DeepArt nº8

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Revista Mensal Gratuita - DeepArt - Número 8 - Março de 2013


FICHA TÉCNICA Direção Inês Ferreira Tel: 966 467 842 direcao@deepart.pt Editor-in-chief Tiago Costa Tel: 965 265 075 direcao@deepart.pt

Revista Mensal Gratuita - Nº 8 - Março de 2013

Photographer - Tiago Costa Model - Ben @ Elite Lisbon Stylist - Inês Ferreira Make Up & Hair - Wellington de Oliveira Photo Assistant - Pedro Soares

Diretora de Comunicação Maria João Simões comunicacao@deepart.pt

Site www.deepart.pt

Design Gráfico e Direção Criativa Inês Ferreira design@deepart.pt

facebook.com/deepartmagazine

Fotografia e Pós-Produção Tiago Costa fotografia@deepart.pt Colaboradores Vanessa da Trindade - Rita Trindade Joana Domingues - Ágata C. Pinho Rita Chuva - Rita Reis - Gustavo Mesk C.Jacob - Pedro Carvalho - Vítor Marques - Nervos - Rui Zilhão - Sandra Roda - André Albuquerque - Filipa Araújo Colaborações Especiais Ben @ Elite Lisbon - Pedro Soares Wellington de Oliveira - Gonçalo M. Catarino - Marianne Bittencourt @ Karacter - Catarina Ferreira Pinto - Rafaela Avidago

Para outros assuntos: geral@deepart.pt Propriedade Inês Ferreira Periodicidade Mensal Contribuinte 244866430 Sede de redação Rua Manuel Henrique, nº49, r/c, dto., 2645-056 Alcabideche Inscrição na ERC 126272

É proibido reproduzir total ou parcialmente o conteúdo desta publicação sem a autorização expressa por escrito do editor.


“Guerra dos SEXOS” Março marca o início da Primavera, e que melhor mês poderíamos nós escolher para falar sobre algo como a “guerra dos sexos”? No que concerne ao tema “guerra dos sexos”, várias opiniões divergentes poderão ser encontradas! Reforço ainda, que o facto de colocar aspas em redor do tema, remete diretamente para a opinião que tenho sobre o mesmo. Ou seja, não passa de uma metáfora a meu ver. Relegando agora para segundo plano a minha opinião pessoal, demonstro aqui primeiramente, o que muitos apontam como “guerra dos sexos”. Muitas páginas se escreveram sobre o tema e não faltarão com certeza, inúmeros livros que possam ser lidos sobre o mesmo. No entanto, apresento aqui alguns clichés que me parecem verdadeiramente deliciosos. Primeiro, mulheres e homens são na sua grande maioria, inimigos ferozes em relação à divisão de espaços, ou melhor, no modo como se tratam estes espaços. Assim sendo, homens maioritariamente desorganizados e embasbacados perante um aparelhinho mágico, chamado televisão; e mulheres, constantemente furiosas porque os pratos sujos não são arrumados na máquina de lavar loiça e porque a tampa da sanita continua invariavelmente aberta, para a próxima vez que se for à casa-de-banho. Há ainda um grande estigma à volta do que cada um tem facilitado na sua vida, pelo simples facto de ser homem ou mulher. Mulheres acreditam piamente que ser homem é fácil porque é muito mais simples acordar e vestir simplesmente mais uma das milhentas t-shirts ou camisas arrumadas no roupeiro. Homens acreditam que ser mulher é infinitamente mais fácil do que ser homem porque elas não têm de sofrer o tormento (pelo menos semanal) de fazer a barba, e arrancar aquele pêlo incomodativo, localizado logo por baixo do nariz! Acreditem ou não, aquilo de que me tenho vindo a

aperceber ao longo do tempo, porque sou verdadeiramente fascinada pelo universo masculino e por tudo aquilo que fazem, (ao invés de olhar para eles como seres estranhos), é de que tanto homens como mulheres por muito que não o reconheçam, sabem exatamente as vantagens que o seu género apresenta e apenas não o admitem, por custar bastante “dar o braço a torcer”, como se diz na gíria! Além das divergências aqui apresentadas, poderia ainda destacar muitas outras, relativas às questões de fidelidade, ou infidelidade, como lhe queiram chamar! Mulheres e homens apresentam estigmas no que concerne à forma como cada um é visto pela sociedade, numa destas situações, mas não me posso alongar mais sobre este ponto, senão nem todas as folhas desta nossa revista chegariam para o referido tópico! Passo agora apenas, e resumidamente, a explicar a minha opinião sobre a “guerra dos sexos”. Parece-me que por muito que mulheres defendam mulheres e homens defendam homens, sendo bastante imparcial neste ponto, há tanto mulheres e homens maravilhosos, como exatamente o oposto, logo, não consigo neste ponto ser sexista porque para mim homens e mulheres são igualmente bons e maus! Permitam-me ainda dizer que adoro a “descomplicação” masculina e que já tive longos serões de gargalhadas a ouvir o sexo oposto, o que me leva apenas a dizer: “adorava ser homem por um dia”, não por achar mais fácil, mas porque acho fascinante! Neste número da DeepArt decidimos dar algum enfâse ao tema e apresentamos um espaço que tanto homens como mulheres irão por certo adorar: o “5 sentidos”! Revelamos ainda um editorial de produto tanto masculino, como feminino; dois editoriais de moda (um para homem e outro para mulher), entre muitas outras coisas! Deixemo-nos de rivalidades! Boa leitura!


março 2013 T R E N D S 0 0 1 1 1 1 1

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Musas It’s (almost) - Spring Tendência - Acessórios Tendência - For Him Tendência - Home Tendência - Stripes One thing - meets another

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- António Victorino de Almeida - Rewashlamp - by António Martins - Vanessa Oliveira

E D I T O R I A L 3 8 6 2

- Editorial de moda - Looks Dandy - Editorial de moda - Hidden Garden

G O O D I E S 7 6 8 6 9 0

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- Editorial de Produto - Colectivo da Rainha - Uma nova perspectiva sobre objectos - From Kumeko - with love

L I F E S T Y L E 9 9 9 1 1 1 1 1 1

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Chega a 2ª edição do Index, - Festival de Cinema e Experimentação CC_HOUSE#2 - Alcobaça 2011 La La La Ressonance - Cinema e música Memória de outras Primaveras - by Sandra Roda Cultura Urbana - Internacional Made in Brazil EmCara Guimarães - Cidade berço 5 sentidos - Sinta-se em casa


TEMA - 2ยบ Round

ARTISTA - Tut

SITE - http://www.facebook.com/tutlab.laboratoriocriativo


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Musas Poderosas e influentes, assim são as musas aqui apresentadas. Descubra como com Miroslava Duma, Olivia Palermo, Alexa Chung e Poppy Delevingne. Por Rita Reis

Foto: Phil Oh

Foto: Getty Images

Miroslava Duma Photographed by Phil Oh

Olivia Palermo

Miroslava Duma

Olivia Palermo

A musa russa, nascida em 1985, deixou a Harper’s Bazaar Russa para se tornar escritora freelancer em diversas revistas como a OK Magazine, Tatler ou a Glamour. Com apenas 25 anos e com o seu 1,55m, apresenta um estilo inconfundível. Nas principais praças da semana de moda é uma das personalidades mais fotografadas. Com um estilo maioritariamente barroco e repleto de padrões faz as delícias do street style internacional que a tornam um ícone de moda sem fronteiras. Burberry, Chanel, Alexander Wang, são algumas das marcas que a escritora russa usa nos seus looks excêntricos. Quando em 2010 teve o seu primeiro filho, Miroslava Duma não perdeu o gosto pelo seu estilo próprio e mostrou ao mundo o lado da moda associado à maternidade.

Olivia Palermo, filha de um milionário do ramo imobiliário, aprendeu desde cedo o luxo em diversas cidades como Paris ou Nova Iorque. Depois da sua participação no programa “The City”, que mostrava o seu quotidiano como relações públicas da ELLE Americana, tornou-se ainda mais conhecida nos círculos sociais dos famosos em Nova Iorque. Não demorou muito a revelar o seu estilo único e a tornar-se uma das it-girls do momento. Com um estilo clássico e romântico, apresenta sempre uma silhueta feminina e elegante. Atualmente, Olivia namora com o modelo e fotógrafo alemão Johannes Huebl e criou uma linha de colares exclusivos e luxuosos em parceria com Roberta Freeymann. O seu blog www.oliviapalermo.com/# tem milhões de visitas que procuram conhecer de perto a vida deste ícone de moda.


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Alexa Chung A inglesa nascida em 1983, é apresentadora, modelo e editora da Vogue Britânica. Alexa Chung tem um estilo pessoal distinto e aparece frequentemente na lista dos mais bem vestidos. É capa regular da Vogue, Elle e Harper’s Bazaar, e é muitas vezes vista na primeira fila dos desfiles. Chung juntou-se a J.Crew’s Madewell para criar uma linha de roupas femininas, que foi revelada na semana de moda de Nova Iorque. Anna Wintour descreve Alexa como “um fenómeno”, enquanto o New York Times a declarou como “Kate Moss da nova geração”. Com inúmeros trabalhos no mundo da moda, desde editoriais a desfiles Chung é uma das caras do momento, sendo presença habitual em eventos relacionados com a indústria.

Foto: Getty Images

Poppy Delevigne

Foto: Getty Images

Alexa Chung em Valentino Red

Poppy Delevingne

A famosa socialite e modelo inglesa, filha da Pandora Stevens, é uma das protegidas do estilista Karl Lagerfeld. Na sua experiência como modelo trabalhou diversas marcas mundiais como Burberry, Mango, Laura Ashley, Anya Hindmarch, entre outras. A modelo até já foi fotografada pelo famoso Terry Richardson. O designer Marc Jacobs convidou-a para cara da campanha da Louis Vuitton para a coleção de Outono/Inverno 2012/2013. Presença assídua da Semana de Moda de Londres é atualmente embaixadora do British Fashion Council e da marca Chanel.


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It’s (almost) Spring Está na hora de começar a pensar em roupas mais leves, frescas e coloridas!

Foto: https://www.facebook.com/Dior/app_361664637183826

Por Vítor Marques ourworldourstyle.blogspot.pt

Está quase na altura de, novamente, trocar de estação. Com isto é também uma excelente altura para começar a pensar em arrumar o seu roupeiro da melhor forma, para encarar da forma mais prática a próxima estação. Para começar deve pensar que não são apenas as mulheres que gostam de ter o closet arrumado, é apenas uma questão de organização. Primeiro é uma excelente altura para pôr de lado aquelas peças de roupa que comprou naquela ída rápida ao centro comercial, mas que hoje não lhes dá uso. Aproveite e junte a este conjunto todas aquelas peças que estão no fundo do armário e que não vêem a luz do dia há mais de um ano!

O segundo passo deve passar por começar a arrumar aquelas peças mais quentes que não vai usar até ao Outono. Traga de novo para a frente t-shirts, cardigans e todas as peças mais frescas, mas mantenha casacos de meia estação à mão, o frio não desaparece assim como num passo de mágica. Depois de toda a seleção, decida quais as peças que vai deixar ir embora, quais ficam e o que deve adquirir de novo para enfrentar a Primavera no seu melhor. Quando acabar, vá às compras!


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Cardigan, €455, Givenchy.

Calções de banho, €150, Etro.

T-shirt, €122, Paul Smith, em thecorner.com.

T-shirt, €95, MCQ, Alexander McQueen. Agora que se encontra perante a nova coleção da sua loja de eleição, pense, “eu preciso disto? Ou vou levar porque pode vir a dar jeito?” Vamos lá com atenção! Primeiro atire-se de cabeça aos básicos. Aquelas peças simples, versáteis e que bem conjugadas o fazem parecer um verdadeiro cavalheiro. Ora portanto, t-shirts e camisas brancas (nunca são demais), uns jeans com um bom corte e porque o Verão começa logo a espreitar, uns calções (também eles com um corte simples). Como estas são peças que terão muito uso, opte por peças com qualidade, caso contrário, vai ter de voltar a comprar mais cedo do que imagina. Agora pode começar a deliciar-se com as peças da nova coleção, mas cuidado, mesmo que goste muito de determinada peça que agora é tendência, lembre-se que as tendências mudam. Não se esqueça de comprar uns calções de praia novos! Este ano querem-se bem curtos (cerca de um palmo acima do joelho)! P.S. Qualquer questão pode enviar para o email da revista, ou para o do meu blog, ourworld.ourstyle@gmail. com.

T-shirt, €332,10, Balenciaga. Calças, €215, Marc by Marc Jacobs.

Camisola, €425, Saint Laurent.




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Foto: Edie Campbell – Imagem Getty Images

ACESSÓRIOS Anel, €22, Bimba&Lola.

Bolsa Arizona Collection, €30, Bimba&Lola.

Anel Le Majorelle, €18, Bimba&Lola. Capa para iPad, €90, Lanvin em www.net-a-porter.com. Carregador de urgência, €35, www.colette.fr.

Brinco, €35, Chicnova. Brinco, €14,16, ASOS. Lenço, €310, Hermès.

Relógio A la Folie, €55, Swatch.

Chinelos, preço sob consulta, Del Toro Shoes.

Óculos de Sol, €12,99, Mango.

Leque em madeira e algodão, €100, Carolina Herrera.

Chinelos, €25,95, Zara. Por Rita Reis


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FOR HIM Boxers, €7,95, Zara. Foto: Tommy Ton

Boné, €9,95, Zara.

Relógio, €102, Adidas.

Blazer, €69,95, H&M.

Skate, €250, Lacoste.

Ténis, €94,90, Vans.

T-shirt diamantes, €15, Authentic Wear.

Mala para máquina fotográfica, preço sob consulta, Samsonite. Por Rita Reis


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HOME Copos em porcelana, €35, o conjunto de 4, www.ferm-living.com. Candeeiro Gavik, €14,99, IKEA.

Banqueta Colonial Capitone, preço sob consulta, Homes in Heaven. Candeeiro, preço sob consulta, Mood.

Letra E, €3730, Delightfull.

Toalha de banho, preço sob consulta, Zara Home. Cadeira Nessa, preço sob consulta, Koket.

Mesa de jantar Bruxelles, preço sob consulta, Homes in Heaven. Sofá Maree, preço sob consulta, Brabbu. Por Rita Reis


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STRIPES

Foto: Tommy Ton

Calções, €39, Topshop. Camisa, €19,95, H&M. Casaco, €24,95, H&M.

Clutch, €215, Lulu Guinness.

Sapatos, €118, Bimba & Lola.

Vestido, €24,95, H&M.

Brincos, preço sob consulta, Vectory. Mala, €360, Acne. Máquina Fotográfica, preço sob consulta, Belair.

Óculos de Sol, €183,81, House of Holland.

Por Rita Reis


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One thing meets another

Foto: http://www.pietrocorraini.com/

Por Vanessa Trindade trendalert.me

Nesta busca incessante pelo Cool, no Trend Alert deparamo-nos com informação que apetece mesmo. Inovação que reside em coisas simples e que tornam objetos normais em coisas extraordinárias. Se não vejamos: Moleskin/ fisga Quem debitou a ideia foi Pietro Corraini, designer italiano, para comemorar os 20 anos das sms (sim, 20 anos... ainda me lembro quando não tínhamos telemóvel). Dentro do bloco, não só vêm as instruções como vêm várias munições/papelinhos, prontos a recortar, que dizem “I Love U”, “Call me” ou “the answer is…”. Sim, eu sou do tempo que que se fechavam namoros com papelinhos destes e duravam anos… (os namoros, não os papéis). A meu ver e em alguns aspetos, as mensagens de texto só vieram complicar o que era histericamente simples. Hoje, acho que este bloco poderá ter outras usabilidades, acertar na tipa do lado de lá, da front row, na próxima Moda Lisboa. Ahahaha… be aware. A tendência relacionada com isto é a Cool Nostalgia.

SuGoi Mop Eu quero um destes lá em casa. Já disse. É um espanador telecomandado que podemos controlar a partir da preguiça instalada no nosso sofá, e como se de um jogo ou brinquedo se tratasse, empurrar o pó, cotão e os pêlos do cão, para o cantinho. Como vêem a inovação está nas coisas simples e da junção de duas coisas, nascem outras muito mais importantes, úteis e cheias de impacto. Quem se lembrou desta brincadeira foi uma das marcas japonesas de carros telecomandados, a Kyosho, e ainda por cima a um preço possível: $21 dólares. A marca não se ficou por aqui e criou ainda o caixote do lixo telecomandado… para aqueles que não conseguem mesmo levantar o traseiro do maple, durante o fim-de-semana todo. A tendência relacionada com isto é a Gamificação. E agora em Português…


Fotos: Hardcore Fofo

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Hardcore Fofo Ana Saramago, uma das co-fundadoras, borda, faz crochet e tricot mas em hardcore. Mas a menina é prendada, e precisa de pimenta nas unhas… “porquê?”, perguntam-me vocês. Eu prefiro não me pronunciar e peço-vos só que vejam as imagens. A Ana, não está sozinha neste projeto e o design e comunicação da marca está a cargo da Rute Novais. Ao pé delas somos todos meninos do coro de Santo Amaro de Oeiras. www.hardcorefofo.pt e à venda na RE.USE – Rua da Esperança, 24, Santos Lisboa. A tendência relacionada com isto é a Anger, Distrust and Revolution.

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ANTÓNIO

VICTORINO DE António Victorino de Almeida, não se intitula maestro, como é conhecido, reforçando que apela a toda a sua seriedade de músico quando rege uma orquestra. Por Inês Ferreira


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E ALMEIDA Foto: Tiago Costa


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DeepArt: Vem de uma família ligada a vários tipos de arte. Foi muito impulsionado pelos seus familiares a enveredar também, pelo mundo da arte? António Victorino de Almeida: Eu não fui manipulado e isso é extremamente importante nos tempos que correm, porque as pessoas são manipuladas “no berço”. Que me lembre, nunca ninguém me disse para ler determinado livro ou ouvir determinada música. Eu cheguei às coisas normalmente. Nas memórias de infância que tenho, lembro-me de estar na cama com gripe, a ouvir a Rádio Peninsular. Ora a Rádio Peninsular devia dar tudo menos boa música, e não me fez mal nenhum. E nunca ninguém me proibiu. DA: Foi com uma tenra idade, por volta dos 5 anos que compôs a sua primeira obra... AV: Isso é um exagero biográfico. Com 5 anos compor é algo muito relativo. Simplesmente, há sintomas de musicalidade e do meu ponto de vista o primeiro sintoma que tive, foi uma melodiazinha que fiz. DA: O que destaca como marcos importantes, no tempo em que viveu na Áustria? AV: Houve várias coisas que me marcaram. Por exemplo o facto de me ter adaptado a uma cidade hostil, e saber lidar com essa hostilidade, (que era uma hostilidade bastante mais frontal do que a latina). Um dos momentos fundamentais foi o meu primeiro concerto, em que tive críticas realmente fantásticas. Outro foi o facto de ter conseguido fazer o curso de composição, que durou 6 anos (que eram a “doer”) e ter conseguido a classificação máxima do curso e o prémio do Ministério da Cultura, pelo melhor aluno universitário desse ano. Eu consegui quebrar esta barreira da nacionalidade e estava a ser objetivamente julgado. Havia crítica, e pior do que a má crítica e não haver crítica, como hoje em dia acontece em Portugal. DA: É um amante de várias artes, como o cinema, a música, a literatura, a televisão, a rádio, entre outras. Se apenas pudesse eleger uma, qual seria? AV: De facto, eu gosto é da arte em si e a arte, se formos a ver bem, é só uma. Tem ramificações, pode ser música, poesia, literatura, cinema, etc, mas há um “avô” comum, que é a arte. E eu realmente, tive bastante sorte por ter feito o liceu em casa, com grandes professores que eram vedetas e tipos geniais. Eram pobres, geniais e paradigmas de qualidade e por isso andavam a fugir à polícia (PIDE). Eram por este motivo, professores baratos que o meu pai podia pagar. Várias vezes fugiram de minha casa pela porta das traseiras porque a PIDE


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Foto: Tiago Costa


Foto: Tiago Costa

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andava atrás deles. De facto tive grandes professores em várias disciplinas de arte e comecei a escrever praticamente ao mesmo tempo em que comecei a compor. O cinema veio um bocadinho por acaso, porque comecei a fazer televisão, e como a RTP não tinha dinheiro, disseram-me que tinha de ser eu a realizar. Foi uma espantosa realizadora, a Erika Lorenz que me ensinou tudo em matéria de montagem e a montagem é a grande escola do cinema, e assim realizei mais de cem filmes de televisão. Agora, por ordem de entrada em cena, claro que ponho a música, que acaba por ter o papel principal. DA: Consegue imaginar a sua vida sem música? AV: Não, de modo algum! Se tivesse de abandonar alguma coisa, a música seria a última coisa que iria abandonar. Ainda que seja, de longe, a coisa que menos conheço de mim! Tenho 24 cds. Integrais só com música minha, devo ter cerca de 12, mas tenho apenas duas ou três peças bem gravadas. A maioria são peças que foram gravadas ao vivo, em concertos, com todos os condicionalismos de uma gravação ao vivo e de uma orquestra não fenomenal, (mas suficientemente boa para conseguir fazê-lo) e em que tivemos poucos ensaios. Quer dizer, nada daquilo tem a ver com uma gravação de um disco. Tenho a Sinfonia do Benfica, (a qual chamei Sinfonia Número 1), que foi gravada na Bulgária, com todas as condições. Tenho um disco italiano, que acho que nem está à venda em Portugal, que é sobre a música dos Capitães de Abril e que foi gravado com a Orquestra de Praga. Tenho alguns discos de música de câmara, e temos hoje em dia uma geração de ouro de músicos portugueses fantásticos. Tenho então, umas 3 ou 4 gravações francamente boas.

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DA: Será também o silêncio, um tipo de melodia? AV: O silêncio não é uma melodia. O silêncio é a base tão fundamental para qualquer música, como uma tela para qualquer tipo de pintura. Se não houver uma tela vazia, mas acessível àquilo que se vai introduzir nela, não há pintura. E a música baseia-se no silêncio. O silêncio é fundamental. Se não houver silêncio não há música. O próprio silêncio que antecede a música, tem um significado. DA: Como é que se conseguem passar emoções tão diversas como o ódio, o amor, a inveja, entre outras, através das melodias? AV: A música é uma linguagem como outra qualquer e portanto, todos os sentimentos, podem ser transmitidos. Nós atribuímos ao som de um vocábulo um determinado significado. Basta atribuir a um som e temos uma linguagem. Na ópera, (em que já há uma certa “batota”, porque se liga ao teatro), há por exemplo a música que o Rossini fez para a ária da calúnia, em que ele começa a descrever como a calúnia se espalha e é espantosa. Eu acho que as artes são algo mais ligado à sensibilidade do que à inteligência. A arte vive do instinto. DA: O que o fascina em Chaplin? AV: O Chaplin fazia tudo. Ele era realizador, guionista, ator, patinador, bailarino, mimo, ele era tudo! Era a arte personificada e posta ao serviço de um pensamento humano. Chaplin era um génio humano e dentro da criatividade humana, era completo e perfeito. Ele também era muito bom nos filmes falados. Dizia coisas fantásticas e era um filósofo indiscutivelmente, mas já o era mesmo sem palavras, através dos gestos.


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DA: Como se sente enquanto maestro, a gerar harmonia a uma orquestra inteira e ter nas suas mãos a grande responsabilidade de a manter coesa e a trabalhar sobre um mesmo pressuposto? AV: Para mim, isso é particularmente difícil. Eu nasci compositor e pianista. Não nasci chefe de orquestra. Além do mais, eu tenho o curso superior de piano e não tenho nenhum curso superior de diretor de orquestra. O título de maestro é o título que em Itália se deu a todos os músicos, como cá se chama mestre aos pintores, o que não significa que sejam professores. De qualquer forma, a experiência acaba por se desenvolver e nesta altura já terei regido cerca de cem concertos, em comparação com 4000 ou 5000 a tocar piano, ou mesmo ao lado de milhões de notas que escrevi, o que é incomparável. Em primeiro lugar tem de se ter a noção da enorme responsabilidade de um gesto nosso. Um gesto errado pode levar a que todos aqueles músicos façam má figura, porque em última instância quem está a tocar são eles. Portanto eu tenho noção da enorme responsabilidade, porque a tocar piano eu sei que tenho mesmo jeito, mas a reger uma orquestra não. Aí apelo a toda a minha seriedade de músico. Eu não sou maestro, eu sou é músico e estou ali para ajudar e para ordenar outros músicos, que às vezes podem ser 80. E tenho-me saído bem, isto sabendo eu que não tenho jeito para aquilo (risos). Até agora nunca tive nenhum problema e acabo sempre com os músicos do meu lado porque sabem que eu estou ali seriamente, no sentido de colaborar com eles, de lhes facilitar a vida e de lhes permitir desempenharem o seu papel que é fazer música, em vez de estar ali a “esbracejar” para a galeria. DA: Olhando para trás, que melodia ilustra a sua vida? AV: Não teria de ser uma melodia genial, mas sim uma melodia fácil, porque todos nós aspiramos a ter um bocadinho de sossego e paz. Uma melodia que eu gostaria que apresentasse a minha vida, é uma muito simples que é do Offenbach: a Barcarola, porque é uma música, (segundo a análise de um psicanalista, que também foi musicólogo), relacionada com um balanço musical, que tem a ver com o regresso à barriga materna.


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Foto: Tiago Costa


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REWASHLAMP BY

ANTÓNIO MART

António Martins, fundou a Rewashlamp, que tem sido um verdadeiro sucesso e divulgada nos “quatro cantos do Mundo” devido à sua originalidade nos materiais e forma. Por Inês Ferreira


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TINS

Foto: Tiago Costa


Foto: Nuno Cerveira

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Metropolis


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DeepArt: Como começou o teu percurso no mundo da decoração de interiores? António Martins: Tudo começou em 1997, nomeadamente na Habitat das Amoreiras, em que comecei a trabalhar como vendedor na área de mobiliário. Não tinha tido qualquer experiência até então nessa área, e senti que realmente podia ser um mundo novo para eu explorar. O produto em si, também me despertou imenso interesse, pelo modo como as coisas eram idealizadas, produzidas, como chegavam ao ponto de ser comercializadas, e o efeito que uma ideia pode ter no mercado e nas pessoas, de forma a desejarem ter essas peças em sua casa. A passagem pela Empório Casa também me ajudou muito, porque comecei a trabalhar com produtos muito mais específicos, de autor e ganhei mais conhecimento sobre a história do design, o que fez com que me interessasse ainda mais. Apesar da experiência que tinha tido nessas lojas de decoração e do conhecimento que tinha na área da fotografia, faltava-me um bocadinho de conhecimento para que em termos mais técnicos pudesse evoluir, o que me levou depois a tirar alguns cursos relacionados com design e começasse a partir daí, a explorar aquilo que no fundo estou a fazer. DA: Tendo em conta que começaste como decorador, porque se deu a passagem para o design? AM: Penso que foi simplesmente um momento de evolução e crescimento pessoal. A oportunidade que tive em trabalhar na área da decoração de interiores, fez-me descobrir uma enorme paixão pelo mundo do design e foi aí que senti que queria fazer parte do processo criativo. DA: Como surgiu no meio de tudo isto, a Rewashlamp? AM: A Rewashlamp surgiu um bocadinho por acaso,

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pois encontrava-me na altura a criar uma linha de outros produtos que implicavam um maior investimento financeiro para o seu processo de desenvolvimento, investimento esse que na altura não foi possível e por isso mesmo tive que os deixar a “marinar na gaveta”. Comecei então a idealizar outros projetos e no meio do escritório tinha um candeeiro de tecto com um tambor, que tinha reaproveitado de uma máquina de lavar dos meus pais, sem qualquer tipo de decoração, sem estar pintado e um dia lembrei-me de explorar essa ideia adicionando-lhe alguns materiais para obter algo diferente e original. A ideia da iluminação, tinha ali um expectro completamente distinto daquilo que eram os candeeiros normais. Consegui através de alguns contactos arranjar vários tipos de tambores, e a partir daí a ideia teve tudo o que precisava para se concretizar. DA: Na tua opinião o reaproveitamento dos materiais, será cada vez mais tido em conta, numa óptica “eco friendly”? AM: Eu antes tinha mais essa ideia, mas hoje em dia com esta experiência, não estou tão certo disso. Há mais pessoas a valorizarem este tipo de intervenções, no entanto penso que ainda existe algum tipo de tabu em relação ao conceito de reutilização, o facto do produto não ser completamente criado de origem mas sim através do reaproveitamento de outros objetos, suscita a ideia de ser algo de “segunda” o que é totalmente falso. Aliás, em relação ao projeto Rewashlamp, as pessoas percebem, depois de verem as peças ao vivo, que algo criado a partir de objetos reutilizados pode ser perfeitamente uma peça nova, como se tivesse sido feita de origem. No entanto, ainda não é fácil as pessoas aceitarem isso, e acho que ainda estão um bocadinho reticentes, porque acabam por querer comprar algo pura e simplesmente novo, achando que lhes dá outro tipo de garantias, quem não tem dinheiro, gosta do conceito de reutilização, mas só se for barato.


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DA: Que tipos de materiais utilizas para os revestimentos dos teus abat-jours? AM: Variadíssimos! Por norma sou muito observador e estou sempre atento a tudo o que me rodeia, o que me permite idealizar a utilização de materiais que normalmente têm outras funcionalidades. No entanto não é possível utilizar um material qualquer, pois é necessário que o objeto seja funcional e isso implica que os materiais sejam leves, resistentes e sobretudo permitam segurança na sua utilização.

DA: É possível encomendarem-te algum revestimento específico, para além daqueles que já produzes? AM: Sim, é possível! Estou aberto a qualquer solicitação, no entanto só depois de conhecer o material e ver como será possível a sua aplicação, é que poderei avaliar. Na elaboração das peças Rewashlamp existem vários critérios a ter em conta, dos quais destaco a segurança como elemento fundamental nas escolhas dos materiais decorativos, pois estamos a falar de objetos elétricos que requerem normas de segurança.

DA: De todos os materiais com que trabalhas, qual é aquele que teve melhor aceitação? AM: Todos tiveram uma aceitação fantástica, até porque foram criados com conceitos e finalidades bastantes distintas, mas as bolas de ping pong, a fita métrica e os esfregões de aço talvez pela suas caraterísticas originais, foram os que suscitaram maiores reações. A iluminação projetada por cada um dos candeeiros é única e distinta, uns conseguem “chamar” para si todas as atenções, outros são mais “discretos” e apenas pretendem ser uma luz ambiente. Quando idealizei as peças Rewashlamp não pretendia criar meros candeeiros de iluminação, pois nessa linha já existem inúmeros no mercado, mas sim criar objetos que permitissem aliar à sua funcionalidade algo mais, o meu cunho pessoal poderia fazer a diferença.

DA: O design em Portugal está a emergir, ou continuamos a exportar maioritariamente o que se faz por cá? AM: Eu acho que está a emergir e estamos provavelmente a atravessar a fase de maior visibilidade daquilo que é o design nacional. De facto as coisas mudaram um pouco, mas ainda não está a ser valorizado o suficiente, para que quem trabalha na área possa viver única e exclusivamente disso. DA: Onde pretendes levar a Rewashlamp? AM: Para já pretendo levar a casa de qualquer pessoa, que goste de Design. Acho que é necessária uma identificação com o produto e precisamos entender o que esteve por detrás do designer para conceber determinada ideia. Se não conseguirmos perceber isso, acaba por ser apenas mais um objeto!


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Foto: Nuno Cerveira

Pingballs


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VANESSA OLIVEIRA

Confessa que cada programa lhe deu um prazer especial, além de ter criado desafios internos que lhe deram muito prazer ultrapassar. Por Inês Ferreira

Foto: Ismael Prata


Foto: Ismael Prata

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DeepArt: Sei que começaste a tua carreira no mundo da moda. Como decidiste que querias enveredar por esse mundo? Vanessa Oliveira: Não decidi. Queria ter uma mota e os meus pais não ma compravam. Então inscrevi-me num concurso de modelos que oferecia uma mota a quem ficasse em primeiro lugar. Fiquei em segundo! Nessa noite fui convidada para ir visitar as instalações da agência Elite logo no dia a seguir e, depois de uma reunião, fiquei logo agenciada. Não ganhei mas construí uma carreira que dura até aos dias de hoje. DA: Qual foi o programa que te deu mais prazer apresentar? VO: Cada um deu um prazer especial e, principalmente, criou desafios internos que me deram muito prazer em ultrapassar. Tudo isto porque cada programa teve que ter uma preparação, estudo sobre ele e tive que me adaptar a cada tema e conteúdo. Por exemplo, nos Reality Shows da TVI tive que perceber como este tipo de programas funciona, como mexe com os sentimentos das pessoas; no Programa da Manhã já na SIC procurar o registo mais informativo e, logo a seguir, o Êxtase que era exatamente o oposto, queria-se mais entretenimento. Todos dão um gozo especial quando gostamos do que fazemos e, essencialmente, somos profissionais no que queremos fazer. DA: Sabendo que és uma pessoa supersticiosa, há algum ritual que costumes realizar quando vais gravar? VO: Sou bastante supersticiosa, é verdade. A gravar não tanto mas nos diretos sim. Benzo-me sempre antes de começar e estou 10 segundos agarrada à minha estrela da sorte que tenho tatuada no pulso direito. DA: O “Fama Show” é um projeto de vida? VO: O Fama faz 5 anos dia 2 de março! Nem imagino como é que já passou tanto tempo! É um filho! Um filho muito querido que me dá imenso prazer ver crescer. Fazer parte deste projeto desde o primeiro minuto é um orgulho e conseguir trazer mais valias para o mesmo semanalmente é a realização de que o que gosto de fazer continua a ser apreciado pelo público.

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DA: Que programa de televisão, (mesmo que seja da tua infância) gostarias de apresentar, ou de ter apresentado? VO: Tenho a sorte de já ter tido a experiência de apresentar o programa de televisão que adorava na minha infância: o Chuva de Estrelas. Foi no início de 2010, a direção da SIC decidiu fazer um único e especial programa com caras da casa a cantar. Foi no Tivoli apresentado pela Bárbara Guimarães e… por mim! Estava a morrer de nervos, achei mesmo que poderia ter um ataque cardíaco mas não. Correu muito bem e, no final das contas, diverti-me imenso e concretizei um sonho! DA: Que projetos tens em curso? VO: Para já quero consolidar ainda mais a liderança do Fama Show. Nunca podemos dormir à sombra da bananeira e por isso há que trabalhar e muito. Quem pensa que o Fama não dá trabalho, está muito enganado. DA: Sei que adiaste o facto de seres mãe devido à tua carreira e ao número de horas que a mesma te consome. Há alguma altura certa para dar esse passo? VO: Estamos sempre à espera da altura certa e esta não aparece, até que a dada altura, pensamos: tem que ser e o que tem que ser tem muita força e depois acaba por acontecer. Foi isto que me aconteceu. Primeiro achava que era nova, depois achava que ainda não tinha consolidado a minha carreira, até que percebi que não valia a pena continuar com desculpas. E foi isso que fiz e agora com uma gravidez já de 5 meses e meio, não podia estar mais feliz! DA: A gravidez muda a nossa maneira de encarar a profissão, relativizando os problemas, ou relegando-os para segundo plano? VO: Quando somos mães, não deixamos de ser mulheres nem profissionais. Ou pelo menos não deveríamos deixar de ser. Claro que há prioridades na nossa vida mas depois dos primeiros tempos com o bebé a rotina vai instalar-se e a minha profissão vai continuar como estava antes, se Deus quiser. DA: Projetos para o futuro... VO: Para já que a gravidez corra bem, que os primeiros meses do bebé também e que eu volte ao trabalho quando for tempo disso. De resto, os meus planos são única e exclusivamente… ser feliz.


LOOKS DANDY Fotografia: Tiago Costa Modelo: Ben @ Elite Lisbon Styling: InĂŞs Ferreira Maquilhagem e Cabelos: Wellington de Oliveira Behind the Scenes: Pedro Soares


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Casaco - Pepe Jeans; €65 Sapatos - Pepe Jeans; €129 Camisa - H.E. by Mango; €39 Laço - H.E. by Mango; €22,99 Saco - Pepe Jeans; preço sob consulta

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Casaco - Pepe Jeans; €65 Chapéu - Pepe Jeans; €20 Camisa - H.E. by Mango; €39 Laço - H.E. by Mango; €22,99 Saco - Pepe Jeans; preço sob consulta Óculos - H.E. by Mango; preço sob consulta


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Casaco de malha grossa - Pepe Jeans; 竄ャ95 テ田ulos - H.E. by Mango; preテァo sob consulta


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Calças de sarja - Pepe Jeans; €95 Casaco de malha grossa - Pepe Jeans; €95 Óculos - H.E. by Mango; preço sob consulta


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E D I T O R I A L

Camisa - Pepe Jeans; €89 Casaco - Pepe Jeans; €170 Sapatos - Pepe Jeans; €55 Calções - H.E. by Mango; €35,99 Mala de computador - Pepe Jeans; €45



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Vestido Delphine - Aquabyaqua; €150,50 Top bordado com aplicações - Topshop; €59


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Camisa - H.E. by Mango; €39 Blazer - H.E. by Mango; €139 Laço - H.E. by Mango; €22,99 Calções - H.E. by Mango; €35,99 Alpercatas - H.E. by Mango; €49,99 Óculos - H.E. by Mango; preço sob consulta


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Blazer - Pepe Jeans; €120 Calções - Pepe Jeans; €70 Sapatos - Pepe Jeans; €55 Colete - Pepe Jeans; preço sob consulta Camisola - Pepe Jeans; preço sob consulta



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Camisa - H.E. by Mango; €39,99 Écharpe - H.E. by Mango; €19,99 Calções - H.E. by Mango; €35,99 Boina - Pepe Jeans; preço sob consulta




HIDDEN

GARDEN Fotografia: Gonรงalo M. Catarino (www.gmcphoto.net) Modelo: Marianne Bittencourt @ Karacter Styling: Catarina Ferreira Pinto Maquilhagem e Cabelos: Rafaela Avidago


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Top bordado com aplicações - Topshop; €59


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Vestido New Element - Aquabyaqua; â‚Ź90,50


Vestido Delphine - Aquabyaqua; €150,50 Top bordado com aplicações - Topshop; €59



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Vestido - New Element Aquabyaqua; €90,50 Sapatos com plataforma dourada - Zara; €49,90


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Chapéu de aba larga - Parfois, da produção Saia - Ree Ree, Aquabyaqua; €118,50



Vestido - Gratan, Aquabyaqua; €54,50 Sapatos com plataforma dourada - Zara; €49,90


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Colar geométrico - Zara; €17,95 Vestido - Voltaire, Aquabyaqua; €96,40 Pág. da direita Vestido - Gratan, Aquabyaqua; €54,50 Sapatos com plataforma dourada - Zara; €49,90




www.facebook.com/monica.goncalves.146?fref=ts


Foto: Tiago Costa Direção de Arte: Inês Ferreira

Head Phone - Diesel; €250 Bolsa de pele - Diesel; €370 Carteira de pele - Diesel; €65 Sapatos de pele - Diesel; €180 Perfume - Diesel; preço sob consulta Ténis com riscas brancas - Diesel; €95 Cinto com fivela prateada - Diesel; €75


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Foto: Tiago Costa Direção de Arte: Inês Ferreira


Foto: Tiago Costa Direção de Arte: Inês Ferreira


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Foto: Tiago Costa Direção de Arte: Inês Ferreira

Página da Esquerda Boné - Diesel; €35 Óculos - Diesel; €145 Ténis azuis - Diesel; €95 Cinto azul e branco - Diesel; €70 Carteira de pele azul - Diesel; €65 Carteira branca e azul - Diesel; €45 Perfume - Diesel; preço sob consulta Ténis pretos com atacadores azuis - Diesel; €100

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Foto: Tiago Costa Direção de Arte: Inês Ferreira


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Foto: Tiago Costa Direção de Arte: Inês Ferreira

Página da Esquerda Ténis - Diesel; €170 Botas - Diesel; €240 Óculos - Diesel; €145 Chapéu de palha - Diesel; €90 Cinto com fivela redonda - Diesel; €55 Cinto de pele com tachas - Diesel; €90 Perfumes - Diesel; preço sob consulta

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Foto: Tiago Costa Direção de Arte: Inês Ferreira

Pólo - Diesel; €70 Botas - Diesel; €160 Boxers - Diesel; €25 Blazer - Diesel; €250 Carteira - Diesel; €65 Ténis brancos e cinzentos - Diesel; €95 Boné com aplicação de pele - Diesel; €35 Boné com aplicação bordada - Diesel; €40


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Foto: Tiago Costa Direção de Arte: Inês Ferreira




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Colectivo da Rainha

Uma nova perspectiva sobre objectos

Foto: Colectivo da Rainha

Por Rita Trindade

TreeHouse


Foto: Colectivo da Rainha

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Toalha de praia

O estúdio Colectivo da Rainha, sobre o qual vos falo este mês, é composto por Filipa (natural de Lisboa) e Renato (de Aveiro). Situa-se no meio da natureza, em Cantanhede, longe da confusão citadina. É este o cenário que serve como fundo das suas criações que, naturalmente, remetem muito para um mundo natural e orgânico, e acabam por ser produtos carregados de preocupações ambientais e respeitosos pelos materiais. Entre os projectos desta dupla, que trabalha tanto a nível do Design de Produto como do Design Gráfico, podemos ver objectos feitos a partir de desperdícios e produtos reaproveitados e redesenhados para servir uma nova função.

distinguidos como Jovens Criadores, na área do Design de Produto, e estivemos presentes em várias exposições e conferências. Em 2007 fomos bolseiros Erasmus na BIAD em Birmingham (UK) e quando voltámos a Portugal, mesmo antes do fim da licenciatura, já estávamos a desenvolver produtos para a indústria. Em 2010 marcámos presença na Dutch Design Week com uma das nossas peças. Temos vindo a desenvolver produtos para várias empresas e indústrias; um deles valeu ao nosso cliente um prémio inovação na área do lazer verde. Temos também vindo a colaborar em projectos para os quais fomos convidados bem como desenvolvido produtos da nossa própria marca.

Filipa e Renato foram colegas de turma na faculdade e trabalharam juntos num projecto académico. A experiência correu tão bem que decidiram então aventurar-se no mundo do Design de mãos (e mentes) dadas. Apesar de terem interesses e maneiras de desenvolver o trabalho bastante diferentes, é nesses opostos que reside a sua força. O pragmatismo e a técnica do Renato, aliados à espontaneidade e emoção da Filipa tornam o processo de desenvolver projectos muito mais dinâmico. Escusado será dizer que quanto mais complementares duas mentes são, mais aprendem uma com a outra.

- Quais consideram ser as principais diferenças entre vocês os dois na maneira de encarar o processo de criação e desenvolvimento de um produto?

- Como surgiu o estúdio Colectivo da Rainha? O Colectivo da Rainha surgiu em 2008 em Caldas da Rainha, onde estudámos na ESAD. Fomos colegas de turma desde o 1º ano da universidade; no 3º ano começámos a trabalhar a dois, o projecto correu muito bem, e desde então que temos investido como dupla criativa. Como consequência, em dois anos consecutivos fomos

A Filipa é dotada de uma personalidade espontânea, emocional e com muito carisma, enquanto o Renato é mais pragmático e técnico, um “problem solver” inato. Quando temos um projecto em mão, a ideia e conceito é fruto dos dois, mas durante a fase de desenvolvimento, a combinação dos nossos skills transformam o objecto final. O facto de trabalharmos os dois permite que nos possamos complementar em termos técnicos e criativos, o que depois se reflecte no nosso trabalho. - E, acreditam que essas diferenças se devem ao facto de serem de sexos diferentes ou é uma questão pura e simplesmente de personalidade e contexto social de cada pessoa? Acreditamos que está relacionado com o nosso percur-


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começaram a desenvolver este produto. Assumem a TreeHouse como sendo irónica. Afinal de contas, é, de facto, uma casa numa árvore. Apenas não sob a forma a que estamos habituados. - Enquanto Designers, o que é mais importante para vocês quando trabalham num produto novo? O nosso processo criativo passa muitas vezes por aquilo que apelidamos de brincar, ou seja, explorar exaustivamente propriedades, características e contornos, seja de materiais, de objectos e/ou contextos. Interessam-nos os materiais, o potencial de exploração dos mesmos e o valor que ganham conforme o contexto de aplicação. Temos sempre como objectivo olhar para tudo de perspectivas diferentes, ver o que já lá estava e passou despercebido e tentar ir por um caminho alternativo que nos leve à originalidade.

Foto: Colectivo da Rainha

- Quais os ideais que o Colectivo da Rainha defende enquanto estúdio de Design?

Toalha de praia

so, background, interesses e hobbies. Ambos dedicamos algum tempo aos nossos passatempos. O Renato tem na garagem um carro de rally dos anos 80 e desde miúdo pratica BMX, o que lhe aguçou o gosto pelo conhecimento técnico; a Filipa tem um gostinho especial por fotografia que conjugado com uma colecção de bonecas se transformou numa revista internacional, a Tiny Feet magazine, que veio apurar o sentido pela composição e imagem. São estes e outros pequenos factores que nos tornam sensíveis a nível profissional e que acabam por subtilmente cunhar o nosso trabalho de alguma forma.

Foto: Colectivo da Rainha

No portfolio do Colectivo da Rainha podemos ver produtos que são autênticas lufadas de ar fresco e cujo lado emotivo, aliado à técnica e exploração de materiais, não passa despercebido a ninguém. Falo, por exemplo, da TreeHouse. Feito a partir de pinho que ficou a secar pelo menos seis meses e cujo miolo é recortado com a forma de uma casa, este objecto pretende remeter cada pessoa para um imaginário dos tempos de infância de cada um. Todos nós sonhámos, a dada altura, ter uma casa na árvore ou possuir uma casa de bonecas, e foi a partir dessa (correcta) suposição que Filipa e Renato

Tentar abandonar ideias pré-concebidas dos objectos. Tirar partido das características e dos comportamentos dos materiais. Só porque não sabemos resolver um problema não quer dizer que não exista solução; simplesmente temos que procurar melhor, e por vezes o caminho assenta na aprendizagem. Por vezes é preciso deitar tudo a baixo e começar de novo. Abordagens diferentes são sempre refrescantes.

TreeHouse


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- Por onde pretendem que passe o futuro do estúdio Colectivo da Rainha?

Foto: Colectivo da Rainha

Pergunta difícil. Não controlamos o futuro, mas temos objectivos. Queremos que o Colectivo da Rainha continue a chegar a cada vez mais pessoas. Queremos trabalhar com clientes das mais diversas áreas. Achamos que o Colectivo tem uma área de actuação e um know-how muito transversal, e uma curva de aprendizagem muito rápida; com isto, queremos continuar a trabalhar nas mais diversas áreas de Design, e continuar a responder a briefings sempre de forma inteligente e criativa. - Podem revelar-nos algo sobre projectos futuros?

Emergência

É precisamente essa maneira diferente de ver o mundo que interessa sobretudo aos dois designers. Procuram novas perspectivas e modos de encarar cada material, cada objecto. Querem sempre tentar ver mais além do que está à sua frente, «tentar abandonar ideias pré-concebidas dos objectos». Uma abordagem cativante, que tantos outros procuram. Estão, sem dúvida, no bom caminho. A sua maneira de ver o mundo é até um pouco poética. Se há objecto perante o qual ninguém fica indiferente é o Emergência. Um cravo numa caixa onde usualmente se costumam ver martelos, extintores, etc; objectos que precisam de estar à mão caso algo suceda e seja imperioso utilizá-los em caso de emergência, em caso de termos de ser salvos. Nos tempos que correm, não fará sentido haver também cravos dispostos nestas caixas espalhados por todo o país? - O que é que sonham/desejam para o vosso estúdio? Queremos continuar a criar objectos únicos e originais. Tentar encontrar soluções pouco convencionais para problemas comuns. Desejamos continuar a crescer e adquirir uma estrutura ainda mais forte e flexível.

Ainda não podemos revelar muito, pois temos alguns projectos em fase embrionária. Mas vai haver muitas apostas e desafios. Estamos a trabalhar em colaborações e parcerias para novos projectos e em simultâneo a desenvolver novos produtos para a nossa marca. Tivemos o desafio de um projecto no Porto, para o qual estamos de momento a desenvolver ideias. Temos também projectos no concelho de Bragança, estamos a colaborar com empresas da zona de Aveiro e estamos a trabalhar no sentido de ter os produtos da nossa marca com mais presença em lojas nacionais e mercados internacionais. As novidades podem ser seguidas através do nosso site www.colectivodarainha.com e da nossa página no facebook. O Colectivo da Rainha já provou ser merecedor de muita atenção. A sua capacidade de pegar em peças comuns e repensá-las; de prolongar a vida dos objectos e dos materiais, ao conferir aos mesmos novas funções e contextos; e de redefinir o modo como se olha para o mundo em nosso redor, moldando as mentes de quem entra em contacto com as suas criações, são alguns dos aspectos que tornam esta dupla refrescante, cativante e apaixonante. Nas manifestações nacionais de Setembro passado, houve mesmo quem imprimisse a imagem do Emergência e a tivesse tornado num cartaz. Renato e Filipa confessam ter sentido arrepios quando viram imagens do seu produto no meio da multidão e quando estas se tornaram virais nas redes sociais. Design é mudar o mundo. E essa mudança começa precisamente quando se transformam mentalidades. Esta colaboradora/autora não escreve com o novo acordo.


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From Kumeko with love

Foto: www.kumeko.com

Por Rita Chuva

Snug

Quem lê os meus artigos (se alguém o faz, que se manifeste!) já percebeu que sou fanática assumida por sofás, poltronas, bancos e banquinhos, puffs e afins, tudo o que contribua para um real e confortável descanso. Preguiça, poderão vocês dizer/pensar? Talvez. Ou talvez não. No meu caso, é mais a falta de tempo para descansar que me faz ansiar por tudo o que pareça confortável e aconchegante, que me permita ter um momento de qualidade, e rejubilo de cada vez que me deparo com cabeças empreendedoras que têm o trabalho de pensar na indolência dos outros, como é o caso da Kumeko. Tal como eles se descrevem, a Kumeko, uma empresa de design sediada em Praga, é um lugar onde a tradição e a inovação se encontram e se apaixonam! Só pela descrição, eu também fiquei apaixonada. Todos os projetos da empresa são inspirados nas técnicas de artesanato dos nossos avós, mas inteligentemen-

te repensados para o mundo moderno. Explorando essas técnicas, vão combinando-as com tecnologias modernas, estando sempre à procura de novas formas e texturas para tornar os produtos confortáveis e exclusivos. Isto é o que eles dizem deles, e deixam-nos (pelo menos, a mim) rendidos à primeira frase! E passando aos produtos em si, o desafio está em escolher de qual falar, já que todos (os que, atualmente, a Kumeko tem à venda) são merecedores de divulgação. Fui inicialmente atraída pela Snug, uma peça de mobiliário ou, como o nome indica, um aconchego, quase um ninho, constituído por uma almofada macia interior envolvida por uma manga, um invólucro que envolve e acolhe quem nele se senta (ou, neste caso, enrosca). O cinto integrado na parte superior da manga permite que a Snug seja ajustada para suportar o corpo em várias posições diferentes, de acordo com as preferências de cada um.


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Knotty e Mini Knotty

Fotos: www.kumeko.com

recheados com espuma. O revestimento interno da almofada é feito de bolas de isopor, para que o assento se possa ajustar e moldar a cada forma corporal. Em tamanho normal ou para os mais pequenos, a Mini Knotty, esta almofada promete ergonomia, conforto e momentos de puro prazer. E, mais uma vez, não sei se vendo pelos meus olhos ou pelos dos meus bichanos, parecem ou não novelos de lã gigantes? Imagino as horas de brincadeira que os meus inquilinos de quatro patas iam ter, deliciados... Mais do que convencida, tive de ir saber mais! E encontrei a peça que talvez seja a minha preferida, não só por mim, mas também pelos elementos felinos que se passeiam lá por casa... Apresento-vos Knotty, uma almofada de apoio com um entrançado inspirado por técnicas tradicionais de tecelagem, feita a partir de tubos macios em jersey

Estas duas dádivas são a prova de que, novamente citando a Kumeko, todos os seus produtos são feitos à mão, com muito amor. Fonte e fotos: Kumeko (www.kumeko.com)


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Chega a 2ª edição do INDEX, Festival de Cinema e Experimentação A arte experimental em forma de curta metragem, exposições, instalações, concertos e workshops, para ver, apreciar e participar.

Foto: http://bit.ly/11QRS8L

Por Ágata C. Pinho


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Depois de uma primeira edição que decorreu no Cineteatro São Pedro, em Abrantes, acontece agora a segunda edição do INDEX, Festival de Cinema e Experimentação, nos dias 12 e 13 de abril, no Theatro Bar, na cidade de Tomar. A programação apresenta o melhor do cinema feito em Portugal, dentro do género experimental. Trata-se de uma arte que cresce e terá o seu palco no âmbito deste festival de curtas metragens, com inscrições abertas até dia 15 de março. O evento é organizado pela VASTAPLATEIA – Associação Cultural Pela Arte Experimental, e cada realizador pode concorrer gratuitamente com o número de obras que desejar. O objetivo, à semelhança da primeira edição, é divulgar o cinema experimental e também fomentar o ensino universitário dentro desta lógica mais livre de

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experimentação cinematográfica. Do programa fazem parte instalações, retrospetivas, workshops, concertos e exposições. Da animação ao videoclip, todos os formatos e linguagens são válidos e valoriza-se a liberdade da imaginação. A competição nacional culminará com a atribuição dos prémios para Melhor Curta Metragem, Melhor Direção de Fotografia, Melhor Argumento e Melhor Interpretação. Para exposição de obras no local onde irá decorrer o festival, basta contactar o e-mail: index@vastaplateia. pt. Para mais informações sobre o programa do festival, media partners e como participar, consultar o site oficial (http://indexfestival.vastaplateia.pt/) ou a página oficial do facebook (www.facebook.com/indexfestival).


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CC_HOUSE #2 Alcobaça 2011

“A relação entre cliente/arquiteto está constantemente sujeita a um jogo de solicitações várias e outros testes, para que no final, se encontre sempre a melhor solução possível para o ‘problema’...”

Foto: Inception Architects Studio – IAS

Por Pedro Carvalho Inception Architects Studio

No número anterior apresentámos a CC_HOUSE, um desafio que se estende no Estúdio desde 2011 até aos dias de hoje, e que representa para o IAS - em termos de relacionamento arquiteto/’cliente’ - um exemplo puro da relação de proximidade, interação e trabalho que gostamos de estabelecer com quem contactamos. Assim, trazemos a CC_HOUSE#2 que é, nada mais, nada menos do que uma reinterpretação das vontades do cliente face ao projeto anteriormente apresentado, a CC_HOUSE.

Cliente de caráter exigente, zeloso, multifuncional, culto e muito eclético quanto às suas inspirações, tendências e vontades, as suas opções arquitetónicas alternam entre a arquitetura portuguesa clássica e a moderna de Siza, Souto Moura, ARX entre outros. Por isso, pretende mais uma vez um projeto que funcione como uma extensão da sua pessoa e como um complemento à sua vida passada entre Lisboa e Alcobaça e que deambule entre o clássico de outrora e o moderno dos dias de hoje. O anterior ainda não satisfazia na totalidade estes pressupostos…


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Fotos: Inception Architects Studio – IAS

Iniciámos efetivamente mais um interessante exercício/ estudo de interpretação que ajudou a moldar o trabalho do estúdio, quase que o tornando num puro exercício académico que mistura sentidos, perceção, leitura e muita psicologia! Acima de tudo, fazer valer a ‘velha máxima’ da arquitetura que reside sempre no arquiteto e na sua forma de trabalho, onde através do seu método criativo de concepção e laboração, este consegue entender, perceber e ouvir o seu cliente, por forma a tentar extrair dessa convivência e interação, aquilo que precisa para seguir com o desenvolvimento do projeto, mesmo que não resulte à primeira (como foi o caso!). A relação entre cliente/arquiteto está constantemente sujeita a um jogo de solicitações várias e outros testes,

para que no final, se encontre sempre a melhor solução possível para o ‘problema’, fruto da mentalidade resistente e resiliente das duas partes. O novo estudo desenvolvido insere-se no mesmo terreno plano e de caraterísticas morfológicas não muito acidentadas, voltado para a Serra de Aire e Candeeiros, onde se destaca a presença da mancha florestal existente no terreno e sua periferia. Manteve-se o mesmo programa espacial para uma habitação principal do tipo V3 + 1 (com possibilidade de extensão); ‘guest-house’ e sala de convívio; terreiro ou eira exterior com piscina e área de lazer; mais uma zona destinada aos arrumos, ferramentaria e equipamentos necessários à manutenção da propriedade.


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Foto: Inception Architects Studio – IAS

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Este último (programa espacial), e as duas respetivas áreas funcionais em que se irá dividir a habitação: ÁREA SOCIAL e ÁREA PRIVADA, serão das poucas, se não mesmo as únicas, condições semelhantes à anterior proposta. Mantemos as funcionalidades como: sala de estar e jantar; cozinha e copa integradas; zona de biblioteca e hall de entrada, mais zona de arrumos, lavandaria + zona de secagem e instalação sanitária de serviço. Na área mais privada estariam localizados os aposentos destinados a toda a família como a master suite; dois quartos de casal e instalação sanitária principal. Nesta área existiria contudo o compromisso da possibilidade de uma possível extensão, através da criação de mais um quarto. Mas apenas e só…

A solução encontrada em dois volumes distintos, esculpidos em betão branco e sinónimo da correlação entre SOCIAL/PRIVADO, unidos através de um subtil e transparente corredor de ligação entre ambos, é abandonada em detrimento de um único volume, mais contido, paralelepipédico e assente no terreno, mas ainda mais voltado para uma eficaz e assumida relação entre interior e exterior. A ‘rudeza e crueza’ do betão branco usado na totalidade do estudo anterior, é agora substituída pela mistura de tons e brilhos quentes e humanos introduzidos nesta nova solução. O verde e o barrento do terreno são complementados pela cor alaranjada das telhas da cobertura, pelos veios e côr castanho-avermelhada da madeira das pérgulas exteriores e pela côr e brilho dos ladrilhos


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Fotos: Inception Architects Studio – IAS

artesanalmente esculpidos utilizados no revestimento de algumas superfícies de paramentos e pavimentos exteriores. A cobertura plana da anterior solução é agora também substituída por uma cobertura mista, alternando o plano e o inclinado numa decisão mais arrojada, diferente e mais ritmada. Esta cobertura procura um ainda mais correto enquadramento solar, garantido pelas suas clarabóias de inclinações variadas e voltadas a Este na zona dos quartos. Estas fazem com que a habitação - de caráter marcadamente horizontal e plano – adquira mais verticalidade e ritmo, quais asas de gaivota levantando voo…

Por fim, mantêm-se e replicam-se os mesmos pressupostos para as restantes zonas/áreas que compõem o programa, como a ‘guest-house’ e eira exterior com piscina, destinadas ao convívio e ao relaxamento, aproveitando o enquadramento natural que se sente na propriedade e sua envolvente. Uma solução diferente, mas com um mesmo propósito: a satisfação do cliente, cumprindo todos os requisitos por ele enunciados, numa nova solução que evidencia cuidado, interação, envolvência e sentimento. (Será que é desta?)


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La La La Ressonance

Foto: Ricardo Almeida

Cinema e mĂşsica


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Como que crisálidas metamorfoseadas do seu próprio estado larval, reconhecido como The Astonishing Urbana Fall, os La La La Ressonance, mantendo a sua própria estrutura e identidade criativa, abrem as asas e aventuram-se, desde logo, em 2006 - um ano após a renovação da banda -, na edição de um longa duração. Palisade surge “assente na liberdade formal em que sempre acreditaram.” Fazendo uma maior interligação entre a edição e o espetáculo ao vivo - os The Astonishing Urbana Fall eram, na sua identidade, essencialmente, uma banda de concerto -, os La La La Ressonance vincam, também, a sua obra, com a influência que o cinema tem na banda. Em 2008 constroem um espetáculo a partir das obras cinematográficas de Len Lye e Osamu Tesuka; em 2009 compõem uma banda sonora original para Le Voyage Dans la Lune de Georges Méliès e, ainda, Outdoor, o segundo álbum da banda. Em 2010, compõem nova banda sonora para Faust de F.M. Murnau, gravado em 2011 e editado em 2012. André Simão, Gil Teixeira, Jorge Aristídes, Paulo Miranda, Ricardo Cibrão e José Arantes são de Barcelos. São o negativo fotográfico de encarnações anteriores. São os La La La Ressonance. www.nervos.pt/lalalaressonance


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MEMĂ“RIA

DE OUTRAS PRIMAVERAS https://www.facebook.com/pages/Sandra-Roda-httpdesabitarblogspotpt/199059776807875?ref=hl

by Sandra Roda


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Cultura Urbana Internacional Por Gustavo Mesk

ARSEK @ StaraZagora

Fotos: www.belin.es / www.flickr.com / www.mtns.com.br / www.graffart.eu / www.hypenotice.com / www.art-spire.com

BELIN @ MĂŠxico

BOMK @ Paris

FATHEAT @ Hungria


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GREMS @ Paris

ROID @ Londres

LOWBROS @ Hamburgo

SHOK1 @ Londres

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Made in Brazil O graffiti muda de estilo e de forma consoante o seu país de origem, da mesma maneira que a arte e os estilos artísticos foram criados e desenvolvidos em certas áreas geográficas.

Foto: http://3.bp.blogspot.com/-Bsg2xvvKxGY/T3d6IfMZa9I/AAAAAAAAABs/OuhdEBgHNWc/s1600/alexandre2.jpg

Por André Albuquerque

Alexandre Orion

O conceito de cultura urbana integra diversos sinais de globalidade, e, apesar da arte ser livre, por todo o mundo existem artistas com estilos e ideologias semelhantes. Com este facto bem presente pode ainda defender-se que, embora qualquer artista possa procurar a sua inspiração das mais diversas maneiras, o factor cultural e geográfico tem na maioria dos casos um peso decisivo para o resultado final de qualquer peça criada. Existem assim marcas e estilos que surgem das raízes do local onde se está inserido. O graffiti muda de estilo e de forma consoante o seu país de origem, da mesma ma-

neira que a arte e os estilos artísticos foram criados e desenvolvidos em certas áreas geográficas, bem identificadas. A história, a arquitetura e as caraterísticas de urbanismo, são efetivamente capazes de guiar e decidir o desenvolvimento da cultura urbana específica de cada local. Tendo por base nos factores enunciados, vou hoje focar-me na cultura urbana do Brasil, país com uma arquitetura e caraterísticas urbanas únicas, dividido entre favelas (“ghettos” no topo de morros, onde predomina a pobreza e a marginalidade) e zonas ricas.


Pichação

Foto: http://portalyah.com/facj/files /2011/10/osgemeos-n-600x473.jpg

A pichação inspirou diversos artistas brasileiros de graffiti e street art na composição das suas obras. Entre esses artistas devo realçar Os Gêmeos. Trata-se de dois irmãos que, como o seu nome sugere, são gémeos. Gustavo e Otávio Pandolfo, originários de São Paulo, praticam graffiti e street art (entre todo o tipo de arte e instalação artística) refletindo o mundo que os rodeia, cheio de fantasias, mas também com sentido crítico da sociedade atual. Começaram no graffiti em 1987, com apenas 13 anos, e hoje em dia ambos são formados em desenho de comunicação e dos maiores nomes no graffiti e arte urbana mundial.

Os Gémeos

Foto: http://streetartscene.files.wordpress.com/2010/12/os-gemeos-in-italy-2010.jpg

As suas obras arquitetónicas são reconhecidas mundialmente (como é o caso do estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro) e conta com grandes nomes nessa área, como o do falecido Óscar Niemeyer. A principal marca de cultura urbana e graffiti no Brasil é a “Pichação” originária de São Paulo e do Rio de Janeiro. Este conceito de graffiti baseia-se no factor que mobiliza primariamente todos os pintores de graffiti ilegal, que é deixar a sua marca, a sua assinatura nos mais diversos locais, de grande visibilidade. No caso específico da pichação, quem a pratica usa técnicas como escalada livre para chegar a locais supostamente inacessíveis, como topos de prédios e pontes. A pichação usa apenas assinaturas, letras que formam nomes, “tags” de quem a pratica e dos grupos, “crews” nas quais se insere. A caligrafia da pichação é facilmente reconhecível e, embora possa sofrer alterações de artista para artista, assume as suas caraterísticas únicas: letras compridas e de traço estreito, geralmente usadas em grande escala.

Pichação

L I F E S T Y L E

Foto: http://25.media.tumblr.com/tumblr_lom2zfW8d41qkcmbqo1_500.jpg

Foto: http://www.pichacao.com/poster_01.gif

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Os Gémeos


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encontrar paz e clausura num local solitário. O interesse do artista por estes locais deve-se também ao passado que lá existe, devido a tratar-se de galerias subterrâneas cheias de água, sítio ignorado por quem vive à superfície. Este artista nunca deixou de querer que a sua arte fosse vista por outras pessoas, sendo então a fotografia e o vídeo os meios encontrados para poder difundir as pinturas realizadas nestes locais.

Nunca

Foto: http://blog.vandalog.com/wp-content/uploads/2010/01/zezao1.jpg

Foto: http://www.designwars.com/dw_ core/uploads/2012/09/nunca-4.jpg

Foto: http://farm9.staticflickr.com/8289 /7640277896_07cff7fee7_z.jpg

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Nunca

Outro artista brasileiro que ganhou bastante reconhecimento nos últimos anos foi ZEZÃO. Este artista inseriu-se no graffiti devido a um acidente que o impediu de andar de skate, e porque sentia a necessidade de manter o contacto com as ruas. Zezão escolheu os esgotos e diversos locais subterrâneos abandonados para realizar o seu processo artístico, de modo a poder aperfeiçoar a sua arte e ao mesmo tempo

Zezão

Zezão

Foto: http://casadaidea.files.wordpress.com /2012/07/zezao-no-bueiro.jpg?w=560

Francisco Rodrigues da Silva, conhecido artísticamente por “Nunca” é outro artista brasileiro que se inspira na cultura do seu país para criar as suas obras que, com influências da pop-art, mostram o passado e o presente do Brasil, ao seu próprio estilo. Nascido em São Paulo começou os seus primeiros passos no graffiti através da pichação aos 12 anos. Adotou o tag Nunca como forma de rebelião, criando a sua arte com cores vivas, baseadas nas raízes indígenas da cultura brasileira. Foi desta maneira que começou a ganhar notoriedade e a ser convidado para expor na Europa.


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Foto: http://3.bp.blogspot.com/_kNB8rldQ5_Q/S7y8J9ih 4hI/AAAAAAAACU0/c_7mQSTZ4_I/s1600/Alexandre +Orion_Oss%C3%83%C2%A1rio_2006.jpg Foto: http://www.tumblr.com/photo/1280/untitledarchive/ 62587103/1/9nCbgldMsgzx7tnf5uEFB4gk

Alexandre Orion

JR - Favela Morro da Providência no Rio de Janeiro

Para concluir esta breve incursão pela realidade da arte inspirada pelo graffiti e da cultura urbana no Brasil, gostaria de evidenciar uma que, na minha opinião, foi das melhores intervenções artísticas na cultura de um país estou a referir-me ao trabalho realizado pelo artista JR que, não sendo brasileiro, realizou esta obra na Favela Morro da Providência no Rio de Janeiro.

vídeos: Vimeo.com/41920713 Youtube.com/watch?v=CNzXKEC333c Existem ainda outros artistas e muito mais a aprofundar em relação aos mencionados, mas apenas fiz uma breve passagem pela cultura urbana no Brasil, tentando suscitar o interesse pela pesquisa e aprofundamento do tema que pode ser desenvolvido através das seguintes ligações: Os mencionados Os Gêmeos - osgemeos.com.br Nunca - flickr.com/photos/-nunca Zezão - flickr.com/photos/zezao Alexandre Orion - alexandreorion.com/ JR - jr-art.net

JR - Favela Morro da Providência no Rio de Janeiro

Outros Links a visitar www.designboom.com/contemporary/pixacao.html streetartbrazil.com/ misturaurbana.com/category/street-art/

Foto: http://whitchurcharts.org.uk/wp-content/uploads/2010/10/ Capture-d_%C3%A9cran-2010-10-13-%C3%A0-17.20.48.png

Gostaria ainda de realçar o trabalho de um outro artista brasileiro, com bases na cultura urbana e street art que dá pelo nome de Alexandre Orion. Artista plástico e designer, começou pelo graffiti em 1995 e, a partir de 1998, destacou-se como ilustrador em diversas publicações brasileiras após ter ganho o seu reconhecimento pelas ruas. Desde então já realizou diversas instalações e exibições pelo mundo (como a Sparts Gallery em Paris) e ganhou prémios, inclusivé de fotografia, meio usado para a difusão da maior parte da sua arte realizada nas ruas.


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EmCara

by Rui Zilhão

Amália Rodrigues - retrato de Rui Zilhão; 2008


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Jo達o Braga - retrato de Rui Zilh達o; 2008

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Guimarães Cidade berço

Quem visita Guimarães faz uma espécie de viagem ao passado, aos primórdios da nacionalidade, ao século X, XI... Quando um destemido rei decidiu começar a construir um país.

Foto: Bruno Gascon

Por Joana Domingues

Pousada de Santa Marinha - quarto duplo - 100€ (aproximadamente) Esta poderia ser apenas uma história daquelas que se conta às crianças quando é hora de ir dormir, mas na verdade esta é a história de um país chamado Portugal! Em 2012 Guimarães foi a Capital Europeia da Cultura. A cidade berço da nação abriu assim os braços aos visitantes com um programa cultural recheado. Guimarães oferece esta capacidade de aliar a recuperação de um passado de memórias gloriosas que nos transporta a outros tempos, a uma cidade igualmente moderna com infraestruturas adequadas também aos novos tempos. Mas antes de explorarmos a cidade instalemo-nos! O local onde vamos ficar tem uma vista ampla sobre a cidade e faz parte do circuito das pousadas de Portugal! Falamos-lhe da Pousada de Santa Marinha! Esta pousada situa-se na encosta do Monte da Penha,

Castelo de Guimarães - (bilhete normal) - 1,50€ envolvida por um parque frondoso e foi requalificada segundo projeto do arquiteto Fernando Távora. Segundo a tradição, o convento foi fundado em 1154, pela rainha D. Mafalda, mulher de D. Afonso Henriques, que o doou aos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Em 1528 esta ordem religiosa foi substituída pelos monges de S. Jerónimo. Hoje acolhe quem procura um local agradável para se instalar. Depois de se instalar, deixe as malas e vá até à Colina Sagrada. Guimarães, é uma cidade de origem medieval, que tem as suas raízes no remoto século X. Foi nesta altura que a Condessa Mumadona Dias construiu um Castelo, criando assim um segundo ponto de fixação.


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Fotos: Bruno Gascon

Ligado a façanhas heróicas do período da fundação da nacionalidade como a Batalha de S. Mamede em 1128, razão porque é conhecido por Castelo da Fundação ou de S. Mamede, serviu ainda ao longo da sua história de palco a vários conflitos reais. Perdida que foi a sua função defensiva, o Castelo entrou num processo de abandono e degradação progressiva até ao século XX, altura em que é declarado Monumento Nacional e foram efetuadas obras de restauro. Hoje pode ser visitado e há quem diga que se sente uma energia diferente neste local, como se as pedras estivessem cientes da importância que tiveram na história do país. As suas muralhas são ideais para passear e sentir todo este passado. Os “Vimaranenses” são orgulhosamente tratados por “Conquistadores”, fruto dessa herança histórica de conquista iniciada precisamente em Guimarães, por isso mesmo o orgulho neste espaço é grande e o cuidado com a sua preservação é proporcional! Depois desça um pouco e vá até ao Paço dos Duques! Quando entrei pela primeira vez neste espaço, ouvi na minha cabeça a banda sonora de Game of Thrones

(acreditem ou não). O espaço é imponente, cinematográfico e quando o Sol cai e se reflete dourado sobre a pedra de granito, sentimos que a qualquer momento poderia começar uma luta de espadas mesmo à nossa frente. Esta majestosa casa senhorial do século XV, foi mandada edificar por D. Afonso - futuro Duque de Bragança, filho bastardo do Rei D. João I. A reedificação do palácio começou em 1937 e prolongou-se até 1959, altura em que foi aberto ao público e transformado em museu, cujo espólio é datado dos séculos XVII e XVIII. Não pode deixar de passar também pelo Largo do Toural. Considerado hoje como o coração da cidade, era no século XVII um largo extramuros junto à principal porta da vila, onde se realizava a feira de gado bovino e outras de diversos produtos. Atualmente, pode encontrar aqui diversas esplanadas.


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5 Sentidos

Sinta-se em casa Cultura, gastronomia e convívio, todos reunidos num só espaço, que não poderá deixar de visitar.

Foto: Tiago Costa

Por Inês Ferreira

Que mais podemos pedir para além de um final de dia aconchegante com um bom vinho, uma boa refeição, arte e música, num espaço que mais parece a nossa própria casa? É precisamente por tudo isto que este mês destacamos o 5 Sentidos, um espaço criado a pensar no conforto de quem quer sair um pouco de casa ou do trabalho para relaxar, sem perder o conforto que teria na sua própria casa! O 5 Sentidos nasceu há quatro anos, baseado no conceito londrino dos gastropubs, que são espaços dedi-

cados à conjugação entre gastronomia e arte, com um atendimento personalizado e informal, que faz com que as pessoas se sintam realmente em “casa”. É com base nestes pressupostos que este espaço tem vindo a “dar cartas” na área da gastronomia e arte. Pela mão de Diogo Simões, intitulado de “alquimista da cozinha” poder-se-ão degustar pratos típicamente portugueses, mas com um toque especial, devido à sua constante busca e experimentação na cozinha. Tudo isto por uma média de 20€ por refeição, aliados a uma excelente qualidade e a um ambiente próximo e acolhedor com quem lá trabalha.


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Foto: Eduardo Jarnac

Foto: Tiago Costa

Foto: Eduardo Jarnac

Foto: Tiago Costa

Foto: Tiago Costa

O seu horário de funcionamento é entre as 12:30h e as 15:30h, e entre 17:30h as 00:00h, durante a semana. Na sexta-feira e sábado, encerram às 2:00h, enquanto que sábado e domingo, não fecham entre as 15:30h e as 17:30h. Com este horário alargado, poderá para além de jantar ou almoçar, ir simplesmente beber “um copo” ou até mesmo um chá e aproveitar e ler um dos inúmeros livros disponíveis junto às mesas. Como nada é esquecido neste espaço e como o mesmo tem uma forte ligação às artes, não se espante se encontrar uma exposição de quadros nas paredes do mes-

mo, que para além de ver poderá também comprar. Todos os meses há uma exposição nova para ver e, consequentemente, também a decoração/ambiência do 5 Sentidos é alterada, o que além de retirar qualquer caraterística de monotonia ao mesmo, faz ainda com que aumente mensalmente a sua cultura visual! Se ainda não conhece, não imagina o que está a perder! Fica aqui a morada, para que tenha um final de dia bem relaxado e culto. Largo da Assunção, n.º 6, 2750-298 Cascais


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VLISS passatempo

A V L I S S, marca portuguesa de bijutaria, tem este mês um passatempo na revista DeepArt, no qual a vencedora ganha o relógio, apresentado na imagem. Para concorreres, bastam 2 passos: 1) Pedir a 10 amigos para fazerem like no Facebook da DeepArt e da V L I S S; 2) Os 10 amigos têm de escrever no mural da DeepArt o “teu nome e V L I S S”. Ganha a primeira concorrente que tiver 10 vezes o seu nome e V L I S S. As encomendas das peças podem ser feitas pelo facebook da V L I S S, ou por email. www.facebook.com/pages/V-L-IS-S/238056356322603 vlissoriginal@gmail.com As peças da marca encontram-se também à venda no evento “Artesanato e Afins in Douro”, ao domingo, na Ribeira do Porto, Cais de Gaia e Hard Club - Mercado Ferreira Borges.



www.deepart.pt


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