RLM nº 35
Leal Moreira, amor e arte. GENTE DESIGN ESTILO IDEIAS CULTURA COMPORTAMENTO TECNOLOGIA ARQUITETURA
ano 9 número 35
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Nelson Motta O crítico musical mais influente do Brasil fala sobre o cenário nacional e o bom momento paraense
Leal Moreira
Letícia Isnard Ferran Adriá Zenaldo e Belém 400 anos
NORTE
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HOJE 4\UPJPWHSPKHKL рао [^P[[LY JVT JPHH[OSL[PJHILS рао -VUL!
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A Revista Leal Moreira 35 traz conteúdo exclusivo nas matérias sinalizadas com QR code.
capa
índice
NELSON MOTTA O mais influente crítico musical do país foi partícipe e observador dos mais importantes movimentos musicais no globo nas últimas cinco décadas. Motta anda caído de amores pela cena paraense.
Na primeira de uma série de entrevistas especiais, o prefeito eleito, Zenaldo Coutinho, divide seus planos de gestão para a capital paraense, às vésperas de seus quatro séculos de existência.
comportamento O amor e a internet não são mais os mesmos e ainda assim se complementam e podem resultar em belas histórias de amor.
galeria Dilermando Cabral e suas inesquecíveis [e inesperadas] camadas de cor
destino De Kafka às cervejas mais famosas do mundo. Entenda os motivos que tornam Praga um destino obrigatório e culturalmente imperdível.
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A atriz, que recentemente deu um show de atuação na novela “Avenida Brasil” na pele da infantil Ivana, em uma entrevista surpreendente. Conheça a cientista social que arranca elogios quando o assunto é atuar.
Belém| 400 anos
Perfil Letícia Isnard
FERRAN ADRIÁ Alquimista, empreendedor, gênio. Ferran Adriá, o chef que foi considerado o melhor do mundo por cinco vezes, fala de seu período sabático e dos planos para o futuro.
gourmet
capa Nelson Motta, por Darian Dornelles
dicas Anderson Araújo Celso Eluan especial sapatos tech em OFF horas vagas confraria Felipe Cordeiro especial agenda LM Arthur Dapieve destino enquanto isso vinhos decor falando nisso especial - CasaCor Para institucional Nara Oliveira
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editorial Caro leitor, Chegamos ao final de mais um ano e, ao olhar para trás, percebemos que temos muito a comemorar. A Leal Moreira vive um momento especial, de retomada de valores, de sua própria reinvenção. Celebramos a conquista de mais um prêmio “Top de Marketing” que confirmou: a Leal Moreira é a empresa, em seu segmento, mais querida e lembrada pelos paraenses – o que muito nos orgulha e nos motiva a trabalhar sempre para ser os melhores no que fazemos. Em relação à Revista Leal Moreira, nossa tiragem aumentou para 15.000 exemplares e transformamos cada edição em um recorde comercial. No ano vindouro, teremos mais motivos para festejar: a publicação completará dez anos de existência. Portanto, este número 35 da Revista Leal Moreira já chega às suas mãos com um certo gosto de novidade – convidamos o prefeito eleito, Zenaldo Coutinho, a abrir uma série de entrevistas especiais sobre os 400 anos de Belém. Até 2016, quando a cidade será uma senhora quatrocentona, nosso objetivo é ouvir personalidades que possam falar sobre ideias para devolver o viço à capital paraense, ao mesmo tempo em que a equipe que faz a Revista Leal Moreira também vai colaborar com sugestões. Esperamos que, até lá, o amor à Santa Maria de Belém do Grão Pará seja renovado e incontestável. O jornalista e crítico musical Arthur Dapieve volta às nossas páginas e, em sua reestreia, fala de cinema. Outra estreia é a do músico Felipe Cordeiro, que também passará a escrever uma coluna sobre música. Quem também fala sobre música, nesta edição, é o multifacetado Nelson Motta_ produtor, escritor, crítico, entre tantas outras ocupações_ que comenta sobre o cenário musical paraense. Já a atriz Letícia Isnard, que deu vida à Ivana, na novela “Avenida Brasil”, vai surpreender você. Falando em surpresas, o chef Ferran Adriá, eleito por cinco vezes o melhor do mundo, revela as impressões do Pará, seus planos durante um período sabático e os segredos de uma receita exclusiva do ElBulli. Um presente aos nossos leitores. Outra novidade em nossas páginas é a seção “Em OFF” – profissionais revelam seus hobbies e, nesta estreia, o arquiteto paraense Joaquim Meira promete encantar a todos. A revista 35 – a última de 2012 – está repleta de assuntos interessantíssimos. Confira cada uma delas nas páginas a seguir. E não esqueça: as matérias sinalizadas com códigos QR têm material exclusivo no site www.revistalealmoreira.com.br Um feliz ano novo a todos. Que tenhamos o olhar voltado para o futuro, em busca de novos horizontes e conquistas cada vez maiores. Um grande abraço e boa leitura.
André Moreira
expediente Tiragem e distribuição auditadas por
Atendimento:
Revista Leal Moreira
A Leal Moreira dispõe de atendimento de segunda a sexta-feira, das 8h às 12 h e das 14h às 18:30h
Criação Madre Comunicadores Associados Coordenação Door Comunicação, Produção e Eventos Realização Publicarte Editora Diretor editorial André Leal Moreira Diretor geral Juan Diego Correa Diretor de criação e projeto gráfico André Loreto Gerente de conteúdo Lorena Filgueiras Editora-chefe Lorena Filgueiras Produção editorial Camila Barbalho Fotografia Dudu Maroja Reportagem: Alan Bordallo, Camila Barbalho, David Salvador Ibarz, Dayse Freitas, Leila Loureiro, Leonardo Aquino, Lucas Ohana, Thiago Freitas, Tyara De LaRocque. Colunistas Anderson Araújo, Arthur Dapieve, Celso Eluan, Felipe Cordeiro, Nara Oliveira e Raul Parizotto Assessoria de imprensa Lucas Ohana Conteúdo multimídia: Max Andreone Revisão Marília Moraes e André Melo Gráfica Santa Marta Tiragem 15 mil exemplares
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João Balbi, 167. Belém - Pará f: [91] 4005-6800 www.lealmoreira.com.br Construtora Leal Moreira Diretor Presidente: Carlos Moreira Diretor Financeiro: João Carlos Leal Moreira Diretor de Novos Negócios: Maurício Moreira Diretor de Marketing: André Leal Moreira Diretor Executivo: Paulo Fernando Machado Diretor Técnico: José Antonio Rei Moreira Gerente Financeiro: Dayse Ana Batista Santos Gerente de RH: Waldemarina Normando Gerente de Relacionamento: Alethea Assis www.revistalealmoreira.com.br
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On-line: Conheça um pouco mais sobre a construtora acessando o site www.lealmoreira.com.br. Nele, você fica sabendo de todos os empreendimentos em andamento, novos projetos e ainda pode fazer simulações de compras.
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VocĂŞ vai descobrir onde encontrar presentes cheios de estilo para ser feliz o ano inteiro.
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Presentes pra ser feliz
Os produtos mais desejados da Casa Cor estão na Yamada: a mais alta tecnologia, artigos com design exclusivo, os requintados sabores do mundo no empório e os lançamentos das grandes marcas do mercado. Escolha o melhor, você e sua casa merecem. Presente é na Yamada.
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Belém
Xico do Bacalhau Para quem aprecia as tradições portuguesas, o Xico do Bacalhau é um lugar especial na cidade. Especialista em artigos lusitanos, a loja apresenta um conceito diferenciado: os clientes degustam à vontade os produtos antes da venda. Além do bacalhau, alheira de Mirandela, chouriços em vinha d’Alhos, leitão assado à moda da Bairrada, presunto ibérico e azeites são algumas das iguarias encontradas no espaço. Bem localizado, o espaço ainda oferece degustação diária de bolinhos de bacalhau, que podem ser acompanhados por um bom vinho do Porto – também apreciado gratuitamente. Ideal para comprar os itens da ceia de fim de ano.
Trav. Dom Romualdo de Seixas, esquina com a Domingos Marreiros - Ed. Connext, loja 06 – Umarizal • 91 3223.0908 www.revistalealmoreira.com.br
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Le Monde Restô Aliando gastronomia contemporânea com um leve toque regional, o Le Monde Restô é uma boa pedida para gourmets em geral. Inaugurado no mês passado, o lugar é simples, bem localizado e aconchegante. Elegantemente decorado, o espaço alia o charme minimalista a bons serviços de atendimento. A cozinha é assinada pelo experiente chef Ronaldo Baez. É aconselhável fazer reserva com antecedência: as mesas são concorridíssimas. Recomendamos escolher do cardápio o risoto de frutos do mar ao aroma de paella.
Trav. Benjamin Constant, 1313. Entre Av. Braz de Aguiar e Av. Nazaré • 91 3222.8065
Boteco Modesto Dos mesmos donos do Baronesa, Cortiço e Maricotinha, o Boteco Modesto é uma das boas novidades deste final de ano. O espaço, recém-naugurado, vem ganhando destaque entre os frequentadores da boemia em Belém. Localizado em um dos pontos mais agitados da cidade, o lugar chama a atenção pelo charmoso visual inspirado pela década de 20 – perceptível no envidraçado e no toldo retrô. A decoração é sofisticada e com leve ar saudosista, reforçado pela iluminação intimista. Nos fins de semana, há apresentações de música ao vivo – que variam entre pequenos shows acústicos para embalar o jantar e bandas de repertório dançante para depois da meia-noite.
Trav. Almirante Wandenkolk, esquina com Av. Senador Lemos – Umarizal • 91 8171.2259
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Brasil
Aquavit Cozinha em movimento. Assim se define o restaurante Aquavit. Idealizado pelo chef dinamarquês Simon Lau (dos pratos ao projeto arquitetônico), o lugar se especializou na gastronomia nórdica – porém feita apenas com matéria-prima brasileira, fresca e da estação, proporcionando misturas sempre surpreendentes. Não há cardápio fixo: a cada seis semanas, um menu completamente novo é apresentado aos clientes, composto de cinco pratos e cinco taças de vinho previamente harmonizadas. O conceito, embasado no equilíbrio entre a cozinha contemporânea europeia e os produtos típicos do cerrado, rendeu ao Aquavit um lugar no seletíssimo rol de restaurantes que ostentam três estrelas no Guia Brasil. Para completar, a espetacular vista para o Plano Piloto, o Lago Paranoá, o Palácio da Alvorada e a reserva ecológica do Parque Dom Bosco tornam a experiência, no mínimo, especial.
Setor de Mansões Lago Norte. ML12 Conj. 1 Casa 5 - Brasília/DF • 61 3369.2301 • www.restauranteaquavit.com
Chakras
Inspirado na filosofia iogue, o místico restaurante Chakras é um verdadeiro transporte para a transcendental Índia. O lugar é rico em cores, luzes e ambientes luxuosos, estimulando o aspecto sensorial antes mesmo de se provar a primeira refeição. A gastronomia é contemporânea – com enfoque, naturalmente, na culinária asiática. Destaque para o espaço La Suíte, o primeiro Dorming Restaurant da América Latina: no lugar das mesas, suntuosas camas abrigam o jantar. O ambiente inteiro pode ser reservado para festas particulares. Se não for o caso, vale a pena reservar uma cama e pedir um menu degustação, assinado pelo chef Nilson Castro. Ocasionalmente, ainda há performances e música típica – tudo para vivenciar o clima de nobreza indiana. Recomendamos experimentar o fricassê de lagosta com cuscuz marroquino, harmonizado com um vinho selecionado especialmente pelo sommelier exclusivo da casa. www.revistalealmoreira.com.br
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Easy Tiger Em algum ponto equidistante entre bar e padaria, o Easy Tiger é uma boa pedida para qualquer horário. Localizado no centro de Austin, o lugar é especializado em pães caseiros e outros produtos de boulangerie, parecendo mesmo uma simples – porém charmosa – mercearia americana. Engana-se, porém, quem se deixa levar pelo exterior pacato com toldo branco. Depois das seis da tarde, os clientes descem as escadas e chegam ao local onde funciona o Beer Garden: um bonito jardim a céu aberto, com mesas de ping-pong e um delicioso clima de informalidade. O visual interno também não deixa a desejar: planejado pela arquiteta das celebridades Veronica Koltuniak, o Easy Tiger é arrojado e moderno, com seus tons de cinza e bronze propícios tanto para um lanche breve quanto para a boemia das noites texanas. É muito bem recomendado o sanduíche artesanal de salmão defumado, feito no pão nove grãos com pepino e cream cheese. East Sixth Street, 78701 – Austin, Texas • 512 614.4972 • www.easytigeraustin.com
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83 Club Street, Singapore 069451 • 6220.4083 • www.83clubstreet.com www.revistalealmoreira.com.br
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Se você é do tipo que prefere comer no bar a beber no restaurante, o 83 é um lugar que você precisa conhecer. Divertido, inusitado, cheio de cores e referências, o lugar eleva os drinks e petiscos típicos de barzinho à condição de luxo. O fruto da parceria de dois grandes grupos mundiais – os designers do The Stripe Collective e os administradores do Deliciae Hospitality – tem todo tipo de informação visual: pop-art nas paredes, chão de zig-zag, uma parede de fitas K7 e alto-falantes esculpidos em madeira como suporte para o balcão são bons exemplos. Tudo tem certo ar de homenagem à década de 80, como o próprio nome sugere, mas sem abrir mão da modernidade e do frescor. Do cardápio, sugerimos provar a polenta assada com presunto de Parma, mozzarella e molho pesto.
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perfil
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Leila Loureiro
Van Gonçalves / divulgação
Adorável
loucura
Com os pés muito fincados ao chão, Letícia Isnard concilia duas carreiras aparentemente distintas e consegue dedicar a ambas a mesma paixão. Conheça um pouco da socióloga que arranca elogios quando o assunto é atuar.
I
magine esta cena: uma atriz, da novela que revolucionou a recente história da teledramaturgia brasileira, agenda entrevista por meio de uma rede social. Não se detenha, exercite sua imaginação e vá um pouco além: imagine essa mesma atriz te receber pra entrevista, com cabelos molhados pós-banho e te sugerir andar até o café da esquina usando vestido e chinelos. Achou surreal? Não quando o assunto é Letícia Isnard – o sucesso não subiu à cabeça que compõe um corpo com pés tão fincados no chão. Quem se depara com a linda mulher de olhos azuis, totalmente low profile, pode se assustar ao constatar que é ela, sim, a mesma pessoa que encarnou a personagem Ivana, que encantou a todos com sua extravagância e o seu vocabulário infantil, na novela Avenida Brasil, febre que parou o país, como só as finais de copa do mundo justificam. A ingênua irmã do protagonista Tufão [vivido na mesma trama pelo ator Murilo Benício] não caiu de paraquedas na bem-sucedida saga de João Emanuel Carneiro. Letícia Isnard constrói a sua carreira de atriz há 17 anos, carregando um currículo admirável para quem tem apenas 38 anos. A carioca Letícia foi bailarina clássica e contemporânea profissional, paixão que exerceu desde os 11 anos de idade até o momento em que, nas palavras da própria Letícia, “o corpo não era mais suficiente, eu precisava me expressar por meio da fala”. Paralelamente à dança, Letícia cursou dois anos da faculdade de Direito, mas se formou Bacharel em Ciên-
cias Sociais na PUC-RJ, sendo Mestre em Sociologia com concentração em Antropologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia no IFCS/UFRJ em 2001, quando ganhou uma bolsa da Organização Internacional Social Science Research Councial para cursar o Doutorado em NY, projeto desviado de sua vida em função do trágico 11 de setembro. E as “co-incidências” do destino continuaram andando de mãos dadas com a persistência e determinação da escorpiana Letícia. Integrante da Companhia de Teatro “Os Dezequilibrados” desde 2001, atuou em várias peças, como “Bonitinha, mas ordinária” (20001/2002), “Quero ser Romeu e Julieta” (2006), entre outras, quando, em 2011, foi indicada ao Prêmio Shell de Melhor Atriz com a peça argentina, que traduziu e produziu, chamada “A Estupidez”, de Rafael Spregelburd e dirigida por Ivan Sugahara. Não menos intenso é o seu caminhar pela televisão - e, mais recentemente, pelo cinema – , já que a carismática atriz caiu nas graças do povo, que se surpreende ao vê-la dentro de um ônibus ou andando calmamente pelas ruas de Botafogo, onde mora. Eu pergunto a ela, observando o burburinho que se forma com a sua presença em torno da nossa mesa, “agora que a atriz de teatro ficou famosa, o que mais falta a você?”. “Quero formar uma família, casar e ter filhos”. Sim, Letícia é uma mulher comum, e, por isso mesmo, tão especial. E foi assim, em meio ao burburinho, tendo um cenário paradisíaco ao fundo, que Letícia bateu um papo com a Revista Leal Moreira. »»»
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Impossível não iniciarmos o papo lembrando da personagem Ivana, na novela global “Avenida Brasil”. Mas, antes da Ivana, você fez muitas participações em séries da Globo, correto? Sim, muitas pessoas não correlacionam as personagens, mas fiz parte do elenco fixo do programa “Minha Nada Mole Vida”, em 2006/2007, com Luiz Fernando Guimarães, ator que admiro muito; também atuei na novela “Beleza Pura” (2008) e na minissérie “Afinal, o que querem as mulheres?” (2010) de Luiz Fernando Carvalho. Além de pequenas participações em Força Tarefa (2011), Tapas e Beijos (2011), Grande Família (2010), Cilada (2009), Toma lá dá cá (2009), entre outros, todos na Rede Globo de Televisão. E como a socióloga Letícia Isnard se tornou atriz? Sempre tive o desejo de atuar, mas, na minha família, não existiam artistas e perdi meu pai muito cedo, portanto, havia a ideia de investir em algo que fosse financeiramente mais seguro. Daí veio a carreira acadêmica, que eu levava em paralelo com o teatro, consequência da carreira de bailarina profissional até os 23 anos. Na verdade, a minha vida acadêmica já estava impregnada pela arte, tanto que, muito envolvida pela ideologia comunista, o meu tema de dissertação do mestrado foi “o uso do teatro nos projetos sociais”, focando na adequação do discurso marxista de transformação ao cenário artístico, ou seja, o que a arte tem a ver com cidadania? Como a arte política estava inserida neste contexto de não mais transformar a sociedade, mas o indivíduo? E nesse cenário acadêmico você já atuava? Sim, mas acabei priorizando o mestrado, porque era o que me bancava. Era uma fase muito difícil de medos e dúvidas sobre qual caminho escolher. E, pelo visto, essa escolha mudou de rumo... Isso. Quando terminei o mestrado, fui selecionada para a bolsa de doutorado em Nova Iorque, para pesquisar a transmissão da memória da ditadura para gerações que não viveram os períodos ditatoriais, sendo que o meu enfoque era voltado para essa transmissão de memória no teatro brasileiro contemporâneo, que é escasso no Brasil. Era um belo projeto que acabei engavetando, em razão do acontecimentos de 11 de setembro [de 2011] Mais uma obra do destino? Acredito que sim, pois logo nesse período o Ivan Sugahara (diretor teatral) me convidou pra fazer parte da companhia de teatro “Os dezequilibrados”, e então encenei “Bonitinha, mas ordinária”, do Nelson Rodrigues, para um público de 30 pes-
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soas (risos), e aí foi preciso muita coragem pra mudar de caminho e abandonar a carreira acadêmica. E começou a se dedicar só ao teatro? Sim, eu já estava mais engrenada na companhia e fiquei direto só com “Os dezequilibrados”, época em que eu fiz o cadastro na Globo, sendo que, 5 anos depois, eles me chamaram pra refazer o cadastro e fui selecionada pra fazer o seriado “Minha nada mole vida”, em 2006, com o Luis Fernando Guimarães. Foi o meu primeiro trabalho na emissora. O primeiro de muitos outros. Exato. Fiz várias participações em séries globais como “A grande Família”, “Tapas e Beijos” e “As Brasileiras”, mas sempre em paralelo com o teatro. Nunca deixei de produzir porque eu acredito no ato de arregaçar as mangas e correr atrás, tanto é que, de 3 anos pra cá, eu comecei a traduzir peças argentinas, como “Mulheres ensaiam Cavalos” e foi quando pintou “A estupidez”, do Rafael Spregelburd. O espetáculo pelo qual você foi indicada ao Prêmio Shell de Melhor Atriz em 2011, certo? E soube que nasceu de muita insistência sua... Sim, inscrevi esse espetáculo [A Estupidez] em todos os editais durante 5 anos e foi um grande sucesso. Uma personagem de comédia ser indicada ao Shell me surpreendeu, já que geralmente indicam monólogos ou dramas...um prêmio tão respeitado serve de estímulo, de reconhecimento. E como surgiu o convite para você interpretar a Ivana, de Avenida Brasil? Então, após todas as participações na Globo, no final de 2011 o Luciano Rabelo, produtor de elenco da novela, me ligou chamando pra fazer um teste e te confesso que fui bem desacreditada, porque se imagina que as novelas de horário nobre já têm um elenco fechado, escolhido a dedo, mas foi quando quebrei a cara, pois eles me escolheram. E como foi a construção da personagem? Depois que eu fui escolhida é que eu peguei a sinopse e fiquei sabendo que a personagem era “gorda e feia” (risos). E os colegas de elenco olhavam pra mim e diziam “tá errada essa escalação, é isso mesmo?”. Mas não tem o menor problema, incorporei a Ivana, com sua ingenuidade e suas expressões infantis, e a caracterização e o figurino ajudaram muito com aquelas roupas inadequadas, exageradas pra TV, o cabelo, sapatos...e, claro, seguindo a ideia de que “o ator é um bom ladrão”, copiei muito ao meu redor: a energia solar de uma tia minha, a movimentação das peruas na rua... »»»
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Você tinha noção da importância que a Ivana ganharia na trama? Nunca imaginei que haveria esse espaço pra mim, achei que estivesse ali a serviço do coletivo e como minha formação veio da dança [e já fiz muito corpo de baile na minha vida], eu estava ali tranquila pra fazer a minha parte; mas, ao fim da novela, quando eu agradeci ao João Emanuel Carneiro (autor da novela Avenida Brasil) pelo meu papel, ouvi dele que a Ivana foi ganhando força a cada capítulo por conta da atriz. Acredito que seja daí o sucesso da novela, na minha opinião. O autor deixou a Amora [Mautner, uma das diretoras da novela] orquestrar a loucura que era aquilo. Vocês construíram aqueles personagens de forma muito humana. O que a Letícia levou para a Ivana? Na verdade, nós fazíamos exercícios de improvisação a cada cena, não era simplesmente criar “cacos”. Levei pra Ivana os florais, imaginando que ela era uma ex-fumante, e, por isso, ansiosa, descontava tudo na comida... Enfim, esse trabalho foi uma grande escola que durou 10 meses. O que você aprendeu nesses 10 meses? Muita coisa! Estar ali com aqueles atores consagrados, todos já estabelecidos e muito generosos, dando chance para os novos brilharem; um ambiente de igualdade e criatividade. Um simples “bater texto” com o Juca de Oliveira - olha que privilégio - já era enriquecedor. Ao final, sentimos muita falta daquela rotina, daquelas piadas, acredito que foi uma virada de carreira pra todo mundo do elenco. Foi um grande encontro. E quais os seus planos futuros? Estou em cartaz com a peça “Tarja Preta”, no Rio de Janeiro, com texto da Adriana Falcão, dirigida pelo Ivan Sugahara, e também no elenco da próxima novela das 19h, “Sangue Bom”, da Maria Adelaide Amaral, dirigida pelo Denis Carvalho, além de um longa, com estreia prevista para junho de 2013, chamado “Mato sem cachorro”, do Pedro Amorim. E o que você gosta de fazer nas horas vagas, se é que elas existem.
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Verdade, desde Avenida Brasil não parei, com exceção de alguns poucos dias quando procuro relaxar, ler algo além de roteiros e capítulos. Voltei a dançar, a frequentar com mais assiduidade cinemas e teatros e, principalmente, dormir! Dormir pra mim é um programão! Falando em dormir, quais os seus sonhos? Como eu tive muitas perdas na minha vida, além da morte do meu pai quando eu tinha 15 anos, eu quase perdi um irmão para o câncer, sem contar as inúmeras mudanças de cidade, escolas, estava sempre perdendo amigos,tudo isso me transformou em uma pessoa muito cética, ou seja, nunca faço algo achando que vou “bombar” ou ganhar prêmios, não espero nada e aí acabo me surpreendendo, fico gratificada e feliz, o que não quer dizer que eu não tenha ambições. Algo como a ideia do filósofo francês André Comte-Sponville que escreveu o livro “a felicidade desesperadamente”, em que se defende que a verdadeira felicidade nunca é esperada? Isso! Aliás, não conheço. Me dá aqui sua caneta que vou anotar pra pesquisar. [ela anota o nome do livro] Eis o resquício da Letícia acadêmica-socióloga-pesquisadora... (risos) Sim, eu adoro ler, gosto muito de Paul Auster, Dostoiévski... Em algum momento, existe um paradoxo da atriz global com a socióloga comunista? Perdi muito tempo com preconceito da indústria do entretenimento, talvez pela formação de socióloga, por ser comunista sim, e hoje eu entendo o poder dessa comunicação, o poder transformador de uma novela como Avenida Brasil, por exemplo, que “neurotizou” o país. Perceber aquelas mulheres que se identificavam com a esposa maltratada, insegura e, de certa forma, somar algo a vida delas. Por mais que eu venha do teatro, mesmo com uma sala lotada, jamais conseguirei alcançar o número de espectadores que se atinge através da TV. E mais, ficou claro que o “povão”, a massa, gosta sim da sofisticação de um bom trabalho de TV. Acredito que agora é preciso abrir esses caminhos.
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Frutos, sementes e raízes que se transformam n
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m no mais autêntico prazer da cerveja artesanal.
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Anderson Araújo, jornalista
Os antigos não se beijam Desde que a viu, manteve os olhos atentos, a guarda baixa e a sequência constante e contida de jabs* à espera do dia do golpe certeiro, da vitória por nocaute. Nunca fugiu à luta. Em 34 anos, a contar do batizado do primeiro filho, nunca deixou de cumprimentá-la, muito menos pousar, insistente, os olhos no olhar oliva de senhora respeitável cultivado por ela desde muito moça. Tudo às claras, em intenção sólida e imbatível dos pacientes, sem se incomodar em nada com a presença do marido, agora apartado pela morte. “Que Deus o tenha em boa memória”. Divorciado havia seis meses, tempo de resguardo aceitável na cartilha dos bons costumes, aproveitaria a chance negada aos dois pela vida nas últimas décadas. Enquanto se empertigava diante do espelho do pequeno apartamento de solteiro, onde agora morava, ele remoia o que ouvira na última passada pelo bar do Alemão: “não adianta, meu caro, os antigos não se beijam”. Era um axioma, apesar de inconspícuo, devido ao comportamento letárgico para o amor da maioria dos enquadrados na bendita faixa etária. Os quase setenta anos lhe abateram com a constatação de que a idade leva para longe uma das maiores graças de amar. Arrematou a gravata, olhou para si pela última vez antes de sair de casa: pouca ruga, nenhuma careca. Não estava mal para idade. Talvez as sobrancelhas fartas demais, talvez as orelhas parecendo maiores, talvez o nariz sem a simetria da juventude. Porém, o geral formava um belo conjunto. Avaliou e
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talvez passasse por 55. Até 53. Ainda poderia beijá-la, quem sabe, sem a punição da ausência de ósculo, o medonho castigo dos senis. No caminho, ele relembrou os últimos anos. Recordou quando os casais se encontravam na sorte das eventualidades, dos vestidos desenhando as formas daquela mãe ainda jovem e, ao rememorar tantos detalhes, concluiu que o tempo não a magoou em nada, como fez a tantas conhecidas suas. Ao contrário, o verniz dos anos imprimiu a ela uma formosura enternecedora de avó com os mesmos olhos verdes vivos de quem está no começo da vida. Apertou-lhe a alma a sensação de ser apenas um amigo tardio, sem privilégio algum dos lábios nos lábios. Desceu em frente à casa dela, um buquê discreto, anacrônico, nas mãos. A arritmia lhe impôs o medo de uma síncope, mas era só a ansiedade do encontro, como em qualquer idade. Cinco minutos depois do toque na campainha, ela abriu. Sorriso discreto. Entraram no carro, jantaram, colocaram pingo nos “is” de séculos. Entenderam por fim as voltas e os nós que a vida dá para desfazê-los nas esquinas mais corriqueiras da existência. Já no final, na despedida sem graça de respeitáveis velhos conhecidos, deixaram as formalidades de lado e se beijaram no calor de uma adolescência ressuscitada para ambos já marcados por tanta experiência. Ele a ouviu entrar depois de um adeus abafado, enfeitado de pudor súbito, deslocado, por parte dela. Caminhou lento até o carro, o peito agora em brasa, sentindo-se um moleque de 20 anos. Deu a partida e concordou que o parceiro de copo do bar estava mais do que certo: de fato, os antigos não se beijam.
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comportamento
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Leonardo Aquino
Rodrigo Cantalício
Amor em tempos de
web
Como a internet transformou [e materializou] as histórias de amor no século 21 e garantiu a elas finais felizes.
E
le comprou uma camisa nova e vestiu a calça “de sair” – aquela que não costuma usar no dia a dia. Ela escolheu o vestido mais bonito do armário e caprichou na maquiagem. Ele tirou a barba, que andava mal feita havia algumas semanas. Ela ficou um par de horas no salão para dar “um trato” nos cabelos. Ambos passaram os perfumes que guardam para ocasiões especiais. Item a item, obedeceram ao típico protocolo do primeiro encontro. Precisavam mostrar o melhor de si na hora em que estivessem frente a frente... com a tela do computador. Histórias como essa já não soam absurdas ou novelescas. A internet transformou nosso comportamento em inúmeros aspectos. Nos relacionamentos afetivos, não poderia ser diferente, para o bem e para o mal. A rede funciona como mediadora do processo de conquista; facilita o encontro entre pessoas com afinidades em comum; simplifica a vida dos tímidos e encurta as distâncias. Por outro lado, também traz novas nuances ao ciúme e dá mais munição àquelas pessoas que gostam de verificar cada passo dos companheiros. No final das contas, ela produz histórias de amor não muito diferentes das que começaram à moda antiga. Seduzir por meio da palavra escrita não é uma novidade ou um privilégio da comunicação on-line. As cartas românticas e a inquietude gerada pela chegada delas fizeram parte da idealização do amor por muitos séculos, fossem amores impossíveis, distantes ou simplesmente anônimos. Elas
foram ridicularizadas por Fernando Pessoa no poema “Todas as cartas de amor” e ansiosamente aguardadas na canção “Please, mister postman”, sucesso nas vozes dos Beatles e dos Carpenters. Mas aquele frio na barriga não acompanha mais a chegada do carteiro com um novo envelope, e sim o ruído digital de um novo e-mail na caixa de entrada ou de uma nova mensagem privada numa rede social. “O e-mail e o chat reforçam esse tipo de relações à distância, dando-lhes uma agilidade que faz possível mantê-las vivas e florescentes de uma maneira natural”, opina o argentino Diego Levis, doutor em ciências da comunicação pela Universidade Autônoma de Barcelona. Grande parte da obra de Levis se dedica a estudar o impacto da comunicação digital em nossas vidas. O amor não poderia ficar de fora. Levis escreveu, em 2005, o livro “Amores en red - relacciones afectivas en la era internet”, sem lançamento no Brasil. Foi o fruto de uma pesquisa que durou quatro anos, baseada em entrevistas com pessoas que mantinham na internet relacionamentos de vários tipos: namoros, casos extraconjugais, “amizades coloridas” etc. “Muitas vezes, as relações nascidas ou desenvolvidas na internet culminam em encontros muito reais, dos quais podem surgir maravilhosas histórias de amor, paixões passageiras, amizades e também momentos desagradáveis adereçados com muita desilusão”, afirma Levis no livro. Mas, para o estudioso, a internet rompe com alguns parâmetros estereotipados de sedução. “A »»»
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internet pode ser vista como um novo espaço de conquista através do qual, para atrair alguém e seduzi-lo, nem sempre é imprescindível ter corpo de modelo ou de atleta, vestir roupas da moda, nem ter belos olhos ou o sorriso de uma estrela do cinema. Tampouco é necessário beber álcool ou tomar qualquer substância para se desinibir. O anonimato que a tela proporciona elimina todos os pudores”, explica. A evolução da própria tecnologia sempre adiciona novas ferramentas às pessoas que creem na possibilidade de encontrar um grande amor na frente de uma tela de computador. Hoje em dia, há websites especializados em formar casais que dizem usar até métodos científicos para justificar a compatibilidade dos pretendentes sugeridos. Isso sem falar nas redes sociais, que acabam sendo uma grande vitrine de nós mesmos na internet. Mas houve um tempo em que, mesmo sem recursos tão completos, corações foram unidos on-line. Foi o que aconteceu com o publicitário Elizio Eluan. Ele conheceu a esposa, Stela, numa sala de bate-papo há onze anos. “Não existia rede social
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nessa época. Acho que nem MSN tinha. O que a gente usava eram as salas virtuais de bate-papo de um portal, à época. Com “salas” temáticas ou por cidade, Belém tinha umas dez. E foi em uma delas que a gente se conheceu”, relembra. Elizio usava o apelido Djavan no chat e postava letras de músicas do cantor alagoano para puxar assunto. “Na maioria das vezes, virava um papo besta. Mas, com a Stela, acabou saindo uma conversa extremamente interessante”, conta. Eram papos que duravam muitas horas e que geravam muita ansiedade. “Eu ficava esperando a Stela entrar no chat sempre. E, como não rolava nenhum aviso sonoro que “denunciasse”, era preciso ficar de olho. Depois, passamos a nos tratar por nossos nomes, a trocar e-mails e passamos a nos mostrar mais, mas nunca de forma deselegante ou chula”, Elizio e Stela se comunicaram apenas pelo chat e por e-mail ao longo de três meses, até o dia em que decidiram se conhecer pessoalmente. Não deu certo de primeira. O receio de uma decepção fez com que duas tentativas de encontro acabassem frustradas. Mas, se hoje eles comemoram o
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sucesso da história de amor, é porque houve persistência. “Teve uma noite que não tinha como não dar certo. Ela me disse o lugar em que estava – a casa de uma amiga – e eu disse que ia lá. Na minha cabeça, era começar uma relação ou largar de vez. E fui com uma estratégia: disse que não poderia demorar muito. Ou seja, se me decepcionasse, já tinha uma desculpa na mão para cair fora”, revela. Felizmente, Elizio não precisou usar essa estratégia. “A conversa atravessou a noite. E eu acho que o fato de termos já conversado bastante antes de nos conhecermos pessoalmente foi determinante para a naturalidade do primeiro encontro. O que atrapalhou os primeiros minutos foram o nervosismo e a tensão de não corresponder às expectativas, que eram grandes”, confessa. A história que começou no chat virou casamento. Elizio e Stela trocaram alianças em 2006 e tiveram uma filha, Maitê, em 2009. Alguns anos depois de Elizio e Stela se apaixonarem numa sala de bate-papo, a história de Fernanda e Rafael Lancellote começou, também em frente a uma tela de computador, mas nas páginas
do hoje menosprezado Orkut, que um dia já foi febre no Brasil. Os dois participavam da comunidade “Brincando de Arnaldo Antunes”, que reunia fãs do cantor e compositor ou pessoas que apenas se divertiam ao fazer jogos de palavras como aqueles das músicas do ex-vocalista dos Titãs. Rafael postou um comentário, Fernanda postou logo em seguida e a curiosidade de um pelo outro surgiu. “Eu achei interessante a foto dele. Na época, era uma foto do Cartola. Fiquei curiosa e entrei pra ver. Vi várias fotos dele com os amigos da faculdade e com a família e me interessei”, relembra Fernanda. Mas existia um senhor obstáculo: a distância. Fernanda morava em São Paulo, onde trabalhava como consultora, auditora e professora de marketing e empreendedorismo. Rafael, que é consultor, auditor e professor de filosofia e sociologia, vivia em São Lourenço, interior de Minas Gerais. Mais de 300 quilômetros os separavam. Mas nem isso impediu que a sintonia entre eles surgisse. “A internet ajudou bastante, sem dúvida. Os nossos bate papos foram muito diretos pelo MSN. Jamais teria falado assim com alguém em tão pouco tempo. »»»
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Foram treze dias para nos conhecermos pessoalmente”, conta. Aliás, o primeiro encontro entre eles teve um “quê” de desconfiança, especialmente da parte de Fernanda. “Eu tinha os dois pés atrás. Em São Paulo, a gente ouve falar de gente que é sequestrada, cada coisa... Para evitar isso, marquei o encontro num lugar público (em um shopping), e combinei com a minha mãe de me ligar em quinze minutos após a minha chegada lá. Mas nos vimos e já veio tudo à tona. Não deu medo algum, foi perfeito”, relembra. Três meses depois, os dois estavam morando juntos. Hoje, seis anos depois, e com uma filha de três anos aumentando a família, Fernanda se orgulha da história nascida na internet. “Até hoje, mesmo com as redes sociais mais em evidência do que há seis anos, as pessoas ainda se surpreendem com a história. Mas, na época, éramos vistos como malucos. Até minha irmã, no discurso de nosso casamento, na frente do padre e da igreja toda, falou: ‘Como a gente iria imaginar que um namoro do Orkut daria em casamento?’”, conta. Se 300 quilômetros já parecem demais para você, um oceano de distância possivelmente soará como algo impossível de se lidar. Não para a jornalista Manuelle Maia, de 23 anos. Assim como Fernanda e Elizio, ela encontrou um casamento na internet. Mas, enquanto ela estava em Belém, o noivo estava na Itália. A história começou qua-
se sem querer. “Eu estava me recuperando de uma relação mal-sucedida e uma amiga minha, que queria me tirar da fossa, me inscreveu num site de namoros sem eu saber. Roubou uma foto do meu Orkut, colocou lá e me deu a senha para eu preencher o resto do perfil. Decidi tentar, mas, no começo. não tinha muita paciência para interagir”, conta Manuelle. Depois de duas semanas sem muita atividade no site, Manuelle notou que o perfil dela havia sido marcado como interessante por um usuário. Era o engenheiro italiano Pierluigi Albertini. “Fui xeretar o perfil dele e gostei porque parecia engraçado. Foi isso que me chamou atenção. Então decidi marcar o perfil dele como interessante, assim como ele tinha feito com o meu antes. Alguns dias depois, ele me escreveu a primeira mensagem, fazendo as perguntas que todo estrangeiro faz quando pensa que Brasil é só samba, floresta e futebol”, relembra. Depois de muita conversa por mensagens privadas no site e por e-mail, Manuelle e Pierluigi tiveram uma prévia de primeiro encontro via Skype, com as webcams ligadas. E foi uma experiência parecida com a do primeiro parágrafo desta reportagem. “Eu fiz até chapinha e coloquei uma roupa bacana. E depois de um tempinho, o Pierluigi me disse que comprou uma calça jeans e que vestiu nessa nossa primeira conversa com webcam. Como se fosse um encontro cara a cara normal, mas eu nem vi o tal jeans, e ele nem notou a mi-
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nha chapinha”, conta. Quatro meses depois da primeira mensagem via internet, os dois, enfim, se conheceram pessoalmente. Pierluigi viajou até Belém e conheceu não apenas Manuelle, como também a família e os amigos dela. “O único estranhamento foi nos dois primeiros dias, pelo cansaço da viagem e das mudanças de temperatura. Além disso, não sabíamos como nos tratar, se como amigos ou como namorados. Era como se nos conhecêssemos há anos, mas não nos conhecêssemos. Só que logo percebemos que o que sentíamos no mundo virtual era o mesmo que sentíamos no mundo real, e nos tornamos namorados de verdade”, conta. O namoro durou dois anos, até Manuelle e Pierluigi casarem. A cerimônia religiosa foi no Brasil. E a união civil, na Itália, onde o casal vive junto com um gato, ao qual eles tratam carinhosamente por “filho”. Mas a mesma internet que aproxima e apaixona, também potencializa algumas situações que minam qualquer relacionamento. Uma delas é a possibilidade de nada ser o que parece. A habilidade com as palavras e um pouco de malícia podem transformar uma pessoa em alguém muito mais atraente (e muito menos mal-intencionada) do que realmente é. “O chat de texto permite entrar numa encenação baseada na construção de personagens num jogo de suplantações, no qual todos os participantes sabem que quem está do outro lado pode ou não ser quem diz ser”, opina
o doutor em comunicação Diego Levis. Manuelle Maia não descuidou desse ponto de vista. Antes de aceitar o encontro com o marido Pierluigi, bancou a detetive digital. “Investiguei onde ele morava, onde viveu antes, sobre a família, consegui encontrar a tese que fez na universidade, fotos antigas, informações sobre antigos trabalhos. Tudo eu comparava com o que ele me dizia e via se era verdade ou não. Até na Interpol e na polícia dos lugares onde ele viveu eu pesquisei para saber se havia algum processo contra ele. Por sorte, não tinha nada e as informações bateram certinho”, conta. Outro risco que essa nossa forma de amar traz é a amplificação do ciúme. Ex-namoradas, “gaviões”, check-ins em festas... A internet joga inúmeras bolas quicando na frente dos casais, o que pode trazer turbulências nem sempre necessárias. E, no caso dos casais formados na internet, ainda existe o conhecimento do risco: quem conheceu o marido ou a esposa nos chats da vida, pode conhecer outra pessoa, não? “O chat também pode ser uma via para se distanciar da pessoa amada. Ou, pelo menos, da pessoa com quem se está mais ou menos comprometido. Fala-se bastante disso: homens e mulheres que se sentem enganados quando seus companheiros mantém relações habituais, contínuas por meio da internet. Uma ambivalente e desconcertante sensação de ciúmes, alimentada pela existência inquietan- »»»
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te desse alguém ‘sem rosto’ que espera por trás da tela”, teoriza Diego Levis. Fernanda Lancellote afirma tirar de letra. “Às vezes, rola um ciúme sim, acho que faz parte do relacionamento, né? Lidamos bem com isso, já que baseamos nossa relação em confiança. Não deixamos de ter cada um a sua página, afinal, cada um já teve sua história. Agora é que temos uma história só”, diz. O primeiro contato e os riscos de uma abordagem fracassada. A evolução da intimidade até o ponto de aceitar um primeiro encontro. Ansiedade. O desejo de mostrar o melhor de si. A dúvida para saber se a química vai acontecer. No final das contas, o início de um relacionamento nascido na internet não é muito diferente de um totalmente offline. Mas a rede sozinha não tece um “felizes para sempre”. Que o digam as pessoas com conhecimento prático de causa, como Elizio Eluan. “Acho que a internet agrega as formas tradicionais de conquista, nunca substitui. Temos familiares e amigos com histórias parecidas à nossa. Hoje, existem muito mais ferramentas para uma relação começar na internet e virar uma grande história real. Se há mais de dez anos deu certo com a gente, deve dar muito mais certo hoje”, opina. Alguém discordaria?
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Tyara De La-Rocque
Daryan Dornelles / divulgação
O homem das mil faces Nelson Motta foi partícipe [e testemunha] dos movimentos musicais que sacudiram o país nas últimas cinco décadas. Multifacetado, polivalente e observador atento da cena cultural do Brasil, ele confessa que está caído de amores pelos artistas paraenses.
A
serenidade no semblante, a voz tranquila e a fala pausada em nada lembram a vida agitada, corrida e cheia de compromissos de Nelson Cândido Motta Filho - Nelsinho, como é carinhosamente chamado. Produtor, jornalista, roteirista, crítico, letrista, colunista... é necessário ter fôlego e disposição para falar dele. Nelson Motta é muito em muitos. Um homem de fé, que reza, agradece, pede proteção, humildade e aceitação. Um buscador de conhecimentos, novidades, experiências e de si mesmo. Para Nelson, não existe tempo ruim nem espaço para reclamações; a chave está em ir atrás dos sonhos, se permitir, fazer várias coisas ao mesmo tempo e deixar que as experiências se complementem. E, dessa forma, ele traçou o percurso, “pulando de galho em galho”, como diz, entrando pelas portas que se abriam, ao invés de lamentar as que estavam fechadas. Procurou não se aprofundar numa só temática, pelo contrário, optou por transitar entre diversos assuntos e soube explorar as várias habilidades profissionais que possui. As composições musicais não são poucas, tampouco saem de moda: “Bem Que Se Quis”, “Como uma onda”,”Coisas da Vida”, “Dancin’Days”; todas ainda hoje na boca das pessoas e na voz de
talentos da nova geração da música brasileira. Padrinho musical de Marisa Monte, Elis Regina, Daniela Mercury – entre outros; parceiro de Lulu Santos, Ed Motta, Djavan, Dorival Caymmi – entre outros, conviveu com figuras como o escritor Nelson Rodrigues, o músico Vinícius de Moraes, os jornalistas Glauber Rocha e Paulo Francis. Nelson dá muito “pano pra manga” nesse vasto tecido que é a história cultural brasileira. Difícil é recortar um pedacinho de assunto numa só reportagem em meio ao vasto conteúdo que a vida e as obras de Motta têm. Hoje, o maior produtor musical do Brasil deixou o posto de lado, está completamente dedicado à escrita e olha sem quase nenhum arrependimentos para os muitos ‘chãos’ que percorreu na caminhada profissional. Como o próprio Motta disse “A vida ensina que não se aprende a viver senão vivendo entre o não e o sim”. Nos últimos dez anos, o jornalista lançou três romances pop – “O Canto da sereia” (2002), “Bandidos e Mocinhas” (2004) e “Ao Som do Mar e à Luz do Céu Profundo” (2006), a biografia de Tim Maia, “Vale tudo – O som e a fúria de Tim” (2007), o elogiado “Força Estranha” (2010) e o mais recente “Primavera do Dragão – A juventude de Glauber Rocha” (2011). E quem »»»
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Obras de ficção O canto da sereia (2002) Bandidos e mocinhas (2004) Ao som do mar e à luz do céu profundo (2006) Força estranha (2010)
Principais produções musicais Elis Regina Marisa Monte Daniela Mercury Gal Costa
Principais parcerias musicais Lulu Santos Guilherme Arantes Ed Motta Rita Lee Erasmo Carlos Dorival Caymmi Marcos Valle
Canções de sucesso Como uma Onda Bem que Quis Coisas do Brasil Dancing Days Certas Coisas Tudo Azul Perigosa Sereia
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Talento, determinação, inteligência e sorte não têm época. Podem mudar todos os meios de chegar ao sucesso, mas esses prevalecerão.
acha que a jornada já está cansativa, se engana: aos 67 anos, Nelson ainda esbanja produtividade! Atualmente, ele está trabalhando como roteirista de um longa-metragem sobre a cantora Elis Regina, com quem viveu um romance, e escreve dois novos musicais: um sobre a discoteca Dancin’Days e as Frenéticas e outro sobre a vida de Elis. Longe dos holofotes, é filho de pais vivos, pai de três mulheres – Joana, do primeiro casamento, Esperança e Nina, frutos da união que teve com a atriz Marília Pera – e avô de duas meninas e um menino. Também é dono de Max, um gato com quem divide o apartamento em Ipanema, no Rio de Janeiro. Simpático e bem humorado, Nelson Motta conversou com a Revista Leal Moreira sobre arte, tecnologia digital, a relação com a escrita e a admiração que tem pela música e cultura paraenses. Existe algum fato específico que fez você querer trilhar pelo caminho musical? Meus pais sempre cultivaram em mim o gosto pelo futuro e a loucura por aprender – eles constantemente me estimulavam a buscar o novo onde quer que eu estivesse: nas artes, política ou no comportamento. E a novidade era a bossa nova! Eu que-
ria ser músico, violonista como Roberto Menescal, meu professor, mas meu talento não deu para tanto. Em compensação, aprendi muito sobre música, o que me ajudou quando fui ser compositor, crítico e produtor musical. Você acompanhou diversos momentos e transformações na música brasileira, o desenvolvimento do rock no Brasil, o movimento da bossa nova e produziu grandes cantoras, como Marisa Monte, Elis Regina e Gal Costa. Como você analisa o cenário da MPB atualmente? Hoje não tenho a menor vontade de me envolver na produção musical e não tenho acompanhado. Estou dedicado a escrever um roteiro de um filme e dois musicais de teatro. Têm alguns novos nomes que eu adoro, como Criolo, Roberta Sá, Maria Gadú, Léo Cavalcanti e as paraenses Gaby Amarantos e Lia Sophia. O que determina a carreira e o sucesso de um artista hoje, em comparação com o passado? Talento, determinação, inteligência e sorte não têm época. Podem mudar todos os meios de chegar ao sucesso, mas esses sempre prevalecerão. »»»
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Obras de não ficção Memória musical (1990) Nova York é aqui (1997) Noites tropicais (2000) Vale tudo – O som e a fúria de Tim Maia (2007) A Primavera do dragão (2011)
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O próprio tecnobrega, de Belém, criou um novo modelo de negócios na era digital, instituindo a pirataria de si mesmo como meio barato de popularizar artistas e fazer dinheiro com apresentações ao vivo.
A tecnologia digital aumentou a popularização da música na internet, trouxe a pirataria e mudou a forma de se ouvir e comercializar música. Você tem falado bastante a respeito desse processo... Fazer e consumir arte musical se tornou bem mais fácil e acessível, bastam talento e um laptop! Com a tecnologia digital, a música se banalizou, qualquer pessoa pode fazer música sem saber música. O comércio globalizado de música, legal e pirata, acabou com a ilusão de glamour da música popular e a vulgaridade se tornou um valor indispensável ao sucesso de massa. O próprio tecnobrega, de Belém, criou um novo modelo de negócios na era digital, instituindo a pirataria de si mesmo como meio barato de popularizar artistas e fazer dinheiro com apresentações ao vivo. O resultado é todo esse sucesso local, regional e até nacional, de bandas e artistas do tecnobrega que souberam conquistar milhares de consumidores ao vender, a preços acessíveis, a música que eles desejavam. Você é um escritor em tempos de internet. Como as duas coisas podem se misturar de maneira positiva? Me animo com desafios e novidades. Fico excitado quando vou trabalhar numa linguagem nova para mim. O importante é que meu trabalho possa
alegrar, divertir, emocionar, ajudar e esclarecer um pouco as pessoas; é a minha ambição máxima! Quando você olha para trás e vê todos os seus registros, sejam eles na música, literatura ou no jornalismo, qual é a sensação? Há muito tempo, fiz uma escolha: ao invés de mergulhar profundamente em um assunto, prefiro navegar superficialmente por vários. Se fosse obrigado a fazer uma só coisa a vida inteira, enlouqueceria de tédio. Sou um homem de superfície, o que não é nem bom nem ruim, é apenas uma característica. As nossas experiências se complementam As letras de música ajudam na escrita, a faculdade de designer, na formação de projetos, a vivência como crítico musical auxilia na produção de discos, a literatura na dramaturgia e o jornalismo ajuda em tudo! Há algum arrependimento? Nunca briguei com nenhum artista com quem trabalhei, pelo contrário, sempre fiquei amigo. Me arrependo apenas de ter perdido tempo com chatos querendo me mostrar músicas e que eu fizesse deles estrelas...(risos)...se bem que a praga continua...(risos). »»»
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foto Naiara Jinknss foto Taiana Laiun
De cima para baixo: Lia Sophia, Gang do Eletro, Gaby Amarantos e Felipe Cordeiro. Esses são alguns dos nomes que não saem do playlist do produtor Nelson Motta.
Existe algo que mais te marcou nesse trajeto? Minha sensação é a de que fui conduzido como uma onda no mar, algumas vezes surfando nela, outras, levando “caldo”. Não sou pessoa de “determinação cega”, entrei pelas portas que se abriram, ao invés de reclamar das que estavam trancadas. Além disso, sou um homem de muita fé! Os projetos atuais, quais são? Estou desenvolvendo o roteiro de um longa sobre a vida de Elis. Além disso, escrevo dois novos musicais – um sobre a discoteca Dancin’Days e as Frenéticas e outro sobre a vida de Elis Regina, dirigido pelo João Fonseca. Em entrevistas, você tem falado bastante sobre o seu encantamento pela música do Pará, especialmente pelos trabalhos de Gaby Amarantos, Lia Sophia, Felipe Cordeiro e Gang do Eletro. O que diferencia a música paraense e qual a importância no panorama da música brasileira? Foi o Hermano Vianna quem chamou minha atenção para esta cena, há uns quatro anos. Depois fui a Belém e conheci tudo aquilo – a maravilhosa Lia Sophia, Gang do Eletro, Felipe Cordeiro, a fabulosa Gaby Amarantos, Luê Soares, Félix, do La Pupunha, o produtor Waldo Squash. O Pará tem músicos incríveis, levadas diferentes, ritmos variados, forte influência caribenha. Eles têm um frescor e uma vitalidade! É atualmente a cena musical mais interessante do Brasil. Você já teve a oportunidade de conhecer Belém. O que te chamou atenção na cidade? A beleza da cidade, o carinho e a simpatia das pessoas – e principalmente o talento musical e diversidade. Claro, a cidade também é linda, a parte antiga, os sobrados, as igrejas, tudo bem conservado, melhor do que muitas capitais, como Salvador, por exemplo. Gosto de freqüentar as Docas. Provou algo da culinária típica? Sou alérgico a qualquer tipo de peixes e crustáceos, então fico prejudicado em Belém. Dançou carimbó? (risos) Nunca dancei nada! (risos) Fui dono de cinco discotecas, mas não gosto de dançar. Adoro ver as pessoas dançando e adoro música dançante... sentado, no meu lugar....(risos)
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TORRE PARNASO: Registro de Imóveis do 2º Ofício Belém PA – Livro 2 – J T. Matrícula 11.472 R.3, Protocolo nº 188.509, de 18 março de 2011. TORRE TRIUNFO: Memorial de Incorporação registrado no Cartório de Imóveis do 2º Ofício – Comarca de Belém – R.1/9099JL, em 26/3/2010. Protocolo 179.191. TORRES DUMONT: Memorial de Incorporação registrado no Cartório de Imóveis do 2º Ofício – Comarca de Belém – Livro 2-DX, mat. 29 Incorporação R.10, em 9/12/2010. Protocolo 185.757. TORRES FLORATTA: Memorial de Incorporação registrado no Cartório de Imóveis do 2º Ofício – Comarca de Belém – R1/8130JH, em 26/11/2009. Protocolo 176.465. TORRE VITTA HOME: Memorial de Incorporação registrado no Cartório de Imóveis do 2º Ofício - Comarca de Belém RG/9679JN, em 16/06/2010. TORRE VITTA OFFICE: Memorial de Incorporação registrado no Cartório de Imóveis do 2º Ofício - Comarca de Belém - RG/9680JN, em 16/06/2010. Protocolo 181.328. SONATA RESIDENCE: R03 M M 445 FLS 445- 25/10/2005, Cartório de Registro de Imóveis, 2º Ofício.
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Celso Eluan empresário celsoeluan@ig.com.br
SANEAMENTO SOCIAL O julgamento do Mensalão estava com cara de novela das 20h: as pessoas acompanhando com atenção e torcendo pelo mocinho; atores procurando o melhor desempenho; imprensa atenta e repercutindo tudo; apostas de como seria o final. Enfim, um autêntico folhetim. O país se compraz e dorme satisfeito com o resultado: os bandidos são condenados e o xerife é promovido. Há alento e esperança no ar; agora, somos um ‘país sério’, desacreditando De Gaulle. A Justiça se faz presente e os corruptos desaparecem. Mas, como nos contos de fadas, depois do final feliz, vem a vida real e o ‘felizes para sempre’ parece mais distante que o prometido. Sou dos que não assistem à novela e nem acreditam em final feliz, portanto sou cético quanto às mudanças que esse julgamento possa trazer ao Brasil. Não creio que algo vá mudar nesse quesito, pois as raízes estão submerisosas e muito bem fincadas. A começar pelo processo eleitoral, se o voto é um direito da democracia e você é obrigado a votar, tem algo errado. Em segundo lugar, vem o monstro burocrático do Estado, com tantos tentáculos, que mais parece um Big Brother, decidindo se podemos atravessar uma rua ou sobre o preço do feijão. Ironicamente, é essa tentativa de regular tudo que acaba propiciando o surgimento das vias indiretas para resolver os problemas: o nosso famoso ‘jeitinho’. Para ilustrar, um dia estava à mesa com alguns prefeitos e ouvi relatos interessantes. Muitas cidades do interior precisam contratar médicos a peso de ouro, já que, pelo maior salário oficial, não conseguiriam nem um curandeiro, muito menos um médico para atender a população do município. De onde vem a diferença para salários que facilmente ultrapassam R$ 20 mil e são múltiplos do próprio salário do prefeito?
Segurança pública é assunto do Estado, o município não tem e nem pode ter orçamento para esse gasto. Mas é comum o Estado designar um efetivo da PM para a localidade e pedir ao prefeito que providencie casa, carro e combustível para os policiais, pois não há disponibilidade de verba do Estado. De onde podem tirar esse custeio? Ou ficam sem policiamento? A legislação engessa tanto o administrador público, que qualquer compra de material ou serviço torna-se um infortúnio no Ciclo do Inferno de Dante. Muitas vezes, para acelerar um processo, acaba-se por criar atalhos tortuosos. Fica o dilema moral, segue-se toda a legislação e os prazos se esgotam e nada fazemos ou buscamos. A maioria, para não correr riscos nem assumir responsabilidades, prefere seguir a burocracia e explica-se por que tudo no âmbito do Estado é lento, ininteligível, enervante. Do atendimento nos hospitais, onde não há materiais básicos e médicos capacitados, à tortuosa e eterna lentidão judiciária, tudo fica prejudicado pelas amarras que a Lei impõe. Tem que se prevenir de tantas possibilidades de fraudes que os 99% dos bem-intencionados pagam pelo 1% de aproveitadores, para usar uma numerologia que os movimentos sociais gostam de citar. Até o momento, só citei casos em que não há má fé nem interesses escusos, tudo muito republicano. Mas, como diz o ditado, “onde passa boi, passa boiada”, se esses atalhos utilizados para prover o bem público são abertos, transformam-se em avenidas para aqueles de má fé. E mais. O poder executivo é vigiado e muitas vezes controlado pelo Legislativo. Se os nobres legisladores quiserem, param a administração pública e o ônus político é do executivo. E nem precisam usar atalhos, a legislação já é cheia de algemas para aprisionar quem quiser fazer algo. Nesse quadro, o
chefe do executivo tem que negociar se não quiser pagar os custos políticos da inanição, ou mesmo sofrer um impeachment. Eis aí o mensalão novamente. Por isso, sou descrente. Enquanto tivermos um Estado que movimenta quase 40% do PIB, essa onipresença é por demais tentadora. Certamente, enquanto estou escrevendo ou você está lendo, pelo menos 20% da arrecadação dos impostos está indo pro ralo da corrupção e esse julgamento nada mudou. Só mudará quando tivermos um estado menor e não mais cheio de leis e amarras que só sofisticam os golpes que solapam a própria legislação. Mas, para isso, você, leitor, terá que acreditar que não precisa do Estado para se intrometer em tudo na sua vida e não apenas ficar falando deste ou daquele político que provisoriamente ocupa aquele posto. O problema não é a pessoa – é o processo. Enquanto não acreditarmos nisso, ficaremos caçando corruptos como quem caça ratos no lixo. Ou retira-se o lixo, ou os ratos não desaparecerão. Para isso, quero lembrar do amigo Habib Fraiha, autor de um livro sobre a brava atuação de Oswaldo Cruz em Belém no início do século XX para debelar a epidemia de febre amarela. O renomado cientista teve que desalojar famílias, provocar muito desconforto, tal como já havia feito na capital da República de então, o Rio de Janeiro. Mas venceu a luta contra o mosquito transmissor e contra a epidemia. Da mesma forma, não se debela a corrupção apenas prendendo-se os corruptos ou corruptores, seria como matar o rato e deixar o lixo. Temos que debelar o transmissor e, para isso, é preciso acabar com o ambiente onde ele prolifera, um orçamento bilionário. E esse, como mostrou Oswaldo Cruz, não é um processo em que a Lei seja suficiente. É preciso muito sacrifício, luta e aceitação. Sem isso, não há final feliz.
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especial
Dentre os itens considerados “essenciais” à construção da autoestima feminina [e masculina], os sapatos encabeçam a lista e ambos os sexos não poupam neste quesito.
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Thiago Freitas
Dudu Maroja
Síndrome de
Cinderela
Eles podem ser sapatilhas ou saltos altos, em modelos para ambos os sexos. Quando o assunto é sapato, não há limites aos que consideram calçados indispensáveis à autoestima e há muito tempo, o assunto deixou de ser exclusividade “delas”.
F
oi um verdadeiro escândalo – de fazer inveja a um roteiro hollywoodiano. A primeira-dama de um país asiático, cuja população morria de fome e vivia na miséria, ganhou as primeiras páginas e manchetes de jornais quando o marido, líder da nação, foi deposto e teve de sair das Filipinas. O palácio onde ambos viviam foi revirado e nele encontrados milhares de pares de sapatos [muitos dos quais nunca sequer haviam sido usados]. Ainda nos closets de Imelda Marcos ,também foram encontrados perfumes e vestidos caríssimos, comprados, supostamente, com dinheiro público desviado dos cofres, segundo as acusações da época. Imelda Marcos tornou-se símbolo de um consumismo desenfreado. Após a revolta popular que depôs seu marido, o ditador Ferdinand Marcos, o casal foi exilado e, imagine a perplexidade dos revolucionários ao encontrar três mil pares de sapatos, número [com o perdão à seriedade dos eventos, à época] de dar inveja a qualquer consumista de plantão. Quase três décadas depois do golpe popular que pôs fim à ditadura dos Marcos, Imelda retornou às Filipinas [ao contrário do marido, que morreu no exílio] e montou um museu, em Marikina, onde estão expostos 770 pares de marcas como Gucci, Carles Jourdan, Christian Dior, Chanel, Prada e Louboutin. Da vida real para a ficção, outra personagem personificou essa compulsão por sapados: a co-
lunista Carrie Bradshaw, interpretada pela atriz Sarah Jessica Parker, do seriado Sex and the City. Para ela, os sapatos são uma espécie de amuleto que acompanham as angústias e felicidades do cotidiano. Achar o par perfeito é o lema de vida da personagem, que não mede esforços [e por vezes, nem o limite do cartão de crédito] em prol do “salto”. Ficção ou não, o estilista Manolo Blahnik [por quem a personagem Carrie Bradshaw nutre uma verdadeira admiração e, por que não dizer, a marca de predileção da própria] e fundador da famosa marca de sapatos que ostenta seu nome, certa vez afirmou que “sapatos são a maneira mais rápida de uma mulher conseguir uma transformação instantânea”. Verdade ou não, até hoje não se sabe ao certo o poder que esse item exerce sobre elas. Recentemente, o jornal inglês “Daily Mail” revelou uma pesquisa sobre o assunto e o resultado revelava que quase metade das 3 mil entrevistadas julgam outras mulheres pelo que elas estão calçando. A pesquisa relevou outro dado interessante: a estimativa de gastos com sapatos ao longo de uma vida, contando que uma mulher viva até os 70 anos, é de 16 mil libras, ou seja, quase R$ 43 mil. Para tentar descobrir o real significado dos sapatos e revelar algumas histórias curiosas, a Revista Leal Moreira convidou algumas pessoas a abrir seus closets e falar abertamente dessa paixão. »»»
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O poder de um salto alto. Declaradamente apaixonada por sapatos, a fotógrafa Noélia Neves possuiu uma coleção de aproximadamente 200 pares. Mesmo bem longe dos 3 mil modelos da filipina Imelda Marcos, a quantidade está acima do normal, mas a explicação está na ponta da língua. “Eu me considero uma mulher baixa e, quando estou de salto, sinto que os centímetros a mais me valorizam muito, além de me sentir mais sensual. Sou vaidosa e minha autoestima se eleva bastante. Um salto me deixa mais confiante, mais poderosa e muito mais feminina”, explica. Há alguns anos, por conta de um problema de saúde, ela precisou ficar alguns meses sem usar qualquer tipo de sapato alto, o que a motivou a tomar uma decisão sensível. “Hoje, se eu compro seis pares, separo três pra doar para alguém que precise. Um sapato pode mudar a vida de uma mulher”, revela. Noélia conta que todos os seus amigos já sabem dessa sua paixão e, nas datas comemorativas, o que ela mais ganha é, sem dúvida, sapatos “Meu closet virou uma espécie de museu. Todos que vão
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ao meu apartamento ficam namorando meus sapatos”, acrescenta. Contudo, a restrição pelo consumo desenfreado vem por parte dos familiares. “É inevitável. Meus pais brigam pelo exagero e sempre falam que é desperdício de dinheiro. No entanto, acabam me elogiando quando me veem com um salto lindo”, diz entre risos. Os modelos são os mais diversos possíveis: “tenho muitos diferentes, de trançar na perna, com brilhos, cores diferentes, mas o ultimo é um luxo, 21 cm que parece um cristal, todo transparente”, aponta. As várias formas de cada modelo, os saltos fascinantes e a própria moda em si,que é acompanhar as tendências, combinar e ‘descombinar’ com outros acessórios é, segundo Noélia, como fazer mágica com os pés. Ela já fez algumas loucuras para conseguir um par irresistível – a “extravagância” mais recente envolveu um par exclusivo do designer Fernando Pires, que custava cerca de 1.500 reais. Para comprar o tão desejado calçado, ela precisou utilizar seu poder de persuasão. “Logo quando o vi, fiquei apaixonada pelo modelo, mas uma mulher já tinha se apoderado. Então, me aproximei dela e
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Os 10 sapatos mais caros do mundo
1 – Christian Louboutin - Preço: $ 4.645 2 – Gucci - Preço: $ 3.750 3 – Gianmarco Lorenzi - Preço: $ 3.348 4 - Tabitha Simmons - Preço: $ 2.190 5 – Balmain - Preço: $ 2.725 dólares. 6 - Christian Louboutin - Preço: $ 2.445. 7 – Gucci - Preço: 2.295 dólares 8 - Rick Owens - Preço: $ 2,073.60 9 - Jimmy Choo - Preço: $ 1.995 10 - Giuseppe Zanotti - Preço: a partir de $2.000,00 Fonte: justluxe.com
comecei a falar que ele não era nada de exclusivo, pois na véspera estava num evento e tinham duas mulheres usando o mesmo modelo e da mesma cor. Ela pensou e largou o sapato na hora. Eu não pensei duas vezes, corri e paguei. Quando estava saindo, a mulher estava louca da vida porque percebeu o que fiz. Saí de mansinho”, relembra. A fotógrafa confessa que, até agora, esta sua paixão não lhe trouxe qualquer malefício, mas é preciso ficar atenta ao delírio do consumo. “Por enquanto, consigo lidar de forma saudável. Mas confesso que de vez em quando, faço algumas estripulias”, frisa, acrescentando que, em uma viagem para o Rio, ela trouxe mais de 20 pares na bagagem. Questionada sobre quais são os próximos pares para entra para a coleção, ela é categórica. “Todos pelos quais eu me apaixonar e meu dinheiro puder comprar”, brinca. Um modelo para cada ocasião Entre sapatilhas, rasteirinhas, saltos e sapatos sociais, a jornalista Ana Paula Azevedo possui mais de 100 pares. Ela conta que, desde criança, era
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apaixonada por qualquer tipo de sapato e, com o tempo, esse vício só foi crescendo. “Quando eu era pequena, eu via minha mãe se arrumando e ficava completamente encantada quando ela colocava um salto alto. Como toda a menina, esperava ela virar as costas e sempre experimentava alguns modelos”, relembra. Hoje, a jornalista transmite essa sua paixão para a sua afilhada, de apenas 10 anos. “Compro vários sapatos e sapatilhas para ela que simplesmente adora! Mas acredito que ela ainda não está na fase de usar salto alto”, pondera. Mesmo com uma rotina bem corrida, a jornalista não dispensa um belo par de saltos altos. “Mesmo com uma roupa simples, você coloca um salto alto e já consegue chamar atenção. Quando sei que vou ter que ficar muito tempo em pé, eu uso uma sapatilha básica, mas o salto sempre esta lá disponível para qualquer emergência”, revela. Segundo Ana Paula, não é possível afirmar que o motivo que leva as mulheres à compulsão por sapatos seja um só, mas a causa é sempre a mesma: uma fuga dos problemas reais. “Acho que o importante é saber o limite. O exagero definitivamente não é »»»
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O sapatos do estudante Felipe Quincó “têm histórias para contar”, segundo ele.
saudável. No mais, um par de sapatos sempre é bem-vindo”, acredita. Eles também amam sapatos? Para o estudante de arquitetura, Felipe Quincó, os sapatos têm o poder de contar histórias e relembrar momentos especiais. “A maioria dos sapatos que tenho compro em viagens, então, cada um me lembra um lugar, alguém ou alguma situação única. Nunca considerei fazer uma coleção, mas sempre amei comprar sapatos e sempre estou pesquisando novos modelos e marcas, dificilmente saio de um dia de compras sem um par”, diz Felipe, que contabiliza o número de pares em seu armário: 50 modelos. O estudante tem um carinho especial por todos eles e prefere os de cores mais claras e, acredite, eles estão sempre limpos. “Cuido muito bem deles! Sempre procuro comprar sapatos de cores e materiais variados para combinar com qualquer situação ou roupa que eu use. Sim, sou muito vaidoso e detalhista”, garante. Mas do que uma terapia, Felipe acredita que comprar sapato já foi e ainda é motivo de muita diversão. “Não acho que eu seja um consumidor desenfreado. Comprá-los não prejudica em nada a minha vida, então, a maioria das vezes que gosto
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do sapato, acabo comprando. Mas também não saio comprando sapatos loucamente por aí, compro quando gosto mesmo!”, diz. O estudante tem vários sapatos antigos que, segundo ele, sempre são os mais confortáveis, o que dificulta o desapego. “Quase todos os sapatos que tenho, sei onde comprei e quanto custou. O mais antigo é um mocassim bege e azul. Toda vez que calço, vejo que ele já está superantigo, mas não consigo me desfazer dele. É conforto total”, detalha. O vício por sapatos vem de família e foi um traço herdado do pai, o empresário Edgar Quincó. “Ele é um homem extremamente vaidoso, sempre anda impecável e combinando tudo. Acho o máximo e admiro isso nele, pois, apesar da vida super corrida, sempre viajando, ele sempre está arrumado elegantemente sempre. Meu pai é meio exagerado e tem muitas roupas, sapatos... e fui criado assim...”, conta Felipe, que explica ainda que seus familiares já estão acostumados. “Todos encaram isso normalmente, meus primos e eu sempre estamos mostrando as novidades adquiridas uns para os outros”, acrescenta. O interesse por sapatos, até um tempo atrás, era exclusivamente feminino. Felipe acredita, porém, que o homem contemporâneo se tornou cada »»»
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vez mais vaidoso, e isso fez com que a indústria da moda ficasse superaquecida. “Hoje, o homem encontra uma variedade enorme de acessórios e roupas, e isso faz com que ele também ceda e acabe comprando um pouco mais, como a mulher. Há opções de sapatos de várias cores, modelos, materiais e isso faz com que ele perceba que não existe só sapato preto de bico quadrado para usar”, completa. Para os amigos e familiares, Felipe deixa uma dica para os presentes de fim de ano. “Estou de olho em um Stubbs & Wootton e, claro, sapatos da Zara, modelos lindos!”, ri. Compradores compulsivos. Segundo a psicóloga e neuropsicóloga Márcia Araújo, doutoranda em “Teoria e Pesquisa do Comportamento”, o desejo em si é saudável. A questão é não deixar que ele se torne patológico. “O malefício surge quando há um descontrole do impulso de consumir, o que pode caracterizar uma compulsão. Muitos compradores compulsivos têm distúrbios de humor, ansiedade excessiva e depressão”, analisa a profissional que acrescenta que as “crises” de consumo podem ser desencadeadas por perdas afetivas ou situações que estimulem o sentimento de menos-valia. Até os dias de hoje, há pouco consenso sobre o tratamento apropriado para o comprador compulsivo. No entanto, alguns estudos indicam que as técnicas da terapia cognitivo-comportamentais podem ser úteis. “Elas incluem geralmente três componentes principais: habilidades de resolução de problemas para ajudar a gerar respostas diversificadas ao estresse, técnicas de reestruturação cognitiva para corrigir os pensamentos irracionais associados ao comportamento impulsivo e a prevenção de recaídas para ajudar a identificar situações de alto risco e gerar planos alternativos”, detalha a psicóloga que frisa que, em alguns casos , pode haver a necessidade de terapia medicamentosa. Não é fácil conviver com uma pessoa que apresente um comportamento compulsivo, dessa forma, é primordial a busca por informações sobre o problema, aprender o máximo sobre o transtorno, suas causas e seu tratamento. “Alguns não aceitam serem portadores de algum problema, julgam-se capazes de controlar o impulso na hora que quiserem e não procuram ajuda. Família e amigos podem ajudar ao mostrar a necessidade de tratamento”, completa Márcia. A fotógrafa Noélia Neves assume que cometeu loucuras para ter os tão desejados saltos em mãos.
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Camadas reveladoras
O fotógrafo Dilermando Cabral revela impressões escondidas sob camadas de cores. As pesquisas pessoais renderam belíssimas imagens do cotidiano
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uarenta anos de fotografia ainda é pouco para Dilermando Cabral. Dotado de muito talento, curiosidade, obstinação e alguma sorte, o fotógrafo nunca desperdiçou uma porta aberta. A disposição para experimentar caminhos novos e a coragem de abandonar os antigos fizeram dele um dos profissionais mais versáteis de Belém – e, provavelmente, um dos que mais tem história para contar. A relação com as imagens veio de muito cedo, mais por conta da imaginação do garoto do que da vontade profissional. Observador e inventivo, folhear álbuns de fotografia era a principal diversão de Cabral na infância, fato ao qual ele atribui suas primeiras percepções no ramo. “De seis filhos, eu era o único homem. Não tinha companhia para brincar. Meu passatempo era abrir as gavetas onde meu pai guardava os álbuns de fotos”, conta. “Passava horas deitado, observando aquelas imagens, viajava em cima de cada foto que eu olhava”. Um pouco mais tarde, em meados da década de 70, viajou de férias para o Rio de Janeiro com a mãe. Na ocasião, o pai deu um dinheiro para que ele comprasse um presente para si. Escolheu uma câmera. “Ela era tosca, de plástico. O resultado era terrível, eu não tinha nenhuma noção e a máquina não ajudava”, ri com a lembrança. Foi o primeiro passo em direção à carreira que lhe motivaria a dedicação de uma vida. As condições ruins não o impediram de registrar tudo o que via pela frente. Ao contrário: o instigou a fazer melhor. Pegava emprestada a máquina da irmã, a câmera do pai, e ia experimentando. Passaram-se uns anos até que veio o primeiro convite profissional. “Um amigo
publicitário viu umas fotos minhas e me convidou pra fazer uma série de fotos para uma campanha publicitária. Não pensei duas vezes”. Enquanto trabalhava nas imagens comerciais, seguiu fazendo seus próprios registros. Não tardou muito para que chamasse atenção de outro importante nome da comunicação: em 76, após um convite, assumiu o cargo assistente de cinegrafista em uma emissora de TV local, recém-inaugurada. Lá, vivenciou várias funções completamente novas. “Fui operador de moviola, cheguei a editar material, trabalhei no laboratório, aprendi a revelar filme de cinema, fui pra câmera de estúdio... um curso prático completo”, diz. Dois anos depois, veio um novo convite da mesma empresa. Dessa vez, para atuar como repórter fotográfico no jornal impresso. Mais uma vez, disse sim. Com apenas 19 anos, passou por todas as editorias. “Fiz social, polícia, matérias especiais, cultura... Ali foi minha faculdade de jornalismo”. Ficou lá por pouco mais de um ano. Depois, voltou para a Mendes Publicidade, cujo estúdio de fotografia ficou sob sua responsabilidade. Nesse trabalho, ganhou prêmios e know-how para montar seu próprio estúdio, além de dedicar tempo para as pesquisas e interesses pessoais. O conforto da vida menos corrida não foi argumento bom o suficiente para manter Dilermando afastado da correria do jornalismo. Com a queda do mercado publicitário em meados da década de 80, começou a fazer alguns trabalhos para a sucursal da Veja. Em 85, foi convidado a ficar na editora Abril, no lugar de João Ramid, após sua transferência para o sudeste. Novamente, o “sim” foi a resposta imediata. “Foi uma experiência »»»
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A Praça Batista Campos ganhou contornos surpreendentes, após exposição à uma lente infravermelha
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Nas duas imagens acima, as escamas do pirarucu, o gigante vermelho da Amaz么nia. Ao lado, mais resultados do uso da lente infravermelha.
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desgastante, complicou até meu casamento. Eu cobria muitos problemas agrários, precisava viajar... Tive que adiar o batizado da minha filha mais velha quatro vezes”, relembra. Três anos depois, saiu. Cansado e sentindo falta da família, resolveu retomar o estúdio, onde ficou até que recebesse o “chamado” [mais um] do fotojornalismo, área em que atua até hoje. Perguntado sobre o que o levou a aceitar todos os convites que recebeu, Dilermando responde de um jeito simples, porém sábio, que “toda experiência nova vale a pena. Tive oportunidade de conhecer outros lugares, de aprender linguagens diferentes entre publicidade, cinema, fotojornalismo...”. As diferentes áreas de conhecimento lhe proporcionaram pluralidade – além de um acervo documental valioso. “Tenho muito material da Amazônia, milhares de negativos arquivados, muitas fotos inéditas”, orgulha-se, mais ainda por perceber que tudo é resultado do seu próprio esforço e do aproveitamento das chances que teve. “Me virei. Comprei meu primeiro equipamento com dinheiro emprestado, somado aos bicos que fiz fotografando casamento, batizado... antigamente era assim. Não tinha curso de fotografia no Brasil. Você tinha que ser autodidata e encontrar portas abertas”. A falta de fonte de aprendizado teórico, aliás, nunca foi um obstáculo definitivo para o profissional. Apesar dos poucos livros e referências, a pesquisa sempre foi parte forte de seu trabalho – e seu meio de nunca estagnar. Um forte exemplo disso é que ele foi o responsável pela montagem do primeiro laboratório colorido do jornal O Liberal, ainda manual, abrindo as portas para a era da digitalização fotográfica – um sistema que durou anos, até a modernização »»»
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completa do parque gráfico. “Ficaria muito caro sustentar um minilaboratório tecnológico porque ele teria que ser terceirizado, então, montamos esse. E, modéstia à parte, foi o melhor. Um laboratório excelente, de custo reduzido, onde poderíamos ampliar fotos de qualquer tamanho”, explica. O espaço facilitou bastante o trabalho e fez surgir a figura do editor de fotografia em Belém. “Os fotógrafos tiravam várias fotos iguais e todas eram reveladas, porque estavam no mesmo filme. Muito dinheiro estava sendo desperdiçado. Compramos um Fujix, um aparelho que ligava na televisão. Cortávamos o negativo de seis em seis fotos e projetávamos na TV. Só a foto escolhida era revelada, no nosso próprio laboratório”. A curiosidade, a ousadia e o interesse pelo novo foram fatores determinantes para os resultados que Dilermando alcançou em seus projetos pessoais. Sistemas de solarização por filme, inversão de fotografia por traço, fotografia infravermelha e grafismos são algumas das refinadas técnicas que o fotógrafo descobriu e passou a dominar, após muita obstinação e experimentalismo. “Sofri muito para chegar a esse ponto. Não tinha ‘sites de busca’ para perguntar como fazer”, diverte-se. A fotografia com infravermelho, por exemplo, é a mais trabalhosa. “Levei dias para descobrir que infravermelho só rende bem com a máquina no tripé, longa exposição, com o ISO lá embaixo”, explica. E esse está longe de ser o único elemento de dificuldade: “o outro ‘porém’ é que, quando a foto aparece no computador, ela é totalmente vermelha. Você tem uma foto vermelha, que é colorida por baixo. Aí tem que equalizar todos os espectros luminosos, indo e voltando, até chegar a um bom resultado. Vai trabalhar nos canais de cores”, ensina. O processo é demorado: horas por foto, às vezes até dia. “Mas o resultado é único”. Já o grafismo, material criativo que também é recorrente nos seus trabalhos, é fruto de um critério mais empírico: “grafismo está em todo lugar, deixa a minha mente aguçada. Por exemplo, estou aqui, conversando com você, e »»»
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Veja mais imagens exclusivas do fot贸grafo Dilermando Cabral.
Leia mais
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começo a ver grafismos no ambiente”. As fotos feitas com essas técnicas, de visual impressionante, vêm servindo de teste para um projeto maior – que ainda está em fase de planejamento. Cabral planeja mesclar os conhecimentos em uma expedição dupla. “Quero ir ao Marajó, fazer o levantamento da vida do caboclo, do vaqueiro marajoara. Depois, irei à Austrália, fotografar o cowboy do deserto australiano. Quero traçar um paralelo entre os segmentos”, empolga-se. “O que eu quero mostrar é que, apesar das culturas e dos lugares diferentes, os hábitos são universais. O ser humano é um só”. A ideia surgiu depois de uma série de viagens feitas em 2003, em que ele pode observar esses aspectos das pessoas. “Fotografei pessoas em Nova Iorque por 20 dias. Depois, passei um mês viajando de ônibus pela Europa registrando os costumes. O último lugar foi o Japão. É impressionante como o ser humano leva uma vida de formiga”, comenta. O novo projeto está no aguardo de patrocínio, e depois deve gerar uma exposição. Dilermando destaca o saldo de todos os anos voltados para a fotografia: “alegrias, coisas hilárias, coisas tensas, experiências incríveis, condições lamentáveis...”. Espectador das mudanças ocorridas no mundo e na sua própria profissão, ele defende que a modernização não é vantajosa para o ramo caso limite o profissional. “A fotografia cresceu, mas se banalizou. Qualquer um pode com- »»»
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Os detalhes, que geralmente passam despercebidos, ganham cores e destaques nas obras de Cabral. prar qualquer câmera. Isso é ótimo, por um lado. Desperta o interesse nas pessoas. Mas a era digital não está fazendo grandes fotógrafos. Hoje, tem muito programa que ajuda, mas a real ferramenta do fotógrafo é o conhecimento de laboratório, a criatividade”, acredita ele, que também afirma que o fotógrafo tem que saber fazer sua própria revelação. “Antes, a gente tinha que saber de muita coisa: densidade, temperatura, tipo de papel... Eu, por exemplo, fazia meus reveladores, fazia sépia com a mão, lavava a foto com sal para não amarelar”, conta. Na opinião dele, é função dos profissionais mais antigos repassar esses pequenos truques para os mais jovens, que não os descobriram empiricamente. E arremata “é uma bobagem não ensinar os macetes que a gente aprende. Quem pensa que não deve, já não é um bom fotógrafo”. Sobre o mercado brasileiro, Cabral demonstra certo ressentimento. A desvalorização do profissional de fotografia, a seu ver, transforma o retrato em uma arte marginalizada. “Fotografia é tão arte quanto uma pintura. É triste que, no Brasil, não se veja assim. Aqui, ela não tem o mesmo valor que na Europa, nos Estados Unidos. Eles sim valorizam a arte”, opina ele, que negocia fotos para bancos de imagem no mundo todo. Para Dilermando, respeitar a linguagem da grafia com luz é respeitar a história da humanidade. “A foto será, no futuro, o que as pinturas rupestres foram na pré-história. É como o homem do futuro vai ver quem nós fomos”, defende, com a autoridade de quem – por quarenta anos – viu o mundo (e a fotografia) mudar. www.revistalealmoreira.com.br
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Ru mo
Da Redação
400
Dudu Maroja
anos
A Revista Leal Moreira abre suas portas [e páginas] para um movimento de resgate do amor a Belém. Na rota que nos conduz aos quatro séculos de existência, o primeiro entrevistado de uma série de reportagens especiais é o prefeito eleito, Zenaldo Coutinho.
N
o dia primeiro de janeiro de 2013, um novo prefeito assumirá a gestão da capital paraense. A contagem regressiva, a partir daí, está deflagrada – mais três anos e Belém será uma senhora “quatrocentona” e o prefeito eleito, Zenaldo Coutinho, estará à frente do maior município [em número de habitantes] do estado. A expectativa é enorme, pois quem é belenense [por origem ou adoção] anseia por ver sua cidade recuperar o viço de outrora, quando vivenciou o ciclo da Borracha, que legou a Belém o epíteto de “francesinha do Norte”, tal era sua semelhança com a Paris do mesmo período e de um arrojado planejamento do intendente-geral [cargo equivalente ao do prefeito nos dias atuais], à época, Antônio José Lemos [1897 a 1912]. Na aurora do século XX, Lemos, considerado por seus estudiosos um político hábil e homem sensível, era um visionário, uma vez que iniciou as políticas públicas higienistas [saneamento básico] e mandou reformular o Código de Posturas do Município. A revolução urbana foi o gatilho inicial que movimentou outras revoluções: sanitárias, arquitetônicas e comportamentais. A elite usava fraque, cartola, vestidos sobre numerosas anáguas, chapéus e luvas. No esplendoroso Theatro da Paz, companhias europeias encenavam espetáculos que não chegavam ao Rio de Janeiro, então capital do
Brasil. As sessões do Olympia [a mais antiga sala de cinema ainda em funcionamento no país] eram o ponto de encontro da high society paraense. E Lemos, maranhense de nascimento, porém com um amor incondicional por Belém, foi, talvez, o grande responsável pela revolução que Santa Maria de Belém do Grão Pará viveu naqueles dias. O intendente, entretanto, não estava só. Para suprir a ausência de estudo e o peso de um sobrenome tradicional [Antônio Lemos só possuía o liceu – o ensino médio dos dias atuais, mesclado ao ensino profissionalizante – e chegara a Belém como taifero da Marinha do Brasil], cercou-se de nomes importantíssimos das ciências e de intelectuais que o ajudaram a levar em frente seu projeto visionário. O tempo não foi generoso com a cidade. O belo projeto de Lemos foi engolido pela decadência, pela ausência da continuidade de seus planos. A cidade explodiu e, portanto, cresceu desordenadamente. Não havia estudo para abrir ruas e elas foram abertas como feridas expostas. A cidade deu as costas para o rio – a orla da cidade [talvez um dos maiores ressentimentos e críticas habituais de seus moradores] foi tomada por ocupações irregulares. A Revista Leal Moreira “abre suas portas” pela primeira vez, em quase dez anos de existência, para o gestor da cidade falar so- »»»
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Em meio ao caos, Belém ainda guarda símbolos que remetem à abundância [ e melhor tratamento] de tempos passados, como os túneis das mangueiras e o mercado de São Brás.
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bre seus planos para Belém. O motivo? A “Feliz Lusitânia” precisa voltar a sorrir. E foi com esta proposta – ouvir as intenções do prefeito eleito – que convidamos o advogado Zenaldo Coutinho, 51 anos, a inaugurar a série de matérias especiais que a RLM fará sobre os caminhos que nos levam aos quatro séculos, pelos próximos três anos. Como cidadão belenense e usando uma frase que o senhor usa em seu plano de governo, como devolver o título “Metrópole da Amazônia” para Belém? Tem que ser um conjunto de ações, ações estruturantes, de políticas públicas de inclusão social e de envolvimento com a comunidade e o povo em geral. Isso passa pelos serviços públicos e eu vou citar o mais simples: limpeza pública, que é fundamental. Belém não é uma cidade limpa. E isso passa pela questão, obviamente, da saúde pública. Passa igualmente pela valorização da nossa cultura, que tem uma riqueza extraordinária e precisa ser valorizada, induzida, apoiada... evidenciada. Passa pela identificação, estímulo, valorização e aprimoramento dos nossos talentos, de áreas como esporte e educação. Uma cidade tem que ter evidenciada sua identidade e isso decorre de sua cultura,
de sua história e também do momento que se vive, do que está se produzindo na cidade – aí entra a cultura, entra o esporte... a gastronomia. Como nós queremos retomar o título de “Metrópole da Amazônia” se nós somos a pior capital em termos de arborização no país? Como compreender uma cidade, na Amazônia, sem árvores? Imagino, por exemplo, aos quatrocentos anos, que já tenhamos a nossa “Bienal das Artes”. Ah, então o senhor pensa em uma Bienal das Artes? Sim. Começaremos no final do primeiro ano e teremos um grande momento em nossos 400 anos. Tem que ser uma cidade onde as pessoas se sintam, na rua, estando na própria casa. A gente precisa ter essa ‘patrimonialização’ coletiva da cidade. Como incutir esse sentimento em nossa gente? Diria que, quando a gente tem o poder público prestando seus serviços com regularidade, com eficiência, teremos a boa contaminação, o bom contágio para envolver as pessoas na contraprestação desses serviços. Vou te dar um exemplo: no shopping center, ninguém joga lixo no chão. Pri- »»»
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meiro, porque o chão está limpo; segundo, porque tem gente olhando; terceiro, porque eu não vou passar vergonha; mas, na rua, as pessoas jogam o lixo no bueiro e por várias razões: a cidade não está limpa, a rua está suja, ou seja, não se sente o compromisso com a qualidade daquela rua, pois não tem ninguém olhando. O senhor não acha que essas situações sejam um reflexo da nossa pouca auto-estima? O paraense tem muito orgulho de ser paraense. O que precisamos é transformar esse orgulho em nossas práticas cotidianas. E isso passa do poder público para o cidadão. O senhor pensa em estimular algum tipo de campanha para valorizar esse sentimento? Nós precisaremos ter, dentro de Belém, movimentos culturais – e não somente do material, do patrimônio palpável – em prol do prazer de morar em Belém, de sermos partícipes da história. Como prefeito, quero ser um grande mobilizador, quero atrair e mobilizar pessoas, as comunidades a me ajudarem a fazer isso. E quero começar com as coisas simples: uma cidade limpa, com jardins bonitos, bem cuidados. Consolidar parcerias com a sociedade civil – a exemplo
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dos “amigos da praça Batista Campos”, que vigia, cuida... Se a gente conseguir estabelecer essa corresponsabilidade com a qualidade de vida na cidade, teremos uma cidade melhor. E é nisso que aposto: a união do povo, neste momento de reconstrução, será fundamental. E o que pensa o cidadão Zenaldo? O que tem de melhor em Belém? E o que mais o entristece, ao ponto de o senhor achar que é algo que deve ser trabalhado urgentemente? O que eu mais gosto em Belém é a gente de Belém. É o que mais me dá alegria; o nosso povo, que é extremamente acolhedor, alegre, orgulhoso de ser paraense. Lembro que foi esse mesmo povo que foi às urnas votar contra a divisão do Estado. 96% dos belenenses disseram “não” à divisão do Pará em um claro apoio à nossa unidade. Outra coisa que me encanta em Belém é o nosso patrimônio histórico e arquitetônico, nossos prédios, nossa cidade velha, a nossa culinária. Eu adoro comer bem (risos). Encanta a água que banha a cidade, nossos rios, a possibilidade de a gente poder retomar essa ligação com a água, com o rio. Quer um aspecto interessante? O belenense não tem o hábito de passear de barco no rio. Para os
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ilhéus, esse é o meio de transporte do dia a dia, mas, para quem vive no continente, é algo fora do comum. Meu objetivo é criar linhas do que eu vou chamar de “ônibus do rio”, vários pequenos portos, interligados às paradas de ônibus, fazendo transporte intermodal, de modo que você possa sair do Jurunas para o Guamá em um ônibus de rio, ou seja, podemos ter um transporte complementar do rio, integrado ao transporte rodoviário. E o que o entristece em Belém? A falta de cuidado com a nossa cidade, ver crianças e jovens dependentes químicos, morando nas ruas, mendigando a sobrevivência deles. Me entristece muitíssimo uma saúde que não funciona, ver gente morrendo na porta do Pronto-Socorro. Aí a gente vê, de maneira generalizada, o mau trato multiplicado, a violência... O senhor mencionou Lemos, um dos gestores mais apaixonados por Belém, portanto, não posso deixar de perguntar sobre nossas mangueiras... Há que se lembrar que, na época do Lemos, Belém vivia o apogeu do ciclo da borracha: a cidade recebia grupos de ópera que não iam para o Rio de Janeiro, por exemplo; as famílias de posses mandavam lavar suas
roupas em Paris... Lemos, portanto, é uma referência importante. Atualmente, temos um trânsito caótico e até hoje a cidade não tem um plano viário global, é um absurdo! A questão das mangueiras, embora você coloque como um problema pontual, entendo ser um problema simbólico – as mangueiras, as calçadas, as pedras portuguesas, as pedras de lioz, a nossa cidade velha... Ou a gente leva as mangueiras para toda a cidade e retoma o conceito de “cidade das mangueiras”, ou cuidamos dos exemplares centenários que ainda temos, ampliando, com essências nativas, a arborização da cidade. Até porque as mangueiras, embora sejam lindas e sirvam de alimento pra muita gente, são exóticas – a mangueira veio da Índia. E nós temos também belas e grandes árvores daqui da região que poderiam ser plantadas. Mas é prioridade iniciar a arborização – é impensável que a capital do Pará detenha o título de capital menos arborizada no Brasil.
Baixe e leia o plano de gestão do prefeito eleito Zenaldo Coutinho.
Leia mais
Há uma grande expectativa acerca de sua gestão, afinal, o senhor estará à frente da prefeitura quando Belém completar 400 anos. Quatro anos, entretanto, é um período muito curto para sanear o passivo e ainda pensar em soluções para o futuro. O senhor está trabalhando com metas factíveis? »»»
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Os casarios, muitos dos quais datam de séculos anteriores, precisam de cuidados urgentes. O tempo não foi generoso com o patrimônio histórico e arquitetônico da cidade. Ao lado, o mercado de carne Francisco Bolonha e o relógio, todo em ferro, no Ver-O-Peso.
Eu tenho essa consciência e, durante a campanha, deixei claro que não conseguiria resolver tudo em apenas quatro anos, mas farei o máximo possível. Tanto que, desde o resultado das eleições, já entrei no processo de transição: quis me apropriar de informações, não tirei folga, nem me permiti uma semana de férias (risos). Tenho conversado com outros prefeitos, inclusive, e visitado outros exemplos [de fora] de sucesso. Já fiz reuniões sobre o BRT, a Estrada Nova, saúde, educação. Eu tenho a esperança de, ao final dos meus quatro anos à frente da prefeitura, dizer “falta muito, mas muito já foi feito”. Essa é minha expectativa. Seus planos para a educação ... Ampliar e melhorar a educação fundamental, fazendo gradualmente a entrada do tempo integral. Investir na qualificação profissional é fundamental – que a gente consiga instituir a escola técnica municipal, instituir vestibular de excelência para os alunos de ensino público, além ampliar o número de creches. Seus planos para a Saúde... Começar com a ampliação do programa
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“Saúde da Família”. Colocar para funcionar corretamente os postos de saúde e prontos socorros com remédios e médicos. Inicialmente, essas são minhas prioridades. Em seguida – e eu até já articulei uma emenda com a bancada federal – a construção do Pronto-Socorro de Icoaraci, onde há uma das grandes demandas e já no ano que vem construir duas UPAs. O que o senhor pensa para o patrimônio histórico e arquitetônico? Estimular a iniciativa privada e que a gente possa preservar o patrimônio. Retomar alguns contatos que foram suspensos e cancelados com o BID, o programa “Monumenta” e com o Ministério da Cultura. Para a cultura... Quero que tenhamos nossa “Bienal das Artes”. Apoiar a cultura popular. Tenho o projeto de fazer o Teatro Municipal de Belém. Dar evidência aos nossos talentos locais, aproveitar esse momento em que Belém tem as atenções da mídia e fazer com que a prefeitura também seja partícipe desse movimento, e, ainda, trabalhar junto com o Governo. E vamos lembrar que temos mo-
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vimentos locais naturais: nossas quadrilhas, os bois, os pássaros, o carnaval de rua e precisamos encontrar locais para que eles possam ser exercidos. O senhor nunca cogitou dar ao mercado de São Braz uma destinação como um grande centro gastronômico? A exemplo de outras capitais, como São Paulo, Curitiba..? Já conversaram comigo a respeito. Outra ideia é de que ali pudesse ser o Teatro Municipal de Belém. Mas é importante lembrar que lá há uma ocupação comercial, pelo menos quinhentas pessoas trabalham e tiram o sustento de lá. Mas, para isso, é preciso pensar em outras alternativas, dar um outro local para que essas pessoas possam trabalhar ou colocaremos 500 famílias em risco. Ainda não amadureci essa ideia, mas é prioridade dar dignidade àquelas pessoas. Nos seus raros momentos livres, como o senhor aproveita seu tempo? Gosto de passar meu tempo com minha família. Gosto de jogar tênis, futebol. Gosto de ler. Tenho múltiplos prazeres, graças a Deus. Gosto de escrever e até tenho livro de poesias publicado. Também sou fotógrafo amador [risos].
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eu Belém
Da redação Nas próximas edições, e pelos três anos que nos separam do aniversário de 4 séculos de Belém, a equipe que faz a Revista Leal Moreira também vai discutir e sugerir soluções para que nossa cidade volte seja o que sempre sonhamos [e o que ela merece]. Nesta estreia é desejo coletivo que os belenenses tenham pelo patrimônio “público” o mesmo amor que dedicam à sua própria casa. Que façamos de nossas ruas e mangueiras lugares mais cheios de amor e pratiquemos o zelo!
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Steve Jobs, Mick Jagger, o lutador Anderson Silva, alĂŠm de imagens de trabalhos e lugares cotidianos - as formas se revelam para o arquiteto Joaquim Meiira.
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Alan Bordallo
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O arquiteto Joaquim Meira fala de um hobby recém-descoberto e exercitado cotidianamente: impressionantes e delicados traços feitos no tablet
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Agora todo mundo é artista”. Essa é uma das frases mais proferidas depois que as redes sociais [Instagram, de preferência] viraram verdadeiras “galerias” para “obras” virtuais. Esse era um dos pensamentos que poderia também ocorrer ao arquiteto Joaquim Meira, de 35 anos. Ele confessa que não conseguia entender o que levava uma pessoa a investir centenas de dólares, ou muitos reais, em um iPad, por exemplo, se o objetivo fosse somente o de observar fotos. “Isso daí é inútil para mim”, pensava Meira. Até que em janeiro de 2012, um objeto de 9,5 polegadas de altura, 7,31 de largura e uma espessura de 9,4 mm caiu em seu colo. Era o famigerado iPad, o tablet da Ap-
ple. Para Meira, a comparação entre o iPad e uma folha de papel foi inevitável – o formato e a interação com a interface fisgaram o arquiteto. “A gente toca nisso pela primeira vez e percebe que se trata de um produto de altíssima tecnologia, que, apesar de não vir acompanhado de um manual de instruções, sabe-se como mexer perfeitamente”, diz, sem esconder o encanto que o universo eletrônica e suas múltiplas possibilidades lhe causaram. De posse do iPad, Meira passou a exercitar sua criatividade em várias vertentes, utilizando aplicativos do tablet para desenhos profissionais e croquis e para incursões pessoais no campo artístico. A ideia de carregar debaixo do braço um instrumento que permitisse, por exemplo, »»»
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desenhar livremente, conservando o traço que aprendeu na arquitetura, acrescido de elementos de pintura como aquarela - com um peso aproximado de 652 gramas - reativou em Joaquim paixões e hábitos antigos, como o gosto pela arte. “Posso levar meu iPad e sentar numa praça para desenhar uma igreja sem ter que levar pincéis, cavaletes, tintas, sem sujar as mãos. É como resgatar um hábito ancestral”, compara. A arte, aliás, sempre foi um tema presente na vida do arquiteto. Aos seis anos, começou a formar um arcabouço artístico e cultural com visitas frequentes ao tio Rui Meira, o artista da família. Na casa do parente, ele costumava pintar, moldar argila e “fazer arte”, de modo bem característico, como só as crianças bem sabem. O pai, Aurélio Meira, era consumidor e entusiasta das artes. Sua casa sempre foi frequentada por artistas e as discussões interessavam os ouvidos atentos de Joaquim. A escolha pela arquitetura, que normalmente atiça a sensibilidade adormecida de quem a pratica, refletiu o interesse de Joaquim pela expressão de formas bonitas. Durante seu crescimento, ele exercitou seu
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olhar sob várias formas de expressão: gostava de pintar, fazer aquarela, esculpir, fotografar. Mas, em determinado momento, todas essas práticas foram deixadas em segundo plano, ofuscadas por compromissos profissionais. “Só quando peguei este ‘troço’, fui me reinteressar por esse mundo”, diz, esnobando e desdenhando do iPad, em uma manifestação velada de sua dependência do objeto. “O Steve Jobs é realmente o pai e o rei das inutilidades indispensáveis. Basta consumir um pouco do ‘ópio’ da tecnologia para veres o quanto aquilo é necessário para ti. Quando estou sem o iPad, me sinto até agoniado. Parece que não tenho nada para fazer”, confessa. A abstinência que Joaquim demonstra provém da intensidade de sua relação com o instrumento. Como se trata de um dispositivo portátil, qualquer hora é hora e qualquer lugar, lugar para usar. O primeiro desenho que ele fez no iPad, aliás, usando o aplicativo “Paper” surgiu do nada. “Nunca tive interesse em desenhar figuras humanas, mas um dia, olhando o aparelho, vi que a tela tinha dimensões parecidas com as de um retra-
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to. Então, uma vez, de memória, resolvi fazer um desenho de um arquiteto depois de ver o documentário do Álvaro Ciso. Comecei a riscar e, quando vi, saiu o rosto. Dali em diante, comecei a fazer de várias pessoas. A inspiração vem de qualquer coisa cotidiana”, diz ele, que normalmente utiliza uma foto para reproduzir graficamente. Em sua galeria, estão ilustres e desconhecidos: Joaquim desenhou colegas, parentes e seus animais de estimação, além de celebridades, como o roqueiro Mick Jagger, o poeta Vinícius de Morais, o lutador Lyoto Machida, o físico Albert Einstein. Os retratos se juntam a outras gravuras. Desenhos vetorizados de paisagens cotidianas, como a passagem da Berlinda de Nossa Senhora de Nazaré, durante a procissão do Círio, dividem espaço com projetos e croquis arquitetônicos. Fotos despretensiosas de paisagens urbanas, com a intervenção de Joaquim, se transformam em ambientes soturnos, pouco iluminados, que lembram cenas de filmes de terror ou suspense. Qualquer coisa pode se tornar alvo da intervenção de Joaquim quando o arquiteto
tem no colo seu inseparável iPad - e qualquer tempinho livre de suas obrigações. “Isso é o ócio criativo visto de uma outra maneira. Quando desenho ou manipulo imagens, faço isso sem pretensões. Às vezes, a pretensão é a de ajudar com um anúncio ou algo do tipo, mas não faço para buscar reconhecimento nem nada”, diz ele, que passou a cuidar da identidade visual da chocolateria administrada pela esposa. Desde que retomou o hábito de desenhar, Joaquim já percebeu evolução em sua técnica - embora não tenha qualquer compromisso com a excelência. “Não faço isso para ficar melhor. Mas algumas vezes percebo que termino com mais agilidade um desenho. O que melhorou mesmo foi a forma como encaro as coisas. Consigo resolver dez coisas ao mesmo tempo e estou bem mais organizado. Essas práticas me abriram um panorama de possibilidades inesgotável”, diz Meira, que, apesar de ter também inúmeras fontes de inspiração - o próprio iPad é uma delas -, refuta com veemência o rótulo de “artista”. “Não sou artista. Não faço isso pelo ofício. É um hobby”, finaliza.
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O Natal desperta fantasias e abre contagem para um novo ano. E n贸s, da Leal Moreira, desejamos a todos boas festas e um 2013 inesquec铆vel.
M is Ma s val a or o com nome e so sobr b enome. e
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horas vagas • cinema DVD
MINHA QUERIDA ANNE FRANK
DICA
Originalmente concebido para a TV, o filme é uma coprodução da Itália com a Hungria e foge do tradicional “O Diário de Anne Frank” [que também já ganhou outras refilmagens]. O filme é primoroso: fotografia caprichada, trilha musical de Ennio Morricone e um elenco que funciona. Sem ser emocional, o filme conta a história de Anne Frank, antes de a família se esconder em Amsterdã, e depois, quando ela e a mão são enviadas para um campo de concentração. Especial ênfase para a amizade com Hannel Goslar, que é mencionada várias vezes no diário da menina. Direção de Alberto Negrin. Com Rosabell Laurenti Sellers, Emilio Solfrizzi, Gaspar Meses, Peter Vegh, Marta Egri, Mari Nagy, Panna Szurdi.
DESTAQUE HITCHCOK O filme que retrata Hitchcock no auge de sua carreira, quando o cineasta decidiu usar seu próprio dinheiro para produzir “Psicose”, e promete arrepiar. Por várias razões: da caracterização de Anthony Hopkins, que vive o diretor [ou seria o próprio?] ao mergulho na intimidade de um dos maiores nomes do cinema e de seu casamento com Alma Reville [vivida por Helen Mirren, A Rainha]. O elenco conta ainda com nomes estrelados como Scarlett Johansson [que interpreta a atriz Janet Leigh, protagonista de “Psicose”]e Jessica Biel, que “incorpora” Lina Crane, também em Psicose. Com roteiro de John McLaughlin, “Hitchcok” chega ao Brasil em fevereiro 2013. Programa obrigatório.
ANNA KARENINA
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CLÁSSICOS
NOSFERATU O clássico completa 90 anos mais atual e surpreendente do que nunca. Nosferatu é um marco do expressionismo alemão. Produzido em 1922, o filme foi baseado em outro clássico, “Dracula”, de Bram Stoker. Como não conseguiu os direitos autorais com os herdeiros de Stoker, o diretor F.W. Murnau terminou por conduzir uma versão independente, cuja narrativa preserva o enredo original de Stoker. À época, conta-se, Murnau foi processado por violação de direitos autorais e a justiça ordenou a destruição das cópias do filme, mas como elas já haviam sido largamente distribuídas, os rolos ficaram guardados até a morte da viúva de Bram Stoker. E foram esses rolos que passaram por um minucioso processo de restauração para chegar às lojas e locadoras recentemente. Para nossa sorte. Nosferatu ganhou uma refilmagem, em 1979, sob o nome “Nosferatu: Phantom der Nacht”, com a direção de Werner Herzog.
INTERNET
E o cenário é a São Petersburgo do século XIX. A aristocrática Anna Karenina (vivida pela atriz Keira Knightley) é casada com Alexei Karenin (Jude Law), um rico funcionário do governo. Ao viajar para Moscou, para encontrar [e consolar] a cunhada, que vive uma crise no casamento devido à infidelidade do marido, ela conhece o conde Vronsky (Aaron Johnson), que passa a cortejá-la. Apesar da atração que sente, Anna o repele e decide voltar para casa. Não se dando por vencido, Vronsky a encontra na estação do trem, onde confessa seu amor. Anna resolve se separar de Karenin, só que o marido se recusa a lhe conceder o divórcio e ainda a impede de ver o filho deles. Esta refilmagem é um encontro de superlativos – cenários e figurinos luxuosos, além de um time de intérpretes de primeira linha.
CINEMA INDEPENDENTE O maior portal – sem fins lucrativos – de cinema independente traz uma gama de informações aos fãs, curiosos e filmmakers. Programação, prêmios, oficinas, eventos e publicações específicas. Uma bela fonte de informação. Todo em inglês. Site: http://www.ifp.org/
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horas vagas • música
VÍDEO
O documentário em homenagem à cantora Clementina de Jesus, que também era conhecida como “Rainha Quelé”, tem todos os ingredientes para encantar o público. Empatia, uma história real e músicas de quilate. Negra, pobre, com pouca educação formal, dona de casa, empregada doméstica, gênio musical, dona de uma voz marcante única e de sorriso inesquecível. Descoberta tardiamente, só após os 60 anos de idade, passou a cantar com outros ídolos da MPB, como Pixinguinha e Paulinho da Viola. O belo documentário [e justíssima] homenagem traz depoimentos de Martinho da Vila, Lecy Brandão, Paulinho da Viola, João Bosco e Cristina Buarque, dentre outros.
DICA
Clementina de Jesus – Rainha Quelé
Lollapalooza 2013
CONFIRA
Pearl Jam, The Killers, The Black keys, Queens of the Stone Age e Planet Hemp. Essas são algumas das atrações confirmadas para a edição 2013 do Lollapalooza. O público, em polvorosa, vai conferir de perto o retorno do Planet Hemp, ou The Killers, que, conforme promessa dos produtores, traz seu “show mais poderoso” ao Brasil. O primeiro lote de ingressos para o festival esgotou-se rapidamente, então, melhor correr para garantir o seu. Dias 29, 30 e 31 de março de 2013, no Jockey Club de São Paulo. Site do evento: www.lollapaloozabr.com/
Rock in Rio 2013 Após o sucesso da edição de 2013, o Rock in Rio volta em 2013 com força total. A quinta edição do festival no Rio, organizado pela primeira vez em 1985, será realizada nos dias 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro de 2013 na Cidade do Rock, em Jacarepaguá. Diferentemente de 2011, quando cerca de 100 mil pessoas circularam pela Cidade do Rock por dia, na quinta edição, a capacidade do espaço será reduzida para 85 mil pessoas. A cada anúncio de venda de ingressos, eles se esgotam rapidamente. O ingresso, chamado de Rock in Rio Card, garante a entrada do público antes do anúncio das atrações. Após o anúncio da programação, o comprador pode escolher em qual dia vai utilizar as suas entradas. A venda será limitada a quatro cartões por pessoa, sendo uma meia-entrada. Bruce Springsteen, Metallica e Iron Maiden são as atrações confirmadas. Site oficial: http://rockinrio2013.com.br/
CLÁSSICO
INTERNET
Discografia dos Beatles totalmente remasterizada em vinil Os fãs apaixonados pelos Beatles têm motivos de sobra para sorrir à toa – a EMI anunciou recentemente o [re] lançamento dos discos dos “4 rapazes de Liverpool”. Se a boa nova já provocou frisson entre os apaixonados pelo quarteto, preste atenção aos detalhes: os LPs terão reproduções “fac-símile” e, por isso, contarão com todos os detalhes presentes nos discos originais, como o pôster do quarteto no The White Álbum (Álbum Branco), os encartes recortáveis de Sgt. Pepper’s Lonely Heart Club Band e os encartes interiores dos álbuns. Segundo a EMI, os LPs poderão ser adquiridos de forma individual ou todos juntos em uma caixa limitada a 50 mil exemplares. Além de toda coleção reunida, essa edição especial também será acompanhada de um livro (The Beatles at the Beeb) de 252 páginas escrito pelo produtor Kevin Howlett, o qual destaca uma série de imagens inéditas. Além disso, a edição trará “lados A e B” que não foram incluídos nos álbuns, canções de EP e algumas raridades. Com esse nostálgico lançamento, a gravadora completa sua coleção de reedições dos Beatles que foi iniciada em 2009 com as remasterizações em CD, os quais já venderam mais 17 milhões de cópias.
Dmusic.com Desde 1998, o site atualiza diariamente o ranking dos 22 melhores artistas. colocando para baixar seus álbuns. www.dmusic.com
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horas vagas • literatura DESTAQUE
DICA
TUDO SOBRE FOTOGRAFIA Este é para os amantes da fotografia. Totalmente organizado em ordem cronológica, este livro procura traçar um panorama da evolução fotográfica, com seus estilos e movimentos. Traz ainda os nomes mais importantes e representativos de cada gênero, oferecendo uma cuidadosa análise de suas obras. A obra traz ainda a cronologia dos principais acontecimentos, visando ajudar a compreender o contexto sociocultural em que as fotos foram produzidas. História, diferenças entre fotografia etnográfica, registro documental, fotografia de vanguarda, publicitária, a erótica e o nu, entre outros estilos. Editora: Sextante. http://www.livrariacultura.com.br/scripts/comum/pop_capagg. asp?548/30367548
CLÁSSICO
LANÇAMENTO
CLARICE NA CABECEIRA Jornalismo
Freddie Mercury The Great Pretender
Raio-x da produção jornalística de Clarice Lispector. Enquanto trabalhava sua ficção, a escritora manteve intensa atuação na imprensa. Foram cerca de cinco mil textos, entre fragmentos de ficção, crônicas e colunas femininas para diversos jornais e revistas, além de mais de 100 entrevistas com diferentes personalidades. A coletânea, organizada por Aparecida Nunes, vai em busca do estilo de Lispector e traça um panorama do jornalismo brasileiro a partir da produção dela para a imprensa. Editora Rocco.
ERNEST HEMINGWAY Box Exclusivo A Editora Bertrand traz box exclusivo com quatro livros de Ernest Hemingway: O Velho e o Mar, considerada a obra-prima de Hemingway; Por Quem os Sinos Dobram, uma história de guerra, ambientada durante a Guerra Civil Espanhola; Adeus às Armas, mais uma história de amor, em meio à guerra e Paris é uma Festa, um retrato das doces recordações do jovem Hemingway.
Sean O’Hagan fez um mergulho profundo na história da música inglesa e o resultado é esta bela briografia sobre Freddie Mercury, o cantor mais icônico de sua geração. Popular, brilhante e de carisma inquestionável, o líder do Queen fez sucesso tanto no grupo quanto em carreira solo. Seus fãs se ressentiram da perda dele, em 1991; entretanto Mercury deixou para o mundo um legado de gravações, nem todas lançadas. O vigésimo aniversário da morte de Freddie Mercury traz, em comemoração à sua vida e produção artística, a reedição de “Barcelona”, o inovador álbum que ele gravou com Montserrat Caballé, no momento em que se fala da expectativa do filme sobre o próprio (com Sacha Baron Cohen vivendo Mercury). Além disso, o Queen permanece sendo uma das bandas mais populares na história. O livro, ricamente ilustrado, celebra um dos nomes mais importantes e influentes na cena musical britânica. Biografia toda em inglês. Editora Insight Editions.
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CONFIRA DIÁLOGOS IMPOSSÍVEIS Que Luis Fernando Veríssimo é um atento observador do cotidiano, disso não há dúvidas. Mas a delícia de ler “Diálogos Impossíveis” reside no ‘absurdo’ que marca a existência humana, retratada nas crônicas do autor. Imagine o diálogo de Don Juan tentando seduzir a própria Morte ou a conversa cotidiana de um casal que se desentende na hora de dormir. Mais Luis Fernando Veríssimo, impossível. Editora Objetiva.
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horas vagas • Rio & Sampa MUITO ALÉM DO JARDIM Mostra revela desenhos do paisagista Burle Marx Apesar de ter se arriscado por diversas vezes nas artes plásticas, foi nos projetos paisagísticos que Roberto Burle Marx (1909-1994) fez de seu nome uma referência. Apelidado de “poeta dos jardins” pela pintora modernista Tarsila do Amaral, ele concebeu, por exemplo, as áreas verdes do Aterro do Flamengo e do Museu de Arte Moderna carioca; o Eixo Monumental, em Brasília; e o Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Uma faceta menos conhecida de sua obra é apresentada em “Roberto Burle Marx: a Figura Humana na Obra em Desenho”, mostra com 138 trabalhos que tem início na quarta (14), no Centro Cultural Correios. O rico acervo de ilustrações, a maioria desconhecida do grande público, abrange a produção de Burle Marx desde 1919, quando ele tinha apenas 10 anos, até a década de 40. Serviço: Rio de Janeiro: “Roberto Burle Marx”, no Centro Cultural Correios. Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro, 2253-1580. Terça a domingo, 12h às 19h. Grátis. Até 6 de janeiro.
O REI ESTÁ VIVO Thriller Live é uma grandiosa celebração à obra do maior astro pop de todos os tempos e vai marcar a sua vida. Só o álbum Thriller, gravado por Michael Jackson, atingiu 750 milhões de cópias. O espetáculo, que chega ao Brasil no começo de 2013, tem a missão de transportar o público para as várias fases e décadas de sucesso da carreira do rei do pop, desde The Jackson 5. A ideia do espetáculo Thriller Live surgiu a partir das celebrações anuais que Adrian Grant, fã e amigo de Michael Jackson, realizava na década de 90, “The Anual Michael Jackson Celebration”. Em 2001, o Rei do Pop chegou a assistir pessoalmente a essa celebração que completava 10 anos de acontecimento. Thriller Live já foi visto por mais de dois milhões de espectadores e até hoje é ovacionado pelas plateias em Londres e em mais de 23 países da Ásia e Europa. Rio de Janeiro: de 22/02 a 07/04 – no Citybank Hall São Paulo: de 09/05 a 23/06 Informações, preços e ingressos: www.ticketsforfun.com.br/
REI LEÃO NO BRASIL A adaptação da Broadway para O Rei Leão - O Musical será apresentada pela primeira vez no Brasil, a partir de 7 de março de 2013. Encenada em 15 países e traduzida para oito línguas diferentes, a adaptação do filme O Rei Leão é um dos musicais mais aguardados de 2013 e já arrecadou US$ 4,8 bilhões pelo mundo. Foi a produção de maior sucesso da Broadway. Em São Paulo, as apresentações acontecem de quarta a domingo, com duas sessões por dia, aos finais de semana. Serviço: Os ingressos podem ser adquiridos pelo site da Tickets for Fun (www.ticketsforfun.com. br) ou pelo telefone 4003-5588 com a taxa de conveniência. Na bilheteria do Teatro Renault, não há taxa inclusa. Fontes: vejario.abril.com.br / www.ticketsforfun.com.br / http://www.guiadasemana.com.br
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horas vagas • New York Radio City Music Hall KEANE O grupo volta ao Radio City Music Hall após uma longa ausência. No setlist, as estrelas são as músicas do novo álbum, Strangeland. Dia 31 de janeiro, às 20h. Informações e ingressos no site: http://www.radiocity.com/
ÓPERA Um dos mais tradicionais endereços de New York, a Metropolitan Opera House, no Lincoln Center, apresenta uma programação extensa de espetáculos em janeiro e fevereiro de 2013. “O Barbeiro de Sevilha”, “Turandot”, “Rigoletto”, “Don Carlo” e “Carmen” são algumas das joias da programção. Informações completas [e ingressos] no site: http://bit.ly/WVVS4g Site: www.lincolncenter.org
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Syracuse Jazz Festival Centenas de jazz fests ocorrem nos Estados Unidos durante todo o ano. Além do tradicionalíssimo fest de Nova Orleans, merece destaque o Syracuse Jazz Festival, em New York e que comemora, em 2013, 31 exitosas edições A programação contempla apresentações solo e de grupos de todo o país e deve acontecer em junho, mas a correria por informações e ingressos inicia em fevereiro. Melhor se antecipar. Site: www.syracusejazzfest.com
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horas vagas • iPad
REAL RACING JASMINE Não há um app nativo do You Tube no IOS 6, nem um app oficial na App Store. O Jasmine é o primeiro a oferecer duas interfaces belíssimas, uma para o dia e outra para a noite, ideal para não ferir os olhos com o quarto escuro. Mas a personalização não fica só aí - você ainda pode aumentar o tamanho das fontes, marcar os vídeos como “já vistos” anteriormente e muito mais. Além disso, ele ainda suporta a reprodução em playlists, reproduz somente o áudio dos vídeos em background, e permite reproduzir um vídeo em loop (repetir). Se você possui uma conexão lenta, ainda poderá escolher a qualidade do vídeo, basta ir em Settings > Advanced > Stream Quality > Always Ask (dentro do App). Dessa forma o app sempre vai questionar sobre a qualidade do vídeo e isso é genial. Com o Jasmine você pode logar em sua conta, ter acesso aos seus conteúdos, canais e tudo mais, assistir a vídeos, conhecer mais sobre o autor de um vídeo, deixar comentários, adicionar aos favoritos, adicionar à alguma playlist e também compartilhar por e-mail ou redes sociais.
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Real Racing é um jogo de corrida em que seu iPad é tanto a tela do jogo quanto o volante do carro. A versão traz 30 modelos de carros reais famosos, como BMW, Shelby e Corvette. Além disso, possui modo singleplayer com 10 horas de jogo e multiplayer local com 4 jogadores (usando AirPlay para jogarem todos na sala é muito divertido) ou online com até 16! Custo: $ 2,99
CHROME O navegador Chrome para iPad é muito similar ao da versão desktop, com a barra de endereço unificada com busca (e você pode até usar outras empresas, como Bing, da Microsoft, para trazer resultados de busca) e abas na parte de cima do navegador, como se fossem cartas de um baralho e podem ser organizadas na tela como tal. Outro recurso legal no Chrome é a habilidade de poder usar voz para fazer buscas, do mesmo jeito que no Pesquisa Google;como no Safari, também há o modo privado, chamado de navegação anômina no Chrome, que não deixa rastro nenhum de sua visita e exclui todos os cookies usados depois que todas as janelas anônimas são fechadas. As abas do Chrome ficam azuis para você ter certeza de que está realmente anônimo.
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NIGHTSTAND CENTRAL Incrivelmente, o iPad não vem com um aplicativo de relógio e alarme. O Nightstand Central não é somente um relógio e alarme com suas músicas, mas possui um timer para desligar e ainda mostra a previsão do tempo e suas fotos como se fosse um porta-retrato em pano de fundo. As fotos podem ser escolhidas dos seus álbuns, o aplicativo mostra as fotos alternadas se você quiser, dentro das inúmeras opções de configurações. Custo: US $ 0,99
NETFLIX Com Netflix ,você consegue assistir a milhares de filmes e séries de TV online no seu iPad... e com legendas! Ele é um serviço de assinatura de filmes, séries, e você paga 14,99 reais mensais para assistir a tudo que quiser via streaming. Você pode assistir no seu computador ligado à tv ou no seu dispositivo iOS, iPhone ou iPad, que também pode ser ligado à TV. Se você não é assinante do Netflix, vale a pena experimentar, pois o primeiro mês é grátis. Custo: Grátis no primeiro mês.
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AXIS & ALLIES Não tem jeito: os jogos de tabuleiro voltaram à baila. E se engana quem pensa que se trata de diversão para criança – eles estão melhores, mais complexos e amparados por histórias mais sólidas. Um ótimo exemplo disso é o jogo Axis & Allies 1942: Second Edition. O ambiente é a primavera de 42, em plena Segunda Guerra Mundial, mais precisamente no momento histórico da expansão do Eixo. A ideia é controlar completamente uma das potências aliadas – forças militares, a economia irregular, os futuros ataques, a resolução de conflitos – com o objetivo de libertar ou ocupar as maiores cidades do mundo. Geopolítica, estratégia e entretenimento para os aficionados por história.
Pensada para os amantes do cinema, a Coleção Bond 50 conta meio século de história do agente secreto mais famoso do mundo. São 22 filmes – de “Contra o Satânico Dr. No” até “Quantum of Solace” – em BluRay, remasterizados com a mais alta qualidade de imagem e áudio, mais 130 horas de bônus com bastidores, extras e outros conteúdos novos e exclusivos. Os longas vêm em uma elegante caixa, cuja frente é decorada pelos seis atores que interpretaram o célebre personagem. Dentro, eles são divididos em três porta-CDs bem produzidos – com espaço reservado para abrigar o recém-lançado “Operação Skyfall”. Imperdível para os apaixonados pelo ícone do MI-6.
Onde: www.boardgames.com.br/ Preço sugerido: R$289,90
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confraria
CLICQ’ UP A Maison Veuve Clicquot tem uma interessante linha de acessórios para bebidas que valoriza ainda mais a clássica champanhe da marca. Dentre taças, pequenas geladeiras e outros artefatos, merece destaque o Clicq’ Up – uma espécie de balde para bebida e gelo. Até aí, nada demais. A grande graça é que ele é dobrável. O designer belga Mathias Van de Walle se inspirou na arte do origami para criar o conceito. Charmoso, prático e divertido, o Clicq’ Up é um objeto surpreendente e fácil de usar, guardar e arrumar – além de ser sustentável, usando um tipo de papel cartão impermeável e reciclável. Perfeito para viagens ou para uma noite festiva na casa dos amigos. Além de, claro, trazer a marca-símbolo da nobreza europeia estampada no inconfundível amarelo da empresa.
O diálogo entre o antigo e o moderno vem movendo as ideias de designers e profissionais do estilo no mundo todo. E poucas coisas casam tão bem nesse sentido quanto o Book Case para iPad: capas famosas da literatura reproduzidas à mão dão o charme old but gold a esse item tecnológico tão presente nos nossos dias. É possível escolher modelos como o de Guerra e Paz, de Leo Tolstoy, e Orgulho e Preconceito, de Jane Austen – além dos contos de fada, de Hans Christian Andersen ou da Teoria da Relatividade, de Einstein. Proteção duradoura e visual cool. O ontem e o hoje em um charme só.
Onde: www.veuve-clicquot.com/pt/ Preço sugerido: R$ 250 (Clicq’ Up + Veuve Clicquot Brut Yellow Label 750 ml)
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Felipe Cordeiro Músico
ESCUTA INQUIETA Quando virou do dezenove pro vinte, muito mudou na escuta e a música deixou de ser exclusividade de dois importantes ambientes ideais: o teatro, a igreja. Abrigando o som, a cidade moderna (esta ideia falida) obrigou-o a ser mais ruidoso, como quem cobra uma taxa por se apropriar de uma casa imprópria. Na verdade, passou a se ouvir mais o próprio som da cidade industrial e mudou-se o pacto, em vez do pacto com o silêncio - que o som clássico possuía ao reverberar na caixa acústica ideal da sala do teatro e da igreja - o pacto agora foi estabelecido com o ruído. Nascia a harmonia de Schoenberg, o jazz, o rock e um projeto de música eletrônica. No meio do século, um caminho do meio: João Gilberto. Pacto com o silêncio e com o ruído – como não imaginar que o violão sincopado de João não é feito à percussão inteira do samba de um mestre como Marçal, só que condensada no mínimo? E é assim, “cantando na direção do que tem de mais calado”, como ressaltou o crítico Arthur Nestrovski sobre o canto de João Gilberto, que o baiano faz uma elaboração estilística poucas vezes vis-
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ta na música mundial, equilibrando silêncio (mais nítido) e ruído (sugerido) de modo único. Em Pink Floyd, King Krimson, Hermeto Pascoal e Caetano Veloso esse jogo é também nítido. Mas na mais recente virada do XX pro XXI, há uma catarse e triunfo talvez do ruído, assim como do minimalismo cíclico, certamente com a afirmação intensa da música eletrônica em todo mundo, inclusive fora dos círculos onde nasceu, a partir das periferias dos centros urbanos: a cúmbia digital, o tecnobrega e a fanfarra eletrônica dos países do leste Europeu. Escutar o jogo que não se resolve, mas se perpetua em jogo, faz com que o sujeito de hoje - esta coisa sem traço definido - também afirme a ideia de escuta inquieta, aberta para as possibilidades itinerantes e indecisas da música. Escutar música é estar inquieto diante do jogo. A escuta inquieta é a escuta contemporânea, descobre a si mesma fora de si. Dá pra dizer que João Gilberto, Pink Floyd, King Krimson, Hermeto, Caetano, Gang do Eletro, Bomba Estereo e Balkans Beat Box pertecem ao mesmo mundo.
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especial
“Leal Moreira All Colors” é o resultado da intervenção de Jorge Eiró sobre a logomarca da construtora.
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Camila Barbalho
Dudu Maroja
Novos rumos, novas impressões A Leal Moreira completa 27 anos em 2013 e decide reinventar-se ao modificar o ícone da empresa. Para celebrar o novo período, dez nomes do design e arte paraenses foram convidados a “intervir” na nova logomarca do Grupo. O resultado poderá ser visto nas páginas do Caderno 2013 da empresa.
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unca haverá duas pessoas com a mesma voz – a impressão digital da expressão humana. Por consequência, o que sai de nós é único: a complicada equação entre cabeça, coração e as próprias vivências é contada por um timbre que não será ouvido em outro lugar. Mas também há aquela parte de nós que as palavras não alcançam. Sentimentos e ideias que possuem nuances, cores, texturas – e cuja definição não admite texto que, sozinho, empreste significado literal. Muitos guardam para si essas sensações, por não saber o que fazer com elas. Outros, com talento e criatividade, encontram na arte outra maneira de falar. Não mais de um jeito que se possa ouvir: esses artistas pintam, estampam, desenham, esculpem. Mostram aos olhos o que não tem tradução. Falam com aquela voz que só diz o que não pode ser dito, de um jeito igualmente singular. Para incentivar a voz das artes visuais a ecoar cada vez mais alto, dez artistas foram escolhidos entre ilustradores, designers, pintores e escultores para figurar nas páginas do calendário e do caderno Leal Moreira 2013 - produtos lançados anualmente, e que são distribuídos para parceiros e clientes. No ano vindouro, Carlos Oliveira Filho, Celeste Heitmann, Diego Gomes Pereira, Cíntia Ramos, Beta Freitas, Vivi Huhn, Junior Oliveira, Paulo Azevedo, Rodrigo Can-
talício e Jorge Eiró farão parte do cotidiano de quem tiver o material em mãos, com suas obras e histórias. A proposta, em tese, era simples: intervir livremente no logotipo da empresa – que recentemente foi reformulado pelo Departamento de Marketing do Grupo, em parceria com a agência Madre, que atende a Leal Moreira, acompanhando a própria e constante reinvenção da marca. Você confere os resultados e o papo com os protagonistas desse projeto nas próximas páginas. O processo criativo... e os criadores Foram duas semanas de contato intenso com os artistas participantes. Entre visitas, reuniões e telefonemas, conversamos sobre amores e dores no exercer da profissão, além de visões de arte e planos para o futuro. Histórias completamente diferentes conduzidas pela mesma paixão. O primeiro a receber a Revista Leal Moreira foi o tímido e divertido Carlos Oliveira Filho. Proprietário da marca “Égua de Camiseta”, ele conta que, em uma viagem a São Paulo com alguns amigos, começou a pensar em roupas que tivessem um tom divertido e fossem regionais, sem perder a universalidade. A ideia funcionou tão bem que hoje, além da já consagrada grife, ele começa a trabalhar a “Mané Gato” – sua segunda marca. Para ele, design é mais que »»»
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Cíntia Ramos
ilustrar. “É agregar conceitos”, sintetiza. Apaixonado pelo Pará, planeja, num futuro próximo, expandir para o mercado nacional. “Eu tenho uma vontade muito grande de levar o Égua para outras fronteiras. O Pará está na moda, esse é o momento”, acredita. Na sua intervenção, Carlos aproveitou os contornos do ícone para abrigar todos os municípios do Pará, destacando, em pequenos símbolos, algumas das características marcantes das cidades. A ideia foi demonstrar o orgulho que ambas as marcas têm de ser paraenses. Em seguida, conhecemos Celeste Heitmann. Nascida em Portugal, ela se mudou para o Pará há 47 anos. Aqui, começou a desenvolver projetos de caridade junto ao Rotary Club. Para angariar fundos, decidiu vender suas pinturas – hobby ao qual se de- »»»
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Celeste Heitmann
dicava desde a infância. O interesse crescente pelos trabalhos fez com que a brincadeira virasse profissão. Depois, veio o trabalho com joias e a relação com o mundo fashion – esta última tão intensa que a motivou a entrar na faculdade de moda, concluída no ano passado. Doce e carismática, Celeste se considera hoje mais paraense que portuguesa. “Sou apaixonada pela Cidade Velha, pelo Ver-O-Peso... Tenho vivenciado muito a Belle Époque nos meus trabalhos”. Com a ajuda do marido corretor de imóveis, ela chegou à conclusão de que um empreendimento Leal Moreira representa “emoção, cultura, sensibilidade, transparência e sofisticação”. Na obra, retratou esses elementos, representados por azulejos portugueses, rendas e pela chave do tão sonhado apartamento. Sonho, aliás, é o que norteia a vida do nosso próximo designer. Diego Gomes Pereira, dono da marca “Santos de Casa”, é um sonhador nato. Envolvido com a arte desde a infância em um colégio semi-interno, continuou exercitando a criatividade na Fundação Curro Velho. Era o caminho para, mais tarde, estabelecer a grife – fruto da vontade antiga de propagar a fé coletiva. O foco no sincretismo e na
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cultura popular é um reflexo de seu próprio criador, que é devoto de São Jorge e Iemanjá. Determinado, ele acredita que o reconhecimento do trabalho é fruto da sua perseverança. “Desistir, jamais. O mundo pode estar caindo e eu tô pronto pra correr mais 90 minutos, com o mesmo pique”, afirma. Emocionado com o convite para integrar o projeto, Diego explica que sua intervenção condiz com a imagem que ele tem da empresa. “Pensei em proteção, segurança. É como vejo a Leal Moreira: um anjo protegendo o espaço de quem mora nos seus apartamentos”. Também foi na infância que Cíntia Ramos descobriu sua paixão profissional. Filha de uma família de artistas, a pintora foi inserida nesse meio desde muito pequena. “Enquanto outras meninas ganhavam bonecas, eu ganhava lápis e pincéis no meu aniversário”, relembra. Mais tarde, já no fim da adolescência, um problema de saúde a deixou de cama. Sua mãe, então, comprou material para que ela produzisse. O interesse das pessoas pelos trabalhos criados no período transformou a menina em profissional. Hoje, Cíntia diz que não gosta de planejar. “Eu vivo o presente. Tudo vem para sua vida como uma consequência do agora”, defende. Na sua intervenção, a »»»
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Beta Freitas
Carlos Oliveira Filho
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Diego Gomes Pereira
artista utilizou um personagem recorrente nas suas obras: o “Planeta Paz”. O conceito sugerido é o de amor, educação e fraternidade – valores que ela considera essenciais para a vida em sociedade. A artista aproveitou para parabenizar a iniciativa: “são poucas as empresas que incentivam a arte. Achei muito interessante a proposta”. Nossa quinta entrevistada foi Beta Freitas, que nos recebeu em seu apartamento. A designer que encontrou no metal a sua matéria-prima preferida faz jus à imagem de mulher independente. Muito bem articulada e de opinião forte, ela aprendeu artesanato sozinha, observando e experimentando aqui e ali. Mais tarde, fez faculdade de propaganda e marketing e especialização em direção de arte no Rio de Janeiro e, em seguida, dedicou-se à ourivesaria. Hoje, Beta trabalha a própria marca, a “MetalDesign”, com foco em criação de acessórios e objetos de decoração. Perguntada sobre as dificuldades, ela dispara: “Belém é vanguarda, criatividade. A gente não pode culpar a mentalidade pequena de ninguém. Tem que meter a cara, é só questão de trabalho”. Como metal é a sua especialidade, Beta decidiu fazer sua intervenção
com latinhas de refrigerante. Foram utilizadas 60 delas, pintadas de dourado e prateado. A ideia foi criar um ambiente urbano, luxuoso e sustentável. “Fiquei feliz com o resultado”, comemora. Do metal para a moda, encontramos Vivi Huhn em seu ateliê em uma quinta-feira de manhã. Agitada, em meio aos tecidos e encomendas, ela contou que a relação com esse meio surgiu ao ver a avó costurando. “Passei a vida a vendo transformar trapo em roupa”. O interesse virou profissão só anos mais tarde, embora a vontade sempre tenha existido. “Eu sempre quis fazer moda, mas era muito nova pra ir fazer vestibular fora. Quando virei mãe, senti necessidade de roupas que caíssem bem sem serem grudadas no corpo. Aí, criei a marca”, relembra. De grande senso prático, organizada e “muito exigente” (nas palavras de uma de suas costureiras), hoje a estilista coordena algo em torno de 40 profissionais, entre trabalhadores diretos e indiretos. Criativa, Vivi criou, para sua intervenção, um padrão gráfico de olhos gregos, remetendo ao universo da sorte, assunto recorrente nos votos de fim de ano. “É o que eu desejo para a Leal Moreira e para quem mora em um de seus »»»
Veja o vídeo com making of da agenda Leal Moreira 2013.
Veja mais
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Vivi Huhn
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Paulo Azevedo
apartamentos: sorte!”. Junior Oliveira é outro nome da moda que participa desse projeto. À vontade entre suas máquinas de serigrafia, ele revela que a criatividade sempre permeou sua vida. “Eu gostava de brincar na rua, com brinquedo de montar. Tudo que eu fazia me levava para o mundo da criação”. O forte apreço pelo aspecto gráfico das coisas o fez estudar ciência da computação por dois anos. Foi quando percebeu que o design era o que lhe deixaria feliz profissionalmente. Estudou fora, trabalhou vendendo camiseta com um tio, aprendeu serigrafia, apaixonou-se pelo processo e pronto, surge a “Eubelém” – marca que faz sucesso entre os descolados de Belém. Junior resolveu utilizar, em sua obra, um elemento muito presente no artesanato regional: o trançado de palha, em uma versão modernizada. “Investi em aspectos gráficos que ficariam interessantes quando fossem para o plano físico”, explica, fomentando o diálogo entre o regional e o global. Nesse tour das artes visuais, a oitava parada foi na recém-inaugurada galeria de Paulo Azevedo. O artista – que associa sua descoberta pessoal da
nalmente, ele também esculpe, voltado para temas sustentáveis e para o reaproveitamento de materiais. “A escultura é o descanso da pintura”, diz, apontando sua linguagem favorita. Com uma visão bem peculiar dos próprios trabalhos, Paulo costuma falar que nunca termina uma pintura. “Na verdade, eu escolho o momento de abandoná-la, mas nunca a finalizo”. Quando perguntado sobre o futuro, ele é taxativo: “daqui a dez anos, com certeza, estarei pintando”. Para sua intervenção, Paulo se inspirou no visual luxuoso do barroco. “Também quis carregar a marca com as suas próprias cores, que coincidentemente são as que eu mais uso no meu trabalho”, explica. Representando o trabalho especial dos ilustradores, entrevistamos Rodrigo Cantalício. Colaborador da revista Leal Moreira, ele conta que a relação com o desenho veio de muito cedo. Mesmo assim, desenhar profissionalmente não foi a primeira coisa que lhe ocorreu. “Foi uma série de pessoas incríveis e caminhos equivocadamente certos que me fizeram ver isso como o meu futuro profissional”. Morando hoje em Buenos Aires, Rodrigo continua desenhando o mundo como o
arte ao momento em que passou por um ateliê e viu alguém pintando um retrato – pinta figuras intensas e abstratas há mais de 25 anos. Ocasio-
vê, embora hoje sofra influências externas. “A dificuldade é entender que aqueles desenhos guardados na gaveta de casa agora fazem parte de »»»
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Junior Oliveira
Rodrigo CantalĂcio
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Tel: 91 8887.6486 Fax: 913224.1203 um mundo bem maior, onde as pessoas veem, criticam, elogiam, e ainda manter uma sinceridade no, estilo apesar disso”, avalia. Para sua intervenção, Cantalício baseou-se no seu processo habitual de criação: “consiste em um movimento em que pessoa e paisagem se tornam uma única figura, procurando se adaptar ao espaço”, afirma. A expedição terminou no ateliê de Jorge Eiró – pintor, arquiteto e professor dos mais celebrados no cenário artístico paraense. Escolhido para ser a capa do caderno, ele comemorou a condição de padrinho do projeto. “Representar esses colegas é uma tremenda deferência”. Sorridente em meio às tintas, Jorge diz que o tempo é que determina a jornada a ser seguida. “Com 30 anos de estrada, tem muitas coisas que só hoje eu percebi, mas que já estavam lá no início do caminho”. E
aconselha: “persigam desde sempre a sua própria linguagem, construam seu próprio caminho”. Para sua obra e pensando na capa de uma agenda para durar o ano inteiro, Eiró buscou expressar seus votos pessoais para a virada do ano. “Queria que as cores festivas simbolizassem uma celebração do que está por vir. Eu desejo que 2013 seja um ano para se celebrar”, completa. Dez artistas. Dez sonhos, histórias, caminhos, estampas, pinturas – vidas que se desenharam de maneira diferente. A linha que costura todos esses universos é indestrutível: o amor à arte como maneira de expressão. E, como quase todo amor é intraduzível, é preciso olhos atentos e coração aberto para perceber quão única cada voz de dentro é. E dez vozes de dez corações falam muito mais alto.
bbordalogesso@uol.com.br
Jorge Eiró
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CHARME X COMODIDADE
Arthur Dapieve Escritor
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Escreverei uma obviedade logo nesta minha reestreia na Revista Leal Moreira: não se faz mais cinema como antigamente. Não me refiro aos filmes em si, que, é claro, hoje dispõem de um aparato tecnológico impensável no século passado, aparato que, de quebra, lhes permite enveredar por gêneros outrora inexistentes. Nem, tampouco, falo da arquitetura das salas, que incorporaram avanços como as poltronas ergométricas e os suportes para copos. Não falo nem mesmo da migração maciça dos cinemas de rua para os shopping centers, cheios de seguranças e vagas de estacionamento. Tudo isso é jogo jogado. Perdeu-se um pouco de charme, admito, mas ganhou-se em comodidade. Então, pergunto-me, por que tenho ido pouco ao cinema? Há uma primeira resposta, igualmente óbvia. Não foram só os cinemas que se tornaram mais cômodos, ora. A minha casa – e a sua, tenho certeza – também se tornou mais confortável. Por exemplo: passou o tempo em que as pessoas iam ao cinema para usufruir de seu ar-condicionado central no auge do verão; hoje, com as facilidades de crédito, o ar-condicionado caseiro está ao alcance de muito mais gente. Ufa, porque o aquecimento global está aí... Além disso, agora há filmes disponíveis não só nos velhos canais de TV aberta, mas também em dezenas de canais por assinatura, em DVDs e em Blu-rays (paro aqui apenas porque não estou entre os que os baixam da internet). Há, porém, uma resposta menos óbvia, porque pessoal. Hoje, vou muito pouco ao cinema porque mudou o modo de se assistir aos filmes coletivamente. Nasci em 1963. Ou seja, quando criança, ainda peguei o tempo em que “ir ao cinema” soava quase como “ir à missa”. As pessoas botavam suas melhores roupas e havia todo um cerimonial envolvido. As salas de exibição ficavam nas principais avenidas, eram enormes e, como num espetáculo de teatro, tinham cortinas que se abriam para revelar a tela na qual o filme seria exibido. Se o filme fosse muito longo, havia intervalo. Uma ponte longe demais (1977), do diretor inglês Richard Attenborough, dramatização de uma operação semifracassada dos “aliados” durante a Segunda Guerra Mundial, tinha 183 minutos. E intervalo após hora e meia de projeção. (Quem tem paciência para um filme de 183 minutos hoje em dia?) Naquele tempo, enquanto a fita rodava, a plateia estava concentrada no que acontecia com Sean Connery ou Gene Hackman sob balas de festim alemãs na Holanda. A sala permanecia silenciosa e escura, a não ser pela iluminação indire-
ta das granadas cenográficas que explodiam na tela. Por já ser naturalmente dispersivo, sinto falta da concentração que o cinema me impunha. Um dos grandes baratos era que ele, de fato, nos fazia esquecer a vida lá fora. Hoje, esse esquecimento tornou-se uma utopia. A vida lá fora insiste em entrar na sala escura – por intermédio dos celulares que, mesmo quando não tocam (!) e são atendidos (!!), se iluminam ao serem acionados para a conferência das mensagens. Outro dia, um conhecido meu tentou argumentar com uma senhora que, ao seu lado, digitava freneticamente no aparelho, aparelho cuja luz atrapalhava a imersão cinematográfica de quem estava em volta. “Mas eu preciso responder...”, foi a resposta, entre irritada e angustiada. Pouco provável que ela fosse uma neurocirurgiã à distância ou uma ministra do STF e de fato precisasse responder bem naquele momento. No entanto, se a tal senhora sentia que “precisava” responder, isso era verdade – para ela ou para uma parte do seu inconsciente. Volta e meia, as revistas semanais publicam matérias sobre as novas doenças sociais fomentadas pelo vício em alta tecnologia. Na verdade, estamos tão mergulhados neste novo mundo interconectado que nos solicita a todo instante, por mensagens de e-mail, torpedos ou recados nas redes sociais, que temos dificuldade de perceber o quanto isso é antinatural. Contudo, até isso é jogo jogado: ninguém pretende revogar os avanços tecnológicos dos últimos quinze ou vinte anos. Resta-nos aprender a aproveitar desses avanços sem que eles criem exigências humanamente inalcançáveis, sem que se tornem fonte de ansiedade permanente. Mas estou me dispersando. De volta ao cinema, rápido, de volta ao cinema... Desenvolvi a seguinte tese. Antigamente, assistíamos à TV como quem ia ao cinema: todos juntos diante de um único aparelho, na medida do possível quietos etc. Hoje, nos portamos no cinema como se estivéssemos em casa: atendemos telefones, falamos alto, zapeamos etc. Bem, zapear ainda não zapeamos, mas temo que, mais cedo ou mais tarde, alguém invente uma forma interativa de se ir ao cinema. Cada poltrona terá botões que permitirão ao espectador assistir ao filme desejado – e trocar quando ele perder o interesse. No telão, será exibido o filme escolhido pela maior parte dos espectadores. De dois em dois minutos, o sistema fará outra verificação e... Com licença que vou ali registrar uma patente e já volto.
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Dayse Freitas
Arquivo Pessoal
Mosaico cultural Arquitetura imponente, cultura ao alcance de todos e uma das cervejas mais famosas do mundo são apenas algumas dos atrativos que garantem à Praga o título de cidade dourada
Q
uando Amadeus Mozart se sentia incompreendido pelos vienenses, era em Praga onde ele se refugiava para trabalhar em suas composições. Os arquivos literários relatam pelo menos cinco longas temporadas do compositor austríaco na capital da República Tcheca, que, naquela época, já era um grande centro cultural na Europa. Mais de 200 anos depois, Praga continua mais pulsante do que nunca e o melhor: a rica produção musical vai muito além do estilo clássico. Localizada na Boêmia Central, uma região no coração da Europa, a cidade sempre foi um ponto de encontro de culturas por sua localização geográfica estratégica. Até 1992, a chamada “Paris do Leste” pertenceu à República Federal da Tchecoslováquia, que unia etnicamente tchecos e eslovacos. Com a divisão do país em duas repúblicas distintas, Praga passou a ser oficialmente
a capital da República Tcheca. No mesmo ano, a cidade foi tombada como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO. Situada às margens do rio Moldava (Vltalva,no idioma tcheco), a cidade dourada, como também é conhecida por suas características imponentes, se tornou uma das maiores atrações turísticas do velho mundo, embora seja uma das menores capitais europeias, com cerca de 1,3 milhões de habitantes. O boom de turistas concentrados na parte mais oriental da Europa transformou a rota Praga-Viena-Budapeste em uma das preferidas de viajantes em busca de uma vasta programação cultural. Um simples passeio pelo centro da cidade já revela traços neorenascentistas em muitos dos prédios construídos no século passado.O estilo art noveau presente na arquitetura residencial também revela a influência vienense sobre Praga nos secúlos XIX e XX. »»»
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O patrimônio arquitetônico de Praga merece um passeio a pé. A variedade de estilos e infinidade de monumentos são um convite aos milhares de turistas que visitam anualmente a cidade.
Praga a pé Para contemplar a variedade de estilos arquitetônicos e a infinidade de monumentos no centro histórico, tudo que um turista precisa é disposição para caminhar por ruas, praças e charmosas passagens. Um pouco de paciência na hora de fazer o registro fotográfico provavelmente será necessário, pois, em quase todas as épocas do ano, a cidade está lotada. Isso também faz com que cada metro quadrado de cafés, lojas e galerias seja bastante disputado. Portanto, para quem deseja conhecer o lugar com mais tranquilidade precisa evitar a alta temporada que vai de junho a setembro, regra válida para a maioria das capitais europeias. O lado prático para o turista é que, apenas caminhando, é possível conhecer toda a parte histórica da cidade, que está dividida basicamente em quatro áreas: Cidade Velha, Cidade Pequena, Castelo (Hradcany, é o nome em tcheco) e Cidade Nova. O roteiro histórico pode começar a partir do Castelo, que na verdade é um complexo cercado
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de palácios, igrejas e mosteiros construídos em cima de uma colina e que serviam de residência para os reis, duques e clérigos da Boêmia. É o lugar que marca a origem da cidade entre os séculos IX e X. O destaque do Castelo de Praga fica por conta da imponente Catedral de São Vito, construída inicialmente no século XIV e pode ser vista de vários pontos da cidade. A maior igreja da República Tcheca erguida em estilo gótico é, sem dúvida, um dos cartões postais mais bonitos de Praga. A Catedral de São Vito abrigava os rituais de coroação e servia como lugar de sepultamento dos antigos reis da Boêmia. Quem passar por lá também irá encontrar um conjunto de belos mosaicos nas janelas laterais indicando o trabalho de importantes artistas tchecos do século XX, com imagens de santos da cultura eslava. Ainda no castelo, encontram-se importantes atracões turísticas, como o antigo Palácio Real, com três andares contruídos em épocas distintas, a Basílica de São Jorge, a Torre de Pólvora e a
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Viela Dourada, com pequenas casinhas que serviam de moradia para os guardas e artesãos que cuidavam do castelo. Vale lembrar que, em razão da grandeza do lugar, o ingresso para os visitantes é válido por três dias,ou seja, se o turista se sentir cansado no primeiro dia, pode tranquilamente voltar no dia seguinte e explorar o local com mais tranquilidade. Saindo do complexo, a pedida é dar uma volta pela Cidade Pequena e visitar a igreja de São Nicolau, construída no século XVIII em estilo barroco ou apenas caminhar pela rua Nerudova e apreciar as fachadas residenciais com símbolos que serviam para identificar o endereço das casas na Idade Média. A rua também é muito conhecida pelo grande número de lojas de souvenirs que possui, mas redobre a atenção: diferente de outras áreas da cidade que cobram os preços em coroa tcheca, quase tudo na Nerudova já é cobrado em euro, inclusive com preços tabelados em inglês. Portanto, para quem gosta de pechinchar, vale a pena investir em ruas com menos movimento.
Na Cidade Pequena, também está localizado o Museu Franz Kafka, que traz detalhes da vida de um dos mais importantes escritores do país e da Europa. A exposição permanente sobre Kafka traz um rico acervo de fotografias, manuscritos e filmes que mostram o difícil relacionamento que o artista tinha com o pai, um comerciante de origem judia, além de dramas amorosos e o cotidiano do escritor nos círculos literários de Praga. A Ponte de Carlos sobre o rio Moldava, construída no século XIV durante o reinado de Carlos IV, separa a Cidade Pequena da Cidade Velha. Principalmente em dias ensolarados, é comum encontrarmos artesão e músicos que fazem da ponte uma atração à parte na cidade. Já na Cidade Velha, o charme fica por conta das inúmeras vielas, entre elas a Karlova, cheia de cafés, restaurantes, lojas e pequenas galerias de artes que acentuam ainda mais a erfervescência cultural da Praga. Na praça da Cidade Velha, estão pontos turísticos importantes, como a prefeitura e o relógio astronômico da Câmara Municipal. A Cidade Nova é o »»»
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Serviço
Para chegar a Praga saindo de Belém Belém/São Paulo/Amsterdam/Praga ou Belém/Rio de Janeiro/Paris/Praga Pode ser feito com a KLM (Royal Dutch Airlines) www.klm.com (versão em português disponível) Quem já estiver em trânsito na Europa poderá voar com a companhia low cost Easy Jet a partir de várias capitais europeias www.easyjet.com A viagem de trem também pode ser uma forma prática e interessante de se chegar a Praga saindo de capitais como Berlim e Viena. Tanto a Alemanha quanto a Áustria fazem fronteira com a República Tcheca. www.bahn.de (disponível em inglês) www.oebb.at (disponível em inglês) A vida noturna de Praga é agitada e oferece opções para todos os gostos e bolsos
Onde ficar Best Werstern Hotel Meteor Plaza Endereço: Hybernska 7, Praga 1 Tel:00 (xx)420 224 192 559 Diárias a partir de € 65,00 Site: http://www.hotel-meteor.cz
Para os mochileiros Czech Inn Hostel Endereço: Francouzská 76, Praga 2 Tel: 00(xx) 420 267 267 600 Diárias a partir de € 9,17 Site: http://www.czech-inn.com/ Old Prague Hostel Endereço: Benediktská 2, Cidade Velha Tel: 00 (xx) 420 224 829 058 Diárias a partir de € 12,90 Site: http://www.oldpraguehostel.com/
Moeda Coroa Tcheca (1 euro = aproximadamente 25 coroas)
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bairro onde estão concentrados muitos restaurantes, hoteís e discotecas da cidade. Lá também se encontram monumentos como o Museu e o Teatro Nacional. Cidade Musical Praga é, sem dúvida, um lugar que não vive apenas de seu rico passado cultural. A produção musical nos dias de hoje mostra que o título de “Praga Dourada”, usado na época em que Mozart andava pela cidade, continua mais atual do que nunca. Um exemplo disso é a grande quantidade de clubes de jazz espalhados pela cidade. Personalidades importantes como Bill Clinton já deram “canjas“ jazzísticas por lá. Muitos artistas contemporâneos de todo o mundo também escolheram a cidade para viver em função da intensa producão musical. Por outro lado, a tradição da música clássica continua tão viva na capital que um dos programas culturais mais comuns para turistas é aproveitar as
ofertas de concertos de música clássica que são oferecidos quase todos os dias por vendedores nas ruas. Uma dica é negociar o preço sempre, pois, dependendo da época do ano, o valor do ingresso pode cair pela metade. Os concertos duram, em média, 1 hora e meia e trazem um mix de grandes compositores como Vivaldi, Mozart, Bach e o tcheco Dvorák, por exemplo. Geralmente são executados em capelas e catedrais espalhadas pela Cidade Velha. Um programa quase obrigatório em Praga. E, por falar em programa obrigatório, vale ressaltar que Praga possui um bairro judeu muito importante para a história da cidade e que merece, pelo menos, uma parte do dia para ser visitado. O bairro Josefov possui uma identidade própria muito marcante. A área começou a se desenvolver ainda no século XII com a vinda de comerciantes judeus para a cidade tcheca. Lá, estão localizadas várias sinagogas, um museu, um cemitério e ainda restaurantes com comida típica da culinária judaica. »»»
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Os concertos duram, em média, uma hora e são executados nas capelas e catedrais espalhadas pela Cidade Velha. Um programa obrigatório em Praga.
Tradicão Boêmia Não é por acaso que os tchecos disputam com os alemães o título de maiores consumidores de cerveja na Europa. Há quem diga até que nesse quesito os tchecos saem na frente. O país tem uma tradição que faz com que a cerveja tcheca (pivo) seja considerada uma das melhores do mundo. Pilsner Urquell e Budweiser são apenas algumas das marcas mais conhecidas, mas uma boa cerveja escura também pode ser degustada facilmente em qualquer pub da cidade. Para quem não abre mão do roteiro etílico, recomenda-se apenas disfrutar os bares instalados em porões das casas antigas ou simplesmente entrar em qualquer Pivo Bar espalhado pelo centro histórico. O visual rústico e acolhedor dos bares é convidativo e um ponto de encontro sagrado para o povo tcheco. Em matéria de culinária, a tradição boêmia também oferece opções gastronômicas bem interessantes. Os pratos com carne de porco são os preferidos da população , mas nem só de carne suína vive a cozinha tcheca. O Gulasch, um guisado de carne de vaca acompanhado de pedaços de pão (český knedlík), típicos da cozinha boêmia , também costuma ser oferecido como especialidade em muitos restaurantes. O pato ao forno também aparece como uma recomendação aos visitantes e, se o turista for paraense, o prato pode ter um sabor a mais. Depois da jornada gastrônomica, reserve espaço para sentar em um dos muitos cafés charmosos de Praga. Aproveite cada minuto da bebida e lembre-se de que talvez, naquele mesmo local, estiveram um dia grandes personalidades da arte e da cultura mundial.Afinal, ir à Praga e não sentar em um café é como ir à Paris e não conhecer a Torre Eiffel.
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Todo mundo gosta de confraternizar com amigos e pessoas próximas. Neste ano, o Capital já recebeu mais de 100 eventos. Isto representa a procura do público pela qualidade que o local oferece. Nele, são disponibilizados todos os serviços de uma grande casa noturna com as grandes qualidades de um lounge. Com capacidade para aproximadamente 200 pessoas, o Capital Lounge & Bar se torna um ambiente agradável, pois conta com DJs tocando muita música boa, pratos deliciosos feitos pelo Chef paulista Marcos Barros e drinks de primeira preparados pelos barmens. Para o próximo ano, muitas surpresas virão. 2013 será ainda mais TOP!
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O Capital Premium sem dúvida nenhuma marcou o circuito de casas noturnas de Belém em 2012. Com um ambiente totalmente planejado para oferecer conforto e qualidade, ade, e, ele recebe recebeu beu as principais festas neste semestre, com um público sempre animadíssimo, adíssimo, se divertindo d n até até altas horas. Em breve, mais um espaço será anexado projeto, continuará mesmo depois que o Casa exado ao o projet eto, que cont nuará mesm Cor Pará for encerrado, a Arena Capit Capital. ambiente aberto, todo incrivelmente decorado. Será tal. al. Um amb ente aberto o palco perfeito erfeito para receber rec eceber bandass e grandes d eventos, para a capacidade de até mil pessoas. Capital Premium! Venha conhecer con nhecer o Cap tal Premiu
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enquanto isso
Havana Moro em Cuba, em uma pequena cidade chamada San Antonio de Los Baños. Aqui, estudo Televisão e Novos Meios na Escola Internacional de Cine y Television de San Antonio de Los Baños, a EICTV. Vivo em uma parte um pouco isolada, onde a maior coisa é realmente a escola, mais ou menos a uma hora de Havana, nossa capital e maior cidade – um lugar incrível, onde eu estou constantemente. Havana é apaixonante. Primeiro, você se enamora como turista, é claro, com os olhos de quem vê pela primeira vez as construções dos anos 50, os carros antigos e todo esse visual. Depois que você está já há algum tempo e começa a entender um pouco da dinâmica do lugar, se apaixona pela gente que faz a cidade e as histórias que eles têm para contar (e são muitas!). Em cada esquina, existe um centro cultural, um bar, um teatro, um cinema, um museu, frequentados sim por turistas, mas em grande parte pelos próprios cubanos. A segurança chama muito a atenção de quem
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vem por aqui. É o lugar mais seguro em que já estive. A gente caminha tranquilamente pela rua, sem se preocupar com nada em qualquer hora do dia. Também merece destaque a quantidade de bons lugares para se conhecer. Indico o Malecón, que é uma grande orla onde se vê o mar do Caribe – é um visual hipnotizante. A maioria dos turistas frequenta a região da “Plaza Vieja” e cercanias, onde há muitos restaurantes e produtos como souvenires. Mas o melhor de Cuba é caminhar e descobrir as atrações que agradam a cada um. Sempre terá uma peça ou um filme para ver, mas também boa música e o que mais você encontrar. O melhor está nas surpresas. Há períodos mais interessantes, dependendo do que você queira ver. Por exemplo, quando a capital recebe como o internacional de dança e o Festival de Cinema de Havana – que, em dezembro, lota a cidade com gente de todas as partes. Fora isso, ainda é bom arrumar um tempinho para conhecer o Museu Nacional de Bellas
Larissa Bezerra Cineasta Artes, o Teatro Nacional, o Teatro El Público e o Cine Infanta. Você não vai se decepcionar! Outra dica bacana é pegar uma pequena embarcação e ir ao outro lado, em Casablanca, para conferir a arquitetura e a vista do outro lado do mar do Caribe. É bonito e romântico, um passeio inesquecível. Quando você se programar para vir visitar Cuba, fique atento à época do ano. Aqui, faz calor quase sempre, por se tratar de um pedaço do Caribe. Mas, quando chega setembro, as temperaturas caem bastante e fica assim até março. Nesse período, o clima fica em torno dos 20 graus. Se a sua vinda coincidir com esse intervalo, um casaco é sempre uma boa companhia, principalmente à noite. Como fico aqui até 2015, que é quando me graduo no curso, ainda virão muitas impressões sobre Havana e sobre os outras regiões de Cuba que planejo conhecer. Mas posso adiantar que qualquer vinda, em qualquer momento, vale muito a pena.
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David Salvador Ibarz Tradução: Lívia Mendes
AcerbiMoretti Photography
Criatividade sem limites No que denomina “período de entressafra” do respeitado elBulli, o gênio Ferran Adriá está imerso em sua nova fundação, sem tirar o pé da cozinha latino-americana, da qual se considera um fervoroso admirador.
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m homem à frente do seu tempo; um gênio, na forma renascentista de entender o termo; profissional brilhante, consagrado internacionalmente em sua profissão; um homem inconformista e sonhador; um menino que, no fundo, continua perseguindo seu sonho: criar. Ele, que foi durante cinco anos eleito o melhor cozinheiro do mundo, carrega consigo meio século de histórias e comemora seus raros momentos livres com a família – uma agenda tão ou mais apertada do que quando reinava atrás dos fogões do elBulli. Para o chef Ferran Adriá, o período “sabático” que ele impôs ao elBulli está longe de ser sinônimo de calmaria. Adriá está cheio de projetos e trabalhando na organização, a “elBulli Foundation”, um centro experimental sobre a eficiência em criatividade gastronômica.O setor já espera ansioso, talvez simplesmente para ver o que nos reserva esse gênio inquieto chamado Ferran Adriá. Uma palavra: criatividade Nascido em L’Hospitalet de Llobregat, cidade anexa a Barcelona, Adriá começou na cozinha do restaurante de Cala Montjoi, na localidade costeira de Roses (próximo à França), onde ficou por mais de 25 anos, quando em, 1984, decidiu se unir a um projeto, que
só interrompeu em 2011, uma parada, segundo próprio, “para refrescar as ideias”. Quando chegou, o elBulli já contava com duas Estrelas Michellin, mas foi a “mãozinha” do catalão [“o toque mágico” seria o termo mais justo] que consagrou o estabelecimento e que conquistou a terceira estrela (em 1997), proporcionando um reconhecimento internacional nunca visto até então na gastronomia – tudo graças à essa máxima que persegue o chef: a criatividade. Destacar a importância na evolução bem sucedida do restaurante de seu diretor, Juli Soler, que agora sofre de uma doença neurodegenerativa e teve de se afastar nessa nova aventura, não significa que o novo projeto não terá a presença de Soler. “Sua magia e ilusão sempre estarão conosco”. O gênio dos fogões recebeu a Revista Leal Moreira em seu estúdio, de onde coordena a fundação que vai maravilhar o mundo e que “falará de criatividade e de vanguarda, do que a gente gosta”, afirma. “Poderia ter me dedicado a abrir restaurantes e mandar... A ser empresário! Mas o meu negócio é inventar e quero continuar assim”. Gênio e figura simples, longe de carros caros e mansões de luxo, Adriá tem os pés no chão e é consciente do que esse novo projeto não é simples, “mas é o que meu corpo pedia”. E nem será fácil, “porque estamos começando do zero, sem refe- »»»
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rências, uma vez que é o primeiro centro desse tipo no mundo”. “Estamos certos de que o projeto começará a dar seus primeiros passos a partir de 2014, para quando está prevista sua inauguração”. “Na primavera de 2013, iniciaremos as obras, mas já estamos trabalhando nisso ativamente há um ano”, fala sobre o grande “monstro” que se erguerá no mesmo terreno do restaurante. “Deve continuar ligado a Cala Montjoi [uma vila espanhola, destino luxuoso de férias]”. Questão de origem. O “hiato” do elBulli surpreendeu o setor, mas a cabeça de Adriá continua a 120%. “Passamos muitos anos trabalhando direto e duramente. Precisávamos parar porque o modelo criativo estava caindo numa rotina que podia comprometer sua continuidade, por isso, decidimos nos transformar para gerar uma mudança que nos motivasse a continuar criando. Agora estou mais ocupado do que quando estava no eBulli”, diz. Amazônia: uma experiência fantástica Sobre algumas das viagens que realizou recentemente [e que periodicamente o tiram da Espanha], comenta ter pisado em solo brasileiro. “Queria e quero conhecer como se trabalha lá [no Pará] e vou voltar com certeza”. De maneira mais enfática e empolga-
da, fala de suas conclusões sobre os produtos locais: “a cozinha brasileira é maravilhosa, chefs como [Alex] Atala ou Paulo Martins fizeram muito bem sua gastronomia, gerando uma corrente rica e muito interessante de novos chefs que, com certeza, vão se deparar com surpresas positivas num futuro não muito distante. É e será uma cozinha sábia e criativa, com identidade própria”. Palavra de chef. Falando em particular, destaca do Brasil [e de toda a America do Sul] a variedade de ingredientes “sua magnífica matéria-prima”, como ele define. Sobre a Amazônia, ele não cansa de repetir que “quando o mundo conhecer seus produtos, se fará uma revolução. É a despensa mais impressionante que já vi”, fala maravilhado. O chef corrobora a tendência e se atreve a aventurar-se num dos produtos que deve triunfar em breve internacionalmente, “isso se já não triunfou”: o tucupi. “Ficou gravado na memória”. Falando de Atala, Martins ou da cozinha local, Adriá aposta nela e em seus produtos como motores de crescimento e desenvolvimento econômico e gastronômico do Brasil. “A cozinha está avançando a passos firmes, somada às disponibilidades técnicas, aos talentos individuais que há lá”. Por isso, ele aconselha jovens chefs a se dedicarem de corpo e alma à profissão
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e às novidades. “Se você ama a cozinha, dedique-se com gosto, com honestidade e inconformismo. Nunca por buscar o sucesso. Esse não se busca, se encontra. Se você faz as coisas bem, quando menos esperar, alguém baterá à sua porta”. Novos projetos, novas cozinhas Quem aconselha é quem começou sem “padrinhos”, que passou por diversos restaurantes até encontrar aquele no qual poderia prosperar e mostrar o que tinha dentro de si. Ele foi o responsável pelo próprio caminho. Agora deve continuar caminhando para encontrar novas vias. “A criatividade não tem limites”, ele adora essa frase e, por causa dela, Adriá encontrou no seu irmão o aliado perfeito para continuar, dessa vez em uma segunda linha. Abriu, juntamente com Albert, que veio a fazer parte da equipe elBulli logo depois de Ferran, o “Tickets”, em 2010, um revolucionário conceito de bar de tapas (entradas espanholas) na região de Barcelona e cuja administração tem preenchido parte de seus dias. Adriá está envolvido ainda na internacionalização do Tickets e na abertura, para logo, de um novo restaurante, desta vez da cozinha mexicana. “Nós somos apaixonado por ela”. A coisa é não parar. Conta o chef que o Tickets, e seu anexo, 41º, um bar,
“onde também se pode comer” poderão ganhar filiais em Londres. “Foi um sucesso porque conseguimos colocar ao alcance da grande cidade a filosofia do elBulli, criando ‘tapas’ modernistas e vanguardistas que conseguiram envolver o público, tanto nacional, quanto estrangeiro. Sem dúvida, a tapa é uma maneira de ver a gastronomia espanhola facilmente compreensível em todo o mundo”. Quem diz é embaixador internacional da ‘tapa’ que, como homem renascentista, agora está ajudando seu irmão com um novo projeto parcialmente relacionado a esse formato tão espanhol que se chamará “Jaguar” e nascerá na metade de 2013, ofertarando um conceito diferente de tapas e receitas baseadas na cozinha asteca. O “alquimista” [como também ficou conhecido no meio] cogita incluir algum produto brasileiro no menu. “A importância e a influência da cozinha latina no conjunto mundial já são realidade. E dela compõem-se também a cozinha peruana e a mexicana, e também – óbvio – a brasileira”. Com vontade de continuar crescendo, deixamos Ferran Adriá envolvido com sua nova fundação e aconselhando seu irmão Albert, em todos os seus novos projetos. Também em projetos internacionais e sem limitações culturais nem gastronômicas. Ou, talvez uma: “odeio pimenta vermelha”. Um detalhe sem a menor importância. Coisas de gênio. Gracias, Ferran.
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receita
“Ar” gelado de parmesão com müsli SORO DE PARMESÃO Ingredientes 1 kg de queijo Parmigiano Reggiano rallado 900 ml de água Modo de fazer Colocar a água para ferver em uma panela e só então adicione o queijo parmesão ralado. Mexa sem parar, até que se forme uma “massa” com o parmesão. Retire do fogo e deixe em infusão por um período de 1 h. Usando uma gaze nova, coe e leve à geladeira. BASE PARA O XAROPE Ingredientes 100 ml de água 100 g de açúcar Modo de fazer Misturar os dois ingredientes em uma panela, levar ao fogo até levantar fervura. Leve à geladeira. MAÇÃ CARAMELIZADA Ingredientes 1 maçã tipo Golden (de aprox. 150 g) 200 g de base para xarope 2 g de ácido ascórbico Modo de fazer Misture o ácido com o xarope. Corte a maçã em rodelas, de modo a obter “folhas” de 0,1 cm de espessura. Rapidamente, mergulhe as maçãs na “solução” de xarope com o ácido. Escorra as “folhas”, uma a uma, e coloque-as sobre uma assadeira, forrada com silpat (*película de silicone, que transforma qualquer assadeira em uma superficie antiadherente). Levar ao forno (140º C) por um tempo de 25 minutos até que fiquem crocantes. Espere esfriar e guarde em um recipiente bem fechado e em lugar fresco e seco. NOZES TOSTADAS Ingredientes 50 g de nozes sem casca Modo de fazer Leve as nozes ao forno para tostar a uma temperatura de 170 ° C por 7 min. Elas devem ficar crocantes. Quebre-as um pouco, até obter pedaços de cerca de 0,5 cm de diâmetro. PÃO DE QUEIJO Ingredientes 1 litro de soro de parmesão (preparação prévia) 5 g de lecitina de soja em pó Modo de fazer Esquente o soro de parmesão a uma temperatura de 45 °C. Adicione a lecitina e misture bem. Com a ajuda de um turmix, emulsione a mistura na parte superior, fazendo com que o máximo de ar quanto possível, para que se forme uma textura de espuma que chamaremos de “ar”. Deixe o “ar” estabilizar durante 1 minuto, buscá-lo com uma colher de sorvete grande e ir preenchendo o molde da colher de sorvete. Preencha uma colher de sorvete (medida) por pessoa. Cubra com uma folha de papel manteiga e leve para congelar. ACABAMENTO E APRESENTAÇÃO Ingredientes 5 g de framboesas liofilizadas 4 moldes (bolas feitas com a colher de sorvete) do gelado, envolvido no papel. Elaboração Servir 4 pequenas vasilhas. Acompanham duas outras vasilhas com uma mistura de maçã caramelizada com nozes tostadas e picadas, além das frambroesas liofilizadas.
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vinho VINHOS FESTIVOS
Onde comprar: Grand Cru. (Indicação da sommelier Ana Luna Lopes)
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Uvas: 42% Chardonnay, 45% Pinot Noir, 13% Pinot Meunier Graduação: Vol. 13 % - Não safrada Origem: Champagne - França Festivo, refinado, elegante, espiritual, encantador o Champagne é tudo isso e, para celebrar as Festas de fim de ano, nada melhor do que o Gosset Brut Excellence, champagne com grande tradição e reconhecimentos. A Maison Gosset foi fundada em 1584 e é provavelmente a mais antiga de toda na região. Com um perfil aromático fascinante e perlage finíssimo, o Gosset Brut Excellence tem complexidade para dar e vender; é imediato, fragrante e amplo. Desde as primeiras notas agrumadas até as mais complexas, de levedura e amêndoas tostadas, o nariz é infinito. Na boca, é fresco e vivaz, com gosto envolvente e rico. O Gosset Brut Excellence é filho de uma terra única e extraordinária, múltipla e com uma infinita riqueza onde nascem os maiores espumantes do Mundo. Perfeito para celebrar o melhor que a vida nos oferece.
Uvas: 40% Xarel.lo, 25% Parellada, 20% Macabeo, 10% Chardonnay e 5% Pinot Noir. Graduação: 12° G REGIÃO: Cataluña - Cava - Vinhedos La Plana (Xarel.lo, Macabeo e Chardonnay), Clos del Serral (Parellada), Vinya Gran (Chardonnay) conduzidos em cordon de royat e Barbera. CLASSIFICAÇÃO LEGAL: Cava D.O. Produção: 120.000 garrafas A colheita exclusivamente manual, com seleção de cachos, garante um vinho Complexo e elegante, com frutas cristalizadas, brioche e mel. Cremoso, com acidez pungente e admirável persistência. Dissolve em boca, com assustadora cremosidade, alicerçada numa vibrante acidez mineral. É um vinho que casa mito bem com com frutos do mar e fará toda a diferença à mesa, no momento de sua celebração.
Onde comprar: Grand Cru. (Indicação da sommelier Ana Luna Lopes)
Onde comprar: Decanter
FERRARI PERLÈ BRUT 2005
RAVENTÓS I BLANC GRAN RESERVA BRUT 2005
Uvas: 100% Nebbiolo Graduação: 14% Origem: Piemonte, Itália A história do nascimento do vinho Barolo é antiga e apaixonante. No inicio do século XIX, nos vinhedos da família Falleti Marcheses de Barolo, começou a produção daquele que é conhecido como o maior dos tintos italianos. Seguindo o estilo dos vinhos de Bordeaux, ou seja, secos e não-suaves, como até então os Barolo eram produzidos. A tradição se deve à Marquesa de Barolo, Giulia Colbert Falletti, de origem francesa, que teve a excelente ideia de contratar o famoso enologo francês Conde Oudart, que mudou completamente [com sua experiência] a enologia na região Piemonte, no Noroeste da Itália e fez nascer esse grande tinto elaborado com a casta Nebbiolo. Vinho e história não podem caminhar separados, mas voltando ao presente. Os Barolo continuam a encantar e apaixonar os winelovers por sua complexidade e elegância. O Massolino Barolo DOCG 2007 é elegante, complexo, estagia 30 meses em carvalho francês. No palato, é frutado, potente, suculento, estruturado, com taninos bem domados. Tem um lado sutil, austero, típico dos tintos de classe. Ideal para carnes de caça ou com pratos à base de carne de cordeito, ou para ser degustado num momento de comtemplação. Um vinho para grandes momentos como a Ceia de Natal.
CHAMPAGNE GOSSET BRUT EXCELLENCE
MASSOLINO BAROLO DOCG 2006
As festas de final de ano são um convite à celebração e, naturalmente, ao “estourar” de rolhas de vinhos alegres. A Revista Leal Moreira convida você a degustar os rótulos especialmente selecionados para o Natal e Réveillon.
Uvas: 100% Chardonnay Graduação: 12,5° GL CLASSIFICAÇÃO LEGAL: Trento D.O.C. PRODUÇÃO: 560.000 garrafas Com colheita exclusivamente manual, feita em setembro, o Ferrari Perlè Brut 2005 é um vinho de superlativos. Majestoso, elegantíssimo, incrivelmente balanceado e muito saboroso. De coloração palha delicada, brilhante, perlage finíssimo e persistente. Cremoso, de incrível balanço e estupenda mineralidade. Longo final. Casa divinamente com peixes e risotos delicados. Deve ser servido aos 8°C. Onde comprar: Decanter
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decor
Inspiração que não tem fim
Retrô As arquitetas Erika Barros, Ludmila Slizys e Zinda Lobato elaboraram a Sorveteria com objetos retrôs dos anos 50 e 60. Dentre os inusitados, a lambreta do dono de um restaurante de Mosqueiro dava boas-vindas ao público e o inseria no contexto da época homenageada.
Confira alguns dos conceituados trabalhos do maior evento de arquitetura, design e paisagismo das Américas
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Diante de tantas opções, nem sempre é possível apreciar todos os objetos de decoração da CasaCor. Pensando nisso, a equipe da Revista Leal Moreira preparou uma seleção especial com dez itens mais marcantes da mostra no estado. Dos mais perceptíveis aos menos populares, todos trazem consigo uma parte da essência e do talento dos profissionais envolvidos. Acompanhe:
Extravagante No espaço Leal Moreira, os arquitetos Ana Perlla e José Jr. destacaram na entrada do lounge um tigre de resina com banho metalizado na cor dourada de uma cliente particular. A peça é marcante por representar a extravagância dos anos 80.
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Dudu Maroja
Juicy Salif A beleza e a funcionalidade tornaram o espremedor de laranjas Juicy Salif um objeto de cobiça tanto na cozinha quanto na sala. A criação do designer Philippe Starck, adotada no Studio do Fotógrafo - do arquiteto Daniel Vinhas -, cumpriu o objetivo de inovar na mostra.
Vendas www.alessi.com
Oratório histórico Um dos objetos mais contemplados no Antiquários (elaborado pelos arquitetos Daniel Vinhas e Beth Gaby) foi o oratório do século XVIII de madeira de pinho de riga. A obra, de autor desconhecido, foi adquirida pelo antiquário Tutto Vecchio por meio de uma família pernambucana.
Vendas Antiquário Tutto Vecchio • 91 3222.4904
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Luminária marítima O lustre não poderia ficar de fora da decoração náutica do Home Office do Jovem Empresário, espaço do arquiteto Helder Coelho. A luminária é uma adaptação do farol original da embarcação que pertenceu ao bisavô de Marina Fonseca, proprietária do Maricotinha Casa.
Vendas Maricotinha Casa • 91 3349.4287
Espelho Mágico A arquiteta Vanessa Martins elaborou um espelho mágico de baixo custo em parceria com a empresa gaúcha Cinex para o Loft do Casal de Músicos. Ao desligar a televisão – que fica embutida na parede -, o vidro desenvolvido pela Cinex se transforma em espelho.
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Mesa temática No Estúdio do Estilista, projetado pelos arquitetos Felipe Souza, Linda Schweidzon e Tainah Schweidzon, a mesa de centro destacava-se tanto pela laca amarela quanto pelo efeito visual proporcionado pelo espelho ao lado. O designer carioca Zanini De Zanine se inspirou no Palácio da Alvorada, de Oscar Niemeyer, para elaborá-la - semelhança logo percebida pelos arcos.
Vendas Galeria Marmobraz • 91 3239.1200
Mesas de barril As arquitetas Natália Jacob, Elisa Cardoso, Alana Miranda e Vanessa Maia perceberam nos barris de vinho da Grand Cru uma ótima opotunidade para elaborar mesas do ambiente externo do Adega Bar.
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Pequenos e práticos Devido as suas múltiplas funções, garden seats (ou “bancos de jardim”) são ideais para espaços compactos e práticos. No Loft da Jovem Empresária, as arquitetas Patrícia Póvoa, Luciane de Lucena e Láyza Meireles aproveitaram o tom neutro do ambiente para valorizá-los com cores vivas e atrativas.
Vendas Casa Amazonas • 91 3224.4006
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Confortável Para compor a Sala de Leitura, os arquitetos Mariano Cintra e Heloisa Ferreira posicionaram a chaise de alumínio polido com encosto de chenile entre duas mesas de apoio. A opção de recliná-la afasta a monotonia provinda de posições iguais.
Vendas Perfini • 91 3224.9207
Painel regional As arquitetas Aíla Seguin e Clélia Andrade da Rouparia e Lavanderia utilizaram, na parede, o painel de tecido como uma das estratégias para quebrar o paradigma do azulejo e do branco nas lavanderias. O artista plástico Fábio Gurjão se inspirou em elementos regionais, como barcos, peixes e coqueiros, para ilustrá-lo.
Vendas Aíla Seguin e Clélia Andrade 91 9941.9590 • 91 8869.0339
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falando nisso
A luz pode mudar nossa perspectiva e visão de cenários e a afirmação é válida para a decoração e design de interiores. Para o arquiteto, urbanista e engenheiro civil com experiência de 25 anos, Carlos Alves, a luz pode valorizar o mobiliário, realçar as cores das paredes e deixar o ambiente mais aconchegante. Confira as dicas dele para quem deseja acertar na iluminação e deixar o ambiente [ou lar] mais convidativo. Carlos Alves arquiteto
1 - A primeira preocupação com a iluminação é saber que tipo de luz você quer para o ambiente. 2 - O resultado depende da temperatura da cor da lâmpada (não exatamente da luminária). A fria geralmente não reproduz muito bem a cor do mobiliário, da parede, dos objetos de decoração, enfim, do ambiente. Em geral, a morna – ou mais quente - valoriza melhor essas áreas. 3 - Nos banheiros, é interessante utilizar luzes mistas (branca e amarela) para realizar com eficácia atividades rotineiras, como fazer maquiagem, aparar a barba e escovar os dentes. Assim, você consegue reproduzir o tom real da pele. Já na sala, não precisa desse tipo de luz. Pode ter algo mais calmo, tranquilo e aconchegante, até para que a imagem do vídeo tenha uma melhor reprodução de cor. 4 - Algumas opções para utilizar nos ambientes são sancas. Elas têm um efeito muito bom por distribuir a luz uniformemente nos espaços. Além disso, têm um custo barato em relação a outro tipo de iluminaria. Outro recurso são iluminações pontuais, como, por exemplo, um abajour para valorizar um canto da sala. Eu gosto muito de usar luminárias assimétricas que jogam luzes mais direcionadas. A conciliação desses dois tipos de iluminação (abrangentes e pontuais) é que traz um resultado melhor em qualquer ambiente residencial, exceto cozinha, banheiros e áreas de serviço. 5 – Um recurso atual e contemporâneo é o de iluminação em led. Apesar do custo elevado em relação a convencional, seu baixo consumo de energia acaba compensando o custo ao longo do tempo. As fitas de led têm ótimos resultados em casos como iluminação de prateleiras e em sancas. O único senão do led é com relação à iluminação pontual, que é muito fria. Eu acredito que a tecnologia vai achar uma maneira de transformar sua reprodução de cor tão boa quanto a convencional, mas, por enquanto, ainda não é verdade. 6 - Em ambientes comerciais, temos várias opções para aplicar a iluminação. Uma boutique, por exemplo, precisa de algo que reproduza bem as cores. Uma iluminação muito fria, como a de uma farmácia, não é adequada a ela. Então, mesmo dentro do ambiente comercial, tem que ter a preocupação de o que você quer usar. No caso de escritórios, tem que dar conforto ao profissional que trabalha lá o dia inteiro. Nem sempre a iluminação forte, clara e branca traz conforto. É importante que os pontos sejam iluminados, mas não necessariamente brancos ou com excesso de luz. 7 - Se você tiver condições o melhor é consultar um profissional da área como um arquiteto de interiores que possa auxiliar na hora de distribuir essa iluminação. Assim, você conseguirá realmente ter o melhor resultado no seu espaço.
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Perguntas bem feitas são mais da metade da resposta. Especialmente em automação e home theater.
Que tal uma central de mídia para todos os sistemas da casa? Quer controlar a casa à distância? Tela de projeção ou monitor? E um sistema de áudio/vídeo multicanal para tornar o videogame mais irado? Essas são algumas das perguntas que fazemos para oferecer soluções inteligentes, de automação e de entretenimento, em plantas bem detalhadas. São elas que permitem fazer de um projeto, um sonho realizado. Ah, por falar em sonho realizado, quando o seu projeto é aprovado, nossa engenharia sempre acompanha a execução. Venha conversar conosco. Você também vai gostar das nossas respostas.
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especial
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Lucas Ohana
Dudu Maroja
Ousadia einovação Leal Moreira consolida participação na Casa Cor Pará e conquista, pelo segundo ano consecutivo, o prêmio de projeto mais ousado da mostra.
C
onforto, descontração e bem-estar. Na CasaCor Pará 2012, o espaço Leal Moreira conciliou tão bem esses conceitos com ideias inovadoras que conquistou, pelo segundo ano consecutivo, o prêmio de projeto mais ousado da mostra. A proposta era apresentar uma síntese do universo da construtora nesses quase 27 anos de existência em um lounge intimista, de confraternizações. O projeto, assinado pelos arquitetos José Jr. e Ana Perlla, congregava opções aos mais variados públicos. Para os mais calmos, a reserva dos estofados representava a quietude ideal à leitura e à contemplação das referências estéticas. Já o clima de festa era ressaltado pelo bar, boa música e espaço de sociabilidade. Na decoração, a predominância de itens ligados aos anos 80 era uma homenagem à década de criação da empresa. Os arquitetos a elaboraram com tantos detalhes que era improvável contemplá-la em sua totalidade à primeira vista. Ao entrar no “Mundo Leal Moreira”, como o espaço foi chamado, tudo se revelava aos poucos: as percepções iniciais eram pautadas pelas cores preto e vermelho e por luzes pontuais. Em seguida, a iluminação perdia a timidez e revelava um ambiente até então desconhecido. Instintivamente, as pessoas tendiam a olhar logo para um quadro amarelo em três
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dimensões onde era retratada a gravidez de uma mulher, remetendo ao surgimento da Leal Moreira e à valorização da família. O curioso era que, para compreender a obra por completo, o visitante tinha que sentar na poltrona ao lado, sendo incentivado assim ao convívio social. “O ambiente trazia consigo elementos que estimulam os sentidos. Por exemplo, a luz baixa, a música ambiente, o bar com o drinque de boas vindas, além do aroma que convida as pessoas a permanecerem no local. Todos esses detalhes faziam com que os visitantes interagissem uns com os outros e com o ambiente, além de favorecer com que se sentissem à vontade para se sentar, observar e usufruir do clima descontraído,” disse José Jr. No extremo oposto, uma tela de pintura acrílica com fotografia, contextualizava o público com o período homenageado. A artista plástica Cintia Ramos valeu-se de ícones como David Bowie, fitas cassete e guitarra para compor a intervenção; em cores vivas para ressaltar os contrastes da época. Nem todas as referências eram suscetíveis a entendimentos instantâneos. Algumas exigiam um pouco mais de atenção, como os cintos de couro que sustentavam três espelhos redondos na entrada, fazendo referência ao estilo “oitentista” do rock. “Nada que você vê dentro do espaço Leal Moreira está ali por acaso, sempre tem um conceito por trás”, »»»
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Acesse o código abaixo e confira a exclusiva animação “Mundo Leal Moreira”
Leia mais
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No ambiente, que evoca ícones e influências dos anos 80, os arquitetos José Jr. e Perlla valorizaram os detalhes e cores intensas. O lounge Leal Moreira, que conquistou o prêmio de “espaço mais ousado” da Casa Cor Pará 2012, foi um dos espaços mais visitados da mostra.
explicou André Moreira, diretor de marketing do Grupo Leal Moreira. Como um dos estandartes da CasaCor deste ano era tecnologia, duas animações desenvolvidas pelas agências Madre e Door Comunicação exibiam na parede central os valores e ideias da empresa. Para ilustrá-las, foram utilizadas desde imagens dos colaboradores das obras até dos mais badalados ícones nacionais, como a atriz Camila Pitanga, o arquiteto Oscar Niemeyer, Lázaro Ramos e Caroline Ribeiro. Com um área total era de 65 m², adotar estratégias para aproveitá-la ao máximo foi um desafio delicioso. Dentre elas, posicionar uma chaise no meio do lounge e escolher tapetes diferentes, como um patchwork, para dividi-lo em dois. De um lado, duas poltronas clássicas emolduravam uma mesa pé palito e flertavam com mesas tulipa. Do outro lado, cujo conceito era de mais modernidade, a solução foi explorar três estofados, uma mesa geométrica e dois seats garden, que serviam tanto de apoio de livros quanto para assento. As amigas Olinda Mendes e Marta Ramos gostaram tanto do espaço que passaram horas conversando num dos sofás. “Foram »»»
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arrojados em fazer esse ambiente. Ficou muito bom, agradável, tanto que a gente nem queria sair de dentro. Parecia que estávamos em casa,” afirmou Marta. O clima aconchegante era conduzido pela harmonia entre os elementos clássicos e contemporâneos. Diante disso, para dar uniformidade e concordância ao projeto, as paredes permaneceram com um tom escuro e, em cada canto, as mesas de apoio foram iluminadas por pendentes beges. Do sofá para um charmoso bar Saindo um pouco do tema decoração, um dos grandes diferenciais do “Mundo Leal Moreira” foi a sofisticação dos drinques oferecidos aos clientes e visitantes do lounge. Cada um deles recebeu o nome de um empreendimento da Leal Moreira: Unitá, Floratta, Triunfo, Parnaso e Sonata. A artista plástica e professora da Universidade Federal do Pará Rosângela Britto, 47, aprovou a ideia. “Os drinques associados aos nomes dos imóveis fazem com que você associe ao estilo que gostaria de morar. Foi muito inventivo.” O mais requisitado foi o “Floratta”, que levava purê de gengibre com hortelã, limão siciliano e licor de laranjas harmonizado com espumante Brut. Outro que fez sucesso foi o “Parnaso”, feito com nectarina de maçã com manjericão, uvas Thompson e limão siciliano harmonizado também com espumante Brut. Para elaborá-los, o chef em coquetelaria Leonardo Cals desenvolveu técnicas exclusivas. “A ideia era fazer algo requintado, com que as pessoas não estão muito acostumadas. Como esse ano o espaço foi mais intimista, nós pensamos em trabalhar com o espumante que é uma bebida nobre, de gosto bem seleto.” »»»
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CasaCor Pará Pela segunda vez, a Leal Moreira participou como patrocinadora da mostra. Isan Anijar, franqueado da CasaCor no Pará, falou da importância da parceria. “É a empresa que mais constrói no estado e constrói para todos os públicos, mas, principalmente, para o público ‘A’ e ‘B’, que se identifica com a CasaCor. Para nós, é uma honra e uma satisfação muito grande ter uma empresa como essa há dois anos no nosso evento.” André Moreira explicou a relevância para a construtora em participar do evento. “A Leal Moreira trabalha para que seu produto final seja reconhecido e admirado. Nesse sentido, a CasaCor cumpre com maestria esse nosso objetivo. Isso se traduz ao longo do tempo numa performance comercial muito boa »»»
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Segundo o arquiteto José Jr., um dos responsáveis pelo projeto, o lounge Leal Moreira foi concebido para parecer um patchwork
(baseada em índices nacionais) graças a várias iniciativas que procuram mostrar para os clientes os valores da empresa, como transparência, verdade, confiança, buscando fazer o melhor sem que isso se traduza num aumento de preço.” A CasaCor Pará - maior evento de arquitetura, paisagismo e decoração das Américas - reuniu este ano 59 ambientes decorados e assinados por 103 arquitetos, designers e paisagistas do Pará. Sem contar o glamour da mostra, a CasaCor é um evento marcante para a economia local. “Primeiro, porque gera mais de mil empregos diretos durante a fase de sete
a oito meses de obras e de evento. Além disso, nós recebemos (até a penúltima semana de novembro) mais de mil e oitocentos turistas de todos os estados”, ressaltou Isan. Na primeira edição no estado, a CasaCor Pará foi eleita a segunda maior mostra da franquia. Para isso, foram avaliados mais de cinquenta itens como faturamento, tamanho da mostra, número de visitantes, acabamento, qualidade da obra, entrega no prazo. O resultado da edição deste ano deve ser divulgado no começo de 2013. “Estamos lutando para ser o primeiro deste ano”, concluiu Isan.
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Foto: Cícero Mafra.
A L UZ T R A N S F O R M A . www.iluminar.com.br
Travessa Rui Barbosa, 1866 Nazaré - Belém - PA - (91) 3230-4234 www.designdaluz.com.br
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Segurança e lazer em perfeita harmonia.
O SEGREDO DO SUCESSO Uma das principais formas de alcançar o sucesso é por meio de grandes parcerias. A Leal Moreira agradece a todos os parceiros que contribuíram para o lançamento de mais um empreendimento: o Torre Unitá. Desde os aconchegantes modulados da SCA, os sofisticados revestimentos de cerâmica da Metallo, o refinamento das cortinas da Angela Belei até os produtos de última geração da SOL Informática, os móveis do Spaço Casa, bem como a eficiência dos acessórios da Tramontina; todos são essenciais para a obtenção do objetivo maior da Leal Moreira: a satisfação dos clientes. Então, nosso sincero muito obrigado a todos. vocês!
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MÊS DE ANIVERSÁRIO Em comemoração ao mês de aniversário da Grand Cru em Belém, a Importadora realizou, em novembro, uma programação especial para seus clientes. Aos sábados, o público pôde conferir eventos temáticos com degustação de vinhos de diferentes regiões, como tintos espanhóis, brancos argentinos e italianos da Puglia. No fim do mês, foram dedicados cinco dias consecutivos ao Festival Enogastronômico Argentino, que ofereceu o melhor da gastronomia e grandes vinhos do país. Para encerrar a programação, a Importadora preparou um jantar harmonizado com o melhor de cada festival ocorrido ao longo do ano, como o francês e o português. A Leal Moreira apoiou o evento e sorteou convites [para alguns dos dias especiais] nas redes sociais da Construtora.
SITES Em breve, todos os sites do Grupo Leal Moreira serão integrados e padronizados com uma nova apresentação, para oferecer aos clientes uma melhor compreensão dos serviços digitais oferecidos. O site principal terá novidades não apenas da construtora, mas da Leal Moreira Imobiliária, Revista Leal Moreira, Clientividade, Catão Leal Moreira. Outro diferencial será a compatibilidade de acesso com dispositivos móveis, como celulares e tablets. Enfim, tudo para deixar você informado sobre os mais diversos conteúdos, desde o mercado imobiliário até os principais eventos culturais da cidade. Acesse: www.lealmoreira.com.br
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PONTO DE VENDA E GALERIA A Galeria Leal Moreira é o novo ponto de vendas da construtora no Boulevard Shopping – localizado na área de expansão do quarto andar. O público pode conferir empreendimentos como o Torres Floratta, Torre Triunfo, Torre Parnaso e, é claro, o próximo lançamento, o Torre Unitá. Além disso, o hall de entrada possui um espaço exclusivo para exposições de arte. A primeira mostra é sobre as obras dos designers que ilustraram a Agenda Leal Moreira 2013. Dentre outras atrações, haverá um evento com condições especiais de pagamento no estande. Aguardem.
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NOVOS GESTORES O setor de engenharia da Leal Moreira tem um novo diretor: William Chamas. Pela primeira vez residindo na cidade, William se identificou logo com o clima da empresa. “Essa sensação de família é primordial para o trabalho. A gente percebe, nas obras, a feição de satisfação dos profissionais”, ressaltou. Já no setor de relacionamento, a nova gerente é Alethéa Assis. “Quando cheguei, fiquei impressionada com a motivação dos profissionais no trabalho. Apesar do pouco tempo, já estou muito feliz. Tanto o apoio da diretoria quando da minha equipe está sendo fundamental para isso”, disse.
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A perfeita mistura entre transparência e resistência. O Torre de Farnese é um dos empreendimentos de alto nível da Leal Moreira que tem a segurança e a beleza dos vidros Ebbel. Uma combinação atestada por tantas outras obras de qualidade. • Aumento de área útil. • Proteção contra vento, chuva, poluição e maresia. • Valor e qualidade otimizados, propondo melhor custo/ benefício, uma vez que proporciona maior comodidade e conforto. • Segurança com uso de vidros temperados • Praticidade em seu manuseio e limpeza.
Rod. BR-316, KM 2 Alameda Moça Bonita, nº 14 Guanabara • Ananindeua/PA Fone: [91] 3235.5395 3235.5313
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NATAL ESPECIAL FAMIGLIA SICILIA O último mês do ano remete a sentimentos propícios à confraternização: união, harmonia, felicidade, solidariedade. Pensando nisso, o Famiglia Sicilia realiza uma das mais tradicionais homenagens natalinas da cidade. Além de se deliciar com um cardápio especial, você será contagiado com uma comovente apresentação que sintetiza toda essência do clima de Natal. O patrocínio é da Leal Moreira. Serviço Data: Até 26/12 Local: Famiglia Sicilia (Av. Conselheiro Furtado, 1420) Reservas: 4008-0001
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PREMIAÇÃO MERECIDA Para comemorar o prêmio de “projeto mais ousado” da CasaCor Pará, a Leal Moreira realizou durante a mostra um coquetel para convidados, parceiros e amigos no seu lounge. O evento também foi uma oportunidade para o público conhecer o próximo lançamento da construtora e se encantar com o charme do Mundo Leal Moreira. Na ocasião, foram servidos petiscos elaborados pelo chef Felipe Gemaque com opções como pães especiais com creme de queijo, cestinha de bacalhau e tartelete de creme de tomate com manjericão. A carta de drinks foi elaborada em referência aos prédios da construtora e assinada por Leonardo Cals.
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Check List das obras Leal Moreira projeto
lançamento
fundação
estrutura
alvenaria
revestimento
fachada
acabamento
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Torre Parnaso 2 ou 3 dorm. (1 suíte) • 58,40m² e 79,20m² • Cremação • Av. Generalíssimo Deodoro, 2037 (com a Rua dos Pariquis) Torres Dumont 2 e 3 dorm. (1 e 2 suítes) • 64m² a 86m² • Pedreira • Av. Doutor Freitas, 1228 (entre Av. Pedro Miranda e Marquês de Herval). Torre Vitta Office Salas comerciais (31,73 a 42m²) • 5 lojas (61 a 299,62 m²) • 31,73 a 42m² (sala comercial) • de 61 a 299,62m² (lojas) • Marco • Av. 25 de setembro, 2115. Torre Vitta Home 2 dorm. (1 suíte) • 58,02m² • 3 dorm. (1 suíte) • 78,74 m² • 58 m² e 78 m² • Marco • Travessa Humaitá, 2115 (entre 25 de Setembro e Almirante Barroso). Torre Triunfo 3 e 4 suítes (170,34 m²) • cobertura (335,18m²) • Marco • Trav. Barão do Triunfo, 3183 (entre 25 de Setembro e Almirante Barroso). Torres Floratta 3 e 4 dormitórios • 112,53m² a 141,53m² • Marco • Av. 25 de Setembro, 1696 (entre Travessas Angustura e Barão do Triunfo). Torres Trivento 2 e 3 dorm • 65,37m² a 79,74m² • Sacramenta • Av. Senador Lemos, 3253 . Torre Résidence 2 ou 3 suítes (174m²) • Cobertura (361m²) • Cremação • TV. 3 de maio, 1514 (entre Magalhães Barata e Gentil). Torres Ekoara 3 suítes (138m²) • Cobertura (267 ou 273m²) • Utinga • Tv. Enéas Pinheiro, 1700 (entre Av. Alm. Barroso e Av. João Paulo II). Torre Umari 2 ou 3 dorm. sendo 1 suíte (107m²) • Umarizal • Rua Dom Romualdo de Seixas, 1500 (entre Antonio Barreto e Domingos Marreiros). Sonata Residence Uniplex (71m² a 72m²) e Duplex (118m² a 129m²) • Umarizal •João Balbi, 1291 (entre 9 de Janeiro e Alcindo Cacela).
Veja fotos do andamento das obras no site: www.lealmoreiraimobiliaria.com.br
em andamento
concluído
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Líder absoluta de mercado na região Norte, há 34 anos. www.lotusonline.com.br
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Nara Oliveira Consultora empresarial
Que
Vai que a bola é tua Desafios estratégicos para o Pará
venha
2013.
nhecido onde você possa buscá-las. Se esse
Não há como o Pará
novo negócio se encaixar nesse cenário inter-
deixar de crescer em
no, então você realmente possui uma oportu-
um ritmo maior que
nidade.
o Brasil. O desafio é
Depois de reconhecidas, as oportunidades
que a riqueza gerada por todas
precisam ser “trabalhadas”. Expandir um ne-
as oportunidades fique no Pará. O segmento
gócio existente ou começar um novo merece
agrícola, a indústria de palma em expansão,
um plano de ação cuidadoso envolvendo pes-
o surgimento da indústria de energia limpa no
soas, tecnologia, estrutura física, descrição de
Pará. A construção de Belo Monte, o segmento
processos e desenvolvimento de uma cadeia
mineral, por quê não? Os portos de Miritituba
de fornecedores. Uma dica: convide as pesso-
e do Guamá, as inúmeras oportunidades surgi-
as que lhe ajudam a tocar a empresa para dis-
das por esses projetos mencionados.
cutir os problemas e ajudar a criar as soluções.
Nosso grande desafio é estrutural: educa-
Um desafio. Quase a totalidade dessas opor-
ção, infra estrutura e logística. O governo atu-
tunidades estão vinculadas à industria de base
al possui credibilidade, baseia suas ações em
ou à infra estrutura, mesmo aquelas do seg-
dados e fatos contudo, carece de uma visão
mento de serviços. Assim, elas estão interiori-
de longo prazo e precisa vender isso para a so-
zadas e o empreendedor se encontrará com
ciedade. O Pará precisa de um planejamento
as peculiaridades das cidades fora da região
estratégico para os próximos 30 anos.
da grande Belém.
O empresariado paraense é convidado a re-
Outro desafio. Profissionais com qualificação
alizar uma leitura minuciosa desse cenário e
para enfrentar as oportunidades. A vocação
a aproveitar todas as oportunidades que sur-
do estado vai ao encontro do fenômeno eco-
girão em nosso estado nos anos vindouros.
nômico denominado apagão de mão de obra.
Nem todo movimento do mercado se constitui
Profissionais de tecnologia, infraestrutura e lo-
em uma oportunidade. Isso deve ser aderen-
gística hoje inflacionam o mercado e são ina-
te à missão da empresa, deve estar inserido
cessíveis, salarialmente falando, ao empresário
em seu campo de atuação. Certamente, deve
regional. Essa é uma equação difícil de ser fe-
haver competência agregada na organização
chada e merece criatividade no enfrentamento.
para receber o novo negócio ou a expansão e
Empreendedores do Pará, bem vindos
ao
“ colocá-lo para rodar “. Deverá haver pessoas
ano de 2013 e a um estado que oferece cami-
com senioridade no assunto ou um lugar co-
nhos alternativos.
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NORTE
1mR HVSHUH SDUD FRPHoDU R SULPHLUR GLD GD VXD VHPDQD SRGH VHU
HOJE 4\UPJPWHSPKHKL рао [^P[[LY JVT JPHH[OSL[PJHILS рао -VUL!
RLM nº 35
Leal Moreira, amor e arte. GENTE DESIGN ESTILO IDEIAS CULTURA COMPORTAMENTO TECNOLOGIA ARQUITETURA
ano 9 número 35
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Nelson Motta O crítico musical mais influente do Brasil fala sobre o cenário nacional e o bom momento paraense
Leal Moreira
Letícia Isnard Ferran Adriá Zenaldo e Belém 400 anos