II - segurança e conforto nos deslocamentos de pessoas e bens, com redução dos tempos e custos; III - redução das ocorrências de acidentes e de vítimas no trânsito; IV - melhoria contínua dos serviços de transporte coletivo no município; V - descentralização do fluxo de veículos; VI - implantação do sistema cicloviário de Mogi das Cruzes; VII - melhoria da infraestrutura destinada à circulação de pedestres; VIII - integração entre entes públicos para as ações relativas à política municipal de mobilidade Art. 5º O PlanMOb-MOGI contempla os seguintes objetivos estratégicos: I - tornar o transporte coletivo mais atrativo do que o transporte individual motorizado, tendo como meta ampliar a participação das viagens em modos de transporte coletivos em relação ao total de viagens em modos motorizados; II - promover a melhoria dos serviços, equipamentos e instalações relacionados à mobilidade; III - promover a segurança no trânsito; IV - assegurar que as intervenções no sistema de mobilidade urbana contribuam para a melhoria da qualidade ambiental e estimulem o uso dos modos de transporte não motorizados; V - tornar a mobilidade um fator positivo para o desenvolvimento do Município; VI - tornar a mobilidade urbana um fator de inclusão social.”

4.4 NBR 9050/2015 Acessibilidade Em Edifícios De Uso Público. 4.5 NBR 9077/2001 Saídas de Emergências em Edifícios.

5 ESTUDOS DE CASOS 5.1 Estudo De Caso 1 5.1.1 Estação Rodoviária Jaú 5.1.1.2 Ficha Técnica •

Nome: Estação Rodoviária Jaú

Arquitetura: J.B. Vilanova Artigas

Localização: Jaú/SP


54 •

Data de início do projeto: 1973

Data de finalização da obra: 1975

Construtora: Eng. Geraldo Camargo Demétrio

Áreas: área do terreno: 23.000 m² o áreas edificadas: 10.000 m² O motivo da escolha deste projeto, foi a inovação adotada para esta

construção, já que as construções de rodoviárias são, geralmente, feitas com formas iguais, impessoais. Obra de J.B. Vilanova Artigas, projetada em 1973, está localizada em Jaú, cidade do interior de São Paulo, à Rua Humaitá, Centro, Jau, SP. Aproveitando a topografia do local, projetou um edifício de três andares que se unifica com a Cidade de uma forma que, quem olha de um certo ponto, vê como um todo: o entorno se prolongando de um lado a outro, não dificultando o vislumbre da paisagem. Com a implantação do projeto, foram solucionadas algumas problemáticas do entorno, como o acesso do centro à parte mais alta da cidade, a permeabilidade urbana, o conflito de pedestres e o trânsito de veículos. 5.1.2 Localização Figura 29 - Localização

Fonte: http://www.arquiteturabrutalista.com.br – Org. pelo Autor - Acesso em 03/2019


55 Figura 30 - Fachada

Fontehttp://www.arquiteturabrutalista.com.br - Acesso em 03/2019

5.1.3 O Projeto Está sustentado por 18 colunas (Figura 3) dispostas sobre três eixos longitudinais (17m) e seis eixos transversais (10m)3. Figura 31 - Implantação

Fonte: http://www.arquiteturabrutalista.com. – Org. pelo Autor - Acesso em 03/2019

No pavimento intermediário, (Figura 4), está a entrada dos ônibus que desce suavemente para o pavimento térreo, onde está localizado o embarque dos passageiros. Neste mesmo pavimento, a entrada de pedestres que, ao contrário dos ônibus, sobe, também suavemente, através de uma rampa que, no final, há um “recorte” na parede, de onde pode-se vislumbrar o vão central e o outro lado do mesmo pavimento.

3

Dados retirados da web site - http://www.arquiteturabrutalista.com.br


56 Deste local, saem dois braços, um para direita e outro para a esquerda que dão acesso ao salão de espera, bilheterias, sanitários e guarda-volumes. Figura 32 - 1º Pavimento

Fonte: http://www.arquiteturabrutalista.com. - Org. pelo Autor - Acesso em 03/2019

Também neste pavimento, localizam-se as lojas e lanchonete. Figura 33 - 2º Pavimento

Fonte: http://www.arquiteturabrutalista.com. – Acesso em 03/2019

O pavimento superior (Figuras 6 e 7), está suprido com restaurante e um terraço com vista para a cidade. Este conceito está relacionado com a permeabilidade com a cidade, já que foi projetado para ter seu funcionamento independente da rodoviária, proporcionando assim, que, tanto os usuários da rodoviária quanto a população em geral, possam usufruir deste espaço.


57 Figura 34 – 2º Pavimento

Fonte: http://www.arquiteturabrutalista.com. - Org. pelo Autor - Acesso em 03/2019

Figura 35 - Terraço

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br - Acesso em 03/2019

Neste mesmo pavimento existe também, um restaurante totalmente independente da rodoviária. Os acessos se dão por rampas, que conectam os pavimentos.


58 Figura 36 - Rampas de Acesso

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br - Acesso em 03/2019

Figura 37 - Detalhe do Pilar 1 - Diferencial do Projeto

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br - Acesso em 03/2019


59 Tabela 2 - Tabela de Programa de Necessidades do Terminal Rodoviário de Jaú

Fonte: NEVES4, (2014 apud LIMA (2004)

Segundo NEVES5, (2014 apud LIMA (2004), por ter sido construído antes da criação do MITERP, possui um programa de necessidades menor que o recomendado pelo manual. 5.1.5 Conclusão No que tange ao material utilizado, nada diferente do que já se fez e se tem feito ainda: concreto aparente, revestimento com piso emborrachado. O que este projeto difere dos demais é a criatividade do arquiteto que conseguiu, utilizando a topografia do local, projetar um edifício totalmente integrado ao ambiente e entorno. O ponto alto desta arquitetura está nos pilares que terminam na laje como se tivessem sido “fatiados” em quatro partes, formando uma “flor”, com suas pontas apoiadas em um círculo de 5m de diâmetro aberto na laje, proporcionando iluminação natural e coberto com material transparente, o que é o grande diferencial desta obra.

4

NEVES, Samantha Isabelle Oliveira (TCC-Trabalho de Conclusão de Curso-Terminal Intermodal De Passageiros Em Sorocaba- SP, pag. 41, 2014) 5 NEVES, Samantha Isabelle Oliveira (TCC-Trabalho de Conclusão de Curso-Terminal Intermodal De Passageiros Em Sorocaba- SP, pag. 41, 2014)


60 Aspectos Positivos: a inovação, o aproveitamento da topografia do local, a solução dos conflitos do entorno, a permeabilidade urbana, a ligação entre o público e o privado. Aspectos Negativos:

falta de alguns dos equipamentos necessários em

terminais rodoviários, como vestiários para funcionários, depósito de lixo, achados e perdidos, estacionamentos de taxis e correios.

5.1.6 Análise de SWOT Tabela 3 - Análise SWOT

ANALISE SWOT Aspectos Positivos §

Inovação;

§

intervenção mínima ou quase

Aspectos Negativos §

Falta de equipamentos necessários

nenhuma na topografia natural do local; §

solução de conflitos;

§

iluminação natural; Aspectos Ameaças

Aspectos Oportunidades

Com a falta dos equipamentos necessários, os funcionários não possuem instalações apropriadas e os usuários têm que se deslocarem para outros pontos fora do local, para ter acesso à alguns equipamentos.

Efetuar as devidas alterações para que o projeto se enquadre às legislações e normas exigidas para este tipo de edifício.

5.2 Estudo De Caso 2 5.2.1 Gare Intermodal De Lisboa (GIL) Ou Estação Ferroviária De Lisboa 5.2.1.2 Ficha Técnica •

Nome: Gare Intermodal De Lisboa (GIL) Ou Estação Ferroviária De Lisboa

Arquitetura: Santiago Calatrava

Localização: Lisboa, Portugal

Data do projeto: 1998


61 5.2.1.1 Localização Localiza-se na Praça do Oriente, 1990-233 Lisboa, Portugal.

Figura 38 - Localização

Fonte: – Google maps – Org. pelo Autor - Acesso em 03/2019

5.2.1.2 Projeto A obra foi concluída em 1998, idealizada pelo arquiteto Santiago Calatrava para a Expo 98 e, posteriormente, o parque das Nações. É considerada uma das mais importantes estações rodoferroviárias de Lisboa. Está implantada em três níveis que são, a estação do Metropolitano, espaço comercial, estação rodoviária e estação ferroviária. Centralizando vários meios de transporte de Lisboa, a estação garante interligações urbanas, nacionais e internacionais. Pela sua arquitetura única, é um marco na cidade. As partes que a compõem são a cobertura, piso subterrâneo, suporte das plataformas e arcos. A cobertura que dá proteção às plataformas, é o ponto forte devido os sistemas metálicos serem em forma de “árvores”, em forma de tubos e chapas planas, tornando-se um esquema de ramificações regulares e vidro laminado, o que permite a iluminação natural. Fundada sobre 15 estacas de concreto de 90 cm de diâmetro, se estrutura em forma de uma ponte, cujas lajes de 30 cm de espessura suportam os carris e os cais dos comboios. A ponte é uma estrutura em concreto composta por um vão central de 34m, dois intermédios de 51m e outros dois de 42,50m, e com uma largura de 80m.


62 O piso intermediário/térreo é formado por grandes arcos, onde se tem acesso aos pisos das plataformas, comércio e ao metrô.

Figura 39 – Implantação

Fonte: https://prezi.com/pzdatjqbsl8g/estacao-gare-do-oriente/ - Acesso em 03/2019 Figura 40 - Implantação

Fonte: https://prezi.com/pzdatjqbsl8g/estacao-gare-do-oriente/ - Acesso em 03/2019


63 Figura 41 - Plantas, cortes e legenda

Fonte: https://prezi.com/pzdatjqbsl8g/estacao-gare-do-oriente/ - Acesso em 03/2019

Figura 42 - Piso Superior - Cobertura das Plataformas

Fonte: https://famiarquitetura.blogspot.com/2013/03/estudo-de-caso-gare-intermodal-de-lisboa.html/ Acesso em 03/2019


64 Figura 43 - Piso IntermediĂĄrio / TĂŠrreo - Suporte das Plataformas

Fonte: https://famiarquitetura.blogspot.com/2013/03/ - Acesso em 03/2019

Figura 44 - Plataformas dos Trens

Fonte: https://pt.slideshare.net/projetoarq/intermodal-de-lisboa-33106614 - Acesso em 03/2019


65 Figura 45 - Terminal de Ônibus

Fonte: https://pt.slideshare.net/projetoarq/intermodal-de-lisboa-33106614 - Acesso em 03/2019

Figura 46 - Piso Subterrâneo

Fonte: https://pt.slideshare.net/projetoarq/intermodal-de-lisboa-33106614 - Acesso em 03/2019 Figura 47 - Pontos de Taxi

Fonte: https://pt.slideshare.net/projetoarq/intermodal-de-lisboa-33106614 - Acesso em 03/2019


66 Figura 48 - Setorização Pavimento Térreo 1

Fonte: https://famiarquitetura.blogspot.com/2013/03/estudo-de-caso-gare-intermodal-de-lisboa.html Acesso em 03/2019

Figura 49 - Setorização Pavimento Térreo 2

Fonte: https://famiarquitetura.blogspot.com/2013/03/estudo-de-caso-gare-intermodal-de-lisboa.html Acesso em 03/2019


67 Figura 50 - Planta de Áreas Servidas e Áreas Serventes – Térreo

Fonte: https://famiarquitetura.blogspot.com/2013/03/estudo-de-caso-gare-intermodal-de-lisboa.html Acesso em 03/2019

Figura 51 - Planta de Áreas Servidas e Áreas Serventes – 1° Pavimento

Fonte: https://famiarquitetura.blogspot.com/2013/03/estudo-de-caso-gare-intermodal-de-lisboa.html Acesso em 03/2019


68 Figura 52 - Planta Pilares, Área de Usuários, Linha Férrea

Fonte:

https://projetoarquitetonico-e.blogspot.com/search/label/Outros%20Estudos

-

Acesso

em

-

Acesso

em

03/2019

Figura 53 - Detalhes da Estrutura da Cobertura

Fonte: 03/2019

https://projetoarquitetonico-e.blogspot.com/search/label/Outros%20Estudos


69 Figura 54 - Acessos

Fonte:

https://projetoarquitetonico-e.blogspot.com/search/label/Outros%20Estudos

-

Acesso

em

03/2019

5.2.1.3 Conclusão

Trata-se de uma obra de proporção grandiosa e extremamente bela. Um projeto que, com suas formas orgânicas, evidencia bem o estilo do arquiteto. Até mesmo os pilares acompanham este estilo. O material utilizado é, basicamente, os que são usados neste tipo de construção, como aço, concreto e vidros. O ponto crítico deste projeto, são as coberturas, tanto da estação ferroviária quanto do terminal de ônibus. Com os pés direito extremamente altos e sem proteção lateral, expõem os usuários as intempéries climáticas. Aspectos Positivos: arquitetura exuberante; o arquiteto utilizou muitos vidros para que o interior da obra obtivesse iluminação natural. Aspectos Negativos: os pés direito extremamente altos e sem proteção lateral.


70 5.2.1.4 Análise de SWOT ANALISE SWOT Aspectos Positivos §

A arquitetura exuberante

Aspectos Negativos §

Aspectos Ameaças Por ser tratar de uma obra de referência para a cidade, onde estão localizados os principais modais, inclusive acesso ao aeroporto, obriga os usuários a submeterse ao desconforto do local.

Projeto idealizado com foco na beleza e na exuberância, deixando para segundo plano, o conforto dos usuários. Aspectos Oportunidades

Com o término do evento para qual foi projetado, pode-se, assim como nos outros pavimentos, providenciar a cobertura dos espaços abertos com os vidros já utilizados, ou, em tempos de preservação ambiental, utilizar materiais recicláveis e/ou reciclados.

5.3 Estudo de Caso 3 5.3.1 Zaragoza Delicias, Espanha 5.3.1.2 Ficha Técnica •

Nome: Zaragoza Delicias, Espanha

Arquitetura: Carlos Ferrater / José Maria Valero e Félix Arranz

Localização: Zaragoza, Espanha

Início do projeto: 2000

Conclusão da obra: 2007

Construtora Fomento de Construcciones y Contratas e Ferrovial S.A.

Figura 55 - Localização

Fonte: Google Earth – Org. pelo Autor - Acesso em 03/2019


71 5.3.2.1 Projeto Do arquiteto Carlos Ferrater com co-autoria de José Maria Valero e Félix Arranz, esta obra foi idealizada para unir Madri e Barcelona e para resolver problemas antigos de circulação dos bairros distantes, com o desafio de adaptá-la ao sistema urbano, com as vias urbanas de fluxos intensos que iam surgindo, agora mais próximas das autopistas, e as vias de saída da cidade e a ligação do parque natural dos meandros do Ebro e ao parque de Aljaferia. Intervenções previstas no recente projeto que procurou reabilitar os terrenos junto ao rio. Figura 56 - Localização (2)

Fonte: Google Maps - Org. pelo Autor - Acesso em 03/2019

Legenda: Parque Natural dos Meandros do Ebro Parque de Aljaferia Projeto Em 2008, função da Exposição Universal, a cidade de Zaragoza recebeu muitos benefícios e revitalizações: hotéis, centros de negócios, Museu Histórico de Ferrovias, parques e áreas de lazer. Em 2007 inaugurou-se o trem de alta velocidade que percorre o trajeto até Madri em 90 minutos quando, também, esse conjunto de ferrovias passou a abrigar também a estação central de ônibus. O programa intermodal visava atender aos serviços urbanos de transporte e comunicação e às novas atrações de seu entorno. Esta obra possui 370 metros de comprimento e 180 de largura, sendo considerado o maior espaço coberto da Espanha, com grandes volumes, elementos estruturados em concreto branco. Foram projetados de acordo com cada uma das


72 funções relacionadas ao trânsito. Possui fechamentos e proteção dos usuários, por meio de corpos e marquises de concreto. É composta por três ambientes que organizam as circulações através de acessos aos ambientes e saídas. As baldeações dos passageiros são realizadas no subsolo, por uma passagem subterrânea localizada no centro da plataforma da estação. Os espaços para visitantes estão separados daqueles destinados ao transporte ferroviário. O espaço destinado ao transporte ferroviário conta com oito plataformas de embarque e desembarque, medindo 400 metros cada uma e para visitantes existe espaço separados destes. Os materiais utilizados foram elementos estruturados em concreto branco, fechamentos translúcidos, possibilitando visão do ambiente exterior, além de proporcionar abertura de luz natural.

Figura 57 - Fachada 1

Fonte - Armando Pérez-08/2018 (Google Maps) – Acesso em 03/2019

O enquadramento das aberturas possui ritmo irregular. A cobertura foi construída com materiais leves e está suspensa por nove grandes arcos metálicos em diagonal sobre o corpo do edifício, com tirantes a 150 metros de distância cada um, o tirante de cada arco é suportado por quatro cabos de suspensão verticais.


73 Figura 58 - Fachada 1

Fonte - http://3.bp.blogspot.com/ – Acesso em 03/2019

A estrutura da cobertura apoia-se no tirante inferior dos arcos, formando uma composição geométrica de triângulos que captam luz e produzem reflexos e sombras, dotando a estação de boa iluminação natural. Na área central, a altura do teto chega a 30 metros, sem nenhum pilar de sustentação. A estrutura geral, é composta de lajes de concreto armado com altura média de escoramento de oito metros, com lajes de 0,5 a um metro de espessura, executadas com vigas HM. A fundação, para a qual foram construídas proteções ancoradas em cabos reforçados de 15 metros. Além dos materiais utilizados em sua construção, o projeto previu também, a instalação de diversas tecnologias de comunicação planejado para atender novas técnicas de informatização e comunicação, além de prover o conforto ambiental da nave principal e dos átrios. Estão instalados em locais estratégicos, permitindo aos usuários visualizar horários e condições climáticas da estação de seu destino.


74 Figura 59 - Plataformas de trens

Fonte - Armando Pérez-08/2018 (Google Maps) – Acesso em 03/2019

Figura 60 – Cobertura

Fonte - Armando Pérez-08/2018 (Google Maps) – Acesso em 03/2019


75 Figura 61- Iluminação Natural

Fonte - Maryoli Sa - 11/2018 (Google Maps) – Org. pelo Autor - Acesso em 03/2019

Figura 62 - Plataformas Terminal Rodoviário

Fonte - Armando Pérez - 08/2018 (Google Maps) – Acesso em 03/2019


76 Figura 63 - Acesso Interno – Escada Rolante

Fonte – http://arq211analk.blogspot.com/2013/09 Acesso em 03/2019

Figura 64 - Acesso Interno – Escada Fixa

Fonte - http://arq211analk.blogspot.com/2013/09 - Acesso em 03/2019

Figura 65 - Cortes Longitudinal e Transversal


77

Fonte - http://famiarquitetura.blogspot.com/2013/03/zaragoza-delicias.html – Acesso em 03/2019

Figura 66 - Planta de Áreas Servidas e Áreas Serventes – Térreo

Fonte - http://famiarquitetura.blogspot.com/2013/03/zaragoza-delicias.html – Acesso em 03/2019

Figura 67 - Setorização – Térreo

Fonte - http://famiarquitetura.blogspot.com/2013/03/zaragoza-delicias.html – Acesso em 03/2019


78 Figura 68 - Planta de Áreas Servidas e Áreas Serventes – Mezanino

Fonte - http://famiarquitetura.blogspot.com/2013/03/zaragoza-delicias.html – Acesso em 03/2019

Figura 69 - Planta de Setorização – Mezanino

Fonte - http://famiarquitetura.blogspot.com/2013/03/zaragoza-delicias.html – Acesso em 03/2019

6.3.2.2 Conclusão Zaragoza Delicias, sem dúvida, é um projeto muito bom. A estética do projeto, se dá, também, pelas formas retangulares. Seu diferencial é a cobertura, com seus arcos e formas triangulares. Mas, o que difere a obra da maioria dos terminais estudados, é a preocupação com o conforto dos usuários dos terminais tanto ferroviário quanto rodoviário, que têm


79 coberturas e fechamentos laterais que realmente os protegem das intempéries climáticas. Aspectos Positivos: o conforto dos usuários dos terminais, tanto ferroviário quanto rodoviário; utilização e materiais que permitem a iluminação natural; Aspectos Negativos: Devido a separação dos usuários dos visitantes, figura como uma forma de segregação. 5.2.1.4 Análise de SWOT ANALISE SWOT Aspectos Positivos

Aspectos Negativos

Separação entre os usuários e os visitantes Aspectos Ameaças Aspectos Oportunidades Com a “segregação” figurada pela Tornar todos os espaços permeáveis para separação do público, limita a todos os tipos de usuários, sejam permeabilidade com a cidade. visitantes ou usuários dos serviços. §

Conforto dos usuários

§

6.3.2.3 Conclusão Geral Analisando os três terminais estudados conclui-se que, cada um deles possui a característica peculiar de seu criador, como formas, efeitos, conceitos. utilizados. Porém, no que se refere à partidos, basicamente são usados os mesmos, como concreto, aço, vidros dentre outros. Isto posto, sente-se a falta de utilização de materiais alternativos, ecologicamente corretos, em tempos de preservação e reciclagem de materiais. Talvez isto ocorra devido ausência destes, o que torna investimentos em estudos e/ou produção desta tecnologia imprescindíveis, ou até mesmo, pela exigência dos clientes, o que se faz necessária sua conscientização. 6.3.2.4 Tabela Síntese

TABELA SINTESE DE ANALISE DE SWOT Projetos

Aspectos Positivos

Aspectos Negativos

Aspectos Ameaças

Aspectos Oportunidades


80 Projeto 1

a inovação, o aproveitamento da topografia do local, a solução dos conflitos do entorno, a permeabilidade urbana, a ligação entre o público e o privado.

falta de alguns dos equipamentos necessários em terminais rodoviários, como vestiários para funcionários, depósito de lixo, achados e perdidos, estacionamentos de taxis e correios.

Com a falta dos equipamentos necessários, os funcionários não possuem instalações apropriadas e os usuários têm que se deslocarem para outros pontos fora do local, para ter acesso à alguns equipamentos. Por ser tratar de uma obra de referência para a cidade, onde estão localizados os principais modais, inclusive acesso ao aeroporto, obriga os usuários a submeter-se ao desconforto do local.

Efetuar as devidas alterações para que o projeto se enquadre às legislações e normas exigidas para este tipo de edifício.

Projeto 2

A arquitetura Projeto exuberante idealizado com foco na beleza e na exuberância, deixando para segundo plano, o conforto dos usuários.

Projeto 3

Conforto usuários

dos Separação entre Com a os usuários e os “segregação” visitantes figurada pela separação do público, limita a permeabilidade com a cidade.

Tornar todos os espaços permeáveis para todos os tipos de usuários, sejam visitantes ou usuários dos serviços.

Com o término do evento para qual foi projetado, pode-se, assim como nos outros pavimentos, providenciar a cobertura dos espaços abertos com os vidros já utilizados, ou, em tempos de preservação ambiental, utilizar materiais recicláveis e/ou reciclados.


81 SINTESE

Inovação, topografia do loca, solução dos conflitos, permeabilidade, exuberância, conforto

Falta de equipamentos, ausência de conforto, distinção de público

Deslocamento do público,

Instalar equipamentos conforme legislação pertinente, melhorar o conforto, permitir permeabilidade, utilização de materiais recicláveis.

7. VISITA TECNICA 7.1 Ficha Técnica •

Nome: Terminal Intermunicipal do Jabaquara

Arquitetura: Arquitetura Júlio Neves Ltda.

Localização: Rua dos Jequitibás, 80, Jabaquara - São Paulo/SP

Ano do Projeto: 1974

7.1.1 Serviços Oferecidos §

Serviços

§

Área Comercial

§

Balcão de Informações

§

Carregador de Celulares e Notebooks

§

Central de Informações (atendimento telefônico)

§

Guarda Volumes Automático

§

Posto da ARTESP

§

Posto de Achados e Perdidos

§

Praça de Alimentação

§

Sanitários

§

Telefones Públicos


82 7.1.2 Características Possui capacidade para 30.000 passageiros/hora/pico em uma área construída de 6.850m² e foi inaugurada em 02/05/1977. Possui integração com Terminal de Ônibus Urbano disponibilizando acesso às linhas6: - 288 São Bernardo Do Campo (Terminal Metropolitano Ferrazopolis) /São Paulo (Terminal Metropolitano Jabaquara); - 289 Diadema (Terminal Metropolitano Piraporinha) / São Paulo (Terminal Metropolitano Jabaquara); - 290 Diadema

(Terminal

Metropolitano

Diadema)

/

São

Paulo

(Terminal

Metropolitano Jabaquara), e acesso ao Terminal Intermunicipal do Jabaquara de onde partem ônibus para cidades de Bertioga, Guarujá, Santos, Praia Grande, Cidade Ocean, Cubatão, São Vicente, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe. São 19 plataformas. Assim como em outras estações do metrô, o uso do concreto aparente e com treliças do próprio concreto, formam o partido arquitetônico utilizado. A estação é subterrânea, com as bilheterias, acessos aos dois terminais e aos outros serviços oferecidos. Na Praça Padre José Conceição Meirelles, está localizada a entrada onde o usuário pode contemplar a bela paisagem e a interação com as ruas do entorno. Seu acesso se dá por uma escadaria e uma rampa que possibilita o acesso para quem tem mobilidade reduzida.

Foto12 - Embarque

Fonte: Do Autor – 02/2019

6

http://www.emtu.sp.gov.br/emtu/redes-de-transporte/corredores-terminais/corredor-metropolitano-abd/terminais/jabaquara.fss


83 Foto13 - Saguão

Fonte: Do Autor – 02/2019

Foto14 – Circulação

Fonte: Do Autor – 02/2019


84 Foto15 - Bilheteria para Ônibus da EMTU

Fonte: Do Autor – 02/2019

Foto16 - Acesso às Plataformas

Fonte: Do Autor – 02/2019


85 Foto17 - Elevador

Fonte: Do Autor – 02/2019

Foto18 – Saída – Acesso à Praça

Fonte: Do Autor – 02/2019


86 Foto19 - Saída

Fonte: Do Autor – 02/2019 Foto20 - Boulevard

Fonte: Do Autor – 02/2019 Foto21 -Saída Acessível

Fonte: O Autor – 02/2019


87 Foto22 - Acesso às plataformas de Ônibus Intermunicipais

Fonte: Do Autor – 02/2019

Foto23 - Plataforma de Embarque e Desembarque

Fonte: Do Autor – 02/2019


88 Foto24 – Comprovação de Visita Técnica

Fonte: O Autor – 18/02/2019

7.1.3 Conclusão Por se tratar de uma estação de escala inferior à algumas outras, cumpre bem ao que se propõe. Os materiais usados são os mesmos utilizados na maioria dos edifícios desta natureza como, concreto aparente, o piso externo, que também é parte da praça que se tem acesso, é de pedra portuguesa. O saguão principal, onde está o comércio, é bastante amplo. Já onde está a bilheteria, é um corredor, como os de passagem, estreito para este fim. Porém, possui alguns pontos negativos que a prejudicam. Os túneis que levam ao terminal da EMTU, são bem longos e quase sem ventilação e iluminação naturais, contando apenas com algumas aberturas, causando sensação de sufocamento. Observa-se, também, a inexistência de sanitários no percurso. Os acessos às plataformas se dão apenas por escadas fixas, o que dificulta o acesso aos portadores de necessidades especiais. Possui elevador, porém está em um ponto difícil de localizar, pois se encontra em uma forma de recuo no corredor. Sente-se a falta de outras formas de acesso como rampas, escadas rolantes que, até onde se pôde observar na visita, está localiza apenas em um ponto, o que dificulta o acesso para as pessoas com mobilidade reduzida. Aspectos Positivos: Saguão principal bastante amplo Aspectos Negativos:

Falta de acesso às pessoas com mobilidade reduzida; os

existentes estão com a visibilidade prejudicada, devido sua localização; iluminação e ventilação naturais deficientes. 7.1.4 Analise Swot ANALISE SWOT


89 Aspectos Positivos §

Aspectos Negativos

Ventilação interna, apesar de ser

§

Falta de sanitários,

subterrânea

§

ausência de indicação do elevador,

§

falta de acessos às pessoas com mobilidade reduzida,

§

pouca iluminação e ventilação natural

Aspectos Ameaças

Aspectos Oportunidades

Usuários de passagem são prejudicados Instalações de mais sanitários, sistemas com o pouco espaço para a aquisição de de acessibilidade, realocação do espaço bilhetes, com a falta de sanitários.

da bilheteria

7.2 Visita Técnica 7.2.1 Ficha Técnica • Nome: Estação Luz •

Arquitetura: Charles Henry Driver (1832-1900)

Localização: Praça da Luz, 1 – Luz – São Paulo/SP

Ano do Projeto: 1867

7.2.2 Observações Além de ser um marco na História do Brasil, a Estação da Luz, atualmente, ela oferece outros serviços ao seu usuário. Além da via férrea que, conforme consta do artigo de KÜHL (2011)7, foi tombada nas esferas Federal, Estadual e Municipal, foi o diferencial na história de São Paulo, atualmente, disponibiliza acesso à Linha Amarela do Metrô que foi inaugurada em 09/2011, pelo então governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin. A estação de trens mantem a característica da época da inauguração, com tijolos aparentes, estruturas metálicas na parte das plataformas, o ferro e o vidro.

7

KÜHL, Beatriz Mugayar, 2011 - https://www.caubr.gov.br – Acesso em 05/2019- arquiteta, formada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP), com especialização e mestrado em preservação de monumentos pela Katholieke Universiteit Leuven, Bélgica, e doutorado pela FAUUSP.


90 Foto25 - Cobertura

Fonte: Do Autor – 05/2019

Foto26 - Estrutura de Ferro, Tijolos Aparentes

Fonte: Do Autor – 05/2019


91 Foto27 - Visão Ampla da Cobertura

Fonte: Do Autor – 05/2019

O acesso ao metrô se dá por um longo percurso onde existem desvios para cada linha disponibilizada.

Foto28 - Indicação dos Acessos

Fonte: Do Autor – 05/2019


92 Foto29 - Vista do Percurso de Acesso ao Metrô

Fonte: Do Autor – 05/2019

Foto30 - Fluxo

Fonte: Do Autor – 05/2019 Figura 70 - Mogi / Brasil

Ao longo do trajeto, não se percebe a presença de sanitários o que, segundo as placas de indicação, se encontra no piso superior.


93 Foto31 - Indicação de Sanitários

Fonte: Do Autor – 05/2019

O sistema de ventilação deixa a desejar, na saída da estação de trens e onde começa o trajeto para o metrô. Neste local encontra-se um quiosque de alimento que exala um forte aroma do alimento produzido, causando sufocamento. Ainda neste local, próximo à catraca, o odor que, acredita-se ser dos sanitários.

Foto 32 - Quiosque

Fonte: Do Autor – 05/2019


94 7.2.3 Conclusão A conclusão que se chega ao analisar a estação da Luz, é que parece se estar em duas épocas diferentes: o clássico e o contemporâneo. A estação de trens, para a qual foi projetada, além de ser linda, funciona bem, dentro daquilo a que se propõe. Um ponto que deveria ser revisto, são as saídas das plataformas. Com o aumento exponencial de passageiros, as existentes são insuficientes causando transtorno com relação a horários, pois se perde muito tempo da saída do trem até o acesso às escadas que levam às linhas do metrô e às ruas do entorno. A ligação de acesso ao metrô, é um percurso muito longo, cerca de dez minutos, mais ou menos, contando com a aglomeração em pontos de transferência, as catracas que, mesmo sendo abertas, dificulta o fluxo.

Aspectos Positivos: a arquitetura da estação de trens, a possibilidade de acesso às linhas do metrô. Aspectos Negativos: percurso até o metrô muito longo, deficiência de sanitários, aglomeração nas saídas, ventilação interna insuficiente.

7.2.4 Analise Swot

ANALISE SWOT Aspectos Positivos §

Arquitetura da estação de trens

§

Acesso ao metrô

Aspectos Negativos §

Falta de sanitários no percurso das linhas de trens às linhas do metrô

§

Percurso até o metrô muito longo

§

Deficiência na ventilação interna

§

pouca iluminação e ventilação natural

Aspectos Ameaças

Aspectos Oportunidades


95 Com

o

aumento

exponencial

de Instalações de mais sanitários ao longo

passageiros, as saídas existentes são do percurso, melhora na ventilação insuficientes.

Tempo

transcorrido

de interna

acesso das linhas de trens até o metrô, muito alto.

7.2.5 Tabela Síntese TABELA SINTESE DE ANALISE DE SWOT Projetos Projeto 1

Projeto 2

Aspectos Positivos Ventilação interna, apesar de ser subterrânea

Arquitetura da estação de trens; Acesso ao metrô

Aspectos Negativos Falta de sanitários; ausência de indicação do elevador; falta de acessos às pessoas com mobilidade reduzida; pouca iluminação e ventilação naturais Falta de sanitários no percurso das linhas de trens às linhas do metrô; Percurso até o metrô muito longo; Deficiência na ventilação interna; pouca iluminação e ventilação naturais

Aspectos Ameaças Usuários de passagem são prejudicados com o pouco espaço para a aquisição de bilhetes, com a falta de sanitários.

Aspectos Oportunidades Instalações de mais sanitários, sistemas de acessibilidade, realocação do espaço da bilheteria

Com o aumento exponencial de passageiros, as saídas existentes são insuficientes. Tempo transcorrido de acesso das linhas de trens até o metrô, muito alto.

Instalações de mais sanitários ao longo do percurso, melhora na ventilação interna


96 Ventilação Ausência ou Acesso a outro insuficiência de modal sanitários Falta ou deficiência de acessibilidade

SINTESE

Espaço deficiente na área das bilheterias Poucas opções de saída da estação de trens Acesso a outro modal muito longo

Instalação de sanitários suficiente para a demanda de público Ventilação interna adequada ao ambiente

8 ÁREA DE INTERVENÇÃO 8.1 Breve passagem pela História de Mogi das Cruzes O local onde será instalado o projeto, está localizado em Mogi das Cruzes, no Alto Tietê na região metropolitana de São Paulo. Em suas longas caminhadas pela mata a procura de ouro, o Bandeirante Braz Cubaz, tinha como descanso, um local próximo ao Rio Anhembi (Tietê) e que se tornou área de descanso também, para outros Bandeirantes. Em 1560, esta sesmaria lhe foi concedida pela Corte. Em 1601, foi aberta a estrada que dava acesso à São Paulo, pelo também Bandeirante, Gaspar Vaz, facilitando o trânsito de paulistanos pela região, quando alguns destes se estabeleceram formando um povoado. Em 1º de Setembro de 1611, este povoado foi elevado à Vila, que, segundo o site http://www.fundacaofia.com.br/gdusm/mogi_cruzes.htm, foi chamada de Vila de Sant’Anna das Cruzes de Mogi, pelo Governador Geral D. Luiz de Souza. Já

a

Prefeitura

de

Mogi

das

Cruzes,

através

de

seu

site

http://www.mogidascruzes.sp.gov.br/mogi-das-cruzes/descobrindo-mogi-das-cruzes, diz que o nome foi Villa de Sant'Ana de Mogi Mirim. Tal episódio teve sua oficialização em 1º de Setembro de 1611, data em que, nos dias atuais, se comemora o aniversário da Cidade. Atualmente, o Prefeito da Cidade é Marcus Vinicius De Almeida E Melo.

8.2 Economia Mogi das Cruzes faz parte do Cinturão Verde, responsável pelo abastecimento de São Paulo e Rio de Janeiro com sua produção de hortifrutigranjeiros. Possui algumas indústrias com destaque para as grandes Valtra e General Motors.


97 Segundo IBGE, o PIB Per Capta (2016) foi de R$ 33.602,58 e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) [2010] de 0,783.

Figura 71 - Dados Gerais

Fonte: http://www.fecomercio.com.br – Org. pelo Autor - acesso em 03/2019


98 Foto33 - Breve História contada em Foto

Fonte: O Autor em 03/2019

A Prefeitura, através de seu site em 08/2018, diz que Mogi das Cruzes é a 30º cidade melhor para se viver. A

Revista

FECOMERCIOSP,

em

sua

publicação

número

52

de

Setembro/Outubro de 2017, diz que a cidade possui 991 indústrias sediadas na região, distribuídas em quatro parques industriais (Taboão, Braz Cubas, César de Souza e Cocuera), estão nomes como Kimberly Clark do Brasil, Gerdau Aços Longos e General Motors. Os setores de comércio e serviços também têm contribuído para o crescimento da cidade. Hoje, o município conta com 9.568 estabelecimentos comerciais e com 22.722 empresas no setor de serviços.

8.4 População O site http://www.trieloimobiliaria.com.br/blog/mogi-das-cruzes-e-eleita-a-7amelhor-cidade-para-se-viver/ - Acesso em 03/2019 diz que “[...] A organização Delta Economics & Finance divulgou, um ranking, feito com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Organização das Nações Unidas (ONU), em que estão listados os 100 melhores municípios para se viver no país. No levantamento, que é o primeiro Índice das Melhores e Maiores Cidades Brasileiras (BCI100), Mogi das Cruzes apareceu na 7ª colocação, destacando-se não só regionalmente, como perante mais de 5.500 municípios brasileiros.”


99 8.3 Educação O mesmo site diz que a educação foi destaque com nota 6,43 - a terceira maior pontuação de todo o ranking. Considerada uma cidade universitária, conta com 2 universidades que são a OMEC (UMC)-Organização Mogiana de Educação e Universidade Braz Cubas; duas faculdades: a Clube Náutico Mogiano e Instituto de Filosofia e Teologia Paulo VI, uma unidade de educação a distância da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, e um campus da Faculdade de Tecnologia de Mogi das Cruzes (FATEC), vinculada ao Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza. Possui também, escolas técnicas, tanto particulares e pública, como a ETEC Presidente Vargas. Esta última também vinculada ao Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza. Segundo dados do Censo de 2010 do IBGE, a população de Mogi da Cruzes atinge 387.779 habitantes, sendo 92% deste número, em área urbana. A Fundação SEADE – Sistema Estadual de Análise de Dados, diz que, em 2019, a população da cidade chegará à 428.384 habitantes, considerando Taxa De Geométrica De Crescimento de 1,13% por ano (2010-2019), sendo 93,81 homens para cada 100 mulheres, ou seja, uma população, em sua maioria, do sexo feminino.

8.5 Vias de Ligação O site da Prefeitura de Mogi das Cruzes, diz que, devido sua proximidade à outras cidades por vias férrea, rodovias e aeroportos, a cidade tem proximidade entre vários pontos do país e até a outros países.

8.5.1 Rodovias § Rodovia Airton Sena (SP-70) com ligação à Mogi-Dutra (SP-88); §

Rodovia Presidente Dutra (BR-116);

§

Rodovia Rio-Santos (SP-55), por meio da Rodovia Mogi-Bertioga (SP-98);

§

Rodovia Engenheiro Cândido Rego Chaves (SP-39 - Estrada das Varinhas);

§

Rodovia Mogi-Guararema (Rodovia Henrique Eroles);

§

Rodovia Mogi-Dutra (SP-88 - Rodovia Pedro Eroles);

§

Rodovia Mogi-Salesópolis (Rodovia Prof. Alfredo Rolim de Moura);

§

Rodovia Mogi-Bertioga (SP-98 - Rodovia Dom Paulo Rolim Loureiro);

§

Rodovia Prefeito Francisco Ribeiro Nogueira (SP-102).


100 Figura 72 - Trevo de Ligação Mogi-Dutra / Airton Senna

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes

8.5.2 Via Férrea Outro modal que amplia a variedade de deslocamento, garantindo ligações diretas a São Paulo, região do ABC e outras cidades da região metropolitana, são as estações de trem da CPTM, ainda conforme a Prefeitura de Mogi das Cruzes.

8.5.3 Aeroportos § Guarulhos (GRU) - 46 km §

São José dos Campos (SJK) - 71 km

§

Congonhas (CHG) - 72 km

Figura 73 - Linhas CPTM

Fonte: https://www.cptm.sp.gov.br/sua-viagem/Pages/Linhas.aspx - Org. pelo Autor-acesso 04/2019


101 Figura 74 - Aeroportos

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes

8.6 Local O local do projeto está inserido entre as Universidades, Shopping, Prefeitura, comércio de grande porte, como o Supermercado D’Avó, Center Castilho, Habibs dentre outros. De acordo com a LOUS, faz parte da ZDU1-ZONA DE DINAMIZAÇÃO URBANA 1, e precisam obedecer às Leis de Uso e Ocupação do Solo, como segue: - Área total do terreno: 62.778.48 m² - Área Permitida para Construção, conforme LOUS: 37.667,08m² - Área Permeável: 12.555.70m² - Gabarito de Altura: 3 andares

Figura 75 – Zoneamento


102

Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes – Org. pelo Autor - Acesso em 04/2019

Área de Intervenção 8.6.1 Área de Intervenção O terreno onde será implantado o projeto está situado entre a Av. Francisco Rodrigues Filho, Rodovia Henrique Eroles e Rua Prof. Álvaro Pavan, no bairro Vila Mogilar – Mogi das Cruzes/SP e entre as Universidades.

Figura 76 - Área de Intervenção

Fonte: Google Maps – Org. pelo Autor - acesso em 03/2019

Área de Intervenção Universidade de Braz Cubas UMC – Universidade de Mogi das Cruzes


103 Nesta mesma área, encontram-se, também, os atuais terminais urbano e intermunicipal que são os equipamentos urbanos que deverão ser modificados com o projeto a ser implantado. 8.6.2 Entorno Também estão localizados, órgãos públicos da cidade como a Prefeitura, Fórum, OAB-Ordem dos Advogados do Brasil, Câmara Municipal, INSS bem como o Shopping Mogi das Cruzes, o que leva um número elevado de pessoas a usar os modais de transporte existentes que, alguns deles, Estação de Trens Estudantes e Terminal Rodoviário Geraldo Scavone, se tornaram obsoletos, tanto pelo volume de usuários quanto pelas instalações.

Figura 77 - Entorno Do Local De Intervenção

Fonte: Google Maps – Org. pelo Autor - acesso em 03/2019

Área de Intervenção Prefeitura OAB Fórum Poupa Tempo Estação de Trens Estudantes Atual Terminal Urbano Atual Terminal Intermunicipal


104 8.6.3 Cheios e Vazios Através do estudo realizado quanto aos espaços cheios e vazios, constata-se a existência de vários espaços vazios ou subutilizados, que podem ser requalificados, inclusive na área do projeto.

Figura 78 - Cheios e Vazios

Fonte: Google Maps – Org. pelo Autor - Acesso em 03/2019

Vazios Cheios

8.6.4 Vias Mapa das vias da área e entorno do projeto

Figura 79 - Vias de Acesso ao Projeto


105

Fonte: Trabalho Acadêmico do Autor e membros do grupo – 5º Semestre-2017

Figura 80 - Setorização das Áreas de Intervenção

Fonte: Google Maps - Org. pelo Autor - Acesso em 03/2019

Legenda Rodoviária de Transporte Urbano Estação Ferroviária Rodoviária de Transporte Intermunicipal Área Verde Com Acessos ao Terminal e aos Órgãos Públicos


106 9 ESQUEMAS ESTRUTURANTES 9.1 Programa de Necessidades 9.1.1 Rodoviárias Tabela 4 - Especificações das Instalações de Rodoviárias ÍTEM FATORES

1 NÚMERO MÉDIO DE PARTIDAS DIÁRIAS

A

DE 1.250 a 901 B DE 900 a 601 C DE 600 a 401 D DE 400 a 251 E DE 250 a 151 F DE 150 a 81 G DE 80 A 25 H DE 24 a 15 Fonte: MITERP – Org. pelo Autor

2 NÚMERO DE PLATAFORMAS DE EMBARQUE 62 a 45

3 NÚMERO DE PLATAFORMAS DE DESEMBARQUE 21 a 15

45 a 30

15 a 10

30 a 20

10 a 7

20 a 13

7a5

13 a 8

5a3

8a5

3a2

5a2

2a1

1

1

Legenda Terminal Urbano Terminal Intermunicipal Conforme a tabela de classificação de rodoviárias do MITERP: 9.1.1.1 Especificações Gerais Tabela 5 - Especificações Gerais ESPECIFICAÇÃO

Plataforma De Acostamento Diagonal - 45º Área De Espera Para Ônibus Pista de Acesso

ÁREAS COBERTAS DESTINADA AO ÔNIBUS

ÁREAS COBERTAS DESTINADA AO PASSAGEIRO

TOTAL

ÁREA TOTAL COM AS PISTAS

33,45 m²

59,85 m²

93,30 m²

183,60 m²

Deverá ser suficiente para comportar número de ônibus igual a 50% do número de plataformas de embarque Largura mínima de 7m e Curvatura Mínima de 15m


107 Módulo de bilheteria

PMódulo Agências

As bilheterias deverão ser modulares, em número suficiente para abrigar todas as empresas que operem no terminal, com reserva técnica inicial mínima de 20% Área mínima: Testada de Área para Público: 4,00m² balcão: 2,00m² 6,00m²

de

Em quantidade compatível para as transportadoras de passageiros, de modo análogo ao módulo de bilheteria Área mínima: 6,00m² Fonte: MITERP – Org. pelo Autor

9.1.1.2 Terminal Intermunicipal Tabela 6- Especificações para Terminal Intermunicipal8 Setor de Uso Público Sanitários

Salão de Espera Área m²

300

Assento

Bebedouro

120

2

Vão de Acesso

3

Feminino

Masculino

Área: 40m² Lavatório: 6 V.Sanit.: 6

Área: 40m² Lavatório: 6 V.Sanit.: 6 Chuveiro: 1 Mictório: 10

Chuveiro: 1

Estacionamento Vagas

Pontos de Taxi 1 Vagas

30 4

Tabela 7 - Instalações Setores Administrativos e Serviços Públicos Setor de Administração (m²)

Setor de Serviços Públicos (m²)

Adm. Terminal

30

Escritório Geral

12

Almox. Geral

12

Sanitários Masculino/Feminino

6

Serviços Gerais

9

Atendimento

6

Depósito

9

Sanitário

3

Vestiário Masculino

12

Posto DER

9

Lavatório (unid.)

2

Atendimento

6

Vaso Sanitário (unid.)

2

Informações

5

Achados e Perdidos Guarda-

-

Volumes Posto DNER

Sanitário

8 Dados baseados em cálculos efetuados através de consulta ao site https://www.buscaonibus.com.br/horario/mogi-das- acesso em 04/2019, referente aos horários de partidas, chegando a média para vinculação a Tabela do MITERP

15 9

3

cruzes/sao-paulo?dt=22/04/2019


108

Chuveiro (unid.) 1 Armário (unid.) 3 Mictório (unid.) 3 Vestiário Feminino 12 Lavatório (unid.) 2 Vaso Sanitário 2 (unid.) Chuveiro (unid.) 2 Armário (unid.) 3 Depósito de Lixo 3 Fonte: MITERP – Org. pelo Autor

Estacionamento Privativo (vagas)

6

9.1.1.3 Terminal Urbano

Tabela 8- Instalações9 Setor de Uso Público Sanitários

Salão de Espera Área m²

750

Assento

190

Bebedouro

4

Vão de Acesso

Feminino

Masculino

Área: 50m²

Área: 65m² Lavatório: 7 V.Sanit.:7

Lavatório: 10 V.Sanit.:10

3

Estacionamento Vagas

Pontos de Taxi 1 Vagas

50 10

Mictório: 17

Setor de Administração (m²) Adm. Terminal

95

Escritório Geral

32

Almox. Geral

30

Sanitários Masculino/Feminino

12

Serviços Gerais

37

Depósito

16

Vestiário Masculino

21

Lavatório (unid.)

3

Vaso Sanitário (unid.)

Setor de Serviços Públicos (m²) Informações

9

Achados e Perdidos Guarda-

4

Volumes

20

3

9 Dados baseados em cálculos efetuados através de consulta ao site https://www.buscaonibus.com.br/horario/mogi-das-cruzes/sao-paulo?dt=22/04/2019 acesso em 04/2019, referente aos horários de partidas, chegando a média para vinculação a Tabela do MITERP


109

Chuveiro (unid.) 2 Armário (unid.) 6 Mictório (unid.) 5 Vestiário Feminino 21 Lavatório (unid.) 3 Vaso Sanitário 4 (unid.) Chuveiro (unid.) 3 Armário (unid.) 6 Depósito de Lixo 6 Fonte: MITERP – Org. pelo Autor

Estacionamento Privativo (vagas)

6

9.2 Setorização 10 9.2.1 Terminal Rodoviário §

Setor de Uso Público As áreas de uso público são aquelas destinadas ao atendimento dos usuários em geral, envolvendo o atendimento para a operação de embarque e desembarque no terminal.

§

Setor de Serviços Públicos As áreas de serviços públicos são destinadas às atividades de apoio, assistência e proteção aos usuários do terminal.

§

Setor de Operação As áreas de operação são destinadas às seguintes atividades: venda de passagens, administração das transportadoras, espera, chegada e saída dos ônibus e embarque e desembarque de passageiros nos ônibus.

§

Setor de Comércio As áreas comerciais são aquelas destinadas às atividades de venda de bens aos usuários e outras de natureza comercial.

§

Setor de Administração As áreas de administração são aquelas destinadas à Administradora do terminal para que ela possa exercer as atividades que lhe são pertinentes.

10 Dados baseados no MANUAL DE IMPLANTAÇÃO DE TERMINAIS- RODOVIÁRIOS INTERMUNICIPAIS DE PASSAGEIROS DO ESTADO DE MINAS GERAIS-2014


110 9.2.2 Estação de Trens11 §

Setor Operacional: - Plataforma de embarque e desembarque; - Trem - Transporte Coletivo Municipal - Táxis - Bilheterias;

§

Trem - Sala de controles;

§

Acessos; - Pedestres - Veículos - Transporte coletivo - Táxis

§

Estacionamento; - Veículos - Veículos de portadores de necessidades especiais - Veículos de Idosos - Bicicletas - Carga e Descarga - Táxis

§

Setor Administrativo: - Administração; - Sala de funcionários; - Banheiros para usuários; - Banheiros para funcionários; - Vestiários para funcionários; - Depósitos de materiais de limpeza;

§

Balcão de informações;

§

Telefones públicos,

11 Fonte: Anteprojeto De Uma Estação Do Trem De Alta Velocidade – por André Luiz da Costa – Org. pelo Autor


111 9.3 Perfil do Usuário O perfil dos usuários que utilizarão os serviços do projeto, serão, basicamente, os estudantes que vem de várias cidades para as Universidades e os moradores da região, como os trabalhadores, estudantes que moram em bairros distantes ou apenas, que vem ao shopping, prefeitura, INSS e comércio em geral.

9.4 Conceito O conceito a ser utilizado, será o de acolhimento, humanização, interação com a natureza remetendo à Serra do Itapeti que é o diferencial da Cidade. Também, criar uma espécie de passarela verde unindo o terminal intermodal aos órgãos públicos da cidade, Prefeitura, Fórum, Câmara de Vereadores, INSS, OAB e entre as universidades, como sendo uma só passarela verde com segurança. Tanto para o acolhimento como para a humanização, criar ambientes em que o usuário não se sinta apenas como números, mas, como pessoas que são, com conforto, sensações através de cores e iluminação e ventilações naturais. A interação com a natureza, através da visão da Serra do Itapeti, fazendo com que os usuários, tanto os moradores da Cidade quanto os visitantes, vejam a beleza e percebam a importância da preservação da natureza. 9.5 Partido Utilizar as áreas vazias ou sub-usadas do entorno, equipamentos urbanos para se promover a segurança, iluminação, vegetação. No edifício, utilizar formas que, devido a localização, se confundam com as formas da Serra. Os materiais utilizados, à princípio, para fundação e construção, serão os que normalmente são utilizados para o porte deste tipo de construção, como concreto, ou, caso seja possível,

utilização de materiais reciclados e/ou recicláveis que o

substituam, treliças de aço para sustentação de coberturas, elementos vazados para ventilação e iluminação naturais, como também, materiais translúcidos na cobertura.

9.6 Urbanismo A área urbanística deste projeto prevê a mobilidade de seus usuários e da população geral da cidade, proporcionando-lhes, além do uso dos equipamentos de


112 transporte, o uso de praças, boulevards, áreas destinadas ao comércio, com iluminação e segurança, mesmo fora do horário comercial, bem como, disponibilizar alternativas de fluxos tanto para pedestres quanto para veículos automotores ou não, através de ciclovias e/ou ciclo faixas.

10. Processo Criativo 10.1 Estudo do Local - Situação Atual: Figura 81 - Estudo da Situação Atual

Fonte: Do Autor

- Após Implantação do Projeto

Figura 82 - Após Implantação do Projeto

Fonte: Do Autor


113 10.2 Croquis

Através de estudos realizados, iniciou-se o processo de elaboração do projeto. Figura 83 - Croqui Vista Sul

Fonte: Do Autor

Figura 84 - Croqui Vista Leste

Fonte: Do Autor


114 Figura 85 - Croqui Vista Oeste

Fonte: Do Autor

Figura 86 - Croqui Vias de Acesso

Fonte: Do Autor

Figura 87 - Perspectiva


115

Fonte: Do Autor

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Figura 88 - Perspectiva Pe .LJ. e-A

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Fonte: Do Autor


116 Figura 89 - Croqui Parte da Ă rea Interna

Fonte: Do Autor

11. Volumetria

Figura 90 - Entrada Sul

Fonte: Do Autor


117 Figura 91 - Vista Sul

Fonte: Do Autor

Figura 92 - Vista Alto Leste

Fonte: Do Autor

Figura 93 - Vista Alto


118

Fonte: Do Autor

Figura 94 - Vistas Sul e Oeste

Fonte: Do Autor


119 12. Referências Bibliográficas http://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/574/1/2010_dis_mfhcosta.pdf - LIMA, José Roberto da Costa https://medium.com/metropolizacao-em-debate/terminais-de-%C3%B4nibus-e-antermodalidade-cd46c2ba6663 http://daroncho.com/tcc/tcc111-Paulo.pdf http://www.stm.sp.gov.br/PITU/Pitu2015/pitu_2015_6.pdf https://portogente.com.br/portopedia/73003-diferenca-entre-multimodalidade-eintermodalidade http://wricidades.org/noticia/integra%C3%A7%C3%A3o-modal-e-o-impacto-namobilidade-urbana https://portogente.com.br/noticias/transporte-logistica/87275-intermodalidadeestimula-a-mobilidade-urbana https://g1.globo.com/especial-publicitario/em-movimento/noticia/como-oinvestimento-em-transporte-impacta-sua-vida-e-a-economia-do-pais.ghtml https://www.bbc.com/portuguese/internacional-41795604 https://www.bbc.com/portuguese/geral-45587611 https://www.todamateria.com.br/meios-de-transporte/ - 20/02/2019 http://meios-de-transporte.info/evolucao-dos-transportes.html - 20/02/2019 https://www.ebah.com.br/content/ABAAAfskUAI/a-evolucao-sistema-transporteAcesso em 20/02/2019 http://www.uberlandia.mg.gov.br/uploads/cms_b_arquivos/12377.pdf https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/9036/9036_3.PDF https://www.ebah.com.br/content/ABAAAem3EAG/transporte-publico-urbano-parte02-hitoria-evolucao acesso em 24/02/2019 http://vfco.brazilia.jor.br/livros/Stiel-Historia-transporte-urbano-Brasil-bondestrolebus.shtml - acesso em 24/02/2019 www.arquiteturabrutalista.com.br, coordenação Prof.Dra.Ruth Verde Zein, FAUMackenzie. - Acessado em 08/03/2019 https://www.anparq.org.br/dvd-enanparq-4/SESSAO%2011/S11-03GONCALVES,%20L.pdf acessado em 08/03/2019 - acessado em 09/03/2019 http://www.arquiteturabrutalista.com.br/fichas-tecnicas/DW%201973-144/1973-144fichatecnica.htm - acessado em 10/03/2019


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