PELOS ESPÍRITOS
Adolph Fritz Joseph Gleber PSICOGRAFADO POR
Angelina Sales
Copyright © 2018 by by Instituto Editorial D’ Esperance 1ª Edição | julho 2018 Projeto gráfico e editoração: Instituto Editorial D’ Esperance Capa: Paulo Moran Produção Gráfica: Instituto Editorial D’Esperance Instituto D’ Esperance Rua Iporanga, 573 - Novo Progresso Contagem | MG | Brasil Cep: 32.110-060 Tel: (31) 3357-6550 vendas@institutodesperance.com.br www.institutodesperance.com.br
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO PÚBLICA
Adolph Fritz e Joseph Gleber (Espírito) O Resgate pelo Amor / Dr. Fritz e Joseph Gleber ; psicografado por Angelina Sales. -- Contagem : Instituto Editorial D’ Esperance, 2018 214 p. ISBN 978-85-67800-33-2 1. Espiritismo 2. Psicografia 3. Romance espírita I. Sales, Angelina. II. Título. CDD 133.9 É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio, salvo com autorização da Editora, nos termos da Lei 9.610/1998.
Agradeço a oportunidade de partilhar com os amigos espirituais esta belíssima obra de amor, abnegação e serviço ao irmão. Angelina Sales.
Índice
Introdução – Dr. Adolf Fritz ................................ Introspecção ........................................................... Prefácio – Perdas – Dr. Joseph Gleber ................. O pulsar ................................................................... O reencontro .......................................................... Anita ......................................................................... O trabalho ............................................................... A Bósnia .................................................................. Relato de um prisioneiro de guerra ....................... A prisão .................................................................... Continuando a história ......................................... O encontro de Josué e Nivisk ............................... Adolf Hitler ............................................................. O campo de concentração ................................... Oração da família ................................................... Momento de reflexão ............................................ O lar de Anita ......................................................... O tratamento de Anita .......................................... O resgate ..................................................................
11 21 23 25 27 33 40 51 56 59 74 79 83 91 119 121 136 167 171
O mental trabalhado com amor ............................. 187 Na colônia ............................................................... 198 Novas perguntas ..................................................... 201 De volta ao lar de Anita ......................................... 203 A prece ..................................................................... 206 Reconhecimento e agradecimento ...................... 207 Esclarecimentos finais ........................................... 209 Posfácio – Pacificar – Dr. Ricardo Luiz ................ 213
Introdução
O reflexo de um pensamento sobrecarrega-se na lei de ação e reação, moldando a consequência real para o agente pensante, que realiza o ato, tornando-o concreto na ação. Nas guerras, o fluxo de um pensamento contínuo produz a onda viciada da rotação, formatando a ação em corpo vivo em movimento, tornando esse pensamento numa arma tóxica, que aniquila o espírito na jornada encarnatória. Neste livro, o conteúdo cujo enfoque é um processo de esclarecer o paralisar, o revide e a geração de uma introspecção gerada, na primeira grande guerra e na segunda guerra mundial. Se buscarmos dos escombros mentais coletivos e individuais de uma humanidade que trabalha desde os primórdios de uma estruturação, em busca da libertação da conquista de um egocentrismo, vamos compreender e analisar, que todos devemos fazer o exercício ensinado por Jesus, que o não revide das ações modifica a rotação, que se encontra em sentido contrário à força criadora, e começa a reorganizar um a um, na graduação em busca de ser um espírito elevado, fazendo o impulso para um mundo a caminho da regeneração.
O homem-espírito arrasta dentro do íntimo, as sensações de ataques e defesas, desde os hominídeos, gerando a sensação de autodefesa, desde épocas remotas à construção da individuação do sentimento do espírito. O fundamento e a compreensão nesta etapa de evolução, eram parcos e empobrecidos. A humanidade continua a sua marcha para evolução, passa por etapas importantes para ter a capacitação de receber de outro orbe, o adiantamento dos chamados rebeldes capelinos e outros, que avançados em muitos processos já se encontravam e, por rebelarem-se contra a lei Divina tornaram-se exilados aqui, no orbe planetário. Já traziam a ideia de desenvolvimento maior dos que aqui estavam, descem junto a eles voluntários amorosos, para ajudarem na adaptação deste grupo de almas deslocados da esfera, que já estavam acostumados. Porque é assim que funciona, um grupo de almas de rebeldes vem ao planeta para redefinir a jornada evolutiva, e com eles também chegam juntos voluntários, para amparar, e promover o impulsionar das emoções, para um movimento mais salutar. Mas os rebeldes, por um orgulho exacerbado se subdividiram nas suas próprias castas, e dessas também, promoveram separações em forma de discórdia e guerras. As guerrilhas arrastam-se, desde que o homem ganhou o direito do livre-arbítrio, mas as guerras não traziam armas de fogo, bombas e nem gases exterminadores de irmãos, como se registrou na primeira e segunda guerra mundial.
O pai Maior nos oportuniza incansavelmente nas encarnações, à mudança de posição mental. Em todos os tempos há um conjunto de almas voluntárias amorosas, um conjunto, que não se importa com o exercício de reformulação, um conjunto de almas rebeldes, e uma grande maioria de almas, que ainda não escolheram a posição que querem ficar, esses são os chamados camaleões, vestem-se conforme a situação, não têm firme a posição que defendem. Bem, após os primórdios em devida evolução, o homem-espírito passa pelos experimentos, dos exilados, da era sagrada de Jesus, que veio trazer o entendimento da paz, e não foi compreendido pela maioria. O homem ganha o direito do entendimento socioeconômico em grande propriedade, na produção normal de países, pois já alargados em comércio se encontram. Desenvolvem-se na ciência, e também na intolerância, rebeldia, egoísmo, orgulho e desavenças. Chegando assim, a primeira grande guerra. O alinhamento mental neste período, era de reinados, onde castas construídas, cercadas por muros enormes faziam a divisa emocional entre o poder e os menos favorecidos. As construções ideológicas e emocionais dos líderes os fizeram construírem castelos enormes, murados, fronteiristas, e separatistas. Dentro dos próprios castelos fomentaram-se, o ódio, o dissabor, a inveja, a luta pelo trono, o ciúme, o revide, gerando vingança. Nesta desordem, do cotidiano íntimo familiar, surge a primeira grande guerra, pela disputa entre laços
consanguíneos, na busca de conquistar novos direitos e terras novas, sujando as mãos com sangue talhado, por serem homens falidos emocionalmente, e sem escrúpulos, em busca de poder falido. Antes de adentrar propriamente, na primeira grande guerra, porque guerrilhas internas, mentais e armadas desde que homem entendeu a ganância de um poder, se postou com tal atitude, para evoluir para o grande massacre, fizemos essa reflexão do caminho tortuoso que o homem-espírito se fez chegar por não compreender que o caminho real da sagrada encarnação, é o processo evoluído e demonstrado, desenvolvido e ampliado, pelo Mestre Jesus. No tempo do Rabino, os que já se encontravam apropriados do entendimento, desenvolveram com alegria na alma por terem conquistado o conhecimento Divino. Os que não acessaram estão sendo preparados durante as experiências de ir e vir, mas como já falei, os rebeldes insistem em testar a Lei Maior, ficam rodopiando e fomentando discórdias. Jesus, como governador do orbe planetário desenvolveu o elo amoroso com o Criador, postou-se no meio de todos para ser a seta luminosa, dando o direcionamento perfeito para a evolução. Nesta era, a maioria dos homens começaram a introjetar o alinhamento com o edificador de almas, e o homem levanta a cabeça para os céus e entra numa época chamada de iluminismo, ao qual vários espíritos tiveram a permissão de desenvolver a tecnologia
tirando a humanidade da escuridão das formas, pelo foco de luz produzida pelas lamparinas, para a eletricidade europeia. Os grandes homens tracejaram o novo mundo, onde vários experimentos realizaram-se dando ao encarnado um processo melhor de vida. Mas, como o homem-espírito é sequioso no processo de mando e do poder, nessa época surge o armamento pesado para aniquilar o irmão, dando abertura para a mente humana, cada vez mais, aperfeiçoar as técnicas de extermínio dos irmãos. Infantis organizam-se em grande movimento, com líderes afastando os jovens de um Deus supremo, dando a eles o deus arma, que os faria através das dores dos outros, portadores de um poder inigualável, pois a alma de jovem quando não evangelizada, é veio fácil de ser guiada. E nesse comando, a ordem gera ordem, e ordem gera poder. E esse poder gera cada vez mais o aprisionamento da alma. Vemos ainda esse processo em pequena escala, nas famílias, como exposto anteriormente, o rebelde provoca guerra no lar, os que ainda não sabem bem qual o caminho a seguir, os camaleões aterrorizam-se, e andam conforme as ordens sutis e, ou, verbalizadas dos rebeldes, reforçando a desordem mental familiar. Ficando os voluntários na busca de demonstrar o amor do Mestre através dos atos de paciência, de amor e de trabalho ativo ao próximo, que na maioria das vezes são criticados pelos desvalidos.
As ações são repetitivas, por isso chegamos a grande guerra mundial que ainda reflete ao homem encarnado e ao espírito desencarnado, pois no íntimo do reinado (familiar) os rebeldes aniquilaram os voluntários ao amor maior, e manipularam a maioria dos chamados camaleões. Chegamos propriamente a primeira grande guerra. Essa veio com estratégias bem formatadas, de trincheiras cavadas, pelos próprios soldados, retirando deles por trabalharem dia e noite as forças necessária para o embate com o inimigo. Muitos dos soldados ali mesmo falecerem virando alimento de ratos e outros bichos. Começando o ciclo de doenças provocadas pelos ratos – leptospirose –, doença provocada pelos roedores famintos, que roeram durante todo o processo das guerras os semimortos. Então, a guerra não se fez só pelo homem teve a colaboração dos roedores, que atacavam também os prisioneiros dos campos de prisão. O verdadeiro umbral formatado pelos próprios homens. Esses homens como que possuídos por um único movimento mental, o chamado poderio e conquista de novas terras, foram dragados pelas próprias mãos. A decadência por uma morte provocada e até o próprio extermínio por suicídio, por não suportarem a pressão de uma guerra sem sentidos. O registro dos tiros, dos gazes tóxicos e das doenças de todas as ordens, fizeram dos pelotões zumbis, à marcha do próprio funeral.
A angústia dos chamados listrados - os prisioneiros, principalmente os judeus -, nos campos de prisão, os fizeram emagrecer, chegar a pele e osso, no roçar dos corpos sem carne, nas famosas camas de madeiras sem colchão, só esperando pelo desencarne. Pela fraqueza, ou levados a serem fuzilados, enforcados, mutilados e em avanço nas famosas câmeras de gás, na segunda guerra mundial. Voltando no dormitório, registrado na história, ali em beliches amontoados no madeireiro, sem roupagem adequada, muitos se dividiam em condutas falidas, de dores sem palavras, pois nesses dormitórios, infestou-se, bichinhos como pulgões, piolhos, percevejos e outros, gerando a epidemia de doenças desastrosas, para qualquer ser encarnado. Os que sobreviveram, carregaram com eles a marca da indiferença humana. Doenças respiratórias, doenças emocionais, doenças contagiosas, doenças... Quantas marcas registradas nas almas femininas, em ambos os lados, as prisioneiras que foram desnudadas para a assepsia sem escrúpulo algum, e nesses momentos, como os corpos desnudados eram atraentes, como sofria a mulher com abusos intermináveis. Como a guerra gera distúrbios drásticos de todas as ordens, pois as mulheres que serviam a pátria dos dominadores da guerra, os alemães, também eram abusadas de várias maneiras, como enfermeiras e as atendentes nos escritórios, elas eram vistas, como objetos e simplesmente utilitárias, e para sobreviverem ao
distúrbio, enfrentavam a desordem mostrando aos homens poderosos, prazer de estarem ali, a servir um país doente, guiado por agentes dementes. As dores da alma são imensas pelos cantos do planeta terra, é necessária uma ação comunitária para assim, todos impulsionarem a educação espiritual, tão necessária. A ponte que se fez da primeira guerra para a segunda guerra foi um espaço pequeno, que não permitiu aos encarnados encontrarem tempo satisfatório para a organização mental. Desajustados, num processo sórdido de vingança, o homem-espírito, se deixou enfeitiçar a alma com a onda mental do revide, para mostrar quem mais poder trazia, na busca de formar uma única raça de força superior, a raça que Hitler queria desenvolver com seu exército de almas perturbadas, pelo abuso contínuo do ter. A repercussão cruza na história as duas etapas cruéis da chamada guerra pelo poder, os chamados listrados que ficaram no cativeiro por muito tempo, carregam na alma a dor do aprisionamento, formado por uma carência de: alimento, asseio, roupas adequadas para o inverno que cortava a alma, emocional, espiritual e por sua vez os uniformizados que traziam nas rédeas os prisioneiros, tornaram-se prisioneiros pela: Dor do próximo, Pela angústia de terem tirado vidas, Pela falta da observância do por que se guerrilha, Pela fraqueza espiritual.
E aí perguntamos: "— Quem é mais prisioneiro?" Fazer uma releitura das guerras na ótica dos processos que se segue, de relatos e vivências, abre uma outra visão do que uma guerra gera aos encarnados e desencarnados. Voltar às guerras, requer reflexão dos atos de todos os momentos que processam a vida. Desde as primeiras manifestações de se organizar para exterminar o próprio irmão, até o momento de averiguar as ações após o exercício da encarnação, requer um princípio simples na gerência de cada um que se coloca para a abertura do entendimento de que estamos aqui só de passagem e que essa passagem deve ser feita com toda expressão de mudança e consciência de que o processo da vida é um grande benefício, concedido pelo Pai Maior a cada um de seus filhos. Então, o que pretende fazer da sua vida? A escolha é unitária, mas devemos lembrar de que a escolha faz reflexos nas vidas dos irmãos de jornada. Voltando ao conflito dos Judeus, que em vagões viram o extermínio da liberdade, volta um vagão a ser o símbolo do conflito da segunda guerra mundial. Por uma ironia, ou por um orgulho ferido, o homem-espírito se apoia em algo concreto para saborear o sangue de seu irmão, que julga ser o seu adversário, e pela crueldade mental perde o raciocínio, e age sob impulso de forças ocultas, que fazem o calor do ódio subjugar, o raciocínio liberto das paixões e apegos materiais. Homens egocêntricos não satisfeitos pelo grande massacre da primeira guerra, se refugiam na incons-
tância do orgulho e buscam manchar mais as almas, na busca de conquistar o mundo, gerando um poderio fadado ao abismo espiritual, de grande escala moral. Egocêntricos, em busca de aplausos, distorcem a capacitação do amor e fomentam ainda mais a ideação de discórdia e desunião, na parceria de uma experiência encarnatória. Dos campos de concentração onde almas ainda presas estão no processo mental do medo, do revide, da dúvida, da falta de fé, requerem de todos que já trabalham com amor, orar por eles para que consigam fazer o exercício do perdão e construírem uma outra margem de esperança, no porvir. Soldados endurecidos, mais mumificados do que amados conclamam pelo halo de amor, que os farão acordar da dormência apodrecida dos campos de batalhas, viciadas, nas mentes de soldados e reféns martirizados, pelo desamor trabalhado, quando assim foram convidados a darem mais valia ao mundo dos homens, do que às coisas do Criador. Ficam no exercício repetido de pensamentos destrutivos, numa única rotação: VINGÂNÇA. Assim começamos a construção dos relatos exemplificados aqui, na proposta de alargar a compreensão, de que a pacificação é o único caminho do espíritohomem, que busca o caminho da luz. Adolf Fritz
O reencontro
Tarde primaveril, o perfume embriagador das rosas adentra a sala, aromatizando o ambiente e deixando um rastro de conforto, onde o desconforto era o vício coletivo. Senhor Anestor, em sua cadeira de balanço, envolvido com o seu cachimbo, meditava sobre o ocorrido com a sua filha Anita. De repente um ar gélido penetra a sala e causa uma pequena perturbação em sua esposa Esmeralda. Incomodada com o silêncio perturbador, recolhe o seu tricô, vira-se para o esposo e começa um diálogo, na tentativa de afugentar as sombras do que ocorria com a família há meses. Vimos formas se aproximarem do esposo, qual líquidos viscosos a lhe importunar, alterando-lhe o semblante. — Anestor, – começou falar à nossa querida irmã Esmeralda – estou muito preocupada com a nossa menina, estranho o sentimento que trago, e temo não sermos capazes de ajudá-la. Homem de meias palavras, responde duramente, o chamado de sua esposa: — Deixe disto, mulher. — Não me sai da cabeça que tudo isto começou, quando Anita se envolveu com aquela sua colega de
faculdade. Eu sempre falei para ela que a menina era muito esquisita. — Ora mulher, vem você com estes questionamentos de novo. Aconteceu e pronto! — Mas ninguém, dentro da ciência, nos dá uma diretriz saudável para seguirmos. — É, isto você tem razão, creio que a ciência também se encontra sem diretriz. Já estivemos por várias vezes diante do psiquiatra e ele próprio não sabe como buscá-la da introspecção, não é? — Sim Anestor, por isso mesmo que quero ir ao Centro Espírita da Cotinha, quem sabe lá eles nos ajudam a encontrar um meio de ajudar a nossa filhinha. Dói-me o coração vê-la naquela cama paralisada, num sono profundo há meses. — Irei pensar. Fizemos uma prece para que o esposo não se afastasse do propósito, pois há muito a avó materna de Anita solicita aos superiores um processo de intervenção. Agora chegou o momento e não podemos esquivar do lar sequer um segundo. Por isso, instalei um núcleo aqui mesmo no quarto de Anita, assim teremos condição do revezamento sem perdermos o alinhamento energético que é sustentado através do magnetismo que exala da progenitora. Irei relatar o caso, e desta vez vocês caminharão juntos ao processo, pois o caso assim o requer. O processo encarnatório traz um período longo, e vamos juntos trabalhar para o refazimento da companheira que se
encontra aprisionada pelos credores do ontem, vivenciando a repetição da vida anterior a esta. Não queremos que ela venha aprofundar mais em vidas passadas, pois se isto ocorrer ficará muito mais difícil retirá-la do aprisionamento de culpa que sobrecarrega a mente da nossa querida Anita. Observem os espasmos que ela registra no corpo físico. Isto ocorre porque os irmãos que estão alinhados ao mental dela fornecem mensagens contínuas de perturbação. É uma maneira de punição pela qual ela passa. Como, em ciclo repetitivo (Loop), ela recebe durante as vinte quatro horas este movimento, do choque contínuo das experiências da vida passada, o espírito permanece nesta repetição sem descanso, não havendo folga para o repouso do mesmo. A mente de Anita está num processo de solitária torturante. Quando os credores não estão fazendo a manutenção das informações que querem, ela navega nas formas pensamentos que mesclam a vida atual e a vida passada. Já vemos a mente da nossa querida companheira sobrecarregada de movimentos que as sinapses fazem para manter as formas externas e internas que ela desenvolve. Há um congestionamento de informações. Como não ocorre vazão para as mudanças de rotação dos pensamentos, ela fica a experienciar esses movimentos presa nesta repetição. Como necessita de ectoplasma para manter a vida corpórea e a vida em outra
vida, os verdugos a fazem sentir em movimento contínuo de ação, chamada perturbação obsessiva. Eles fazem a manutenção com o magnetismo dos pais, da amiga que se julga culpada por tê-la levado ao profissional que trabalha com a regressão, do próprio profissional que também foi instrumento das trevas – depois explicarei porque o médico também serviu de instrumento para as trevas –, e de todas as visitas que ela recebe, e que estão vinculadas as baixas vibrações. É uma rede complexa de magnetismo. O magnetismo humano é produzido através do pensamento. A cada manifestação do espírito pensante, ele, o pensamento, atua na psicosfera onde se situa. Então, em uma família, o magnetismo familiar é composto por todos os membros. Como somos todos energia, às vezes é confuso o adensamento nas estruturas emocionais do conjunto familiar, porque cada irmão traz a sua energia elaborada, e dentro desta elaboração compartilham com as energias de seus mentores e amigos espirituais. Como nos lares encontram-se espíritos que estão em desenvolvimento, estes se mesclam na busca da conquista da evolução. Sempre, ou na maioria das vezes, na família há companheiros que compreendem a vida com mais clareza e ajudam os que ainda estão paralisados em muitos atavismos. Mas pelo contrário, se é um lar formado com pensamentos destrutivos, as oscilações internas se mesclam com as oscilações externas, e este lar fica susceptível ao desequilíbrio.
A manutenção do equilíbrio foi trabalhada por Jesus, quando ele demonstrou não se permitir entrar em ondas mentais desequilibradas. É um exercício contínuo. Faz-se necessária muita disciplina, pois o vício coletivo está muito fortificado no meio dos encarnados, dos reencarnantes e dos desencarnados. Os mais sensitivos sentem estas vibrações e por vezes, como não exercem a disciplina, encontram inúmeras dificuldades para enfrentarem o dia a dia. O recolhimento e a prece são fundamentais. Acolher a si mesmo para não permanecer neste processo é um ato de humildade. A maioria dos encarnados julga-se caminhar como os mais sábios e os mais poderosos, atropelando a si e aos que vibram na mesma faixa de sintonia. A responsabilidade pela vida é um dos atos desenvolvido pelo espírito, e esta ação é um processo importante no seu aprimoramento espiritual. Mas como uma sociedade viciada nos movimentos distorcidos encontra vazão neste contínuo exercício, preenche o espaço mental na elaboração de formas pensamentos doentias. A complexidade do estudo sobre os distúrbios é de uma profundidade enorme, pois a cada dia que avança a humanidade, mais as trevas ganham espaço para o desequilíbrio coletivo. Assistimos uma corrente de discórdia formada como onda destruidora arrastando os enfraquecidos moralmente para perda de mais uma encarnação. De doenças a doenças estes companheiros multiplicam os seus desequilíbrios, e permanecem no vai e vem das encarnações.
Voltando ao caso de nossa Anita que caminha num paralelo de vidas, por ainda se encontrar apegada ao ontem. Ela nasceu nesta encarnação atual, na proposta de buscar alinhar os pensamentos mórbidos que navegam na psicosfera mental. Desde a concepção ela já demonstrou ser um espírito que necessitaria de muita oração e conduta de fé para o seu desenvolvimento. Por sua vez os pais fazem parte deste movimento de aprimoramento. Como estão vinculados pelos laços espirituais, se propuseram buscar a redenção nesta experiência reencarnatória. Porém, não foi desenvolvido o trabalho da fé. Dizem-se católicos e ainda falam com orgulho de não serem praticantes. A usina necessária no lar está enfraquecida, por eles não abastecerem o reservatório da fé. A indiferença tomou conta do lar. A luz que ainda se mantém acesa é a inspiração da avó materna, que se esforça incansavelmente nas interseções com a filha, que é a mãe de Anita.
Fim da degustação