Edição de Outubro e Novembro de 2009

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Ortodontia R e v i s ta Clínica de

Volume 8 - Número 6 - Dezembro 2009 / Janeiro 2010

Editorial .............................................. 3 Pergunte a um Expert .................. 6 Dica Clínica .................................... 15 Acontecimentos ........................... 22 Eventos ............................................ 25 Ortodontia Forense .................... 26 Arquitetura .................................... 28 Marketing ....................................... 30 Abstracts ....................................... 103 Controvérsias .............................. 106 Instruções aos autores . ........... 111

Dental Press

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Fio termoelástico de NiTi: alternativa para a distalização de molares superiores

61

Tratamento ortodôntico-cirúrgico da má oclusão de Classe III: relato de caso

33

Osteotomia subapical anterior da mandíbula

72

Tratamento da mordida aberta anterior e reeducação do pressionamento lingual atípico com esporões linguais ou grade palatina

NiTi thermoelastic archwire: A alternative to distalization of the maxillary molars Fábio Franciscatto, José Eduardo Prado de Souza, Pedro Andrade Júnior

Anterior mandibular subapical osteotomy Marco Antonio Lorenzetti, Danilo Furquim Siqueira, Eduardo Kazuo Sanommyia, Roberto Henrique Barbeiro, Liliana Ávila Maltagliati Brangeli

Orthodontic-surgical treatment of the Class III malocclusion: Case report Eduardo Martinelli S. de Lima, Marcel Marchiori Farret, Laura Lutz de Araújo

Treatment of anterior open bite and rehabilitation of atypical lingual pressure with lingual spurs or palatal cribs Ana Carolina Lima Passos Coelho Medeiros, Francisco Ferreira Nogueira, Cláudio Renato de Souza Vieira, Sérgio M. M. de Oliveira Penido

45

Diagnóstico precoce e interceptação dos caninos superiores permanentes com direção ectópica de erupção

89

Utilização da ancoragem esquelética na distalização de molares superiores

52

Pré-molares supranumerários tardios: intercorrência remota no período pós-tratamento ortodôntico

96

Má oclusão de Classe II com apinhamento: tratamento sem extrações dentárias

Early diagnosis and interceptive treatment of ectopically erupting maxillary permanent canines Guilherme Silvério de Oliveira, Helio H. A. Brito, Heloisio de Rezende Leite, Dauro Douglas de Oliveira

Late-developing supernumerary premolars: remote intercurrence in the post-orthodontic treatment period Omar Gabriel da Silva Filho, Vicente Dias Piccoli, Gustavo Augusto Grossi de Oliveira, Francisco Antônio Bertoz

Use of skeletal anchorage in distal movement of maxillary molars Matheus José Bueno Gonçalves, Arianne Souza Santos, Eduardo César Almada Santos, Antonio Augusto Campanha, Claudia Toyama Hino, Melchiades Alves de Oliveira Junior

Class II malocclusion with crowding: treatment without dental extractions Bruno Boaventura Vieira, Elizabeth Norie Morizono, Mírian Aiko Nakane Matsumoto

ISSN 1676-6849 Rev. Clín. Ortodon. Dental Press

Maringá

v. 8

n. 6

p. 1-112

dez. 2009/jan. 2010


EDITOR Omar Gabriel da Silva Filho HRAC-USP

EDITOR ASSISTENTE Danilo Furquim Siqueira UNICID-SP Rosely Suguino CESUMAR-PR PUBLISHER Laurindo Furquim UEM-PR

CONSELHO EDITORIAL CIENTÍFICO Adilson Luiz Ramos Hélio Hissashi Terada CONSULTORES INTERNACIONAIS Björn U. Zachrisson Jeffrey P. Okeson Jesús Fernández Sánchez Júlia Harfin Larry White Lorenzo Franchi Ravindra Nanda Roberto Justus Tiziano Baccetti Vincent G. Kokich

CONSULTORES CIENTÍFICOS Ademir Roberto Brunetto Arno Locks Ary dos Santos-Pinto Carlo Marassi Cristina Feijó Ortolani Daniela Gamba Garib Carreira David Normando Eduardo Dainesi Fábio Bibancos Francisco Ajalmar Maia Henrique Mascarenhas Villela José Fernando C. Henriques José Nelson Mucha Julio de Araújo Gurgel Jurandir Antonio Barbosa Leopoldino Capelozza Filho Luciano da Silva Carvalho Marcio Rodrigues de Almeida Marden Bastos Ricardo Nakama Roberto Hideo Shimizu Sebastião Interlandi Weber José da Silva Ursi

UEM-PR UEM-PR Universidade de Oslo / Noruega Universidade de Kentucky / Estados Unidos Universidade de Madrid / Espanha Universidade de Maimonides / Buenos Aires - Argentina AAO Dallas / EUA Universidade de Florença / Itália University of Connecticut Orthodontics - EUA Universidade Tecnológica do México / Cidade do México - México Universidade de Florença / Itália Universidade de Washington / EUA UFPR-PR UFSC-SC UNESP-SP CPO SLMANDIC-SP UNIP-SP HRAC-USP-SP UFPA/ABO-PA USC-SP Clínica particular-SP UFRN-RN ABO-BA FOB-USP-SP UFF-RJ FOB-USP-SP ACDC-SP HRAC-USP-SP APCD-SP UNIMEP-SP EAP-ABO-MG Clínica particular-PR UTP-PR USP-SP FOSJC/UNESP-SP

CIRURGIA ORTOGNÁTICA Eduardo Sant’Ana FOB-USP-SP

OCLUSÃO Paulo Cesar Rodrigues Conti FOB-USP-SP

PATOLOGIA Alberto Consolaro FOB-USP-SP

Diretora Teresa Rodrigues D'Aurea Furquim ANALISTA DA INFORMAÇÃO Carlos Alexandre Venancio Produção Gráfica e Eletrônica Andrés Sebastián Pereira de Jesus Fernando Truculo Evangelista Gildásio Oliveira Reis Júnior Tatiane Comochena INTERNET Carlos Eduardo de Lima Saugo BANCO DE DADOS Adriana Azevedo Vasconcelos Cléber Augusto Rafael E-commerce Soraia Pelloi DEPARTAMENTO DE CURSOS E EVENTOS Ana Claudia da Silva Rachel Furquim Scattolin DEPARTAMENTO COMERCIAL Roseneide Martins Garcia submissão de artigos Simone Lima Lopes Rafael BIBLIOTECA Jéssica Angélica Ribeiro normalização Marlene Gonçalves Curty Revisão/COPydesk Ronis Furquim Siqueira DEPARTAMENTO FINANCEIRO Roseli Martins Márcia Cristina Plonkóski Maranha RecepçÃo Luana Gouveia

A Revista Clínica de Ortodontia Dental Press (ISSN 1676-6849) é uma publicação bimestral (seis edições por ano), com tiragem de 4.000 exemplares, da Dental Press Ensino e Pesquisa Ltda. - Av. Euclides da Cunha, 1.718 - Zona 5 - CEP 87.015-180 - Maringá - Paraná - Brasil. Todas as matérias publicadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. As opiniões nelas manifestadas não correspondem, necessariamente, às opiniões da Revista. Os serviços de propaganda são de responsabilidade dos anunciantes. Assinaturas: revclinica@dentalpress.com.br ou pelo fone/fax: (44) 3031-9818.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Revista Clínica de Ortodontia Dental Press. – v. 1, n. 1 (fev./mar. 2002). – Maringá : Dental Press International, 2002-. Bimestral. ISSN 1676-6849. 1. Ortodontia – Periódicos. I. Dental Press International.

CDD 21.ed. 617.643005

INDEXAÇÃO: Revista Clínica de Ortodontia Dental Press é indexada pela BIREME, nas bases BBO e LILACS - 2003.


Editorial Omar Gabriel

O espetáculo da ciência A vida nasceu de uma grande explosão. Há 13,5 bilhões de anos, do nada absoluto, o Big Bang, o estouro primordial, deu vida ao universo. O barulho foi tamanho que rendeu o Nobel a dois físicos estadunidenses, Arno Penzias e Robert Wilson. E se você acha que o barulho termina aí, está enganado. O estrondo não é menor quando se tenta esmiuçar o surgimento do homem nesse universo superestelar. Independentemente se o ser humano é um dote divino, criado à imagem e semelhança de Deus, Darwin nos permitiu confabular sem culpa a gênese e saga do homem evoluindo dos hominídeos africanos. Há 5 milhões de anos, os Australopithecus desceram das árvores, experimentaram o bipedalismo e libertaram as mãos para fabricar os instrumentos de guerra e caça. Nascia o Homo habilis, que evoluiu para o Homo erectus e Homo sapiens. Há aproximadamente 150 mil anos, o Homo sapiens vem flertando com todas as faculdades, numa marcha para um futuro de espantoso progresso. Resumindo, bilhões de anos depois do Big Bang, cá estamos nós, eretos e pensantes, tentando decifrar a beleza, o mistério e a complexidade da vida. Durma com um barulho (digo, espetáculo) desse! A ciência é isso, além de erudição, a busca criteriosa de respostas. Um tabuleiro de ideias perpetuadas pela escrita. Na partilha de leituras e opiniões acerca do ofício da Ortodontia, despontam nessa edição duas condutas extremas mirando na ectopia de caninos permanentes. Uma interceptiva, com finalidade de resgatar espontaneamente o trajeto eruptivo normal. Outra, corretiva, recuperando esse trajeto mediante o tracionamento ortodôntico. Está na seção “Pergunte a um expert” a opor-

tunidade do leitor rever dispositivos planejados com esmero para desempenho biomecânico perfeito durante o tracionamento e posicionamento de caninos ectópicos, fundamentados na técnica do arco segmentado. O conteúdo portentoso exige uma contemplação cheia de calma. A verdade é que nenhuma outra filosofia mecânica tornou tão regular a excelência física quanto a técnica do arco segmentado, ao suprimir os efeitos colaterais da movimentação dentária induzida. Sem dúvida, é daqueles artigos obrigatórios, que não dizem tudo na primeira leitura. Guardam a força de impor uma revisão. A presente edição, dentre outros tópicos, ainda dialoga com a cirurgia ortognática. A ideia do reposicionamento cirúrgico, tão cara à Ortodontia, está representada por duas situações, a cirurgia subapical de mandíbula e a cirurgia de avanço maxilar. Depois de tanta labuta e leitura, chegamos ao encantamento do final de ano. O tom mágico de dezembro, com sua melancólica alegria carregada nas guirlandas, laços e enfeites natalinos, reforça o sentido de família e traz o prenúncio de dias e noites felizes. Nada como celebrar a ocasião com o balanço anual da vida enquanto se aposta em promessas para o ano vindouro. Uma delas é a paixão pela vida. Parafraseando o estilista francês Christian Lacroix, na exposição de seus figurinos para o teatro, balé e opera: “A vida não admite mediocridade, nem a falta de paixão”. Afinal, caros leitores, tudo começou com uma grande explosão. De resto, é verter o champanhe na taça, contemplar as bolhinhas que ascendem e rebentam à superfície, e bradar com fé: Feliz Natal e Próspero Ano Novo.

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Pergunte a um Expert

Tracionamento e movimentação de caninos permanentes ectópicos usando a Técnica do Arco Segmentado Luiz Gonzaga Gandini Junior*

Introdução Gostaria de iniciar a discussão desse assunto com um questionamento: por que seria necessária a utilização de algo diferente de fios contínuos em uma das filosofias “Straight-Wire”? Essa resposta pode não ser clara para alguns ortodontistas que acreditam estar no conjunto braquetes-fios todas as informações e controle da movimentação dentária. Devemos nos lembrar, porém, que o sistema de força por nós determinado, quando da instalação de qualquer aparelho ortodôntico, é quem vai definir para onde os dentes se movimentarão. Nesse contexto, sempre existirá, em qualquer mecânica ortodôntica, um lado chamado de ativo (aquele que você pretende movimentar) e outro chamado de passivo ou de ancoragem (aquele que deveria ficar estável e suportar o movimento do lado ativo). Quando se utiliza fios contínuos, algumas vezes não fica bem claro quais dentes pertencem a cada unidade, uma vez que colocamos uns contra os outros em sequência. Por outro lado, normalmente a unidade de ancoragem é reforçada pelo aumento no número de dentes e pela escolha de dentes de maior tamanho. Essa situação é bastante razoável quando da retração anterior, por exemplo, onde os molares suportariam a movimentação dos dentes anteriores, incluindo os caninos. Porém, no caso de movimentos mais amplos desses caninos, principalmente no sentido

vertical, o incisivo lateral é quem receberá a maior reação, por estar imediatamente ao seu lado. Nessa circunstância teremos um dente muito menor como unidade de ancoragem contra um dente muito maior como unidade ativa. Em consequência, são comuns efeitos colaterais nos incisivos laterais, como reabsorções radiculares, e principalmente movimentos indesejáveis de inclinação e verticais (Fig. 1). É relativamente conhecido, de trabalhos com elementos finitos, que ao se passar um fio contínuo entre vários dentes o maior estresse é liberado no dente imediatamente próximo ao que se pretende movimentar. Nessa circunstância de movimentação de caninos, o incisivo lateral e o primeiro pré-molar absorverão a maior parte da carga5. Dessa forma, a proposta de alguns autores1,6,8 é transferir a reação proveniente da movimentação vertical, desinclinação e giroversão do canino para a região posterior, utilizando como elementos de ancoragem os molares e pré-molares, que são dentes igualmente volumosos aos caninos – que, ao serem estabilizados em conjunto com algum fio de aço pesado, formam uma área de ancoragem suficientemente estável. Ainda como regra, na maioria dos casos, é aconselhável a utilização de arco lingual (AL) na dentadura inferior e barra palatina (BP) no arco dentário superior para criar-se uma unidade posterior bilateral e, por consequência, muito mais resistente ao movimento e aos efeitos colaterais. Para que seja possível a abordagem do canino com a transferência

* Professor adjunto/livre docente da Disciplina de Ortodontia do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Araraquara-Unesp. Professor adjunto clínico do departamento de Ortodontia do Baylor College of Dentistry – Dallas/EUA e Saint Louis University – Saint Louis/EUA.

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Pergunte a um Expert

A

A

B

A

B

Figura 9 - Vistas laterais, frontal e oclusais do término do tratamento ortodôntico.

a

b

c

Figura 10 - Exemplos de sobreposição de fios contínuos com diferentes proporções carga/deflexão.

Conclusões A abordagem dos caninos ectópicos utilizando dispositivos segmentados e sistemas de força conhecidos minimiza a possibilidade de efeitos colaterais principalmente sobre os incisivos e no plano oclusal anterior. Dessa forma, a ideia é sempre aproximar ao máximo o canino de sua posição ideal com esses dispositivos e, só então, utilizar os fios contínuos. Portanto, uma combinação de mecânica segmentada e arcos contínuos parece ser a forma mais racional de tratar casos com esse tipo de problema.

Referências 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.

Endereço para correspondência Luiz Gonzaga Gandini Junior Av. Casemiro Perez, 560 - Vila Harmonia CEP: 14.802-600 – Araraquara / SP E-mail: luizgandini@uol.com.br

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BURSTONE, C. J. The rationale of the segmented arch. Am. J. Orthod., St. Louis, v. 47, no. 11, p. 805-821, 1962. BURSTONE, C. J.; KOENIG, H. A. Force systems from an ideal arch. Am. J. Orthod., St. Louis, v. 65, no. 3, p. 270-289, Mar. 1974. BURSTONE, C. J.; MARCOTTE, M. R. Problem solving in Orthodontics. Illinois: Quintessence, 2000. CHIAVINI, P. C. R.; ORTELLADO, G. Manual da técnica do arco segmentado. Santos: Ed. Santos, 2008. FIELD, C.; ICHIM, I.; SWAIN, M. V.; CHAN, E.; DARENDELILER, M. A.; LI, W.; LI, Q. Mechanical responses to orthodontic loading: a 3-dimensional finite element multitooth model. Am. J. Orthod., St. Louis, v. 135, no. 2, p. 174-181, Feb. 2009. FIORELLI, G.; MELSEN, B. Biomechanics in Orthodontics. Arezzo: Libra Ortodonzia, 2005. JACOBS, S. G. Localization of the unerupted maxillary canine: how to and when to. Am. J. Orthod., St. Louis, v. 115, no. 3, p. 314-322, Mar. 1999. MARCOTTE, M. R. Biomechanics in Orthodontics. Toronto: B.C. Decker, 1990. NANDA, R. Biomechanics and esthetic strategies in clinical Orthodontics. St. Louis: Elsevier Saunders, 2005.


Dica Clínica

Fio termoelástico de NiTi: alternativa para a distalização de molares superiores Fábio Franciscatto*, José Eduardo Prado de Souza**, Pedro Andrade Júnior***

Resumo O objetivo do presente artigo é ilustrar a distalização de molares superiores utilizando fio termoelástico de níquel-titânio 0,019’’ x 0,025’’, da marca GAC, enfati-

zando a simplicidade da técnica. O tempo despendido para distalizar os molares superiores foi de seis meses, corrigindo a má oclusão de Classe II com efetividade, apesar da pouca cooperação do paciente.

Palavras-chave: Má oclusão de Classe II. Distalização de molares. Fio de níquel-titânio.

* Aluno do curso de especialização em Ortodontia da Sobracom – Porto Alegre/RS. ** Especialista, mestre e doutor em Ortodontia e Ortopedia Facial pela FOB-USP (Bauru). Professor do curso de pós-graduação da Sobracom/RS. *** Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial e Cirurgia Bucomaxilofacial (Unicastelo / SP). Professor dos cursos de pós-graduação do campus Moema da Universidade Cruzeiro do Sul, da Sobracom/RS, Sobresp/SP e Ipoin/RJ.

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Fio termoelástico de NiTi: alternativa para a distalização de molares superiores

FIGURA 6 - Fechamento dos espaços criados após a distalização.

FIGURA 7 - Oclusão normal: resultado final após a remoção do aparelho fixo.

CONCLUSÃO O emprego do fio termoelástico de níquel-titânio constitui uma alternativa simples de distalização de molares superiores, de baixo custo e facilmente aceita pelo paciente. O baixo módulo de

elasticidade do fio, somado à sua grande memória elástica, torna esse método de distalização eficiente, evitando um tratamento com extrações.

NiTi thermoelastic archwire: A alternative to distalization of the maxillary molars Abstract

The aim of this research study is present a case report in which was used a GACTM nickel-titanium 0.019” x 0.025’’ archwire to distalize the maxillary molars, emphasizing the Keywords: Class II malocclusion. Distalization of molar. Nickel-titanium wire.

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simplicity of this technique. Using the superelastic nickeltitanium archwire, it was possible to distalize the maxillary molars in six months, correcting the Class II malocclusion effectively even with a poor cooperation of the patient.


Fábio Franciscatto, José Eduardo Prado de Souza, Pedro Andrade Júnior

Referências 1.

ALMEIDA, R. R. et al. Um método alternativo de tratamento para a correção de Classe II de Angle utilizando o aparelho de Jones Jig. Relato de um caso clínico. R. Dental Press Ortodon. Ortop. Facial, Maringá, v. 4, n. 4, p. 37-44, jul./ago. 1999. 2. BORTOLOZO, M. A. et al. Distalização de molares superiores com o Pendulum/Pendex: o aparelho, seu modo de ação, possibilidades e limitações. R. Dental Press Ortodon. Ortop. Facial, Maringá, v. 6, n. 4, p. 43-50, jul./ago. 2001. 3. BURKHARDT, D. R.; McNAMARA JR., J. A.; BACCETTI, T. Maxillary molar distalization or mandibular enhancement: a cephalometric comparison of comprehensive orthodontic treatment including the pendulum and the Herbst appliances. Am. J. Orthod. Dentofacial Orthop., St. Louis, v. 123, no. 2, p. 108-116, Feb. 2003. 4. BUSSICK, T. J.; McNAMARA JR., J. A. Dentoalveolar and skeletal changes associated with the pendulum appliance. Am. J. Orthod. Dentofacial Orthop., St. Louis, v. 117, no. 3, p. 333-343, Mar. 2000. 5. CETLIN, N. M.; TEM HOEVE, A. Nonextraction treatment. J. Clin. Orthod., Boulder, v. 17, no. 6, p. 396-413, June 1983. 6. CORNELIS, M. A.; DE CLERCK, H. J. Maxillary molar distalization with miniplates assessed on digital models: a prospective clinical trial. Am. J. Orthod. Dentofacial Orthop., St. Louis, v. 132, no. 3, p. 373-377, Sept. 2007. 7. ERVERDI, N. et al. Nickel-titanium coil springs and repelling magnets: a comparison of two different intra-oral molar distalization techniques. Br. J. Orthod., Oxford, v. 24, no. 1, p. 47-53, Feb. 1997. 8. GELGOR, I. E.; KARAMAN, A. I.; BUYUKYILMAZ, T. Comparison of 2 distalization systems supported by intraosseous screws. Am. J. Orthod. Dentofacial Orthop., St. Louis, v. 131, no. 2, p. 161.e1-161.e8, Feb. 2007. 9. GELGOR, I. E. et al. Intraosseous screw-supported upper molar distalization. Angle Orthod., Appleton, v. 74, no. 6, p. 836-848, Dec. 2004. 10. GIANELLY, A. A. et al. The use of magnets to move molars distally. Am. J. Orthod., St. Louis, v. 96, no. 2, p. 161-167, Aug. 1989. 11. GIANELLY, A. A.; VAITAS, A. S.; THOMAS, W. M.; BERGER, D. G. Distalization of molars with repelling magnets, case report. J. Clin. Orthod., Boulder, v. 22, no. 1, p. 40-44, Jan. 1988. 12. HILGERS, J. J. The pendulum appliance for Class II non-compliance therapy. J. Clin. Orthod., Boulder, v. 26, no. 11, p. 706-714, Nov. 1992.

13. ITOH, T. et al. Molar distalization with repelling magnets. J. Clin. Orthod., Boulder, v. 25, no. 10, p. 611-617, Oct. 1991. 14. JONES, R. D.; WHITE, J. M. Rapid Class II molar correction with an open-coil jig. J. Clin. Orthod., Boulder, v. 26, no. 10, p. 661-664, Oct. 1992. 15. KARAMAN, A. I.; BASCIFTCI, F. A.; POLAT, O. Unilateral distal molar movement with an implant-supported distal jet appliance. Angle Orthod., Appleton, v. 72, no. 2, p. 167-174, Apr. 2002. 16. KÄRCHER, H.; BYLOFF, F. K.; CLAR, E. The Graz implant supported pendulum: a technical note. J. Craniomaxillofac. Surg., Edinburgh, v. 30, no. 2, p. 87-90, Apr. 2002. 17. KELES, A.; ERVERDI, N.; SEZEN, S. Bodily distalization of molars with absolute anchorage. Angle Orthod., Appleton, v. 73, no. 4, p. 471-482, 2003. 18. KELES, A.; SAYINSU, K. A new approach in maxillary molar distalization: intraoral bodily molar distalizer. Am. J. Orthod. Dentofacial Orthop., St. Louis, v. 117, no. 1, p. 39-48, Jan. 2000. 19. KUSY, R. P.; WHITLEY, J. Q. Thermal and mechanical characteristics of stainless steel, titanium-molybdenum, and nickel-titanium archwires. Am. J. Orthod. Dentofacial Orthop., St. Louis, v. 131, no. 2, p. 229-237, Feb. 2007. 20. KYUNG, S. H.; HONG, S. G.; PARK, Y. C. Distalization of maxillary molars with a midpalatal miniscrew. J. Clin. Orthod., Boulder, v. 37, no. 1, p. 22-26, Jan. 2003. 21. LOCATELLI, R. et al. Molar distalization with superelastic Niti wire. J. Clin. Orthod., Boulder, v. 26, no. 5, p. 277-279, May 1992. 22. SANTOS, E. C. A. et al. Distalização dos molares superiores com aparelho Pendex: estudo em modelos de gesso. R. Dental Press Ortodon. Ortop. Facial, Maringá, v. 11, n. 3, p. 71-80, maio/jun. 2006. 23. SANTOS, E. C. A. et al. Distalização dos molares superiores com aparelho Pendex: estudo cefalométrico prospectivo. R. Dental Press Ortodon. Ortop. Facial, Maringá, v. 12, n. 4, p. 49-62, jul./ago. 2007. 24. SHIMIZU, R. H. et al. Princípios biomecânicos do aparelho extrabucal. R. Dental Press Ortodon. Ortop. Facial, Maringá, v. 9, n. 6, p. 122-156, nov./dez. 2004. 25. SILVA FILHO, O. G. et al. Distalização dos molares superiores com aparelho Pendex unilateral: estudo piloto com radiografia panorâmica. R. Dental Press Ortodon. Ortop. Facial, Maringá, v. 12, n. 1, p. 56-66, jan./fev. 2007.

Endereço para correspondência Fábio Franciscatto Rua José Canellas, 138/102 CEP: 98.400-000 – Frederico Westphalen / RS E-mail: dr.fabiofr@yahoo.com.br

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ACONTECIMENTOS

7º Congresso da ABOR Entre 8 e 11 de outubro, Brasília sediou o Congresso da Associação Brasileira de Ortodontia e Ortopedia Facial (ABOR). A 7ª edição do evento contou com a participação de cerca de 1.500 pessoas, que puderam conferir palestras de vários convidados estrangeiros – dos Estados Unidos, Canadá, Taiwan e Japão – além de renomados professores nacionais. O encontro teve como tema central “A face contemporânea da Ortodontia e Ortopedia Facial”. De acordo com Ricardo Machado Cruz, presidente do congresso, atualmente, com o mundo globalizado, as pessoas têm mais acesso às novidades, seja por meio de artigos publicados online ou por ferramentas de busca na internet. Mesmo assim, ainda é imprescindível participar de um evento como esse. “A natureza humana não pode ser tão impessoal, precisamos nos encontrar, estar juntos”, revela. E esse foi o espírito do congresso: um grande encontro de ortodontistas do Brasil e do mundo, promovendo ciência e informação. Confira as fotos no portal Dental Press: www.dentalpress.com.br/abor2009.

Comissão organizadora do 7º Congresso da ABOR. Atrás em pé da esquerda para a direita: Jaime Bicalho, Rafael Bicalho, Ricardo Machado Cruz, Dante Bresolin, Cibele Albergaria, Hugo Caracas, Daniel Biill e Luciane Allebrandt. Na frente sentadas da esquerda para a direita: Beatriz Gomide, Rogéria Calastro, Silvana Gratone, Daniele Nóbrega, Josilce Gasperin, Eliana Fachini, Ariane Tzeliks e Denise Poubel.

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Ricardo Machado Cruz e Cláudio José.

Ricardo Machado Cruz, Eric Liou, Jorge Faber e Laurindo Furquim.

Alexandre Moro, Cibele Dal Fabbro e Cauby Maia Chaves Júnior.

Cauby Maia e Jurandir Barbosa.

Cauby Maia e Nelson Pacífico, com Cibele, Maria Augusta e Fabio Dal Fabbro.

Carlos Martins Coelho Filho, Alderico Artese e Dante Bressolin.

Marcos Janson e Jorge Faber.

Marcos Janson com Kelly Schineider, Nircleny Almeida, Valquíria Morais e Sheila Boschini.

Rev. Clín. Ortodon. Dental Press, Maringá, v. 8, n. 6, dez. 2009/jan. 2010


Acontecimentos

Mariane Bastos, na apresentação de seu painel.

Silvia Dall’igna, Cláudia Navarro, Daniela Gritio e Jane Barcelos.

Cassio Sobreira e Antonio Ganda.

Mêrian Lucena de Moura Leiros e Kurt Faltin Junior.

Tarcísio Jacinto Gebert e Alberto Consolaro.

Graziella Vitoretti e Roberta Pimentel.

Maurício Campos e Leonardo Nogueira.

Slamand Fernandes Rodrigues, Tarcila Triviño e Elaine Campos.

Prof. Guilherme Janson, de Bauru-SP.

Aproniano Martins, Emerson Pimenta e Pedro Varela.

Lenise Carvalho Lima, Arminda Gomes e Gláucia Marostica.

Murilo Feres e Luciana Abi-Ramia.

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Acontecimentos

Diplomação BBO

Diplomados pelo Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial 2009: José Valladares Neto (Goiânia-GO), Guilherme de Araújo Almeida (Uberlândia-MG), Mêrian Lucena de Moura Leiros (NatalRN), Silvio Rosan de Oliveira (Natal-RN), Ivan Tadeu Pinheiro da Silva (Goiânia-GO) e Heitel Cabral Filho (Natal-RN).

Meeting Internacional em São José dos Campos Nos dias 25 e 26 de setembro, Dr. Charles Burstone esteve no Brasil para participar do Meeting Internacional de Ortodontia e Ortognática. Dr. Burstone é professor emérito do Departamento de Ortodontia da Universidade de Connecticut (EUA) e coordenador de Ortodontia na Universidade de Indiana (EUA), além de já ter publicado 16 livros. No evento, discorreu sobre controle vertical e biomecânico do atrito e problemas com uso dos parafusos. Outros temas abordados no encontro foram: Biomecânica interativa auto-ligante, com Sérgio Jacob; Ortodontia lingual auto-ligante, com Henrique Bacci; e Mini-parafusos e ancoragem, com Leonardo Alcântara.

Dissertação de mestrado

Celestino Nobrega; Charles Burstone, com o livro “Ortodontia em adultos”, do brasileiro Dr. Marcos Janson; e Soraia Peloi, representante da editora.

Defesa de dissertação de mestrado da Dra. Keila Maria de Sousa Castelo, do Centro Universitário do Maranhão. O trabalho intitulado “Características dentoesqueléticas da má oclusão de Classe II, 1ª divisão em jovens leucodermas cearenses” foi orientado pelo Prof. Dr. Fausto Silva Bramante. Na foto, da esquerda para a direita: Prof. Dr. Fausto Silva Bramante, Dra. Keila Castelo, Profª. Dra. Vanessa Camila e Prof. Dr. Etevaldo Matos Filho.

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O evento contou com a participação de centenas de profissionais.


EVENTOS

Edmundo Marques do Nascimento Júnior, Paulo José Medeiros, Paulo Coutinho

28º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo - CIOSP Data: 30 de janeiro a 3 de fevereiro de 2010 Local: Anhembi – São Paulo / SP Informações: 0800-128555 www.ciosp.com.br

Encontro Internacional Interdisciplinar Data: 26 e 27 de fevereiro de 2010 Local: Belo Horizonte / MG Informações: (31) 3287-3267 contato@cgcursos.com.br

Congresso Straight-Wire Brasil Coordenação: Jurandir Barbosa Data: 12 e 13 de março de 2010 Local: Campinas / SP Informações: (11) 4586-8133

4º Congresso Paulista de Especialistas em Ortodontia - Ortopedia Facial Data: 15 de abril a 17 de abril de 2010 Local: APCD - São Paulo / SP Informações: (11) 2031-2300 / (11) 2037-0623 www.aborsp.com.br / crpromocoes@hipernet.com.br

XI Encontro Internacional de Ortodontia da Associação Paranaense de Ortodontia e Ortopedia Facial - APRO Data: 16 e 17 de abril de 2010 Local: Curitiba / PR Informações: (41) 3223-7893 www.aprorto.org.br / secretaria@aprorto.org.br

3º CCORTO - 2010 - Congresso Catarinense de Ortodontia Data: 24 de junho a 26 de junho de 2010 Local: Centro de Convenções Centro Sul - Florianópolis / SC Informações: (48) 3322-1021 www.ccorto.com.br

SBO Orto Premium 2010 Data: 8 de julho a 10 de julho de 2010 Local: Hotel InterContinental - Rio de Janeiro / RJ Informações: (21) 3326-3320 ortopremium@interevent.com.br

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ORTODONTIA FORENSE

CONTENÇÃO: ALGUNS CUIDADOS A SEREM TOMADOS Beatriz Helena Sottile França*

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Beatriz Helena Sottile França

A estabilidade da oclusão, depois de concluído o tratamen-

sempre”. Sendo assim, o paciente leigo (consumidor) enten-

to ortodôntico, é sempre uma preocupação para o ortodontista

derá que, se o profissional informou que a contenção deverá

porque a recidiva é uma resposta biológica imprevisível, pró-

permanecer por todo esse tempo, é sinal de que a mesma foi

pria de cada organismo e que independe da vontade do profis-

fixada de modo a permanecer instalada sem possibilidade de

sional. Tanto que a manutenção dos dentes em suas posições

se soltar. Esse modo de informar, induzindo a esse entendi-

ideais, conseguidas pelo tratamento ortodôntico, é feita por

mento, tem trazido para os profissionais sérios aborrecimentos.

tempo indeterminado por meio da contenção.

Se a possibilidade da contenção fixa se desprender do

Em relação a isso, algumas orientações legais se fazem

arco dentário existe, em consequência, existe também o ris-

adequadas porque tem sido grande o número de reclamações

co do paciente engoli-la, caso ocorra o seu desprendimento.

judiciais a esse respeito. Quando não chegam às barras dos

Esse fato já aconteceu e a reclamação do responsável legal

tribunais é porque o profissional se propõe a recolocar o apa-

fundamentou-se na ausência da informação desse risco.

relho sem nenhuma remuneração, o que já vem se tornando

Quando se fixa uma contenção, a informação escrita de

costume e sendo anunciado entre os pacientes como se fosse

que ela poderá se soltar e de que há risco dela ser engolida

um direito incontestável.

deve ser dada, e mais, orientar o paciente de que, se porven-

O risco de recidiva existe, é concreto, e a contenção é

tura uma das pontas se soltar, o ideal é vir imediatamente ao

sempre realizada para se tentar impedi-la, porém, sem certe-

consultório para fixá-la e que, na impossibilidade de fazê-lo,

za de sucesso. Cabe, então, ao profissional informá-lo ao seu

que tente descolar a outra extremidade retirando-a, justamente

paciente, de modo escrito e obtendo o seu consentimento ou

para evitar a sua deglutição.

o de seu responsável legal, antes do início do tratamento a

Não são poucos os casos em que a recidiva ocorre, daí o

ser realizado. Trata-se de respeito à autonomia do paciente a

uso da contenção. Sendo assim, o profissional da Ortodontia

informação sobre os riscos existentes durante e após o trata-

deveria estabelecer a obrigatoriedade do exame clínico do pa-

mento concluído, de acordo com o que preconiza a legislação

ciente por algum tempo antes de lhe dar a alta. Conclusão do

vigente (Código de Ética Odontológica, Código de Defesa do

tratamento e alta são dois momentos diversos. Há casos em

Consumidor, Código Civil Brasileiro). Quando no planejamento do tratamento o profissional omite

que se chega a um momento em que não há mais nada a tratar, porém, isso não significa que mais adiante o paciente não

os seus riscos, está assumindo toda a responsabilidade caso

precise de uma intervenção – isso porque ele está vivendo e

esses se efetivem. Informar após a ocorrência concreta do ris-

são inúmeros os fatores (que devem ser informados ao pacien-

co soa aos ouvidos do paciente como desculpa por ter come-

te de forma escrita) que poderão interferir de modo a mudar a

tido algum erro.

posição dos dentes em seus arcos dentários.

Em relação ao tipo de contenção a ser utilizada, os fatores

Tanto na Ortodontia como em outras especialidades, o in-

a serem observados são: como a contenção pode ser realiza-

teresse em acompanhar o paciente após a conclusão do trata-

da por meio de aparelhos fixos e/ou removíveis, cabe, como

mento deve ser do profissional.

dever do profissional, informar ao seu paciente os riscos e os

No caso da Ortodontia, a avaliação do paciente pós-tra-

benefícios de cada um deles, já que é direito do consumidor

tamento deve ser uma constante quando ele permanece com

ter informação sobre as alternativas de tratamento existentes.

a contenção, tanto para a avaliação do estado desse aparato

Cabe ao paciente, com a orientação correta, decidir qual apa-

como para, se necessário, uma intervenção precoce, prevenin-

relho deseja utilizar.

do-se, assim, futuros aborrecimentos.

Após a decisão, o profissional tem o dever de dar todas as orientações (por escrito) de como e quando usar, o tempo mínimo de uso diário, de como realizar a sua higienização e os riscos da ausência dessa, e dos riscos do não uso do aparelho como foi orientado. Um detalhe importante é o que diz respeito à contenção fixa. Na maioria das vezes, o profissional enfatiza que o aparelho será fixado nos dentes e que deverá permanecer aí por, no mínimo, “x” tempo – isto quando a orientação não é “para

* Professora doutora em Odontologia Legal e Deontologia/FOP Unicamp. Professora titular da graduação e pós-graduação da PUCPR. Professora adjunta doutora da UFPR.

Endereço para correspondência Beatriz Helena Sottile França Rua Professor Arnaldo Alves de Araújo, 31 – Seminário CEP: 80.740-430 – Curitiba / PR E-mail: bhfranca@gmail.com

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ARQUITETURA

SIMPLES E PERFEITO Como transformar o lavabo de sua sala de espera Maria Augusta Paes de Mello* Nos dias atuais, os pacientes estão cada vez mais exigentes, não só com o preparo técnico/científico do profissional, mas também com o seu local de trabalho. O ambiente de seu consultório é muito importante, podendo funcionar como um aliado ou como um inimigo na conquista de seu paciente. Todos os espaços da clínica dizem muito sobre o profissional, seu atendimento e o seu tratamento. Deve-se procurar sempre adequá-lo ao público-alvo. Um ambiente muito pouco visitado, mas muito observado, é o lavabo da sala de espera. O quesito mais importante desse ambiente é, sem dúvida, a limpeza, que deve ser impecável sempre, assim como no restante da clínica. Geralmente com dimensões muito pequenas, são ótimos lugares para ousar, pois não exigem muito investimento, possibilitando os mais diversos tipos de acabamento. Uma dificuldade encontrada por muitos é como fazer um ambiente tão pequeno ter seu charme próprio. Primeiramente falaremos sobre como subdividir as áreas do lavatório e do vaso sanitário, se o espaço permitir. Se a clínica está em construção e o espaço for suficiente, pode-se dividi-lo já na planta. Dessa forma, conforme o fluxo de pacientes, se alguém estiver usando o sanitário, outra pessoa poderá usar o lavatório. Outra opção é o sanitário separado do lavatório por uma divisão parcial, no mesmo ambiente, sem porta. Se o espaço for muito pequeno, concentrar todos no mesmo ambiente acaba sendo a solução. Se possível, procure fazer a entrada do lavabo numa parede não muito em evidência na sala de espera, o que pode evitar constrangimentos. Para o piso deve-se usar cores claras, pois essas fazem ambientes pequenos parecerem maiores. Existem as mais diversas opções: cerâmicas, pastilhas de vidro, mármore e granito, entre outras. Prefira peças de dimensões pequenas, caso o ambiente seja pequeno, pois isso evitará recortes, os quais ficam mais evidentes em peças grandes. Ficam muito charmosos detalhes misturando cerâmica com pastilhas de vidro, ou até mesmo cerâmica com cerâmica mesmo, montando uma paginação bem diferenciada. Para o rodapé usa-se o mesmo piso, podendo fazê-lo mais alto que o usual, com até 15cm de altura. Para a parede onde será assentada a bancada com a cuba uma opção é uma faixa de pastilhas de vidro protegendo a parede dos respingos de água, ou até mesmo usar pintura epóxi,

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que é impermeabilizante. Nessa parede também poderão ser assentadas pedras São Thomé cortadas em filetes que, aliadas a uma boa iluminação, valorizarão muito o ambiente. Outra opção é o uso de papel de parede vinílico, que é impermeável. De acordo com o tamanho do ambiente, ele pode ser aplicado em todas as paredes. Se o ambiente for muito pequeno, evite usar estampas fortes, dando preferência às estampas que imitem tecidos ou palhas. As paredes restantes poderão ser

Acabamento da bancada em pastilha de vidro e textura em outra cor na parte inferior dão destaque ao lavatório.

Uma parede separa o lavatório do sanitário. A bancada de vidro foi chumbada na parede e se apoia em tubos cromados. A iluminação é feita por luminárias pendentes.


Fonte: Revista Casa Claudia

pintadas com tinta látex, pva ou receber algum tipo de textura, pois dificilmente entrarão em contato direto com água. As cores ficam a critério pessoal, mas lembre-se sempre que, para ambientes pequenos, deve-se evitar cores fortes e escuras, pois essas dão a sensação de diminuir os espaços. Para o teto, caso exista a opção de usar forro de gesso, esse poderá compor com uma iluminação diferenciada, spots direcionados na área da bancada ou luminárias pendentes, cuidando somente para que a luz não se reflita no espelho. Para a parte centralizada, use iluminação embutida. Use sempre a cor branca na pintura do teto. A bancada poderá ser chumbada diretamente na parede ou estar apoiada sobre suportes de aço cromado. Sob ela poderão ser posicionados pequenos gaveteiros ou nichos, onde

Fonte: Revista Casa Claudia

Maria Augusta Paes de Mello

Cuba de vidro com 40x30cm, feita sob encomenda. Bancada em madeira, com 15cm de profundidade, ideal para ambientes bem pequenos.

serão guardados produtos que são utilizados no lavabo, para fácil reposição. A bancada poderá ser de vidro grosso, mármore, granito, revestida com pastilha de vidro ou em madeira. Nesse último caso é importante a aplicação de uma resina impermeável, que protege a madeira de respingos de água. As cubas são encontradas em diversos modelos, geralmente em louça ou vidro; podem também ser confeccionadas em vidro com medidas especiais. Dependendo do espaço disponível e do tamanho da bancada, pode-se usar cubas de sobrepor, de apoio ou embutidas, compondo com torneiras dos mais diversos modelos, fixadas na parede, na cuba ou na bancada. O espelho poderá seguir a largura da bancada, indo até o teto, e até mesmo sair do chão, dependendo do tipo de bancada que você irá usar. Isso fará com que o ambiente pareça maior. Seu formato poderá ser redondo, retangular ou quadrado. Se na parede onde o espelho será instalado for utilizado algum tipo de revestimento, como pastilhas, esse poderá ser embutido nele, dando um acabamento muito bonito. Quando colocado diretamente sobre a parede, o acabamento das bordas poderá ser bizotado. E, para finalizar, caso você possua espaço sobre a bancada, posicione pequenos vasos com plantas artificiais e potes com essências, para perfumar o ambiente. Essas dicas poderão deixar seu lavabo simples e perfeito.

* Graduada em Arquitetura com especialização em Arquitetura de Interiores: Projeto de Ambientes e Qualidade de Vida pela Unifil - Londrina. Desenvolve projetos para clínicas e consultórios.

Aplicação de pastilha de vidro no nicho do lavatório. Uso de espelho redondo e móvel de madeira para apoio da cuba.

Endereço para correspondência Maria Augusta Paes de Mello E-mail: gutamel@gmail.com

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MARKETING

MARKETING PROMOCIONAL EM CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO Ricardo Nakama*

A palavra promoção faz parte do nosso dia a dia. Quem é

PROPAGANDA

que já não viu ou ouviu as frases: “Este produto está em promo-

Fazer propaganda significa enviar mensagens criadas para

ção.” ou “Aproveitem a promoção para o dia das crianças.”?

um público-alvo, através da utilização de diferentes veículos

Aqui, promoção lembra “venda, no comércio, de alguns artigos

de comunicação, como rádio, TV, mala direta, revistas, jornais, outdoors, displays, internet, celular, etc. A propaganda tem a possibilidade de fazer a mensagem chegar ao mercado em grande escala. Exige a contratação de empresas especializadas, portanto, tem um custo mais alto. Já a publicidade geralmente não é um serviço pago e se dirige a um público que não necessariamente faz parte do mercado-alvo, mas pode ficar informado sobre a existência de produtos/serviços de uma empresa ou de um profissional. Como exemplo, podemos citar o dentista que dá uma entrevista, que faz palestras à comunidade, que comunica a participação em congressos e eventos da área, etc. Na Odontologia, a propaganda é normatizada pelo código de ética profissional. É preciso, portanto, conhecer as limitações impostas, bem como levar em conta a possível repercussão entre os próprios colegas.

com preços rebaixados” (dicionário Houaiss). Outro uso muito comum é no sentido de “realizar, fazer acontecer”: “Este curso é uma promoção do Dentalklan”. Na área de marketing, promoção, sucintamente, envolve: a) propaganda: “qualquer forma de apresentação para a promoção de ideias, bens ou serviços por um patrocinador identificado”; b) promoção de vendas: “incentivos de curto prazo com o fim de encorajar a compra ou venda de um produto ou serviço”; c) venda pessoal: “apresentação oral em uma conversação com um ou mais compradores em potencial, com o propósito de fazer vendas; d) relações públicas: “desenvolvimento de boas relações com os vários públicos da empresa, para a obtenção de publicidade favorável à construção de uma imagem corporativa”1.

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Ricardo Nakama

PROMOÇÃO DE VENDAS A promoção de vendas é uma forma de comunicação usada com o objetivo de chamar a atenção dos consumidores

2) Objetivos claros da comunicação. 3) Planejamento da mensagem, que deve “atrair a atenção, manter o interesse, suscitar o desejo e induzir a ação”1.

ou potenciais clientes. Pode ser realizada de várias formas:

4) Seleção dos canais de comunicação: qual atende me-

apresentação de vídeo, demonstrações, brindes, concursos,

lhor aos objetivos – ou seja, os canais de comunicação pes-

cupons, amostras grátis, descontos, feiras, dentre outros.

soal, que têm como característica a comunicação face-a-face;

Embora seja mais usada por empresas odontológicas liga-

ou os canais de comunicação impessoal, que são aqueles que

das à indústria e ao comércio, de maneira geral, alguns recur-

incluem a mídia (impressa, eletrônica, visual) –; as atmosferas,

sos também podem ser usados em clínicas.

que são os ambientes criados para influenciar a decisão do

VENDA PESSOAL

jetados para transmitir a mensagem desejada para o público-

provável cliente, e os eventos, que são os acontecimentos proA venda pessoal é conhecida, por definição, como venda pessoa a pessoa. Tem como principal vantagem a de permitir uma comunicação em duas vias entre o vendedor e o cliente. Qual é o objetivo da nossa clínica, não é conseguir clientes fiéis? Na verdade, a venda pessoal é o primeiro passo que nós, dentistas, temos que dar para conseguir esses clientes. A venda pessoal envolve habilidades de comunicação e nego-

alvo. 5) Seleção da fonte de transmissão da mensagem: quanto maior o grau de credibilidade (expertise, confiabilidade ou honestidade, e simpatia) das fontes, maior será o grau de persuasão do consumidor. 6) Feedback: monitoramento dos efeitos provocados pela emissão da mensagem junto ao público-alvo.

ciação, cujas técnicas podemos aprender ou aprimorar.

CONCLUSÕES RELAÇÕES PÚBLICAS

O marketing de promoção é, basicamente, conseguir uma

As relações públicas compreendem atividades destinadas

comunicação com o público-alvo que traga resultados con-

a identificar os diversos públicos com os quais a clínica lida e

cretos. O melhor veículo para divulgação de uma mensagem

construir um bom relacionamento com eles: meios de comuni-

é uma combinação de vários meios, pois todos apresentam

cação, associações profissionais, entidades governamentais,

vantagens e desvantagens. É necessário, portanto, conhecer

associações comunitárias, fornecedores, funcionários, clientes

profundamente as características de cada um, para então se-

atuais e potenciais.

lecionar aqueles que melhor atendem às expectativas da pro-

As relações públicas têm como objetivo executar um programa para conquistar a aceitação e a boa vontade desses públicos. Dependendo do porte da clínica, esse papel pode ser exercido pelo próprio dentista.

moção, fornecendo a melhor cobertura junto ao público-alvo do dentista. O marketing promocional atende a qualquer tipo e tamanho de clínica, pois, sendo feito em menor ou maior escala, pode gerar sempre bons resultados.

RECOMENDAÇÕES Para que o marketing promocional alcance seus objetivos, é necessário que sejam privilegiados os seguintes aspectos: 1) Identificação do público-alvo: compradores em potencial, usuários atuais, influenciadores.

A Odontologia atual, frente ao maior poder de decisão dos consumidores (clientes), não pode prescindir do marketing promocional, que surge como uma das ferramentas importantes no processo de aproximação, conhecimento, vendas e relacionamento da clínica com os seus clientes.

* Cirurgião-dentista, doutor em Ortodontia pela Unesp-Araraquara, MBA em gestão empresarial pela FGV, autor do Ortosoft, programa de gerenciamento de clínicas odontológicas.

Endereço para correspondência Referências 1.

KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. 12. ed. New Jersey: Prentice Hall, 2008. 348 p.

Ricardo Nakama E-mail: ricardonakama@dentalklan.com.br

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Caso Clínico

Osteotomia subapical anterior da mandíbula Marco Antonio Lorenzetti*, Danilo Furquim Siqueira**, Eduardo Kazuo Sanommyia***, Roberto Henrique Barbeiro****, Liliana Ávila Maltagliati Brangeli*****

Resumo Introdução: existem vários procedimentos para a correção cirúrgica de uma má oclusão de Classe II. Nas situações onde o mento está bem posicionado na face, com sulco mentolabial profundo e uma relação de Classe II por retrusão dentoalveolar, a técnica cirúrgica da osteotomia subapical mandibular representa uma opção de

tratamento. Objetivo: o objetivo do presente trabalho foi mostrar a aplicabilidade da osteotomia subapical anterior mandibular em uma má oclusão de Classe II com retrusão dentoalveolar. Conclusão: a osteotomia subapical anterior mandibular corrigiu a má oclusão de Classe II sem interferir na posição do mento, propiciando assim uma boa harmonia facial.

Palavras-chave: Classe II. Cirurgia ortognática. Osteotomia subapical.

* Aluno do programa de pós-graduação em Odontologia (mestrado), área de concentração Ortodontia, da Umesp. Ortodontista do Centro de Estudo e Tratamento das Deformidades Bucofaciais de Araraquara/SP (Cedeface). ** Doutor em Ortodontia pela FOB-USP. Professor na Universidade Cidade de São Paulo (Unicid). **** Professor doutor do programa de pós-graduação em Odontologia (mestrado), área de concentração Ortodontia, da Umesp. Professor titular da disciplina de Imaginologia Bucomaxilofacial I e II da Umesp. ***** Doutor em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, pela Faculdade de Odontologia de Araçatuba-Unesp. Professor assistente doutor da disciplina de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, da Faculdade de Odontologia de Araraquara/SP. Cirurgião bucomaxilofacial do Centro de Estudo e Tratamento das Deformidades Bucofaciais de Araraquara/SP (Cedeface). ****** Doutora em Ortodontia pela FOB-USP. Professora titular do programa de pós-graduação em Odontologia (mestrado), área de concentração Ortodontia, da Umesp.

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Marco Antonio Lorenzetti, Danilo Furquim Siqueira, Eduardo Kazuo Sanommyia, Roberto Henrique Barbeiro, Liliana Ávila Maltagliati Brangeli

comprometimento dos dentes envolvidos na cirurgia. Nas sobreposições de Ricketts, constatou-se que a mecânica ortodôntica utilizada não causou efeitos indesejáveis, que poderiam prejudicar o resultado final, como: abertura do eixo facial, extrusões dos

molares superiores e rotação do plano palatino. Também registrouse melhoras, como: desinclinação dos molares inferiores, intrusão dos incisivos inferiores, mudança favorável do plano oclusal e melhora do perfil facial.

Anterior mandibular subapical osteotomy Abstract

Introduction: There are several procedures for surgical correction of a Class II malocclusion. In cases where the development is well positioned on the face, with deep mentolabial sulcus and a Class II dentoalveolar retrusion, the surgical technique of mandibular subapical osteotomy is a treatment option. Objective: The objective of this study was

to show the applicability of previous mandibular subapical osteotomy in a Class II malocclusion with dentoalveolar retrusion. Conclusion: The anterior mandibular subapical osteotomy corrected the Class II malocclusion without interfering in the position of development, thereby providing a good facial harmonization.

Keywords: Class II. Orthognathic surgery. Subapical osteotomy.

Referências 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14.

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Endereço para correspondência Marco Antonio Lorenzetti Av. Batista Botelho, 483 – Centro CEP: 18.900-000 – Santa Cruz do Rio Pardo / SP E-mail: malorenzetti@uol.com.br

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Artigo Inédito

Diagnóstico precoce e interceptação dos caninos superiores permanentes com direção ectópica de erupção Guilherme Silvério de Oliveira*, Helio H. A. Brito**, Heloisio de Rezende Leite***, Dauro Douglas de Oliveira****

Resumo O tratamento interceptivo dos caninos permanentes superiores com direção ectópica de erupção através da extração dos caninos decíduos predecessores tem o potencial de corrigir sua trajetória, permitindo o alinhamento dos mesmos no plano oclusal. O objetivo do presente artigo é revisar

os aspectos relevantes ao diagnóstico e à interceptação dos caninos permanentes superiores com desvio na sua trajetória de erupção. São apresentados, como elementos de diagnóstico, a inspeção visual, a palpação e a análise de imagens, além das principais condutas clínicas para o tratamento interceptivo.

Palavras-chave: Tratamento interceptivo. Caninos impactados. Extração dos caninos decíduos.

* Mestre em Ortodontia pela PUC-Minas. Coordenador do curso de especialização em Ortodontia da Faculdade São Lucas, Porto Velho, Rondônia. ** Mestre em Ortodontia pela UFRJ. Professor do mestrado em Ortodontia da PUC-Minas. *** Mestre em Ortodontia pela Universidade de Pittsburgh (EUA). Professor do mestrado em Ortodontia da PUC-Minas. **** Mestre em Ortodontia pela Marquette University (EUA). Doutor em Odontologia pela UFRJ. Coordenador do curso de mestrado em Ortodontia da PUC-Minas.

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Guilherme Silvério de Oliveira, Helio H. A. Brito, Heloisio de Rezende Leite, Dauro Douglas de Oliveira

Estudos realizados por Wise e Lin22 em animais e in vitro demonstram a importância de alguns mediadores celulares, tais como o fator epidermal de crescimento (EGF), a interleucina-1α (IL-1α), o fator estimulador de colônias (CSF-1) e o fator transformante de crescimento β (TGF-β) na iniciação da erupção dentária. O papel desempenhado por cada uma dessas moléculas na regulação da erupção dentária ainda não é totalmente conhecido, uma vez que a mesma constitui um processo complexo, que requer intrincadas interações moleculares12. O conhecimento de quais moléculas são necessárias ao início da erupção dentária e de como elas interagem entre si durante o processo poderá trazer benefícios ao desenvolvimento de

mediadores celulares capazes de, à distância, estimular a erupção de dentes impactados12. CONCLUSÃO A extração dos caninos decíduos com a finalidade de promover a normalização da direção de erupção dos caninos permanentes superiores impactados se mostra como uma alternativa de tratamento relativamente simples e de baixo custo. A determinação do grau de apinhamento e da idade dentária do paciente, bem como da angulação e da sobreposição do canino impactado em relação ao incisivo lateral mais próximo, é decisiva para o sucesso da técnica.

Early diagnosis and interceptive treatment of ectopically erupting maxillary permanent canines Abstract

The interceptive treatment of maxillary permanent canine with ectopic eruption direction through the extraction of predecessors deciduous canines has the potential to correct its course, allowing the its alignment in the occlusal plane. The aim of this paper is to review the relevant aspects to diagnosis and interception of maxil-

lary permanent canine with deviation in its path of eruption. Visual inspection, palpation and image analysis are presented as elements of diagnosis, in addition to major clinical procedures for the interceptive treatment.

Keywords: Interceptive treatment. Impacted canines. Deciduous canine extraction.

Referências 1.

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Endereço para correspondência Guilherme Silvério de Oliveira Rua Nicarágua, 2755 apto 301 – Bairro Embratel CEP: 76.820-788 – Porto Velho / Rondônia E-mail: ortogene2007@yahoo.com.br

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Caso Clínico

Pré-molares supranumerários tardios: intercorrência remota no período pós-tratamento ortodôntico Omar Gabriel da Silva Filho*, Vicente Dias Piccoli**, Gustavo Augusto Grossi de Oliveira***, Francisco Antônio Bertoz****

Resumo O presente artigo discorre sobre o surgimento de pré-molares supranumerários tardios e revisa a literatura pertinente. Dois

relatos de casos clínicos ilustram o texto. No intuito de evitar consequências imprevisíveis, o tratamento indicado consiste na extração dos elementos supranumerários.

Palavras-chave: Dentes supranumerários. Pré-molares.

* Ortodontista do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP), Bauru/SP. Coordenador do curso de Ortodontia Preventiva e Interceptiva da Profis (Sociedade de Promoção Social do Fissurado Lábio-Palatal) – Bauru/SP. Professor do curso de especialização em Ortodontia da Profis. ** Aluno do curso de especialização em Ortodontia da Profis. *** Residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital de Base, Bauru/SP. **** Professor titular da disciplina de Ortodontia Preventiva e professor do programa de pós-graduação em Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Araçatuba/Unesp.

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Pré-molares supranumerários tardios: intercorrência remota no período pós-tratamento ortodôntico

A

B

E

F

H

I

radiográficos em duas dimensões, pela técnica de localização de Clark, e oclusais de maxila ou mandíbula. As tomografias computadorizadas, apesar de serem mais onerosas ao paciente, permitem um exame detalhado sem sobreposições de reparos anatômicos, com referências mais confiáveis, que permitem avaliar criteriosa-

C

D

G FIGURA 7 - Vista oclusal inferior, identificando a presença do pré-molar supranumerário irrompido por lingual no lado direito e sem abaulamento ósseo no lado esquerdo do rebordo alveolar. A exodontia do pré-molar supranumerário do lado direito foi realizada pela ação de extratores. No lado esquerdo, um retalho de Newman após o descolamento mucoperiostal expôs a parede óssea vestibular. A sutura foi realizada com nylon 5-0. Os pré-molares supranumerários extraídos apresentam morfologia semelhante à do dente numerário correspondente.

mente o posicionamento do elemento retido. Cabe lembrar que, quando realizada a extração, o paciente deve ser acompanhado, com radiografia panorâmica, pois há relato de reaparecimento de pré-molares supranumerários cinco anos após a extração17.

Late-developing supernumerary premolars: remote intercurrence in the post-orthodontic treatment period Abstract

This article describes the appearance of late-developing supernumerary premolars and reviews the relevant litKeywords: Supernumerary teeth. Premolars.

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erature. Two case reports illustrate the text. In order to avoid unpredictability, the treatment consists in the extraction of the supernumerary elements.


Omar Gabriel da Silva Filho, Vicente Dias Piccoli, Gustavo Augusto Grossi de Oliveira, Francisco Antônio Bertoz

Referências 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13.

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Endereço para correspondência Omar Gabriel da Silva Filho Alameda Octávio Pinheiro Brisola, 9-75 CEP: 17.012-901 – Bauru / SP E-mail: ortoface@travelnet.com.br

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Caso Clínico

Tratamento ortodônticocirúrgico da má oclusão de Classe III: relato de caso Eduardo Martinelli S. de Lima*, Marcel Marchiori Farret**, Laura Lutz de Araújo***

Resumo O presente artigo aborda o diagnóstico, planejamento e tratamento ortodônticocirúrgico de uma má oclusão de Classe III em Padrão III mediante a apresentação de um caso clínico. A paciente, com 21 anos de

idade ao início do tratamento, foi submetida ao tratamento ortodôntico descompensatório com exodontia de quatro segundos pré-molares visando a cirurgia ortognática de avanço maxilar e mentoplastia.

Palavras-chave: Má oclusão de Classe III. Preparo ortodôntico. Exodontia de pré-molares. Cirurgia ortognática.

* Especialista, mestre e doutor em Ortodontia e Ortopedia Facial - UFRJ. Professor da graduação e pós-graduação – PUCRS. ** Especialista, mestre e doutorando em Ortodontia e Ortopedia Facial - PUCRS. *** Aluna do curso de especialização em Ortodontia e Ortopedia Facial – PUCRS.

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Tratamento ortodôntico-cirúrgico da má oclusão de Classe III: relato de caso

Orthodontic-surgical treatment of the Class III malocclusion: Case report Abstract

This manuscript refers to the orthodontic-surgical diagnosis, planning and treatment of a Class III malocclusion with Class III facial pattern, presenting a case report. The patient, a 21-years old woman at

the begin of treatment, was submitted to orthodontic treatment with extraction of four second premolars to decompensation, aiming orthognathic surgery to maxillary advance and genioplasty.

Keywords: Class III malocclusion. Orthodontic decompensation. Premolars extraction. Orthognathic surgery.

Referências 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.

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Rev. Clín. Ortodon. Dental Press, Maringá, v. 8, n. 6, dez. 2009/jan. 2010

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Endereço para correspondência Laura Lutz de Araújo Av. Ipiranga 6681, Prédio 6, sala 209 – Partenon CEP: 90.619-900 – Porto Alegre / RS E-mail: lau_lutz@hotmail.com



Caso Clínico

Tratamento da mordida aberta anterior e reeducação do pressionamento lingual atípico com esporões linguais ou grade palatina Ana Carolina Lima Passos Coelho Medeiros*, Francisco Ferreira Nogueira**, Cláudio Renato de Souza Vieira***, Sérgio M. M. de Oliveira Penido****

Resumo O presente trabalho discorre sobre a mordida aberta anterior, abordando etiologias, diagnóstico e o tratamento com os esporões linguais ou a grade palatina. É possível tratar os efeitos deletérios da ação lingual durante o repouso, deglutição e fonação com aparelhos impedidores, como os esporões linguais ou a grade palatina. Esses dispositivos

obrigam a língua a adotar função normal tanto na deglutição como em repouso. Os esporões linguais colados Nogueira® proporcionam mais conforto ao paciente, menor custo e maior agilidade no tratamento. Os casos clínicos apresentados ilustram protocolos de tratamento com os esporões linguais ou a grade palatina para o pressionamento lingual atípico e a mordida aberta anterior.

Palavras-chave: Deglutição. Mordida aberta. Sucção.

* Especialista em Ortodontia – ABO Divinópolis / MG. ** Mestre em Ortodontia – Faculdade São Leopoldo Mandic. Professor do curso de especialização em Ortodontia – ABO Divinópolis / MG. *** Especialista em Ortodontia – ABO Divinópolis / MG. **** Mestre e doutor em Ortodontia Foar-Unesp. Professor coordenador do curso de especialização da ABO Divinópolis / MG.

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Rev. Clín. Ortodon. Dental Press, Maringá, v. 8, n. 6, dez. 2009/jan. 2010


Ana Carolina Lima Passos Coelho Medeiros, Francisco Ferreira Nogueira, Cláudio Renato de Souza Vieira, Sérgio M. M. de Oliveira Penido

FigURA 32 - Telerradiografia lateral final.

FigURA 34 - Sobreposição total: inicial (preto) e final (vermelho).

FigURA 33 - Radiografia panorâmica final.

FigURA 35 - Sobreposição parcial da maxila: inicial (preto) e final (vermelho).

CONCLUSÕES Após analisar a literatura e mediante os resultados clínicos apresentados, pode-se sugerir que: 1. Outros fatores podem estar associados à deglutição atípica e à mordida aberta anterior, como os hábitos de sucção persistentes. 2. Os esporões linguais Nogueira® representam um método

FigURA 36 - Sobreposição parcial da mandíbula: inicial (preto) e final (vermelho).

eficiente na correção da deglutição atípica e da mordida aberta anterior, devido às pontas ativas que reeducam a língua. 3. A grade palatina é eficiente no fechamento da mordida aberta anterior; porém, não é capaz de reposturar a língua, por não apresentar pontas ativas, deixando com que a língua descanse sobre a grade. Isso é comprovado pelas marcas e sulcos encontrados na língua dos pacientes tratados com grades palatinas.

Rev. Clín. Ortodon. Dental Press, Maringá, v. 8, n. 6, dez. 2009/jan. 2010

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Tratamento da mordida aberta anterior e reeducação do pressionamento lingual atípico com esporões linguais ou grade palatina

Treatment of anterior open bite and rehabilitation of atypical lingual pressure with lingual spurs or palatal cribs Abstract

The objective of this paper is to present a review on the literature about atypical deglutition and anterior open-bite approaching its etiology and diagnosis giving emphasis on the treatment using lingual spurs or palatal cribs. The deleterious effects of the lingual action and etiology of malocclusions with anterior open-bite are related to the lingual malposition during rest, deglutition and phonation and these may be treated with the use of impeding devices

such as lingual spurs and palatal grids that make the tongue adopt the normal functioning of deglutition and resting position. Recently, the bonded spurs Nogueira® were developed and give more comfort to the patient with low cost and greater agility for orthodontists during treatment. By means of clinical case reports, treatment protocols are presented for atypical deglutition and anterior open-bite with lingual spurs and palatal cribs.

Keywords: Deglutition. Open bite. Suction.

Referências 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14.

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Endereço para correspondência Ana Carolina Lima Passos Coelho Medeiros Rua Rio de Janeiro, 324, sala 604 – Centro CEP: 35.500-009 – Divinópolis / MG E-mail: carolesp2004@yahoo.com



Em 2010, a melhor atualização científica em Ortodontia é no Orto 2010-SPO. Tema: “Ortodontia contemporânea: tecnologia e bem-estar”

De 14 a 16 de outubro, o 170 Congresso Brasileiro de Ortodontia – Orto 2010-SPO vai levar ao Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, um público estimado de 5.000 profissionais interessados em uma programação de alto valor científico. Neste encontro, renomados profissionais de diversos lugares do mundo estarão presentes com um objetivo em comum: levar aos participantes deste congresso a última palavra sobre os avanços tecnológicos para a melhor prática da Ortodontia e Ortopedia, com ênfase em clínica.

MINISTRADORES INTERNACIONAIS JÁ CONFIRMADOS

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Serão mais de 200 horas de programação científica, em formato presencial, distribuídas em cursos internacionais e nacionais, conferências especiais, painéis científicos, mesas clínicas, além de uma excelente e completa exposição promocional com mais de 70 empresas. Um encontro de fundamental importância para a atualização profissional de milhares de especialistas em Ortodontia, Ortopedia Funcional dos Maxilares e de clínicos com interesse nestas especialidades. Acesse www.ortociencia.com.br e participe da promoção Clube Orto 1.500. Faça a sua adesão até 31/03/2010 e receba, gratuitamente, o livro oficial do Congresso. Em 2010, esperamos por você no Orto 2010-SPO. Promoção

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Caso Clínico

Utilização da ancoragem esquelética na distalização de molares superiores Matheus José Bueno Gonçalves*, Arianne Souza Santos**, Eduardo César Almada Santos***, Antonio Augusto Campanha****, Claudia Toyama Hino*****, Melchiades Alves de Oliveira Junior******

Resumo A correção da má oclusão de Classe II constitui um procedimento comum na prática ortodôntica. Um dos métodos para sua correção compreende a distalização de dentes posteriores superiores. Com esse fim, diversos tipos de aparelhos podem ser empregados, inclusive a ancoragem esquelética com os dispositivos de ancora-

gem temporária (DAT). O objetivo do presente artigo foi abordar a utilização desses dispositivos na região do tuber da maxila com finalidade de distalização dos dentes posteriores superiores. Concluiu-se que o emprego dos dispositivos temporários de ancoragem foi efetivo para a distalização dos molares e manutenção da ancoragem durante a mecânica subsequente.

Palavras-chave: Má oclusão. Distalização. Ancoragem.

* Estagiário da disciplina de Ortodontia Preventiva da Faculdade de Odontologia de Araçatuba/Unesp. Aluno de especialização em Ortodontia do Hospital Geral de São Paulo (HGeSP) - Exército Brasileiro – Ministério da Defesa. ** Estagiária da disciplina de Ortodontia Preventiva da Faculdade de Odontologia de Araçatuba/Unesp. Aluna de graduação em Odontologia da Faculdade de Odontologia de Araçatuba/Unesp. *** Professor adjunto doutor do departamento de Odontologia Infantil e Social, disciplina de Ortodontia Preventiva da Faculdade de Odontologia de Araçatuba/Unesp. **** Professor mestre em Cirurgia Bucomaxilofacial do departamento de Cirurgia Bucomaxilofacial da Universidade Paulista (Unip). ***** Professora doutora do curso de especialização em Ortodontia do Hospital Geral de São Paulo (HGeSP) - Exército Brasileiro – Ministério da Defesa e dos cursos de especialização e mestrado da Universidade Metodista de São Paulo (Umesp). ****** Professor doutor coordenador do curso de especialização em Ortodontia do Hospital Geral de São Paulo (HGeSP) - Exército Brasileiro – Ministério da Defesa.

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Matheus José Bueno Gonçalves, Arianne Souza Santos, Eduardo César Almada Santos, Antonio Augusto Campanha, Claudia Toyama Hino, Melchiades Alves de Oliveira Junior

primeiro molar superior esquerdo foi conjugado ao mini-implante. Com a retração anterior superior, houve a correção do trespasse anterior, da relação de canino e da linha média (Fig. 12). Concluída a retração, os dispositivos de ancoragem temporários foram removidos. A finalização do tratamento ortodôntico foi executada com arcos ideais coordenados e torques para ajuste da inclinação axial de alguns dentes (Fig. 13). A contenção para o arco superior foi a

placa de Hawley, e para o arco inferior foi o aparelho fixo 3x3 e o aparelho removível de Ossamu. CONCLUSÃO O emprego dos mini-implantes na região do tuber da maxila foi efetivo para a distalização dos molares superiores e como ancoragem para o fechamento dos espaços na mecânica subsequente.

Use of skeletal anchorage in distal movement of maxillary molars Abstract

The correction of Class II malocclusion is a common procedure in orthodontic practice. A method to correct it comprises the distalization of posterior maxillary teeth. To this end, various types of devices can be employed, including the skeletal anchorage with the temporary anchorage devices (TAD). The purpose of this article was

to discuss the use of such devices in the region of the maxillary tuber in order to reach the distal movement of posterior maxillary teeth. It was concluded that the use of temporary anchorage devices was effective in the molar distalization and anchorage maintenance during the subsequent mechanical.

Keywords: Malocclusion. Distal movement. Anchorage.

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Endereço para correspondência Matheus José Bueno Gonçalves Rua Fernão Dias Paes Leme 104, Jardim Paulista CEP: 15.060-130 – São José do Rio Preto/SP E-mail: mathewsbg@yahoo.com.br

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Caso Clínico

Má oclusão de Classe II com apinhamento: tratamento sem extrações dentárias* Bruno Boaventura Vieira**, Elizabeth Norie Morizono***, Mírian Aiko Nakane Matsumoto****

Resumo O presente artigo ilustra um tratamento ortodôntico sem extrações para correção de uma má oclusão de Classe II com apinhamento. As características dessa má oclusão incluíam incisivos superiores protruídos, incisivos inferiores retruídos, sobressaliência de 7mm, sobremordida profunda e ten-

dência de crescimento vertical. O tratamento ortodôntico, sem extrações dentárias, consistiu de expansão ortopédica da maxila com expansor tipo Haas, placa labioativa associada à mecânica de Classe III, para inclinação distal dos molares inferiores, e aparelho extrabucal de tração combinada, para distalização dos molares superiores.

Palavras-chave: Má oclusão de Classe II de Angle. Discrepância ósseo-dental negativa. Tratamento ortodôntico.

* Caso clínico premiado no FÓRUM CLÍNICO do 6° Congresso da Associação Brasileira de Ortodontia (ABOR / 2007).

** Aluno do curso de Especialização em Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto-USP. *** Professora do curso de especialização em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto-USP. **** Professora associada do departamento de Clínica Infantil, Odontologia Preventiva e Social da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto-USP.

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Bruno Boaventura Vieira, Elizabeth Norie Morizono, Mírian Aiko Nakane Matsumoto

a

B

C

FIGURA 6 - a, b) Traçados cefalométricos inicial (em preto) e final (em vermelho). c) Sobreposição dos traçados cefalométricos inicial e final.

Considerações Finais Os principais objetivos do tratamento foram atingidos, como a correção da relação de Classe II, obtenção de sobressaliência e sobremordida normais e, principalmente, o ganho de espaço para alinhar e nivelar os dentes superiores e inferiores

sem recorrer a extrações dentárias. Na avaliação das sobreposições, constatou-se a extrusão dos molares, com a rotação da mandíbula no sentido horário e a vestibularização dos incisivos inferiores. Obteve-se oclusão satisfatória, com benefícios funcionais e estéticos (Fig. 4, 5, 6).

Class II malocclusion with crowding: treatment without dental extractions Abstract

This article illustrates a non-extraction orthodontic treatment to correct a Class II malocclusion with crowding. The characteristics of this malocclusion included maxillary incisor protrusion, mandibular incisor retrusion, 7mm overjet, deep bite and a vertical growth tendency.

The non-extraction orthodontic treatment consisted of maxillary orthopedic expansion with type Haas expander, lip-bumper associated with Class III mechanics to distal tip of the mandibular molars, and straight-pull headgear to distal displacement of the maxillary molar.

Keywords: Class II malocclusion. Arch length deficiency. Orthodontic treatment.

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Má oclusão de Classe II com apinhamento: tratamento sem extrações dentárias

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Endereço para correspondência Bruno Boaventura Vieira Rua Capitão Pereira Lago, nº 994, ap. 07 CEP: 14.051-130 – Ribeirão Preto / SP E-mail: brn_vieira@hotmail.com

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ABSTRACTS

Abstracts

Literatura ortodôntica mundial Resumos, em Português, de artigos publicados em importantes revistas de Ortodontia de todo o mundo. Informação qualificada e oportuna para a melhoria de sua prática clínica. O torque resultante em braquetes ortodônticos de aço inoxidável – uma revisão sistemática Torque expression in stainless steel orthodontic brackets – a systematic review Angle Orthod., v. 80, no. 1, p. 201-210, 2010 Amy Archambault, Ryan Lacoursiere, Hisham Badawi, Paul W. Major, Jason Carey e Carlos Flores-Mir Objetivo: avaliar os efeitos quantitativos do torque resultante variando a dimensão da canaleta de braquetes ortodônticos de aço inoxidável e a dimensão dos fios de aço inoxidável, e analisar as limitações dos métodos experimentais usados. Material e Métodos: foram avaliados, por um processo de revisão sistemática, estudos in vitro medindo os torques resultantes em braquetes autoligáveis convencionais e de aço inoxidável empregando um dispositivo de medição do torque, com o uso de um fio ortodôntico de aço inoxidável reto, sem dobras de segunda ordem e sem alças, molas ou fios auxiliares. Resultados: onze artigos foram selecionados. A comparação direta de diferentes estudos foi limitada pelas diferenças nos dispositivos de medição usados e nos parâmetros de medição. Baseado nos estudos selecionados, em um braquete de aço inoxidável com canaleta de 0,018 polegada, o ângulo formado varia de 31 graus com um arco de aço inoxidável de 0,016 × 0,016 polegadas a 4,6 graus com um arco de aço inoxidável de 0,018 × 0,025 polegadas. Em um braquete de aço inoxidável com canaleta de 0,022 polegadas, o ângulo formado varia de 18 graus com o arco de aço inoxidável de 0,018 × 0,025 polegadas a 6 graus com o arco de aço inoxidável de 0,021 × 0,025 polegadas. Os braquetes de aço inoxidável autoligáveis ativos demonstraram um ângulo formado de aproximadamente 7,5 graus, enquanto os braquetes de aço inoxidável autoligáveis passivos mostravam um ângulo formado de aproximadamente 14 graus com um fio de aço inoxidável de 0,019 × 0,025 polegadas em uma canaleta de 0,022 polegadas. Conclusões: os ângulos formados dependem da dimensão dos arcos e da forma do fio, assim como da dimensão da canaleta do braquete, e são variáveis e maiores do que os valores publicados teoricamente. Os torques clinicamente efetivos podem ser alcançados em um braquete com canaleta de 0,022 polegadas com um arco com torção de 15 a 31 graus para braquetes autoligáveis ativos e de 23 a 35 graus para braquetes autoligáveis passivos com um fio de aço inoxidável de 0,019 × 0,025 polegadas. Palavras-Chaves: Revisão sistemática. Autoligável. Torque. Tradução: Marília Sayako Yatabe Conheça o acervo de Abstracts da Dental Press, acesse: www.dentalpress.com.br/abstracts

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Forças de diversas molas fechadas de Níquel-Titânio Forces of various nickel titanium closed coil springs Angle Orthod., v. 80, no. 1, p. 182-187, 2010 Anthony Louis Maganzini, Alan M. Wong e Mairaj K. Ahmed Objetivo: comparar as forças geradas por 14 diferentes molas de 9mm fornecidas por cinco fabricantes diferentes. Material e Métodos: foram avaliadas 5 réplicas de 14 diferentes molas de 9mm, resultando em um total de 70 espécimes. Cada uma foi estendida uma única vez a partir do seu comprimento de repouso até 12mm e depois foi desativada. Todos os testes foram realizados em uma banheira com água a 37°C. As forças foram registradas na extensão de 12mm e nas distâncias de desativação de 9mm, 6mm, 3mm e 1mm, usando um calibrador de força MTS. Os dados foram coletados com o software Testwork, versão 4.0, e foram interpretados pela análise de variância (ANOVA) com um fator alternativo. Resultados: o pico médio de força a 12mm foi significativamente diferente entre as molas, e essas forças variaram de 147 a 474 gramas. A força média de descarga a 9mm, 6mm e 3mm de desativação foi altamente variável, e apenas 6 das 14 molas exibiram uma força média de descarga “fisiológica” de 50 gramas ou menos do total da variação de desativação. Conclusões: poucas molas testadas exibiram um pico de força fisiológica e forças constantes de desativação. Esse estudo sugere que classificar as molas fechadas de níquel-titânio é confuso e ilusório. PALAVRAS-CHAVE: Níquel-titânio. Molas fechadas. Comparação de força. Tradução: Marília Sayako Yatabe. A melhor configuração do palato para as aplicações de mini-implantes Optimal palatal configuration for miniscrew applications Angle Orthod., v. 80, no. 1, p. 145-152, 2010 Luca Lombardo, Antonio Gracco, Francesco Zampini, Filippo Stefanoni, Francesco Mollica Objetivo: testar a hipótese que o osso palatino não é capaz de suportar mini-implantes de titânio (11mm de comprimento e 2mm de diâmetro) quando submetidos a forças geradas durante o tratamento ortodôntico. Material e Métodos: o sistema mini-implante/osso palatino foi modelado e analisado usando o software comercial ANSYS Multiphysics 10.0 com método de elementos finitos. Os testes foram realizados em duas condições – osseointegração total e ausência dessa. Os cálculos foram realizados, em ambos os casos, em configurações onde o mini-implante foi inserido em duas regiões diferentes do palato: no primeiro, foi ancorado em uma camada de osso cortical e no osso trabeculado de sustentação; no segundo, foram envolvidas duas camadas de osso cortical com o osso trabecular intermediário. Foram consideradas duas forças de magnitudes diferentes, 240gf e 480gf. Ambas estão dentro da variação normal do tratamento ortodôntico e foram aplicadas na cabeça dos mini-implantes. Resultados: os resultados demonstraram que o mini-implante inserido no palato pode ser ancorado ao osso e receber variação de força ortodôntica normal sem exceder o nível de estresse que leva à fratura óssea. O sistema osseointegrado foi caracterizado por um nível de estresse menor que no não-osseointegrado, mas a ancoragem na segunda camada de osso cortical diminuiu consideravelmente o estresse do osso trabeculado, melhorando a estabilidade do implante, também na ausência da osseointegração. Conclusões: a hipótese foi rejeitada. Mini-implantes que recebem força ortodôntica dentro da variação normal não excedem o nível de estresse que leva à fratura óssea.

Volume palatino após a expansão rápida da maxila na dentadura mista Palatal volume following rapid maxillary expansion in mixed dentition Angle Orthod., v. 80, no. 1, p. 153-159, 2010 Antonio Gracco, Andrea Malaguti, Luca Lombardo, Alida Mazzoli e Roberto Raffaeli Objetivo: avaliar as variações volumétricas no palato após a expansão rápida da maxila, em duas fases: imediatamente após e depois de algum tempo. Material e Métodos: a amostra foi composta por 30 pacientes na dentadura mista precoce tratados com aparelho expansor tipo Haas cimentado nos segundos molares decíduos. A idade média dos pacientes no início da expansão era de 7 anos e 6 meses (desvio-padrão de 12 meses). A medição do volume do palato foi conduzida via aquisição 3D de modelos de gesso usando o escaneamento a laser, antes do tratamento (T1), na remoção do aparelho expansor (T2) e 2,6 anos mais tarde (T3). Resultados: o volume do palato aumentou com significância estatística de T1 para T2 e de T1 para T3, e diminuiu sem significância estatística de T2 para T3. Conclusões: o volume palatino aumentou significativamente com a expansão rápida da maxila (ERM), mostrando recidiva insignificante. O uso de modelos virtuais 3D com o auxílio do software Apposite permitiu a avaliação das alterações morfológicas e volumétricas induzidas pelo tratamento ortodôntico. PALAVRAS-CHAVE: Volume. Palato. ERM. Laser. Tradução: Marília Sayako Yatabe. Alterações da superfície de porcelana e acabamento após o uso de dois métodos de colagem ortodôntica Porcelain surface alterations and refinishing after use of two orthodontic bonding methods Angle Orthod., v. 80, no. 1, p. 167-174, 2010 Drew T. Herion, Jack L. Ferracane e David A. Covell. Jr. Objetivo: comparar as superfícies de porcelana na descolagem após o uso de dois métodos de preparo da superfície e avaliar um método para restaurar a superfície. Material e Métodos: discos de porcelana feldspática Lava Ceram (n = 40) passaram por um dos dois tratamentos de superfície antes da colagem dos braquetes ortodônticos. Metade dos discos foram submetidos a banho de areia, ácido fluorídrico e silano (SB + HF + S), e a outra metade ácido fosfórico e silano (PA + S). Os braquetes foram descolados usando alicate removedor de braquete e a resina foi removida com uma ponta carbide 12. A superfície foi polida usando um kit de polimento de porcelana, seguido pela pasta de polimento diamantada. Medidas para a rugosidade da superfície (Ra), brilho e cor foram realizadas antes da colagem (linha base), após a descolagem e após cada etapa do acabamento. As superfícies também foram examinadas através do escaneamento microscópico eletrônico (SEM). Os dados foram analisados com ANOVA de 2 vias seguida do teste HSD de Tukey (α = 0,05). Resultados: o método de colagem SB + HF + S aumentou a Ra (de 0,160 para 1,121µm), diminuiu o brilho (de 41,3 para 3,7) e alterou a cor (ΔE = 4,37; P < 0,001). O método PA + S aumentou a Ra (de 0,173 para 0,341µm; P < 0,001), mas o aumento na Ra foi significativamente menor do que o causado pelo método de colagem SB + HF + S (P < 0,001). O método PA + S causou alterações insignificantes no brilho (de 41,7 para 38,0) e na cor (ΔE = 0,50). As medidas e as observações pelo SEM mostraram que as alterações foram totalmente restauradas com o acabamento. Conclusões: o método PA + S causou um dano significativamente menor à porcelana do que o método SB + HF + S. O protocolo de acabamento restaurou completamente a superfície de porcelana.

Palavras-Chaves: Mini-implante. Palatal. Modelo de elementos finitos.

Palavras-Chaves: Porcelana. Colagem ortodôntica. Descolagem. Acabamento. Polimento. Rugosidade da superfície.

Tradução: Marília Sayako Yatabe.

Tradução: Marília Sayako Yatabe.

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Braquetes estéticos autoligáveis com baixa resistência friccional Self-ligation esthetic brackets with low frictional resistance Angle Orthod., v. 80, no. 1, p. 188-194, 2010 John C. Voudouris, Christos Schismenos, Kresimir Lackovic e Mladen M. Kuftinec Objetivo: testar as forças de resistência friccional geradas entre diversos arcos e (1) braquetes autoligáveis interativos (ISL) e (2) braquetes convencionais (CL). Material e Métodos: as forças friccionais produzidas por três diferentes combinações de arcos e braquetes autoligáveis (SL) (cerâmico e canaleta de metal ou todo metálico) e braquetes convencionais (metálico ou cerâmico) foram avaliadas em um ambiente seco. Os três braquetes ISL testados foram In-Ovation-C, In-Ovation-R e Damon 3. Os três braquetes convencionais foram Mystique com Neo Clip, Clarity e Ovation. Cada braquete foi testado com os fios 0,020” SS, 0,019” × 0,025” SS e 0,018” × 0,018” revestido por SS. Resultados: como regra, os braquetes ISL exibiram a menor força friccional independentemente do material do braquete e da espessura do fio, e os braquetes convencionais exibiram forças friccionais consistentemente maiores. Os Mystique com Neo Clip produziram a menor resistência friccional de todos os braquetes. Os braquetes In-Ovation-C demonstraram uma resistência friccional significativamente menor do que os braquetes SL In-Ovation-R e Damon 3, assim como os braquetes CL Clarity e Ovation. Conclusões: os braquetes de cerâmica autoligáveis produziram a menor resistência friccional de todos os braquetes autoligáveis. Os braquetes convencionais de cerâmica produziram a maior fricção. Palavras-chave: Modelo de cerâmica por injeção. Autoligáveis interativos. Redução de fricção. Tradução: Marília Sayako Yatabe. Propriedades físicas das ligaduras elásticas convencionais e super slick após o uso intrabucal Physical properties of conventional and Super Slick elastomeric ligatures after intraoral use Angle Orthod., v. 80, no. 1, p. 175-181, 2010 Nicola Louise Crawford, Caroline McCarthy, Tanya C. Murphy e Philip Edward Benson Objetivo: investigar as alterações nas propriedades físicas das ligaduras elastoméricas convencionais e Super Slick após terem estado na boca. Material e Métodos: nove voluntários saudáveis fizeram parte. Um braquete ortodôntico foi colado no dente pré-molar em cada um dos quatro quadrantes da boca. Duas ligaduras convencionais e duas Super Slick foram colocadas em locais aleatórios de qualquer lado da boca. As ligaduras foram coletadas depois de tempos de intervalo variados e testadas usando uma máquina de teste Instron Universal. As duas medidas resultantes foram carga de ruptura e resistência de fricção estática. Resultados: a carga de ruptura das ligaduras convencionais diminuiu para 67% do seu valor original depois de 6 semanas in situ. As ligaduras

elastoméricas Super Slick mostraram uma redução comparável depois de 6 semanas in situ (63% do valor original). Não houve diferença estatística na fricção estática entre os elastoméricos convencionais e Super Slick que ficaram in situ por 24 horas (P = 0,686) ou por 6 semanas (P = 0,416). Houve uma boa correlação entre a carga de ruptura e a fricção estática (r = 0,49). Conclusões: houve diferenças estatisticamente significativas na carga de ruptura dos elastoméricos que não foram colocados na boca e os que ficaram na boca por 6 semanas. Não houve diferença significativa na força de fricção estática produzida por ligaduras convencionais e Super Slick antes ou depois de terem sido colocadas na boca. Parece que há uma relação de proporção direta entre a carga de ruptura e a fricção estática das ligaduras elastoméricas. Palavras-Chaves: Ligaduras elastoméricas. Propriedades físicas. Tradução: Marília Sayako Yatabe. Alterações de tecido mole após a extração de pré-molares em pacientes fora da fase de crescimento com protrusão bimaxilar – uma revisão sistemática Soft tissue changes following the extraction of premolars in nongrowing patients with bimaxillary protrusion – a systematic review Angle Orthod., v. 80, no. 1, p. 211-216, 2010 Rosalia Leonardi, Alberto Annunziata, Valeria Licciardello e Ersilia Barbato Objetivo: quantificar a quantidade de alteração do tecido peribucal após a extração de quatro pré-molares em pacientes com biprotrusão maxilar que tinham completado recentemente o crescimento ativo. Material e Métodos: a pesquisa literária foi conduzida para identificar as pesquisas clínicas que avaliaram as alterações cefalométricas relacionadas ao tecido mole peribucal em pacientes com biprotrusão e tratados com extrações. Foram pesquisados os dados eletrônicos (PubMed, ISI WoS Science Citation Index Expanded e HubMed). Foram selecionados resumos que parecessem preencher os critérios de seleção inicial e o artigo original com texto completo foi salvo e analisado. Apenas artigos que preencheram os critérios finais de seleção foram finalmente considerados. Suas referências também foram avaliadas para possíveis artigos não encontrados na pesquisa nas bases de dados. Resultados: nove resumos foram compatíveis com os critérios iniciais de inclusão e esses artigos foram salvos. Desses, cinco foram rejeitados mais tarde, principalmente devido à amostra lidar com pacientes em fase de crescimento. Quatro artigos continuaram e eles mostraram que os lábios superior e inferior retraíram e o ângulo nasolabial aumentou após a extração de pré-molares. A retração do lábio superior variou de 2 mm para 3,2mm, a retração do lábio inferior variou de 2mm para 4,5mm. Conclusões: a protrusão labial melhora depois da extração de quatro pré-molares e essa melhora é previsível. Entretanto, as alterações são pequenas e não modificam dramaticamente o perfil. Um perfil “para dentro” não é esperado. A variação individual na resposta é grande. Palavras-Chaves: Extração. Pré-molares. Bimaxilar. Protrusão. Perfil. Tradução: Marília Sayako Yatabe.

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Controvérsias

Ácido acetilsalicílico ou acetaminofeno? Qual o medicamento para aliviar a dor e o desconforto após a ativação dos aparelhos ortodônticos? Alberto Consolaro*, Vanessa Bernardini Maldonado**, Milton Santamaria Júnior***, Maria Fernanda M-O. Consolaro**** A compressão do ligamento na movimentação ortodôntica promove deformação e hipóxia das células periodontais, dois estímulos indutores para a liberação de prostaglandinas e outros mediadores da reabsorção na superfície óssea. As prostaglandinas são eficientes moduladores locais da remodelação óssea38 e responsáveis pelas respostas de hiperalgesia e aumento da permeabilidade vascular nos processos inflamatórios5,22,24,32,34. Elas fazem parte do exsudato e, nesse pH ácido inflamatório, favorecem a atividade reabsortiva dos clastos. Os clastos são coordenados por osteoblastos e macrófagos após o estabelecimento das unidades osteorremodeladoras, ou BMUs12,37. A remodelação óssea localmente acelerada pela compressão do ligamento periodontal restabelece o espaço do ligamento periodontal e muda a posição do dente conforme o desejado. Os cementoblastos revestem a raiz dentária e não possuem receptores para os mediadores da remodelação óssea9,27, protegendo a integridade radicular durante a movimentação dentária induzida. Na clínica ortodôntica, frequentemente se emprega drogas anti-inflamatórias para o alívio da dor e desconforto nas primeiras horas após a ativação do aparelho26. Porém, alguns estudos10,17,23,33,40,46 mencionam a possibilidade dos analgésicos, como drogas anti-inflamatórias, interferirem na movimentação dentária induzida, pois as prostanglandinas – como um dos principais mediadores da dor – também participam da reabsorção óssea16,31,44. Os analgésicos e anti-inflamatórios reduzem transi-

* Professor titular de Patologia da FOB-USP e da pós-graduação da FORP-USP. ** Mestre pela FORP-USP e clínica privada em Ribeirão Preto/SP. *** Professor doutor da pós-graduação em Ortodontia da Universidade de Araras/SP. **** Professora doutora de Ortodontia e da pós-graduação em Biologia Oral da USC.

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toriamente a formação das prostaglandinas, diminuem a potencialização das cininas e, assim, controlam a dor e o desconforto. Os analgésicos classificados como anti-inflamatórios não-esteroidais (AINES) não impedem a formação das prostaglandinas, apenas diminuem a sua formação exacerbada, atuando como moduladores dos fenômenos e efeitos da inflamação. As drogas anti-inflamatórias não-esteroidais administradas ocasionalmente, de forma aleatória – ou seja, não metodicamente em períodos regulares –, apresentam caráter analgésico e reduzem a produção de prostaglandinas, aliviando a dor. Quando utilizadas em doses maiores, de forma prolongada e sistemática, podem apresentar efeitos antiedemogênicos e influenciar na efetividade da inflamação. Para aliviar a dor e o desconforto induzidos pela movimentação ortodôntica, esses medicamentos são administrados em doses pequenas, períodos curtos e não sistematizados. Em geral, o paciente é orientado a ingerir o analgésico quando sentir dor. Assim, ao ingerir uma determinada droga com finalidade analgésica, do ponto de vista clínico e microscópico, dificilmente haveria interferência no processo inflamatório, na remodelação óssea, na movimentação ortodôntica e na frequência das reabsorções radiculares associadas13. Para diminuir a dor e o desconforto após as ativações dos aparelhos, os ortodontistas, na sua grande maioria, indicam analgésicos como o ácido acetilsalicílico e o acetaminofeno, também conhecido como paracetamol. Essas


Ácido acetilsalicílico ou acetaminofeno?

Mas... deve-se ressaltar que: a prescrição de qualquer medicamento deve ser feita em receituário. A prescrição deve ser por escrito, mesmo quando recomenda-se ao

paciente o uso eventual, apenas quando houver sintomatologia ou desconforto após a ativação dos aparelhos ortodônticos.

Referências 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.

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10. 11. 12. 13. 14. 15.

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Alberto Consolaro E-mail: consolaro@uol.com.br


INSTRUÇÕES AOS AUTORES A REVISTA CLÍNICA DE ORTODONTIA DENTAL PRESS, dirigida à classe odontológica, destina-se à publicação de relatos de casos clínicos e de técnicas, artigos de interesse da classe ortodôntica, comunicações breves e atualidades. Os artigos serão submetidos ao parecer do Corpo Editorial da Revista, que decidirá sobre a conveniência ou não da publicação, avaliando como favorável, indicando correções e/ou sugerindo modificações. Site para submissão de artigos: www.dentalpress.com.br/pubartigos A REVISTA, ao receber os artigos, não assume o compromisso de publicá-los. Os artigos não selecionados serão novamente apreciados por ocasião das edições seguintes. Decorridos dois anos sem que tenham sido selecionados, os mesmos poderão ser devolvidos aos autores. A cada edição, o Corpo Editorial selecionará, dentre os artigos considerados favoráveis para publicação, aqueles que serão publicados imediatamente. Os artigos podem ser retirados a qualquer momento, antes de serem selecionados pelo Corpo Editorial. TEXTO • Os textos devem ser acompanhados do resumo em Português e Inglês que não ultrapasse 250 palavras, bem como de 3 a 5 palavras-chave em Português e em Inglês. • Os textos devem ter na primeira página identificação do autor (nome, título, endereço, e-mail) que não ultrapasse 5 linhas. • Por motivo de isenção na avaliação dos trabalhos pelo Corpo Editorial, a segunda página deve conter apenas o título, o resumo e as palavras-chave (Português e Inglês). • As afirmações assinadas são de responsabilidade integral dos autores. • Os textos devem ser apresentados em duas cópias impressas e uma em CD, quando não submetidos pelo site da revista. • As notas explicativas devem ser restritas ao número indispensável e apresentadas no final do texto. • A exatidão das referências é de responsabilidade dos autores; as mesmas devem conter todos os dados necessários à sua identificação. • Todos os autores citados no texto devem constar na lista de referências e todos os autores que constam na lista de referências devem ser citados no texto. • As referências devem ser apresentadas no final do texto obedecendo às normas da ABNT 6023/2002 e arranjadas em ordem alfabética, não ultrapassando o limite de 30 (exceto a seção Pergunte a um Expert), conforme os exemplos a seguir: • Livro com um autor LOPES, L. N. F. Modelos e troquéis metalizados. São Paulo: CID, 1994. • Livros com até três autores HENDERSON, D.; McGIVNEY, G. P.; CASTLEBERRY, D. J. McCraken’s removable partial Prosthodontics. 7th ed. St. Louis: C. V. Mosby, 1985.

• Livro com mais de três autores APRILE, H. et al. Anatomia odontológica orocervicofacial. 5. ed. Buenos Aires: El Ateneo, 1975. • Capítulo de livro GONÇALVES, N. Técnicas radiográficas para o estudo da articulação temporomandibular. In: FREITAS, A.; ROSA, J. E.; FARIA, S. I. Radiologia odontológica. 2. ed. São Paulo: Artes Médicas, 1988. p. 247-258. • Tese e dissertação PEREIRA, A. C. Estudo comparativo de diferentes métodos de exame, utilizados em Odontologia, para diagnóstico da cárie dentária. 1993. Dissertação (Mestrado)-Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1993. • Artigo de revista CAPELOZZA FILHO, L. Uma variação no desenho do aparelho expansor rápido da maxila no tratamento da dentadura decídua ou mista precoce. Rev. Dental Press Ortodon. Ortop. Facial, Maringá, v. 4, n. 1, p. 69-74, jan./fev. 1999. STEPHAN, R. M. Effect of different types of human foods on dental health in experimental animals. J. Dent. Res., Alexandria, v. 45, no. 3, p. 1551-1561, 1966. FIGURAS E ILUSTRAÇÕES As imagens serão submetidas ao parecer do Corpo Editorial da Revista, que decidirá sobre a conveniência ou não da publicação, relevando os seguintes fatores: cor, brilho, enquadramento, formatação, identificação, resolução, etc. Imagens digitalizadas • configuradas com um tamanho mínimo de 8 x 5cm; • digitalizadas com no mínimo 300 dpi; • salvas nos formatos TIFF ou JPG, com resolução máxima; • enviadas em CD, quando não postadas pelo site; • se as fotografias forem realizadas com máquina digital, fazê-las utilizando a mais alta resolução disponível. Slides • os slides originais podem ser enviados para a revista devidamente identificados, para posterior digitalização e devolução ao autor. Fotografias em papel • as fotografias devem ser apresentadas em papel brilhante colorido e identificadas. Desenhos e gráficos • os desenhos e gráficos enviados poderão ser melhorados ou redesenhados pela produção da revista, a critério do Corpo Editorial.

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Registro de Ensaios Clínicos Os ensaios clínicos se encontram entre as melhores evidências para tomada de decisões clínicas. Considera-se ensaio clínico todo projeto de pesquisa com pacientes que seja prospectivo, nos quais exista intervenção clínica ou medicamentosa com objetivo de comparação de causa/efeito entre os grupos estudados e que, potencialmente, possa ter interferência sobre a saúde dos envolvidos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os ensaios clínicos controlados aleatórios e os ensaios clínicos devem ser notificados e registrados antes de serem iniciados. O registro desses ensaios tem sido proposto com o intuito de identificar todos os ensaios clínicos em execução e seus respectivos resultados, uma vez que nem todos são publicados em revistas científicas; preservar a saúde dos indivíduos que aderem ao estudo como pacientes; bem como impulsionar a comunicação e a cooperação de instituições de pesquisa entre si e com as parcelas da sociedade com interesse em um assunto específico. Adicionalmente, o registro permite reconhecer as lacunas no conhecimento existentes em diferentes áreas, observar tendências no campo dos estudos e identificar os especialistas nos assuntos. Reconhecendo a importância dessas iniciativas e para que as revistas da América Latina e Caribe sigam recomendações e padrões internacionais de qualidade, a BIREME recomendou aos editores de revistas científicas da área da Saúde indexadas na Scientific Library Electronic Online (SciELO) e na LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde) que tornem públicas estas exigências e seu contexto. Assim como na base MEDLINE, foram incluídos campos específicos na LILACS e SciELO para o número de registro de ensaios clínicos dos artigos publicados nas revistas da área da Saúde. Ao mesmo tempo, o International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE) sugeriu aos editores de revistas científicas que exijam dos autores o número de registro no momento da submissão de trabalhos. O registro dos ensaios clínicos pode ser feito em um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE. Para que sejam validados, os Registros de Ensaios Clínicos devem seguir um conjunto de critérios estabelecidos pela OMS. Portal para divulgação e registro dos ensaios A OMS, com objetivo de fornecer maior visibilidade aos Registros de Ensaios Clínicos validados, lançou o portal WHO Clinical Trial Search Portal (http://www.who.int/ictrp/network/en/ index.html), com interface que permite a busca simultânea em diversas bases. A pesquisa, nesse portal, pode ser feita por palavras, pelo título dos ensaios clínicos ou pelo número de identificação. O resultado mostra todos os ensaios existentes, em diferentes fases de execução, com enlaces para a descrição completa no Registro Primário de Ensaios Clínicos correspondente. A qualidade da informação disponível nesse portal é garantida pelos produtores dos Registros de Ensaios Clínicos que

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integram a rede recém-criada pela OMS: WHO Network of Collaborating Clinical Trial Registers. Essa rede permitirá o intercâmbio entre os produtores dos Registros de Ensaios Clínicos para a definição de boas práticas e controles de qualidade. Os sites para que possam ser feitos os registros primários de ensaios clínicos são: www.actr.org.au (Australian Clinical Trials Registry), www. clinicaltrials.gov e http://isrctn.org (International Standard Randomised Controlled Trial Number Register (ISRCTN). Os registros nacionais estão sendo criados e, na medida do possível, os ensaios clínicos registrados nos mesmos serão direcionados para os recomendados pela OMS. A OMS propõe um conjunto mínimo de informações que devem ser registradas sobre cada ensaio, como: número único de identificação, data de registro do ensaio, identidades secundárias, fontes de financiamento e suporte material, principal patrocinador, outros patrocinadores, contato para dúvidas do público, contato para dúvidas científicas, título público do estudo, título científico, países de recrutamento, problemas de saúde estudados, intervenções, critérios de inclusão e exclusão, tipo de estudo, data de recrutamento do primeiro voluntário, tamanho da amostra pretendido, status do recrutamento e medidas de resultados primárias e secundárias. Atualmente, a Rede de Colaboradores está organizada em três categorias: - Registros Primários: cumprem com os requisitos mínimos e contribuem para o Portal; - Registros Parceiros: cumprem com os requisitos mínimos, mas enviam os dados para o Portal, somente através de parceria com um dos Registros Primários; - Registros Potenciais: em processo de validação pela Secretaria do Portal, ainda não contribuem para o Portal. Posicionamento da Revista Clínica de Ortodontia Dental Press A REVISTA CLÍNICA DE ORTODONTIA DENTAL PRESS apoia as políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial da Saúde - OMS (http://www.who.int/ictrp/en/) e do International Committee of Medical Journal Editors – ICMJE (http:// www.wame.org/wamestmt.htm#trialreg e http://www.icmje.org/ clin_trialup.htm), reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e divulgação internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso aberto. Sendo assim, seguindo as orientações da BIREME/OPAS/OMS para a indexação de periódicos na LILACS e SciELO, somente serão aceitos para publicação os artigos de pesquisas clínicas que tenham recebido um número de identificação em um dos Registros de Ensaios Clínicos, validados pelos critérios estabelecidos pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE: http://www.icmje. org/faq.pdf. O número de identificação deverá ser registrado ao final do resumo. Consequentemente, recomendamos aos autores que procedam o registro dos ensaios clínicos antes do início de sua execução.


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