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, , Chegamos ao final do ano e a revista Curitiba Deluxe se propõe, mais uma vez, a buscar o diferente. Sem “Ho, ho, ho!” nem apelos ao consumo, mas com os olhos voltados para as pessoas. São elas – bonitas, extravagantes, talentosas, idiossincráticas – que fazem de nossa realidade, nossa cidade, algo digno de nota. Buscamos mostrar isso em uma reportagem que apresenta pessoas que se dedicam à nobre arte de produzir roupas, acessórios e calçados “à moda antiga”, isto é, com atenção especial para cada peça e muito longe do prêt-à-porter. Nada contra a indústria, evidentemente, mas uma roupa feita sob medida guarda, digamos assim, uma energia própria – aquela que emana do que é especial e artisticamente humano. Ainda no campo do jornalismo escrito, investigamos – à moda Deluxe, ou seja, com absoluta descontração – uma mania que há algum tempo tomou conta da sociedade e do showbizz no Brasil, a de ser . De repente, todo mundo – da modelo mais esquálida ao síndico do prédio – virou Disc Jockey e se propõe a pilotar uma pickup com a maior desenvoltura. Mas... é mesmo assim? Em nome da ciência, conversamos - - com profissionais do ramo para saber� ��� �� — ��� se a realidade costuma confirmar as auto-atribuições de competência.
No campo da imagem, o fotógrafo� ��� �� — ��� Rafael Dabul e a jornalista Narah Julia prepararam um editorial exclusivo sobre pessoas interessantes em lugares� ��� �� — ��� pitorescos de nossa cidade. Essa, aliás, poderia ser a síntese de Deluxe – uma publicação que traz o que a cidade tem de mais legal, a partir de ângulos� ��� �� — ��� inusitados.
Na área de alimentação, descobrimos , �� que Curitiba também oferece várias� ��� �� — ��� opções de comida exótica. Nesse “safári gastronômico” há lugar, por exemplo, para caranguejos gigantes de águas geladas, caldos de piranha� ��� �� — ��� e buchadas de bode. Last, but not least, o colunista Eduardo Sganzerla traz um texto especial sobre os cinqüenta anos do Mercado Municipal. Enfim, é isso. Boa leitura! O Editor.
Nas N as últim últimas décadas, o prêt-à-porter p rêt-à-po implicou em uma rrevolução evoluçã no vestir. A produção iindustrial ndustria democratizou o acesso acesso às roupas e teve reflexos importantes importan sobre o próprio cconceito onceito de moda. E também d determinou etermin um novo olhar sobre o oss profiss profissionais que, seguindo m métodos étodos artesanais, se dedicam à produç produção de roupas, calçados e acessór acessórios. Ao contrário d do o que se pensava, alfaiates, ccostureiras ostureir e artesãos não foram ccondenados ondenad ao ostracismo: seu ttrabalho rabalho ganhou valor na exata m medida edida e em que as pessoas rredescobriram edescob a importância d do o que é exclusivo, da peça que é fruto d de horas de dedicação e atenção especial. Nesta reportag gem, em, con conversamos com quatro p profissionais rofission curitibanos na arte d de e produ produzir roupas, calçados e acessór acessórios "à moda antiga" – m mestres estres que contribuem para q que ue as pe pessoas se vistam e se ssintam intam b bem.
- ��� � �� — ��� Rodr Rodrigo Apolloni Rafael Dabul Anderson A Maschio
— Tiça Muniz é a responsável pela criação de alguns dos vestidos mais legais vistos em Curitiba – nas ruas e em produções de moda, teat teatro e cinema – nos últimos an anos. E também por dezenas de bolsas, casacos, chapéus, cintos cin e broches que fazem uma iinteressante fusão entre o sofi sofisticado, o vintage e o francamente francam naïf. Ela é a proprietária do ateliê , que há h cerca de sete anos fornece bons argumentos para a street fashion local. lo Envolvida com ccostura desde a mais tenra idade – com c sete anos, eu já sabia sabia costurar a máquina, conta Tiça, que começou ven vendo a mãe, a modista Ninita Muniz –, ela encontrou sua atual inspiração nos n Anos �� graças a um saco de roupas roupa herdadas de uma tia-avó. Dentre as peças – que, originalmente, eram para doação e felizmente acabaram “abduz “abduzidas” em nome da algumas blusas de moda – estavam a lã fantásticas, de ccores pouco comuns. Elas desgastadas e eu pensei: E las estavam bem de ‘vou nisso’. Daí, bordei em cima ‘‘v vou dar um jeito nisso dos coloridos e fiz ajustes d os furos com fios co para para poder usar. E todo to mundo adorou o rresultado!, esultado!, lembra. As pessoas começaram semelhantes e o ateliê a pedir peças seme entrou em um novo rregime de produção, característica do hand mantendo sempre a ca destaque, pequenos retoques, made. Como destaque recortes e ajustes q que davam formas novas ou antigas. diferenciadas a peças n — Para Tiça, muito do que se vê nas araras do ateliê está relacionado à visão mãe. Ela pegava muito da moda herdada da mã no no pé para que a gente fu fugisse do consumismo. Nisso, N isso, tinha algo do movim movimento hippie, analisa. Ela foi influenciada, tam também, por uma velha história de família, de três tias-tataravós h (Malvina, Higina e Hemerentina) Heme que tinham mania de reaproveitar tudo e que, com capricho, criavam peça peças de maravilhosas. Então E ntão eu fico assim, no me meio caminho entre os d dois ois mundos: o da criação de moda e o da pesquisa d doo que era feito nas décadas passadas.
R. Domingos Nascimento, ��� Bom Retiro – Curitiba — Paraná �� ���� ����
No caso da customização customização, o processo passa pela aquisição de roupas roupa antigas que são observadas, desmontadas e recriadas. Muitas vezes, as próprias limitaç limitações dos materiais determinam soluções inova inovadoras. É, em resumo, uma uma super-interferência, e o resultado re é muito gratificante, fi avalia. Atualmente, o ateliê caminha para a produção de peças sob medi medida. Tiça, porém, não pretende abrir mão do trabalh trabalho de customização de roupas vintagee ou de sua pa paixão profissional, a produção de flores de tecido ((que, inclusive, dão nome ao ateliê).
— Marcilio Stolf já fez calças, coletes, paletós, terninhos e tailleurs ta para muita gente. Ele é alfaiate há �� anos, �� dos quais no mesmo endereço, en na sede do , no Centro de Curitib Curitiba. Alinhavou as primeiras peças aos �� anos, no interior de Santa Catarina – começou como aprendiz na alfaiataria de um tio – e não parou mais. Q Quando uando com comecei, era criança. Não pensava eem m profiss profissão. Trabalhava, aprendia e ttentava entava fa fazer o melhor. Quando me dei cconta, onta, esta estava gostando, conta. Acho que m mee saí razo razoavelmente bem. Não sou o Pelé, m mas as também també não sou um perna-de-pau, ri. Marcilio, d de fato, está longe de ser um perna-de-p perna-de-pau. Que o digam os muitos engenheiros ou não, que levam clientes, en filhos e at até netos para fazer roupas. A qualidade está implícita no discurso do que vibra de alegria ao falar alfaiate, q sobre o tra trabalho. Quando você faz uma p peça eça que fi fica bonita, você admira. É como obra de arte, resume. Segundo vver er uma ob ele, o seg segredo está na harmonização técnica, tecido, aviamentos e entre técn corporais dos clientes. medidas co média, sua alfaiataria produz Em médi ternos (paletó + calça) e oito quatro te calças por semana. O trabalho envolve pessoas. Elas são coordenadas cinco pes Marcilio, que tira as medidas do por Marci corta, monta a primeira prova, cliente, co prova, ajusta o traje e encaminha faz a prova oficina. para a ofic Em termos de matéria-prima, o alfaiate esconde a preferência pelos tecidos não escond à base de lã. Mesmo o tropical pura lã, tecidos meia-estação com lã, têm um oou u os tecido ccaimento aimento excelente. e Segundo ele, tecidos sintéticos sintéticos, como a microfibra, deixam a desejar. É mais propaganda do que qualquer qualquer outra o coisa, avalia.
R. Emiliano Perneta, ���, �º andar Centro – Curitiba — Paraná �� ���� ����.
— Em uma época em que as lojas de ro roupas masculinas oferecem diferente diferentes padrões de qualidade ao consumid consumidor de prêt-à-porter, quem são os clientes clie da alfaiataria clássica? Pessoas Pessoas que qu sempre fizeram ternos com alfaiate a lfaiate dificilmente d se acertam com roupas roupas prontas. pro Da mesma forma, quem usa u sa muito esse tipo de roupa prefere o nosso nosso trabalho, trab porque a durabilidade é bem b em maior, maior explica Marcilio. Aqueles cujas proporções prop corporais fogem a um padrão médio (quem é muito alto ou tem os ombros muito largos, por exemplo) também encontram na fita métrica do alfaiate o melhor caminho para a elegância. ele E, é claro, quem não abre mão de exclusividade na hora de se vestir.
— Em cenário de domínio absoluto das grandes empresas (brasileiras e cchinesas) e da produção p en masse, o calçadista Sérgio Mussi optou por um caminho mais artesanal. Dono de uma pequ pequena indústria de calçados no bairro do Uberaba, em Curitib Curitiba, ele acredita que, q investindo na exclusividade, é possíve possível assumir um nicho de mercado para o qual a oferta é rest restrita. Segundo ele, não há, na cidade, muitos profissiona profissionais capazes de atender pequenas demandas ou pedidos de pares únicos. A opção faz sucesso: hoje, seu trabalho é reconhecido por lojistas, estudantes de moda e até p p por designers e estilistas de renome nacional, que já le levaram peças fabricadas por ele a eventos como o Crystal Cr Fashion Weekk e o São Paulo Fashion Week. O envolvimento com a produção de sapatos começou graças a um irmão, que m montou uma fábrica e precisava de um ajudante. Eu tinha �� anos e ccomecei omecei para dar uma força. Via co como os outros ttrabalhavam ra balhavam e, com isso, fui apren aprendendo, conta Mussi, que, mesmo sendo hoje o don dono da empresa, coloca a mão na massa a e se envolve diretamente em todas as fases de produção. E Eu só estou no eescritório, scritório, neste momento, por conta da entrevista. Senão, S enão, estava na oficina, ri. Ele, aliás, a não fica muito tempo no escritório – em poucos minutos, já está circulando p pela fábrica e explicando, em detalhes e com gosto, cada etapa de fabricação. — Atualmente, Atualment a empresa produz p cerca de ��� pares de calçados por mês. Por uma questão de demanda, dem toda a produção p é voltada ao público públic feminino (a lógica é simples: enquanto as mulheres amam os calçados, os homens home costumam ser muito mais econômicos econômico em relação aos próprios pés). As tiragens tirag reduzidas refletem a aposta na exclusividade. excl Eu percebi p er cebi que, para compe competir, precisava fazer fazer o diferente. Para faz fazer o diferente, p precisava re cisava mudar toda semana, ter a agilidade gilidade para atender to todos os pedidos. M Mobilizar obilizar recursos para a produção em ggrande rande escala iria cont contra esse diferenccial, ia l, explica. Assim é possível atender, por exemplo exemplo, quem chega com um projeto e exclusivo ou mesmo com a ima imagem de um calçado que não es está disponível no mercado local. Questionado sobre o futuro, ele afirma que vai seguir no mesmo caminh caminho, crente na valorização cad cada vez maior das peças exclu exclusivas. Sobre herdeiros par para sua arte, é mais cético. Se você tiver vvontade, ontade, pode a aprender todas a ass técnicas pa para a produção d dee calçados. M Mas quem, hoje em dia, se sujeita a Av. Senador Salgado Filho, ���� a aprender?, prender?, re resume. É pena Uberaba – Curitiba — Paraná – os jovens aspirantes ao �� ���� ���� gglamourr n não sabem o que estão perdendo.
— Poucos curitibanos conhecem ou apreciam tanto chapéus quanto Tânia Maria Ribas. Ela conta que se apaixonou aixonou pelo acessório na infância. Minha avó, uma a espanhola, produzia os próprios chapéus. E eu a acompanhava a fascinada!! Logo, eu estava produzindo chapéus para minhass bonecas. Em m ����, ela e o marido abriram a chapelaria , que produz peças para homens e mulheres e fornece chapéus especiais speciais para teatro, cinema, editoriais de moda e publicidade. ade. A motivação para criar a empresa, conta, foi humanitária: ria: Comecei a prestar atenção nas senhoras quee fazem quimioterapia. mioterapia. Percebi que elas sofriam com a perda a dos cabelos, s, e que queriam se manter belas. Como eu sabia a fazer chapéus éus e queria ajudar, entrei de cabeça na produção produção. o. O trabalho envolve customização e criação. Nós trabalhatrabalha amos com a adaptação de produtos industrializados e com m projetos pessoais. ssoais. O cliente vem e diz o que quer, e a gentee transforma a em realidade, garante Tânia. Um exemplo foi o resgate, ate, a pedido do Exército Brasileiro, do capacete em estilo colonial britânico usado por Cândido Rondon ondon em seus tempos de sertanista. Segundo Tânia, apesar do grande volume de produção – alguns pedidos chegam a milhares de unidades des –, a fabricação segue um padrão artesanal. A diferença está no respeito ao próprio tempo interno, erno, ao ritmo adequado de produção.. Esse respeito ito aparece, também, no cuidado que a artesã tem m ao escolher os materiais e as técni-cas. Eu prefiro, firo, inclusive, que o cliente nem traga a o material, apenas o pedido. Dessa forma, vou u até a loja e seleciono o tecido mais apropriadoo para o resultado ltado que ele deseja, explica. Questionada ada sobre o que mais gosta de produzir, Tânia não titubeia: eu amoo produzir chapéus hapéus de festa!! Nesses casos,, ela estuda o vestido, faz a composição e confecciona iona a peça. E garante: noo momento em que a mulher coloca o chapéu, ninguém nguém mais repara no vestido!! Esse fatorr de atração, pondera, é próprio do adereço. O chapéu é o quee existe de mais glamuroso. Não há á como competir. etir. — Tâ n i a garante que ue os chapéus nunca saíram da moda. O aumento da consciência a em relação aos efei-tos do sol sobre a pele, avalia,, é algo que e favorece a perma-nente redescoberta scoberta a do adereço.. D a m e s m a fo r m a , n ovo s materiais e as facilidades de produção contribuem para mantê-los populares. Esses fatores, porém, orém, não são tão significativos cativos quanto a simples percepção de que chapéus éus guardam um enorme poder estético e simbólico. Eles são, e sempre serão, serãoo, R. Saldanha Marinho, ���� Centro – Curitiba — Paraná um elemento nto icônicoo �� ���� ���� sem igual, sentencia. Ainda bem! m!
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Ao A o invés de retratar o mainsstream tream d da moda, modelos llindas indas em peças conceituais, que q ue acom acompanham os últimos ditames d itames das passarelas, preferimos p referim escolher pessoas iinteressantes, nteressa bonitas e rreais eais nes nesse editorial. Todos, de d e certa forma, são representtantes antes be bem peculiares de uma u ma épo época, da cidade, da vizinhança n hança o ou de um movimento. Cada C ada um do seu jeito,com sseu eu acer acervo próprio, usando ssuas uas rou roupas preferidas, em ssuas uas pró próprias casas ou em p aísagen urbanas. Por quê? paísagens P ara insp Para inspirar as pessoas a se v estirem de forma individual vestirem e criarem seu próprio estilo.
��� � �� — ��� Narah Julia Aline Dalbello Rafael Dabul Maurício Muniz Vim Vimax Paulo Henrique Jonath Jonathan Washington Gabrie Gabriel Neto Thiago Straub - Vínicius Lavezzo - Ví Rony Alberto Ro Ana Sabbatini para Bed Head An Maschio Anderson A
TRAJANO REIS, 115 - Sテグ FRANCISCO, CURITIBA-pr (41) 3224 8115
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Efeito E feito colateral co da tecnologia e da mod moda, o desejo de ser faz co com que muita gente rresolva esolva p pilotar uma pickup, m mesmo esmo sem s ter o mínimo de cconhecimento. onhecim Que tipo de iimpacto mpacto essas investidas têm ssobre obre a m música eletrônica? S Saiba aiba o q que dizem os experts – e como os "aspirantes" se d defendem efendem das críticas.
� �� — ��� ��� Diog Diogo Dreyer Rafael Dabul Maschio Anderson A
Hooky, ao menos, não esconde que sua faceta não passa de “malandragem”. Pelo meu repertório, não há necessidade de me dedicar a aulas e aprender a mixar da forma mais aprofundada. Mesmo assim, ser me devolveu o amor à música e deu razões para procurar bandas e produtores fora da área musical em que atuo normalmente, explica-se.
Mas por que então as pessoas pagam para vê-lo discotecar? A razão é que, caso você não tenha ligado o nome à pessoa, Peter Hook fez história na música. Foi baixista e fundador das bandas Joy Division e New Order. Foi um dos donos do lendário clube Haçienda, em Manchester, berço do acid house. De certa forma, a música eletrônica tem uma dívida para com ele. E ele resolveu cobrar. Se uso meu nome para abrir portas? Claro! Quem não faz isso? Eu sei que muita gente vai me ver tocar apenas para ouvir Blue Monday. E na real, não me importo com isso, contou o músico em entrevista por e-mail à Curitiba Deluxe.
A princípio, não cobrava cachê. Aparecia à frente das pickups a convite de amigos. Mas acabou tão requisitado que seu currículo já conta com apresentações em diversos eventos e clubes no mundo todo. No Brasil, fez parte da escalação do Festival Motomix, em ����. O curioso é que, quem o viu em ação como , garante: Hooky não faz idéia do que seja mixagem. Seus sets são a verdadeira definição de “tosco”. Os fones, sempre longe do ouvido, poucas vezes são usados para algo diferente do que ornamentar o pescoço do inglês. O repertório, permeado por sucessos roqueiros dos anos �� e �� misturados a faixas eletrônicas (preferencialmente algum hit do Underworld), parece propositalmente mal escolhido e - ainda mais grave na visão dos puristas - pessimamente executado. Acabou uma música, o tiozinho aperta o play para começar a próxima, sem preocupação alguma em acertar a equalização. Tentar mixar uma faixa à outra? Hooky prefere tomar uma cerveja.
Na gíria da noite, Peter Hook – a.k.a. “Hooky” – é um “tiozinho”. Do alto de seus �� anos, esse inglês de Manchester gosta de ser visto freqüentando festas e clubes mundo afora. Há cerca de três anos, botou na cabeça que se tornaria . Afinal, comandar a cabine sempre ajuda na hora de puxar papo com as mulheres. Já dono de uma invejável coleção de discos, comprou um bom par de fones de ouvido e saiu discotecando.
Essa “honestidade” toda, claro, divide os s mais tradicionais. As pessoas vão numa gig dele para ver o personagem. Não dá pra levar a sério, nem no sentido de ficar ‘indignado’. Mas acho que ele não vai conseguir ganhar a vida assim por muito tempo, avalia o , produtor e jornalista paulistano Camilo Rocha.
Já Raul Aguilera – que comanda pickups em Curitiba antes mesmo de o termo disc jockey significar alguma coisa por aqui – faz uma análise mais ácida da postura do ex-New Order e de seus fãs. O Peter Hook tocar não é algo ruim. Péssimo é o fato dele tocar um set pré-gravado, fazer um teatrinho com isso e ainda cobrar [provavelmente] uma fortuna por isso. Mas quem paga para ver um set desses está merecendo, atira.
E, ao contrário do que possa parecer, para o Camilo Rocha essa invasão não desprestigia a profissão. Às vezes, isso até valoriza o de verdade. Já viu quando um zé celebridade está acabando com a pista e, na seqüência, entra alguém que sabe fazer?, aponta. E não se pode generalizar com os celebs. Tem caras como o Leo Madeira que são realmente bons na discotecagem. Infelizmente, para cada caso desses, existem uns dez Brunos Gagliassos pagando mico, pondera.
Gabriel Rossato, dono da agência Play, argumenta que o desejo de comandar as pickups, mesmo para quem já é celebridade, tornou-se uma forma a mais de conseguir destaque. Alguns artistas ou socialites fazem isso porque o mercado exige deles algo diferente, para poderem se destacar uns dos outros. Mas minha opinião, todos querem é ser a mesma coisa: um ‘ celebridade’, como o Tiesto, o Carl Cox, o Sven Vath..., enumera. De qualquer forma, Rossato afirma que não vê problemas em agenciar um celeb. Desde que sejam profissionais e saibam o que estão fazendo, não há problemas. O que não pode é virar chacota, diz.
Minha concentração é com a música. Encaro esta nova profissão com o mesmo entusiasmo e profissionalismo que dediquei à minha carreira de piloto, diz Boesel, que apostou na nova ocupação fazendo cursos e se debruçando sobre a produção de outros s (já a Analy, por exemplo, talvez por estar “emocionada”, não conseguiu fazer nem uma mixagem básica ao lado de Fatboy Slim na edição número sete do programa).
- No Brasil, diversos músicos com seguidores fiéis também enveredaram pelo caminho da discotecagem. É o caso do apresentador da João Gordo, que apesar de ter aparecido para o mundo gritando letras punks à frente do Ratos do Porão, faz boas apresentações comandando as pickups. Contudo, o cantor parece ser uma exceção. A versão tupiniquim do celeb é bem mais cruel com os ouvidos alheios: a lista de “celebridades” que animam festas do jet set vai de ex-Big Brothers, como a curitibana Analy, passa por atores do momento, como Bruno Gagliasso, e chega aos mais insuspeitos disc jockeys, como o ex-piloto de Fórmula � Raul Boesel.
Hooky sabe que brincar no quintal de outros s de forma tão prosaica suscita comentários, no mínimo, controversos. Mas não parece inclinado a abrir mão das vantagens que a posição lhe concede. Gosto do desafio, da aventura e de ir parar em lugares no mundo bem excitantes por conta de ser . Sou grato por ter gente que me deixa tocar e me divertir ao mesmo tempo. E, se isso acontece, certamente é porque tem muita gente que se diverte com meus sets.
A questão, então, volta-se para a velocidade com que uma pessoa consegue aprender a técnica e quão rapidamente pode clamar para si o título de . Fazer um curso é bom, mas não é imprescindível. Pode ser bom para cortar caminho e economizar tempo, aprendendo manhas, diz Camilo Rocha. Mas ele lembra que isso não é o que faz um de verdade. Peter Hook, por exemplo, possuiu o quesito fundamental para saber comandar uma pista de dança: a bagagem musical. Acima de tudo, antes de desenvolver técnica e repertório, um deve ter como essência paixão por música e a vontade de compartilhar isso com os outros. O resto vem com o tempo, completa Camilo.
— Outro tema pantanoso nessa relação entre s e aspirantes se dá por conta da necessidade ou não de se fazer um curso para aprender as técnicas de mixagem e afins. Mas por mais relevante que seja o domínio desses quesitos, vale lembrar que, até poucos anos, cursos como esses eram raros e caros, e muitos s que hoje freqüentam os charts de preferência popular são autodidatas ou aprenderam a tocar com amigos. Normalmente, antes de se tornarem s, eles eram produtores de música eletrônica, o que naturalmente os credenciava a operar o mixer. Porém, a popularização da eletrônica fez com que, no Brasil, pipocassem nos últimos anos escolas com promessas de transformar, rapidamente, alunos em mestres na pilotagem de pickups.
Para Gabriel Rossato, a profissão, além de ter se tornado rentável, rende ainda projeção de mídia e gera status. Eu sou do tempo em que a gíria nem existia. Era 'disc jockey' ou 'discotecário', e naquela época era feio você fazer isso da vida. Mas hoje, todos dizem ser ou querem ser ‘passadores de música’, pondera.
Além disso, a mistura do rock com eletrônica e o acesso fácil e barato às novas tecnologias ajudam quem quer animar um evento, nem que seja apenas nos fins de semana. Existem casos de festas mais informais nas quais o diferencial é pegar pessoas que não são s para colocarem o seu conhecimento musical à prova. A discotecagem está se tornando uma nova forma de expressão cultural, aponta Raul Aguilera. E nessa cultura, a figura do ‘guitar hero’ foi substituida, em parte, pela figura do ‘ hero’, completa.
— Tampouco é justo afirmar que a moda de querer comandar as músicas nas festas se restrinja às celebridades. Há um bom par de anos o povo que antes se contentava com a pista de dança enxergou, na cabine do , um posto a ser almejado. A profissão é muito atraente: imagine ganhar dinheiro enquanto está na balada, ainda sendo o centro das atenções?, analisa Camilo.
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Já Raul Aguilera acredita que, devido ao crescimento da classe, a regulamentação da profissão é uma necessidade. Mas vai levar um bom tempo até as coisas entrarem nos trilhos. Porém, acredito que muita coisa tem que ser revista nesse projeto. Um sindicato, por exemplo, ajudaria, e muito, a organizar a classe.
Loo Massami também critica o projeto do deputado Brizola Neto. Caso a regulamentação ocorresse do jeito que estava prevista, atrapalharia os acordos – na maioria informais – entre s e promoters. Esta lei não está inserida na realidade da noite, diz.
Pudera. A necessidade de regulamentação da atividade nem mesmo é unânime entre os s. Esse pessoal que está mobilizando a regularização da profissão quer, na verdade, ajudar aqueles s que trabalham todos na mesma casa noturna, o ‘peão’ da cabine de som, que vive apenas disso e hoje realmente não tem nada que o proteja legalmente, analisa Camilo Rocha, que teme que exigências como curso obrigatório para a profissão possam engessar todo o setor mais artístico, criativo e freelance da área.
— O toque surreal diante desse panorama todo foi dado pelo deputado federal Brizola Neto (-), que apresentou ao Congresso, ano passado, o Projeto de Lei ����/��, que visava regulamentar a profissão dos disc jockeys e video jockeys (). Pela proposta, só poderiam exercer essas atividades profissionais habilitados por cursos profissionalizantes oficialmente reconhecidos. Em outubro último, porém, a proposta não foi aprovada pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara.
Opinião parecida tem Loo Massami, que aos �� anos desponta como um dos mais promissores s da cena curitibana. Massami foi um dos que escolheu fazer um curso, mas afirma que isso, por si só, não faz de ninguém um disc jockey de primeira linha. Tocar bem é essencial, mas ter um bom repertório é o diferencial. A técnica está relacionada com a prática constante. Já o repertório, que é a ‘identidade musical’ do , está relacionado com a sua bagagem, bom gosto e bom senso, diz.
Para Raul Aguilera, que também é professor na Academia Internacional de Música Eletrônica de Curitiba (Aimec), a técnica pode ser adquirida rapidamente através de um curso, mas um verdadeiro precisa percorrer um caminho mais longo. O domínio e o conhecimento das técnicas são importantes. Mas para um aspirante a é imprescindível ainda o intercâmbio do conhecimento com os instrutores e, sobretudo, o desenvolvimento de uma boa cultura musical.
guitar hero , , dj hero
Para quem freqüenta reqüenta restaurantes a quilo, os três acordes da “cozinha punk” brasileira ra (feijão, arroz e bife) fe) estão sempre na pauta. ta. Casas mais sofisticadas icadas se apóiam na cozinha internacional “padrão” padrão” e os bares, for sure, nos engordurados petiscos de sempre. Contra a mesmice, uma a saída é encarar um safári de comidas exóticas, cas, cada vez mais possível sível em nossa comportada mportada cidade. Elas ganham anham o freguês pelo sabor, abor, cor, preço e – isso também faz parte – bizarrice. Vamos às sugestões estões do gourmett Deluxe.
��� — ��� da Redação afael Dabul Rafael
— testículos de touro
O clássico acepipe do Bar Stuart, quem diria, nasceu quase que por brincadeira. Em ��� Norte do Paraná, apareceu com o “ingrediente” principal e a receita. A casa bancou o teste: o prato à clientela como acompanhamento do chope. A aceitação foi surpreendente e o animais!) viraram a marca do Stuart, casa com ��� anos de tradição. A porção ensopada – Dino, “levanta a moral do homem” – custa � ��,�� e vem acompanhada por pão francês, m também são servidos fritos, à milanesa.
— gaeng phed koong
No Lagundri, sabores da Indonésia, Tailândia e do Sudeste Asiático comandam o cardáp com ingredientes pouco comuns por estas bandas como o Gaeng Phed Koong – nada mais, ao curry vermelho com leite de coco tailandês. Acompanhados por abacaxi, tomate cereja de lima Kaffir, arroz Thai Jasmine com sementes de papoula e pepino Oddai, os crustáceos dos ambientes é baseada nas casas asiáticas e inclui incensos sem fumaça, velas, plantas
— cozinha andina
A milenar cozinha peruana – nascida pré-colombiana, temperada pelo paladar espanhol – e de sabor inconfundível. Originalíssimos, eles são servidos em Curitiba pelo Pacha M ingredientes, das batatas às bebidas, do Peru. O clássico ceviche mixto (frutos do mar cozi � ��,��. Outro destaque são os Camarones a la miel de naranja (camarões-rosa gigantes c inca) e calda de laranja. O prato custa � ��,��.
— buchada de bode
Quando veio do Piauí para Curitiba, há �� anos, Leda Moraes trouxe na bagagem a receita d aprendida com a mãe, é um segredo de Estado que ela não revela para ninguém. Famoso o prato custa � ��,�� e serve duas pessoas. Vem acompanhada de arroz, salada e farofa carneiro assado e ensopado.
— king crab
O primeiro Bar do Victor foi criado em Curitiba no ano de ����. Já naquela época ganhou c a casquinha de siri e os camarões abraçadinhos. No século , a novidade é o King Crab (ou das águas antárticas, o crustáceo pode chegar – acredite se quiser – a um metro de exten pesar até quatro quilos. O sabor e a textura lembram os da lagosta. O prato para duas pesso de ervas, manteiga ou queijos leves - custa � ��,��.
— caldinho de piranha
Aldo Giraldi, um dos sócios do bar, aprendeu a receita numa pescaria no Pantanal e a anos. Reza a lenda pantaneira que o prato tem propriedades afrodisíacas. A cumbuca in acompanhada de farinha, torradas e pimenta. Além do caldo de piranha, a casa serve cald e mocotó.
— banquete polonês
A casa de madeira em estilo eslavo fica ao lado do Bosque do Papa. No horário do almoço absolutamente fantástico. A entrada é a sopa Barszcz (creme de beterraba), seguido pelo que pode ser o Bigosz (repolho azedo, repolho refogado e carnes de porco defumadas) ou o recheado com carne, trigo sarraceno e arroz). A refeição sai por � ��,��.
��, um cliente, fazendeiro no : em um fim de semana, serviu os testículos de touro (pobres – que, segundo o proprietário, molho e pimenta. Os testículos
pio. Os pratos são produzidos nada menos do que camarões a, talo de capim-limão e folhas custam � ��,��. A decoração tropicais e uma cascata.
– consagrou pratos deliciosos Mama, que importa ���� dos idos no suco de limão) sai por com quinua, cereal de origem
Praça Osório, ��� Centro – Curitiba — Paraná �� ���� ����
R. Saldanha Marinho, ���� Centro – Curitiba — Paraná �� ���� ����
R. Pasteur, ��� Água Verde – Curitiba — Paraná �� ���� ����
da Buchada de Bode. A receita, nas campanhas presidenciais, de cuscuz. A casa ainda serve
celebridade por receitas como u caranguejo-rei). Proveniente nsão (de uma pinça a outra) e oas - com as patolas ao molho
a trouxe para Curitiba há �� ndividual custa � �,�� e vem dinho de siri, cascudo, pintado
o, serve um banquete polonês Pierogi e pelo prato principal, o Golompki (rolinho de repolho
R. Itaguajé, ��� Osternack – Curitiba — Paraná
R. Lívio Moreira, ��� São Lourenço – Curitiba — Paraná �� ���� ����
R. Schiller, ��� Cristo Rei – Curitiba — Paraná �� ���� ����
Trav. Wellington de Oliveira Vianna, �� Centro Cívico – Curitiba — Paraná �� ���� ����
Uma das instituições ções que marcam o ingresso da capital paranaense na modernidade, nidade, o Mercado Municipal de Curitiba, completa �� anos. Qual é o segredo da vitalidade ade deste ponto nobre de comércio mércio de frutas e verduras especiais, eciais, de lojas de delicatessen, n, queijos, vinhos e produtos importados portados finos, no meio de um comércio tão diversificado e competitivo mpetitivo da a cidade?
, �� ��� — ��� Eduardoo Sganzerla
Cada vez que o supermercado apr O varejo do Mercado é feito com s e pessoal atendimento, pontua Co
O Mercado, do latim Mercatu, t exemplos nas narrativas histór da era da revolução industrial complexidade e as riquezas da
O Mercado Municipal nasceu d tes do cinturão verde da cidad transitavam pelas ruas oferece
Revitalizado em ���� e com a boxes, restaurantes com produ colocam à disposição do públi
O setor alimentício representa alimentação fica com ��� da cli é sábado (���); o horário de pic satisfação com a qualidade de p
Entrar numa delicatessen repre Mercado, contando é, claro, com pelo prazer” reflete muito bem
A oferta de iguarias alimentí cogumelos e caviar, cresceu m Os vinhos finos passaram a faz com a abertura de casas exclus do açafrão ao zimbro.
Apesar de todo o processo de g Municipal de Curitiba, nos seus de quem sabe o que escolher p
resenta um produto ruim, o especializado cresce, resume o importador Pedro Corrêa de Oliveira. sangue correndo nas veias, não é frio. Cada vez mais, o conceito de bom produto é inerente ao bom Corrêa de Oliveira.
tem na sua essência características muito semelhantes na linha do tempo. Quer busquemos ricas dos gregos e persas, dos chineses aos egípcios, da Idade Média ao Renascimento, ou à pós-modernidade, hoje. Suas cores, aromas, sabores, formas e revelações representam a natureza humana.
da necessidade prática de se centralizar a venda e a revenda de produtos da terra procedende. Antes, o abastecimento era nômade. Os colonos traziam em carroças sua produção e endo seus produtos.
a renovação do espírito dos empreendedores, concentra, hoje, um grande número de lojas, utos e serviços de qualidade. Abriga mais de ��� permissionários (empreendedores) que ico perto de �� mil itens. São produtos de todo o Brasil e de âmbito global.
o seu maior nicho, ��� das compras. É seguido pelo segmento hortifruti (���). A praça de ientela e os serviços são procurados por �,�� dos freqüentadores. O dia de maior freqüência co de público é às �� horas (���); os freqüentadores usuais são ��� de Curitiba; e o grau de produtos e serviços é elevado.
esenta, muitas vezes, o momento mais alegre do dia. É a compra prazerosa. Disso é feito o m o primor da loja, a delicadeza no atendimento e a qualidade dos produtos. Esta “compra m o imenso leque de produtos que podem ser ali encontrados.
ícias, como bacalhau, queijos, azeite de oliva, vinagres especiais, geléias, chocolates, muito nos últimos anos. Em média, as lojas oferecem entre quinhentos e dois mil itens. zer parte deste selecionado rol de produtos, com a especialização de algumas lojas e até sivas do mundo de Baco. Das especiarias nem se fala. São dezenas as variedades, que vão
globalização da economia e das mudanças de hábitos de consumo e das famílias, o Mercado s �� anos, preserva o coração e a alma dos curitibanos. A raiz forte é o símbolo de resistência para sua mesa, sem os ditames da moda ou a vulgaridade do consumismo barato.
O lugar ideal para quem busca bom gosto e cultura.
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O caminho é tortuoso, meio obscuro. Há certos momentos em que não se enxerga nada além de nebulosidades, vultos, e se segue em frente por pura necessidade de sentir alguma coisa, seja o que for. Logo depois, há um clarão e mais força para não parar. Por um momento, tudo faz sentido. Mas é estranho como essa sensação é tirada abruptamente, sem nenhuma explicação. Aqui, dentro desse calabouço de emoções e sentimentos, irracionalidades e racionalidades, tudo deveria se transformar em algo nutritivo. Mas que nada.
( ) ) ��� — ��� Marcioo Reinecken
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Bato de um lado a outro, como se estivesse descendo a toda em um tobogã gigante. À medida que penso estar em algo espaçoso, quase confortável, é que apareço preso em algo pegajoso, como placenta. E quando estou tendo dificuldades em me mover é que tudo aparece em flashes quase contínuos. Não raciocino direito. Estou agora mesmo dentro de uma cápsula amarela e vermelha, que se abre pelo meio. O pó se mistura ao líquido em movimento. Ondas turvas que inundam o meu corpo. Estou dentro de mim mesmo. E isso acontece sempre, mas de formas diferente. Abro os olhos. Procuro algo para fazer sentido. Sorrio. Na escada do prédio, a vizinhança se esforça para a minha vida fazer sentido. “Oi”. Abro os portões do meu coração para a primeira menina que passa e entra no ��, via rápida, Curitiba. Estou atrás dela, que se vira, ri - “Não estou entendendo nada”. E me pega pelos ombros, enlaça o pescoço enquanto eu vejo a sala cheia de esforços para ser aceita: dois sofás roxos, almofadas amarelas e vermelhas por pura coincidência e o verde das plantas vivas, entrementes, a luz do sol que passa pela janela e chega a nós dois. Seus cabelos são azuis por pura falta de opção. E brilham. E ela me abraça apertado, como se sentisse um aperto mais forte ainda dentro de si. Sinto uma forte emoção por ser querido. Avanço. Paro em frente à janela. Lá embaixo, há uma praça. E, aos poucos, vou me refazendo do susto. Estou seguro pelo trinco e acompanho a saga de um rapaz correndo por todo o meu campo de visão. Eu mesmo me vejo agora pelo buraco da fechadura da porta. Espiono a mim mesmo. Estou por fora e, fora isso, gostaria de ser feliz. Se isso for possível.
����������� Mário Sampaio ���������� Thiago Autrann ������� Juliana Johnson, vestindoo Gôra e Albert Nane N
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