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PORTO DE BELÉM – PRIMEIRO CENTENÁRIO.
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Pesquisa: André L. Cozzi Igor Lima B. da Silva Luciana M. Furtado Rafael E. Canto Robert M. Dias Textos e Seleção: Luciana M. Furtado Fotografia: Rodolfo Braga Edição: Editora Publicarte Direção de arte: André Loreto Designer: Leandro Bender Tradução: Marcio Valle Agradecimentos: Às instituições e respectivos funcionários que colaboraram com a pesquisa: Associação Comercial do Pará, Arquivo Nacional, Biblioteca da Academia Paraense de Letras, Biblioteca Clodoaldo Beckmann – UFPA, Biblioteca Pública Arthur Vianna – CENTUR, Comissão Demarcadora de Limites / Ministério das Relações Exteriores, Faculdade de História da Universidade Federal do Pará, Fundação Biblioteca Nacional, Departamento de Patrimônio Histórico Artístico e Cultural – DEPHAC (PA), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro – IHGB, Museu da Imagem e do Som – MIS (PA), aos ex-funcionários da Port of Pará e SNAPP Fileto Everaldo Cardoso e Guilherme Magalhães Faria e à Companhia Docas do Pará – CDP, em especial aos funcionários Otílio Nélio da Conceição, Raul Moreira, Ita Gomes, Adenilza O’ de Almeida, ao ex-presidente Carlos Acatauassú Nunes e à atual presidência de Clythio Raymond Speranza Backx Van Buggenhout, à qual se deve a iniciativa deste projeto. Agradecemos acima de tudo a todos os funcionários do Porto de Belém que fizeram e continuam fazendo parte da história de nossa querida cidade.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) C 737 p
Companhia Docas do Pará
Porto de Belém: primeiro centenário / Companhia Docas do Pará; texto de Luciana Furtado; fotografia de Rodolfo Braga. – Belém : ed. Publicarte, 2009.
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APRESENTAÇÃO PRESENTATION Este registro fotográfico, onde se vê a presença e a importância dos braços fortes dos trabalhadores portuários, é um convite à reflexão sobre a modernidade e a importância do Porto para a cidade de Belém no início do século passado, e da necessidade de se recuperar a vontade empreendedora, a fé no futuro, e a coragem para viver de novo os investimentos como os que fizeram da Belém de 1909 o motivo de deslumbramento dos visitantes, brasileiros ou estrangeiros, e o maior portal brasileiro do comércio exterior. Para compor este livro, pesquisou-se a história do agora centenário Porto de Belém e do contexto urbano na data de seu nascimento, e imagens incomuns ou inéditas ilustram a vida efervescente da Belém da época, muito mais populosa e rica do que diversas outras capitais do país. Não se pretende aqui somente documentar a história das pedras do cais do Porto de Belém, dos homens que deixaram seu suor sobre suas cargas, ou dos viajantes que usufruíram o conforto dos vapores que aqui aportavam. Registramos a época áurea, em pleno ciclo da borracha, e a atmosfera de grandeza, de grandes transformações de uma cidade que nasceu porto muito antes de ter um “Port of Pará”, e que ainda é porto, e que será porto para sempre – Santa Maria de Belém do Grão-Pará. É também, este livro, o presente que oferecemos ao mais antigo Porto do Pará por ocasião do seu centenário – em outubro de 1909, foram inaugurados os dois primeiros armazéns do que seria o grandioso e moderno Porto de Belém, e desde então, o Porto e a Cidade se confundem naturalmente, naquilo que chamamos Cidade-Porto – um não faria sentido sem o outro, e suas histórias, a partir de 1909, se fundem numa só narrativa, que completa agora um século. Este é o registro, a materialização, do respeito da CDP pela história de Belém e do Pará. É preciso que se respeite a memória, sem deixar de inventar um futuro, reinventando a cidade de Belém e seu Porto para os paraenses que virão. A DIRETORIA Parabéns ao Porto de Belém, pelo seu primeiro centenário! Clythio Backx van Buggenhout – Diretor-Presidente O Porto de Belém vive! Maria do Socorro Pirâmides – Diretora de Gestão Portuária Porto de Belém, parabéns pela sua grandiosidade e história! Olívio Antonio Palheta Gomes – Diretor Administrativo e Financeiro
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This photographic record portraying the strong arms of port workers is an invitation to thinking over modern times and the importance of the Port for Belém in the dawn of the past century, and consider the need to recover entrepreneurship, the faith in the future, and the courage to foster investments, like those which made up of Belém in 1909 a reason for dazzling the visitors to the city, either from other parts of Brazil or from abroad, and awarded the city the fame of being the greatest and largest Brazilian gateway for foreign trade. For this book to be accomplished, the history of the centennial of the Port of Belém, being celebrated now, was deeply researched as well as its urban context at the time it was opened. Unusual or unpublished images illustrate the exciting life of Belém back then: much more populous and wealthier than many other capital cities in Brazil. The intention of this publication is not only to document the history of the stones that make up the Port of Belém or that of the men who worked hard carrying the cargoes at the pier or that of the visitors who enjoyed the comfort of the steamers that arrived in Belém. We have recorded the city’s golden age of the prosperous rubber cycle and the atmosphere of greatness and major transformation of a city that started as a port long before it had a “Port of Pará”, and which still is and will always be a port – Santa Maria de Belém do Grão-Pará. This book is also a gift from us to the oldest Port in Pará State as it celebrates its 100th Anniversary – in 1909, the first two warehouses were opened to be the beginning of the great, modern Port of Belém and since then the Port and the city merge naturally into what is called a ‘harbor-city’ (one would be meaningless without the other) and, as from 1909, the history of both the city and the port blend into a single narrative, now completing one century. This is the record, the realization, of the respect from CDP to the history of Belém and of Pará State.] It is necessary to respect the memory without failing to invent a future by reinventing Belém and its Port for the Pará-born citizens of the future. The Executive Board Congratulations to the Port of Belém for its 100th Anniversary! Clythio Backx van Buggenhout – Chief Executive Officer The Port of Belém lives! Maria do Socorro Pirâmides – Port Management Director Congratulations to the Port of Belém for its greatness and history! Olívio Antonio Palheta Gomes – Chief Administration and Finance Officer
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PORT OF PARÁ
HISTORY
ANTECEDENTES
INTRODUCTION
APRESENTAÇÃO
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REFERENCE OF IMAGES AND BIBLIOGRAPHY
REFERÊNCIAS DAS IMAGENS E BIBLIOGRAFIA
CDP
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ANTECEDENTES
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A Fundação de Belém. Óleo de Theodoro Braga.
Santa Maria de Belém do Grão Pará. Sobre “a misericórdia da santa e a grandeza do rio”, nasce a cidade de Belém no dia 12 de janeiro de 1616. Os colonizadores portugueses fundam sua Feliz Lusitânia numa posição estratégica para a defesa do vale amazônico, em uma ponta de terra na foz do rio Guamá onde este deságua no rio Pará, ou Parauassú, “rio grande”, na língua tupinambá. O primeiro porto de Belém, chamado de “porto da praia”, localizava-se em frente à baía do Guajará, à margem esquerda do igarapé do Piry, onde hoje fica a doca do Ver-o-Peso. Ao longo dos primeiros anos de ocupação, a cidade diversifica suas atividades transformando o seu primitivo núcleo de defesa em centro comercial e porta de entrada de colonos portugueses. Testemunha da circulação de mercadorias que iam de cacau a escravos africanos e do intercâmbio de informações de outras terras, tão proibido como os produtos contrabandeados por aqueles que tentavam se esquivar do monopólio comercial imposto pela Coroa portuguesa, a cidade de Belém nasceu e cresceu de frente para o rio, desenvolvendo sua inevitável vocação portuária.
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Santa Maria de Belém do Grão Pará Under the “mercy of the saint and the greatness of the river” the city of Belém was founded on January 12, 1616. The Portuguese colonizer founded their Feliz Lusitania at a very strategic position to defend the amazon valley at a land spot at Guamá river mouth, where the river flows into Pará river, or Parauassú (“long river” in the tupinambá language). The first Belém harbor, named “beach harbor” was located in front of Guajará bay, at the left banks of “igarapé do Piry”, where today is located the Ver-o-Peso dock. During the first years of the occupation, the city activities were diversified and turned its early defense into a commercial center and entry point for the portuguese colonizers. Witnesses of the goodies circulation ranging from cocoa bean to African slaves, and the information interchange from other lands, which was so forbidden as the smuggled goods by those who tried to dodge from the commerce monopoly imposed by the Portuguese imperial government, the city of Belém was born and grew up facing to the river, developing its unavoidable vocation as a harbor city.
Antecedentes
The foundation of Belém. Oil by Theodoro Braga.
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Doca e mercado do Ver-o-Peso visto do Forte do Castelo.
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Antecedentes
The Docs and the Ver-o-Peso Market as seen from the Castle Fort.
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Vista da cidade de Belém no final do século X X.
A view of Belém late in the X X century.
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Um trecho do cais de Belém, no início do século XX, destacando-se seus trapiches sobre a baía do Guajará e as torres da Igreja das Mercês.
Antecedentes
A segment of the Belém pier, on the early XX century. The image highlights its trapiches over the Guajará bay and the Mercês Church towers.
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O porto de Belém chega ao final do século XIX como o terceiro mais movimentado do Brasil, ficando atrás apenas dos de Santos e Rio de Janeiro. A borracha, conhecida como “ouro negro”, era o produto responsável pelo extraordinário crescimento econômico da região. Empresas nacionais e estrangeiras de navegação instalavam sedes em Belém e invadiam a orla da cidade com trapiches, oficinas e galpões. Esses insalubres e perigosos trapiches de madeira eram constantemente reconstruídos, em vista das contínuas reduções do nível da baía que impedia a aproximação de navios de maior calado. O aumento das exportações da borracha e o crescimento da afluência de embarcações ao porto de Belém tornavam necessária a reorganização do núcleo portuário, como forma de ampliar a capacidade de armazenamento da produção. Além das novas demandas econômicas, nesse período Belém passa a receber um número cada vez maior de expedições turísticas, artísticas e científicas vindas do estrangeiro para “descobrir” a região. Entre a população local, cresce o consumo de produtos importados, que pareciam introduzir hábitos e costumes mais evoluídos e civilizados. A interação entre passageiros e tripulantes de diversas nacionalidades e a população nativa contribui para o nascimento de uma sociedade mais cosmopolita, na qual se introduzem novos valores, experiências e concepções de mundo.
At the end of XIX century, Belém harbor was the third more important Brazilian harbors, after Santos and Rio de Janeiro harbors. The rubber, also known as “black gold”, was the product that caused the dramatic economic growth in the region. National and international navigation companies setup their headquarters in Belém and occupied all the city rim with trapiches, workshops and hangars. These dangerous and dirty trapiches made of wood needed always to be rebuilt, due to the continuous bay level lowering, which obstructed the approximation of bigger hold ships. The increase on the rubber export and the increasing quantity of ships arriving to the Belém harbor, made necessary to reorganize the harbor center, as a mean to increase the storage capacity for the production. In addition to the new economic demands, an every increasing number of touristic, artistic and scientific expeditions, coming from abroad to “discover” the region, start to arrive at Belém during this period. The consumption of imported goods by the local population increases, which seemed to introduce more evolved and civilized habits and customs. The interchange between passengers and crew from various nationalities and the local population contribute to the birth of a new and more cosmopolitan society, in which new values, experiences and world visions are introduced.
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Carts with rubber balls parked in front of the old Trapiche do Commercio (Downtown Pier) near the Ver-o-Peso market.
Antecedentes
Carroças com pélas de borracha estacionadas em frente ao antigo trapiche do Commercio localizado às proximidades do Ver-o-Peso.
Trapiche da Cia. Booth Line de navegação tendo ao fundo o Boulevard da República, antigo Boulevard Castilhos França.
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Pier of the Booth Line company, with the Boulevard República (former Castilhos França Blvd) at the background.
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Bolas de borracha aguardando embarque nos armazéns do antigo cais de Belém.
Rubber balls stored for shipment in the warehouses of the old Belém pier.
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Compradores verificam a qualidade da borracha no Boulevard da República.
Boulevard República warehouses stevedores, on the beginning of XX century.
Dealers verifying the rubber quality in the Boulevard República.
Antecedentes
Estivadores dos armazéns do Boulevard da República no início do século XX.
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The customs warehouses, as seen from two different angles, were located where today is Estação das Docas (Docks Station). They were demolished as a result of the works to construct the new wharf.
Antecedentes
Os armazéns da Alfândega, vistos por dois ângulos diferentes, localizavam-se onde hoje fica o complexo da Estação das Docas. Foram demolidos em decorrência das obras de construção do novo cais do porto.
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A cidade de Belém vivia a sua Belle Époque. Os serviços da capital foram modernizados com a introdução de bondes, iluminação elétrica, água encanada e serviço telefônico. O processo de urbanização desenvolveu principalmente as áreas localizadas nas proximidades do porto, cujos arredores são tomados por uma infinidade de novos estabelecimentos como bancos, firmas financeiras, casas varejistas, escritórios de advocacia, companhias de seguros, hotéis e consulados. As vias de escoamento da produção para o cais foram as mais afetadas pela modernização da cidade, tais como a Rua 15 de Novembro, a Rua Conselheiro João Alfredo, a Tv. Frutuoso Guimarães, a Av. 16 de Novembro (como era chamado o trecho da atual Av. Portugal), a Av. da República (atual Av. Presidente Vargas) e, sobretudo, o Boulevard da República (atual Boulevard Castilhos França). As políticas de obras públicas dos governos de Belém e do estado do Pará tentavam projetar a imagem da cidade a partir de padrões internacionais de estética e infraestrutura. Nesse sentido, o núcleo portuário de Belém, como a “porta de entrada” da Amazônia, deveria passar por um projeto de saneamento e modernização. The city of Belém was living its Belle Époque The city public services were modernized by introducing streetcars, electrical lightening, piped water supply and telephonic services. The urbanization process developed mainly the areas near to the harbor, whose neighborhoods were then revitalized with an endless of new business shops such as banks, finance houses, dealers, law firms, insurance companies, hotels and consulates. The traffic ways for the flow of production goods to the pier were the most affected ones by the modernization, such as 15 de Novembro and Conselheiro João Alfredo streets and Tv. Frutuoso Guimarães, 16 de Novembro avenues (the former name of the segment of the actual Portugal avenue), the República avenue (actual Presidente Vargas av.) and, mainly, the Boulevard da República (actual Castilhos França Boulevard). The successive public works policies of city of Belém and Pará state governments tried to project the city image from aesthetic and infra-structural international standards points of view. Therefore, the harbor center of Belém, as the “entry port” of Amazonia, should undergo a complete sanitation and modernization project.
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Statue of Marianne, representing the republic,and art-nouveau light post dating back to the ‘belle époque at the República Square.
Antecedentes
Estátua da Marianne, representação da república, e poste art-nouveau da “bélle èpoque” na praça da república.
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Rua 15 de Novembro já pavimentada e com trilhos de bonde no final do século X X.
15 de Novembro street already paved and with streetcar rails on the late X X century.
Av. da República, atual Av. Presidente Vargas em direção ao cais do porto.
República Avenue, currently named Presidente Vargas Avenue, heading to the harbor.
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View of shop houses at Boulevard República, currently named Castilhos França Boulevard.
Antecedentes
Vista das casas comerciais do Boulevard da República, atual Boulevard Castilhos França.
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Avenida 16 de Novembro, no trecho da atual Av. Portugal, onde se localizava a parada principal dos bondes elétricos.
16 de Novembro Avenue, a segment of Portugal Avenue, where the main parking area of the electric streetcars was located.
Rua Conselheiro João Alfredo, antiga rua dos Mercadores, tomada pelo comércio.
Conselheiro João Alfredo Street, former Mercadores street, populated by commercial activities.
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Tower Clock Square at the Ver-o-Peso Market
Antecedentes
Pra莽a do Rel贸gio, no Ver-o-Peso.
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PORT OF PARÁ
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Vista das embarcações na baía do Guajará, no início do século XIX.
View of the vessels at Guajará bay, on early XX century.
Percival Farquhar (1864-1953).
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No início do século XX, após a elaboração de diversos projetos de reforma do cais de Belém, o governo federal abre a primeira concorrência pública para a concessão das obras de melhoramento do porto. Os vencedores dessa concorrência, João Augusto Cavallero e Frederico Bender não assinam o contrato dentro do prazo estipulado e a concessão é declarada sem efeito. Dessa forma, é aberta uma segunda concorrência em 18 de abril de 1906, vencida pelo empresário norte-americano Percival Farquhar. No dia 7 de setembro do mesmo ano, Farquhar funda a Companhia Port of Pará, inserida num conglomerado de capitais estrangeiros responsável por diversos empreendimentos na América Latina, tais como a construção da ferrovia Madeira-Mamoré. Devido aos privilégios e subvenções governamentais e à importância da região num contexto de crescimento econômico em virtude das exportações da borracha, a iniciativa da construção e exploração do porto de Belém se mostrava um investimento com excelentes possibilidades de retorno financeiro.
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At the beginning of XX century, after the preparation of several projects for the reform of the Belém pier, the federal government set out the first public bid for the harbor improvement works. The winners of this bid, João Augusto Cavallero and Frederico Bender did not sign the contract within the established timeframe and the bid was canceled. Thus, a second bid was setout on April 18, 1906 and the winner was the North American entrepreneur Percival Farquhar. On September 7 of that year, Percival Farquhar created the Port of Pará Company, within the framework of various overseas investment capitals responsible for several venture business in Latin America, such as the construction of Madeira-Mamoré railway. Due to governmental privileges and subventions, and also due to the importance of the region in the context of economic growth brought by rubber exports, the initiative to construct and exploit the Belém Harbor was proven to be an investment with excellent possibilities of return.
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Área interna de circulação do porto de Belém.
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Circulation area inside the port of Belém.
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Convite para a solenidade de inauguração das obras de construção do novo cais de Belém, no dia 16 de novembro de 1907.
Invitation for the inauguration ceremony of the works for the construction of the new Belém harbor, on November 16, 1907.
As obras têm início no ano de 1907. Durante os próximos sete anos é realizado um gigantesco projeto de intervenção urbana como a cidade jamais havia visto, mobilizando milhares de braços e a mais avançada tecnologia internacional. O projeto previa o aterro da região dos antigos trapiches e dragagem de um canal de 3.300 m de largura em toda a extensão do cais, com diferentes níveis de profundidade segundo a necessidade de cada tipo de embarcação que o porto fosse receber, indo desde as de pequeno porte, responsáveis pelo serviço de navegação fluvial até as de grande cabotagem e navegação transoceânica. Além disso, a companhia era obrigada, dentre outras coisas, a instalar linhas férreas e de iluminação, abrir uma rua de 30 m de largura, paralela ao cais, construir armazéns para o depósito de mercadoria e edifícios para a administração e fiscalização governamental dos serviços realizados. Embora enfrentando problemas, como a grave epidemia de febre amarela que contaminou inúmeros trabalhadores, e as diversas ações judiciais de empresas que protestavam contra o encurralamento de seus trapiches pelas obras de construção, no dia 2 de outubro de 1909, é inaugurada a primeira seção do novo cais numa extensão de 120 metros, composta por um armazém e respectivo canal. A partir de então, é iniciada oficialmente a exploração comercial do porto de Belém pela companhia Port of Pará.
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Desembarque de autoridades em Val-de-Cães na abertura das obras de construção do porto. A companhia havia comprado uma vasta propriedade em Val-de-Cães, onde foram preparados um ancoradouro, oficinas de fundição e áreas de depósito de carvão e água. Mestres-oficiais estrangeiros foram contratados para capacitar os operários locais para a construção dos galpões.
The works started on 1907. During the following seven years, a huge project of urban change was carried out, as the city had never seen before. This project mobilized thousands of workers and the cutting edge international technology. The project consisted on the embankment of the old trapiches regions and the dragging of a 3,300 m wide channel throughout the whole pier extension, with different levels of depth, according to the needs of each type of ship that the harbor would receive, ranging from the small size ones, responsible for the fluvial navigation services, up to the big size ones and transoceanic navigation. In addition, the company was obligated, among others, to setup railways and lightening, to construct a 30 m wide street, parallel to the pier, and to construct warehouses for the storage of goods and buildings for administration offices and governmental supervision of the services. Although facing problems, such as the serious yellow fever epidemic that affected too many workers, and the several lawsuits setout by the companies that complained for the closure of their trapiches areas by the construction works, on October 2nd, 1909, the 120m wide first section of the new pier was inaugurated. This section consisted on an storehouse and the respective channel. From that moment on, the commercial exploration of the Belém Harbor by the Port of Pará Company was officially initiated.
Port of Pará
Arrival of public authorities at Val-de-Cães for the starting of harbor construction works. The company had purchased a vast land property in Val-de-Cães, where the berth, the casting workshops and areas for water and coal storage were setup. Foreign experts were hired to give training to the local workers for the construction of the sheds.
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Montagem dos galpões de ferro do novo cais de Belém.
Setting up of the iron-made warehouse for the new harbor of Belém.
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“Chancela das portas dos galpões, fabricada pela firma francesa Schneider e C.º, de Creusot.”.
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Raised seal on warehouse doors, manufactured by French firm Schneider & C.º, of Creusot.
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Os planos de melhoramento do novo cais de Belém foram elaborados pela firma inglesa S. Pearson Sons, construtora dos portos de Liverpool, Londres e Vera Cruz. Os treze armazéns de ferro préfabricados do porto de Belém foram fornecidos pela firma francesa Schneider e C.°, de Creusot, cidade próxima a Paris. The plans for the improvement of the Belém new pier were prepared by the British firm S. Pearson Sons, which constructed the Liverpool, London and Vera Cruz harbors. The thirteen pre-manufactured iron-made warehouses for the Belém harbor were provided by the French firm Schneider and C.°, de Creusot, a city near of Paris.
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A Port of Pará disponibilizou ações da companhia nas cidades de Nova York, Londres, Bruxelas e Paris, sendo nesta última cidade emitidas através do Banco da L’Union Parisiense.
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Port of Pará issued stocks in New York, London, Brussels and Paris. The stocks were issued in Paris by Bank L’Union.
Planta da estrutura metálica dos galpões de ferro que seriam construídos. Floor plan of the Belém harbor warehouses.
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Chegada do paquete Justo Chermont para a inauguração do primeiro trecho do novo cais de Belém, no dia 2 de outubro de 1909.
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Arrival of Justo Chermont vessel for the inauguration of the first segment of the Belém harbor, on October 2nd, 1909.
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Solenidade pública na Av. Marechal Hermes, em frente aos armazéns do novo cais do porto de Belém.
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Public ceremony at Marechal Hermes Avenue, in front of the new harbor of Belém.
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Galpão do porto de Belém junto ao pátio de containers.
Warehouse at the Port of Belém next to the containers yard.
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Porto de Belém em operação. Descarregamento de containers.
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O novo panorama do porto de Belém pela baía do Guajará.
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The new landscape of Belém harbor, as seen from Guajará bay.
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Desembarque de passageiros no novo porto de Belém em 1910.
O novo porto de Belém incrementou as viagens transoceânicas e dinamizou a economia regional. Navios de maior calado já podiam acostar no cais da cidade aumentando o fluxo de embarcações de diversas partes do mundo. A nova “porta de entrada” da Amazônia estava finalmente em harmonia com a imagem de uma cidade desenvolvida, idealizada a partir de padrões europeus de civilização e progresso.
The new Belém harbor streamlined the transoceanic trips and stimulated the regional economics. The bigger hold ships could now arrive at the city pier, increasing the flow of ships from several parts of the world. The new “entry port” for Amazonia was finally in accordance with the image of a developed city, idealized from the European standards of civilization and progress. Arrival of passengers to the new port o Belém in 1910.
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Viajantes brasileiros e estrangeiros lotam os hotéis da capital. A sociedade elegante da época frequentava lugares aristocráticos e cosmopolitas como o Café da Paz, localizado no hotel de mesmo nome, onde hoje se encontra o Banco da Amazônia na Av. Presidente Vargas.
Brazilian and foreign travelers occupy all hotels of the capital. The fine society of those times was accustomed to attending aristocratic and cosmopolitan places such as Café da Paz, located at a hotel of the same name. This building today is the head-office of Banco da Amazônia, at Presidente Vargas Avenue.
tourists at 16 de Novembro Avenue (today named Portugal Avenue) buying ceramic pitchers near the ron Market at Ver-o-Peso. The incoming foreigners increased not only the big businesses related to the rubber, but also the small local businesses.
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Port of Pará
Turistas na Av. 16 de Novembro (atual Av. Portugal) comprando jarras de cerâmica próximo ao Mercado de Ferro do Ver-o-Peso. A vinda de estrangeiros impulsionou não apenas os grandes negócios voltados à borracha, mas também o pequeno comércio da capital.
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Embora a companhia tenha obtido a concessão da orla desde o igarapé do Uriboca, no rio Guamá até a ponta do Mosqueiro, as obras do cais do porto se restringiram ao centro urbano de Belém, indo da desembocadura do Ver-o-Peso até o igarapé das Almas, também conhecido como igarapé das Armas, onde é hoje a Av. Visconde de Souza Franco.
Although the company had obtained a concession for the riverfront from the Uriboca Creek, on the Guamá river, up to the Mosqueiro sland, the harbor works were restricted to the urban center of Belém, ranging from the river outlet at the Ver-o-Peso up to the garapé das Almas, also known as garapé das Armas, today Visconde de Souza Franco Avenue.
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magem tirada do extinto reservatório Paes de Carvalho com a perspectiva da baía, mostrando, ao fundo, os dois primeiros armazéns construídos (atuais galpões 4 e 5).
Port of Pará
mage from the former Paes de Carvalho reservoir having the bay in perspective and showing, in the background, the first two warehouses (currently, warehouses 4 and 5).
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Prédio da antiga Port of Pará, onde hoje funciona CDP.
The building of the old Port of Pará, where the CDP office is located nowadays.
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Port of Pará
Guindaste inativo do porto de Belém.
55 Non-operating crane at the Port of Belém.
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Até o início do século XX, a doca do Reduto era juntamente com a do Ver-o-Peso um dos mais importantes e populares centros de trocas comerciais da cidade. A partir de 1907, com as obras do novo cais de Belém, a doca foi aterrada e transformada na Av. General Magalhães. As imediações da avenida com a rua 28 de Setembro, conserva ainda um pequeno canal e as antigas pedras de cantaria. Until the beginning of XX century, the Reduto dock, along with Ver-o-Peso, was one of the most important and popular commercial center of the city. From 1907 on, due the Belém new pier works, the dock went on embankment and turned into the General Magalhães avenue. There is still a small pier and the old “cantaria” stones at the avenue neighborhoods near 28 de setembro street.
Doca do Reduto no final do século X X.
Reduto Dock on the late X X century.
Av. General Magalhães, em meados do século XX.
General Magalhães avenue, in the middle XX century.
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Vista da baía do Guajará de dentro dos Armazéns.
Port of Pará
View of the Guajará Bay from inside the warehouses.
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Mercado de peixe do Ver-o-Peso visto de dentro da feira.
Fish market at the Ver-o-Peso Market as seen from inside the street market.
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O projeto de construção do novo cais de Belém, no início do século XX, condenou o Ver-o-Peso a ser aterrado pelas obras para dar lugar à linha contínua de cais acostável. Contudo, a pressão popular contra o aterro, fez com que a administração estadual interferisse no caso, considerando a doca um local importante e necessário para o pequeno comércio, preservando desse modo, um dos principais cartões postais da região.
The construction project for the Belém new pier, at the beginning of XX century, implied the need for the embankment of Ver-o-Peso by the works in order to be replaced by the continuous line of dockable pier. However, the popular claims against the embankment forced the state government to interfere, considering the dock an important and necessary place for the small businesses. This resulted in preservation of one the main postal cards of the region.
O Ver-o-Peso no final do século XIX, antes da construção do Mercado de Ferro.
Ver-o-Peso, on the late X X century, before the construction of the Iron Market.
Port of Pará
A doca do Ver-o-Peso em meados do século XX.
The Ver-o-Peso dock, by the middle of XX century.
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A “escadinha” do cais do porto foi construída em substituição à antiga rampa da Sacramenta, localizada em frente à Travessa 15 de Agosto (atual Av. Presidente Vargas), onde funcionava o embarque e desembarque de pequenos navios.
The small “stairway” at the pier was constructed in replacement to the old Sacramenta ramp, located in front of Travessa 15 de Agosto (currently named Presidente Vargas Avenue). This was then place for the arrival and departure of small vessels.
Antes da construção do porto, as águas da baía do Guajará chegavam próximas do convento de Santo Antonio. A partir das obras de aterro, é construída uma via paralela ao cais para auxiliar o acesso a todas as seções e armazéns que constituíam a linha portuária. Assim surge a Av. Marechal Hermes, que foi entregue à administração municipal.
Before the port construction, the Guajará bay waters reached the Santo Antonio Convent. After the embankment, a new street built parallel to the pier in order to facilitate the access to all the sections and warehouses that made up the harbor coastal line. This street became the Marechal Hermes avenue, which was donated to the municipal administration.
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Vista dos armazéns e do prédio da administração da companhia Port of Pará, inaugurado em 1913. A construção do cais do porto valorizou a área, tornando-a altamente requisitada por seu caráter comercial.
A view of the warehouses and the office building of the Port of Pará Company, opened in 1913. The construction of the port pier valued the area, making it highly appropriate due to its commercial characteristics.
After the demolition of several piers and other constructions along the old harbor area, the Castilhos França Boulevard received some improvements in its free area between the warehouses and the wall tile buildings, creating a wonderful square in front of the office building. Later on, the place was renamed as Stevedores Square after the port workers that used to gather in that place.
Port of Pará
Após a demolição dos diversos trapiches e outras construções da área do antigo cais, o Boulevard Castilhos França recebe melhoramentos em seu espaço vago entre os armazéns e os prédios azulejados, formando um belo logradouro defronte ao prédio da administração. Posteriormente o local foi batizado como Praça dos Estivadores, em homenagem aos trabalhadores do porto que faziam dela um local de concentração.
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Neste postal percebe-se a grandiosidade das obras do novo cais do porto no espaço urbano de Belém.
This postal card shows the greatness of the new harbor works in the urban space of Belém.
A Praça do Pescador foi um dos novos espaços públicos surgidos com as obras de construção do cais.
The Fisher Square was one of the new public spaces that resulted from the pier construction works.
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Os primeiros anos de vida do novo porto de Belém não foram fáceis. A partir de 1912, a economia da Amazônia começa a ser afetada violentamente pela queda no preço internacional da borracha por conta da concorrência dos seringais asiáticos. O movimento do porto de Belém sofre uma significativa diminuição das exportações, intensificadas pela 1ª Guerra Mundial (1914-1918). Os armazéns abarrotados de carga, muito tempo passaram, devido à guerra, sem receber grandes partidas. Com o fim do conflito, estivadores e operários do porto tiveram de lidar com algo muito mais grave: a influenza espanhola espalhava-se pelo mundo. No ano de 1918, vários trabalhadores do entreposto de Val-de-Cães e do cais de Belém morreram vitimados pela gripe, favorecida pelo intercâmbio de passageiros e tripulantes. A queda na exportação da borracha, o produto mais importante da região e a não entrada de capital estrangeiro no pós-guerra diminuíram progressivamente a rentabilidade da Port of Pará. Percival Farquhar obteve do governo federal autorização para suprimir obras que não fossem necessárias para o momento e adiar as demais que ainda não haviam sido iniciadas. Nos anos seguintes a situação financeira da companhia se agrava com a crise econômica de 1929 e com a campanha nacionalista inaugurada pela Revolução de 1930, caracterizada pela estatização de muitas empresas privadas controladas por capitais estrangeiros. A partir da consolidação do Estado Novo (1937 – 1945), implantado por Getúlio Vargas, a intervenção estatal afeta irremediavelmente o porto de Belém.
Port of Pará
The first years of the Belém new harbor were no way easy. From 1912 on, the Amazonia economy started to be strongly affected by the fall off the rubber international prices due to the competition set by the Asian rubber plantings. The activities at the Belém harbor suffered a significant reduction in exports, which was accentuated by the World War I (1914-1918). Because of the war, the warehouses full of goods stayed for a long times without significant departures. At the end of the war, the stevedores and harbor workers had to deal with something much more serious: the Spanish influenza that was spreading out through the world. In 1918, several workers at the interpier of Val-de-Cães and those of Belém harbor died vitimized by influenza, which were brought about by interchange of passangers and crews. The fall in the export of rubber, the most important product of the region and the lack of overseas capital during the post-war period, caused a progressive reduction of the Port of Pará profitability. Percival Farquhar got an authorization from the federal government to suppress the works that were not necessary at that moment and also postpone the other works that had not been initiated yet. During the following years, the financial situation of the company became more serious due to the 1929 economic crisis and nationalist campaign initiated by the 1930 Revolution, which were characterized by the process of turning into state-owned many privately owned companies controlled by overseas capitals. From the period of consolidation of the “Estado Novo” (New State) (1937 – 1945) regime, implemented by Getulio Vargas, the estate intervention affected definitively the Belém Harbor.
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Cargueiro atracado no porto de BelĂŠm.
Cargo ship berthed at the Port of BelĂŠm.
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Panorama do cais de Belém a partir do primeiro armazém.
Port of Pará
Overview of the Belém harbor as seen from the first warehouse.
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SNAPP
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A administração do porto de Belém enfrentaria nos anos seguintes uma intensa campanha a favor de sua encampação pelo governo federal. Sob acusações de abandonar os projetos para a continuação das obras do cais, de cobrar taxas portuárias excessivas e fretes onerosos pela Amazon River Steam Navigation Company Ltd. – empresa que explorava a navegação interna da Amazônia, também pertencente ao conglomerado de Percival Farquhar – e, sobretudo, de receber indevidamente dinheiro do Tesouro Nacional, a situação da companhia estrangeira chega a um ponto insustentável. Em 1940, o controle do maior porto do norte do Brasil é transferido às autoridades governamentais. Nascem os Serviços de Navegação da Amazônia e Administração do Porto do Pará (SNAPP), cuja primeira missão seria a de estabelecer medidas como o barateamento de taxas e fretes para pôr em prática o projeto do repovoamento dos seringais e do aumento da produção de borracha. During the following years, the administration of Belém harbor faced an intensive campaign in favor of its ownership by the federal government. Under allegation of abandoning projects for the continuation of the pier works, and charging excessive harbor taxes and expensive freights by the Amazon River Steam Navigation Company Ltd., - the company that explored the Amazonia internal navigation, also owned by the Percival Farquhar group – and, especially, under the allegation of receiving money from the National Treasury unduly, the company situation came to an unbearable point. In 1940, the control of the biggest northern Brazilian harbor was transferred to the governmental authorities. The Serviços de Navegação da Amazônia e Administração do Porto do Pará [Amazonia Navigation Services and Pará Harbor Administration] (SNAPP) was established and its very first task would be to setup measures such as lowering the costs of taxes and freights, in order to give life to the project of repopulating the rubber plantings areas and increase the rubber production. O presidente Getúlio Vargas visita a capital paraense em fins de 1940.
Brazilian President Getúlio Vargas visits the capital of Pará State late in 1940.
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SNAPP
Porto em operação. Descarregamento de containers.
69 The Port in operation. Containers being unloaded.
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Homens empilhando sacas de mantimentos nos armazéns do porto de Belém, enviadas pelos Estados Unidos, que seriam vendidas na região abaixo do preço de mercado como parte do acordo entre os governos brasileiro e norte-americano, durante a 2ª Guerra Mundial.
Men stacking bags of supplies in the warehouses at the port of Belém. Such supplies were shipped from the USA to be sold in the region below market price as part of an agreement between the governments of the United States and Brazil during World War .
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Navio aguardando descarga de suprimentos no cais de Belém em 1943.
The SNAPP had to properly establish them selves at the beginning of the tumultuous 1940 decade, in a city that was suffering indirectly the consequences of the World War II (1939-1945). With the beginning of the war, the navigation fall of dramatically, resulting in shortage of basic need products in the regions, especially fuels. In 1941, the United States of America setup an agreement with Brazilian government for the acquisition of strategic minerals for the war weapons industry, such as bauxite, manganese, titanium and nickel iron, in addition to Amazonia rubber, which improved the export business in the Belém harbor. The north American govern also agreed on sending to the local population the consumption goods that would replace, partially, the shortage caused by war.
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Ship waiting to discharge goods at the Belém harbor in 1943.
SNAPP
Os SNAPP tiveram de se firmar no início da tumultuada década de 1940, em meio a uma cidade que sofria indiretamente as conseqüências da 2ª Guerra Mundial (1939-1945). Com a deflagração do conflito, a navegação sofreu drástica queda, causando a falta de produtos básicos de consumo na região, especialmente de combustíveis. Em 1941, os Estados Unidos assinaram com o governo brasileiro um acordo de aquisição de minerais estratégicos para a indústria bélica como bauxita, manganês, titânio e ferro-níquel além da borracha amazônica, revitalizando os negócios de exportação do porto de Belém. O governo norte-americano também se comprometia a enviar à população gêneros de consumo que suprissem, em parte, a carência decorrente da guerra.
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Porto em operação. Descarregamento de containers.
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SNAPP
The Port in operation. Containers being unloaded.
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Em 1942, Brasil e Estados Unidos assinam um novo acordo de exportação que destinava 100% da produção nacional de borracha ao mercado norte-americano por um período de cinco anos. O compromisso firmado desencadeou uma operação para a extração de borracha em larga escala na Amazônia. A partir de então, o governo brasileiro conclamou recrutas para trabalharem nos seringais abandonados da Amazônia. Os “soldados da borracha”, como ficaram conhecidos, foram responsáveis pelo esforço de guerra que aumentou significativamente as exportações do porto de Belém. Brazil and United States set out a new export agreement in 1942 which directed 100% of the national rubber production to the North American market for a five years period. This agreement unleashed as wide scale rubber extraction operation in Amazonia.. From then on, the Brazilian government convoked recruits to work on the abandoned rubber plantings in Amazonia. These “rubbers soldier”, as they were called, were the responsible for the war effort that increased significantly the Belém harbor exports.
Soldados embarcando no cais de Belém.
Soldier going aboard at the Belém harbor.
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SNAPP
Descarregamento de barcaรงa com lรกtex nativo vindo pelos rios da regiรฃo.
75 Unloading of a vessel with natural latex coming from the various rivers in the region.
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Porto em operação. Sr. Francisco Tavares da Silva, trabalhador portuário conferindo a carga.
The Port in operation. Mr. Francisco Tavares da Silva, port operator, checking the cargo.
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Porto em operação. Sr. Paulo Ronaldo da Conceição Telles e Sr. Washington de Oliveira Quadros, na administração.
SNAPP
The Port in operation. Mr. Paulo Ronaldo da Conceição Telles and Mr. Washington de Oliveira Quadros, at the administration office.
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Descarregamento de látex de um hidroavião da PANA R.
Além de auxiliar as forças aliadas na guerra com o envio de provimentos, o Brasil também permitiu a implantação de bases militares em locais estratégicos para a defesa do Atlântico sul, como Natal (RN), Fernando de Noronha (PE) e Belém (PA). A rampa de hidroaviões da PANAIR do Brasil S.A., localizada no final da Av. Marechal Hermes (onde é hoje o complexo do Ver-o-Rio), foi largamente utilizada no período por se encontrar na área portuária da cidade, para o descarregamento de fardos de látex e de demais gêneros de consumo.
In addition to helping the allied armies during the war by sending supplies, Brazilian government also allowed the implementation of military bases in strategic places for the defense of South Atlantic, such as Natal (RN), Fernando de Noronha (PE) and Belém (PA). The PANAIR do Brasil S.A. hydro airplanes ramp, located at the end of Marechal Hermes avenue (where today is located the Ver-o-Rio installation) was used very often during that period for being in the city harbor area, for the unloading of packs of latex and other consumption goods.
Unloading of latex from a PANA R hydroplane.
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Com o final da 2ª Guerra Mundial, o porto sofre novamente com a queda nas exportações, porém consegue manter suas atividades com maior consistência do que a antiga companhia. Dizem os portuários daquela época que o baixo movimento das docas que ameaçava seus empregos, logo após o término da 2ª Guerra Mundial, só foi solucionando com uma ajuda muito especial. Até hoje, os estivadores agradecem à santa a graça atendida. With the end of World War II, the harbor suffered again with he fall off in exports. Nevertheless, it was able to keep its activities more consistently than with the previous company. The harbor worker at that time used to say that the low activities at the harbor that threatened their jobs, just after the end of the World War II, was resolved only with a very special aid. Until today, the stevedores thanks to the grace they obtained.
SNAPP
Passagem da Santa pelo prédio da Companhia Docas do Pará recebendo as homenagens dos estivadores. Círio de Belém, 2009.
79 The procession passing by the building of Companhia Docas do Pará while being honored by the stevedores. The Círio procession in Belém, 2009.
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Porto em operação. Guardas Portuários.
Porto em operação. Conferência de carga.
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The Port in operation. Port Security Guards.
The Port in operation. Cargo checking.
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Aposentados: na porta do galpão: Sr. tamir Rocha Cardoso (despachante aduaneiro ainda em atividade); no terraço da CDP: Sr. Otílio Nélio da Conceição (ainda em atividade); sentado na cadeira de balanço: Sr. Fileto Everaldo Cardoso (ex-funcionário da Port of Pará e SNAPP; sentado a mesa: Sr. Guilherme Magalhães Faria (ex-funcionário da SNAPP).
SNAPP
Retired employees: by the warehouse door: Mr. Tamir Rocha Cardoso (a customs clerk, still working); on the terrace of CDP: Mr. Otílio Nélio da Conceição (still working); sitting in the rocking chair: Mr. Fileto Everaldo Cardoso (former employee of Port of Pará and SNAPP; sitting at the desk: Mr. Guilherme Magalhães Faria (former employee of SNAPP).
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A muralha do cais do porto de Belém nas proximidades do mercado do Ver-o-Peso na década de 1970.
The wharf wall at the port of Belém, near the Ver-o-Peso Market in the 1970s.
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Com o passar dos anos, o porto de Belém incorpora-se à paisagem e à memória da capital paraense. De pitorescas competições de remo a chegada de viajantes ilustres, o cais era testemunha dos principais episódios da vida cotidiana da cidade. As time went by, the Belém harbor was incorporated to the landscape and the memory of the capital of Pará state. From pictorial paddle racing to the arrival of important visitors, the pier witnessed the main events of the daily life of the city.
Orla do porto de Belém.
SNAPP
The seashore of Belém.
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Embora os SNAPP estivessem vivenciando um período de aumento das exportações, o porto ainda sofria com a falta de uma tonelagem mínima para sobreviver. Esses problemas somados à ausência de investimentos que garantissem o seu reaparelhamento fizeram o governo federal estabelecer o fim da autarquia em 1967, criando em seu lugar a Companhia das Docas do Pará (CDP) e a Empresa de Navegação da Amazônia S/A (ENASA), à primeira cabendo a promoção da administração dos portos organizados de terminais do Pará e a segunda a exploração do transporte aquaviário da bacia amazônica. nauguração dos novos guindastes elétricos alemães, em 1971, com a presença (da direita para a esquerda) do então diretor de Tráfego Carlos Acatauassú Nunes; do diretor presidente Cel. Raul Moreira, do governador do Estado do Pará, Engº. Fernando Guilhon, do Comte. Orlando Raso, da Profª. Orlandina Régis, do Engº. Luciano Pinto Moraes e do Sr. Antonio Pedro Pantoja.
nauguration of the new German electric overhead cranes in 1971. (from right to left): Carlos Acatauassú Nunes, then director of traffic; Cel. Raul Moreira, president; Eng. Fernando Guilhon, Governor of Pará State; Comte. Orlando Raso; Prof. Orlandina Régis; Eng. Luciano Pinto Moraes and Mr. Antonio Pedro Pantoja.
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CDP
Although the SNAPP were experiencing a period of export increase, the harbor still suffered with the lack of a minimum weight of cargo needed for its survival. These problems, in addition to the lack of investments that would ensure its maintenance and improvement, made the federal government to close the autarchy in 1967, and create in replacement the Companhia das Docas do Pará (CDP) and the Empresa de Navegação da Amazônia S/A (ENASA), [State of Pará Dock Company and Amazonian Navigation Company S/A]. The first company was intended to manage the terminal organized harbors in Pará. The second company was intended to explore the aquatic transportation in the Amazonian basin.
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Ocrim crane
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Solenidade de inauguração do prédio da Diretoria de Tráfego, em 1972.
Inauguration ceremony of the Traffic Directory building, in 1972.
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A nova companhia, que anos mais tarde passa a se chamar simplesmente Companhia Docas do Pará, tem de enfrentar um desafio novo. Belém, até então uma cidade isolada do restante do país, cujo porto era o principal ponto de partida e chegada de pessoas e mercadorias, começa a ser ligada ao sul através do Programa de Integração Nacional (PIN), implantado a partir do governo do presidente Garrastazu Médici (1969-1974), que previa a abertura de eixos rodoviários para a ocupação da região. Essa situação representou um grande desafio ao porto de Belém que foi obrigado a ampliar e redirecionar seus investimentos em novas frentes a fim de não submergir. A forma encontrada foi a de seguir o movimento de interiorização dos núcleos portuários urbanos, construindo terminais mais modernos longe das metrópoles. The new company, that years later was named only Companhia Docas do Pará, had to face a new challenge. Belém, which was until then a city insulated from the rest of the country and whose harbor was the main entry and departure point for people and goods, was being for now linked to the South by the Programa de Integração Nacional [National Integration Program], implemented by the government during the president Garrastazu Médici (1969-1974) administration. This program planned the opening of roadways for the occupation of the region. This situation posed a great challenge to the Belém harbor, which was forced to increase and redirect its investments to new areas in order to survive. The solution found was to follow the process of movement into interior of urban harbor centers, by setting up more modern terminals far away from the metropolis.
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Placa comemorativa da inauguração do prédio da Diretoria de Tráfego.
Commemorative plate of the inauguration of the Traffic Management Building.
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A partir da década de 1970, a Companhia Docas do Pará inaugura novos portos e terminais, refletindo a intensa relação entre a dinâmica regional de desenvolvimento econômico e as demandas portuárias em crescimento. Nesse sentido, destaca-se a inauguração dos portos de Altamira, Itaituba e Santarém, em 1974, de Óbidos e Marabá, em 1976 e do porto de Vila do Conde, em Barcarena, no ano de 1985, criado em função do desenvolvimento do complexo bauxita, responsável pela significativa ampliação da capacidade de movimentação de carga da companhia. A Companhia Docas do Pará transforma-se no final do século XX num holding responsável por dez importantes portos da região amazônica, que estabelecem relação com os maiores mercados consumidores internacionais. A evolução da movimentação de cargas da CDP se potencializa a cada ano, reinserindo Belém no processo de crescimento e expansão dos serviços portuários.
From the 1970 decade, the Companhia Docas do Pará inaugurated new ports and terminals, reflecting the very intensive relationship between the economic growth regional dynamics and the increasing harbor demands. Within this scheme, it is important to highlight the inauguration of the Altamira, Itaituba and Santarém harbors in 1974, and the Óbidos and Marabá harbors, in 1976, along with Vila do Conde harbor, in Barcarena, in 1985, which was created due to the development of bauxite complex, responsible for the significant increasing of the company’s cargo movement capacity . By the end of the XX century, the Companhia Docas do Pará turned into a holding responsible for ten important harbors in the Amazonian region. These harbors established commercial relationship with the major international consumer markets. The CDP cargo movement evolution is increasing every year, and it reinserts Belém into the process of expansion and growth of harbor services. Operação do pátio de containers.
Operations at the container yard.
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O porto de Belém administra diretamente 34 km de orla, indo da foz do rio Uriboca, no Guamá, até a ilha de Mosqueiro. Essa área está dividida em três seções: a dos cais e armazéns no centro de Belém, ligada ao movimento de exportação e importação; a das docas e litoral, que fiscaliza os trapiches instalados na área de administração do porto; e a de Miramar, onde se localiza o entreposto de inflamáveis.
CDP
The Belém Harbor manages directly 34 km of seashores, from the mouth of the Uriboca river in Guamá, up to the Mosqueiro island. This area is split into three sections: the pier and warehouses area in downtown Belém, which is used for export and import operations; the docks and coastal section, which makes the supervision of the piers along the harbor administration area; and the Miramar, where the inflammables hub is located.
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Vista interna dos galpões do porto de Belém com carga de madeira em estoque.
Internal view of the warehouses at the port of Belém with a stock of timber.
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Em maio do ano 2000, através de um projeto de revitalização de três galpões de ferro cedidos pela Companhia Docas do Pará, foi inaugurado o espaço turístico que, atualmente, está dentre os mais visitados da capital, a Estação das Docas. O complexo, composto por bares, restaurantes, quiosques de artesanato, auditório e espaço apropriado para eventos, feiras, apresentações artísticas, foi totalmente restaurado e adaptado para receber o viajante e o morador da capital com o máximo de conforto, transformando-se numa referência em preservação do patrimônio histórico regional. In May of 2000, following a beautification project involving three iron warehouses granted by Companhia Docas do Pará, a tourist space was opened which is now amongst the best attended in the city – the Estação das Docas (Dock Station) Complex. This tourist complex includes bars, restaurants, handicraft kiosks, auditorium and proper spaces for events, fairs, and performances. It was completely restored and adapted to receive both the tourist and the inhabitants of Belém with maximum comfort. It has become a reference in terms of preservation of the local historical heritage.
CDP
Estação das Docas.
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O porto de Belém completa o seu centenário de inauguração revitalizado em suas demandas de mercado. Em termos culturais, vem valorizando seu espaço público de interação com a sociedade paraense, integrando suas atividades regulares com outros setores ligados ao turismo, à cultura e ao lazer.
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The BelĂŠm Harbor completes its centenary of inauguration completely revitalized in its markets demands. In cultural terms, the harbor has valued its public interaction space with the ParĂĄ society, integrating its regular activities with other economics segments related to tourism, culture and leisure.
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REFERÊNCIAS DAS IMAGENS
E BIBLIOGRAFIA
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REFERÊNCIAS DAS IMAGENS: Pgs. 14-15: Theodoro Braga. A Fundação da Cidade de N. Sra. de Belém do Pará, 1908. Łleo sobre tela, 226 x 510 cm. Museu de Arte. Belém, PA.
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Pg. 45: Reprodução: solenidade pública em frente ao cais de Belém, s.d. Acervo do Museu do Porto. Belém, PA.
Pg. 31: Praça do Relógio, no Ver-o-Peso. Pgs. 16-17: Doca e mercado do Ver-o-peso visto do Forte do Castelo. Pg. 18: Porto do Pará. Reproduzida de: PAR˘. Governador (1897-1901: J. P. de Carvalho). ˘lbum do Pará em 1899. [s.l.; s.n.], 1899. Biblioteca Pública Arthur Vianna. Belém, PA. Pg. 19: Pará docks, 1910. Acervo do Museu do Porto. Belém, PA. Pg. 21a: Trapiche do Commercio. Reproduzida de CACCAVONI, Arthur. ˘lbum Descriptivo Amazônico. Gênova: F. Armanino, 1899. Pg. 21b: Trapiche da Cia. Booth Line. Reproduzida de: PAR˘. Governador (1901-1909: A. Montenegro). ˘lbum do Estado do Pará. Paris: Chaponet, 1908. Biblioteca Pública Arthur Vianna. Belém, PA. Pg. 22: Rubber warehouse, 1910. Acervo do Museu do Porto. Belém, PA. Pg. 23a: Stevedores in rubber warehouses, 1910. Acervo do Museu do Porto. Belém, PA. Pg. 23b: Testing rubber. Pará, 1910. Acervo do Museu do Porto. Belém, PA. Pgs. 24 e 25: Armazéns externos da Alfândega. Reproduzidos de: PAR˘. Governador (1897-1901: J. P. de Carvalho). ˘lbum do Pará em 1899. [s.l; s.n.], 1899. Biblioteca Pública Arthur Vianna. Belém, PA. Pg. 27: Estátua da Marianne, representação da república, e poste art-nouveau da „belle époque‰ na praça da república. Pg. 28a: Rua 15 de Novembro. Reproduzida de: PAR˘. Governador (1897-1901: J. P. de Carvalho). ˘lbum do Pará em 1899. [s.l.; s.n.], 1899. Biblioteca Pública Arthur Vianna. Belém, PA. Pg. 28b: Avenida da República. Reproduzida de: PAR˘. Governador (1897-1901: J. P. de Carvalho). ˘lbum do Pará em 1899. [s.l; s.n.], 1899. Biblioteca Pública Arthur Vianna. Belém, PA. Pg. 29: Rubber warehouses, 1910. Acervo do Museu do Porto. Belém, PA. Pg. 30a: Postal: Avenida 16 de Novembro. Acervo de Victorino Chermont de Miranda. Reproduzido em: BELÉM da Saudade. A Memória de Belém do início do século em cartões-postais. 2… ed. Belém: Secult: 1998. Pg. 30b: Postal: Rua Conselheiro João Alfredo. Acervo de Márcio Meira. Reproduzido em: BELÉM da Saudade. A
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Pg. 46: Galpão junto ao pátio de containeres. Pgs. 32-33: Prédio da antiga Port of Pará, onde hoje funciona CDP. Pg. 34a: Vista da baía do Guajará. Reproduzida de: PAR˘. Governador (1901-1909: A. Montenegro). ˘lbum do Estado do Pará. Paris: Chaponet, 1908. Biblioteca Pública Arthur Vianna. Belém, PA. Pg. 34b: Percival Farquhar. Photo from Brown Brothers, New York, taken about 1891. Coleção Percival Farquhar. Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro, RJ.
Pg. 47: Porto em operação. Descarregamento de containeres. Pgs. 48-49: Postal: Vapores atracados ao novo caes do „Port of Pará‰. Acervo de Victorino Chermont de Miranda. Reproduzido em: BELÉM da Saudade. A Memória de Belém do início do século em cartões-postais. 2… ed. Belém: Secult: 1998. Pg. 50: Landing at Pará, 1910. Acervo do Museu do Porto. Belém, PA.
Pgs. 36-37: ˘rea interna de circulação do porto de Belém. Pg. 38: Reprodução: convite da inauguração das obras do porto de Belém, 1907. Acervo do Museu do Porto. Belém, PA. Pg. 39: Inauguração das obras do porto. Desembarque em Val-de-Cans, 1907. Reproduzido de: MUNIC¸PIO de Belém, O. Relatório apresentado ao Conselho Municipal de Belém Capital do Estado do Pará pelo Intendente Senador Antonio José de Lemos. Referente ao ano de 1907. 6À vol. Belém: Archivo da Intendência Municipal, 1908. Biblioteca Pública Arthur Vianna. Belém, PA.
Pg. 51a: Hotel da Paz. Pará, 1910. Acervo do Museu do Porto. Belém, PA. Pg. 51b: In the market. Pottery sellers, 1910. Acervo do Museu do Porto. Belém, PA. Pg. 52: A section of the modern docks of Pará (BELÉM), Brazil. Reproduzido de: REID, William Alfred. Glances at ports and harbors around South America. Washington: 1921. Pg. 53: Reprodução: vista panorâmica da montagem dos armazéns no novo cais do porto de Belém, s.d. Acervo do Museu do Porto. Belém, PA.
Pg. 40: Reprodução: galpões de ferro, s.d. Acervo do Museu do Porto. Belém, PA.
Pg. 54: Prédio da Companhia Docas do Pará.
Pg. 41: Chancela das portas dos galpões.
Pg. 55: Guindaste inativo.
Pg. 42a: Reprodução: planta das obras de dragagem do porto de Belém. Pará, 1914. Acervo do Museu do Porto.
Pg. 56a: Doca do Reduto. Reproduzida de: PAR˘. Governador (1897-1901: J. P. de Carvalho). ˘lbum do Pará em 1899. [s.l.; s.n.], 1899. Biblioteca Pública Arthur Vianna. Belém, PA. Pg. 56b: Postal: Praça General Magalhães, Belém (PA). Arquivo Fotográfico Ilustrativo dos Municípios Brasileiros. Registro 2491. Biblioteca do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Rio de Janeiro, RJ.
Pg. 42b: Postal: montagem dos galpões de ferro do novo cais de Belém. Acervo de Victorino Chermont de Miranda. Reproduzido em: BELÉM da Saudade. A Memória de Belém do início do século em cartões-postais. 2… ed. Belém: Secult: 1998. Pg. 43a: Reprodução de ação da companhia Port of Pará. Acervo do Museu do Porto. Belém, PA. Pg. 43b: Planta dos armazéns do cais de Belém. Pará, 1910. Acervo do Museu do Porto. Belém, PA.
Pg. 57: Vista da baía do Guajará de dentro dos armazéns.
Pg. 44a: Inauguração do primeiro trecho do novo cais do porto de Belém, 1909. Reproduzida da revista A Semana. 23 de março de 1920, Ano III – nÀ 103. Biblioteca Pública Arthur Vianna. Belém, PA. Pg. 44b: Postal: chegada do paquete „Justo Chermont‰ ao novo cais de Belém, 1909. Acervo de Yolanda Roberto. Reproduzido em: BELÉM da Saudade. A Memória de Belém do início do século em cartões-postais. 2… ed. Belém: Secult: 1998.
Pg. 59a: Doca do Ver-o-Peso. Reproduzida de: PAR˘. Governador (1897-1901: J. P. de Carvalho). ˘lbum do Pará em 1899. [s.l.; s.n.], 1899. Biblioteca Pública Arthur Vianna. Belém, PA. Pg. 59b: Vista de Belém. Fotos sem data e sem autor. Registro 17396. Biblioteca do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Rio de Janeiro, RJ.
Pg. 58: Mercado de peixe do ver-o-peso, visto de dentro da feira.
Pg. 60a: Postal: Escadinha do cais do porto. Acervo de
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Victorino Chermont de Miranda. Reproduzido em: BELÉM da Saudade. A Memória de Belém do início do século em cartões-postais. 2… ed. Belém: Secult: 1998. Pg. 60b: Postal: Av. Marechal Hermes. Acervo de Yolanda Roberto. Reproduzido em: BELÉM da Saudade. A Memória de Belém do início do século em cartões-postais. 2… ed. Belém: Secult: 1998. Pg. 61a: Postal: prédio da Port of Pará. Acervo de Victorino Chermont de Miranda. Reproduzido em: BELÉM da Saudade. A Memória de Belém do início do século em cartões-postais. 2… ed. Belém: Secult: 1998. Pg. 61b: Postal: Boulevard Comandante Castilhos França (reprodução), s.d. Acervo do Museu do Porto. Belém, PA. Pg. 62a: Av. Boulevard Castilhos França, Belém (PA). Arquivo Fotográfico Ilustrativo dos Municípios Brasileiros. Registro: 2467. Biblioteca do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Rio de Janeiro, RJ. Pg. 62b: Av. Boulevard Castilhos França, Belém (PA). Arquivo Fotográfico Ilustrativo dos Municípios Brasileiros. Registros: 2468. Biblioteca do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Rio de Janeiro, RJ. Pg. 64: Cargueiro atracado no porto. Pg. 65: Vista parcial do porto de Belém, s.d. Coleção Per cival Farquhar. Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro, RJ.
Pg. 77: Porto em operação. Sr. Paulo Ronaldo da Conceição Telles e Sr. Washington de Oliveira Quadros, na administração. Pg. 78: Men taking packs of rubber up the bank while the plane refuels, 1943. Thomas D. Mcavoy. Fotografia, 11.7 x 17.8 cm . Reproduzida na LIFE Magazine. Acervo do Museu do Porto. Belém, PA. Pg. 79: Passagem da Santa pelo prédio da CDP recebendo as homenagens dos estivadores. Pg. 80a: Porto em operação. Guardas Portuários. Pg. 80b: Porto em operação. Conferência de carga. Pg. 81: Aposentados: aa porta do galpão: Sr. Itamir Rocha Cardoso (ainda em atividade); No terraço da CDP: Sr. Otílio Nélio da Conceição (ainda em atividade); sentado na cadeira de balanço: Sr. Fileto Everaldo Cardoso (ex-funcionário da Port of Pará e SNAPP); sentado à mesa: Sr. Guilherme Magalhães Faria (ex-funcionário da SNAPP). Pg. 82: Aspectos do Ver-o-Peso. Fotos sem data e sem autor. Registro 19188. Biblioteca do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Rio de Janeiro, RJ. Pg. 83: Orla do porto de Belém. Pgs. 84-85: Pátio de containeres.
Pgs. 66-67: Guindastes inativos. Pg. 68 a-b: Frame extraído de VHS FV 06/04 (imagens captadas de película). Museu da Imagem e do Som – MIS. Belém, PA.
Pg. 86: Inauguração dos dois novos guindastes elétricos alemães, em 23 de dezembro de 1971. Acervo de Carlos Acatauassú Nunes. Pg. 87: Guindaste da OCRIM.
Pg. 69: Porto em operação. Descarregamento de containeres. Pg. 70: Men stacking food sacks into large piles in a warehouse where they will be sold below normal cost, 1943. Thomas D. Mcavoy. Fotografia, 11.1 x 17.8 cm. Reproduzida na LIFE Magazine. Acervo do Museu do Porto. Belém, PA.
Pg. 88: Inauguração do prédio da Diretoria de Tráfego. Acervo de Carlos Acatauassú Nunes. Pg. 89: Inauguração do prédio da Diretoria de Tráfego. Acervo de Carlos Acatauassú Nunes. Pg. 90: Operação do pátio de containeres.
Pg. 71: Supplies waiting on the docks at Belem to be loaded, 1943. Thomas D. Mcavoy. Fotografia, 17.8 x 11.9 cm . Reproduzida na LIFE Magazine. Acervo do Museu do Porto. Belém, PA. Pgs. 72-73: Porto em operação. Descarregamento de containeres.
Pg. 91: Panorama do porto de Belém, 1984. Acervo do Museu do Porto. Belém, PA. Pg. 92: Vista interna dos galpões com carga de madeira em estoque. Pg. 93: Estação das Docas do Pará.
Pg. 74 a-b: Frame extraído de VHS FV 06/04 (imagens captadas de película). Museu da Imagem e do Som – MIS. Belém, PA. Pg. 75: Crates of washed rubber being unloaded by hoist from river steamer at Belem docks, 1943. Thomas D. Mcavoy. Fotografia, 11.7 x 17.8 cm . Reproduzida na LIFE Magazine. Acervo do Museu do Porto. Belém, PA.
Pgs. 94-95: Vista do Porto de Belém do galpão de desembarque de passageiros (à esquerda) ao Forte do Castelo (à direita). Pgs. 95-96: Trabalhador portuário transportando containeres.
Pg. 76: Porto em operação. Sr. Francisco Tavares da Silva, trabalhador portuário conferindo a carga.
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NOTES: Pg. 14/15: Theodoro Braga. The foundation of the City of N. Sra. de Belém do Pará, 1908. Oil on canvas, 226 x 510 cm. Museum of Art. Belém, PA.
Pg. 38: Reproduction: invitation for the inauguration of the works for the new Belém Port, 1907. Museum of Port Collection. Belém, PA.
Pg. 18: Reproduction from: PAR˘. Governor (1897-1901: J. P. de Carvalho). Album of Pará in 1899. [s.l.; s.n.], 1899. Arthur Vianna Public Library. Belém, PA.
Pg. 39: Reproduction from: CITY of Belém, THE. Report submitted to the Municipal Council of Belém, Capital of Pará State, by Antonio José de Lemos senator, acting as supervisor („intendente‰). Refers to the year of 1907. 6th vol. Belém: Municipal Independence Archive, 1908. Arthur Vianna Public Library. Belém, PA.
Pg. 19: The image highlights its trapiches over the Guajará bay and the Mercês Church towers. Pará docks, 1910. Museum of Port Collection. Belém, PA. Pg. 21a: Trapiche do Commercio. Reproduction from CACCAVONI, Arthur. Amazonian Descriptive Album. Gênova: F. Armanino, 1899. Pg. 21b: Trapiche da Cia. Booth Line. Reproduction from: PAR˘. Governor (1901-1909: A. Montenegro). Pará State Album. Paris: Chaponet, 1908. Arthur Vianna Public Library. Belém, PA.
Pg. 40: Reproduction: iron-made shed, s.d. Museum of Port Collection. Belém, PA.
Pg. 22: Rubber warehouse, 1910. Museum of Port Collection. Belém, PA.
Pg. 42a: Reproduction: Low profile of dredging work of Belém docks in 1914. Museum of Port Collection. Belém, PA. Pg. 42b: The thirteen pre-manufactured iron-made warehouses for the Belém harbor were provided by the French firm Schneider and C.°, de Creusot, a city near of Paris. Reproduction: iron-made shed, s.d. Museum of Port Collection. Belém, PA.
Pg. 23a: Stevedores in rubber warehouses, 1910. Museum of Port Collection. Belém, PA. Pg. 23b: Testing rubber. Pará, 1910. Museum of Port Collection. Belém, PA.
Pg. 43a: Action of the company that constructed the Belém Harbor, Port of Pará. Museum of Port Collection, Belém, PA. Pg. 43b: Low profile of the Belém pier warehouses. Pará, 1910. Museum of Port Collection. Belém, PA.
Pg. 25: Customs Outdoors Warehouses. Reproduction from: PAR˘. Governor (1897-1901: J. P. de Carvalho). Pará Album on 1899. [s.l; s.n.], 1899. Arthur Vianna Public Library. Belém, PA
44a: Reproduced from A Semana magazine. March 23, 1920, Year III – nÀ 103. Arthur Vianna Public Library. Belém, PA. 44b: Postal: Arrival of „Justo Chermont‰ vessel to new Belém pier, 1909. Yolanda Roberto Collection. Reproduction from: BELÉM da Saudade. The Belém city memory from the early century in postal cards. 2nd ed. Belém: Secult: 1998.
Pg. 28a: Rua 15 de Novembro. Reproduction from: PAR˘. Governor (1897-1901: J. P. de Carvalho). Pará Album on 1899. [s.l.; s.n.], 1899. Arthur Vianna Public Library. Belém, PA. Pg. 28b: República Avenue.. Reproduction from: PAR˘. Governor (1897-1901: J. P. de Carvalho). Pará Album on 1899. [s.l; s.n.], 1899. Arthur Vianna Public Library. Belém, PA. Pg. 29: Rubber warehouses, 1910. Museum of Port Collection. Belém, PA. Pg. 30a: Postal: 16 de Novembro Avenue. Victorino Chermont de Miranda Collection. Reproduction from: BELÉM da Saudade. The Belém city memory from the early century in postal cards. 2nd ed. Belém: Secult: 1998. Pg. 30b: Postal: Conselheiro João Alfredo Street. Márcio Meira Collection. Reproduction from: BELÉM da Saudade. The Belém city memory from the early century in postal cards. 2nd ed. Belém: Secult: 1998. Pg. 34a: Guajará Bay View. Reproduction from: PAR˘. Governor (1901-1909: A. Montenegro). Pará State Album. Paris: Chaponet, 1908. Arthur Vianna Public Library. Belém, PA. Pg. 34b: Percival Farquhar Collection. National Library. Rio de Janeiro, RJ.
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Pg. 45: Reproduction: public ceremony in front of the Belém new harbor, s.d. Museum of Port Collection. Belém, PA. Pg. 49: Postal: Victorino Chermont de Miranda Collection. Reproduction from: BELÉM da Saudade. The Belém city memory from the early century in postal cards. 2nd ed. Belém: Secult: 1998. Pg. 50: Landing at Pará, 1910. Museum of Port Collection. Belém, PA. Pg. 51a : Hotel da Paz. Pará, 1910. Museum of Port Collection. Belém, PA. Pg. 51b: In the market. Pottery sellers, 1910. Museum of Port Collection. Belém, PA. Pg. 52: A section of the modern docks of Pará (BELÉM), Brazil. Reproduction from: REID, William Alfred. Glances at ports and harbors around South America. Washington: 1921. Pg. 53: Reproduction: panoramic view of the warehouses in the Belém new harbor pier, s.d. Museum of Port Collection. Belém, PA.
Pg. 56a: Reduto Dock. Reproduction from: PAR˘. Governor (1897-1901: J. P. de Carvalho). Pará Album on 1899. [s.l.; s.n.], 1899. Arthur Vianna Public Library. Belém, PA. Pg. 56b: Postal: General Magalhães Square, Belém (PA). Illustrative Photographic Archive of Brazilian Cities. Record number 2491. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Library – IBGE. Rio de Janeiro, RJ. Pg. 59a: Doca do Ver-o-Peso. Reproduction from: PAR˘. Governor (1897-1901: J. P. de Carvalho). Pará Album on 1899. [s.l.; s.n.], 1899. Arthur Vianna Public Library. Belém, PA. Pg. 59b: Record number 17396. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE Library. Rio de Janeiro, RJ. Pg. 60a: Postal: harbor pier small stairway. Victorino Chermont de Miranda Collection. Reproduction from: BELÉM da Saudade. The Belém city memory from the early century in postal cards. 2nd ed. Belém: Secult: 1998. Pg. 60b: Postal: Marechal Hermes Avenue. Yolanda Roberto Collection. Reproduction from: BELÉM da Saudade. The Belém city memory from the early century in postal cards. 2nd ed. Belém: Secult: 1998. Pg. 61a: Postal: Port of Pará Company building. Victorino Chermont de Miranda Collection. Reproduction from: BELÉM da Saudade. The Belém city memory from the early century in postal cards. 2nd ed. Belém: Secult: 1998. Pg. 61b: Postal: Comandante Castilhos França Boulevard (Reproduction), s.d. Museum of Port Collection. Belém, PA. Pg. 62a: Record number: 2467. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE Library. Rio de Janeiro, RJ. Pg. 62b: Illustrative Photographic Archive of Brazilian Cities. Record numbers: 2468. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE Library. Rio de Janeiro, RJ. Pg. 65: Partial view of the Belém Harbor, s.d. Percival Farquhar Collection. National Library. Rio de Janeiro, RJ. Pg. 68 a-b: Frame extracted from VHS FV 06/04 (images captured by film). Museum of Image and Sound– MIS. Belém, PA. Pg. 70: Men stacking food sacks into large piles in a warehouse where they will be sold below normal cost, 1943. Thomas D. Mcavoy. Photography, 11.1 x 17.8 cm. Reproduced in LIFE Magazine. Museum of Port Collection. Belém, PA. Pg. 71: Supplies waiting on the docks at Belém to be loaded, 1943. Thomas D. Mcavoy. Photography, 17.8 x 11.9 cm . Reproduced in LIFE Magazine. Museum of Port Collection. Belém, PA. Pg. 74a-b: Frame extracted from VHS FV 06/04 (images captured by film). Museum of Image and Sound – MIS. Belém, PA. Pg. 75: Crates of washed rubber being unloaded by hoist from river steamer at Belém docks, 1943. Thomas D.
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Mcavoy. Photography, 11.7 x 17.8 cm . Reproduced in LIFE Magazine. Museum of Port Collection. Belém, PA. Port of Belém employees: Mr. Fileto Everaldo Cardoso, former employee of Port of Pará Company and SNAPP; Mr. Guilherme Magalhães Faria, former employee of SNAPP; Mr. Otílio Nélio da Conceição, the oldest employee still in activities at CDP. Pg. 78: Men taking packs of rubber up the bank while the plane refuels, 1943. Thomas D. Mcavoy. Photography, 11.7 x 17.8 cm . Reproduced in LIFE Magazine. Museum of Port Collection. Belém, PA. Pg. 79: Stevedores paying homage to Our Lady of Nazareth during the celebration of the Círio de Belém. Pg. 82: Aspects of Ver-o-Peso. Photographs of unknown date and author. Record number 19188. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE Library. Rio de Janeiro, RJ. Pg. 86: Inauguration of the new German electric overhead cranes in 1971. Carlos Acatauassú Nunes Collection. Pg. 88: Inauguration of Traffic Directory building. Carlos Acatauassú Nunes Collection. Pg. 89: Inauguration of Traffic Directory building. Carlos Acatauassú Nunes Collection. Pg. 91: Landscape of Port of Belém, 1984. Museum of Port Collection. Belém, PA. Pg. 86: Among the main Port of Belém exportation products are woods, pepper, castanha-do-Pará, heart of palm, fish and Cameron. Pg. 95: The Belém Harbor completes its centenary of inauguration completely revitalized in its markets demands. In cultural terms, the harbor has valued its public interaction space with the Pará society, integrating its regular activities with other economics segments related to tourism, culture and leisure.
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