Caderno de Atividades

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Caderno de Atividades Bacia Hidrográfica do Córrego da Água Quente

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Sumário A TEIA – Casa de Criação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 O Programa Petrobras Ambiental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 O Projeto Água Quente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 A formação de Agentes Comunitários e seus frutos . . . . . . . . . . . . 6 Como usar este Caderno?! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 Dinâmicas O Boneco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 Alegria Agroflorestal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

Atividades com material educativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 Conhecer o bairro com o vídeo “Na margem” para mudar o meio ambiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 Aprendendo a conhecer bacias hidrográficas com maquete . . . . . . . . 28

Visitas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 Visita na Bacia do Água Quente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 Que tal conhecer Espaços Verdes? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 Oficinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 Reutilizando materiais velhos e comunicando novas ideias . . . . . . . . 44 Aprendendo a fazer uma muda para melhorar o meio ambiente . . . . . 48 Plantio de mudas para cuidar do meio ambiente . . . . . . . . . . . . . . . 53 Avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 Que tal avaliar uma atividade? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60 Roteiro-base . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64 Ficha técnica do Projeto Água Quente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 Créditos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68 Agradecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69


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A TEIA – Casa de Criação A TEIA –Casa de Criação é uma associação civil sem fins lucrativos que desenvolve, executa, dá apoio e assessora projetos e pesquisas nas seguintes áreas: urbana e ambiental, cultura e comunicação, arquitetura, tecnologia e construção. Sua missão é a construção de relações sociais mais justas no ambiente habitado e seu objetivo é a busca do desenvolvimento do ser humano, por meio da diminuição da desigualdade social, contribuindo, assim, para o exercício da cidadania, o equilíbrio do ambiente e a qualidade de vida da sociedade. A instituição, fundada oficialmente em 2002, tem sede na cidade de São Carlos e seu foco de atuação está concentrado, sobretudo, em cidades médias, cuja ocupação frequentemente está associada a um nível intenso de impactos ambientais e de exclusão social. Nesse sentido, a opção central da instituição tem sido, invariavelmente, a ampliação da participação popular em todos os níveis, acreditando ser esse um dos pilares para a construção de uma consciência crítica, para a verificação de potencialidades e conflitos e a reversão do quadro de degradação sofrido por esses espaços e algumas parcelas da população cotidianamente.


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O Programa Petrobras Ambiental Em 2003 a Petrobras lançou o Programa Petrobras Ambiental, que tem como objetivo desenvolver e apoiar iniciativas que busquem conscientizar comunidades brasileiras sobre o uso racional dos recursos hídricos, manter e recuperar as paisagens, para o funcionamento do ciclo da água, e promover a gestão e conservação de espécies e ambientes ameaçados. O Programa Petrobras Ambiental confirma o compromisso da Petrobras em contribuir com a implementação do desenvolvimento sustentável; estratégia que se evidencia no enfoque integrado dos processos produtivos e do meio ambiente. Por meio de sua política de patrocínio ambiental, a Companhia investe em iniciativas que visam à proteção ambiental e à difusão da consciência ecológica. O Programa caracteriza-se por atuar em temas ambientais relevantes para a Petrobras e para o país, articulando iniciativas que contribuam para criar soluções e oferecer alternativas com potencial transformador e sempre em sinergia com as políticas públicas. De 2003 a 2007, o Programa Petrobras Ambiental investiu mais de R$ 150 milhões em projetos de pequeno, médio e grande porte, desenvolvidos em parceria com organizações da sociedade civil de todo o país, abrangendo dezenas de bacias, ecossistemas e paisagens na Amazônia, Caatinga, no Cerrado, na Mata Atlântica e no Pantanal. Todas as ações do Programa Petrobras Ambiental orientam-se pela contribuição com o desenvolvimento sustentável, compreendendo o equilíbrio entre “gerações atuais x futuras”, “necessidades humanas x integridade da natureza” e “dimensões econômica, social e ambiental”. O investimento é feito de forma transparente, planejada e monitorada, apoiando realmente projetos que contribuam para o desenvolvimento sustentável do país.


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O Projeto Água Quente O Projeto Água Quente é uma ação socioambiental contínua e permanente que a TEIA – Casa de Criação realiza na Bacia Hidrográfica do Córrego da Água Quente. A idéia do Projeto surgiu para fortalecer a atuação da instituição nessa região da cidade e na área socioambiental. A TEIA já havia realizado outras ações nessa Bacia nas áreas ambiental, urbanística e socioeducativa; mas, com o patrocínio do Programa Petrobras Ambiental, foi possível agregar essas frentes e ampliar a abrangência da atuação. A Bacia Hidrográfica do Córrego da Água Quente foi escolhida por ser uma região periférica da cidade de São Carlos que possui um grande potencial paisagístico, ecológico, comunitário e, ao mesmo tempo, elevados impactos, decorrentes de processos de urbanização sem planejamento. Com inúmeras nascentes, é uma das maiores bacias hidrográficas da área urbana do município, abrigando cerca de 40 mil pessoas e uma extensa área verde com vegetação de Cerrado e Mata Atlântica. Buscando, então, contribuir para a qualidade de vida dessa região, o Projeto Água Quente, desde 2005, desenvolve ações de Mobilização Comunitária, Gestão dos Recursos Naturais, Comunicação e Educação Ambiental. Durante esses anos foram desenvolvidas diversas atividades educativas, oficinas, eventos, fóruns, discussões teóricas, estudos técnicos, diagnósticos socioambientais e mutirões, envolvendo profissionais e estudantes de diversas áreas, agentes comunitários, moradores, grupos e organizações que atuam em um território bastante complexo e rico de possibilidades. Como estratégia central para a interação com as diferentes comunidades da Bacia, o Projeto constituiu um grupo, formado por membros de organizações locais, para a realização de um processo de formação de Agentes Comunitários. Com o importante papel de multiplicar as ações educativas, mobilizadoras e de comunicação com a comunidade, para a gestão integrada dessa Bacia, os agentes comunitários representam um esforço contínuo de enraizamento da educação ambiental, tendo como horizonte a requalificação socioambiental da Bacia Hidrográfica do Córrego da Água Quente.


Pense grande, pen

se junto,

mude o jeito de viver no

mundo!


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A formação de Agentes Comunitários e seus frutos A Educação Ambiental (EA) é indispensável para compreendermos melhor as causas da degradação do ambiente em que vivemos, bem como para atuarmos individual e coletivamente em busca da melhoria da qualidade de vida em nosso planeta. Por isso, ela deve estar presente na vida de todas as pessoas, seja na infância, adolescência ou na maturidade. Sabendo disso, o Projeto Água Quente desenvolveu ações de EA com membros de organizações comunitárias, com o intuito de formar Agentes Comunitários – capacitados para atuar na região do Córrego da Água Quente –, levantando e discutindo os problemas e as potencialidades locais e propondo ações concretas. Entre os anos de 2005 e 2009, passaram pelo Grupo de Agentes Comunitários cerca de 60 pessoas de diferentes organizações, entre representantes e suplentes, que se encontraram periodicamente, muitas vezes com mais de duas atividades por semana, para aprender e ensinar sobre as relações sociais, a natureza, os conflitos, as potencialidades, as plantas, os lugares, as histórias, as memórias e os sonhos das pessoas que vivem na região da Bacia do Água Quente. Muitas foram as atividades desenvolvidas, tais como oficinas, visitas, cursos, reuniões e mutirões sobre temáticas de interesse local, com o objetivo de diagnosticar, discutir e propor ações transformadoras dessa realidade socioambiental. As atividades que mais se destacaram nesse percurso foram as visitas fotográficas aos bairros e às áreas verdes, os mapeamentos de risco, o estudo das bacias hidrográficas, as reuniões com as comunidades, para levantar demandas socioambientais locais, as oficinas de mudas e os mutirões educativos de arborização urbana, de plantio agroflorestal – futuro Parque Florestal Urbano – e de melhoria dos Espaços Verdes Públicos. Outro objetivo importante na formação dos Agentes Comunitários foi a capacitação para a realização de atividades educativas, buscando construir com eles os conhecimentos, as habilidades e os valores necessários para que se sentissem e atuassem como Educadores Ambientais Populares. Esse foi um dos grandes desafios do trabalho, pois a maior dificuldade encontrada


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pelo Grupo foi justamente ensinar o que tinham aprendido no Projeto para outros moradores, grupos, escolas e comunidades da Bacia ou de outras realidades semelhantes. Com o desenrolar do trabalho, constatamos também que a formação de Educadores Ambientais, para atuação em EA não-formal, ainda não é muito divulgada, e poucas são as instituições que desenvolvem ações continuadas dessa natureza. Dessa forma, atualmente, uma das estratégias que vêm sendo implementadas – como política pública nacional –, visando mudar esse cenário, é a constituição de Coletivos Educadores, como o Coletivo Educador de São Carlos, Araraquara e Região (Cescar) – do qual a Teia é parceira. Os Coletivos Educadores buscam reunir instituições com práticas de EA para o enfrentamento dos desafios da formação de Educadores Ambientais. Assim, com o amadurecimento do trabalho com o Grupo de Agentes Comunitários, em 2007, identificamos os conhecimentos e as habilidades já desenvolvidas e as lacunas ainda existentes no processo formativo. Realizamos, então, inúmeras atividades que objetivavam desenvolver o papel educativo e mobilizador dos Agentes, tais como a oficina de “Teatro do Oprimido”, dinâmicas de grupo, exibição de vídeos temáticos com posterior roda de conversa, debates sobre a integração da comunidade e da escola e a realização de “ações mão na massa” com a população. Nesse mesmo sentido, durante seis meses, os Agentes trabalharam em pequenos grupos realizando ações em escolas da Bacia. Planejaram e implantaram atividades com alunos e avaliaram o aprendizado dos participantes e deles próprios, como Educadores Ambientais Populares. Esse foi um momento muito importante para o Grupo, pois fortaleceu as relações interpessoais e propiciou uma experiência educativa concreta e continuada que motivou os Agentes a buscarem novas possibilidades de atuação. De maneira complementar, os Agentes atuaram em subgrupos com outros eixos do Projeto – Gestão dos Recursos Naturais, Mobilização e Fortalecimento de Grupos e Comunicação Comunitária –, buscando desenvolver conteúdos e habilidades de interesse específico. Isso resultou em ganhos tanto para o Grupo, quanto para equipe, pois se conseguiu trabalhar no sentido da transversalidade nas atividades coletivas e no desenvolvimento de potencialidades individuais de acordo com a área de afinidade de cada


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Agente. Além disso, os subgrupos contribuíram para o fortalecimento de outras ações do Projeto, tais como o “Boletim Água Quente”, os Encontros e Fóruns, a Rede de Grupos da Bacia e os Mutirões de Plantio. Finalizamos esse processo de formação com a capacitação de 10 Agentes Comunitários e com a produção deste Caderno de Atividades que reúne alguns dos roteiros de atividades realizadas nesse período, no intuito de sistematizar os aprendizados e produtos mais significativos dessa experiência. Essa iniciativa resultou da necessidade de enfrentamento de mais um desafio que é o da continuidade da atuação dos Agentes Comunitários após a finalização do processo de formação, dando, assim, apoio didático à realização de novas ações de multiplicação.


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Para vencer esse desafio, o processo de sistematização e produção dos roteiros de atividades foi feito junto com os Agentes, buscando-se maior apropriação dos materiais e das estratégias necessárias para a realização de atividades educativas. Assim, não diferente das outras etapas do processo de formação e das outras frentes do Projeto Água Quente, a construção e materialização deste recurso didático é resultado de um intenso “mergulho nas águas da simplicidade”, cumplicidade, convicção, esforço e alegria com que Agentes e equipe vêm buscando construir sua atuação como Educadores Ambientais Populares da Bacia Hidrográfica do Córrego da Água Quente. Abram os braços e o coração e… tchibum!! Um bom mergulho para todos!!


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Como usar este Caderno?! Este Caderno de Atividades contém 10 roteiros de atividades, que foram realizadas pelo Projeto Água Quente e adaptadas pelos Agentes Comunitários e educadores da equipe, para serem multiplicadas para outras pessoas da Bacia Hidrográfica do Córrego da Água Quente ou para pessoas de realidades semelhantes. Para facilitar a consulta e destacar as potencialidades de cada tipo de atividade, organizamos o conteúdo em 5 seções, buscando destacar o estímulo que cada uma pode causar. Assim, como em um caderno de culinária, organizamos as receitas em seções de pães, bolos, tortas, pratos e sobremesas etc. Neste Caderno, as atividades estão organizadas em seções de dinâmicas, atividades com materiais educativos, visitas, oficinas e atividades de avaliação. As atividades estão descritas seguindo um roteiro comum que identifica qual é a atividade e quem fez a adaptação e descrição; destaca quais são os objetivos e que materiais e outros recursos são necessários; mostra o passo-a-passo para realizá-la; e conta como criamos a atividade, utilizando os seguintes itens: 1.  Título 2.  Quem descreveu a atividade 3.  O que podemos ensinar com ela 4.  Com quem podemos realizá-la 5.  Quanto tempo ela leva 6.  O que é preciso 7.  Passo-a-passo (Preparando, Realizando e Finalizando) 8.  Como criamos essa atividade


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Esse roteiro é apenas um guia para ajudar o educador a planejar a realização das atividades, como uma receita que orienta a cozinheira nas primeiras vezes em que ela vai fazer o prato. Assim como uma boa cozinheira, modifica as receitas que aprende, adaptando os ingredientes e o modo de fazer, dando o seu toque especial, o educador deve ir recriando os roteiros de acordo com as necessidades que vá percebendo em sua prática, alterando materiais ou modificando a sequência e a forma de realizar as atividades, para que fiquem cada vez melhores. E lembre-se de que apenas seguir a receita não garante que o bolo não vá “solar”! Portanto, mais do que seguir à risca o roteiro, é importante conversar com outros educadores, para dividir as angústias e buscar alternativas para reparar o que não está dando certo e também para compartilhar e difundir conquistas, contribuindo dessa maneira com a aprendizagem de seus companheiros também. Todas as atividades contidas neste material têm caráter pontual, ou seja, são atividades que podem ser finalizadas em um único encontro. Quando utilizamos atividades pontuais, estamos preocupados em provocar um questionamento rápido, para saber o que o grupo tem a dizer sobre o assunto ou para propor novas idéias acerca do tema em questão e despertar o interesse. Quando a intenção for provocar uma transformação mais continuada nas idéias e ações do grupo, realizar apenas uma atividade pontual ou mesmo várias dessas atividades sem estabelecer uma ligação clara entre elas, torna-se insuficiente. Para dar coerência ao trabalho e permitir que haja ensino e aprendizagem ao longo de uma convivência educativa entre educadores e educandos, é importante que a escolha e a ordem da realização das atividades sejam fundamentadas em princípios e valores que orientem como o processo educativo vai se dar. Isso é o que chamamos de Projeto Político Pedagógico. O Projeto Político Pedagógico deve ser construído de maneira coletiva, envolvendo educadores e educandos, quando possível. Ele é um documento bem simples, um acordo coletivo em que os participantes expressam seus sonhos de transformação da realidade socioambiental com a qual vão interagir, deixando explícitos os instrumentos pedagógicos que vão utilizar e a maneira como o processo educativo será conduzido. Por exemplo, no processo de formação de Agentes Comunitários do Projeto Água Quente, tivemos como objetivo a capacitação de membros de


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grupos comunitários para atuarem como multiplicadores de conhecimentos e práticas acerca de questões socioambientais locais em suas comunidades. Tendo claro esse objetivo, definimos algumas diretrizes: • para desenvolver o papel multiplicador, é fundamental que os Agentes planejem, realizem e reflitam sobre uma prática educativa com a comunidade; • é importante sempre estimular a produção e atuação individual e coletiva; • é necessário diversificar os recursos e materiais educativos, a fim de ampliar as possibilidades de aprendizagem e manter o interesse do grupo; • a troca de experiências com outros projetos e educadores é essencial para contribuir com a construção da identidade de Educadores Ambientais Populares; • momentos de avaliação devem ser realizados não só ao final, mas ao longo de todo o processo educativo. Essas diretrizes dão unidade à atuação educativa e ajudam o educador a compreender melhor quais as combinações de atividades que vão ajudá-lo a atingir o objetivo definido. Portanto, se você, Educador Ambiental Popular, tiver interesse em desenvolver um processo educativo com um grupo, sinta-se à vontade para fazer as mais variadas combinações de atividades contidas neste Caderno e delas com outras atividades que você já conhece ou venha a aprender. Para isso, ao final deste Caderno, há um roteiro-base com perguntas que podem ajudá-lo a descrever outras atividades. Terminadas as explicações, é hora de praticar! Para começar, converse com os outros educadores que vão atuar com você e procurem construir o Projeto Político Pedagógico. Depois, é só deixar a imaginação fluir e colocar a “mão na massa”!


As dinâmicas são atividades lúdicas que têm por princípio trabalhar um conteúdo, habilidade ou valor, criando-se uma situação fictícia, na qual o grupo é conduzido a realizar uma tarefa, desafio ou fazer uma encenação. Esse tipo de atividade pode servir como “exercício de início”, permitindo a apresentação das pessoas e criando um ambiente descontraído. Por trabalharem bastante a expressão corporal, fator importante para a desinibição, as dinâmicas contribuem para que a pessoa sinta-se mais segura para expressar suas opiniões. Além disso, algumas dinâmicas visam desenvolver a identidade e o trabalho em grupo, identificando questões conflitantes no coletivo e promovendo maior integração entre os participantes. Outras ainda são para ensinar algo por meio de uma vivência, na qual diferentes sensações e situações são propiciadas e, depois, discutidas. Essas, em geral, buscam trabalhar com os sentidos, com a percepção e com aspectos éticos e estéticos acerca de um conteúdo.


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O Boneco Quem descreveu a atividade Cleide Scalli

O que podemos ensinar com ela Essa atividade é uma dinâmica e o seu objetivo é que as pessoas se conheçam melhor. Podemos desenvolver habilidades que ajudem os participantes a falar em público, como a expressão do corpo e a comunicação por meio da fala.

Com quem podemos realizá-la Com pessoas maiores de 12 anos. É possível fazer a atividade com até 20 pessoas, pois um número maior do que esse pode tornar a atividade muito longa.

Quanto tempo ela leva Essa atividade dura mais ou menos 1 hora e meia.

O que é preciso • 1 rádio; • 1 CD com músicas para os aquecimentos; • 1 relógio para contar o tempo de cada parte da atividade; Essa atividade pode ser realizada em um local, que pode ser um espaço fechado ou aberto, mas que seja silencioso, sombreado, amplo, com cadeiras


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para os participantes e com uma tomada. Ela pode ser conduzida por um educador apenas, mas, se ela for a primeira atividade de um processo educativo que envolva outros educadores, é interessante que todos participem, pois é uma dinâmica de apresentação.

Passo-a-passo Preparando Chegue meia hora antes para preparar a sala. Arrume as cadeiras em círculo, coloque o som no lugar e teste a música. O CD pode ser de Projetos que buscam por meio da música sensibilizar as pessoas para as questões socioambientais, como: o “Canta Para Mim Piracicamirim”, do Grupo Corda de Barro, “Cantos da Mata Atlântica”, de Dércio e Doroty Marques; e o CDs “EMCANTAR” e “Mutirão”, produzidos pela ONG EMCANTAR, dentre outros.

Realizando Primeiro apresente-se para o grupo. Fale seu nome, onde você mora e sobre o Projeto e a sua atuação como educador ambiental popular e agente comunitário. Explique o que vai acontecer na atividade: primeiro o grupo vai fazer um aquecimento para depois fazer uma roda, na qual cada um vai se apresentar como se fosse um boneco. Para começar a atividade, faça dois aquecimentos com o grupo. No primeiro aquecimento, forme uma roda e chame cada participante por um número. Peça para as pessoas ficarem andando em silêncio no espaço. Então, vá falando aleatoriamente os números das pessoas. Quando você disser um número, a pessoa que tiver recebido esse número terá que responder um som qualquer. Esse aquecimento serve para descontrair as pessoas e soltar a voz.


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No segundo aquecimento, divida o grupo em duplas, tomando o cuidado para não deixar que as pessoas que já se conhecem bem fiquem trabalhando juntas. Cada dupla escolhe quem vai ser o boneco e quem vai ser o manipulador. Depois dessa escolha, explique como vai ser: boneco fica parado com o corpo mole e o manipulador começa a fazer movimentos com o braço e com o tronco do boneco, tomando cuidado para não machucar a pessoa. Coloque uma música de fundo e peça para as duplas começarem. Quando acabar a música, os participantes trocam de papel, quem era o manipulador ficará no lugar do boneco e vice-versa. Esse aquecimento serve para as pessoas terem contato umas com as outras e facilitar na hora da apresentação. Depois, peça para que nas duplas um se apresente para o outro. Diga para os participantes prestarem bastante atenção na apresentação do outro, porque depois um irá apresentar o outro para o grupo. Peça para cada um falar seu nome, onde mora ou de onde vem, se faz parte de um grupo ou projeto e se já fez algum trabalho com meio ambiente. Antes de irem para a apresentação no grupo, é preciso que as duplas façam um pequeno ensaio para ficarem seguros de como vão fazer. Essa parte dos aquecimentos dura mais ou menos 30 minutos. Para os participantes fazerem as apresentações, forme uma roda e peça para cada dupla se apresentar. Uma dupla de cada vez vai à frente da roda, o manipulador fica atrás do boneco, segurando no braço do boneco e apresentando a pessoa. Enquanto isso, o boneco fica fazendo uma mímica com a boca, como se fosse ele que estivesse falando. Depois de um participante apresentar o outro, trocam-se os papéis, e quem foi o boneco fica como manipulador e apresenta seu parceiro. Depois vem outra dupla até todas elas se apresentarem. As apresentações duram 30 minutos (no total).

Finalizando Na roda, converse com o grupo sobre o que cada um já fez em seu grupo ou projeto e o trabalho de cada um sobre o meio ambiente. A roda de conversa dura também mais ou menos 30 minutos.


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Como criamos essa atividade Criamos essa atividade com base em algumas dinâmicas que aprendemos em Oficinas do Teatro do Oprimido, ministradas pelo ator e educador Darko Magalhães, e em trocas de experiências com Vívian Parreira, coordenadora do Grupo Girafulô –Danças Populares Brasileiras.


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Alegria Agroflorestal Quem descreveu a atividade Benedita Rosa Brito

O que podemos ensinar com ela Vamos ensinar a cantar uma música sobre a agrofloresta e como se faz um plantio agroflorestal.

Com quem podemos realizá-la Essa dinâmica pode ser compartilhada com adultos e crianças, pois toda a alegria de cantar tem que ser dividida com todos; ainda mais sendo uma música de agrofloresta. O grupo pode ter de 10 a 20 pessoas para que todas compreendam os cantos e o ritmo.

Quanto tempo ela leva Essa atividade dura de 40 minutos a 1 hora.

O que é preciso • 10 latinhas de alumínio • fita crepe ou durex • um pouco de milho, arroz, feijão ou pedrinhas para fazer chocalhos • cópias da letra da música • fotos que mostrem como é uma agrofloresta


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• água e/ou suco e copos para as pessoas (e também algum lanchinho se possível) A atividade pode ser realizada em um espaço em que caibam de 20 a 30 pessoas, arejado, sem muito barulho e com cadeiras para os participantes. Para fazer essa dinâmica, é preciso de pelo menos 2 educadores.

Passo-a-passo Preparando Reservar o local onde pode ser realizada a atividade. Marcar com os participantes o horário e o local da atividade. Montar os chocalhos com as latinhas e o arroz, milho ou pedrinhas e fazer as cópias da música para os participantes. Também é preciso organizar a sala. Coloque as garrafas de água ou suco, os copos e o lanchinho que tiver em uma mesa no canto. Coloque as cadeiras uma ao lado da outra, formando uma fileira. Se houver necessidade, faça uma fileira atrás da outra.

Realizando Primeiro faça uma apresentação para todos, dizendo que vão aprender sobre a agrofloresta com uma música e que, para isso, o grupo terá que ensaiar bem a letra e aprender o ritmo. Distribua a cópia da música e peça para as pessoas ficarem em pé para começar o ensaio. Primeiro cante o refrão da música por umas 3 vezes. Na primeira vez cante sozinho, na segunda, peça para todos cantarem juntos para aprenderem bem. Depois cante um versinho para todos aprenderem como cantar. Então, peça para que todos cantem juntos os versinhos e o refrão. Se as pessoas já tiverem conseguido aprender a música, para que fique bem animado, você pode usar chocalhos ou outros instrumentos. Para todos aprenderem bem o ritmo, distribua os instrumentos para as pessoas e faça 1 ou 2 vezes para que todos saibam usar os instrumentos. Depois peça para


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todos cantarem e tocarem juntos o refrão e os versinhos, prestando bem atenção se o ritmo da música está correto. Depois de ter cantado várias vezes, pergunte para todos se entenderam o significado dos versinhos da música. Peça para as pessoas observarem que cada versinho da música ensina como trabalhar a plantação agroflorestal. O primeiro verso fala sobre o preparo da terra e que é importante observar as plantas existentes no local. O segundo diz que, capinando o mato, podemos adubar a terra. O terceiro ensina como cuidar das árvores para que continuemos gerando sempre mais vida. O quarto sugere para ensinarmos outras pessoas como fazer uma agrofloresta. E o quinto fala que temos de trabalhar a agrofloresta para a vida melhorar. Você pode criar outros versinhos também e ensinar aos participantes ou pedir para que eles criem seus próprios versinhos. Isso estimula os participantes e permite que eles recriem a música, se envolvendo mais com ela e compreendendo melhor as mensagens dela.


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Finalizando Para finalizar, mostre algumas fotos do plantio agroflorestal desenvolvido pelo Projeto Água Quente na área do Futuro Parque Florestal Urbano ou ilustrações e fotos de plantios de outros projetos que realizam esse tipo de trabalho.

Como criamos essa atividade Criamos essa atividade para trabalhar a música “Mutirão e Festa”, paródia criada pelo Movimento “Mutirão Agroflorestal”. Aprendemos essa música em visitas que fizemos ao Projeto Arte na Terra, da Fazenda São Luiz, em São Joaquim da Barra, onde pudemos conhecer algumas áreas de plantio, como se preparam as sementes e como se planta uma agrofloresta.



Em atividades com cartilhas, livros, sites, filmes, músicas, miniaturas ou modelos, o educador utiliza recursos materiais ou virtuais para ilustrar conteúdos de difícil visualização ou compreensão. O material educativo, em geral, reúne várias informações em um único objeto ou mídia, possibilitando a discussão de um assunto distante, polêmico ou abstrato, de maneira que possa ser visualizado, lido, tocado ou ouvido por todos. Essa atividade é ótima para estimular debates e rodas de conversa, pois os materiais em geral causam grande interesse e prendem a atenção dos participantes. A utilização desses recursos facilita também a condução da discussão, pois o educador e/ou os educandos podem apontar partes específicas do material, mostrando quais aspectos acham importante discutir. Ao final, é possível fazer uma síntese retomando esses pontos para o entendimento do todo.


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Atividades com material educativo

Conhecer o bairro com o vídeo “Na margem” para mudar o meio ambiente Quem descreveu a atividade Neide Aparecida Soriano

O que podemos ensinar com ela Podemos falar sobre preconceito e discriminação, sobre a importância da coletividade, contar a história da região e mostrar os impactos da urbanização: erosão, desmatamento, poluição do esgoto e lixo em excesso.

Com quem podemos realizá-la Com pessoas acima de 15 anos e o grupo pode ter até 40 pessoas.

Quanto tempo ela leva Uma hora e meia.

O que é preciso • 1 DVD do vídeo “Na Margem” • 1 TV com DVD ou computador com projetor e caixa de som • água, café e/ou suco e copos • Se a atividade for durante o dia, a sala tem que ser escura, se for à noite, pode ser em qualquer sala, desde que caibam todos os participantes


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sentados e que seja silenciosa. Essa atividade pode ser realizada por 1 ou 2 educadores.

Passo-a-passo Preparando Para preparar essa atividade, você precisa encontrar e reservar uma sala adequada para passar o vídeo. Depois avise para as pessoas o local, o horário e a duração da atividade. É também importante assistir ao vídeo antes para ver se há outros assuntos interessantes, além dos que serão apresentados, que podem também ser discutidos. Por fim, arrume a sala, teste o aparelho em que será passado o vídeo e arrume a mesa do café.

Realizando A primeira coisa a fazer é a apresentação dos educadores. Falar o nome de cada um e o trabalho que realiza na região do Água Quente. Diga também o porquê de estarem ali e como vai ser a atividade. O segundo passo é falar sobre o vídeo que vão apresentar. Contar que ele mostra a Bacia Hidrográfica do Córrego da Água Quente e trata de alguns assuntos como: a história da região; os impactos da urbanização; e o que ainda tem de bom lá. Explique de forma simples o que é uma bacia hidrográfica e onde fica a Bacia do Água Quente. Então, depois dessa apresentação, assistam ao vídeo, que tem aproximadamente 25 minutos. No final do vídeo, faça uma roda de conversa. Comece a conversa fazendo as seguintes perguntas: • O que vocês acharam do vídeo? • Vocês têm alguma pergunta a fazer? • Vocês conhecem os lugares que foram mostrados?


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Atividades com material educativo

• Vocês concordam com os pontos de vista apresentados? Durante a discussão, é importante falar que o filme “Na Margem” mostra o desmatamento, o loteamento e depois a urbanização com um crescimento super-rápido da região. Os moradores são na maioria migrantes que vieram em busca de trabalho e uma família trazia a outra, e assim os bairros foram crescendo. Fala-se muito no vídeo sobre os terrenos; que a pessoa ganhava um e tinha que cuidar do outro, para futuramente ele ser vendido por um preço bem mais alto. O crescimento não-planejado resultou em quê? Muito lixo, esgoto a céu aberto, poluição do córrego e suas nascentes e as erosões. Lá havia muitas árvores que foram derrubadas para o crescimento dos bairros. Outro assunto a ser falado é sobre o preconceito. Os bairros Cidade Aracy e Gonzaga, por exemplo, são muito discriminados. Isso acontece porque as pessoas não conhecem a região, porque nunca foram lá e porque os meios de comunicação mostram mais o lado negativo da região. Por causa disso, é importante valorizar o que se tem de bom, por exemplo, o comércio da região e a paisagem. Lá também existem muitas pessoas na rua conversando e crianças brincando. As pessoas são muito batalhadoras e tudo o que foi conseguido para a melhoria dos bairros foi com muita luta! Falar, então, sobre a importância da coletividade, de as pessoas conhecerem o bairro onde habitam e participarem das coisas que acontecem nele. Outro assunto que pode ser abordado é que devemos cuidar do meio ambiente para que hoje e futuramente as pessoas tenham uma vida boa, saudável e justa, e para que a natureza tenha muito verde e animais. Acreditamos na educação para a sustentabilidade, pois é com ela que mudamos o meio ambiente e as pessoas, portanto, é importante acreditar no potencial de cada um e de todos juntos, porque juntos somos capazes de mudar nossa história e a história do local onde vivemos.


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Finalizando Para finalizar essa atividade, você pode dizer também que o vídeo só fala sobre a Bacia Hidrográfica do Córrego da Água Quente, mas que existem outras bacias na cidade e em outras cidades também. E cada uma delas tem a sua história. Para dar exemplos, você pode citar outros vídeos que contam a história de outros córregos ou bairros. Por fim, você pode convidar as pessoas para participarem de nossas ações e conhecerem mais o nosso trabalho na região do Córrego da Água Quente. Aproveite também para apresentar o “Relatório Socioambiental da Bacia Hidrográfica do Córrego da Água Quente” e a Cartilha “Conhecendo a Bacia Hidrográfica do Córrego da Água Quente”, que possuem mais informações sobre a região e que podem ser consultados nas bibliotecas públicas de São Carlos, nas Escolas do Futuro da Bacia, na sede da Teia – Casa de Criação, localizada na rua Rui Barbosa, 1950 (3376-3110) ou baixados do site do Projeto que é http://aguaquente.teia.org.br.

Como criamos essa atividade Inspiramo-nos em outros vídeos e atividades já realizadas por outras iniciativas para contar a história de um bairro, de um rio ou bacia, como: “História dos Bairros”, produzido pela Fundação Pró-Memória –Prefeitura Municipal de São Carlos, “Gregório: o Córrego Indomável”, produzido pelo Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC/USP) e “Nascentes de Idéias”, produzido pelo Instituto Terra Mater, Filó Comunicações e Coletivo Educador Pyra Sikawá.


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Atividades com material educativo

Aprendendo a conhecer bacias hidrográficas com maquete Quem descreveu a atividade Luzia Gabriel

O que podemos ensinar com ela Podemos ensinar às pessoas o que é uma Bacia Hidrográfica. bacia é um lugar com um terreno que apresenta relevos onde a água da chuva escorre e vai caindo para o lado mais baixo até chegar ao rio. Podemos ensinar também a entender e conhecer as bacias da cidade, utilizando o mapa e a maquete.

Com quem podemos realizá-la Com um grupo de 5 a 15 pessoas. Podem participar dessa atividade pessoas de qualquer idade.

Quanto tempo ela leva De 1 a 1 hora e meia.

O que é preciso • a maquete da Bacia Hidrográfica do Córrego da Água Quente • o mapa da Bacia do Água Quente • 1 regador com um pouco de água • 1 balde


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• 1 mesa • 1 pano • o mapa das Bacias Hidrográficas da cidade de São Carlos • barbante e prendedores para montar um varal • 20 folhas de sulfite • 20 pincéis atômicos Para essa atividade, é necessário uma sala com cadeiras, um mural para pendurar os mapas e, pelo menos, 2 educadores; um para ir conduzindo a atividade e outro para ajudar com os materiais.

Passo-a-passo Preparando Prepare a sala com a maquete sobre a mesa no centro da sala. Coloque o regador com água e o pano próximo da mesa. Deixe o balde na foz do Córrego da Água Quente, onde a água escoa, para não molhar o chão. Você pode também substituir a água por bolinhas de isopor ou de gude, dando efeito semelhante ao da água. Pendure os mapas para que todos possam ver. Deixe as folhas de sulfite e os pincéis atômicos em um lugar acessível a todos e arrume as cadeiras em volta da mesa. Por último, monte um varal em um dos lados da sala.

Realizando Para começar, você deve juntar o grupo para trabalhar com a maquete. Primeiro, explique aos participantes o que é uma Bacia Hidrográfica. Depois mostre o mapa da Bacia Hidrográfica do Córrego da Água Quente e pergunte para os participantes onde ficam suas casas - isso se for um grupo de mora-


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Atividades com material educativo

dores. Se não for, você pode pedir para as pessoas identificarem alguma coisa que elas conheçam da região. Se o grupo tiver participado da atividade de visita à Bacia, você pode pedir para identificarem os pontos visitados e depois mostrar os limites da Bacia. A seguir, mostre a maquete e peça para que as pessoas identifiquem nela os mesmos lugares que localizaram no mapa. Então, peça para alguém do grupo jogar água com o regador na maquete, imitando a chuva. Peça para a pessoa jogar em diferentes pontos da maquete para que os participantes percebam o caminho da água pela Bacia. Mostre o Córrego da Água Quente, suas nascentes e a divisão com as outras 4 bacias. Depois que jogar a água na maquete, mostre o mapa das Bacias Hidrográficas da Cidade de São Carlos, para que as pessoas conheçam também as outras bacias. Mostre primeiro a Bacia do Água Quente e pergunte se as pessoas identificam onde fica a nascente e a foz do Córrego da Água Quente. Mostre o Rio Monjolinho, onde ficam suas nascentes e onde o Água Quente deságua no Monjolinho.


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Mostre as 4 bacias que fazem divisa com a Bacia do Água Quente - são a do Córrego da Água Fria (n° 14), a do Córrego do Gregório (n° 10), a do Córrego do Medeiros (n° 12) e a do Córrego Botafogo (n° 11).

Finalizando Depois desse trabalho com a maquete, peça para que os participantes voltem para seus lugares e entregue uma folha de sulfite para cada um para que eles escrevam em poucas palavras o que é uma bacia hidrográfica. Então, podemos montar um varal com o que eles escreveram e pedir para que eles passem e olhem o trabalho uns dos outros e depois comentem o que acharam.

Como criamos essa atividade Criamos essa atividade paras as ações do Projeto Água Quente, tendo como inspiração outras atividades de maquete que a TEIA – Casa de Criação já realizou e também atividades, mapas e maquetes desenvolvidos pelo Centro de Divulgação Científica e Cultural da Universidade de São Paulo (CDCC/USP).



Nas visitas, o objetivo é o contato direto com a realidade que se quer discutir e transformar. Uma visita permite a exploração de um assunto “em campo”, onde as pessoas podem observar e refletir sobre um lugar aonde nunca foram ou que já conheçam, mas que nunca tenham parado para perceber melhor suas características e condições. Em atividades como essa, podem-se levantar aspectos positivos e negativos do local, identificar temáticas relevantes, que auxiliem na compreensão daquela realidade, e conversar com a comunidade próxima para obter mais informações sobre a história do local, o conhecimento da população sobre o lugar, dentre outras importantes informações. Assim, a visita trabalha bastante com a percepção do ambiente, e, para auxiliar nessa percepção e sistematização das informações, você pode usar de estratégias como registro fotográfico, caminhadas em silêncio, elaboração de desenhos, dinâmicas específicas de percepção ou vivência, listagem do que foi observado, registro das discussões, dentre muitas outras. As visitas podem também ter como finalidade a troca de experiências com outras pessoas e/ou com pessoas que fazem parte de iniciativas semelhantes. Nesse sentido, é interessante identificar aspectos que aproximam ou diferenciam as ações, buscando-se potencialidades e complementaridades. Podem-se trocar materiais e fotos ou realizar atividades com o grupo visitado para enriquecer a experiência.


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Visita na Bacia do Água Quente Quem descreveu a atividade Maria Helena Rabello da Silva

O que podemos ensinar com ela Essa atividade tem como objetivo fazer com que as pessoas se interessem em conhecer os bairros e a região do Córrego da Água Quente. Podemos começar a discutir o que é uma bacia hidrográfica e ensinar a história desse lugar. Além disso, podemos mostrar os impactos causados pela urbanização e as coisas belas que ainda existem na região.

Com quem podemos realizá-la Podemos realizar a visita com um grupo de 15 a 40 pessoas, com idade entre 15 e 60 anos.

Quanto tempo ela leva A visita dura 3 horas.

O que é preciso • água e canecas • o mapa da Bacia Hidrográfica do Córrego da Água Quente • cópias de trechos das falas dos moradores mais antigos, retiradas do texto “Histórias do Água Quente”, produzido pelo Projeto Água Quente


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Para realizar essa atividade, é preciso 2 ou 3 educadores e é melhor que ela seja feita na época da seca, entre os meses de abril a outubro. Também é necessário um meio de transporte que pode ser um ônibus ou uma van.

Passo-a-passo Preparando Organize o transporte e marque um ponto de encontro e horário com o grupo que vai participar. Avise os participantes para irem com roupas adequadas para a visita: calça comprida, sapato fechado e boné. Peça também que usem protetor solar e levem um lanche. Um dia antes da visita, verifique se o trânsito e o acesso à área não estão impedidos. Pegue a água e organize os materiais que serão utilizados na atividade.

Realizando Comece a visita por um local onde se possa ver a Bacia de cima. Um bom lugar é a área que fica em frente da EMEB Janete Maria Martinelli Lia, na rua Paraná, n° 700, no bairro Jardim Pacaembu. Nesse ponto dá para ver os bairros, a encosta e a Bacia do Água Quente. Para estimular a conversa, faça várias perguntas, como: Vocês já conhecem este local? O que chama a atenção de vocês aqui? Com essas perguntas você pode discutir os bairros, as encostas e as áreas verdes. Depois leve o grupo para uma sombra, mostre o mapa da Bacia e peça para os participantes localizarem onde estão. Como dica, peça que procurem primeiro o bairro, a área verde, a erosão que viram e o prédio da escola. Peça também para localizarem no mapa o que viram no ponto da visita.


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Agora mude de local e vá com o grupo para outro bairro, a Vila Santa Madre Cabrine. Pare em uma encosta que fica na Avenida Hércules Sachi Peça para os participantes identificarem o local no mapa. Olhando para o lado esquerdo, é possível ver o local da nascente - peça para eles tentarem identificar no mapa. Peça também para olharem para frente e identificar o bairro que estão vendo. Então, pergunte: O que vocês conhecem deste bairro? Com as respostas dos participantes, você pode falar dos pontos positivos e dos negativos da região, tais como: erosão causada pela urbanização, os esgotos lançados pelas moradias e o crescimento fora de controle e sem planejamento que faz com que os bairros tenham muitas casas. Como pontos positivos, você pode falar das áreas verdes, especialmente para evitar as erosões das encostas dos bairros e para servir de abrigo para os pássaros e bichos que vivem na região. Pode contar também que os moradores mobilizam-se para que as coisas boas da região não se acabem e para a melhoria dos bairros. Não se esqueça de mencionar que há grupos que trabalham a favor do meio ambiente. Depois dessa discussão, reúna o grupo e leve-o até a passarela do Córrego da Água Quente, que liga a rua Nelson Orlandi, no bairro Cidade Aracy II, com a Serrinha. Chegando ao local, vá até a passarela, onde se pode ver o rio. Fale sobre a parte alta e a parte baixa, para que o grupo tenha idéia do que é uma Bacia Hidrográfica. Fale que a calha do rio é o ponto mais baixo e que a água da chuva que cai na Bacia vai para o rio. Peça também para as pessoas olharem o rio - como ele está hoje - e falarem o que acham da poluição, do entulho e das erosões.

Finalizando Junte o grupo e procure uma sombra para finalizar a visita. para o grupo que há 30 anos, quando começou a aumentar a população e a cidade a chegar às encostas e à parte baixa da Bacia, os moradores utilizavam a água do rio para tudo, porque não havia rede de água e esgoto. Para que o grupo tente imaginar como era no passado, peça para os participantes fecharem os olhos e leia os trechos das falas dos moradores mais antigos da região.


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Se os participantes quiserem mais informações sobre a Bacia, apresente o “Relatório Socioambiental da Bacia Hidrográfica do Córrego da Água Quente” e a Cartilha “Conhecendo a Bacia Hidrográfica do Córrego da Água Quente”, que podem ser consultados nas bibliotecas públicas de São Carlos, nas Escolas do Futuro da Bacia, na sede da Teia – Casa de Criação, localizada na rua Rui Barbosa, 1950 (3376-3110) ou baixados do site do Projeto que é http://aguaquente.teia.org.br..Por fim , pergunte a eles o que acharam da visita.

Como criamos essa atividade No projeto Água Quente, fomos solicitados diversas vezes para fazer visitas à Bacia e mostrar um pouco da história e das características dessa região. Fizemos visitas com pessoas da comunidade e, principalmente, de outros lugares que também queriam conhecer a área. Então, com base nessa experiência, selecionamos 3 pontos que consideramos mais interessantes e criamos a visita. Uma outra experiência que contribui para esta atividade foi a visita à Bacia do Pisca, realizada pelo Projeto “Nós do Pisca”, desenvolvido pelo Núcleo de Apoio à Cultura e Extensão em Educação Ambiental da Universidade de São Paulo (NACE – PTECA/ESALQ-USP) e pelo Instituto Terra Mater, em Piracicaba/SP.


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Que tal conhecer Espaços Verdes? Quem descreveu a atividade Rose Cristina Macedo

O que podemos ensinar com ela Podemos mostrar vários espaços verdes, como “campinhos”, praças e bosques, para fortalecer o respeito ao meio ambiente, mostrar a importância da natureza no lugar em que vivemos e para despertar o amor das pessoas por ela.

Com quem podemos realizá-la Podemos realizar essa atividade com grupos de 10 a 30 pessoas que podem ser crianças, jovens ou adultos. O número de pessoas vai depender da disponibilidade de transporte.

Quanto tempo ela leva O tempo para a atividade é de 2 horas.

O que é preciso • o mapa das Áreas Verdes Públicas da Bacia Hidrográfica do Córrego da Água Quente • os painéis da Expedição Fotográfica aos Espaços Verdes Públicos da Bacia • caneta e papel


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• água e canecas • lanche, se for possível Para realizar essa atividade, são necessários 2 educadores e ela pode ser feita em qualquer época do ano, na parte da manhã ou no fim da tarde. É preciso também um meio de transporte que pode ser uma van ou um ônibus. Para iniciar e encerrar a atividade, é importante dispor de um espaço coberto para reunir o grupo e conversar, de preferência próximo aos locais que serão visitados.

Passo-a-passo Preparando Primeiro é importante que você conheça os espaços verdes. Olhe o mapa das Áreas Verdes Públicas da Bacia e identifique algumas que você conhece. Para as primeiras visitas, sugerimos 2 lugares: o campinho do bairro Cidade Aracy I, que fica na rua 13, em frente à Igreja dos Mormons, e a Praça da ECO, que fica na Avenida Maranhão, próxima à Igreja São José Operário. Se você não conhece esses espaços, vá lá para conhecer e ver como estão pense em que pode ser discutido sobre eles. Com a prática, você pode criar visitas para outros espaços verdes da Bacia ou para espaços verdes de outros lugares da cidade. Consiga um meio de transporte, combine um ponto de encontro com o grupo que vai fazer a visita e prepare os materiais que vai utilizar no dia.


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Realizando Comece reunindo o grupo para uma conversa sobre os espaços verdes da Bacia do Córrego da Água Quente. Fale sobre a importância do meio ambiente, dos espaços verdes para a qualidade de vida na cidade, da necessidade de cuidado e manutenção - tanto pelo poder público como pela comunidade. Explique os tipos de áreas verdes existentes, como: as praças, os parquinhos, as áreas de lazer, os bosques, os parques, os “campinhos” e as áreas de preservação permanente (as nascentes, as margens dos rios e as encostas). Depois apresente os painéis da Expedição Fotográfica aos Espaços Verdes Públicos da região do Córrego da Água Quente. Mostre para o grupo que cada ponto marcado no mapa representa a localização de um lugar visitado e que cada foto mostra como é cada um destes lugares. Apresente também os outros painéis que mostram um pouco as características de cada espaço. Enquanto as pessoas olham os painéis, fale um pouco sobre cada um desses espaços, deixando por último aqueles que serão visitados. Após essa conversa, junte o grupo para sair para a visita. Comece pelo “campinho”. Chegando lá, peça para todos descerem e espalharem-se pelo lugar para observar se ele está bem cuidado e se a comunidade usa bastante o espaço para o lazer. Depois reúna todos os participantes e conte como era o “campinho” antes: cheio de mato, bastante lixo, o alambrado estava solto, não havia árvores ao redor, os postes não eram pintados e a pintura da arquibancada estava gasta. Fale que a Rede de Grupos da Bacia reuniu-se com a comunidade para atuar no “campinho”. Foi realizado um mutirão no dia 14 de março de 2009, em um sábado, das 8 às 11 horas, em que foram plantadas várias árvores e, em volta delas, sementes de adubo verde. Os postes e a arquibancada foram pintados e o lixo e o mato foram retirados. Volte, então, com o grupo para o transporte para ir até a praça da ECO. Mostre que a praça tem hoje vários bancos, um balanço, um espaço livre e algumas árvores plantadas e tem uma vista verde. Fale um pouco da história do lugar. Essa é uma das áreas que foi criada pelo Programa Habitar Brasil/


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BID em 2005. Em 2007, os agentes da ECO, o poder público e a comunidade plantaram várias árvores ao redor da praça. Mais tarde ela teve de ser mexida, porque uma rede de esgoto teria de passar por baixo dela. Então, eles refizeram a reconstrução da praça, colocando novos bancos, vários brinquedos e algumas árvores com um gramado.

Finalizando Reúna o grupo novamente em uma sombra, que pode ser na quadra de esportes da ECO, e fale sobre os espaços verdes, mostrando no mapa onde ficam localizadas essas áreas da Bacia. Fale da importância dos espaços verdes públicos para a qualidade de vida das pessoas, da limpeza, do cuidado com as árvores, as praças e com o meio ambiente. Procure discutir também algumas das questões levantadas no 2° Fórum da Bacia, que aconteceu em maio de 2009, tais como: o papel do poder público e da comunidade na manutenção e conservação destes espaços; os diferentes usos e potenciais de cada um deles; as diferentes demandas da comunidade que podem ser supridas por estes espaços; a importância de se ter iniciativas que estimulem diversos usos e funções que eles podem ter, como o educativo, o ecológico, de lazer, dentre outros.

Como criamos essa atividade Com base em que aprendemos com a Rede de Grupos da Região do Córrego da Água Quente, com a comunidade, com algumas pessoas do poder público, da USP e UFSCar e de outras ONGs organizações, que trabalharam conosco na atividade “Mão na Massa” no “campinho” do Cidade Aracy I e nos Fóruns da Bacia.



As oficinas são atividades que têm como característica principal a produção individual e/ou coletiva de algum produto concreto. Embora o produto final seja muito importante, o que se valoriza mesmo nesse tipo de atividade é o processo realizado para se chegar a esse produto, o “aprender fazendo”. Assim, durante uma oficina, é importante valorizar o potencial de cada um e do grupo para fazer determinadas coisas, buscando trocar informações e conhecimentos para que sejam desenvolvidas as habilidades necessárias para se chegar ao resultado que se quer. Dessa forma, ao realizar uma oficina, você estimulará a articulação, a comunicação e a criatividade das pessoas que dela participarem, além de “saciar” a expectativa das pessoas de produzir algo concreto, seja um objeto (material) e/ou uma ação.


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Reutilizando materiais velhos e comunicando novas ideias Quem descreveu a atividade Elza dos Santos

O que podemos ensinar com ela A atividade consiste em confeccionar pequenos panfletos de comunicação com textos curtos, usando desenhos, recortes de jornais, revistas, entre outros. O objetivo dessa atividade é ensinar como produzir uma ferramenta da comunicação comunitária e com ela transmitir uma mensagem, que pode ser uma notícia, um acontecimento/evento, uma informação etc., com o menor custo possível, ou seja, reaproveitando materiais. É possível mostrar com essa atividade que a comunidade pode confeccionar seus próprios panfletos, podendo, assim, expressar ideias e opiniões e valorizar seu potencial de comunicação.

Com quem podemos realizá-la Podemos realizá-la com adultos e crianças – com, no mínimo, 5 e, no máximo, 20 participantes.

Quanto tempo ela leva A duração será de acordo com o tamanho e conteúdo do fanzine que se quer produzir (aproximadamente umas 2 horas).

O que é preciso • exemplos de fazines


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• revistas, jornais e panfletos • canetas esferográficas e hidrocor, lápis preto e colorido, ou giz de cera • borrachas • tesouras • colas • papéis sulfite Essa atividade pode ser realizada em uma sala, um galpão ou qualquer espaço com mesas e cadeiras para facilitar a produção do material. Para a realização da atividade, será necessário 1 ou 2 educadores.

Passo-a-passo Preparando Primeiramente, escolha o lugar para realizar a oficina e organize todo o material a ser usado. Na seleção das revistas, tome cuidado com imagens que possam causar algum constrangimento aos participantes, como fotos de violência, sexo ou preconceituosas, principalmente quando o público for de crianças ou adolescentes. Você pode excluir essas imagens do material previamente. Você pode definir o tema do fanzine, caso a intenção seja transmitir um relato de outras atividades e ações realizadas com o Projeto, ou pedir para que os parti-


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cipantes definam o tema na hora da oficina, de acordo com os assuntos ou temáticas que o grupo queira transmitir a outras pessoas. Organize a sala de forma que as mesas fiquem razoavelmente distantes umas das outras para que os participantes possam circular livremente. Deixe o material em um lugar de fácil acesso para que todos os grupos possam manusear. É importante que você tenha em mãos alguns modelos diferentes de fanzine para mostrar aos participantes.

Realizando Apresente o tema “O que é Comunicação Comunitária”, explicando o que é, para quem é direcionada e como é feita. Em seguida, explique o que é um fanzine, mostrando alguns exemplos. Fale que, normalmente, ele é feito em pequenas tiragens, que sua produção é de baixo custo e que tem como finalidade expressar uma ideia ou contar um acontecimento. Comente que a proposta do fanzine surgiu entre estudantes com a finalidade de veicular uma informação de maneira simples, rápida e barata. O próximo passo é a escolha do formato do fanzine . Nas primeiras oficinas que for ministrar, você pode escolher entre dois modelos mais simples, o dobrado ao meio e o dobrado em 3 partes. Com a prática, você pode pensar em novos formatos ou propor que o formato seja criado pelos próprios participantes. Após definir o formato do fanzine, defina com o grupo o tema a ser elaborado no material como um todo. Explique que o grupo será dividido em subgrupos e que cada subgrupo ficará responsável por uma das partes, construindo um subtema a partir do tema principal. Fale também que, no final, as partes feitas por cada grupo serão unidas para a montagem do fanzine . Então, defina com o grupo os subtemas de cada parte. Depois, de acordo com o número de participantes, forme de 2 a 4 grupos; e cada grupo escolherá um subtema, irá para um canto da sala para discuti-lo, para planejar o que vai falar e poderá definir livremente o que cada pessoa vai fazer. Uns poderão pesquisar nas revistas figuras, palavras ou frases que tenham a ver com o subtema escolhido. Outros poderão ir montando as palavras e frases em uma folha que será a base do fanzine . Além dos recortes, os participantes poderão complementar algumas ideias


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escrevendo ou fazendo desenhos. Se os participantes não dominarem a leitura e a escrita, você pode auxiliá-los na escolha, montagem e escrita de palavras ou frases para complementar as figuras e os desenhos. Um dos participantes deverá ficar responsável por, ao final, retomar todo o trabalho que foi feito no seu grupo para ser o relator. Concluídas essas etapas, o relator de cada grupo deverá mostrar a parte do fanzine que produziram e contar qual o assunto que trabalharam e como ele foi desenvolvido. Depois das apresentações e comentários dos participantes, junte as partes de cada subgrupo e monte o fanzine .

Finalizando Depois de pronto, mostre o fanzine a todos para que opinem sobre ele, dizendo do que gostaram e o que melhorariam. Você também pode perguntar o que os participantes acharam da oficina e se gostariam de repetir a produção de um fanzine com outros temas e outras pessoas. Para finalizar, se houver uma máquina de tirar cópias, podem-se fazer cópias e distribuí-las aos participantes.

Como criamos essa atividade Aprendemos a fazer o fanzine pesquisando na internet e vendo alguns exemplos de materiais produzidos por amigos e outros projetos, tais como o “Sonhos de Vitro” e o “Fanzine ”, produzidos pela ONG Ramudá. No IV Encontro de Grupos da Bacia do Água Quente fizemos uma oficina com os participantes para divulgar os resultados do Encontro, que gerou o fanzine “Os Encontrados”. Utilizando esses exemplos e com a experiência que realizamos no Projeto Água Quente criamos essa atividade.


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Aprendendo a fazer uma muda para melhorar o meio ambiente Quem descreveu a atividade Maria Rosa Fernandes

O que podemos ensinar com ela Podemos ensinar as pessoas como fazer uma muda que depois elas possam fazer em casa e plantar em seus quintais, nas calçadas e até mesmo em praças. Também podemos orientá-las no sentido de escolherem o lugar certo para plantar; para isso temos que ensiná-las a conhecer cada árvore.

Com quem podemos realizá-la Podemos realizar esse trabalho com crianças, jovens, adultos e pessoas da terceira idade. O grupo pode ter até 20 participantes.

Quanto tempo ela leva Pelo menos 2 horas.

O que é preciso • 1/2 saco de esterco • 1/2 saco de terra • 2 sacos de ração abertos • 2 pás de pegar terra


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• 10 garrafas PET grandes • 30 caixinhas de leite • 1 tesoura ou estilete • 1 vassoura • várias sementes • desenhos das espécies de árvores que foram colhidas as sementes • água • 2 regadores O lugar da oficina pode ser uma escola, um quintal ou uma pracinha, em que as pessoas possam ficar em uma sombra, que tenha água e que possam sujar o chão. É melhor que seja um lugar aberto. Essa oficina pode ser realizada em qualquer época do ano, mas, dependendo da época, as sementes que serão encontradas serão diferentes. Algumas dão no fim no inverno, como as das paineiras ou começo da primavera como as dos Ipês. Outras dão só no verão, como as de Pitanga e de Chorão; e há ainda aquelas que dão no outono, como as do Flamboyanzinho. Para realizar a oficina, são necessários 2 educadores - cada um pode trabalhar com até 10 pessoas.

Passo-a-passo Preparando Primeiro consiga um lugar e convide as pessoas. Depois, prepare os materiais que utilizará no dia. Prepare as caixinhas para as mudas e as garrafas PET para que sirvam como pegadores de terra. Para a muda, abra a caixinha


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na parte de cima e “dê um pique” (recorte) nos dois lados dela, perto do fundo. O corte não pode ser muito grande porque senão toda a água vaza e a terra pode passar junto. Para fazer os pegadores, corte a garrafa PET no meio, de maneira enviesada, de modo que você possa usar tanto o fundo como a parte do bico para pegar a terra. Para ter as sementes, é preciso coletá-las (ou comprá-las). Você pode coletar em árvores na rua, nos quintais ou em praças. As sementes não podem ser guardadas por muito tempo porque podem não nascer mais. Se for uma semente de fruta, você tem que tirar da casca e da polpa e pôr para secar na sombra. Se precisar guardar por alguns dias, o melhor lugar é a porta da geladeira. É importante saber de que porte é a árvore, como é sua raiz e se o fruto é grande ou pequeno. Isso é fundamental para você saber onde pode plantar essa árvore; se pode ser na calçada, em uma praça ou em um quintal. Para mostrar às pessoas como são as árvores cujas mudas elas estão preparando, temos que fazer um desenho do pé das árvores que coletamos as sementes. No desenho mostre o porte, o tamanho da raiz e se a árvore dá ou não fruta. Se não souber todas as informações sobre a árvore, você pode procurar saber com outras pessoas, ou no Horto Municipal ou ainda em livros sobre árvores e arborização urbana.


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Algumas sementes precisam ser preparadas antes - umas são muito duras e precisam que sua casca seja ralada, como as do Jatobá e do Tamboril; outras precisam ser colocadas de molho na água antes de serem plantadas, como as do Flamboyant e do Olho de Cabra. Se as sementes que você vai trabalhar na oficina precisarem dessa preparação, você pode levá-las prontas e apenas mostrar como fez o preparo ou deixar que os participantes preparem-nas na hora, se for possível. Para arrumar a sala para a oficina, separe a terra, o esterco, as pás, os sacos de ração, os pegadores, as caixinhas de leite, os regadores e as sementes em duas partes e coloque cada uma delas em um canto da sala. Coloque a terra e o esterco sobre o saco de ração para evitar de sujar muito o chão.

Realizando Primeiro se apresente para os participantes e fale que está com eles para ensinar como formar uma muda de árvore. Depois pegue todas as sementes com que vai trabalhar e os desenhos das árvores e mostre para as pessoas. Mostre a semente, o desenho e fale o nome da árvore. Pergunte para os participantes se eles conhecem a árvore. Depois fale para que ela serve, se dá sementes e/ou frutos para alimentação ou artesanato. Por fim, fale em qual rua está a árvore da qual você coletou as sementes para a oficina. Apresente todas as sementes. Depois divida o grupo de 20 pessoas em 2 grupos de 10 pessoas. Cada grupo vai ficar em um canto da sala. Cada educador pode ficar com um grupo para orientá-lo. Nos grupos, a primeira coisa a fazer é orientar os participantes para que eles saibam como furar a caixinha no fundo para que a água escorra. Você pode levar as caixinhas prontas para facilitar e apenas mostrar como furar em 1 caixinha. Distribua, então, uma caixinha para cada participante. Cada um vai ficar com sua caixinha para plantar a sua semente. Depois dessa parte, com uma pá, faça a mistura da terra com o esterco e peça para os participantes encherem a caixinha com essa mistura, utilizando os pegadores de PET e molharem. Avise que, se deixarem para molhar a terra só no final, depois que plantarem, a terra vai baixar e a semente vai subir.


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Então, para que a semente não saia da terra, explique que é importante molhá-la antes de plantar. Por fim, peça para que cada um escolha a semente que quer plantar e ensine como se planta. Cada um deve fazer um buraco na terra no meio da caixinha e colocar a semente. Se a semente for muito grande, coloque uma semente só. Se a semente for pequena, podem-se colocar 2 ou 3 para garantir que pelo menos 1 nasça. Há algumas sementes que precisam de um jeito especial de plantar, com as da Araucária. Avise o grupo como colocar a semente do jeito certo para que elas possam nascer.

Finalizando Junte o grupo novamente e faça uma roda de conversa. Pergunte se eles gostaram da oficina. Depois, ensine como cuidar da muda. Fale que é muito importante não deixá-la no sol e nem muito na sombra, para que ela possa nascer, mas não resseque com o sol forte. Molhar pelo menos de 3 em 3 dias é fundamental! Depois que estiver um pouco grande, com pelo menos 3 folhas, já pode ser plantada no chão, mas cuidado! Avise os participantes que, dependendo do tipo de árvore, não pode ser plantada em qualquer lugar. É preciso saber a altura que a árvore vai ficar, se dá frutos, se tem espinhos e como são suas raízes para que depois ela não cause prejuízos, principalmente se a ideia é plantar em calçadas. Para saber mais, você deve consultar o Municipal (3362-8081), o Plano de Arborização Urbana de São Carlos ou ainda pesquisar em livros e cartilhas sobre árvores e arborização urbana, que podem ser encontrados em acervos públicos, como a Sala Verde, que fica na Biblioteca Municipal Amadeu Amaral, localizada na rua 13 de Maio, esquina com a Avenida São Carlos (3372-2471) ou na Sede da Teia – Casa de Criação, localizada na rua Rui Barbosa, 1950 (3376-3110).

Como criamos essa atividade Aprendemos a fazer mudas com o professor Benjamim Matiazzi,com pessoas do nosso grupo de Agentes Comunitários e da equipe. Outra experiência que nos inspirou foi a visita ao Viveiro Camará, em Ibaté. Depois criamos essa atividade.


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Plantio de mudas para cuidar do meio ambiente Quem descreveu a atividade Leonilda Maria Squarzini

O que podemos ensinar com ela Podemos ensinar como plantar uma árvore e como cuidar dela. Também podemos ensinar a importância de cuidar do meio ambiente, conscientizando as pessoas de que podemos mudar o ambiente em que vivemos e, assim, contribuir até para evitar o aquecimento global.

Com quem podemos realizá-la Com pessoas de todas as idades, crianças, jovens e adultos. O grupo pode ter no máximo 40 pessoas.

Quanto tempo ela leva No máximo 3 horas de duração.

O que é preciso • panfleto informativo sobre arborização urbana • mudas de árvores • sementes de adubo verde • esterco


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• ferramentas: enxada ou enxadão, cavadeira e tesoura de poda • tutores e fitilho para amarrar as mudas • folhas de sulfite • pincel atômico e caneta • barbante • tesoura Para fazer essa atividade, são necessários 2 educadores. É preciso providenciar um meio de transporte para levar os materiais e as mudas e disponibilizar alimentação e água para os participantes. Se possível, fazer o plantio no início ou no final do ano, porque nessa época chove mais, auxiliando no desenvolvimento das plantas.

Passo-a-passo Preparando Primeiro pense no local onde vai ser feito o plantio. Verifique o sistema de rede de esgoto, rede elétrica e a proximidade da área construída. Escolha o local das covas e veja as espécies de mudas que podem ser plantadas. Para escolher as espécies mais adequadas, você pode pedir auxílio deve consultar o Municipal (3362-8081), o Plano de Arborização Urbana de São Carlos ou ainda pesquisar em livros e cartilhas sobre árvores e arborização urbana, que podem ser encontrados em acervos públicos, como a Sala Verde, que fica na Biblioteca Municipal Amadeu Amaral, localizada na rua 13 de Maio, esquina com a Avenida São Carlos (3372-2471) e na Sede da Teia – Casa de Criação, localizada na rua Rui Barbosa, 1950 (3376-3110). Você pode conseguir as mudas com o próprio Horto Municipal, em viveiros particulares ou com moradores que produzem mudas em casa.


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Depois convide as pessoas para participar do plantio. Para mobilizálas, você pode ir de casa em casa, mostrando a importância de “colocar a mão na massa”, fazendo com que elas se interessem e se conscientizem da importância de cuidar do ambiente em que vivem. Para auxiliar na sensibilização das pessoas você pode distribuir um panfleto informativo sobre a importância da arborização urbana, com a data e o local da atividade. Providencie, então, os materiais e as ferramentas que serão usados no plantio. Faça a abertura das covas um dia antes do dia do plantio, para facilitar. Faça também com o sulfite e o barbante um crachá para cada participante com o nome de uma das árvores que serão plantadas.

Realizando Primeiro, faça uma roda de conversa, mostrando as mudas e sementes, as covas e o que vai ser feito durante o plantio. Em seguida, organize o grupo, por exemplo, se forem 40 pessoas, divida em 2 grupos de 20 pessoas, cada um com um educador para acompanhar. O próximo passo é escolher onde os grupos vão plantar e quais mudas e sementes vão plantar. O educador que estiver acompanhando o grupo ajudará nessa escolha. Com o grupo em volta da primeira cova a ser plantada, mostre como se planta uma muda. Verifique se a cova não está muito funda; se estiver, coloque um pouco de terra. Se estiver rasa, afunde um pouco mais. Coloque o tutor e o esterco. Retire o saquinho da muda com muito cuidado para não retirar a terra do pé da raiz. Coloque a planta dentro da cova já com o tutor. Coloque a terra e aperte um pouquinho para que a planta fique firme. Faça a amarração da planta com o tutor utilizando o fitilho.


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Coloque um pouco mais de esterco por cima da terra. Plante a adubação verde ou cerque com tijolos, madeira ou tela para proteger a muda. Se for possível, regue a planta. A adubação verde funciona da seguinte maneira: cave um círculo em volta da planta, com 5 a 10 centímetros de profundidade e 20 centímetros de distância do pé da planta. Podem ser plantados feijão de porco, gergelim ou girassol. Então, que cada educador ensinar seu grupo como plantar, divida cada grupo de 20 pessoas em 5 grupos menores de 4 pessoas para que o plantio possa acontecer de uma forma que todos participem. Cada grupo fica responsável por uma muda, fazendo todas as etapas do começo ao fim. Distribua tarefas para que todos aprendam. Um pode preparar a cova e o tutor, outro, preparar a planta e amarrar o tutor, e os outros podem fazer a adubação verde. Depois que todos plantarem, reúna o grupo de 20 pessoas, fazendo uma roda de conversa para explicar os cuidados que devem ser tomados com essas mudas que foram plantadas.

Finalizando Na roda de conversa explique que cada planta é uma vida e que todas as plantas precisam ser cuidadas. Então, pergunte: Quais são os cuidados que precisamos ter com essa planta para que ela não morra? Conforme os participantes forem respondendo, fale que é preciso que alguém observe os cuidados que a planta vai precisar ao longo do tempo, como: regar sempre; olhar se está precisando de adubo; se está com fungos ou bichinhos que podem matá-la; podar os galhos e os brotos que forem saindo do lado. A manutenção é importante para que a planta possa se desenvolver bem. Esclareça também que é preciso monitorar os adubos verdes. Quando eles começarem a nascer e crescer, se for muito, deve-se dar uma desbastada. Depois, quando derem sementes, precisam ser cortados e replantados. Explique que os adubos verdes servem para proteger, mas é necessário observar se eles não estão sufocando a planta. Sugira que cada um adote uma árvore para cuidar e ficar responsável por sua manutenção.


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Para finalizar, distribua um crachá com o nome de uma árvore para cada participante. Peça para que todos fechem os olhos e, como se contasse uma história, vá explicando o processo de crescimento de cada árvore. Para não ficar muito demorado, vá falando um pouquinho de cada uma. Peça para que os participantes, com os olhos fechados, façam a mímica das árvores crescendo, enquanto você vai contando a história. Quando uma delas já estiver produzindo flores e frutos, peça para todos abrirem os olhos, realizarem a colheita e admirarem aquela árvore. Depois, peça para todos retornarem aos seus lugares, na mesma posição em que estavam, e o educador conta a história de outra espécie de árvore até que se concretize todo o processo de cada espécie.

Como criamos essa atividade Criamos essa atividade com o que aprendemos de plantio de mudas na área urbana com o Projeto Rua Viva, da ONG Ramudá, e com a experiência de plantio agroflorestal do Projeto Arte na Terra, da Fazenda São Luiz e com o biólogo e educador José Nicola M. N. da Costa.



A avaliação tem como função indicar a importância das atividades. Esse é justamente o nosso último tipo de atividade, por se tratar daquele que encerra um propósito educativo; ou seja, é no momento da avaliação que educador e educandos saberão se os objetivos das atividades realizadas foram ou não atingidos, quais aprendizagens ocorreram e o que ainda precisa ser mais trabalhado. O que não significa que a avaliação deva apenas ser realizada no final do processo educativo. Muito pelo contrário! Ela deve estar presente durante todo o processo para, assim, contribuir para que se percebam os pontos falhos, os potenciais e como se deve reconduzir a interação educativa a fim de que ela se torne mais eficaz.


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Que tal avaliar uma atividade? Quem descreveu a atividade Sônia Maria Ferreira de Paula

O que podemos ensinar com ela Quando pensamos e realizamos uma atividade de avaliação, buscamos verificar o que aconteceu de bom, o que foi ruim, e procuramos levantar sugestões para a melhoria e um planejamento melhor. Assim, com essa atividade, podemos aprender como melhorar nossas atividades e ensinar os participantes a refletirem sobre o que aprenderam.

Com quem podemos realizá-la Podemos realizá-la com todas as pessoas envolvidas na atividade que queremos avaliar, como coordenadores, educadores, monitores e participantes. A idade mínima para os participantes é de10 anos. Essa atividade deve ser feita com no mínimo 5 e no máximo 30 pessoas.

Quanto tempo ela leva Cerca de 1 hora.

O que é preciso • canetas (pincéis atômicos) • papel craft ou papel-cartão • fita adesiva


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• água e copos Para conduzir essa atividade, precisamos de 2 educadores. Ela poder ser feita em uma sala arejada, com cadeiras e que tenha uma parede onde se possa colar um quadro que deverá ser preenchido durante a atividade.

Passo-a-passo Preparando A avaliação deve ser feita de uma maneira organizada. Para isso, você precisa montar um quadro no papel craft ou cartão da seguinte maneira: QUE BOM!!

QUE PENA!!

QUE TAL?!

Na avaliação, o que for mencionado como bom deve ser colocado no QUE BOM!!, o que for descrito que não foi bom, no QUE PENA!!, e as sugestões do que pode-se melhorar ou de conhecimentos que devem ser aprofundados no QUE TAL?!. Para realizar a atividade, você vai precisar arrumar a sala. Coloque as cadeiras de forma circular e o quadro na parede de forma que todos os participantes possam vê-lo. Os pincéis devem estar junto da quadro, acessíveis para o educador que for preenchê-lo. Você deve ainda providenciar água e copos para os participantes.

Realizando Primeiro você deve explicar o objetivo da atividade e apresentar o quadro. Depois relembre a atividade que será avaliada com os participantes.


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Inicie a avaliação com questões relativas à atividade, perguntando: o que foi bom? O que foi ruim? O que pode ser melhorado? As avaliações deverão ser anotadas na tabela por um educador de modo aleatório, ou seja, conforme os participantes forem respondendo. Sugestão: Em cada tópico você deverá trabalhar cerca de 5 itens para que não fique cansativo para os participantes. A avaliação deve ser balanceada entre os pontos positivos e negativos. Um aspecto importante para o qual você deve estar atento é que as sugestões (QUE TAL?!) devem ser possíveis de serem realizadas. Você também deve observar a participação dos envolvidos (quem fala e quem não fala), procurando organizar o tempo das falas e envolver todos os participantes, isto é, incentivar quem não está participando a participar.

Finalizando Após o término da avaliação, retome as sugestões levantadas para a melhoria da atividade avaliada e os conhecimentos que devem ser aprofundados e, com o grupo, busque encaminhamentos para a implementação das sugestões. Para documentar, escreva todo o quadro de avaliação em papel menor e fotografe se for possível.

Como criamos essa atividade Aprendemos essa atividade com o Coletivo Educador de São Carlos, Araraquara e Região-CESCAR e adaptamos às nossas ações.


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Roteiro-base Este roteiro-base é para ajudar na organização e sistematização de novos aprendizados. Ele possui os mesmos itens dos roteiros das atividades descritas neste Caderno, mas em cada um desses roteiros há orientações que auxiliam na identificação dos conteúdos essenciais para o planejamento da atividade. Você pode montar um outro Caderno com atividades novas e organizá-las nas mesmas seções ou criar novas seções caso as atividades sejam de outro tipo.

1) Título O título deve ser curto e expressar a essência da atividade. É importante que nele apareça uma palavra que ilustre bem o que é a atividade. Por exemplo, se a atividade for uma visita a algum lugar, o nome do lugar pode estar no título ou, então, pode ser colocada a palavra “passeio”, “conhecendo”, “dia de campo”, dentre outras.

2) Quem descreveu a atividade Aqui você dá o crédito a quem montou a atividade, que pode ter sido um conjunto de pessoas, você ou outra pessoa.

3) O que podemos ensinar com ela Faça uma breve descrição do que é a atividade, seus objetivos, indicando os conteúdos, as habilidades e os valores que ela possibilita trabalhar.

4) Com quem podemos realizá-la Uma atividade pode ser mais atrativa para crianças, jovens ou adultos ou ser mais adequada para pessoas de uma determinada idade. Portanto, sugira uma faixa etária compatível com a atividade. Faça também uma esti-


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mativa do número mínimo e máximo de participantes para que a atividade possa ser bem realizada.

5) Quanto tempo ela leva Estime o tempo médio para a realização da atividade.

6) O que é preciso Faça uma listagem dos materiais educativos e de apoio que você vai precisar. Pense em como deve ser o lugar para se realizar a atividade, o que ele deve ter ou propiciar. Procure verificar que outros recursos são necessários, como transporte, material de divulgação, alimentação e equipamentos. Pense também em que época do ano é melhor realizar a atividade ou se existem condições climáticas que impedem a sua realização. Por fim, avalie o número de educadores necessários para conduzir a atividade.

7) Passo-a-passo Preparando Descreva o que é preciso fazer antes da atividade. Se é preciso construir ou preparar algum material de apoio ou educativo, fazer pesquisas, organizar o espaço para a atividade, fazer uma divulgação, orientar os participantes, dentre outras coisas. Realizando Descreva minuciosamente como fazer a atividade, relembrando os conteúdos, as habilidades e os valores que podem ser ensinados e indicando qual o momento adequado para trabalhar cada um deles. Coloque a sua opinião e o seu ponto de vista sobre os assuntos e procure dar dicas ou mostrar possibilidades de modificações e adequações. Finalizando Descreva como finalizar a atividade, compartilhar os conhecimentos produzidos e quais encaminhamentos podem ser dados aos produtos ou resultados obtidos.


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8) Como criamos essa atividade? Nesse item procure relembrar como aprendeu, adaptou e desenvolveu a atividade. Procure lembrar os momentos, as pessoas e os materiais (livros, vídeos, CDs etc.) que foram referência para seu aprendizado, valorizando a contribuição de cada um e registrando os contatos de seus parceiros.


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Ficha Técnica do Projeto Água Quente Equipe Coordenação Renata Bovo Peres Thaís Troncon Rosa Educadores Eixo Gestão dos Recursos Naturais Cristiano Pereira da Cunha Eixo Educação Ambiental Sara Monise de Oliveira Eixo Mobilização Social Ana Laura Herrera Magaly Marques Pulhez Eixo Comunicação Audrey Fernandes Agentes Comunitários Benedita Rosa Brito Cleide Aparecida Scalli Elza dos Santos Leonilda Maria Squarzini Luzia Gabriel Maria Helena Rabelo da Silva Maria Rosa Fernandes Neide Aparecida Soriano Rose Cristina Macedo Sônia Maria Ferreira de Paula

Sócios: Teia – Casa de Criação Daniel Marostegan e Carneiro Eduardo Araújo Silva Magaly Marques Pulhez Regina Helena Granja Renata Bovo Peres Thaís Troncon Rosa Vivian Parreira da Silva Para saber mais sobre o Projeto Água Quente e a Teia – Casa de Criação, acesse: www.teia.org.br Você pode também mandar um e-mail para: teia@teia.org.br aguaquente@teia.org.br Teia – Casa de Criação Rua Rui Barbosa, 1950 Vila Elisabete - São Carlos, SP CEP 13560-330 Telefone: 16 3376-3110


Créditos Autores (as) dos textos Benedita Rosa Brito Cleide Aparecida Scalli Elza dos Santos Gabriela Barrios Boarine Leonilda Maria Squarzini Luzia Gabriel Maria Helena Rabelo da Silva Maria Rosa Fernandes Neide Aparecida Soriano Renata Bovo Peres Rose Cristina Macedo Sara Monise de Oliveira Sônia Maria Ferreira de Paula Concepção e organização Sara Monise de Oliveira

Colaboração Ana Laura Herrera Audrey Fernandes Cristiano Pereira da Cunha Magaly Marques Pulhez Renata Bovo Peres Thaís Troncon Rosa Fotos Teia – Casa de Criação Projeto Gráfico e Revisão Diagrama Editorial Impressão Abstrato Design & Impressão Tiragem desta edição 23 exemplares Julho de 2009


Agradecimentos A Equipe e o Grupo de Agentes Comunitários do Projeto Água Quente agradecem a todas as pessoas, aos grupos e às instituições que contribuíram para a elaboração deste material e para o processo de formação de Agentes Comunitários do Projeto Água Quente (2007-2009): Adailton Costa de Aguiar . Adriana Keiko Nishida Costa . Agentes Ambientais da ECO . Alexandre Aparecido Goulart Esiquiel . Alexandre Pereira . Aline Fabiana Ciocci . Ana Carolina Abrão Neri . Ana Paula Ghilardi . Andrea Dantos . Anna Theresa Kuhl . Ana Paula Zigler de Andrade . Anizete Silva da Cruz . Aprendiz Grupo de Mães . Ariane de Túlio . Beto e Guto Sguissardi . Carlos Torres . Catequese da Igreja Madre Cabrine . Catequese da Igreja São José Operário . Cemei Octávio de Moura . Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) . Circulô . Cláudio Leme (Batata) . Coletivo Educador de São Carlos, Araraquara, Jaboticabal e região (Cescar) . Coopercook . Cooperlimp . Coordenadoria do Meio Ambiente – PMSC . Coral Rosa Mística . Cristiano Gomes Pastor . Dalva Maria da Silva Matos . Daniel Marostegan e Carneiro . Darko Magalhães . Denise Bittencourt Amador . Devanira Lopez dos Santos . Edicarlos Souza Neres . EE Dona Aracy Leite Pereira Lopes . EE Marivaldo Carlos Degan . EE Orlando Perez . Elton Carlos do Nascimento . Emeb Arthur Natalino Deriggi . Emeb Janete Maria Martineli Lia . EPTV São Carlos . Estela Mecca Bomtempo . Flávia Thieman . Gabriel de Santis Feltran . Gabriela Barrios Boarini . Giovana Camargo . Grupo Coroinhas da Igreja São Francisco de Assis . Grupo de Oração Capela Santa Luzia . Haydée Torres de Oliveira . Instituto Ipê . Instituto Socioambiental (ISA) . Isabel Cristina da Silva . Isabelle Aparecida Delella Beglini . Israel R. Almeida . Iúri Gebara . Ivete Aparecida Centanin Bertho . Jesgilcler Macedo . Joaquim O. da Silva . Jornal Primeira Página . José Nicola M. N. da Costa . Josenil Pereira da Cunha . Karine Faleiros . Marcelo Montaño . Marcos Antonio De Santi . Maria das Graças Teixeira de Mendonça Prando . Maria de Lourdes de Oliveira . Maria Vera da Rosa Silva . Marina Poema . Marli Lemes de Mello da Silva . Milena Esther . Nelson Sakakibara . Núcleo de Incentivo à Cultura e ao Conhecimento . ONG Espaço Cidadão . ONG Ramudá . Osvaldo Luciano dos Santos . Paola Maia Lo Sardo . Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe . Pastoral da Criança . Pastoral da Sobriedade . Patrícia C. Silva Leme (Pazu) . Paulo Bueno . Paulo Mancini . Perci Guzzo . Pedro Carlos Teixeira . Petrobras . Poetas Anônimos . Prefeitura Municipal de São Carlos – PMSC . Programa USP Recicla . Programa Escola da Família da EE Carlos Marivaldo Degan . Projeto Arte na Terra Fazenda São Luiz – São Joaquim da Barra . Projeto Brotar – Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) . Projeto Dona Marízia . Projeto Hortas Pedagógicas – UFSCar . Projeto Madre Cabrini . Projeto Meninos do Aracy . Projeto Nós do Pisca/Esalq – Piracicaba . Projetos PPA – Petrobras . Rádio UFSCar . Raphael Tarpani . Rede de Educação Ambiental de São Carlos . Reila Andresa de Camargo . Resgate Social . Roberta Maura Calefi . Rodrigo Junqueira Barbosa de Campos . Rosa Tóro-Tonissi . Rosemary Aparecida B. de Souza . Rosemary Aparecida Vicente dos Santos . Sabrina Mieko . Sala Verde de São Carlos . Sandra Maria Barbosa . Sebastião Penha Santos . Secretaria Municipal de Educação – PMSC . Silvia Martins . Stefanny Pellet Santos . Taísa Moretti . Teddy . Vandeir Antonio de Azevedo . Viveiro Camará . Vivian Parreira da Silva . Wanderley Bonifácio de Queiroz




Realização:

Patrocínio:


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