ano 6 | 2013 - 19ª edição
A média gerência em destaque no mercado Entrevista com o Diretor Executivo da Michael Page, Ricardo Basaglia
Empreendedorismo
As mulheres se firmam no mundo dos negócios
Amcham
10ª edição do Business Day atrai executivos para Campinas
INI2, líder da RMC em serviços imobiliários corporativos com mais de 780.000 m² de área administrada e 10 anos de experiência.
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Gerenciamento de empreendimentos corporativos, logísticos/industriais e multiuso atuando na gestão operacional e financeira
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Além da experiência de dez anos e uma sólida administração condominial corporativa/industrial, a INI2 oferece soluções completas para gerenciamento de projetos e um diferenciado serviço imobiliário inteligente, que dispõe de um estudo de mercado* inédito em Campinas e região.
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Rua Doutor Sylvio de Moraes Salles, 95 Cambuí, Campinas-SP (19) 3794-2300 www.ini2.com.br | ini2@ini2.com.br
Editorial É com muita satisfação que apresentamos a 19ª edição da Revista Corporativa (RC) que aborda ao longo de seu conteúdo, o atual cenário do mercado de trabalho brasileiro e de nossa região. Para esclarecer sobre as novas tendências e a evolução desse panorama, o Diretor Executivo de uma das mais conceituadas empresas de consultoria em recrutamento de média e alta gerência, Ricardo Basaglia, da Michael Page nos concedeu uma entrevista na qual detalha minuciosamente o funcionamento deste setor. Ao mesmo tempo em que empresas de recrutamento e seleção estão em busca dos profissionais ideais para ocuparem grandes cargos, a RC mostra uma pesquisa que demonstra o número expressivo de jovens profissionais que desejam possuir seu próprio negócio e o que esses futuros empreendedores buscam para alcançarem seus objetivos. Ainda falando de empreendedorismo, as mulheres brasileiras estão cada dia mais presentes no mundo corporativo e uma entrevista com a executiva de sucesso, Larissa Ortiz vem apresentar a forma que as mulheres encontraram para ganhar esse tão significativo espaço no mundo dos negócios. Quando falamos em mercado de trabalho o papel de liderança é sempre lembrado, mas liderar é diferente de mandar? O perfil de um líder nos negócios e também na sociedade como um todo é um dos temas trabalhados pela RC. Responsabilidades, Gerenciamento de Pessoas entre outros aspectos serão aprofundados nesta edição. A RC traz também a cobertura completa da Feira de Negócios realizada em Campinas pela Câmara Americana de Comércio (Amcham), que contou com a participação de mais de 900 executivos e atraiu empresas de toda a Região Metropolitana de Campinas (RMC). Na matéria os leitores da RC poderão conferir o que aconteceu na 10ª edição do Business Day e conhecer a opinião dos participantes da Feira. Sem esquecer a sustentabilidade, tão rápida como a evolução tecnológica, o lixo gerado por materiais eletrônicos vem causando diversos problemas para o meio ambiente. Veja na RC todas as dificuldades e soluções encontradas quando falamos em Lixo Eletrônico no Brasil e a importância da Logística Reversa neste assunto. E para encerrar, conheça mais sobre o novo conceito de marketing, o Naming Rights, e descubra as oportunidades que essa estratégia pode oferecer para as empresas. Desejamos a todos uma ótima leitura! Carlos F. Corsini - Diretor da INI2
Expediente Conselho Editorial Carlos F. Corsini, Caio Junqueira , Jéssica Galassi, Marcella Ducati e Pedro Farci. Projeto Gráfico e Editorial Virtude Propaganda Jornalista Responsável Bruno Chiarotti Reportagens Bruno Chiarotti Revisão Denis Cleuder, Bruno Chiarotti e Mônica Gropelo Fotos ID Comunicação e Bruno Chiarotti Comercial Virtude Propaganda Denis Cleuder contato@virtudepropaganda.com.br (19) 3325 5762 Tiragem 05 mil exemplares
A Revista Corporativa é uma publicação da INI2 Implantações Imobiliárias Ltda.
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Sumário 06
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06 ENTREVISTA Ricardo Basaglia, Michael Page Campinas 16 MEIO AMBIENTE Lixo Eletrônico 20 TENDÊNCIAS Mulheres Empreendedoras 25 NEGÓCIOS AMCHAM Business Day 28 LIDERANÇA Pesquisa Hunter Consulting Group 33 MARKETING Naming Rights
entrevista
A eficiência do recrutamento especializado para atender as demandas do mercado
Uma das maiores consultorias mundiais em recrutamento especializado e seleção de executivos, a Michael Page, avalia quais são os maiores desafios dos diretores de RH
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Foto: Bruno Chiarotti
Há quarenta anos no mercado, treze no Brasil, a Michael Page recruta executivos de média e alta gerência nas diversas áreas profissionais, com perfil ideal nas principais áreas de atuação, mapeados por regiões do Brasil e do mundo. Está presente em 34 países nos cinco continentes e conta com mais de
5.000 colaboradores. Para explicar como funciona esse mercado, falar sobre macroeconomia, tendências, demandas, novas tecnologias e a evolução das modalidades de trabalho mais frequentes, entrevistamos o Diretor Executivo da Michael Page Campinas, Ricardo Basaglia.
Revista Corporativa | 19ª edição | 2013
entrevista Revista Corporativa - Qual sua percepção sobre a política macroeconômica e a relação com cenário atual do mercado de trabalho? Ricardo Basaglia - Iniciamos as operações no Brasil em 2000 e o que temos acompanhado desde então é um crescimento muito acelerado, principalmente nos anos de 2010 e 2011. Essa aceleração gerou o inflacionamento de salários e muitas empresas tentando se adequar em função de um PIB crescente. Muitas empresas cresceram aceleradamente sob influência da realidade econômica e não necessariamente por serem extremamente eficientes ou terem lançado um produto inovador. De dois anos para cá, com o PIB frustrante de 2012 e a previsão de 2013 que tende a ser muito menor do que era esperado no início do ano, as empresas entenderam que quem esperar para crescer junto com o PIB não terá sucesso. Logo, elas precisam ser mais eficientes e produzir mais. E muitos profissionais que entregavam bons resultados dentro de uma boa economia hoje não o fazem mais, pois quando se vive apenas de bons resultados a tendência é esconder as deficiências. Com a atual situação econômica mais desafiadora, se começa a perceber de fato quem são os profissionais que estão realmente preparados para o mercado.
2013 | 19ª edição | Revista Corporativa
RC – Quem são esses profissionais e quais são os desafios dos diretores de RH na busca de bons candidatos? Ricardo Basaglia - Na área de engenharia, por exemplo, existe muito foco para a produtividade e qualidade, visando o aumento da eficiência para se produzir mais com menos. Dentro da área comercial, aquele profissional que era baseado somente no relacionamento com o cliente hoje tem menos espaço, pois se espera também que ele conheça muito bem a empresa onde trabalha, quais são os produtos e soluções que pode ofertar, visando as necessidades de seu cliente. Na área financeira você precisa ter um profissional muito voltado para a controladoria, pois ele precisa entender quais são as linhas de produtos e tipos de negócios que dão resultados ou prejuízos para direcionar os investimentos. O mercado quer um profissional de tributos que consiga, dentro do permitido pela legislação, benefícios tributários para que a empresa tenha um resultado melhor nesse sentido. Na área de recursos humanos, com a alta competitividade de mercado, é necessário alguém que consiga atrair bons profissionais, com o perfil da empresa e reter esses colaboradores na tentativa de formar times de alto desempenho.
RC - Como é o trabalho da Michael Page? Ricardo Basaglia - Nós somos a maior empresa de recrutamento no Brasil. São mais de 300 consultores que entrevistam em média sete mil candidatos por mês. No total realizam quase 100 mil entrevistas por ano. Chegamos a seis mil contratações por ano, em média, o que nos dá uma inserção forte em muitas empresas do país. Nosso vínculo financeiro é só com as empresas e nossa forma de remuneração é encontrando os melhores profissionais para nossos clientes. Os candidatos inscrevem-se em nosso site e lá escolhem o cargo de seu interesse, baseados no currículo. Dependendo da necessidade do cliente nós fazemos uma sondagem em busca de profissionais chaves, por setor de mercado, para atender a demanda. Então, com o mapeamento proativo, conseguimos entregar para a
“O mercado quer um profissional de tributos que consiga, dentro do permitido pela legislação, benefícios tributários para que a empresa tenha um resultado melhor nesse sentido.“
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entrevista empresa uma lista de candidatos ideais que correspondem ao perfil e exigência do trabalho. RC – Quais são as áreas onde as empresas mais buscam profissionais hoje? Ricardo Basaglia - São as áreas de finanças, engenharia, logística, vendas e recursos humanos. São as cinco áreas que mais temos demandas aqui na região de Campinas. RC – Quais são os cargos mais pretendidos? Ricardo Basaglia - Nós trabalhamos com o recrutamento de média e alta gerência, ou seja, de um coordenador, passando por gerente, diretor, até vice-presidente. Mas a demanda crescente é por cargos de nível médio, pois este é o corpo de profissionais que colocam em ação as estratégias e metas traçadas pelo conselho da empresa. RC - O que conta mais no perfil do candidato e os principais requisitos que ele deve possuir? Ricardo Basaglia - Nós normalmente contratamos profissionais que obtiveram algum sucesso e subiram um degrau. Geralmente estes profissionais já têm uma pós-graduação, muito embora isso não seja uma regra, a experiência profissional conta mais. O que vem acontecendo no Brasil é 08
a necessidade de profissionais que tenham o inglês fluente. Eu já vi gerentes que têm o inglês fluente, e não têm pós-graduação, com uma remuneração maior do que aqueles com diploma de pós e que não falam a língua. Existe a necessidade constante de manter contato com a matriz ou clientes estrangeiros, onde somente com o inglês é que se viabiliza a comunicação. RC – Há um perceptível aumento de estrangeiros vindo ao Brasil a trabalho, esse fato deve preocupar o executivo brasileiro? Ricardo Basaglia - Existe uma divisão entre os estrangeiros que vem ao país, originados da matriz da empresa, que assumem cargos aqui dentro de filiais, e aqueles que vem à procura de emprego mesmo. No caso dos estrangeiros que aqui estão vindos das matrizes da companhia, é algo natural, pois quanto mais exposição ganha o Brasil mais empresas de fora montam filiais aqui, e esse executivo vem para assumir um cargo dentro da operação visando o crescimento da companhia. Nos EUA, por exemplo, é muito difícil um estadunidense não trabalhar com um estrangeiro em seu país. No caso daquele que está aqui para competir diretamente com um brasileiro, sua inserção é muito complicada. Existe o fator da adaptação da língua portuguesa, que é muito difícil, e a própria adaptação à cultura do nosso país, além da legislação burocrática,
em que é preciso comprovar vários detalhes do porque escolher um estrangeiro e não um brasileiro para determinado cargo, essa operação de regulamentação demora, pelo menos, uns quatro meses. RC – Existe hoje um fluxo de brasileiros tentando construir carreira no exterior? Ricardo Basaglia - Esse é um fluxo que diminuiu bastante. Há dez anos o sonho de grande parte dos executivos brasileiros era ter uma carreira internacional. Hoje o resto do mundo não vai economicamente muito bem, e o Brasil, por mais que não esteja decolando, ainda vai melhor do que boa parte das economias. Então hoje existem muitos brasileiros que trabalhavam fora querendo voltar. Mas também existem os profissionais que trabalham por projetos, são conhecidos como profissionais globais. No setor de óleo e gás existem executivos que ora estão em Dubai, ora no Rio ou no Texas. A Michael Page tem uma divisão específica para esses profissionais, onde não existem candidatos com nacionalidade determinada, mas sim, com capacidade de trabalho global para atender demandas de projetos internacionais.
Revista Corporativa | 19ª edição | 2013
entrevista RC – Refletindo sobre a demanda por profissionais que levam o trabalho na mala, ou exercem suas atividades home office, essa é uma tendência do mercado de trabalho? Ricardo Basaglia - Com certeza essa é uma tendência do mercado sim. Se você for analisar pela história, antes as pessoas saiam do campo e iam até os centros urbanos que concentravam as indústrias. Hoje grande parte dos empregos não é da indústria, então o profissional não precisa necessariamente ocupar um ponto fixo. Outro fator que contribui para isso é o avanço tecnológico que possibilita vídeoconferências, facilitando o contato à distância. Isso com certeza é uma evolução natural do trabalho. RC – E na estrutura organizacional das empresas, houve alguma mudança ou evolução? Ricardo Basaglia - A estrutura mais comum, onde a empresa tem uma caixinha do financeiro, uma caixinha do marketing, uma caixinha de vendas, é uma estrutura que foi desenhada há mais de cinquenta anos, hierarquicamente falando, e o mundo mudou bastante. Então cargos vão desaparecendo enquanto outros surgem, como o de gestor de mídias sociais, montando assim novas estruturas, mais horizontais. É a empresa que se adequa ao mercado e não o contrário.
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Foto: Bruno Chiarotti
RC- Em relação evolução tecnológica, como as mídias sociais influenciam no recrutamento e seleção de profissionais? Ricardo Basaglia - Elas podem ser um benefício ou não. Se você se
expõe de forma adequada, isto é, participando de fóruns, publicando artigos e trazendo assuntos interessantes, você está jogando a favor de sua imagem. Agora se a mídia social é utilizada de forma inadequada, com posts inadequados, em que a empresa entende que os 09
entrevista assuntos não estão ligados à cultura dela, então é algo que vai contra o perfil do profissional. Antigamente, antes da internet, existiam os grupos e entidades de discussões sociais, se você se portasse mal a sociedade faria um julgamento. A diferença é que antes os fatos, para serem lembrados, dependiam da memória das pessoas e hoje existe a memória virtual, então tudo o que se faz na internet fica registrado de alguma forma.
da empresa. Existe uma evolução grande no varejo, principalmente o designer de vitrines e também para o profissional que padroniza o atendimento em prol do conforto do cliente.
RC – Quais são, na sua opinião, as carreiras mais promissoras nos próximos anos? Ricardo Basaglia - Acredito que todas as áreas ligadas à internet tendem ao sucesso, principalmente aquelas que tangem o monitoramento de resultados
“É a empresa que se adequa ao mercado e não o contrário.”
Pesquisa global da Michael Page realizada em mais de 32 países aponta diferenças de prioridades por parte das empresas nas políticas de renteção de talentos. Pesquisa global realizada pela Michael Page, denominada “Global RH Barometer”, mostra que retenção de talentos também é uma grande prioridade para as empresas. Os benefícios aparecem como prioridade para 64% das empresas brasileiras na estratégia de reter profissionais, seguido de treinamento e desenvolvimento com 63%.
O estudo revela que políticas de RH focadas em qualidade de vida são mais comuns no resto do mundo do que no Brasil. No exterior, ela é prioridade para 38% dos diretores de RH, enquanto que apenas 33% dos profissionais locais apontam como prioridades as medidas que trazem maior equilíbrio entre vida pessoal.
Fonte: Pesquisa Global HR Barometer 2013 - Michael Page
PROFISSIONAIS MAIS PROCURADOS
Foram trabalhadas pela empresa 1.580 ofertas de emprego no Brasil, México, Colômbia, Argentina e Chile no primeiro semestre de 2013.
BRASIL AMÉRICA LATINA 37% são para Engenharia
13% são para Tecnologia
50% exigem Inglês fluente
28% são para Administração 10% exigem MBA
60% exigem Inglês fluente
43% visam Gestão de Pessoas 15% exigem MBA
31% visam Relacionamento Interpessoal
89% visam Capacidade de Execução FORMAÇÃO IDIOMA ESPECIALIZAÇÃO
Fonte: Pesquisa Global HR Barometer 2013 - Michael Page
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HABILIDADES COMPORTAMENTAIS
ARTIGO
A crescente demanda por trabalho versus a crescente dificuldade de preenchimento das vagas de trabalho – Incoerência ou Realidade? por Lucas Silva Pacheco
Foto: Divulgação
Assim como em todo território nacional, na RMC – Região Metropolitana de Campinas – sobram inúmeras vagas em determinados setores. E, apesar do visível aumento demográfico, a primeira ideia que nos vem à mente é que estas vagas não são preenchidas apenas pela escassez de mão-de-obra especializada ou, ao menos, minimamente qualificada. Contudo, acredito não ser esse o único motivo para a falta de preenchimento destes postos de empregos chamados “especializados”. Por óbvio, não podemos deixar de lado uma senhora “setentona” chamada CLT – Consolidação das Leis do Trabalho – criada em 1943 que notoriamente traz óbices para os empreendedores de um modo geral, principalmente na contratação de novos funcionários.
2013 | 19ª edição | Revista Corporativa
A responsabilidade do empregador não nasce apenas com assinatura do contrato de trabalho, mas sim muito antes deste ato, com a chamada responsabilidade pré-contratual, sob a égide de um princípio protetor que assegura direitos aos sujeitos vulneráveis da relação de trabalho (empregados). Apesar da nobreza deste princípio, é de se reconhecer, contudo, que, ao invés de proteção, parece mais que a eles é imposto certo tipo de “paternalismo” que, de tanto querer proteger, acaba atrapalhando... Ao requisitar o preenchimento de uma vaga, o empregador já poderá ser responsabilizado na esfera judicial por supostas atitudes discriminatórias, por exemplo, que culmine com a afronta ao principio da dignidade da pessoa humana e da igualdade. É o caso do empregador que procura empregados do sexo masculino para uma determinada função em sua empresa, seja ela de qualquer setor (indústria, serviço ou qualquer outro). Há quem sustente, com possibilidade de questionamento judicial, que este ato é discriminatório, pois o empregador, ao assim agir, poderia ter a intenção de fugir de uma eventual estabilidade da mulher por conta de uma gravidez. Recentemente, é verdade, nossos Tribunais têm lido e interpretado a CLT com as “lentes” da Constituição de 1988, protegendo, em excesso, talvez, uma das partes envolvidas, o que gera um forte receio ao empreendedor
em abrir (e conseguir efetivamente preencher) vagas de trabalho. Isso se dá tanto pela responsabilidade que assume ao simplesmente abrir a vaga ao mercado, como, principalmente, pela grande limitação do seu poder diretivo, de forma que é possível afirmar, sem dúvida, que tais fatos contribuem, sim, sobremaneira pela quantidade de vagas ainda não preenchidas. Escolher mal os integrantes de uma equipe pode, dependendo da fragilidade da saúde da empresa, causar prejuízos irreparáveis. Quanto ao trabalho especializado, não é rara a absorção, pelo empregador, do custo integral para qualificação de um funcionário. Sua ideia, ao investir em determinado empregado, é aliar a sua competência, já constatada nas atividades diárias, à expertise necessária para atuação em determinado seguimento. Infelizmente, contudo, não é raro também que este empregado, ao término do processo, acabe “seduzido” por outra proposta de emprego, às vezes por vantagens irrisórias, deixando, assim, ao léu todo o dispêndio realizado pelo empregador formador. A Lei existe para assegurar a vida em sociedade e, portanto, deve evoluir conforme sua mutação, aprimorandose e se aproximando dos casos concretos. Obviamente, no entanto, essa está longe de ser a realidade da Lei de 1943. Advocacia Hamilton de Oliveira | tel: 3231-0511 lucas@hamiltonoliveira.adv.br hamiltonoliveira.com.br
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empreendedorismo
Empreender atualmente significa estudar mais e investir em inovação 36.9% dos novos empreendedores tem segundo grau completo e 91% consideram muito importante fazer um curso de especialização. Fonte: IBDEC
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O país vive uma mistura de sentimentos e desejos. Se por um lado há o cenário de falta de credibilidade na representação política, de uma realidade econômica de estagnação, queda do nível de emprego e falta de confiança do empresário para investir em curto prazo; por outro há um significativo número de pessoas que cultivam o desejo de empreender, é o que indica uma pesquisa sobre empreendedorismo, realizada pela Endeavor Brasil. Do total de mil pesquisados, 63% desejam abrir uma empresa visando autonomia e crescimento profissional. Para que a atitude empreendedora seja assertiva é necessário que o empresário alinhe-se às demandas atuais, criando um novo modelo de empreendedorismo. No Brasil, a faixa etária do jovem que deseja empreender está entre 25 e 34 anos, sendo que 36.9% destes, já cursaram o segundo grau. Segundo pesquisa realizada pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM), encomendada pelo SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), os
futuros novos empreendedores possuem remuneração atual entre três e seis salários mínimos. Outros dados que chamam a atenção nesta pesquisa referemse à diferença entre os perfis de escolaridade e idade dos novos empreendedores em comparação aos já consolidados. Em sua marioria, os que possuem suas empresas em operação, tem entre 34 e 44 anos, sendo 30.7% com primeiro grau incompleto e 29.3% o segundo grau. O fator que não teve alterações significativas foi a faixa de renda, em que estes grupos aparecem, em sua maioria, ganhando menos de três salários (48.5%) e de três a seis salários (45.2%). Quando o assunto é a característica do novo negócio, os dados são preocupantes: 98.9% dos entrevistados não consideram seu negócio inovador, 61.3% acreditam na existência de muitos concorrentes, 43.2% não esperam gerar emprego nos próximos cinco anos e 99.2% não tem nenhum consumidor no exterior. No quesito inovação, enquanto 98% dos pesquisados afirmam ter criado
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empreendedorismo um negócio que não é novo para ninguém, somente 1.1% julgam que seu empreendimento pode ser inovador. Delineia-se, assim, um quadro que aparentemente assusta pela uniformização das ideias, porém, é justamente nesse cenário, de massificação, que poderá surgir um novo modelo de empreendedorismo. Com um olhar otimista pode-se afirmar que existe 100% de espaço para negócios inovadores. Inserido em uma economia galgada na produção, consumo e serviço, inovar significa pensar em marketing, sistema de operação eficiente, atendimento personalizado, padrão de qualidade elevado e respeito ao consumidor. Nesse contexto crescem cada vez mais os modelos de empreendedorismo digital, influenciados pelas tecnologias de comunicação e informação (TCI’s). Esses modelos digitais servem não somente aos novos negócios - as startups -, mas configuram-se como formas eficazes de expandir empresas em atuação. A Sondagem sobre Empreendedorismo Digital, feita pelo SEBRAE, traça o perfil dos empreendedores e profissionais que pretendem investir que encontram nas novas tecnologias campo para desenvolver seus negócios. Segundo o estudo, esse novo modelo empresarial pode ser utilizado como uma estrutura de compra e venda de produtos ou serviços ou como para aumentar
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a qualidade na interface com os clientes, colocando muitas vezes micro e pequenas empresas em contato com um consumidor de caráter proativo, isto é, um cliente que busca nas redes de informação o seu prestador de serviço ou intermediador de compras. Notase facilmente que este modelo informacional de negócios minimiza alguns custos como o de gestão e publicidade tradicional. O perfil do empreendedor digital é liderado por homens bastante jovens (89%), na faixa de 25 a 30 anos (40%) e que residem na região sudeste (59.6%). A grande maioria tem formação acadêmica (75.2%), sendo que 29% do total dos entrevistados são pós-graduados. O curso universitário preferido por esses empreendedores é a Ciência da Computação (20%), mas há uma vasta gama de formações universitárias, como Direito, Economia, Relações Internacionais, Ciências Sociais e etc. Dentre os profissionais entrevistados que já possuem uma empresa digital formalizada, 56.3% abriram o seu negócio há menos de dois anos. Com relação aos setores de atuação, além de muitas empresas operarem em mais de um segmento, os ramos são muito variados, desde desenvolvimento de tecnologia web (59.9%) até educação (4.2%). Esse leque abrangente mostra que as TCI’s podem ser aplicadas aos mais distintos contextos comerciais.
Foto: Divulgação | Luciana Pilon
A tecnologia informacional pode ser uma autogeradora de negócios, como é o caso do ramo de desenvolvimento de softwares (responsável por 52.8% das empresas formalizadas), como também pode ser um meio de comunicação entre vendedores e clientes. Região Metropolitana de Campinas Saindo do universo nacional, uma pesquisa do Instituto de Desenvolvimento e Educação Corporativa (IBDEC) mostra que 54.5% dos profissionais da Região Metropolitana de Campinas (RMC) desejam empreender e 19% pretendem iniciar um negócio entre os próximos dois e quatro anos. Neste universo 38.9% possuem o terceiro grau completo e destes, 34% desejam iniciar uma pósgraduação em até dois anos, sendo que hoje 35% dos entrevistados ocupam cargos de nível junior nas empresas, fomentando a vontade de abrir novas portas
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empreendedorismo através do investimento pessoal na qualificação. “O mais importante é a consciência de que é preciso estar atualizado sempre, ou seja, continuar estudando. Abrir uma empresa pode até ser fácil, mas manter essa empresa e estar à frente dos concorrentes requer conhecimento e técnicas que hoje podem ser encontradas em salas de aula, nos cursos profissionalizantes ou de atualização”, explica Luciana Pilon, Gerente de Negócios do IBDEC. O mercado, tanto de quem contrata quanto de quem empreende por conta própria, vê com bons olhos um profissional com qualificação que deseja se atualizar sempre que possível. A renovação profissional pode se dar de forma autodidata, com auxílio da internet e da troca de experiências; ou de maneira institucionalizada, através de cursos acadêmicos, com grande destaque para o MBA, e palestras; mas o certo é que o constante investimento na formação aumenta a sensação de segurança em abandonar o conforto da carteira de trabalho e se inserir no mercado como empresário. Até mesmo o Governo percebeu esse potencial e, através do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, anunciou um investimento de R$ 1.2 bilhão nas pequenas e médias empresas. Campinas está em 11° lugar dentre as cidades que mais possuem microempreendedores individuais (MEI), fechando o ano de 2012 com 7.063 novas empresas
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abertas, 12.5% a mais que 2011, totalizando 18.346 adesões ao projeto MEI, que legaliza a situação dos microempreendedores. Além de oficializar o empreendimento, investir e gerar capital para os estágios iniciais do negócio é necessário saber como geri-lo do ponto de vista pragmático, “É necessário que eles sempre tenham em mente que ter seu próprio negócio exige muito mais dedicação e abdicação. Por isso, independente do negócio a ser iniciado, é primordial buscar por orientação para conseguir prosperar. É muito importante estudar o mercado em que você vai se inserir, analisar a concorrência, a estrutura, aluguel, quantos funcionários serão necessários, em quanto tempo terá o tão sonhado lucro e desenvolver um bom plano de negócios”, finaliza Luciana.
é necessário analisar sua saúde financeira, ter conhecimento da área na qual atuará, tempo e dinheiro para realizar investimentos. Da parte de quem vende deve-se mensurar qual será o retorno, o que o novo proprietário vai poder fazer e a eficiência para preservar a reputação da empresa. É justamente nesse momento de análise de compra e venda que se insere a intermediadora. Empresas especializadas neste ramo de atividade como a Sunbelt, cujo sócio Fernando Penteado, destaca a sua forma de atuação: “fazemos uma avaliação das empresas para que o interessado na compra possa analisar os aspectos positivos e negativos do negócio”, conclui Penteado.
Intermediadoras de negócios. Um dos objetivos essenciais que visa um bom plano de negócios é detectar com mais precisão se vale realmente a pena abrir algo do zero, investir em uma franquia ou até mesmo comprar outro negócio que esteja à venda. Hoje, no mercado, existem empresas que fazem essa intermediação, ou seja, elas cuidam da parte burocrática enquanto avaliam a assertividade na escolha de um empreendimento. Não há milagres. O sucesso nesse tipo de transação depende de conhecimento e oportunidades. Para quem compra um negócio,
foto: Divulgação | Fernando Penteado
meio ambiente
Lixo eletrônico problemas e soluções
Documento único em trâmite no governo deve iniciar o processo de logística reversa no Brasil
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A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) formulou um documento que regulamenta a aplicação da lei 12.305, em vigor desde 2010, que prevê a obrigatoriedade da estruturação e implantação de sistemas de logística reversa para a cadeia produtiva de eletroeletrônicos e seus componentes, isto é, o retorno de produtos descartados pelos usuários às indústrias que os produziram, com a finalidade de reciclagem de componentes e matérias-primas, além do descarte adequado de resíduos não aproveitáveis. A eficácia da logística reversa é variada e vai desde a preservação ambiental, até a criação ou formalização de empregos, já que exige uma especificidade na coleta seletiva e toda a criação de uma rede processual. Porém, existem alguns gargalos que não dependem apenas da indústria para serem superados, o principal deles é a logística em todos os níveis: coleta, transporte e reinserção do produto no mercado. Essa logística gera
altos custos, que acabarão reverberando no preço final do produto, assim, a necessária atenção com o lixo eletrônico gera uma conta que poderá vir a ser paga pelo consumidor. As altas taxas de pedágio, combustível e impostos embutidos nos produtos, inflacionam o preço final dos mesmos. Segundo Ademir Brescansin, Gerente de Responsabilidade Socioambiental da ABINEE (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) este “é um dos pleitos junto ao governo: desonerar o processo da logística reversa para não impactar custos como licenças, taxas e impostos que fazem parte do processo da logística, pois é preciso transitar pelo Brasil com os resíduos e elementos como pedágios encarecem o produto final. Por isso, a reinserção consciente é o grande objetivo para que o produto reciclado volte ao mercado sem bi ou tri tributação”, afirma. Os brasileiros estão entre os dez maiores consumidores do mundo de produtos eletrônicos. Só a venda de smartphones chegou a 4.2 milhões no fim de 2012. Hoje
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meio ambiente
2012 , smartphones
Em a venda de
chegou a
4,2 milhões a produção de lixo eletrônico, ou e-waste, está em 6.5 kg por habitante/ano e deve chegar aos 8 kg até 2015. Sendo a logística o ponto chave, o acordo deve abranger todos os lados, desde a circulação dos produtos por estradas, ruas e aeroportos, contando com as taxações de combustível e pedágios, até a própria coleta desses produtos, afinal é incomum ver alguém carregando uma geladeira para ser devolvida em uma loja de shopping. Deve haver harmonia entre os pontos de coleta, transporte, indústria e mercado. “A preocupação do comércio e indústria é minimizar os custos para não causar impactos mais negativos à economia”,
completa Brescansin. A expectativa é de que o documento normativo da ABNT (NBR ISO 14001:2004), aceito pelo governo e assinado pela indústria de eletroeletrônicos, quando entre em vigor, contemple estudos de viabilidade econômica, produtos que devem ser prioridades, e como as recicladoras devem adequar-se à dinâmica do processo. O NBR prevê a criação de objetivos e metas ambientais, gerenciamento de aspectos e impactos, atendimento aos requisitos legais e licenciamento ambiental, sendo os próximos passos do processo, a elaboração de um guia de implantação da norma, criação de documentos técnicos operacionais complementares e criação de
grupo para auxílio técnico para a implementação da NBR. Ademir Brescansin acredita que há necessidade de primeiramente tratar os lixos eletrônicos domésticos para depois analisar como os demais serão conduzidos. “Estamos hoje aguardando uma resposta do governo, que ficou de fazer uma análise de coerência para que possa se alinhar em documento único a ser assinado setorialmente, para se iniciar um processo de logística reversa no Brasil”, conclui.
Logística padrão
Produção Logística reversa
Distribuição
Comercialização
Consumo
Descarte
Recomendações de estudo feito pela InfoDeve – Banco Mundial, para o sucesso da logística reversa no Brasil: 1
Os estados devem harmonizar suas leis com as leis federais;
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Os produtos não regulamentados também devem ser coletados;
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Priorizar a capacidade de aprendizado, ou seja, planos de logística reversa devem ter estudo em níveis de graduação e pós-graduação;
4
Usar processos certificados e garantir a formalização do setor informal;
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Avaliar a viabilidade da recuperação de lixo eletrônico doméstico;
6
Criar incentivos, financiamentos e reforços financeiros limpos, para o empresário ter mais facilidade em abrir uma empresa nesse setor;
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Priorizar campanhas públicas e privadas de conscientização;
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Otimizar as regras e taxas de transporte;
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Avaliar as oportunidades de mercado para o setor;
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Não esquecer do setor industrial de plásticos;
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A indústria precisa assumir suas responsabilidades;
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tendências
As mulheres se firmam no mundo dos negócios
Valorizar o “made in Brazil”. Essa foi a saída encontrada por mulheres empreendedoras para alncaçar destaque em suas áreas de atuação.
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Pesquisas recentes revelam a vocação empreendedora da mulher brasileira em diversos segmentos de mercado, sobretudo pela sua inventividade, criatividade e organização. Atenta e este crescente movimento de mulheres que empreendem, a Revista Corporativa entrevistou Larissa Ortiz, uma profissional de sucesso, que foi responsável, dentre outras atividades ao longo de sua carreira, pelo marketing da
Revista Caras e hoje é consultora SEBRAE (Serviço brasileiro de apoio às micro e pequenas empresas), fundadora do Instituto de Pesquisa DATAVIP, professora de marketing e fundadora do Instituto DBrasil, que tem como foco disseminar o conceito de brasilidade e economia criativa, bem como possíveis saídas e oportunidades para reposicionar seu negócio de maneira consciente, seguindo uma tendência de mercado: valorizar o ‘brasileiro’.
Revista Corporativa | 19ª edição | 2013
tendências
Revista Corporativa – O que é o conceito de “brasilidade”? Larissa Ortiz - Primeiro é pensar em Globalização. Entender que antes da concorrência se dar por empresas do setor, temos que defender o nosso “made in Brazil”. Isso demanda um fortalecimento dos segmentos e envolve diversas ações de âmbito nacional e internacional. E aí não temos esta união, sendo assim o nosso resultado, na maioria das vezes, fica aquém da expectativa e isto se deve à proveniência de ações isoladas de pouca expressão. Outro fator importante para falar de brasilidade é mudar os nossos códigos. Temos uma riqueza cultural imensa como ativo para competir por valor e não por preço aqui e fora do país e, além disso, continuamos batendo na tecla da bandeira verde e amarela, do futebol e do carnaval. Temos muito para contar e estamos deixando os outros países se apropriarem da nossa história, porque somos ainda adeptos a copiar modelos internacionais ao invés de valorizar o que é nosso. RC – Para um empreendedor que deseja crescer e adequar melhor sua realidade à economia, quais caminhos seguir? Larissa Ortiz - Primeiro mudar o foco. Parar de competir com a
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braços da exclusividade, de criar valor pelo escasso... tudo é uma questão de posicionamento. RC - Como o empresário pode lidar com uma economia que apresenta sinais de desaceleração e tornar seu produto mais competitivo?
Foto: Divulgação | Larissa Ortiz
China, a não ser que tenhamos tendência ao suicídio. É impossível aplicar o modelo deles na maior parte do planeta. Por que no Brasil seria diferente? Pego como exemplo o trabalho artesanal e vejo que com a ajuda de um designer, por exemplo, ele pode se transformar em artigo de luxo. RC - Pensando no mercado de produtos artesanais, há espaço para o pequeno empreendedor crescer? Larissa Ortiz - Tenho visto comunidades criativas que resgatam técnicas de fabricação ou elaboração de matéria prima diferenciada que com produção limitada conseguem aumentar seu valor de venda, como prega o novo mercado. Aqui no Brasil, com certeza, podemos deitar e rolar nos
Larissa Ortiz - Temos um planeta inteiro pra atender e nem temos produção alta pra isto. A questão é saber onde estar. As marcas internacionais entram aqui e, por relações comerciais, podemos entrar em outros países também. Por que não o fazemos então? RC - Onde buscar incentivos e conhecimento para se posicionar corretamente no mercado? Larissa Ortiz - Formação e incentivos (leis) estão aí, sem proveito integral. Veja a infinidade de programas gratuitos que o SEBRAE oferece, por exemplo. Cursos rápidos, incentivos, programas presenciais e à distância, e quem usufrui? Pouquíssimos... não por falta de vaga, mas muitas vezes por falta de interesse dos empresários. Gosto muito da leitura da Lala Deheinzelin, renomada especialista no assunto economia criativa. Segundo ela, temos abundância e não escassez. Depende apenas de enxergar como aproveitá-la.
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tendências
Fui acompanhando a mudança de postura das grandes empresas, aderindo a tal da sustentabilidade e a preocupação com a reputação de sua marca. Então resolvi estudar as Leis de Incentivo Fiscal, sendo a mais conhecida a Lei Rouanet. Vi nessas leis uma fórmula quase que mágica de trabalhar experiência, valor, reputação de marca e responsabilidade social e ainda otimizar os investimentos usando impostos. Perfeito para quem enxerga a aplicação estratégica na qual a empresa e a sociedade ganham e, sabendo elaborar um programa consistente, este ganhaganha realmente acontece. Vejo ainda a dificuldade das empresas em colocar isto como agenda estratégica e ficar “comprando” projetos isolados que, sozinhos, não conseguem atingir nenhum objetivo grandioso por parte da sociedade e também por parte da empresa. RC - Há um crescente aumento do número de mulheres empreendedoras. Como você, fundadora da DBRASIL, enxerga essa tendência? Larissa Ortiz - Diversas pesquisas indicam um crescimento muito maior de mulheres empreendendo e este crescimento, proporcionalmente, é bem maior que o dos homens. Acredito que 22
isso seja reflexo da igualdade no mercado de trabalho, que é uma conquista já amadurecida. Empreender é um desejo de ambos os sexos condicionado a uma evolução de carreira e também, no caso das mulheres, tem sido o plano B para que se possa aproveitar a maternidade. Tendo seu próprio negócio, há a impressão de que você tem mais flexibilidade de horários. O que nem sempre acontece. Hoje trabalho para fazer da economia criativa uma verdade. Foi assim que fundei a DBRASIL, para formar líderes e trazer riqueza para a sociedade.
As Empreendedoras e o brasileiríssimo café Como juntar empreendedorismo e brasilidade? A resposta é mais simples do que parece: apostar no café, um dos grandes símbolos nacionais. No Condomínio Praça Capital está Sandra Simões, sócia do Hasbadana Café. Foram dois anos e meio de pesquisas sobre o café antes da abertura, dois baristas no time e um objetivo: ter o melhor café brasileiro com o melhor equipamento. No Galleria Office Park encontramos Rita de Cássia, sócia do Brazillian Star Café. Sete anos em constante adaptação do mix de produtos
Foto: Divulgação | Sandra Simões
e treinamento dos funcionários para alcançar o objetivo de sempre atender o cliente de forma personalizada e informal. A Revista Corporativa ouviu dessas duas mulheres empreendedoras alguns dos conceitos já citados por Larissa Ortiz. Revista Corporativa | 19ª edição | 2013
tendências
Foto: Divulgação | Rita de Cássia
Brasilidade para Sandra Simões: “Quando nós fomos escolher o café, nós tínhamos a oportunidade de trabalhar com café estrangeiro com preço competitivo, mas nós queríamos trabalhar com um produto nacional, porque sabemos que o café brasileiro é o melhor. O Orpheu é o melhor café nacional, o Eurídice é um excelente café, mas ainda não conquistou o paladar 2013 | 19ª edição | Revista Corporativa
brasileiro, acostumado ao café tradicional, que é bom, mas não recebe a tratativa do café gourmet. O Eurídice é um café de paladar mais europeu, e nós acreditamos que o blend deste café será assimilado pela cultura nacional”.
vem com o dia-a-dia de trabalho. Minha jornada é de doze horas diárias. Gerencio o café, atendo os clientes, faço as entregas e oriento e coordeno as funcionárias. Atendo todo mundo como se fosse meu amigo mesmo. Aliás, é difícil encontrar um funcionário aqui do condomínio que eu não conheça pelo nome. Esse é o principal diferencial, o atendimento informal e amigável, porque às vezes um funcionário sai de um clima pesado no trabalho e vem tomar um café, a última coisa que ele quer é sentir um clima pesado aqui também. Nós nos esforçamos para que o ato de tomar um café se transforme em uma experiência”.
Qualidade no atendimento por Rita de Cássia: “O treinamento para atender melhor o cliente 23
ARTIGO
O que é Coaching por Michele Guerra – Sócia da empresa ASAS Desenvolvimento Humano
“O coaching leva à tomada de consciência, potencializa escolhas e provoca mudanças. Ele libera o potencial da pessoa para maximizar o desempenho. O coaching, mais que ensinar, ajuda a aprender.” Qualquer mudança em nossa vida se inicia com um sonho. Usamos nossa imaginação para realizarmos nossas próprias projeções na direção de nosso melhor futuro. O que o Coaching tem a ver com sonhos? Coaching significa mudança... como efetuar mudanças. Um coach é um mágico da mudança. Ajuda-o a redefinir as regras do jogo, ou encontrar um melhor jogo. Mudanças partem de um sonho de algo melhor. Coaching envolve sua imaginação e, ao mesmo tempo, é extremamente prático no mundo real. Ele lida com metas e realizações. Vincula o mundo dos sonhos com o mundo da realidade. Um coach, além de ser um mágico, é também um batalhador pela liberdade, que envolve dois caminhos: liberdade de algo e liberdade para fazer algo. Coaches trabalham em ambos os tipos de liberdade. Eles ajudam os clientes a resolverem circunstâncias desagradáveis ou insatisfatórias. Em seguida, eles abrem o leque de opções e possibilidades.
A vida é uma série de pequenas decisões. Uma mudança de grande efeito normalmente corresponde a diversas pequenas mudanças deixadas para o momento exato. Cada decisão que tomamos pode nos manter no mesmo confortável caminho ou nos levar pela direção que realmente queremos ir. O coaching auxilia nessa decisão. Consideramos que há as “organizações que sonham”, porque os sonhos existem nas mentes das pessoas que as comandam. O coaching pode mudar uma empresa, ajudando as pessoas a terem melhores sonhos e torná-los realidade. A vida profissional é também uma série de pequenas decisões, as quais mantêm o bom funcionamento da empresa no dia a dia e trazem a confiança e o compromisso dos funcionários. Coaching ajuda as pessoas a tomarem decisões de alto nível todos os dias. As pessoas recorrem ao coaching por diversas razões, mas há sempre
alguma divergência entre seus sonhos e a realidade. O coaching orienta as pessoas a optarem por uma nova direção, e tomarem medidas rumo à felicidade. Outro motivo para que as pessoas busquem o coaching é a busca pela felicidade. Elas desejam uma vida satisfatória, repleta de boas experiências; querem ver seus melhores sonhos realizados e sentir que estão vivendo de acordo com seus mais altos valores. A felicidade não é uma receita que pode ser prescrita por um farmacêutico feliz. Você pode ser feliz, mas não pode comprar sua felicidade. Até que ponto você é feliz? Coaching ajuda a aumentar o autoconhecimento – descobrir onde você está e procurar meios para fazê-lo avançar. Se você está buscando a felicidade, você tem de colocá-la a sua frente. Você não pode perseguir algo que já possui. Você só pode ser feliz agora mesmo.
negócios
Feira de negócios realizada pela Amcham atrai empresas da região A feira de negócios “Amcham Business Day”, realizada em setembro, recebeu participantes de toda a região
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Amcham Business Day – Campinas teve a sua décima edição realizada no dia 05 de setembro, na Casa de Campo do The Royal Palm Plaza. Ao todo 956 executivos visitaram a feira. Foram mais de 60 empresas expositoras. No ano, contando com a nona edição do Business Day, realizada em abril, foram 1.856 participantes que circularam pelos eventos fechando negócios, marcando reuniões e prospectando clientes. Fundada em 1919 a Amcham (American Chamber of Commerce for Brazil) é a maior Câmara empresarial fora dos EUA, atuante em 13 cidades com mais de cinco mil associados. Essa relevância histórica é evidenciada no Business
Day. Os parceiros da Amcham explicam a importância e o objetivo de participar de eventos como este. O Círculo do Conhecimento, empresa prestadora de serviços que atua em parceria com o Google Apps e a SpliceNet, treinando e prestando consultoria para executivos e empresas estava presente no evento, Elida Queiroz, consultora comercial, comentou sobre o feedback do público da feira: “O Círculo conseguiu uma exposição e retorno institucional muito bons. Nossa expectativa neste tipo de evento é conseguir mais contratos, porque as pessoas quando visitam o stand sentem mais confiança e isso transmite
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negócios
Foto: Divulgação | Eduardo Bezerra
credibilidade e deste modo conseguimos agendar mais reuniões”. O Gerente Regional de Vendas, Fábio Mateos, responsável pelo stand da Mega, empresa de sistemas corporativos que atua nos segmentos de construção, manufatura, logística, agrobusiness, combustíveis e empresarial, ressalta o objetivo da associação de marcas: “Associar a marca Mega ao nome Amcham foi uma maneira que encontramos para fortalecer o nome da nossa empresa, e através disso prospectar novos clientes, e isso, a Amcham faz de uma maneira muito profissional”.
Eduardo Bezerra, explica que o foco do trabalho da Exection “está baseado em uma pergunta: O que tira o sono do empreendedor? E através das respostas desta pergunta nós conseguimos entender aonde a empresa do nosso cliente quer chegar”. Para chegar até o cliente é necessário desenvolver o conceito de parceria: “A primeira coisa é a exposição de marca para o cliente. Sim, queremos estar mais próximos dos empreendedores e estar mais próximos dos executivos da região e principalmente fortalecer os laços com a Amcham, que foi nossa veia principal para entrar no mercado de Campinas e região, que está crescendo demais e nosso foco hoje não é estar somente em capitais, mas também entrar no mercado do interior, onde existem muitas
empresas familiares que necessitam se profissionalizar, necessitam de uma sucessão e principalmente de uma gestão de negócios mais forte”. Para a Cemara Loteamentos, a divulgação é ponto chave para o sucesso dos projetos imobiliários da empresa, assim explica a Gerente de Marketing Giuliane Strapasson: “O objetivo de estar aqui é ir além da divulgação na mídia, que é algo que já fazemos bastante, pois estamos em Americana, e Campinas qu é um grande mercado para o nosso segmento. Queremos estar em contato direto com nosso público alvo. O evento traz um excelente retorno tanto para o nosso mailing como para a concretização de negócios, pois a RMC é um grande polo econômico”.
A Exection, uma das patrocinadoras do evento, atua na área de estratégia empresarial, com foco em aceleração do desempenho para a estruturação da gestão, processos e capital de uma empresa. O diretor Foto: Bruno Chiarotti
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negócios
Outro importante player presente com stand no evento foi a FGV Campinas (Fundação Getúlio Vargas), instituição que oferece cursos superiores, MBA e Pósgraduação Internacional. A gerente de Contas Juliana Nunes afirma que a estratégia de aproximação com o público é importante para a instituição: “O nosso objetivo é trazer uma alta qualificação acadêmica para os profissionais, a feira consegue nos direcionar para o público alvo, facilitando o contato com os executivos que estão no evento. Em nossa região existem muitas multinacionais e empresas fortes em seus segmentos que exigem cada vez mais dos profissionais na hora da contratação. Essa é a nossa principal preocupação. Nós temos uma pirâmide de ascensão acadêmica,
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onde fazemos uma consultoria de carreira para o profissional que avalia o cargo atual, sua área de atuação, os objetivos e metas da carreira para direcioná-lo ao curso de MBA mais adequado”. Segundo a Coordenadora de Eventos da Amcham Campinas, Bianca Guazzelli, “O resultado da edição de setembro do Business Day foi muito positivo. Esse evento cresceu muito em relação às edições anteriores, tanto no número de expositores, como no número do público presente. Tivemos excelentes feedbacks sobre a qualidade dos contatos realizados durante a feira”. As empresas são, em sua maioria, prestadoras de serviço e no Business Day são sempre representadas por seus tomadores de decisão. O público, é composto
em sua maioria, por profissionais inseridos na área de serviços, mas também conta com representantes das indústrias de pequeno, médio e grande porte. A Amcham, além do Business Day, também promove fóruns sobre logística, marketing, gerência, investimentos entre outros. “Participar desses eventos é essencial para sondar o mercado e estreitar parcerias lucrativas”, finaliza Bianca.
Foto: Bruno Chiarotti | Giuliane Strapasson
Foto: Bruno Chiarotti | Juliana Nunes
Foram mais de 60 empresas expositoras. No ano, contando com a nona edição do Business Day, realizada em abril, foram 1.856 participantes.
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liderança
O perfil do líder na era da gestão de pessoas entra em debate Pesquisa feita pela Hunter Consulting Group traça as características ideais que um profissional deve ter em seu exercício de liderança
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Exercer liderança é diferente de mandar. Um profissional que tem como responsabilidade comandar outras pessoas deve, antes de delegar funções, saber precisamente qual é o seu papel tanto na sociedade quanto no trabalho. É um profissional que “saiba se encaixar onde há necessidade, que sabe o papel que ele deve desenvolver em decorrer de suas exigências, por exemplo, um homem que é gerente e sabe que em seu casamento seu papel é ser um marido companheiro, então ele assim o será”, afirma Ana Paula, CEO da Hunter Consulting Group, empresa autora da pesquisa “O Perfil dos Líderes Brasileiros 2013”. No documento foram entrevistados 300 profissionais dividinos em cargos de presidente, gerente, diretor, supervisor e analistas de diversas empresas nacionais e multinacionais. A pergunta feita é simples: “Quais são as competências exigidas para
cargos de liderança?”. A partir das respostas constatou-se que as principais características, dentre as 21 contabilizadas, para formar um líder ideal são: promover o desenvolvimento de pessoas, conectar-se com os valores da empresa, ser inspirador, assumir riscos, ser empreendedor, justo, promover mudanças, ser inovador e colaborativo. Mais que resultados, essas informações geram outro questionamento: “Na prática, como trazer essas qualidades para o cotidiano profissional?”. Além de Ana Paula, também foram entrevistados Raphael Castro, Gerente Comercial da Wareline, João Oliveira, Gerente de Canais da Intercamp e Robinson Carreira, Diretor Presidente da Carreira Muller Consultoria Empresarial. Para assumir um cargo de gerência, o profissional com um bom histórico de trabalho, pode se sentir seguro no papel que desempenha, pois existem “características do
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liderança
Foto: Divulgação | Ana Paula, CEO da Hunter Consulting Group
trabalho que não se aprendem em cursos, e sim pela própria experiência no mercado, pelo contato com situações diversas do mundo. É uma mistura de experiência com personalidade, valores que a pessoa já trás consigo”. Porém, quando o cargo não faz parte do universo da área de formação, “se deve fazer um curso de especialização. Dependendo da área um curso de MBA, se houver necessidade de entender de diversas áreas simultaneamente como: financeiro, processo, gestão de pessoas e marketing. Também existe o curso de coaching, específico para liderar pessoas” diz Ana Paula.
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Além do conhecimento técnico “é preciso ‘gostar de gente’ e querer de todas as formas entendê-las e eleválas a um patamar superior. A teoria de gerenciamento está disponível para todos, porém uma pessoa num cargo de liderança não irá gerenciar pessoas apenas porque leu livros e participou de cursos. É algo muito mais interior” completa Robinson. Unindo esses dois pensamentos em uma linha de raciocínio sobre o que é gerência, Raphael Castro afirma que gerenciar “é desenvolver um ambiente participativo, preservando as opiniões e comprometendo a equipe como um todo. Gerir pessoas
já está relacionado a entender quais são as expectativas de cada um, e qual é a sua participação efetiva no projeto. Assim, podemos contribuir para que o profissional esteja sempre motivado a melhorar seu desempenho”. Opinião que reforça a afirmação de que uma pessoa pode ter as características potenciais ideais como senso de justiça, empreendedorismo, assumir riscos, ser inspirador, inovador, não ter medo de mudar e agregar valores, e na prática não ser um bom líder. O segredo é saber como transmitir e influir essas características em conjunto com a equipe.
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liderança
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Uma pessoa num cargo de liderança não irá gerenciar pessoas apenas porque leu livros e participou de cursos. É algo muito mais interior
Foto: Divulgação: Robinson Carreira
Sendo ‘conectar-se com os valores da empresa’ um quesito indispensável, o ambiente empresarial também deve se conectar aos valores das pessoas. Hoje vivemos a era das conexões, tudo se interliga digitalmente. Praticamente não existe um assunto que não possa ser comentado, compartilhado, fotografado e disseminado. No ambiente empresarial não é diferente. Existem empresas em que a hierarquia está acima de todos, mas, este modelo autoritário, mesmo que dê certo, não espelha a realidade da grande maioria das pessoas, pois “um ambiente ruim forma pessoas igualmente ruins e profissionais piores”, afirma Raphael. É evidente que a evolução, ou adequação das empresas à era
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das conexões, não é instantânea, porém, ela ocorre, assim comenta João Oliveira: “Nos últimos anos tenho notado uma diferença grande nas empresas, pois elas estão com um foco maior em humanizar o trabalho. Os futuros líderes deverão encontrar alternativas para gerir pessoas, pois as novas gerações possuem um perfil muito específico”. Ambiente empresarial, perfil do líder e formas de pensar o trabalho. Mas, e o ‘liderado’, pode desempenhar um papel na liderança? Os especialistas consultados comentaram a respeito do papel do funcionário na gestão: “Quando não se vê agitação na equipe parece que você corre sozinho e na verdade os resultados são de todos, sejam eles bons ou não”, ou seja, na prática o papel
Foto: Divulgação João Oliveira
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Os futuros líderes deverão encontrar alternativas para gerir pessoas, pois as novas gerações possuem um perfil muito específico.
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Gerir pessoas já está relacionado a entender quais são as expectativas de cada um, e qual é a sua participação efetiva no projeto. Assim, podemos contribuir para que o profissional esteja sempre motivado a melhorar seu desempenho.
Foto: Divulgação | Raphael Castro
do colaborador na liderança é informar, coesamente, os erros e acertos de cada etapa do processo, somando os pontos positivos e negativos para que todas as arestas sejam aparadas. Função que não é exclusividade da chefia, pois o que está em jogo para o funcionário é sua proatividade. É fato que as empresas seguem as regras de mercado e trabalham visando o lucro e o aumento do faturamento. Porém, todo o trabalho e seu sucesso dependem das pessoas, do humano que é dotado de desejos, opiniões e crenças. Neste sentido, existe uma tendência em “buscar profissionais com características como proximidade, criação, atenção e senso de justiça”. Mesclando a otimização do faturamento da empresa com a formação de um
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time mais competitivo, “o processo de seleção é um dos fatores chave para o sucesso. A alta direção da empresa deve priorizar esse processo, pois a formação de um bom time só é possível se individualmente as pessoas estiverem alinhadas com a visão e os valores da empresa, além de perfis pessoais compatíveis com a equipe de trabalho”. Dentro do debate, não há como ignorar o fator ‘divergência de opiniões’. O time precisa cumprir os prazos, lidando com a pressão e maximizando sua eficiência. Quando isso não acontece o entrosamento da equipe é comprometido. Por isso, para gerenciar pessoas visando os objetivos do negócio, o líder necessita “ter a habilidade para extrair desses eventos ideias e percepções que possam agregar
valor ao longo do projeto”, comenta Raphael Castro. João Oliveira completa: “É um trabalho árduo, afinal uma empresa é formada por gente e gente requer atenção”, e finaliza: “Quem já ministrou aulas, entende o quanto é bom ver um aluno evoluir com os desafios que você aplica, pois ser um líder dentro de uma empresa em alguns momentos se assemelha muito ao processo de ensinar do professor”.
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marketing
Naming Rights A modalidade pode trazer novas oportunidades de marketing para as empresas Naming Rights é mais do que veiculação da marca, é o direito que uma empresa adquire de agregar a sua marca ao nome de uma determinada instalação física como teatros, arenas e complexos esportivos e casas de espetáculos.
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O marketing através do naming rights representa um negócio jurídico formalizado por contrato, durante um determinado período de tempo, em que uma empresa adquire o direito de colocar e veicular o seu nome em espaços e locais esportivos e culturais ou de eventos, já existentes ou que serão construídos. Com o advento da Copa do Mundo em 2014 o naming rights tem se mostrado uma ferramenta de marketing importante, especialmente no segmento esportivo onde é praticada com maior repercussão. Nos Estados Unidos e Europa as negociações por naming rigths também se estabelecem por meio de contratos de concessão dos “direitos de nomenclatura” que abrangem outras estratégias de marketing e garantem às empresas oportunidades de veiculação do nome em rodovias, estações de ônibus e metro, museus, bibliotecas
e até na alteração do nome dos espaços públicos e privados. Dentre as vantagens dessa modalidade de negócio está a exclusividade da venda de produtos e serviços da área de atuação do comprador do nome. Uma empresa de bebidas, por exemplo, venderá apenas seus produtos no local. Se for o patrocinador um banco, os serviços bancários são exclusivamente dele. O importante, com essa garantia, é não ferir a marca com a venda de produtos do concorrente. Outro benefício é a pulverização do nome através do público, pois com o patrocinador fazendo parte da identidade do local, seu nome será diretamente associado a todos os eventos que nele acontecerem. Muito comum, em casas de eventos e teatros, os consumidores memorizarem o nome da marca ao espetáculo, já em outros espaços,
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marketing
Foto: Divulgação | Teatro Brasil Kirin
há dificuldades na veiculação de marca, como por exemplo nos nomes de estádios de futebol, esporte paixão do brasileiro, já que o público resiste em chamar pelo nome da marca aquele campo que sempre teve um nome cativo, como é o caso do Bahia Futebol Clube, cujo estádio tinha o nome de Fonte Nova. Após o patrocínio de uma marca de cerveja, passou a chamar-se Itaipava Arena. Com a baixa adesão do público, o estádio foi renomeado como Itaipava Arena Fonte Nova, demonstrando a dificuldade do público em atrelar à marca ao espaço esportivo. Voltando para o âmbito cultural, os nomes de teatros e casas de shows, automaticamente, são associados ao patrocinador. Em Campinas, o caso mais recente foi o da marca Brasil Kirin que adquiriu os direitos de nome do Teatro Iguatemi. A construção da estrutura custou R$ 13 milhões e está em operações desde o começo deste ano. A Gerente de Marketing do Iguatemi Campinas, Ana Paula Fontana Kurbhi, diz que a idéia do teatro é
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aliar o entretenimento ao conforto de um shopping, como afirma nesse trecho de entrevista concedida à Revista Corporativa: “O objetivo é tornar hábito entre os moradores de Campinas e região a vinda ao teatro para assistir a um espetáculo de qualidade e aproveitar toda a nossa estrutura”. Naturalmente, desde a compra dos direitos, o teatro já é comumente chamado de Brasil Kirin, empresa que se interessou em patrocinar o local por seus atrativos como estacionamento, segurança, ambiente climatizado e confortável. Outro fator positivo para patrocinar um teatro é a situação atual de outros espaços culturais no município, que possui atualmente apenas o Teatro Castro Mendes como referência pública em Campinas, a cidade carece de espaços culturais, por isso, quando um teatro é inaugurado o retorno do público é imediato, assim afirma Kurbhi: “A receptividade é excelente, temos registrado sala cheia em praticamente todas as apresentações. Tanto que, logo na peça de estréia, ‘Em Nome do Jogo’, estrelada por Marcos Caruso, tivemos que colocar uma sessão extra no domingo para atender à grande demanda”.
Naming rights não é title sponsor
entretenimento deve se atentar para a diferença entre naming rights (compra do direito do nome) e title sponsor que é o direito de colocar o nome da marca em um evento específico, que pode mudar sazonalmente, fato comum em competições esportivas que vendem seus nomes, como o caso da Copa Bridgestone Libertadores ou Copa Perdigão do Brasil. Essa modalidade de patrocínio tem contratos curtos que se adaptam ao tempo de duração do evento. Já o direito ao nome de um local é adquirido através de uma série de fatores. O preço do nome pode variar dependendo da exposição ao público, isto é, o nome de um campo de futebol tem um preço diferente ao de um teatro dentro de um shopping ou de uma casa de eventos às margens de uma avenida. As empresas estabelecem parcerias com os administradores da estrutura, podendo ser um dos investidores, arcando com custos da construção ou, no caso do local já existir, investindo na manutenção e marketing. Os contratos normalmente são feitos visando longo prazo de duração (5, 10, 15 ou 20 anos) e as aquisições podem chegar a milhões de reais.
A empresa interessada em patrocinar um local de evento esportivo, cultural ou de
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distribuição
Distribuição Onde encontar a Corporativa
Distribuição realizada nos principais condomínios corporativos de Campinas e região. O único veículo segmentado para o mercado de condomínios corporativos e comerciais. Envio através de mailing para investidores e proprietários das unidades privativas de todos os empreendimentos onde a Revista Corporativa circula. Veja ao lado alguns destes empreendimentos.
distribuição
Galleria Office Park Cond. Empresarial
Galleria Corporate Cond. Empresarial
Galleria Plaza Cond. Empresarial
Praça Capital Cond. Comercial e Lojas
Instituto Eldorado Instituto Tecnológico
Globaltech Polo Alta Tecnologia
Piazza Affari Cond. Empresarial
Dahruj Tower Cond. Empresarial
Alphabusiness Cond. Comercial e Lojas
Vértice Valinhos Cond. Comercial e Lojas
BRESCO XXIII Condomínio Logístico
Pq. Empresarial Campinas Cond. Empresarial
Flex Buildings Cond. Empresarial
Veccon Zeta Loteamento Industrial
Life Town Cond. Empresarial
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Montpellier Cond. Empresarial
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