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POR DECOR
Neurociência aplicada a arquitetura: O futuro das conexões entre edifícios e ocupantes
A ciência empenha-se cada vez mais em entender os comportamentos do ser humano, para prevenir ou pré-diagnosticar doenças, tendências de escolhas e definições de consumo.
Dentro da área de arquitetura não seria diferente e assim surge a Neuroarquitetura, um estudo baseado na ciência e que permite através de conhecimentos profundos tornar espaços e ambientes diretamente conectados ao consciente e ao inconsciente dos usuários.
Espaços que utilizam nas bases projetuais estes conhecimentos, tornam-se influentes sobre o comportamento das pessoas, ativando emoções e sensações, na grande maioria para causar ótimas experiências e em casos específicos aumentar padrões de consumo.
Com foco em estudos voltados a Neuroarquitetura, a Academy of Neuroscience for Architecture (ANFA), San Diego (EUA), apresenta singularidades e especificidades desta área de estudos tão rica. Ainda em desbravamento intelectual, mas que na atualidade já exerce grande influência sobre definições de caminhos a serem seguidos e materializados em grandes projetos do mundo da arquitetura, tentando cada vez mais criar experiências sensoriais únicas em espaços que visam conectar-se com os usuários, ocupantes e visitantes.
Definição: Neuroarquitetura é um campo interdisciplinar que consiste na aplicação da neurociência aos espaços construídos, visando maior compreensão dos impactos da arquitetura sobre o cérebro e os comportamentos humanos.
Aplicação: Pode ser utilizada em um novo projeto de arquitetura e interiores ou na reforma interna de um ambiente, na construção de um empreendimento privado, assim como de obras públicas e na elaboração de projetos urbanísticos.
Efeitos: O emprego específico de iluminação, ventilação, acústica, texturas, cheiros, formas e cores fazem com que o cérebro produza sinapses e o corpo libere hormônios que causam diversas sensações. Essas liberações e as sensações de bem-estar são o foco desse conceito.
Benefícios: Em linhas gerais impactam positivamente no bem-estar físico e emocional das pessoas (em espaços públicos, pode ajudar a combater a solidão).
Projetos: Projetos de arquitetura e interiores que utilizam os conhecimentos sobre a neurociência podem ter como objetivo explícito afetar comportamentos humanos, mesmo os que estão além da percepção e do controle consciente.
Neurociência: Estuda o sistema nervoso, visando desvendar o funcionamento, estrutura, desenvolvimento, alterações, que constitui-se por três elementos: o cérebro, a medula espinhal e os nervos periféricos, responsáveis por coordenar todas as atividades do corpo, tanto nas atividades voluntárias, quanto nas involuntárias.