O acordar Nunca, em toda a minha existência, aprendera a agradecer pelo despertar e pelo abrir dos olhos, estas informações sincronizadas que o Pai permite que o cérebro mande para o corpo e que, no quotidiano, tornam-se como grande hábito de despertar. Mas agora pude perceber que os movimentos das pálpebras são movimentos semelhantes aos das ondas do mar, que no vaivém limpam e renovam o caminho dos peixes que embelezam e fortificam a estrutura do oceano. Como são os olhos o portal da visão, no oceano da vida consagrada pelo Pai, aqueles que, pelo processo natural dos resgates, não têm a condição da percepção da luz nos olhos são como um veleiro perdido na imensidão do mar à noite. E o Cristo conduz, sob mãos que amparam, a todos nós, veleiros sem rumo... Foi nos meados de uma primavera típica, quando o Pai abençoa a grandeza do resplendor da vida, que surgiu, diante de nós, uma pacata cidadezinha do interior do sul do Brasil. Bênção consagrada pelo Criador, tínhamos a oportunidade de deliciarmos com o amanhecer. Gotículas de neblina saudavam o despertar das árvores entrelaçadas, por onde os raios solares corriam fecundando o solo e, através desse envolvimento, todos cantos e recantos brindavam a algazarra dos pássaros num grande ato de limpeza coletiva, 15