Boletim Água Quente - Número 8

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boletim

Informativo do

Água Quente

Projeto Água Quente Número 8 São Carlos, Setembro de 2008

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Entrevistas com os candidatos a prefeito de São Carlos

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Editorial

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Comunicados

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Pitanga

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Sabedoria Popular

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Educadores Ambientais

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Encontro de Grupos e Visita EA 2008

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Entrevistas com candidatos a prefeito

10 e 11 Seção Escola 12

Construir com terra crua

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Inclusão Digital

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Coleta e tratamento de esgoto

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Divirta-se

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Fala-Povo

Os candidatos a prefeito da cidade de São Carlos falam sobre a proposta de criação do Parque Florestal Urbano, que será um espaço de preservação ambiental e lazer na cidade. Comentam propostas sobre problemas socioambientais que envolvem a Bacia do Água Quente. (Pág. 8 e 9)

Formação de Educado- Projeto Realiza o 4º res Ambientais Encontro de Grupos Conheça a experiência do Projeto Água Quente com a formação de Educadores Ambientais Populares, o papel que eles devem desempenhar, assim como a importância de seus trabalhos para as comunidades. (pág. 6)

No dia 27 de setembro acontecerá o 4° Encontro de Grupos da Bacia do Água Quente. Este encontro pretende apresentar experiências de grupos e pessoas que se uniram para transformar o lugar onde vivem, visando estimular os participantes a pensarem juntos em propostas para melhorar a região da Bacia. (pág. 7)

Neide e Elza, agentes comunitárias do Projeto Água Quente.

Magaly Marques, educadora do Projeto, na abertura do III Encontro de Grupos.


Boletim Água Quente no 8

Editorial

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esta edição, aproveitando o momento político agitado em função da proximidade das eleições municipais, o Boletim traz em suas páginas centrais as idéias dos candidatos a prefeito de São Carlos, sobre os problemas socioambientais da bacia hidrográfica do Córrego Água Quente. As idéias expressas e a maneira

como se apresentam são de responsabilidade dos próprios candidatos, que receberam a jornalista do projeto, Audrey Fernandes, e responderam à ela as duas questões formuladas. Para todos nós valem algumas reflexões nesse momento tão importante de definição dos rumos da nossa cidade: Porque o assédio de políticos é tão forte agora? Desde quando vêm os problemas que

PROJETO ÁGUA QUENTE Equipe Executora Coordenadores Daniel Marostegan e Carneiro Renata Bovo Peres Estagiários Adriana Keiko Nishida Costa, Marina Poema, Nelson Sakakibara e Raphael Ricardo Zepon Tarpani Parceiros Projeto Brotar Projeto CESCAR Patrocínio Petrobras Contatos Site do Projeto: http://aguaquente.teia.org.br e-mail do Projeto: aguaquente@teia.org.br

Educadores Ana Laura Herrera Audrey Fernandes Magaly Marques Paola Maia Lo Sardo Sara Monise de Oliveira Thais Troncon Rosa Apoio Acquavit COMDEMA São Carlos Prefeitura Municipal de São Carlos

TEIA - Casa de Criação www.teia.org.br Fone/fax: (16) 3376-3110 Rua Rui Barbosa, 1950, Cep 13560-330 Vila Elizabete - São Carlos/SP

Organizações Participantes Catequese Madre Cabrini, Coopercook, Cooperlimp, Coral Rosa Mística, EMEI Otávio de Moura, Grupo de Coroinhas da Igreja São Francisco de Assis, Grupo Sagrado Coração de Jesus, Aprendiz Grupo de Mães, Catequese da Igreja São José Operário, Grupo de Oração da Capela Santa Luzia, Pastoral da Sobriedade, Poetas Anônimos, Projeto Meninos do Aracy, Projeto Social Dona Marízia, Resgate Social.

Boletim Água Quente Elaboração/textos: Anna Kuhl, Audrey Fernandes, Daniel Marostegan e Carneiro, Eduardo Araújo e Silva, Gabriel De Santis Feltran, Marina Poema, Paola Maia Lo Sardo, Raphael R. Z. Tarpani, Renata Bovo Peres, Sara Monise Oliveira, Thais T. Rosa e Alunos das 7as. Séries da Educação de Jovens e Adultos da E.M.E.B. Artur Natalino Deriggi, sob a orientação da Profa. Pietra Mori e Prof. Alexandre. Edição: Audrey Fernandes, Daniel Marostegan e Carneiro e Marina Poema. Imagens: Audrey Fernandes, Marina Poema e Gustavo Monstro.

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Produção gráfica e diagramação Beto & Guto Sguissardi olivreirope@gmail.com Tiragem 7.000 exemplares

encontramos em nossos bairros? E, por fim, o que podemos fazer neste momento? De todas as respostas possíveis, devemos tomar mais cuidado com aquelas que podem parecer mais fáceis e óbvias, afinal, um churrasco, uma cesta básica, um dinheirinho, alguns remédios, podem ajudar a fome, a doença e as necessidades de hoje, mas podem também significar mais fome, menos saúde e mais necessidades amanhã. Por fim, neste momento acirrado, o desespero e as estratégias

mais agressivas fazem com que as campanhas de alguns candidatos passem a faltar com a verdade e a apedrejar o que não conhecem. De nossa parte, continuaremos a nos posicionar sobre o que consideramos sério e importante, mantendo o rumo que acreditamos ter nosso trabalho. Com isso, pretendemos deixar clara a nossa disposição ao embate público de idéias e afirmar nossa discordância com informações irresponsáveis e sem relação com a realidade, que vêm sendo apresentadas aqui e ali.

Caso você, ou seu grupo, tenha interesse em indicar um ponto de distribuição do boletim, ou queira contribuir para a produção dos próximos conteúdos, entre em contato com a gente.

Reality show

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oda vez que eu conto essa história, eu choro. Aí eu comecei a vender o meu corpo pra não deixar meus filhos morrerem de fome [voz embargada]. Aí eu enganei eles. Falava que eu trabalhava num motel de arrumadeira pra não deixar eles passar fome. Pro lado da família dele ninguém queria me ajudar. Porque a mãe do meu ex-marido, a mãe dele queria mais os papéis, pra ela ter o direito do dinheiro dele. Eu convivi com ele 18 anos. Aí eu fiquei dois anos fazendo isso daí. Eu não tava fazendo aquilo ali por safadeza, era pra não deixar meus filhos morrerem de fome. Eu sofri pra caramba. Ainda consegui arrumar um servicinho pra trabalhar, mas a minha ex-sogra começava a beber e entrava lá pra bater nos meus filhos. Aí eu tive que sair de lá e trocar de casa. Não deu certo, porque o meu mais velho naquela época começou a aprontar, a se envolver com droga, o segundo começou a roubar… Eu tive que sair daqui, vender meu barraquinho lá e fui pra

outro bairro, vizinho aqui. Fui pagar aluguel lá embaixo. Mas como o aluguel tava muito caro lá, não deu, aí voltei pra favela. Com o companheiro agora que eu tô com ele, eu tenho dois filhos branquinhos. A coisa mais linda. (…) E assim vou indo. [moradora de Sapopemba, na zona leste de São Paulo] Esta coluna traz, a cada número do Boletim Água Quente, um trecho de narrativas contemporâneas das periferias das cidades obtidas por Gabriel de Santis Feltran, pesquisador em ciências sociais. Contato: gabrielfeltran@gmail.com.br


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Comunicados Plantio – novas ações Aguardem!! Em novembro teremos novas ações de plantio na Bacia do Água Quente. Para saber mais, e se cadastrar para a atividade, você pode entrar em contato com a Teia - casa de criação no 16 3376-3110.

Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias A ONG Ramudá em parceria com o Colégio CAASO, realizou no dia 20 de setembro pela 1ª. vez na cidade de São Carlos o Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias. Evento conhecido internacionalmente, acontece sempre no 3º. sábado do mês de setembro. É o dia em que voluntários, do mundo todo, unem-se para limpar rios e praias. O objetivo é de sensibilizar, envolver, conscientizar e mobilizar a comunidade no cuidado com o planeta, conhecendo, cuidando e conservando o ambiente em que vivemos. Mais informações através do e-mail: ong@ramuda.org Voluntários durante o plantio.

Cinema nos Bairros

Convite para

Cinema para Todos

O Projeto Água Quente e seus agentes convidam os moradores próximos à Escola Marivaldo Degan, a participar da Horta Comunitária, que esta sendo oferecida durante as atividades da Escola da Família. Sempre aos domingos, das 9h às 11h, 2 vezes por mês. Dúvidas entrar em contato com a diretoria da escola ou com o Projeto Água Quente (Tel. 3376-3110).

Fique de olho na agenda do seu bairro: no mês de setembro serão exibidos filmes no CRAS Pacaembu e Cidade Aracy. Aos domingos o Afrocine (fica no Centro de Cultura Afro-Brasileira “Odette dos Santos”) exibe filmes que debatem a questão da diferença étnico-racial com a proposta de possibilitar a reflexão no combate às desigualdades sociais e raciais. Às terças o Cineclube Cinequanon exibe filmes seguidos de debates. Nos fins de semana o Sesc oferece a sessão Cinema 35 mm. Aos sábados o Cineclube do CDCC oferece sessões gratuitas. O Cine Minha Escola oferece programação de filmes infantis clássicos e contemporâneos nas Escolas do Futuro, todas as terças e quartas, confira a programação na sua escola (a maioria das sessões nos locais citados são gratuitas).

Horta Comunitária

Se você tem interesse pelo assunto, venha participar!

Biblioteca Espaço Cidadão – frequente! Se você procura por leitura, procura a ONG Espaço Cidadão, que está com a Biblioteca Comunitária aberta a todos os interessados. Você pode retirar livros gratuitamente com 7 dias para ler, podendo renovar, basta ter a carteirinha. Para fazer a carteirinha compareça com documento de identidade e comprovante de residência, menores de 12 anos devem estar acompanhados dos pais, ou responsável. A ONG fica na Rua Firmino Brigante, 17 (rua lateral a Escola CAIC), aberta de segunda, quarta e sexta das 14h às 17h e aos sábados das 9h às 11h30. Procurar por Teixeira, Raiane ou Keila.

Mande um e-mail para o Projeto Água Quente! Mande sua opinião, dúvida ou sugestão.

E-mail: aguaquente@teia.org.br Acesse nosso site, sempre atualizado esperando por sua visita.

Site: http://aguaquente.teia.org.br 3


Boletim Água Quente no 8

Pitanga:

o fruto vermelho

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ipicamente brasileira, a pitangueira, cujo fruto é a pitanga, é uma árvore de porte médio, que atinge no máximo 12m de altura e 30 a 50 cm de diâmetro. Seu crescimento é gradual, nem muito rápido e nem muito lento e sua copa é piramidal, com folhas que caem parcialmente no período da seca. Fruto rico em cálcio, saboroso, perfumado e agridoce, a pitanga, ganhou este nome devido a sua cor. A coloração vermelha de sua casca deve-se à presença de licopeno, um antioxidante eficaz no combate ao câncer. Muito parecida com a acerola, a pitanga pode ser consumida ao natural, em sucos, sorvetes, geléias e doces. Além de suas qualidades alimentares e medicinais, a pitangueira presta grande contribuição ao meio ambiente, já que pode ser usada para reflorestamentos de áreas degradadas, pois seus frutos servem de alimento às aves que espalham suas sementes e trazem sementes de outras árvores, aumen-

tando a biodiversidade da área em recuperação. A pitangueira é bastante comum nas casas que ainda preservam seus quintais de terra e, com isso, desempenha um importante papel como abrigo para aves e pequenos insetos, fundamentais para a qualidade ambiental das cidades.

Arborização Urbana A pitangueira é uma boa opção para a arborização urbana e para a recuperação de áreas verdes degradadas, pois além de todas as qualidades mencionadas, se desenvolve bem em terrenos arenosos, como é o caso da região da Bacia do Água Quente. Fazer ou conseguir uma muda da planta é fácil, se ficou interessado em plantar uma pitanga em seu quintal, não pense duas vezes!!! A muda pode ser feita com a semente ou por estaca, e se não for possível fazer a muda, solicite ao Horto Florestal Municipal pelo telefone 16 3361-8081.

Curiosidades da Pitanga • Em tupi-guarani significa vermelho; • A pitangueira é da Família Myrtacea, nativa da Mata Atlântica brasileira e encontrada na floresta estacional semidecídua do planalto, desde Minas Gerais até o Rio Grande do Sul; • As folhas pequenas e verde-escuras quando formadas, exalam aroma forte e característico. Já as flores brancas e suavemente perfumadas, são hermafroditas e melificas; • A partir do 3º. ano de vida a pitangueira começa a dar o fruto. Sua floração é entre agosto e novembro e seus frutos amadurecem de outubro a janeiro; • O fruto contém vitaminas A, C, do complexo B, cálcio, ferro e fósforo; • Em medicina caseira os chás e banhos feitos com a planta são utilizados para tratamento de febres intermitentes, os chás têm uso contra diarréias persistentes e afecções do figado, em gargarejos nas infecções da garganta, contra reumatismos e gota. No entanto, não tome chás ou faça banhos sem o conhecimento correto do uso da planta. 4

Flores de pitangueira.

Pitangas saborosas e perfumadas.

I Oficina de Produção de Mudas Em junho, o Projeto realizou no bairro Cruzeiro do Sul sua I Oficina de Produção de Mudas aberta à comunidade. Os participantes aprenderam na prática como é a produção de mudas. No mesmo dia foram doadas algumas mudas e ocorreu a manutenção de mudas plantadas no começo do ano, durante o I Plantio Urbano – Arborizando as Ruas da bacia. A manutenção foi realizada com a poda das mudas e a reposição das que estavam mortas ou doentes. Esta ação, promovida pelo Projeto Água Quente, contou com o apoio e a equipe do Projeto Rua Viva realizado pela ONG Ramudá. Agente plantando durante a oficina


Setembro de 2008

As plantas e a sabedoria popular O

s remédios são, em sua maioria, feitos de substâncias extraídas de plantas através de estudos e testes em laboratórios que retiram delas os agentes ativos transformando-os em medicamentos,.

A própria planta quando usada ao natural, também pode agir na cura e prevenção de certas doenças, dores e mal estares. Com efeitos comprovados pela ciência, o uso popular pode ajudar, e muito, desde que bem orientado.

Arruda

Muito famosa contra mau-olhado, pode ter suas folhas e flores usadas como efeitos calmantes, analgésicos, cicatrizantes e como repelente de insetos. Pode ser usada para normalização do ciclo menstrual, contra parasitas como piolhos, sarna, conjuntivite e leximaniose. É necessário ter muito cuidado, pois se trata de uma planta TÓXICA, tomada em grandes doses pode ser venenosa e causar vertigens, tremores, problemas de estômago, convulsões, hemorragia, aborto, vômitos, cólicas e sonolência. Não deve ser usada por grávidas, mães que estejam amamentando, pessoas com hemorragia, cólica menstrual ou sensibilidade na pele.

Maracujá

Quais plantas podem ser usadas, quais são cientificamente comprovadas, como e qual parte usar (como polpa, semente, caule, flor e raiz), se em infusão ou puro, são algumas informações que você deve saber antes de usar, pois cada planta tem um uso e uma posolo-

gia e, assim como remédios, existem restrições e cuidados necessários na sua utilização. Antes de usá-las, informe-se sobre o modo de preparo e utilização. A utilização de plantas medicinais deve ser adequada a cada caso e não substitui as orientações médicas.

Bálsamo

Suas folhas têm um poderoso efeito cicatrizante e digestivo. Pode ser usado ao natural, como uma salada, mas sem tempero para evitar problemas no estômago. Seu sumo, que é retirado apertando a folha, pode ser usado direto na pele inflamada ou machucada por cortes ou queimaduras. É usado também para combater problemas nos sistemas respiratório e urinário.

Alecrim

É um famoso calmante podendo ser usado no combate a insônia, dores de cabeça de origem nervosa, ansiedade, mal estar durante a menopausa, taquicardia nervosa e asma. O Maracujá tem efeito diurético, depurativo, sedativo, antiinflamatório, calmante, antitérmico, vermífugo e antiespasmódico.

Seus ramos, além de serem usados como tempero podem ser usados em armários para afugentar insetos. O chá feito de suas folhas secas é indicado em casos de esgotamento cerebral, excesso de trabalho, cansaço físico e dores de cabeça de origem digestiva. É um estimulante digestivo e também pode ser usado no combate a problemas respiratórios.

Babosa

Alho

Famosa por seu uso em cabelos, é encontrada em vários xampus como ingrediente ativo. O suco de suas folhas, ou seja, aquela polpa gosmenta que é retirada das folhas pode ser usada nos cabelos para dar brilho, evitar queda, combater a caspa, piolhos e lêndeas. Também pode ser usada em forma de compressa nos casos de inflamações, contusões e queimaduras. Não deve ser ingerida por mulheres durante a menstruação, gravidez e em crianças pequenas.

Muito usado na cozinha, foi cientificamente comprovado pelo Ministério da Saúde como um grande aliado contra os sintomas de gripes e resfriados. Basta tomar um chá feito com seus dentes. É eficiente no combate de vermes, parasitas, picadas de insetos, hipertensão, rouquidão, dor de ouvido e arteriosclerose. É contra-indicado para pessoas com problemas de estômago, como úlceras e gastrite. Deve-se evitar durante a amamentação, e em doses muito elevadas, pode provocar dor de cabeça, dos rins, de estômago e até tonturas.

*Estas informações foram retiradas de livros sobre Plantas Medicinais, devidamente catalogadas em uma bibliografia no seguinte endereço virtual: http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/ este site pertence a USP (Universidade de São Paulo).

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Boletim Água Quente no 8

Meio ambiente também é assunto para gente grande!

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uando falamos em educação ambiental, o que geralmente nos vem à cabeça são os trabalhos realizados com crianças e escolas ou sobre a questão do lixo, da água ou das matas. Muita pessoas não entendem que meio ambiente é assunto para gente grande também! Pode e deve ser discutido na comunidade. E o objetivo dessa discussão deve ser identificar os problemas sociais e ambientais (ou socioambientais) que interferem na vida de todos. Existem profissionais que atuam em lugares como parques, museus, empresas, igrejas e centros comunitários, com públicos que vão desde crianças até pessoas da “melhor idade”, cujos trabalhos são conhecidos como Educação Ambiental Não

Formal, porque não fazem parte do currículo formal das escolas. As pessoas que desenvolvem estes trabalhos, são conhecidos como Educadores e Educadoras Ambientais. Através do Projeto Água Quente foram realizadas palestras, plantios de mudas e reuniões de discussão com a participação ativa da comunidade. Estas são ações de Educação Ambiental Não Formal. Para ampliar e multiplicar estas ações, o Projeto fomenta a formação e a capacitação dos Agentes Comunitários desde 2005 e desde 2007 oferece Curso de Formação para que atuem como Educadores Ambientais Populares. Um dos objetivos do curso é focar a atenção em outros espaços e públicos, até a sua finalização em março de 2009.

Pessoas, Cidadãs e Educadoras Ambientais Populares A Agente Elza dos Santos escolheu como tema de pesquisa a “Formação de Agentes Comunitários do Projeto Água Quente: desafios e perspectivas para a realização de ações de educação ambiental”, que trabalhou questões e ações de Educação Ambiental com públicos diversificados, abrangendo pessoas com atuação em suas comunidades, acreditando que a Educação Ambiental Comunitária é fundamental para que indivíduos e coletividades tenham a oportunidade de (re) cons6

Em São Carlos existem outros projetos que trabalham com a formação de Educadores Ambientais Populares, como é o caso do Projeto Brotar da UFSCar, do Projeto de Formação de Agentes Socioambientais da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência

e Tecnologia e o Coletivo Educador de São Carlos, Araraquara e Região (CESCAR). Neste último, duas Agentes Comunitárias do Projeto Água Quente, Elza dos Santos e Neide Soriano, participaram e, em julho de 2008, apresentaram seus trabalhos de conclusão do curso.

Quem é o educador ambiental popular? Em entrevista dada ao Boletim Fractais (Ano 1, n° 1, julho/2007), o então diretor do Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Marcos Sorrentino, explica que “O educador, a educadora é todo e qualquer cidadão/cidadã, toda e qualquer pessoa que se coloque tal desafio, que se perceba enquanto agente de transformação social, que se perceba enquanto editor de uma nova realidade, de um novo mundo, de um novo ser humano”. Ainda na entrevista, Sorrentino afirma: “Fundamental na formação do educador e da educadora ambiental é a iniciativa, a criatividade, a capacidade de construir alternativas, soluções no enfrentamento dos problemas e na materialização dos sonhos”. Se você quiser conhecer as políticas públicas nacionais de formação de educadores ambientais populares, acesse o site do Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br) e entre no link Educação Ambiental.

truir saberes, conhecimentos, valores, sentidos, significados, habilidades e afetividades em suas relações com o ambiente, o qual todos fazemos parte. A Agente Neide Soriano teve como tema o “Planeta Melhor” e desenvolveu seu trabalho com cooperadas da instituição em que trabalha com o objetivo de despertá-las para os problemas ambientais e buscar caminhos e soluções, o mais rápido possível, para diminuir a quantidade de lixo na cidade. Agentes comunitárias participam de atividade do projeto.


Setembro de 2008

4º Encontro de Grupos da Região do Água Quente

Apresentação dos grupos durante o III Encontro de Grupos.

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Projeto Água Quente acredita que a mobilização e a articulação entre grupos e indivíduos potencializam discussões e ações direcionadas à melhoria da qualidade de vida e das condições socioambientais da região. Nesse

sentido, com base em um de seus principais objetivos - fortalecer a interlocução e o diálogo entre os diferentes setores atuantes na região da Bacia do Córrego Água Quente - no próximo dia 27 de setembro, o Projeto estará promo-

vendo mais um Encontro de Grupos da Região do Água Quente. No primeiro encontro, realizado na primeira edição do Projeto, os grupos trabalharam juntos a partir de interesses comuns, buscando identificar possibilidades de ações conjuntas. No segundo, realizado já na segunda edição, foi trabalhada a difusão de informações sobre a região do Córrego da Água Quente, promovendo debates e integração entre os grupos participantes. Já no terceiro Encontro, realizado em maio deste ano, diversos grupos e/ou associações que atuam na região, apresentaram suas ações e trocaram experiências entre si. Agora, o 4º Encontro pretende apresentar experiências de grupos e pessoas que se uniram para transformar o lugar onde vivem, visando

estimular os participantes a pensarem juntos em propostas para melhorar a região do Água Quente. O Encontro será realizado no dia 27 de setembro de 2008, sábado, a partir das 14 horas, no espaço do NICC – Núcleo de Incentivo à Cultura e ao Conhecimento, localizado à Av. Nelson Orlandi, 767 - Cidade Aracy (ponto de referência: seguir pela rua lateral à Escola CAIC, até o fim, e virar à esquerda). Se você mora ou participa de algum grupo nos bairros que compõem a Bacia do Córrego do Água Quente (como por exemplo: Gonzaga, Monte Carlo, Cruzeiro do Sul, Pacaembu, Medeiros, Madre Cabrini, Jardim das Rosas, Cidade Aracy e Antenor Garcia) venha participar do Encontro!!! Esperamos por você!!

Visita com participantes do EA – 2008 à Bacia do Córrego Água Quente

Gravação para TV Educativa durante visita EA 2008.

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m junho, o Projeto promoveu mais uma visita monitorada à Bacia do Córrego Água Quente, com o objetivo de proporcionar um momento para as pessoas que atuam ou, que possuem interesse na área de Educação Ambiental, conheçam a área, seus principais impactos, potencialidades socio-

ambientais e as principais ações que vêm sendo realizadas pelo Projeto. A visita foi promovida durante o EA – 2008 (Encontro de Educação Ambiental) em São Carlos/ SP. A visita foi dividida em 2 momentos: o primeiro, no alto da Serrinha, de onde se avistou os bairros da parte baixa da Bacia,

Participantes do EA 2008 em visita à Bacia do Água Quente.

momento em que foram realizadas discussões relacionadas às queimadas, plantio, ocupação urbana, entulho e o Parque Florestal Urbano; o segundo, na travessia do córrego no bairro Cidade Aracy II. Neste ponto, discutiu-se questões relacionadas à água, esgoto, lixo e ações educativas.

Toda a visita foi acompanhada pela equipe de reportagem da TV Educativa de São Carlos, que realizou entrevistas com a Educadora do Projeto, Sara Oliveira, com a Agente Comunitária Elza dos Santos e com alguns participantes. A matéria produzida pela TV Educativa foi ao ar em junho e continua sendo reprisada. 7


Boletim Água Quente no 8

Projeto Água Quente entrevista os candidatos a prefeito da cidade de São Carlos

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o mês de setembro, a equipe do Projeto Água Quente entrou em contato com os 5 candidatos a prefeito da cidade de São Carlos. Foram realizadas duas perguntas que abordavam a problemática socioambiental

que envolve a Bacia do Água Quente para cada um deles. Esperamos que este material possa auxiliar na sua escolha! As perguntas feitas para cada candidato foram: 1º Pergunta - Existe uma pro-

13 Oswaldo Barba (PT) Vice Emerson Leal Parque Florestal Urbano: “Acho uma proposta extremamente interessante que de certa forma vai recuperar todo o ecossistema daquela região. Considero um projeto importante e vamos tentar viabilizar. Claro que dependemos de investimentos e recursos de fontes externas para que isso aconteça e me disponho a ir atrás. É claro que vamos ter ações pontuais em parceria com a comunidade naquilo que for possível. Vamos atrás disto”. Questões Socioambientais: “Vamos continuar trabalhando na recuperação de todo o potencial da cidade de São Carlos. A cidade é toda cortada por córregos e rios. Só no perímetro urbano temos 75 nascentes que, infelizmente no passado, a prática era de soterrar. Estamos em um processo de recuperação das nascentes. Na administração atual já se conseguiu recuperar 15 destas. O investimento é muito alto para cada recuperação. Vamos procurar recompor a arborização e recompor, também, as matas ciliares e, neste caso, teremos que estudar projetos com os produtores rurais, principalmente, aqueles que possuem propriedades nas margens dos rios para que possamos recompor e propor algum projeto de incentivo de recomposição das matas ciliares. Quanto à questão do lixo, a coleta seletiva está atingindo 70% da cidade, queremos elevar a 80% e melhorar a eficiência da coleta, pois não adianta aumentar somente a cobertura e, sim, a eficiência. A questão da entulheira é importantíssima para conseguir reciclar o material fazendo com que volte para a construção. Por exemplo, projetos sociais já fazem isso através de bloquetes, mas precisamos diversificar e otimizar o mecanismo de reaproveitamento deste material. Sem dúvida teremos que ter um novo aterro sanitário, pois, o que temos durará apenas para mais 2 anos. Vamos trabalhar para recuperar o máximo daquilo que foi degradado. Uma cidade que demorou 150 anos para ter uma estação de tratamento de esgoto vai requerer, ao longo do tempo, grandes investimentos para a recuperação do seu meio ambiente”. 8

posta para criação de um Parque Florestal Urbano na Bacia do Água Quente. O Parque, além de fomentar a preservação ambiental, irá atender a carência por espaços coletivos de lazer. Como

candidato, o quê pensa desta proposta? 2º Pergunta - Quais suas propostas para solucionar problemas socioambientais (esgoto, erosão do solo, queimadas, entulho, entre outros)?

50 Julieta Lui (PSOL - PSTU) Vice Aparecido Irineu Parque Florestal Urbano: “A proposta é excelente. A requalificação socioambiental da Bacia do Água Quente através de um Parque Florestal Urbano é importante para a preservação do manancial e dessa importante área de recarga do Aqüífero Guarani. Além disso desperta a consciência da população para a preservação do ambiente como fator fundamental para a melhoria da qualidade de vida”. Questões Socioambientais: “Em meu governo a questão ambiental será fundamental, afinal, ela é um dos importantes fatores para manutenção da saúde. É prioridade o tratamento de todo esgoto da cidade, bem como um programa de arborização urbana para a recuperação da mata ciliar em todos os cursos d’água do município. Realizaremos um trabalho de conscientização para evitar os danos causados pelas queimadas, além de aumentar a fiscalização. Já o entulho será aproveitado na Unidade de Pré-Moldados da Prefeitura. A segurança no local será importante, com iluminação usando energia solar, com Postos Comunitários da Guarda Municipal, não de forma repressiva e sim preventiva”.

Você sabia que no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) você encontra informações sobre a prestação de contas dos canditados aptos e inaptos a concorrer às eleições? Acesse o endereço: http://www3.tse.gov.br/sadEleicaoDivulgaCand2008/comuns/layout/framesetPrincipal.jsp , selecione o estado, busque pelo município desejado e clique no link referente ao cargo que deseja consultar.


Setembro de 2008

40 Regina Bortolotti (PSB)Vice Dr. Francisco Parque Florestal Urbano: “Considero a ocupação da região da Cidade Aracy o maior e mais cruel crime ambiental já praticado contra o povo de São Carlos e as futuras gerações. O modelo irresponsável de loteamento adotado, no meu entendimento, é um cruel modelo de exclusão social. Além da inadequação a área, por ser área de recarga do Aqüífero, deixou a população, que ali mora durante longos anos, excluída de acesso a serviços públicos. A exclusão começa, exatamente, pela dificuldade de acesso. Meu plano de governo enfatiza a urgente necessidade de recuperação urbanística e ambiental de toda a área, promovendo ações de implantação de parques, de efetiva recuperação e recomposição do Córrego da Água Quente, com “re-vegetação” de áreas degradadas ainda existentes, implantando nestes espaços locais para lazer para esta sofrida população. Ainda entendo necessária e urgente a implantação de uma ponte de concreto ligando Cidade Aracy I e II à estrada da Serrinha, além da abertura e adequação do acesso do Antenor Garcia ao Botafogo. E vou além. Eleita tenho o firme propósito de desapropriar a área do atual cemitério que se mostra totalmente inadequada do ponto de vista ambiental (veja-se recentes pareceres de EIA/RIMA da área), e a bem do interesse público implantar um amplo parque de lazer para a população da Cidade Aracy”. Questões Socioambientais: “Afirmei, em diversas entrevistas, que sou contra transformar a Cidade Aracy e Antenor Garcia em depósito de entulho. Já basta o sofrimento desta pobre gente! Entendo que em relação ao problema das erosões serão objeto de planejamento com a utilização de técnicas modernas de contenção de encostas, deixando-se de lado medidas como tapar buracos com entulhos, etc. A atitude de não atear fogo, especialmente em época de forte estiagem, depende de educação ambiental forte junto à população. Criar brigadas contra incêndio com moradores do bairro, adotar medidas preventivas, como aceiros, etc…. levarão a contenção dos atuais focos permanentes de incêndio na área. Quanto a esgotos entendo como urgente a ampliação da rede de esgotos objetivando o saneamento básico necessário como medida preventiva em saúde pública. Pretendo, ainda, tomar medidas ambientalmente corretas quanto a incentivos para reutilização de água de chuvas, implantação de mini estações de pré-tratamento biológico de esgotos antes do lançamento em rios e córregos. Na capital da tecnologia é preciso usar todo a produção de conhecimento tecnológico disponível para a adoção de medidas modernas e eficientes objetivando a preservação do meio ambiente”.

45 Paulo Altomani (PSDB) Vice Bragatto (PV) Parque Florestal Urbano: “Hoje um governo responsável não se constrói sem pensar em meio ambiente e em políticas de gestão ambiental por isso a nossa união é tão importante (PSDB e PV), uma vez que o Partido Verde (PV) é preocupado com as questões de preservação ambiental e de qualidade de vida. Por isso, na nossa administração, vamos apoiar a implantação de parques florestais, apoiaremos as entidades não-governamentais e projetos como o “Água Quente” que além de estar preocupado com as questões ambientais, também visa atender à população local propiciando-lhes um local de lazer”. Questões Socioambientais: “Estaremos em sintonia com o COMDEMA (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente) e demais instituições de proteção ao meio ambiente e trabalharemos para corrigir as situações de degradações ocorridas nos últimos anos no local. Inclusive, faremos um trabalho de preservação de nascente na região, pois ela foi soterrada por ações nocivas ao meio ambiente”.

25 A ­ irton Garcia (DEM) Vice Caio Sales Parque Florestal Urbano: “Não conheço a proposta para a criação do Parque. Eu acho que temos que ter muito carinho com o meio ambiente, mas não tenho como opinar sobre um projeto que não conheço”.

Questões Socioambientais: “Muita gente joga entulho em todo lugar, porque a prefeitura não disponibiliza local para a entrega. Quero inclusive disponibilizar um local onde este entulho seja bem-vindo e aproveitado. Então, falta em São Carlos local para a pessoa jogar o entulho. Tenho certeza de que todo mundo gostaria de fazer certo, então porque a pessoa joga em qualquer lugar e escondido? Porque a prefeitura não disponibiliza o local. Faltam idéias dos atuais governantes a respeito do que fazer”. *As entrevistas foram registradas por meio de áudio e correspondência eletrônica” **Todas as respostas estão aqui apresentadas na íntegra. 9


Boletim Água Quente no 8

Seção Escola Consciência em chamas

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a época das secas, a incidência de queimadas aumenta exorbitantemente, deixando os bombeiros sobrecarregados e piorando o ar de nossa cidade. Isto se deve ao fato de que a umidade do ar neste período está muito baixa, aumentando o poder do fogo em plantas secas. Apesar de campanhas de alerta à população – como a realizada pela Prefeitura de nossa cidade, “São Carlos Contra o Fogo” – alguns moradores, sem consciência ou até mesmo sem orientação e informação, ainda ateiam fogo em lixos, matos e terrenos. Podem-se somar a isto as queimadas realizadas nas lavouras de cana-de-açúcar, muito comuns nas nossas redondezas. O trabalho realizado na E.M.E.B. Artur Natalino Deriggi, localizada no bairro Cidade Aracy II, foi o de conscientização, perante os alunos, dos inúmeros

prejuízos que o fogo pode causar e das medidas que cada um de nós deve tomar para diminuir seus malefícios. Inicialmente, os alunos da 7ª. série da Educação de Jovens e Adultos leram, com o Prof. Alexandre, de Língua Portuguesa, diversas reportagens sobre queimadas. Em seguida, tiveram um bate-papo com a Profa. Pietra, de Ciências, sobre “Queimadas X Aquecimento Global” (veja box). Depois, em grupos, os alunos produziram textos relacionando os temas abordados e, para finalizar, numa grande roda, discutiuse os textos produzidos. Muitos alunos alertaram sobre o que a população do bairro está fazendo em relação às queimadas. Muitos reclamaram de vizinhos que ateiam fogo nos terrenos para acabar com o mato. Outros, do fogo em lixo, restos de materiais de construção e pneus

Alunos na E.M.E.B. Artur Natalino Deriggi.

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velhos. Isso sem contar nas brincadeiras de crianças com fogo e bitucas de cigarro acesas que são lançadas no mato seco. E os prejuízos? Roupas no varal que precisam ser lavadas novamente, quintais e interior das casas necessitam ser constantemente limpos (lembra-se da questão sobre economia de água, da edição anterior desse jornal? Pois é…), crianças e adultos com crises respiratórias (as famosas ites: rinite, bronquite, sinusite, faringite…), lotando o postinho de saúde do bairro, além da péssima qualidade do ar e desconforto que as queimadas proporcionam, sem contar a paisagem, que enegrece. Todos os alunos contribuíram muito com suas experiências. Muitos também admitiram que usavam o fogo sem se importar com as conseqüências. A célebre frase do escritor e

ambientalista francês, René Dubos, “Pense globalmente e aja localmente” foi norteadora das discussões do grupo. A partir do momento em que cada um de nós sente-se incluído na responsabilidade socioambiental do planeta, não só de onde moramos, trabalhamos ou estudamos, mas pensando que nossas atitudes podem transformar o mundo, tudo se torna mais relevante. É aquela velha história de que cada um deve fazer a sua parte, que com certeza todos sabem, mas poucos praticam. Nossa função, tanto como educadores como multiplicadores, é um trabalho de formiguinha: aos poucos, vamos conscientizando e, pouquinho por pouquinho, a população começará a tomar atitudes não só pensando em si próprio, mas pensando no bem estar de todos. E, como sempre, o mundo agradece!

Alunos na E.M.E.B. Artur Natalino Deriggi.


Setembro de 2008

Seção Escola Queimadas x Aquecimento Global

V

amos por partes: o que é o efeito estufa? Os raios de Sol atravessam a atmosfera e aquecem a Terra. Parte desse calor escapa para o espaço, enquanto que a outra parte permanece no planeta porque é absorvido por alguns gases da atmosfera, como o gás carbônico, mantendo a temperatura média do planeta em 13,78 °C. Ao contrário do que muitos dizem, principalmente a mídia, o efeito estufa é SIM bom para o planeta, porque mantém a temperatura da Terra em um nível adequado à vida. O que é o aquecimento global? Este é um assunto recente discutido por cientistas do mundo inteiro. A temperatura

do nosso planeta está aumentando. Observou-se que, no século passado, a temperatura média da Terra aumentou de 13,78 °C para 14,5 °C. Daqui a aproximadamente 100 anos (mais rápido do que uma piscada se compararmos com a idade do planeta, que é de 4,6 bilhões de anos), a estimativa é de que a temperatura pode alcançar 19 °C. Isso por quê? Sabe aquele gás do efeito estufa? O gás carbônico? Então… Cada vez mais está aumentando a quantidade deste gás na atmosfera e, conseqüentemente, mais calor é absorvido, aumentando as temperaturas, ou seja, aumentando o efeito estufa. Isso pode causar

falta d’água em regiões mais secas, fome, porque haverá diminuição das colheitas, as geleiras derreterão e aumentarão o nível dos mares, inundando cidades litorâneas e boa parte da fauna e flora não conseguirá se adaptar às mudanças climáticas, causando ondas de extinção em massa. Muitos destes fenômenos já estão sendo observados em alguns lugares do mundo. E o que as queimadas têm a ver com tudo isso? Quando alguma coisa pega fogo, dizemos que sofre combustão. Para que isso seja possível, é necessário um combustível (gasolina, papel, madeira) e um comburente, o gás oxigênio (esse mesmo,

o que a gente respira). Além de produzir calor e luz, a combustão libera o gás carbônico (aquele, o do efeito estufa). Entendeu? Aumentando a quantidade de queimadas, aumenta a emissão de gás carbônico, aumentando o efeito estufa e, conseqüentemente, aumentando o aquecimento global! Ficou preocupado? Se der, assista ao filme “Um dia depois de amanhã”, do diretor Roland Emmerich, ou então veja “Uma verdade inconveniente”, documentário baseado no livro de Al Gore. A situação é um pouco (na verdade, é bem) pior do que você imaginava, não? Então, não se esqueça: cada um fazendo a sua parte!

O EFEITO ESTUFA

1. A radiação solar atravessa a atmosfera terrestre.

2. A terra absorve a radiação solar emitindo parte desta para o espaço, sob a forma de calor.

3. Alguns gases, como o dióxido de carbono ou o metano, entre outros, impedem que esta energia se escape, o que aumenta a temperatura da superfície terrestre: é o efeito de estufa.

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Boletim Água Quente no 8

Construir com Terra Crua

O resgate desta tradição pode nos trazer muitas vantagens

A

Construção com Terra Crua sempre esteve presente em todas as épocas da humanidade e em diversas partes do mundo. É uma tecnologia “viva” e, em algumas situações, a única opção do indivíduo, ou de comunidades inteiras, para produzirem suas casas. Construir com Terra Crua significa utilizar a terra como material de construção sem o processo de fabricação do tijolo através da queima em fornos, possibilitando uma construção que causa menos impacto ao meio ambiente. Também pode significar uma construção de mais baixo custo, por não depender de materiais industrializados como o cimento, cal, ferro etc. As paredes de terra crua apresentam também um grande conforto térmico e acústi-

Pau-a-pique: Casa de Reza da Aldeia Guarani “Boa Vista”, Ubatuba – SP. Foto: TEIA – casa de criação

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co, ou seja, têm um bom isolamento do calor e dos ruídos externos, tornando as construções mais agradáveis em todos os períodos do dia. Portanto a terra, como material de construção, oferece vantagens comprovadas em relação a outros materiais básicos e representa, sem dúvida alguma, um enorme potencial diante da crise mundial por falta de habitação. Além disto, temos grandes desafios com relação à redução de todo tipo de gasto energético, pois já começamos a sentir os efeitos da exploração dos recursos naturais de forma desordenada: devastação da natureza e alterações dos seus ciclos. Por estes e outros fatores, a Construção com Terra Crua é uma grande aliada para alcançarmos uma maior sustentabi-

Taipa de pilão: Residência em Campinas, Projeto: Arq. Sylvio Barros Sawaya. Fonte: http://www.abcterra.com. br/construcoes/casasilvio.html

lidade ambiental, econômica e social da construção.

Como? Para se construir com terra é preciso conjugar 2 condições básicas: a existência de boa matéria-prima disponível e o conhecimento adequado das técnicas de construção. Embora seja difícil encontrar mão de obra capacitada a trabalhar com terra crua, as técnicas podem ser rapidamente assimiladas, desde que sob orientação adequada. Dentre as variadas técnicas existentes, misturando a terra com outros materiais, no Brasil são mais encontrados 3 métodos básicos de construção com Terra Crua: Taipa de pilão: a terra é socada e comprimida em camadas dentro de formas de madeira,

Adobe: Construção e secagem de tijolos de adobe. Fonte: http://sitiogralhaazul.net/ dev15/

que funcionam como moldes das paredes. Pau-a-pique: também chamada de taipa, é feita com uma de bambus, sarrafos ou pedaços de madeira, com os espaços vazios preenchidos por terra umedecida misturada com fibras vegetais (palha, capim, estrume etc). Adobe: a terra é umedecida, misturada com fibras vegetais (palha, capim, estrume etc), colocada numa forma e em poucos instantes o bloco vai secar ao sol. Qualquer que seja a técnica escolhida, primeiramente deve ser colhida uma amostra de solo para se analisar sua composição, podendo ser preciso adicionar areia ou argila para que tenha um bom comportamento. O maior inimigo das paredes de terra é a umidade, que pode ser enfrentada com beirais mais largos nos telhados (protegendo das chuvas), com fundações impermeabilizadas ou que fiquem acima do nível do chão (afastando as paredes do solo e evitando infiltrações) e mesmo com a impermeabilização das superfícies exteriores. Apesar de parecer difícil se construir com Terra Crua, por não serem mais tecnologias tradicionais nos dias de hoje na maioria das cidades brasileiras, é possível que através de campanhas e cursos de capacitação voltem a ser muito mais utilizadas por populações de diferentes lugares e classes sociais.


Setembro de 2008

Algumas Experiências em São Carlos

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qui na cidade de São Carlos, além de diversas construções antigas feitas com Terra Crua, já começam a aparecer novas obras que estão utilizando-a. Algumas pessoas estão dando mais valor para estas técnicas que edificaram o nosso país por centenas de anos, antes da introdução do cimento e de outros materiais industrializados, buscando contribuir para a preservação dos recursos naturais. A arquiteta e urbanista Lis Almeida já projetou e construiu 2 casas em nossa cidade, além de mais de uma dezena em Belo Horizonte – MG. Comenta que os são-carlenses são muito privilegiados, pois aqui se encontra o tipo de solo ideal, a baixo custo. Superada esta primeira dificuldade, uma outra ainda persiste: não se encontra uma boa oferta de trabalhadores da construção civil que saibam

utilizar a Terra Crua como material e garantir um resultado final satisfatório. No seu caso, encontrou 2 trabalhadores que vieram de outras regiões que ainda preservam o conhecimento. O resultado foi uma boa interação entre os proprietários da casa, a projetista e os construtores, que a partir da troca de informações e experiências conseguiram realizar uma obra muito especial e em maior equilíbrio com o nosso ambiente.

Secagem dos tijolos. Foto: Lis Almeida

Assentamento de parede. Foto: Lis Almeida

Vantagens das construções com a utilização de Terra Crua: • • • • •

Eficiência de custos; Ambientalmente sustentável; Economia de energia; Baixa Manutenção; Compatíveis com a recuperação de edifícios construídos em taipa ou alvenarias de pedra; e • estabilidade térmica.

Inclusão Digital O mundo cada vez mais globalizado e digitalizado

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Inclusão Digital, é a democratização do acesso às tecnologias da informação, de forma a permitir a inserção de todos na sociedade da informação. É também, simplificar a sua rotina diária, maximizar o tempo e as suas potencialidades. Um incluído digitalmente não é aquele que apenas utiliza essa nova linguagem , que é o mundo digital, para trocar e-mails. Mas aquele que usufrui desse suporte para melhorar as suas condições de vida. Entre as estratégias inclusivas estão os projetos e as ações que facilitam o acesso de pessoas de baixa renda às Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). A inclusão digital volta-se também para o desenvolvimento de tecnologias que ampliem a acessibilidade para usuários portadores de necessidades especiais. Dessa forma, toda a sociedade pode ter acesso às informações disponíveis na Internet, e assim, produzir e disseminar conhecimento. A inclusão digital insere-se no movimento maior de inclusão social, um dos grandes objetivos compartilhados por diversos governos ao redor do mundo nas últimas décadas. Dentro dessa perspectiva, o Brasil vem buscando desenvolver ações diversas visando a inclusão digital como parte da visão de uma sociedade inclusiva. No final do ano de 2005, o governo federal colocou em prática seu projeto de inclusão digital, o Computador para Todos - Projeto Cidadão Conectado, que já registrou mais de 19

mil máquinas financiadas. A inclusão digital deve ser para todos: idosos, pessoas com deficiência, população de zonas de difícil acesso, dentre outros. A idéia é que as Tecnologias da Informação vieram para ficar e, no futuro, quem não estiver "incluído digitalmente" viverá sob uma limitação social importante, perdendo inclusive direitos garantidos à cidadania. A maioria dos centros digitais, oferecem cursos básicos e avançados de informática, dentre outros cursos e oficinas de acordo com a necessidade local de cada unidade. Também oferecem livre acesso à Internet. Em São Carlos já são 24 unidades de inclusão digital sendo 19 postos (9 nas Escolas do Futuro, 1 Santa Eudóxia, 1 no Campus 2 FESC na Vila Prado, 1 na Cáritas Paroquial São Nicolau de Flue, 1 na Universidade Aberta do Brasil, 1 na Biblioteca Municipal – Infocentro Municipal, 1 no Centro Comunitário do Cidade Aracy, 1 no Centro de Atendimento Psicossocial – Álcool e Droga (CAPS-AD), 1 no Centro Público de Economia Solidária de São Carlos Hebert de Souza – Betinho), 1 no Salesianos São Carlos e 1 no CREAS – Centro de Referência da Mulher e 5 Telecentros (Telecentro do Campus 1 da FESC, Telecentro de Água Vermelha, Telecentro da Estação Cultura, Telecentro do Tiro de Guerra e Telecentro do Santa Felícia). Não deixe de se tornar um Cidadão Incluído Digitalmente. (Material de pesquisa wikipédia) 13


Boletim Água Quente no 8

Até o fim do ano de 2008, o esgoto da Bacia do Água Quente será tratado? O

Projeto Água Quente visitou a Estação de Tratamento de Esgoto de São Carlos – ETE – localizada às margens do Rio Monjolinho e ainda em obras. Segundo a Prefeitura Municipal, a estação deverá tratar 100% do esgoto da cidade de São Carlos, incluindo os distritos de Santa Eudóxia e Água Vermelha. Segundo o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de São Carlos, nesta obra será investido aproximadamente R$47 milhões e ela estará concluída até o final de 2008. Até junho, a ETE estava com, aproximadamente, 70% das suas obras concluídas. Uma das grandes dificuldades para a finalização da obra é que faltam informações sobre a localização exata de todos os pontos de lançamento de esgoto nos córregos da cidade. Isso prejudica a instalação dos tubos coletores que direcionam o esgoto para a rede de coleta que leva à estação, o que pode acarretar o não tratamento

de todo esgoto da cidade até o final deste ano. Na Bacia do Córrego Água Quente, além da dificuldade na localização dos pontos de lançamento de esgoto, ainda existe o agravante de o tipo de solo da região ser frágil. Esse fato pode vir a comprometer a rede coletora de esgoto ali construída, devido à facilidade de ocorrer erosão e conseqüente assoreamento do leito do córrego. Por isso é fundamental que, durante a construção dos coletores, seja feita a revitalização do córrego. Além disso, o sistema de coleta de esgoto nos bairros da Bacia necessitará de uma Estação Elevatória, dispositivo que bombeará o esgoto para um local mais alto, para que ele possa ser levado por gravidade até a estação de tratamento. Esta Elevatória, provavelmente será localizada perto do Bairro Antenor Garcia. Por causa dessas questões persistimos na pergunta: até o fim do

Obras da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de São Carlos.

ano de 2008, o esgoto da Bacia do Água Quente será tratado? Etapas de construção da Estação O método de construção utilizado permite ter uma diminuição dos custos, pois evita o super/sub dimensionamento da obra. São 3 as etapas: a primeira etapa da ETE terá capacidade para tratar 600 li-

tros por segundo de esgoto (São Carlos produz, atualmente, 520 litros); a segunda etapa, prevista para 2015, prevê um tratamento de, aproximadamente, 1000 litros; e a terceira etapa, prevista para o ano 2055, tratará cerca de 1270 litros. A data de entrega das 2 últimas etapas pode variar de acordo com a evolução do crescimento populacional da cidade.

Mapeamento de Riscos e Potencialidades da Bacia O Projeto Água Quente está mapeando todo o leito do Córrego Água Quente em busca de Riscos e Potencialidades. Por meio de fotos e coordenadas geográficas, os pontos de interesse no córrego estão sendo documentados para a confecção de um mapa completo da área. Com o mapeamento espera-se tornar mais visíveis, para a população e o poder público, os problemas ambientais da bacia bem como a identificação das 14

áreas mais críticas. Foi foco da pesquisa nesta primeira etapa, as áreas com lançamento de esgoto, os locais com erosão e os locais com assoreamento. O esgoto, lançado nos corpos d’água sem nenhum tratamento, aumenta a concentração de matéria orgânica que propicia o crescimento de bactérias que produzem gases, que causam mau cheiro, escurecem a água e proporcionam má aparência.

Estas bactérias acabam se reproduzindo em grandes proporções e destruindo outras formas de vida no rio, como plantas e animais. Isso traz graves problemas de saúde para os que ali vivem, pois podemos encontrar bactérias, vírus e parasitas transmissores de doenças aos seres humanos e aos animais, como hepatite, febre tifóide, diarréia infantil, esquistossomose e leptospirose. A retirada da vegetação original e a ocupação urbana de-

sordenada são responsáveis por modificar as características da água que abastece o córrego, pois, em tempos de seca a umidade diminui mais que o normal e quando há chuvas, o volume e a velocidade da água aumentam muito depressa, causando erosão das encostas e margens e, consequentemente, assoreamento do leito. Isso desconfigura o leito do córrego dificultando piorando ainda mais a qualidade de água.


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Requeijão com talos de couve m o d o d e p r e pa r o

*Receita do Programa Alimente-se Bem oferecido pelo SESI

ingredientes

1 colher (sopa) de cebola  ✓ 1 dente de alho  ✓ 2 colheres (sopa) de azeite  ✓ 1 xícara (chá) de talos de couve  ✓ 2 xícaras (café) de vinagre  ✓ 3 xícaras (chá) de leite  ✓ 2 colheres (sopa) de margarina  ✓ Sal a gosto  ✓

Doure a cebola e o alho no azeite e refogue os talos de couve. Reserve. Junte o vinagre ao leite fervido e gelado e deixe coalhar. Coe a coalhada e leve ao liquidificador com margarina e sal. Bata até ficar cremoso. Acrescente os talos refogados e misture. Sirva com torradas. Tempo de Preparo: 30 minutos Rendimento: 20 porções Dica: os talos de couve podem ser substituídos por talos de agrião ou espinafre. 15


Boletim Água Quente no 8

Paloma B. da S. Ferreira 16 anos Está faltando escolas, por exemplo, quem mora no Aracy I tem que estudar na escola do Antenor que é muito longe.

F ala povo

Wanderley Felix 31 anos Melhorar o posto de saúde, que o atendimento é lento e os remédios para distribuição nos postos. Arrumar as vias públicas como colocando lombadas, seria bom.

O que você espera do seu candidato?

Luciene R. da Silva 27 anos Adoro meu bairro (Aracy I) e não quero mudar daqui. Mas gostaria que tivesse mais iluminação, segurança e policiamento nas praças que são para ser área de lazer para as crianças e acabam se tornando locais indesejados. E na saúde tá faltando médicos e melhor atendimento, as consultas, às vezes, são marcadas para daqui 6 meses.

Marcelo P. Aguiar 33 anos Temos um monte de candidatos, agora não sei qual vai agir melhor. Para mim está bom, mas sei que tem bastante gente que se queixa. Mas não podemos esperar de mão beijada.

Maria Angélica Vidal 20 anos Dar mais saúde, educação e transporte. No transporte ter mais ônibus, porque a população é grande e muita gente trabalha no centro da cidade, a qualidade do transporte tá melhorando. O que falta mais é isso!

Maria de Lurdes 59 anos No postinho de saúde demora 3 até 4 meses para atender. Isso tem que melhorar, os candidatos precisam ter consciência, cumprir com o que prometem.

Patrocínio:

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O

direito ao voto é assegurado, e obrigatório, para os maiores de 18 anos e facultativo para os maiores de 70 anos e jovens entre 16 e 18 anos. Os tempos mudaram, e hoje não é mais como em 1800 e pouco em que apenas homens brancos e ricos tinham este direito. Pobres, negros e mulheres não deviam nem pensar em política. Em 1933, a mulher brasileira votou e foi votada pela primeira vez, em âmbito nacional. Hoje, 75 anos depois, ricos, pobres, mulheres, homens, jovens, idosos, negros, brancos, analfabetos e alfabetizados possuem o direito e o dever de exercer sua cidadania através do Voto Direto e Secreto, independentemente de religião, sexo ou raça. É através dele que escolhemos quem irá nos representar nos poderes executivo e legislativo, e irá trabalhar para atender as necessidades da população por melhores condições de saúde, educação, trabalho e moradia. Por isso, se torna tão importante termos consciência da nossa escolha. Lembrar quem colocamos no poder nas últimas eleições e avaliar se foi o melhor para nossa Cidade, nosso Estado e nosso País, é o que nos faz pensar em quem iremos eleger novamente. Um dos pressupostos da democracia representativa é a participação direta da população na eleição de seus representantes, esse processo se concolida através do voto, que é muitas vezes considerado a principal forma de expressão política do cidadão comum. Época de eleição, novos candidatos, novas propostas de governo, novas chances de melhora e mudança… como ter certeza do seu candidato? ) Analisar cada candidato e cada proposta é um bom começo. E o melhor jeito para praticar o exercício de análise dos candidatos, é o eleitor, antes de mais nada, analisar profundamente suas necessidades coletivas e, posteriormente, fiscalizar a atuação destas pessoas enquanto estiverem no poder.

Priscila Bueno 22 anos Melhorar as condições de trabalho, mais oportunidades de emprego. Ter mais frentes de trabalho.

Natalia F. Bueno 19 anos Além de emprego, asfaltar as ruas e melhorar o acesso ao centro da cidade, pois tem alguns bairros que tem dificuldade de acesso e melhorar as vias públicas.

Flávia Bueno 18 anos Melhorar as linhas de ônibus que são bem restritas nos horários de pico e melhorar os médicos que estão bem relaxados.

Valdinei 38 anos Não temos opções para as crianças e os jovens. Praças sem iluminação, muita coisa para melhorar. Falta oportunidade para os jovens, temos que investir neles.


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