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Odair de Morais
a lua dilata no alto do morro volta a aula remota
não fala em milícia faça carícia delícia malícia ou unfollow
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freme a flama –o ramo de cânhamo no vaso esparrama
via algo vago a lisa pedra de molho no olho do lago
a avó reza o terço descansa ao ver a criança dormindo no berço
cuiabá sempre acordada o calor da sua gente sabe de cor a alvorada rindo do fantoche cabelo verde amarelo só sendo deboche
a chuva precipita revela na rua de terra uma grande pepita
passeio complacente o cão e o dono atados à corrente
alta filosofia se procura auto-ajuda a cura é poesia
Odair de Morais
(Ôda), cuiabano, autor de Contos Comprimidos (Multifoco, 2016) e do volume de haicais Instante Pictórico (Carlini & Caniato, 2017).