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EDITORIAL
Metas sendo cumpridas! Presidente Nelson Sabino de Freitas 1º Vice-presidente Gilberto Cortese 2º Vice-presidente Mário Luis Zuolo Secretário Geral Sérgio José Martins Tesoureiro Geral Clarindo Mitiyoshi Yao Assessores da Presidência Euripedes Vedovato Antonio Ankerkrone Antônio Fagá Júnior Diretor Depto. Científico Alexandre A. M. Cortese Assessores Depto. Científico Luciano Mauro Del Santo Hideki Fabricio Miasiro Carlos Veloso Salgado Marcos Koiti Itinoche Alexandre Tanganelli Ricci Diretor da EAP José Eduardo de Mello Júnior Diretor da Revista Daniel Kherlakian Diretor Depto. Informática Rodrigo Restaino Sarzedo Diretor Depto. Patrimônio Ricardo Thomé Diretora Depto. Social Simone Soares Petrone Assessoras Depto. Social Juliana Melo Cortese Maria Ap. Melo Cortese Produção Editorial ICL Comunicação Editor Executivo Israel Correia de Lima Editor de Arte Guilherme Gonçalves Revisão Maristela Santana Santos Carrasco Jornalista Responsável Israel Correia de Lima (Mtb 14.204) Impressão Input Comunicação Visual Ltda. Periodicidade Trimestral Tiragem: 6.000 exemplares
Capa: Ilustração - Camilo Saraiva
Regional Jardim Paulista Sede: Rua Guararapes, 720 - Brooklin São Paulo - SP - CEP 04561-000 (11) 5535-9532, 5096-0588 e 5049-3250 apcd@apcdjardimpaulista.com.br www.apcdjp.com.br Atenção: as opiniões expressas nas matérias publicadas na revista Essencial são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, as opiniões da diretoria da APCD Jardim Paulista. É proibida a reprodução ou cópia, sem prévia autorização. Capa: Maurício Pereira Idéia: Dr. Euripedes Vedovato
Um ano de muitas realizações e promissores dias de avanços e soluções em todos os segmentos são os anseios a que nossa Regional se permite. Programações gratuitas estão sendo elaboradas e concluídas. Após a desfiliação, o comodato está sendo finalizado e, logo após os repasses, serão processados por nossa Regional. A Diretoria de Informática está empenhada em toda a reprogramação do nosso site e em busca de melhor aparelhamento interno para um atendimento exclusivo e dedicação a cada curso da EAP. Com as vagas dos nossos cursos todas preenchidas e com fila de espera para inscrições, continuaremos com esse trabalho de excelência no ensino, proporcionando aos professores as melhores condições para ensinar e forjar profissionais com conhecimento científico e técnico para se diferenciarem profissionalmente. Podem aguardar também grandes novidades na área social! O planejamento para a realização do nosso IX Encontro Científico APCD Jardim Paulista já se descortina, com a participação de renomados ministradores e empresas interessadas na área comercial do evento. Mais detalhes nas páginas da Essencial. Obrigado e vamos em frente! Dr. Nelson Sabino de Freitas Presidente da Regional Jardim Paulista
s u m á rio
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Ciência e Tecnologia Os mistérios da dor e alguns fantasmas da boca Novidades Bonelike, Ero Prótese Destaque Crosp apoia 1º Cinosp Destaque APCD-JP na Itália Alunos visitam Instituto P. I. Brånemark Instituto Branemark: 2ª Turma de Especialização 9 Atualidades Implantes osseointegráveis 10 Calendário Científico EAP Jardim Paulista: cursos teórico, laboratorial e clínico 12 Evento Diretoria executiva da APCD-JP empossada para gestão 2010-2013 14 Especial O império da informática e a Odontologia 20 Notas APCD-JP no Congresso do Centenário Curso de Imersão em Estética Dental Equipe ministra hands-on sobre alinhadores 22 Notas APCD-JP em New York 22 Homenagem Vicente de Souza Pinto recebe prêmio Medalha Tiradentes 24 Em Tempo Você precisa de um assistente de saúde bucal? 26 Indicador Profissional Guia de especialidades odontológicas 3
c i ê n c ia e te c n olo g ia
Dr. José T.T. de Siqueira
Os mistérios da dor e alguns fantasmas da boca
‘Doutor, já tratei o canal desse dente tantas vezes, e agora já o removi. Por que ainda dói e todos dizem que não tenho nada? Será mesmo da minha cabeça?” Talvez muitos cirurgiões-dentistas tenham ouvido algo semelhante. Será que é da cabeça do paciente? Bem, não e sim!!!! Então vejamos algumas lições que a pesquisa sobre dor nos legou. É comum ouvir de professores e cientistas que atuam no campo da dor comentários sobre dentistas ou dor de dente como exemplos de diferentes mecanismos envolvidos no fenômeno álgico. Certamente isso realça a importância da dor na atividade do cirurgião-dentista. Curiosamente, nem sempre o próprio cirurgião-dentista usa os exemplos de sua área de atividade profissional quando se refere aos mecanismos de dor ou à prática clínica em que queixas de dor fazem parte do dia-a-dia. Outra história, frequentemente ouvida, quando a questão é a percepção da dor, refere-se ao filósofo Bertrand Russel, que ao procurar seu dentista por problemas em um dente, quando perguntado onde doía, imediatamente respondeu ‘em minha mente’. Pois é, já há algum tempo está claro para cientistas, professores, clínicos e, certamente, para o paciente ao sentir a dor física, que sofre em seu corpo e em sua mente. E de tal modo, muitas vezes, que a dor pode alterar seu comportamento e, outras vezes, sua própria vida, sem falar das dos seus familiares. E não importa a região corpórea que a origina, a dor tem sempre um componente central. Afinal, quais são os mistérios da dor e por quais razões todo cirurgião-dentista deveria estar atento a eles?
Afinal, o que é a dor?
A Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) define dor como “experiência sensitiva e emocional desagradável, associada a lesão real ou potencial dos tecidos, ou descrita em tais termos”. Se dor é uma ‘experiência’ ela é subjetiva e individual; por esse motivo é que pacientes diferentes podem ter respostas diferentes ao mesmo estímulo, ou à mesma doença. E nem sempre a dor é explicada por uma lesão física visível ou macroscópica, ou pelo tamanho da lesão, fato que geralmente desconcerta o profissional. A experiência de dor desenrola-se no cérebro e
Fig. 1 - O estímulo periférico ativa as terminações nervosas e é transmitido pela fibra nervosa aferente. Sofre modulação ao longa da fibra e sua percepção é no cérebro. Lesão somática ou neuronal pode causar dor, de curta ou longa duração, mesmo após a cicatrização macroscópica dos tecidos
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dela decorre o sofrimento do paciente, o qual nem sempre entendemos. Dor é mesmo um fenômeno complexo, subjetivo e individual; cabe ao cirurgião-dentista entender a história do paciente, interpretar os dados do exame físico e sempre respeitar seu sofrimento (Figura 1). O tratamento da Dor em Odontologia exige conhecimento técnico específico sobre doenças e anatomia (dentes, boca, articulação temporomandibular, músculos mastigatórios, maxilares, etc), mas também exige conhecimento mínimo sobre o paciente. As evidências da ciência básica e da experiência clínica alertam, cada vez mais, para os benefícios do controle e alívio da dor ao paciente que dela sofre.
O tempo tem influência na ‘experiência’ de dor, ou no tratamento?
Existem controvérsias, mas é relevante, pois a dor é classificada em: 1. Aguda, que teve início recente; é o sintoma de alguma doença; identificando a doença (causa) seu tratamento elimina a dor. Tão significativa á a avaliação da dor aguda que foi instituída como no 5º. Sinal Vital, ao lado da temperatura, pressão arterial, pulso e frequência respiratória, pois ela pode alterar alguns desses sinais. 2. Crônica, nesta não se encontra uma doença visível que a explique; muitas vezes é considerada como a doença. Em geral, iniciou há bastante tempo, muitas vezes após procedimentos cirúrgicos, odontológicos ou traumatismos. Cicatrizam os tecidos mas a dor persiste. A persistência da dor, o excesso de consultas e tratamentos, alguns iatrogênicos, afetam profundamente o paciente. O diagnóstico e o tratamento da dor podem ser difíceis, mas, certamente, é na dor crônica que o cirurgião-dentista encontrará um grande desafio. Felizmente, a maioria absoluta das dores em odontologia é aguda e responde bem aos tratamentos preconizados, desde que o diagnóstico seja preciso. Entretanto, existem um reduzido número de pacientes, cuja dor orofacial é crônica e que não são bem compreendidos pelos seus clínicos, pois em geral recebem tratamento para a dor aguda. Neuralgia do trigêmeo, algumas disfunções mandibulares, síndrome da ardência bucal e dor orofacial pós-cirúrgica persistente são alguns exemplos. Outro, ainda não bem identificado pelos clínicos, é a denominada ‘dor
Fig. 2 - “A dor fantasma da boca”, Cartum de Ângelo Maciel (do livro Dores Mudas, As estranhas dores da boca, Ed. Artes Médicas, SP)
Fig. 3 - Patrick Wall e Ronald Melzack (Science, 1965) - Teoria do portão ...“A estimulação de um único dente resulta na ativação eventual de não menos que cinco regiões do cérebro que incluem o córtex cerebral, a formação reticular e o sistema límbico...”
Fig. 4 - (Jantsch et al., 2005) - Neuroimagem produzido por estímulo doloroso no dente incisivo superior (áreas vermelhas) X os produzidos por estímulo doloroso na mão (azul)
Fig. 5 - Homúnculo cerebra (Homúnculo de Penfield)l: representação somestésica do corpo. A face ocupa uma grande área (Museu de ciências Londres)
facial atípica’ ou ‘odontalgia atípica’ que é uma dor crônica na face ou no dente, mesmo após a exodontia, e cuja origem é neuropática.
Fantasmas da boca: a dor neuropática
Embora a maioria das dores em odontologia seja de origem inflamatória, nem sempre isso ocorre. Talvez isso explique o porquê de alguns pacientes que reclamam insistentemente de dor na boca e, a despeito do número de dentistas ou médicos que procuram, não encontrarem solução ou respostas à sua queixa. Afinal, o que acontece com eles? Além da dor inflamatória, podemos ter a dor neuropática e aí tudo muda de figura, quer em relação ao tratamento, quer em relação ao prognóstico do paciente 1. Dor inflamatória ou nociceptiva, geralmente é aguda e relaciona-se ao traumatismo mecânico ou cirúrgico dos tecidos. Portanto, para controlar a dor é fundamental controlar a inflamação; felizmente cessa com a cicatrização dos tecidos. Este tipo de dor é o mais encontrado na Odontologia. São as pulpites, as dores pós-exodontias ou pós-cirúrgicas, a dor do traumatismo da prótese, a afta, etc. 2. Dor neuropática, neste caso a dor decorre de lesão neuronal, seja periférica ou central. Normalmente torna-se crônica, exige tratamento por tempo prolongado ou permanente e seu controle pode exigir tratamento multidisciplinar. Os exemplos mais conhecidos em Odontologia são: neuralgia idiopática do trigêmeo, ‘dor facial atípica’ ou ‘odontalgia atípica’ e síndrome da ardência bucal. Em parte, estas dores correspondem à dor do membro fantasma amputado e no caso da odontologia, podemos considerá-los como ‘fantasmas da boca’, já que ao não serem reconhecidos, os pacientes continuam sofrendo e ainda com a sensação de que não têm nada de anormal. Uma dor abstrata, fantasma. Esses fenômenos são bem explicados atualmente e parte da definição de dor da IASP deriva desse conhecimento (Figura 2). Lembre-se: dor ‘inflamatória’ e dor ‘neuropática’ são quadros álgicos diferentes, embora possam parecer clinicamente similares; algumas vezes podem coexistir, o que pode dificultar mais ainda seu diagnóstico. Todavia, o tratamento de ambas geralmente é completamente diferente entre si.
Os cientistas comprovam o que paciente e filósofo sentem
Pois é, se o filósofo tinha razão ao afirmar que seu dente doía em sua mente, certamente os pacientes que sofreram ou sofrem de dor de dente
Fig. 6 - Dentista visto por uma câmara instalada dentro da boca (internet). Minha advertência: ‘Cuidado, você também é observado por um cérebro em dor’
sabem muito bem o que isso significa. Mas gradativamente a ciência foi evidenciando esses fatos, como em 1965, em artigo sobre a famosa teoria do portão ou da comporta, que levou à idéia da interação sensitiva, os cientistas Ronald Melzack e Patrick Wall usavam também como exemplo o dente para falar da percepção da dor. Diziam “A estimulação de um único dente resulta na ativação eventual de não menos que cinco regiões do cérebro que incluem o córtex cerebral, a formação reticular e o sistema límbico ...”, o que indicava o envolvimento de diversas áreas do cérebro quando ocorre dor (Figura 3). Reafirmando ser ela uma experiência multidimensional, independente da região do corpo em que se origina. Mais recentemente os cientistas demonstraram, através de exames de neuroimagem, as modificações cerebrais que o estímulo de um único dente provoca (Figura 4). Pois é, a dor de dente é um grande transtorno para o cérebro, como se fora um grande sino dentro da nossa mente. Entretanto, nem sempre a dor de dente é por ele causada. O próprio cérebro também pode causar dor orofacial, como na ‘odontalgia atípica’, em que a dor no dente não cessa a despeito dos inúmeros tratamentos endodônticos, cirúrgicos e até após sua extração; é um exemplo de dor fantasma na boca, desafiando clínicos a encontrarem qualquer sinal de doença bucal. Portanto, a dor de dente também dói, e pode ser muito, e é no cérebro que temos percepção dela. Pois é, curiosamente ao cursamos a graduação em odontologia, e possivelmente a maioria dos cursos de pós-graduação, inclusive em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial, poucos vezes ouvimos, se não raramente, que entre as áreas sensitivas e motoras do nosso córtex cerebral, onde está a representação do nosso corpo, a que corresponde a face, incluindo os dentes e a língua, é uma das maiores (Figura 5). Portanto, antes de olhar a boca do seu paciente, ouça-o para que ao olhar sua boca tente ‘ver’ a enorme boca que está dentro do seu cérebro. Certamente ele o está vigiando atentamente (Figura 6). Por isso a boca é tão sensível. A gengiva tem tanto dor. E não é só pela falta do rebordo alveolar que as dentaduras são instáveis. Tem muito mistério científico, felizmente já parcialmente desvendado, neste mito. Sim, filósofos e pacientes têm razão: ‘a dor está dentro do nosso cérebro’. E esta fantástica mensagem é a lição que filósofos, cientistas, poetas e clínicos legaram-nos, e que é importante lembrar sempre que temos um paciente à nossa frente, sentado na cadeira do dentista.
Dr. José T.T. de Siqueira - Supervisor do Curso de Residência em Odontologia Hospitalar, área de Dor Orofacial, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Vice-Presidente da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED). 5
NOVIDADES
Bonelike® - Cone Morse da Biomet 3i Fabricado no Brasil pela Biomet3i, sob a supervisão de aplicabilidade clínica de pesquisadores brasileiros e americanos e o controle de qualidade aprovado pela Biomet3i-USA, o Bonelike® Cone Morse proporciona a segurança clínica que seus pacientes precisam. Possui duas superfícies consagradas em uma só: óxido de alumínio jateado com duplo ataque ácido, fazendo com que os implantes tenham superfície com rugosidade bastante homogênea, ficando muito próxima ao tecido ósseo. Pesquisas indicam que Bonelike® Cone Morse apresentou osteogênese de contato, o que permite aos implantes serem colocados na função imediata em ossos tipos 1, 2 e 3, com estabilidade inicial acima de 50 Ncm. Ou então, 21 dias em ossos tipos 1 e 2, obedecendo o mesmo critério de estabilidade inicial para carga imediata, dois meses quando
a estabilidade for abaixo de 50 Ncm em ossos tipos 1, 2 e 3 e três meses para osso tipo 4. Produzido nos diâmetros 3.25/4.0/5.0 mm e nos formatos cônico e cilindro Speed, o Bonelike® Cone Morse é muito fácil e rápido de manusear, dispensando o uso de monta implante. A presença de groove no corpo do implante melhora a adesão de tecidos ósseo e gengival. Ele pode ser colocado em diferentes níveis de tecido ósseo, até 2 mm abaixo da crista ou ao nível da mesma, proporcionando alta estabilidade primária e excelência estética. O resultado que você exige e os seus pacientes merecem. O Implante que você esperava, produzido pela empresa que você acredita.
Ero Prótese no Congresso do Centenário O laboratório Ero Prótese esteve presente no 29º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo, que este ano comemorou o centenário da APCD. Os seus diretores Elias de Oliveira e Flávio de Oliveira estiveram presentes recebendo os clientes em seu estande.
DESTAQUE
Crosp apoia 1º Cinosp
No dia 7 de fevereiro de 2011, às 13h30, o presidente do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, dr. Emil Adib Razuk, recebeu em seu gabinete a comissão organizadora do 1º Congresso Internacional de Odontologia da Associação Brasileira de Odontologia secção São Paulo (Cinosp) e da 1ª feira de Produtos, Equipamentos e Materiais Afins da Odontologia (Feidental). Na ocasião ele reforçou o apoio do Crosp ao grandioso evento, que acontecerá de 4 a 6 de setembro de 2011 no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo. Em pé, da esq. p/ a dir., drs. Marco Antonio Manfredine, Maria Lúcia Zarvos Varelli, Luis Henrique Vinagre, Eurípedes Vedovato, José Leonardo S. Pereira, Eunice Cristina Gardieri. Sentados, da esq. p/ dir., drs. Paula F. Caetano, Mário Sérgio Limberte, Emil Adib Razuk, José Silvestre e José Alves Pereira
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DESTAQUE
APCD-JP na Itália Durante o mês de outubro de 2010, o prof. Eurípedes Vedovato, coordenador do curso de especialização em Prótese Dentária da nossa APCD, viajou à Itália com um grupo de professores da área de prótese para visitar as Universidades de Bologna e de Siena. A viagem do grupo foi patrocinada pela Labordental e pela Zermack. Além das
...e com o professor da Universidade de Bologna Roberto Scotti
Dr. Eurípedes Vedovato com o prof. Marco Ferrari da Universidade de Siena e Dr. Cicero Dinato...
visitas às universidades citadas, o grupo também participou de um hands on de novos materiais de moldagem e equipamentos destinados ao apoio dos procedimentos de impressão de precisão nas dependências da fábrica da Zermack na região de Rovigo, na pitoresca cidade de Badia Polesine.
Alunos visitam Instituto P. I. Brånemark Os alunos do curso de especialização em Prótese Dentária, coordenado pelo prof. Eurípedes Vedovato, visitaram o Instituto P. I. Brånemark de Bauru no dia 24/11/2010. A visita ao Instituto teve como objetivo mostrar as instalações daquele centro de excelência no tratamento de pacientes com deformidades faciais e de inválidos orais de maxila e de mandíbula. Na ocasião, o prof. Vedovato, que é o diretor responsável pela área de prótese do Instituto, ministrou uma palestra ao grupo presente abordando o tema relativo ao protocolo de reabilitação oral para mandíbula desenvolvido e praticado no Instituto Brånemark de Bauru para a população carente da cidade e região.
O prof. Eurípedes Vedovato, professores e alunos do curso de especialização em frente do Instituto P.I. Brånemark de Bauru
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Instituto Branemark: 2ª Turma de Especialização
Na semana de 7 a 11 de fevereiro de 2011, teve início no P-I Brånemark Institute a 2ª Turma de Especialização em Implantodontia. A 1ª Turma irá finalizar o curso em agosto de 2011, sendo que em março seguem para um curso na Columbia University em Nova York, com o professor Dennys Tarnow. Ambas as turmas são coordenadas, na cirurgia, pelo prof. dr. Hugo Nary e, na prótese, pelo prof. dr. Gilmar Batista.
ATUALIDADES
Implantes osseointegráveis Os implantes osseointegráveis têm sido utilizados para reabilitação de pacienmarginal estatisticamente inferior aos critérios propostos por Albrektsson, variantes nas últimas décadas com índices crescentes de sucesso clínico e evidenciação do de 0,24 a 0,75 milímetros após cinco anos em função. Estes mesmos autores científica, impactando positivamente na qualidade de vida de pacientes, do ponsugerem que os critérios utilizados atualmente deveriam ser revistos uma vez que to de vista social, funcional e estético1. Dentro desta realidade, o conhecimento a evolução nos sistemas de implantes associada ao conhecimento biológico atual aprofundado da biomecânica e biologia peri-implantar possibilitaram a utilização incrementaram a estabilidade da estrutura óssea peri-implantar. de novos conceitos e tecnologias para preservação do nível ósseo ao redor dos imClinicamente, o desafio se encontra na identificação dos fatores de risco estéti2 plantes , aumentando assim o prognóstico de sucesso clínico, sobretudo em casos cos e funcionais de cada caso tratado, sendo que quanto maior for a complexidade de alta demanda estética ou funcional. do caso, mais crítico será o conhecimento dos limites biológicos e biomecânicos a Como em todos os procedimentos realizados em Implantodontia, a decisão serem vencidos, sempre em busca da previsibilidade de resultados e manutenção clínica baseada em evidências científicas que demonstrem efetivamente o beneda excelência alcançada por períodos longos de tempo. fício para os nossos pacientes deverá nortear a terapia utilizada no dia a dia da Novos conceitos e tecnologias como o tratamento de superfície, a plataforma reabilitação oral com implantes. Com este intuito, existe uma convergência de switching, conexões internas, selamento marginal e alterações macro-geométricas opiniões de diversos autores embasados em resultados científicos expressivos de na porção cervical dos implantes parecem contribuir de maneira multifatorial para que a manutenção do nível ósseo peri-implantar é mutifatorial, sendo que alguns a preservação da estrutura óssea marginal de acordo com a literatura disponível fatores têm demonstrado ser importantes como o tratamento de superfície, o tipo atualmente. de conexão protética, a plataforma switching e a macro- geometria do implante, além de variáveis clínicas como higienização, risco periodontal e padrão oclusal. Em recente artigo, Momen e colaboradores3 revisaram completamente a literatura sobre a eficiência da plataforma switching para preservação do osso marginal peri-implantar, através de uma metodologia padronizada e com alto impacto científico (meta-análise) e concluíram que quando há a utilização de um abutment com diâmetro menor Caso clínico demonstrando a Próteses sobre os implantes Resultado final do tratamento agenesia dos incisivos laterais com implantes realizado pelo Dr. instaladas em harmonia com os do que o do implante, a perda óssea tende a ser memaxilares, tratada com implantes Luciano Castellucci (Salvador, BA) dentes naturais nor do que quando implante e abutment possuem osseointegráveis. Denotar o o mesmo diâmetro. correto contorno do tecido mole Um estudo clínico longitudinal realizado por Referências Bibliográficas: peri-implantar 4 Canullo e colaboradores , demonstrou que as alte1. Felix Gb, Filho HN, Padovani CR, Machado WM.A longitudinal sturações no nível ósseo marginal peri-implantar pode estar relacionado com o diâ- dy of quality of life of elderly with mandibular implant- supported fixed protheses. metro de assentamento do abutment, sendo que os níveis ósseos marginais foram Clin Oral Implants Res 2008;19:704-708. melhor mantidos nos casos reabilitados de acordo com o conceito de plataforma 2. Fickl S, Zuhr O, Stein JM, Hürzeler MB. Peri-implant bone level around imswitching. plants with platform-switched abutments. Int J Oral Maxillofac Implants, 2010, 5 López-Marí e colaboradores avaliaram a literatura disponível e concluíram may-jun; 25(3): 577-81. que o conceito de plataforma switching ajuda a prevenir a perda da crista óssea 3. Momen A, Atieh HM, Ibrahim I, Ahmad HA. Platform switching for marginal marginal após a colocação de implantes, contribuindo para a obtenção e manubone preservation around dental implants: A systematic review and meta-analysis. tenção de resultados estéticos satisfatórios. J Periodontol, October 2010; 1350-1366. Outro fator fundamental para preservação da estrutura óssea marginal está 4. Canullo L, Fedele GR, Iannelo G, Jepsen S. Platform switching and marginal relacionado ao tipo de plataforma protética utilizada, sendo que a associação de bone-level alterations: the results of a randomized- controlled trial. Clin Oral Imconexões internas e a plataforma switching geram menor stress ósseo e dissipaplants Res. 2010 Jan; 21(1): 115-21. ção mais uniforme das cargas oclusais6, fatores estes que têm minimizado a perda 5. López-Marí L, Calvo-Guirado, JL, Martin-Castellote B, Gomez-Moreno G, óssea marginal e, consequentemente, incrementado a excelência da terapia com López-Marí M. Implant platform switching concept: an updated review. Med implantes. Oral Patol Oral Cir Buccal, 2009 Sep 1; 14(9): 450-4. Wennenberg e Albrektsson7 avaliaram o efeito da topografia da superfície do 6. Rodríguez-Ciurana X, Vela-Nebot X, Segalà-Torres M, Rodado-Alonso C, implante na resposta óssea e concluíram que, apesar da falta de padronização dos Méndez- Bianco V, Mata-BuquerolesM. Biomechanical repercussions of boné estudos disponíveis atualmente, a topografia óssea influencia a resposta óssea a resorption related to biologic width: a finite element analysis of three implantnível micrométrico e existem indícios de que isto também pode acontecer a nível -abutment configuations. Int J Periodontics Restorative Dent. 2009 Oct; 29(5): nanométrico. Os autores citam que superfícies lisas ou minimamente rugosas de- 479-87. monstraram resposta óssea mais fraca do que as superfícies rugosas. 7. Wennerberg A, Albrektsson T. Effects of titanium surface topography on bone A distribuição uniforme das forças oclusais também pode ser potencializada integration: a systematic review. Clin. Oral Impl. Res. 20 (Suppl. 4), 2009 / pela macro- geometria do implante, sendo que um dos objetivos deve ser mi- 172–184. nimizar a concentração de stress na região cervical do implante para diminuir 8. Schrotenboer J, Tsao YP, Kinarjwala V, Wang HL. Effect of microthreads and ou evitar a perda óssea marginal fisiológica definida como saucerização. Uma das platforma switching on crestal bone stress levels: a finite element analysis. J Periopossibilidades é a utilização de micro-roscas na porção cervical do implante, que dontol 2008 Nov; 79(11): 2166-72. têm como objetivo aumentar a estabilidade primária do implante e ao mesmo 9. Hansson S, Werke M. The implant thread as a retention element in cortical tempo transferir as forças oclusais para a medular óssea ao invés de concentrá-las bone: the effect of thread size and tread profile. A finite element study. J Biomech. na cortical alveolar8, 9. 2003 Sep; 36(9): 1247-58. 10 Dentro dos critérios de sucesso propostos por Albrektsson e colaboradores 10. Albrektsson T, Zarb G, Worthington P, Eriksson AR. The long-term efficacy na década de 1980, caracterizava-se como sucesso e fisiologicamente aceitável uma of currently used dental implants: a review and proposed criteria of success. Int J perda óssea marginal de 1,5 milímetros no primeiro ano após a instalação do imOral Maxillofac Implants 1986;1(1):11-25. plante e, a partir daí, uma perda de 0,2 milímetros anualmente. Em recente meta11. Laurell L, Lundgren D. Marginal bone level changes at dental implants after 11 -análise, Laurell e Lundgren demonstraram que os sistemas de implantes que se 5 years in function: A meta-analysis. Clin Implant Dent Relat Res. 2009 Aug (3) enquadraram nos critérios de inclusão do seu estudo apresentaram perda óssea Epub ahead of print, 1-10.
Dr. Fábio Bezerra - Graduado pela Faculdade de Odontologia de Bauru - USP; Pós-graduado em Periodontia pela Faculdade de Odontologia de Bauru - USP; Professor do Curso de Especialização em Implantodontia da ABO - Bahia; Consultor Científico da SIN 9
c ale n d á rio Cie n t í f i c o
Dr. Alexandre Melo Cortese
Informações e inscrições pelos telefones: (11) 5535-9532 / 5049-3250 / 5096-0588 ou pelo e-mail: secretaria@apcdjardimpaulista.com.br
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Cursos teóricos-demonstrativos (coffee-break incluso)
Cursos Regulares de Especialização em andamento na APCD JP
Curso de Especialização em Implantodontia - 3ª turma Teórico/Prático/Cirúrgico/Clínico n Ministradores Prof. Clarindo Mitiyoshi Yao e equipe
Especialização em Prótese Dentária - 3ª Turma n Ministrador Dr. Euripedes Vedovato
Curso de Especialização em Ortodontia e Ortopedia Facial - 5ª Turma Teórico / Prático / Clínico n Ministrador Prof. Gilberto Cortese Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial
n Coordenador José Martelli Filho - Mestre e Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial e Especialista em Radiologia
n Professores Alexandre Cortese (mestre e especialista em Ortodontia), Juliana Cortese (especialista em
n Coordenador Dr. Mário Zuolo n Ministradores Equipe Endogroup
Curso Básico e Avançado em Implantodontia - Módulo Cirúrgico - Módulo Protético Sistema Biomet 3i
n Coordenador Dr. Odair Borghi (Módulo Cirúrgico)
n Coordenador Dr. Ricardo Mitsuo Saito (Módulo Protético) n Equipe Claudia B. Pera, Paulo H. Ueda, Ricardo R. Vecchiatti, Rodrigo Fromer e Wander C. Kobayashi. n Objetivo Fornecer ao cirurgião-dentista embasamento teórico, laboratorial e clínico para a realização de técnicas cirúrgicas de reconstrução óssea e de instalação de implantes osseointegrados Biomet 3i. n Periodicidade quinzenal - às sextas-feiras das 8h às 18h n Início 25 de fevereiro de 2011 n Duração 10 meses n Investimento 10 parcelas de R$ 400,00 n Informações e inscrições tel.: (11) 5535-9532 / 5049-3250 / 5096-0588 n Obs. O curso fornecerá os kits cirúrgicos, kits de enxerto e os motores de implantes.
Curso de Especialização em Ortopedia Funcional dos Maxilares
Ortodontia) e professores convidados
n Ministrador Prof. dr. Eduardo Sakai e equipe n Equipe Murilo Bovi Corsi, Luciano Wagner
Especialização em Radiologia e Imaginologia Odontológica
Ribeiro e Sergio Polizio Terçarolli n Periodicidade quinzenal n Duração 36 meses, sendo que os últimos meses serão de exclusivo atendimento clínico n Objetivo Especialização em Ortopedia Funcional dos Maxilares segundo os ditames do Conselho Federal de Odontologia (CFO) n Investimento Inscrições R$ 700,00 - sendo que R$ 500,00 serão abatidos da primeira mensalidade. Pagamento: 36x de R$ 1.300,00; ou 12x de R$ 1.100,00 + 12x de R$ 1.300,00 + 12x de R$ 1.500,00; ou 30x de R$ 1.560,00. Os alunos não sócios da APCD e/ou não quites com a anuidade pagarão valores maiores
n Coordenador Prof. Dr. Israel Chilvarquer n Ministradores Jorge Elie Hayek, Michel Eli Lipiec Ximenez e Alessandra Coutinho.
n Diferenciais do curso Utilização de aparelhos de última geração: aparelho panorâmico digital, Tomógrafo Computadorizado Volumétrico; softwares para manipulação de imagens, traçados cefalométricos; simulação de instalação de implantes (RadioCef, Slice Guide e Dental Slice) e interpretação de radiografias e tomografias.
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Especialização em Endodontia 3ª Turma
E ve n to
Diretoria executiva da APCD-JP empossada para gestão 2010-2013 No dia 25 de novembro do ano passado, às 20h30, em evento realizado no Buffet Giardini, no bairro de Itaim Bibi, foi empossada a Diretoria Executiva da APCD Jardim Paulista para o triênio 2010-2013, com a seguinte composição: doutores Nelson Sabino de Freitas (presidente), Gilberto Cortese (1º vice-presidente), Mário Zuolo (2º vice-presidente), Sérgio Martins (secretário) e Clarindo Mitiyoshi Yao (tesoureiro). Plenária composta para ouvir o Hino Nacional Estiveram presentes ao encontro, representando o presidente da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas (APCD Central), o vice-presidente, dr. Juscelino Kojima, o presidente da Associação Brasileira de Cirurgiões Dentistas (ABCD), Dr. Silvio Jorge Cecchetto, o presidente da Sociedade Paulista de Ortodontia (SPO), Dr. Jairo Correa, representando o presidente do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, a conselheira Eunice Cristina Gardieri, presidentes de outras regionais, O jantar foi bastante concorrido entre outras autoridades e convidados. Após a execução do Hino Nacional, em seu discurso de posse, o doutor Nelson Sabino de Freitas enalteceu a oportunidade de fazer parte da diretoria passada, Dr. Nelson Sabino de Freitas na qual alcançou um período de grandes profere discurso de posse realizações.”Convenhamos, esta regional iniciada 32 anos atrás, com sede na rua Tabapuã, e dirigida por grandes e nobres colegas na figura sempre lembrada dos doutores Álvaro, Gilberto Cortese, Elias Aidar, Silvio Neves, Ankerkrone, Heitor, Abdo, Clarindo Mityioshi e tantos outros que colaboram, direta ou indiretamente, para chegarmos até o estágio atual. Convoco a nova diretoria que comporão comigo o novo triênio de grandes realizações em prol de uma odontologia mais unida, mais atual O presidente da Regional recebe Diretora do Departamento Social, voltada ao altruísmo nos moldes adequados comenda e os cumprimentos Dra. Simone Soares Petrone para nossa realidade”, disse ele. O presidente da Regional JP recebeu das mãos do doutor Jaicom show surpresa da drag queen Priscila Drag e dentro da proro Correa, diploma e medalha como destaque da Odontologia posta, ela se saiu muito bem na descontração dos participantes. A Brasileira. organização contou com a supervisão competente da Diretora do Após o jantar, houve grande animação entre os convidados Departamento Social, Dra. Simone Soares Petrone. 12
E SP E C I A L
O império da informática e a Odontologia Por Israel Correia de Lima
O novo paciente chega ao consultório odontológico e, enquanto aguarda na recepção, abre a bolsa, liga o computador e pergunta se tem wi-fi e qual a senha para conectar à internet a fim de adiantar o seu trabalho. Com a resposta negativa da recepcionista, ele se levanta e diz que irá procurar outra clínica, pois não tem tempo a perder (fato verídico). Isso já está se tornando rotineiro nos consultórios e com perda de clientes. Que o diga a implantodontista Juliana dos Anjos Rodrigues de Jesus Kis, 34 anos. “A garotada, ao sentar-se na cadeira, liga seus iPods, iPhones, entre outras ‘maquininhas’, mostrando fotos e dizendo que querem os dentes daquela maneira”. E não param por aí: “com os celulares é um tal de enviar mensagens, torpedos, muitas vezes prolongando o tempo do atendimento. Temos de ter paDra. Juliana dos Anjos ciência e não nos intimidarmos e acompanhar a evolução. Essa é a nova geração.” É bom o profissional estar conectado a esse mundo informatizado. O universo é amplo. São sites de redes sociais, certificação digital, novas tecnologias empregadas em sala de aula, programas gerenciadores, compras coletivas pela internet, e a cada momento aparece uma novidade. Para aqueles que não têm muita familiaridade com hardwares (máquinas) e softwares (programas), o primeiro passo pode estar no próprio consultório. Que tal informatizá-lo (não tem como escapar, uma hora vai acontecer), com gerenciadores de planejamento odontológico/gestão administrativa/financeira? Há vários programas no mercado. A clínica odontológica pode ainda contar com seu próprio site. Nesse caso, a escolha de uma empresa especializada, que possa orientar tanto nos aspectos técnicos quanto sobre os detalhes de um site específico para Odontologia, como aspectos legais e éticos do setor, é de fundamental importância. Geralmente inicia-se com a análise do público-alvo e a definição do conteúdo que será veiculado, baseados sempre nos objetivos estabelecidos em conjunto com o cliente cirurgião-dentista. A segunda etapa consiste em mapear esse conteúdo e realizar a distribuição lógica das informações no site. Depois vêm as etapas mais técnicas, como a definição da linguagem utilizada, as cores, os elementos visuais e os recursos de programação. Para quem pretende criar o próprio site, os diretores da empresa Doa Comm, Marcelo Kunisawa e Anderson Kumagai, dão a dica: “defina com a maior riqueza de detalhes esses dois aspectos – público-alvo e conteúdo –, pois a falta de clareza nesses pontos costuma provocar desencontros e atrasos no projeto”. Há algumas restrições definidas pelo Código de Ética Odon-
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tológico que, infelizmente, são frequentemente desrespeitadas. Um exemplo é a inserção de imagens de tratamentos com o famoso “antes e depois”. A Doa Comm é a responsável pelo site da Clínica Vedovato Odontologia, além de tomar os cuidados necessários com o fato citado acima, o site ainda tem um recurso que permite o preenchimento e a requisição de exames radiográficos a um centro de documentação, em nome da clínica. “O desafio foi adequar esse recurso e todas as explicações de tratamento para obedecer rigorosamente o Código de Ética Odontológica”, explicam Marcelo e Anderson. A lei ainda estabelece que o profissional não pode expor fotos de pacientes em casos clínicos, tudo tem de ser feito com desenho gráfico, ou seja, 99% dos profissionais não seguem essa regra. Marcelo e Anderson reforçam que é comum encontrar esse tipo de irregularidade. “As razões pelas quais isso acontece são muitas: desconhecimento do código de ética, falta de orientação por parte da agência de propaganda ou mesmo as duas coisas juntas”. O fato é que existem formas de ser ético sem prejudicar a comunicação da clínica ou do consultório. Muitas empresas fabricantes de materiais odontológicos disponibilizam ilustrações técnicas e até mesmo folhetos impressos para que o profissional faça sua divulgação, sem infrações. Há também algumas poucas situações em que o Código de Ética permite inserir imagens de pacientes. “Após mais de uma década de atuação nesse mercado, nossa constatação é a de que o respeito à ética é muito benéfico no longo prazo, inclusive quando o assunto é internet”, disse Marcelo. Inclusive, estatisticamente, pode-se aferir quantos clientes uma clínica conseguiu por meio do site, sendo fundamental que, no momento do primeiro contato, a atendente pergunte qual foi o meio de comunicação responsável pela captação do cliente. Existem ferramentas gratuitas de monitoramento de fluxo para websites. É possível saber com exatidão o número de pessoas que visitaram a clínica, as páginas visitadas e, o mais importante, a maneira pela qual o cliente chegou a seu website. Se sua clínica foi divulgada em algum banner ou link da internet, consegue-se saber o número exato de pessoas que vieram por este meio. Se este link foi pago, é possível calcular a taxa de retorno do seu investimento nesse material. “Porém, é importante ressaltar que não entra nesse cálculo a exposição da marca ao paciente-consumidor ou a impressão positiva que um website bem feito pode gerar. Marcelo Kunisawa e Anderson Kumagai Esses ganhos inDiretores da DOA COMM tangíveis fazem
parte de uma estratégia de marketing bem formulada e muitas vezes são negligenciados”, explica Anderson. Outro fator sobre grande modernização é com relação a documentação radiológica. A Certificação Digital em Radiologia é a assinatura do indivíduo, permitindo a emissão de um documento digital, garantindo sua autenticidade, integridade e validade jurídica. Jorge Elie Hayek, especialista em Radiologia, mestre e doutor em Diagnóstico Bucal pela Fousp, professor do Curso de Especialização em Radiologia e Imaginologia da APCD Jardim Paulista e diretor clínico do Indor, esclarece: “é uma credencial eletrônica que identifica pessoas físicas e jurídicas. Para transmitir a segurança e credibilidade da identidade digital, o certificado engloba diversas informações sobre seu titular: a chave pública, validade da chave pública, nome do emissor, endereço eletrônico, Autoridade Certificadora que emitiu o certificado digital, o número de série do certificado e assinatura digital da Autoridade Certificadora”. Uma definição para certificação digital seria entender que ela funciona como uma carteira de identidade virtual. Um documento eletrônico que contém dados do titular, como nome, e-mail, CPF, dois números denominados chaves pública e privada, além do nome e da assinatura da AC (AutoridaDr. Jorge Elie Hayek de Certificadora) que o emitiu. A chave privada é que garante o sigilo dos dados do titular que assina a mensagem. A pública permite que ele compartilhe com outras pessoas a informação protegida por criptografia. Diversos segmentos da economia já utilizam a certificação em suas atividades, por exemplo: Receita Federal do Brasil; área financeira e contábil; Poder Judiciário; Educação e Saúde. Os objetivos da certificação digital são: garantir que a informação permaneça sem modificações do seu envio até o recebimento; assegurar a autoria de documentos, autenticidade, sigilo e integridade. “As principais vantagens são: agilidade, redução de custo e segurança, diz Hayek”. A certificação digital permite que processos que tinham de ser realizados por meio de inúmeros documentos em papel, possam ser feitos totalmente por via eletrônica, aumentando assim a eficiência do processo. A Certificação Digital tem validade jurídica. A Medida Provisória 2200-2, de 24 de agosto de 2001, instituiu, por meio da Infraestrutura de Chaves Públicas – Brasil (ICP-Brasil), os meios para instituições públicas e organismos privados atuarem na validação jurídica de documentos produzidos, transmitidos ou obtidos sob a forma digital, garantindo sua autenticidade, integridade e validade jurídica. Os certificados são emitidos apenas por empresas autorizadas pelo Governo Federal. Além disso, a certificação digital utiliza criptografia, tecnologia que faz com que apenas o emissor e o receptor de determinados dados e imagens consigam decifrá-los. Portanto, certificados digitais garantem integridade, sigilo e autenticidade de informações. “Com a certificação digital de arquivos eletrônicos, os documentos em papel podem ser eliminados e guardados em CD ou DVD”, salienta Hayek. As clínicas radiológicas têm necessariamente que trabalhar com a Certificação Digital? Segundo Hayek, os exames executados de maneira tradicional podem ser digitalizados e também enviados por meio da certificação digital, não sendo exclusiva a utilização da cer-
tificação digital apenas para exames digitais diretos. “Sendo assim, as clínicas de Radiologia podem trabalhar com a certificação digital, tendo em vista o número crescente de dentistas solicitantes de documentações que possam ser visualizadas em um microcomputador. O uso do certificado digital para arquivos eletrônicos não é obrigatório, porém a lei só protege quem o possui. O certificado digital recomendado para Odontologia é o Padrão ICP-Brasil, Tipo A3, com token ou smart card.” Para Hayek, o cirurgião-dentista precisa adequar-se e saber fazer uso das vantagens da utilização de um sistema dinâmico de informação e, ao mesmo tempo, respeitar os limites éticos da manipulação das imagens digitais. “A certificação digital ainda não é amplamente usada nos serviços odontológicos no Brasil, mas, por garantir autenticidade, integridade e validade jurídica dos documentos eletrônicos, seu uso deve crescer naturalmente.” Com referência ao prazo de validade da Certificação Digital para a área odontológica, o Conselho Federal de Odontologia recomenda que os documentos de pacientes devam ser arquivados, por questões legais, por um período de, no mínimo, 10 anos, após o último registro em consultório. O artigo 27 do Código de Defesa do Consumidor dispõe que prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria. Assim, os profissionais devem ter ciência de que seu prontuário (ficha clínica, exames e demais documentações) constitui provas que lhe ampara em caso de eventual ação judicial ou ética. “Sendo assim, a certificação digital é uma forma de facilitar e garantir a preservação desses documentos e tem total validade para a área odontológica”, afirma o presidente do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp), dr. Emil Adib Razuk. Entres as principais vantagens da Certificação Digital podem ser citados melhoria nos processos de aquisição, gerenciamento e arquivamento de dados, agilidade na busca por fichas clínicas ou prontuários de pacientes, redução de custo, segurança, melhor aproveitamento do espaço físico, ente outras. “A certificação digital permite que processos que precisavam ser realizados por Dr. Emil Adib Razuk meio de inúmeros documentos em papel possam ser realizados de forma totalmente eletrônica, diz o presidente do Crosp”. A facilidade com que os arquivos eletrônicos e imagens digitais podiam ser manipulados e, em alguns casos, ter o conteúdo de suas informações alterado era motivo de preocupação entre muitos profissionais. Contudo, a certificação digital no Brasil é disciplinada pela Medida Provisória 2200-2, criando a infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras, chamada ICP-Brasil, que são emitidas apenas por empresas autorizadas pelo Governo Federal. Além disso, a certificação digital utiliza criptografia, tecnologia que faz com que apenas o emissor e o receptor de determinados dados e imagens consigam decifrá-los. “Portanto, os certificados digitais são seguros, garantindo o sigilo e a autenticidade das informações”, afirma Razuk. Assim como a documentação tradicional, a digital deve ser arquivada adequadamente, requerendo cuidados como o uso de um computador atualizado e confiável, backup diário, de forma disciplinada, de todos os dados e arquivo da mídia organizado e em local adequado.
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Se o profissional sofrer um processo, por exemplo, com referência a radiografias e outras documentações, a certificação digital é válida judicialmente? Dr. Razuk é afirmativo: “Sim. Tem validade judicial, podendo ser usada como prova válida”. E aconselha: “a ferramenta usada de maneira adequada traz inúmeras vantagens e benefícios. Além disso, contribui para modernizar e informatizar a Odontologia. Por isso, os profissionais devem zelar pela integridade do sistema e compartilhar com os colegas todas as informações possíveis sobre a utilização da ferramenta. O Crosp também oferece total apoio e suporte para os profissionais tirarem suas dúvidas.”
Compra coletiva
Com apenas 29 anos e sem jamais ter estudado uma linha de programação, o americano Andrew Mason protagonizou um feito e tanto no mundo dos negócios. O Groupon, site de compras coletivas criado por ele há menos de dois anos, deve faturar US$ 1 bilhão em 2011. Marca semelhante só foi atingida pelo YouTube, que até hoje patina para encontrar uma forma de ser rentável. A estratégia criada por Mason tira proveito de duas tendências do comportamento do internauta: 1) a pesquisa por barganhas e 2) a participação em redes sociais. O Groupon procura parceiros interessados em divulgar sua marca e que, para tal, se disponham a oferecer um produto ou serviço a um preço baixo. A oferta é anunciada durante 24 horas no site, por meio do qual também se faz a transação para a compra. A compra coletiva funciona da seguinte forma: o cliente se cadastra nos diversos sites que existem (Peixe Urbano, Clube de Desconto, Groupon, Groupalia, Clickon, Tripular, entre outros) e vai ver a “oferta do dia” – geralmente cada site tem aproximadamente 3 ofertas diferentes por dia. As ofertas geralmente anunciam um produto ou serviço, colocam o preço que o estabelecimento cobra normalmente por ele e então o preço com o desconto de 40, 50 até 80%. A oferta precisa de um mínimo de compras pra ser efetivada e tem duração de algumas horas, variando de 12 a 36 horas de promoção no ar. Se o cliente se interessar, compra com o cartão de crédito ou debita o valor direto da conta corrente. Alguns sites ainda dão a oportunidade de parcelar o valor da compra. Você fica no aguardo se a oferta realmente será ativada. Só debitam o valor depois que a oferta for encerrada e confirmado que o número mínimo de compradores foi atingido. Caso contrário, eles cancelam o pagamento. Todas as ofertas têm algumas regras, como prazo para utilizar o serviço, endereço e telefone que o cliente deve ligar depois de confirmada a compra e o número de cupons que cada pessoa pode adquirir. Algumas empresas limitam a compra de 1 cupom por pessoa. Uma vez cadastrado no site, o cliente pode acompanhar o status das compras que fez e ter acesso aos cupons, que deverão ser entregues no dia de utilizar os serviços. As empresas procuram os sites, e juntos estudam o que podem anunciar, qual desconto dar e então lançam a promoção com a seguinte condição: a oferta só será efetivada se atingir um número mínimo de compradores, estipulado antes pela empresa e pelo site. É preciso ler bem os termos e as regras antes de sair comprando tudo o que se vê pela frente e, o mais importante, verificar a real necessidade de comprar tal produto. Esses sites incentivam um consumismo desenfreado, e as pessoas acabam viciadas em comprar, comprar e comprar! Esses sites anunciam desde um combo com sanduíche, batata frita e refrigerante por R$ 5,00 até viagens em cruzeiros por R$ 4.000,00. Anunciam descontos em peças de teatro, restaurantes, bares, pizzarias, academias de ginástica, salões de beleza, tratamentos estéticos e até tratamentos odontológicos. A cirurgiã-dentista graduada pela Universidade Estadual Paulista
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Júlio de Mesquita Filho – campus Araçatuba, Fernanda de Castro Rigo, 23 anos, tornou-se uma habitué. “Quando conheci os sites de compra coletiva achei a ideia muito interessante e desde então acompanho, sempre que posso, as ‘ofertas do dia’ de vários sites, e muitas vezes acabo me rendendo a elas. Considero isso o grande perigo dos sites, pois a gente acaba seduzido pelo preço tão baixo e às vezes nem pensa se realmente era necessário comprar aquilo.” “Pelo que tenho visto até hoje, nenhuma oferta teve de ser desativada por não ter atingido o número mínimo de compras. E mais, esse número sempre é muito superior ao mínimo estipulado. Já vi empresas vendendo 30 mil produtos. Realmente virou ‘febre’ comprar através dos sites de compra coletiva. Penso que todos saem lucrando com esse tipo de negócio: a empresa que anuncia consegue fazer propaganda e Dra. Fernanda de Castro trazer um público que muitas vezes vai gostar e ficar cliente. O site ganha uma boa porcentagem em cima de cada compra realizada, e o cliente consegue descontos antes praticamente impossíveis!”, diz Fernanda. A cirurgiã-dentista não perde tempo, gosta de comprar promoções em restaurantes, churrascarias, pizzarias e em centros estéticos. “Até hoje nunca tive problema com esses sites. Uma vez que aceito os termos, tudo é cumprido conforme combinado. Geralmente você precisa agendar pelo telefone o serviço, o que torna tudo mais organizado. As atendentes são sempre muito simpáticas, os horários sempre flexíveis (algumas empresas passaram a atender mais dias e até mais tarde para dar conta do fluxo de clientes) e os produtos oferecidos sempre de altíssima qualidade. A ideia é ganhar e fidelizar clientes, então as empresas te tratam muitíssimo bem.” Com relação ao oferecimento de serviço para tratamentos odontológicos, a doutora Fernanda deixa claro que é antiético e que há normas de conduta profissional dispostas no código de ética da profissão. “Oferecer serviços odontológicos pela internet, jamais.” Segundo o presidente do Crosp, os sites de compras coletivas ferem veementemente as normas dispostas no Código de Ética Odontológica e Resoluções do Conselho Federal de Odontologia, já que anunciam preços, descontos, vantagens, formas e facilidades de pagamento. “Constitui uma falta de manifesta gravidade”. O Conselho publicou no dia 4 de outubro de 2010, e republicou no dia 23 de novembro de 2010, uma nota de esclarecimento da classe odontológica ressaltando que essa prática na Odontologia é considerada infração ética. “Além disso, publicamos no Jornal Novo Crosp matéria elaborada pelo Departamento de Ética do Conselho. O Crosp também notificou por ofício os sites de compra coletiva, esclarecendo que essa prática para a Odontologia não é permitida, requerendo a colaboração para que esses serviços não sejam oferecidos à categoria. Os profissionais e clínicas que se utilizam dessa prática estão sendo averiguados por meio de ação ética disciplinar”, discorre Razuk. Há profissionais que (por motivos óbvios, não querem aparecer) que oferecem tratamentos odontológicos nesses sites e dizem que “não estão enganando ninguém”, que é uma forma de baratear o custo do procedimento odontológico ao paciente, ganhar dinheiro e ainda alavancar clientes para a clínica. O Crosp é taxativo e salienta que a legislação ética proíbe, sob qualquer forma, a divulgação (anúncio) de valores, formas de pagamento, vantagens, benefícios e descontos. Para Razuk, não se
A informatização em sala de aula Essencial: Poderia falar um pouco sobre o Sistema Júpiter da Fousp e a interação com os alunos? Dr. Atlas Edson Moleros Nakamae: O Sistema Júpiter é parte de um sistema de gestão digital (sistemas.usp.br) que foi implementado há vários anos, mas que nunca parou de crescer. É um projeto de longo prazo que inclui várias frentes administrativas. Já é muito atuante e efetivo, apesar de ainda ter muito a crescer. É bastante realista, no sentido de crescer paralelamente ao amadurecimento da comunidade universitária que passa a integrá-lo ao seu cotidiano numa participação crescente. A porção referente ao Dr. Atlas Nakamae Júpiter é da Graduação. Tanto na porção dos alunos como na dos docentes e da administração em geral (secretarias, assessorias acadêmicas etc.). Trata de informações aos alunos quanto a sua grade horária, oferecimento de disciplinas, período de matrícula etc. Em atividades administrativas, provê lista de alunos, lista de presença, confirmação de matrícula, fotografia dos alunos, registro de notas e de frequência, assim como é o site oficial do docente responsável pela disciplina, para registrar os conceitos finais que culminam com a aprovação ou não do alunado. O Sistema Júpiter não representa um recurso à aplicação de estratégias de ensino à Graduação. Para tanto existe o Moodle, iniciais de Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment, que é um software livre, de apoio à aprendizagem, executado num ambiente virtual. Voltado para programadores e acadêmicos da educação, constitui-se em um sistema de administração de atividades educacionais destinado à criação de comunidades on-line, em ambientes virtuais voltados para a aprendizagem colaborativa. Permite, de maneira simplificada, a um estudante ou a um professor integrar-se, estudando ou lecionando, num curso on-line à sua escolha. Muito usado também na Educação a distância. Outros setores, não ligados à educação, também utilizam o Moodle, como por exemplo, empresas privadas, ONGs e grupos independentes que necessitam interagir colaborativamente na Internet. Pode-se saber mais em http://www.teleodonto.fo.usp.br/moodle/. Essencial: Como o professor utiliza a tecnologia para a apresentação das aulas? Dr. Atlas: A escrita já foi considerada alta tecnologia, tida mesmo como um feitiço, através da qual os jesuítas transmitiam informações sem a necessidade da presença do transmissor. O roteiro de aula, xerox de textos, retroprojetor, quadros negros, projetores de imagens e de sons, estratégia de aula, entre outros, podem ser considerados tecnologia de facilitação de ensino-aprendizagem. Especificamente falando das disciplinas em que participo, vimos aperfeiçoando nossas estratégias ao longo de mais de 50 anos de prática da docência. A Fousp comemorou, em 2010, 110 anos de funcionamento, tendo sido uma das integrantes da fundação da USP. E iniciou com a cadeira de Prótese. Pois essa disciplina é essencialmente profissionalizante e a diversidade dos detalhes envolve muito mais que conhecimentos teóricos. O próprio posicionamento do operador, a maneira de apreender o instrumental, a localização dos apoios dos dedos das mãos para conferir firmeza, o tempo, a pressão e a velocidade de cada movimento podem conspirar a favor ou contra ele, de modo que venha a se sentir realizado ou fracassado. Talvez esses sejam os motivos de tantos amarem e outros tantos detestarem a Prótese. Nesse aspecto, desenvolvemos, entre outras, aulas demonstrativas executadas à distância, presenciais e simultâneas. Numa clínica, temos o paciente, o docente operador, dois auxiliares, um camera man, microfone, caixas de som, duas câmeras de vídeo, sendo uma extra e outra intraoral, um switch de vídeo, para alternar o sinal entre as câmeras, e dois monitores de vídeo, um com a imagem da câmera que transmite o sinal e outro com a imagem que vem da sala de aula. Na sala de aula, temos os alunos, um docente moderador, quatro TVs com sinal de vídeo gerado na sala e transmitido à clínica e um telão com imagem transmitida por um projetor, vindo da clínica, um microfone que fica com o moderador, um computador com aula em PowerPoint ou equivalente, soltando sinal RGB por um decodificador para as TVs, alternando com a imagem de uma mesa de vídeo, que ora mostra o que o moderador pretende mostrar, como um modelo, radiografia, articulador, escrita a mão, ora foca sobre os alunos. A imagem que sai nas TVs é a mesma que se vê num dos monitores da clínica. A que sai no telão é a outra. Temos ainda outro switch de vídeo para
alternar as imagens das TVs e uma mesa de som que é operada para adequar os volumes. Pode-se ainda rodar vídeos de videocassete, DVDs etc. Essa metodologia não foi desenvolvida em pouco tempo. O fato de filmar em tempo real traz um alto grau de comprometimento dos alunos, com baixíssima evasão. A presença do docente moderador é importantíssima, pois ele pode cortar o som da sala de aula, impedindo que o paciente e o docente operador ouçam, fazendo comentários que poderiam ser constrangedores. A qualidade das imagens são superiores até as do operador, permitindo uma visão democrática. A equalização da informação traz grandes benefícios em termos de padronização e controle da qualidade. A imagem de determinado procedimento é confrontada a todo momento com imagens da apresentação simultânea no computador, trazendo alto grau de credibilidade e dinamismo. A participação dos alunos em questionamento é feita não só ao docente moderador, mas ao operador, e quando pertinente, ao próprio paciente. Esse tipo de aula é alternado com aulas clínicas e laboratoriais, trazendo o aluno à realidade das dificuldades inerentes à profissão em diversos quesitos. Esses alunos já tiveram intensa carga de teoria e treinamento laboratorial antes de chegarem a esse estágio. É importante frisar que o grau de exigência do aluno para manter sua atenção na aula é mais elevado a cada dia, dada sua insensibilidade causada por estímulos intelectuais cada vez mais fortes e dinâmicos a que é bombardeado pela vida moderna. O aluno percebe exatamente quando passa a ser enrolado pelo professor e, na maioria das vezes, não questiona, substitui seu foco de atenção para além do professor. Essencial: Possui blog ou outro sistema para os alunos acessar as aulas? Em caso positivo, como os alunos acessam, tiram dúvidas etc.? Dr. Atlas: Possuímos vídeos de algumas aulas que podem ser veiculados dentro da escola. As dúvidas são respondidas por e-mail. São feitos seminários antes das provas, que funcionam como estudo, aprofundamento e revisão de conceitos, com direito à discussão das dúvidas surgidas. Como nosso conteúdo programático é extenso, não há muito tempo para discutir alternativas, e o número de alunos é elevado. Na pós-graduação tem-se a possibilidade de explorar melhor os grupos de discussão, como Gmail e Yahoo. Essencial: Qual é sua opinião sobre a informatização do ensino. Melhorou o desempenho dos alunos? Dr. Atlas: Sim, creio que melhorou. Antes tínhamos cerca de 5% de repetições de trabalhos clínicos. Esse número é zero em muitos semestres. A informatização aumentou a padronização e o controle da qualidade. Por outro lado, temos conhecimento de casos em que ocorre a acomodação do docente que dá aula expositiva com apresentações em powerpoint ou equivalentes. O slide funciona como cola para o docente, que, além de não se preparar, não atualiza a aula. Se bem que isso ocorria também na época dos slides. Essencial: Aberto a outras informações importantes por parte do entrevistado. Dr. Atlas: Ainda vai haver uma revolução no ensino, na troca de informações e na atualização odontológica, para não falarmos nas outras. As grandes empresas não estão investindo muito nesse segmento, não só no Brasil, mas no mundo como um todo. Daqui a pouco descobrem como cobrar, ou como lucrar, sem necessariamente cobrar, e o boom estará feito. Parece que ninguém quer começar, pois, quando isso ocorrer, todos terão que investir constantemente, e o custo ainda é um bicho-papão do empresariado. As informações são parcas, não há transparência, não há especificações bem divulgadas. O consumidor ainda é tratado com desdém. Quanto às instituições de ensino, o ensino a distância é uma faca de dois gumes. Quem observa o Mercado Livre pode vislumbrar o que pode vir por aí em termos de atualização, com diamante, ouro etc. O problema sempre há de ser a credibilidade de que estabelece a categoria. Pressinto vários profissionais competentes postando matérias promocionais no Youtube, com boas dicas de atualização, competindo com o mercado de ensino formal. Há meios, há demanda, há procura. A própria relação dos pacientes com os profissionais está mudando. A geração Y vai consumir cada vez mais e vai acabar achando um tédio ter que telefonar pra marcar uma hora. A relação corporativa entre a classe também vai evoluir, assim como as discussões e a participação nas entidades, cobrando transparência e agilidade. Nossa escola participa com o Núcleo de Teleodontologia da Fousp no site http://www.teleodonto.fo.usp.br/nucleo/, onde é possível se inteirar de algumas interfaces das inovações com o ensino.
Dr. Atlas Edson Moleros Nakamae - professor doutor da Universidade de São Paulo (Prótese Dentária); assessor ad hoc da Fapesp; revisor de periódicos internacionais. Tem experiência na área de Odontologia, com ênfase em Prótese Dentária, atuando principalmente nos seguintes temas: prótese total, prótese dentária, candida, probiótico e odontologia.
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questiona o direito do profissional ou da clínica odontológica de Em qualquer ponto da USP pode ser conectado a internet. É o divulgar seus serviços. “Todavia, essa divulgação deve ser feita com poder do wi-fi. Os alunos ganham uma senha e através de seu lapobservância à ética, considerando que a legislação disciplina quais top pode “conversar” entre si. Na sala de aula, projetores e datashow os requisitos obrigatórios à comunicação e atribui, expressamente, fazem parte do cenário. “Instalaram uma lousa digital parecida com quais informações são permitidas ou vedadas. Além disso, oferecer aquela do Programa Fantástico, mas os professores utilizaram pouco. a Odontologia como um produto generalizado, sem considerar as Além de ser uma novidade, é um pouquinho complicado seu manucondições de saúde – geral e bucal –, do pretenso cliente, é um ato seio. A biblioteca conta com vários computadores e podem acessar a temerário, é uma promessa de um procedimento ao qual não se sabe internet para estudos. “Há também o pró-aluno, uma sala com uns se o indivíduo poderá ser submetido.” 20 computadores disponíveis”, diz Thiago. Além do Código de Ética e Resoluções do Conselho Federal, a Thiago conta que na Fundecto assistiu a uma aula interessante de Resolução CFO-77/2007 proíbe a participação de cirurgiões-dentisclareamento dental. “Se a aula fosse ministrada da forma tradicional, tas como proprietários, sócios, dirigentes ou consultores dos chamaos alunos ficariam em volta da cadeira acompanhando o procedidos cartões de descontos, considerando infração ética a associação mento. Ficamos no auditório, e numa sala ao lado o professor realizaou referência de cirurgiões-dentistas a qualquer empresa que faça va o procedimento, que era projetado num telão, e com o microfone publicidade de descontos sobre honorários odontológicos. “Assim, ele ia explicando passo a passo. Se tínhamos dúvidas, bastava pegar é inquestionável o fato de que os profissionais que utilizarem essa o microfone e a questão era respondida.” Fernando ainda acrescenta prática antiética de anúncio estarão infringindo o Código de Ética que muitas aulas são passadas pelos professores via e-mail e ou pen e que responderão processo para a apuração de tal conduta, com as drive. “Facilita bastante”, pondera ele. punições previstas, na medida da infração praticada”, explica Razuk. Muitos dos docentes também criaram blogs para facilitar as Até o momento, o Crosp instaurou mais de 70 processos éticos, consultas dos alunos. “Nos blogs, alguns professores disponibilizam envolvendo profissionais e clínicas da cidade de São Paulo, Grande material, fotos e vídeos. Alguns fazem por conta própria, e outros São Paulo, Litoral e Interior. Parte desses processos já foi julgada, sendepartamentos da faculdade já utilizam esse recurso”, diz Ligia. “A do que o trâmite processual é sigiloso, e a publicidade da penalidade professora de patologia bucal tem um site, com isso ela disponibiliza aplicada somente é dada após o trânsito em julgado da decisão, ou as aulas lá, aí você digita a senha da disciplina e tem acesso às aulas seja, quando não couber recurso de decisão proferida. que a professora já expôs”, fala Marcos. Segundo os alunos, a grande novidade da Fousp é a TeleOdonPorém, temos que ser realistas, há enorme concorrência entre os tologia, aulas ministradas via internet, equiparada a uma videoconprofissionais cirurgiões-dentistas, e a maioria possui computadores. ferência. A aula já é considerada uma disciplina. “Pode ser que num O que fazer com as novas ferramentas de compra e venda de prestafuturo próximo seja muito forte. Claro que para a Odontologia não ção de serviços que surgem a cada dia? Para conter a concorrência, que para muitos é desleal, o Conselho é tão fácil assim, porque temos muitas clínicas, e a parte prática Regional diz receber muitos e-mails e ligações denunciando os colegas então, é mais complicada”, explica Marcos. “Também no Youtube, que utilizam esse meio, ainda segundo o Conselho, antiético de anúntemos disponibilizados vídeos de odonto. Muitas aulas e procedicio, requerendo averiguação e justiça contra essa conduta que confimentos estão sendo realizados e postados. Na aula de escultura, por gura aliciamento de pacientes, concorrência desleal e aviltamento da exemplo, muitas pessoas não conseguiram aprender muita coisa e profissão. “Além disso, os próprios pacientes devem ter consciência foram para o Youtube para tentar pegar o que era para ser feito”, que aderir a tratamentos odontológicos por esse tipo de site não é reacrescenta Fernando. Com sabedoria o dr. Jorge Elie Hayek define esses tempos encomendado. O tratamento odontológico, como clareamento dental, frentados pela Odontologia: “a aplicação da informática na Odondepende de prévia avaliação, em que são considerados diversos fatores tologia é recente, porém, quando se trata de avanço tecnológico, é em benefício da saúde do paciente. Cada caso possui sua especificidatempo mais que suficiente para as mudanças nos diferentes procesde, não sendo indicada a generalização e venda de procedimentos sem sos, com a incorporação da internet, dos computadores pessoais e de real necessidade”, acrescenta o presidente do Crosp. Muitos esclarecimentos e divulgação terão de ser feitos, pois jooutras tecnologias digitais. A utilização dos sistemas informatizados vens profissionais estão a caminho do mercado de trabalho. E a tecé irreversível em todas as áreas das atividades humanas e não deixaria nologia, informatização, nova tendência e concepção de ensino estão de ser também na Odontologia”. nas salas de aula. Os alunos da Faculdade de Odontologia da USP, Fernando Lopes Pereira, Marcos Paulo Daquila, Thiago Pires Vedovato e Ligia Drovandi Braga Rotundo são desses alunos da nova geração. Para saber sobre aulas, trabalhos, frequência, notas do semestre, evolução no curso, tirar nova carteirinha etc., basta digitar seu número de matrícula e esses dados aparecerão na tela do computador, via Sistema Júpiter, um programa de gestão digital (sistemas.usp.br), para o nível de graduandos da USP. Se não bastasse, os alunos da turma têm um e-mail coletivo, com uma única senha, por meio do qual interagem com o professor. Por sua vez, o mestre muitas vezes envia a mensagem: “na Fernando Lopes Pereira, Ligia Drovandi Braga Rotundo, próxima aula tragam tal instrumental, moldeira, Marcos Paulo Daquila e Thiago Pires Vedovato espátula...’”. Tudo prático.
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NOTAS
APCD-JP no Congresso do Centenário A APCD Regional Jardim Paulista esteve presente no Congresso em comemoração ao Centenário da APCD que este ano foi realizado no Expo Center Norte, em São Paulo, no período de 29/01 a 01/02. O dr. Daniel Kherlakian foi um dos coordenadores dos cursos realizados durante o evento.
Iracema Cabral, Daniel Kherlakian, Alexandre Tanganelli Ricci e Rodrigo Sanches, da equipe de Endo de Campinas (SP)
Curso de Imersão em Estética Dental
Curso de Imersão em Estética Dental com o professor Laerte Balduino Shenckel, em Igrejinha (RS), realizado no período de 07/02/11 a 13/02/11, no qual teve a participação do prof. dr. Clarindo Mitiyoshi Yao e presença de vários colegas da APCD Jardim Paulista.
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Doutores Mário Zuolo, Daniel Kherlakian e Carla D. M. Escalona
Drs. Henrique Bassi e Fábio Rodrigues (Easy Equipamentos Odontológicos); ao centro, dr. Sérgio Martins (APCD-JP)
Equipe ministra hands-on sobre alinhadores
O encontro aconteceu na sede da APCD Central, no dia 29 de janeiro de 2011, no período da tarde. Foram 48 alunos em duas turmas com aula teórica e prática com os alinhadores. Neste dia foi lançado o sistema de alinhadores brasileiro EASY ALINER, criado e desenvolvido pelos professores: Gilberto Cortese, José Alberto Martelli Filho e Alexandre Cortese. O hands-on foi um sucesso de público e de aprovação.
NOTAS
APCD-JP em New York Em 3 de dezembro de 2010, o professor do curso de especialização em Implantodontia da APCD Jardim Paulista, doutor Marcelo Bassani, proferiu uma palestra de 6 horas no Greater New York Dental Meeting (GNYDM2010), um dos maiores eventos de Odontologia dos Estados Unidos. O evento contou com mais de 200 expositores, em 48 auditórios, onde circularam, durante os quatro dias do evento, aproximadamente 60 mil pessoas, entre dentistas, higienistas e expositores. “Foi uma experiência e oportunidade ímpares. É muito gratificante poder mostrar o nível do nosso trabalho e a odontologia que realizamos aqui no Brasil. Deixo registrado meu agradecimento, pelo convite e indicação de meu nome, ao grande mestre professor doutor Carlos Alberto Dotto e ao apoio de toda a equipe coordenada pelos professores Clarindo Mitiyoshi Yao e Antônio Fagá”, finalizou Bassani.
Fachada do Greater New York Dental Meeting e Dr. Marcelo Bassani
Homenagem
Vicente de Souza Pinto recebe prêmio
Medalha Tiradentes
O renomado implantodontista, professor doutor Vicente de Souza Pinto foi agraciado com a Medalha “Dr. Luiz César Pannain” e o Diploma de Honra ao Mérito Profissional por ser um dos profissionais da Odontologia que mais se destacaram em 2009. A solenidade aconteceu no dia 15 de outubro de 2010, na Câmara Municipal de São Paulo, e foi promovida pelo Sindicato dos Odontologistas do Estado de São Paulo.
Dr. Vicente de Souza Pinto com o diploma e medalha como destaque profissional da Odontologia
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Os nossos colegas Gilberto Cortese e Antonio Ankerkrone foram agraciados com a Medalha e a Comenda de Tiradentes, em cerimônia realizada na Seccional Santo Amaro do Conselho Regional de Odontologia (CRO), no dia 15 de dezembro de 2010. Além do presidente do CROSP, Dr. Emil Adib Razuk estiveram presentes os presidentes da SPO, Dr. Jairo Correia e o nosso presidente Dr. Nelson Sabino de Freitas, entre outros. Na mesma ocasião foi homenageado “in memorian”, o Dr. Roberto Cicconi, tendo seu nome dado ao auditório da Seccional.
E M T E MP O
Dr. Fábio Bibancos
Você precisa de um assistente de saúde bucal?
A Turma do Bem (TdB) deu um grande passo nesse sentido no último ano. Em outubro de 2010, formou sua primeira turma de Auxiliares de Saúde Bucal. O curso – totalmente gratuito – foi idealizado pela TdB e ministrado a 24 jovens de baixa renda por uma equipe de 12 professores de todas as áreas da Odontologia. Nosso objetivo foi orientar o desenvolvimento profissional desses jovens, ajudá-los a entrar no mercado de trabalho e capacitá-los para a prestação de serviços específicos à Odontologia. O curso, que é reconhecido pelo MEC, abordou as disciplinas de biossegurança, administração, autocuidado, treinamento em todas as áreas da Odontologia (prótese, dentística, endodontia, periodontia, cirurgia, anatomia, radiologia, odontopediatria), além de aulas de reforço de língua portuguesa e matemática. Foram oferecidos gratuitamente, além do curso, alimentação, transporte, uniforme e material didático. Esses garotos foram beneficiados pelo Projeto DENTISTA DO BEM Com a conclusão do curso, eles estão prontos para ingressar num curso superior e, principalmente, aumentar a renda familiar. Esse
Formatura da primeira turma de Auxiliares de Saúde Bucal
é o nosso desafio agora! Dos 24 jovens, 11 ainda estão sem emprego. Precisamos fechar o ciclo. Primeiro, eles receberam tratamento odontológico, foram capacitados com uma experiência profissional, agora precisam de um trabalho. Parte da turma, já está atuando. A renda média familiar desses jovens era, ao ingressarem no curso, de R$ 500,00. A Dr. Fábio Bibancos na sala de aula média salarial de um assistente de saúde bucal é de R$ 600,00. Isso representa muito na vida dessas famílias, e o impacto social é imensurável. Além da formação técnica, nossos alunos estão com a graduação garantida. A Faculdade São Marcos ofereceu bolsas de estudo para todos eles, no curso que desejarem. Uma delas já está cursando Odontologia na Unicastelo, também com bolsa integral. Se você, colega dentista, está a procura de um assistente e também disposto a ajudar, entre em contato com a Turma do Bem para empregar um de nossos formandos. Mande um e-mail para denise@turmadobem.org.br. Nota: Agora, Assistentes do Bem à distância! Em março, daremos início ao curso de ASB à distância. Cerca de 200 jovens de outras regiões do país poderão ser beneficiados com um curso Muito dos alunos já estão empregados online. Em breve, novidades!
Turma do Bem - Dentista do bem - Rua Sousa Ramos, 311 - Vila Mariana - São Paulo - SP CEP 04120-080 - www.turmadobem.org.br - faleconosco@turmadobem.org.br 24
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i n di c ador
p ro f i s s io n al
ATENDIMENTO DOMICILIAR
ENDODONTIA
IMPLANTE
PERIODONTIA
Marcelo Lopes Costella Clínica Geral - CRO 83.647 Av. Doutor Arnaldo, 1504 Sumaré (SP) (11) 3862-7945 e 3872-1164 costella@uol.com.br
Daniel Kherlakian Endodontia - CRO 37.535 R. Augusta, 2763 - Sobreloja Cerqueira César (SP) (11) 3082-2171 / 9454 dankher@uol.com.br
Rodrigo Tadashi Martines Implantodontia e Cirurgia Oral CRO 60.052 Rua Vergueiro, 1.353 - Cj. 306 Paraíso (SP) (11) 3253-4723 tadashi@liesetadashi.com
Clarindo Mitiyoshi Yao Periodontia e Implantodontia CRO 25.555 R. Gironda, 189 Jardim Paulista (SP) (11) 3887-4010
Tania Barjud Bugelli Clínico Geral - Periodontia CRO 58.493 Pacientes com necessidades especiais Atendimento domiciliar e hospitalar Rua João Cachoeira, 488 - Cj. 109 Itaim Bibi (SP) (11) 3168-0362 e 9116-7843 drataniabb@yahoo.com.br
Mário Luis Zuolo Endodontia - CRO 23.690 R. Canário, 784 - Moema (SP) (11) 5055-0908 / 7420 mlzuolo@uol.com.br
CIRURGIA Antenor Araújo Cirurgia Buco-Maxilo-Facial e Ortognática - CRO 5.428 Av. Jandira, 295 - Cjs. 1003 / 1004 Moema (SP) (11) 5054-1223 / 1501 R. Marcondes Salgado, 64 São José dos Campos (SP) (12) 3921-5354 e 3922-4678 bucomaxilo@drantenor.com.br Carlos Veloso Salgado Cirurgia Buco-Maxilo-Facial e Implantodontia - CRO 35.742 R. Maestro Cardim, 560 - Cj. 111 Paraíso (SP) (11) 3266-2493 Ricardo Thomé Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial e Clínica Geral - CRO 16.546 R. Tabapuã, 821 - Cj. 28 Itaim Bibi (SP) (11) 3168-4484 e 3079-9157 (res.)
DIAGNÓSTICO BUCAL Sérgio Kignel Diagnóstico Bucal - CRO 26.239 R. Oscar Freire, 465 - Cj. 11 Jardim América (SP) (11) 3062-3777
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Nelson Sabino de Freitas Endodontia e Prótese CRO 11.480 R. Frei Caneca, 1212 - Cj. 73 Cerqueira César (SP) (11) 3289-8016 nelsonsabinof@hotmail.com Paula Zingg Endodontia - CRO 45.377 Av. Nove de Julho, 5483 Cj. 123 - Jardins (SP) (11) 3079-0775 pzingg@hotmail.com Sérgio Martins Endodontia - CRO 51.857 Al. Joaquim Eugênio de Lima, 881 Cj. 408 - Jardins (SP) (11) 3266-4293 e 3284-3598 www.endoexcellence.odo.br ESTÉTICA Maria Angélica P. Vedovato Dentística Restauradora e Estética - CRO 25.738 R. Gironda, 186 Jardim Paulista (SP) (11) 3887-4433 / 8482 Mario Sergio Limberte Estética - CRO 3268 Ed. Trade Tower R. Helena, 218 - Cj. 709 Vila Olímpia (SP) (11) 3044-1816 mlimberte@uol.com.br
Ronei Faizibaioff Implantes, Prótese sobre Implante e Estética - CRO 33.652 Al. Lorena, 1304 - Cjs. 2F / 3F Jardim América (SP) (11) 3062-9226 e 3086-3369 faizibaioff@gmail.com ORTODONTIA Alexandre A. Melo Cortese Ortodontia - CRO 47.345 R. Virgílio Várzea, 58 Itaim Bibi (SP) (11) 3168-3554 / 6873 cl.cortese@uol.com.br
Glécio Vaz de Campos Microcirurgia Plástica Periodontal e Periimplantar - CRO 26.359 Av. Dr. Cardoso de Melo, 1470 Cj. 809 / 810 Vila Olímpia (SP) (11) 3044-6025 glecio@terra.com.br Mônica Reggi Reis Silva Periodontia, Plástica Periodontal, Estética, Implantes - CRO 29.607 R. Turiassú, 127 - Cj. 143 Perdizes (SP) (11) 3666-9202 / 5772 e 7207-1497 monicareggiodontologia@hotmail.com PRÓTESE DENTÁRIA
Juliana Melo Cortese Ortodontia - CRO 67.337 R. Virgílio Várzea, 58 Itaim Bibi (SP) (11) 3168-6873 e 3168-3554 cl.cortese@uol.com.br
Antonio Fagá Júnior Prótese - CRO 25.528 R. Cubatão, 929 - Cj. 33 Vila Mariana (SP) (11) 5572-8886
Gilberto Cortese Ortodontia e A.T.M. CRO 2.884 R. Virgílio Várzea, 58 Itaim Bibi (SP) (11) 3168-3554 / 6873 cl.cortese@uol.com.br
Eurípedes Vedovato Prótese e Estética CRO 25.739 R. Gironda, 186 Jardim Paulista (SP) (11) 3887-4433 / 8482 www.vedovatoodontologia.com.br
José A. Marques Jr. Ortodontia (RNO-Planas) e ATM CRO 24.256 R. Augusta, 2709 - 12º andar Cerqueira César (SP) (11) 3083-0422 odontologiamarques@terra.com.br
Flávio Luiz Iacobucci Prótese e Dentística CRO 24.192 Av. Nove de Julho, 5483 - Cj. 23 Jardim Paulista (SP) (11) 3079-3036
Marta T. Kuczynski Ortodontia e Odontopediatria CRO 29.592 R. Pedroso Alvarenga, 1255 Cj. 54 - Itaim Bibi (SP) (11) 3168-8905
Sérgio Hideki Yasuda Prótese e Estética CRO 48.584 Av. Angélica, 2100 - Cj. 91 Higienópolis (SP) (11) 3257-9575 e 3258-2015 shyasuda@uol.com.br