Boletim dos Coletivos Educadores de São Paulo | Ano 1 no 01 Julho/2007
Pessoal do Cescar que aprende participando
Marcos Sorrentino, diretor do Departamento de Educação Ambiental/MMA fala sobre as utopias, o perfil
A rede da rede da rede… O fractal é uma figura auto-semelhante, ou seja, cada parte
zado mútuo, da solidariedade e da alegria em construir coleti-
da figura é semelhante (não idêntica) à figura toda. Cada
vamente, desde antes de suas constituições enquanto CE.
parte apresenta seus diferenciais.
O fortalecimento da REPEA – Rede Paulista de EA e da
Este fractal Coleciona SP refere-se a um tecido-sistema
Rede de Coletivos Educadores é uma das aspirações desta publi-
de redes de redes de redes, ou de coletivos de coletivos de
cação, assim como a participação na construção das Políticas de
coletivos interagindo em permanente transformação. As
EA, daí a participação ativa dos coletivos no IIIEEEA - Encontro
particularidades de cada coletivo estão evidenciadas ao lon-
Estadual de EA - e na construção da Política Estadual de EA.
e a formação da educadora e do educador ambiental popular, além da articulação dos Coletivos Educadores que facilita as trocas e a sinergia entre seus participantes e as instituições. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 Os Coletivos Educadores de São Paulo relatam suas experiências, sonhos, dificuldades e desafios na implementação do ProFEA, segundo as Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos – UGRHI em que estão organizados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
go do boletim como um todo, já que não padronizamos as
O processo de produção desta primeira edição deu mui-
linguagens dos textos, mas abrimos os ouvidos aos sotaques
to trabalho e muito prazer para quem se envolveu bem de
Qual a abrangência territorial dos CEs no estado de São
próprios de cada coletivo. Cada um fala de si, conversando
perto. Formamos um “GT do Boletim” e utilizamos a lista de
Paulo hoje? Localize no mapa o Coletivo Educador mais
com os outros, buscando o diálogo que, esperamos, venha
discussão virtual “ColetivosParceirosSP” para trocar arquivos,
próximo e entre em contato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
fortalecer este movimento vivo, dinâmico, colorido.
discutir livremente as idéias e tomar as decisões em grupo....
Ao criar um espaço para que os coletivos paulistas se co-
Muita vontade, nenhum jornalista profissional, poucas reuni-
nheçam e se percebam dentro do contexto estadual, provocan-
ões presenciais, alguns interurbanos e muita, muita internet.
do reflexão e discussão sobre suas caminhadas, com a troca de
E para os próximos números já pintaram algumas
informações e experiências, o boletim Fractais – Coleciona SP
idéias... Agora convidamos outros grupos e outras cabeças
Semíramis Biasoli relata sua experiência como enraiza-
faz parte da perspectiva dos Coletivos Educadores mais anti-
para participarem dos próximos números, reverem tudo que
dora do DEA/MMA, contextualizando a formação dos
gos, que já vêm buscando a dinâmica do trabalho em rede, que
fizemos, criarem novos elementos e assim o Fractais poderá
Coletivos Educadores, e o processo que vem rolando de
acolhe, embala e protege através da co-operação, do aprendi-
seguir descobrindo e desenhando seu caminho.
2005 até hoje. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
Trajetórias ... Escrever contando um pouco da trajetória como enraizado-
Com o edital do FNMA 05/2005, lançado em outubro de
de pessoas que sonham, acreditam neste sonho, arregaçam
ra do Departamento de Educação Ambiental do Ministério do
2005, alguns grupos de São Paulo que já vinham se articulan-
as mangas e partem para a construção deste sonho possível,
Meio Ambiente (DEA/MMA) no estado de São Paulo, nesta 1ª
do na perspectiva do ProFEA, acabaram por virem seus pro-
convergindo seus esforços e saindo destes espaços coletivos
edição do Boletim “Fractais – COLECIONA São Paulo” é difícil....
jetos contemplados e apoiados pelo Fundo Nacional do Meio
mais fortes, reenergizados, e com maiores e melhores possi-
Difícil porque ao escrevermos estamos nos expondo, nos mos-
Ambiente (temos 06 projetos aprovados em São Paulo) – nes-
bilidades de atuação. Ao se tornar um movimento contínuo,
trando e é preciso, então, estar em paz com o ato de escrever
ta primeira edição do boletim temos relatos destes “irmãos
amplia-se a base territorial de atuação destes coletivos que
– ou fazer as pazes com o ato de escrever – e se mostrar! Fa-
mais velhos”. A caminhada continuou e novos grupos foram
estão sempre abertos a novas e renovadas Instituições, grupos
rei então do meu jeito, assim como todos vocês – coletivos e
nascendo; uma nova demanda por parte da DEA – Chamada
e pessoas, que trazem seu repertório pessoal e institucional de
pessoas – fizeram dos seus jeitos. Este é meu texto que tento
Pública para constituição de Coletivos Educadores MMA/DEA
habilidades, conhecimentos, e também de fragilidades e de-
escrever, acionando esta criatividade em mim - criatividade
001/2006 – é lançada e, desta vez, temos 13 novos projetos
safios, para a efetiva troca com a conseqüente potencialização
necessária para as mudanças que queremos. Se queremos mu-
contemplados no estado – nossos”irmãos mais novos” com
das ações de todas e todos.
dar nossa qualidade de vida, nossas relações humanas, nosso
muita coragem estão aqui se mostrando, se apresentando aos
O grande desafio dos Coletivos Educadores é: como che-
MEIO AMBIENTE, precisamos ter criatividade e coragem PARA
demais, contando um pouco de como também estão cons-
garemos às pessoas de nosso território – em cada uma das
MUDAR!!!! Vejo nos Coletivos Educadores (CEs) esse “lócus”,
truindo seus caminhos ao caminhar.
pessoas de nossa base territorial, despertando-as para as mu-
este espaço de construção coletiva das mudanças necessárias.
A constituição de Coletivos Educadores em várias partes
danças? Como “desacomodar” cada um de nós dos saberes e
O caminho fazemos ao caminhar... Assim, trouxemos a
do território continua acontecendo, novos coletivos vêm agre-
fazeres comuns que nos mantêm rendidos ao padrão de vida
proposta de Formação de Educadores e Educadoras Ambien-
gando as diversas iniciativas dos grupos, instituições e pessoas
individual, egocêntrico tão enraizado na natureza humana?
tais Populares – o ProFEA e a Política de Coletivos Educadores
destes territórios, que trazem seus acúmulos de trabalho, de
Como equilibrarmos nosso padrão de consumo, se a todo
para o estado de São Paulo. Em dezembro de 2004 aconteceu
luta pelo Meio ambiente e pela melhoria da qualidade de vida
tempo somos bombardeados pelo “carro novo”, pela roupa
nossa primeira reunião, aqui no estado, na cidade de Campi-
das pessoas.
nova, pelo brinquedo novo? Como valorizar e revisitar objetos,
nas, para a qual convidamos inicialmente alguns poucos edu-
Mas afinal, o que são Coletivos Educadores? A meu ver,
cadores e educadoras. O desafio de construir juntos a proposta
Coletivos Educadores são pontos de convergência de ações e
lugares, sabores, amores... Estamos falando de Educação Ambiental, então estamos
foi prontamente aceito, e nos dias 31 de março e 01 de abril
falando de respeito à comunidade de vida, estamos falando de
de 2005, no município de Indaiatuba, apresentamos o Progra-
ações solidárias - solidárias aos ecossistemas planetários – na
ma de Formção de Educadores(as) Ambientais da DEA/MMA
medida em que exageramos nas necessidades individuais e fami-
(ProFEA), com a presença de vários outros parceiros(as) de
liares, estamos contribuindo para o desequilíbrio de nossa casa.
diferentes regiões do estado. Várias sementes foram lançadas
Qual a medida da felicidade de cada um? Como estimular
neste dia e, desde então, vários caminhos e histórias foram
este questionamento, fazendo com que todos nós pensemos
acontecendo... Alguns partiram para o franco diálogo de seus
e assumamos criticamente nossa participação na cadeia da
trabalhos com o ProFEA e viram neste diálogo os grupos se
vida? Como ensinar aos nossos filhos a buscarem suas felicida-
constituindo e descobrindo suas identidades, enquanto Cole-
des sim, mas respeitando as diferenças e se responsabilizando
tivos Educadores.
pela sua parte sem JAMAIS esquecer do todo? Primeiro encontro geral do Cescar
Penso que nós PAPs, pessoas que estamos aprendendo
cipação é a chave para a transformação - e se esta transforma-
participando, temos dialogado bastante com boas práticas só-
ção se dá para a melhoria da qualidade de vida das pessoas e
cio-educacionais que vêm se encontrando “dentro” dos Coleti-
do meio ambiente - estamos falando de um processo de for-
vos Educadores, na direção destas transformações individuais
mação em Educação Ambiental.
e coletivas necessárias.
Outro processo educacional a ser implementado pelas
Agora, cabe aos Coletivos Educadores abrir caminhos e
instituições, pessoas e grupos dos Coletivos Educadores com
permanentemente articular Projetos e Programas construindo
o intuito de se chegar à totalidade da base territorial de forma
efetivamente uma Política Pública – de estado e da sociedade
permanente, é transformando espaços existentes e criando
– de Educação Ambiental.
novos espaços, em espaços educadores – estruturas educado-
Atividades com alunos da 2ª. edição do Projeto de Educação e Conservação Ambiental Chão Verde Terra Firme (Coletivo Juquery-Cantareira).
Quando o ProFEA propõe aos CEs o desafio de imple-
ras - através de “atividades” e exemplos que mexam com as
mentar quatro processos educacionais que se complementam
pessoas, que as emocionem, valorizando a história, a cultura,
– ele quer dizer que a educação para ser transformadora, com
os saberes populares, estimulando que conheçam os lugares
a totalidade não pode estar restrita à formação através de
onde vivem, e aproveitem os seus espaços de convivência para
os processos de aprendizagem que vêm acontecendo em cada
“cursos” presenciais ou à distância. Esses processos de forma-
refletirem sobre sua participação na cadeia da vida.
parte do estado, nos permitindo sentir a particularidade de
ção são essenciais, mas sozinhos não dão conta de atingir a
E a outra ferramenta essencial é a comunicação - mas não
totalidade das pessoas e nem de acessar permanentemente e
a comunicação que apenas informa – também importante,
Ao recebermos os materiais de cada Coletivo, pudemos
continuadamente todas as pessoas.
mas a comunicação que transforma, na medida em que é feita
ir materializando esta primeira edição e sentindo na pele a
Temos então três outros processos formadores que si-
COM as pessoas e não PARA as pessoas. É a educomunicação
potencialização de um trabalho feito a várias mãos... e agora
multaneamente e complementarmente, podem dar conta do
que planeja junto o uso das diversas linguagens da comunica-
nada melhor do que ler um pouco daquilo que outras mãos
sonho de transformação de cada um e cada uma de nós.
ção com os grupos beneficiados.
escreveram para a primeira edição do Fractais – COLECIONA
A formação que se dá através dos diversos Conselhos,
Bem, mas para cumprir estes desafios todos postos aos
Colegiados e Fóruns, demonstra que a própria essência de fun-
Coletivos Educadores, uma grande ferramenta é nos conhecer-
cionamento coletivo, a própria estrutura de funcionamento
mos, conhecermos as iniciativas de cada um, vermos as ne-
destes espaços, tem o potencial de educar – na medida em
cessidades e benefícios da troca, e este BOLETIM pode ser um
que são espaços que só existem e cumprem seu papel com a
facilitador - a grande riqueza dele é a sua própria construção
participação de seus integrantes, e considerando que a parti-
– quando cada um dos Coletivos se dispôs a sentar e registrar
cada região – aqui, sim, temos uma grande riqueza.
São Paulo. Semíramis Biasoli
Quem é o educador ambiental popular? que eu existo? Pra onde que eu quero caminhar e quais são os
cador e da educadora ambiental, para a missão de fazer um
desafios que estão colocados pra mim? Pra minha gente?(...)
processo educador enraizado. Trabalhando com a totalidade dos indivíduos de uma determinada base populacional e
Quem é este educador, esta educadora ambiental?
promovendo sinergia de processos formativos diversos, para que eles permitam que esta totalidade da base populacional
Da esquerda para a direita, Marcos Sorrentino (DEA/MMA), Heloisa Cinquetti, Amadeu Logarezzi, Haydée T. de Oliveira (professores da UFSCar)
Marcos - O educador, a educadora é todo e qualquer cidadão/
– onde o educador está – seja educada ambientalmente, de
cidadã, toda e qualquer pessoa que se coloque tal desafio, que
forma permanente e continuada. Ou seja, não sofra com a mu-
se perceba enquanto agente de transformação social, que se
dança de governo, com a mudança da direção de instituições e
perceba enquanto editor de uma nova realidade, de um novo
não se limite a ações pontuais e fragmentadas.
mundo, de um novo ser humano. A pessoa quando compreende que a vida é obra e arte de cada um, (...) sem ingenuidade
Nós só conseguiremos enfrentar o estado de degradação dos
de perceber que existem inúmeros fatores que condicionam
humanos (social, cultural, econômica), só conseguiremos en-
Marcos Sorrentino é diretor do Departamento de Educação
esta construção, que limitam as possibilidades que nós temos
frentar o estado de degradação do meio ambiente – que vai
Ambiental do Ministério do Meio Ambiente. Atua no movi-
para tal construção; mas com esperança e tenacidade, com
desde a erosão até a diminuição da fertilidade, a proliferação
mento ambientalista desde a década de 70, seja na prática
perseverança pra enfrentar esta dificuldade, no sentido de
dos cânceres e as mudanças climáticas – se nós tivermos con-
acadêmica, seja participando de associações, conselhos e re-
construir a própria utopia e a utopia coletiva.
juntos de pessoas e instituições que coloquem esse desafio de
des, e tem contribuído enormemente para a elaboração, desenvolvimento, articulação e fortalecimento da EA no Brasil.
forma coordenada, que coloquem a intervenção para supeComo os Coletivos Educadores (CEs) podem contribuir na
ração destes problemas de forma sincronizada, coordenada,
formação e na atuação destes educadores e educadoras?
cooperativa, solidária.
Marcos - Os coletivos são momentos de encontros de trajetó-
Então a gente fala de identidade de CE, mas na verdade cada
rias peculiares, (...) pessoas que vêm de historias de vida mui-
coletivo educador tem sua própria identidade, e a identidade
Marcos - Fundamental na formação do educador e da educa-
to distintas ou semelhantes, mas que em certo momento se
coletiva dele vai se dar pelo colorido que cada um vai ofertar
dora ambiental é a iniciativa, a criatividade, a capacidade de
encontram no espaço – do meu ponto de vista sagrado – do
para essa rede de coletivos educadores.
construir alternativas, soluções no enfrentamento dos proble-
diálogo, da troca, da enunciação de sonhos, de utopias, no es-
mas e na materialização dos sonhos.
paço da construção de alternativas para superação de proble-
O que você considera fundamental na formação do educador e da educadora ambiental?
mas na direção destes sonhos. Fundamental na formação do EA é o aprendizado do diálogo, é o aprendizado do ouvir e do falar, o aprendizado da identidade
Os CEs ao criarem condições para estes encontros (...) eles em-
e da alteridade, do eu sou eu, você é você e vejo flores em você.
poderam os indivíduos, eles contribuem para que os indivíduos se debrucem sobre esta tarefa de construção de uma socie-
Fundamental na formação do Educador Ambiental é a capa-
dade alternativa ou condizente com os ideais deste grupo.
cidade de organização, de estimular a organização, de convidar as pessoas com as quais a gente convive para pensar o
O Coletivo Educador, mais que um ajuntamento de pessoas e
ambiente onde nós estamos, para pensar nas relações sociais,
instituições, é uma aproximação de olhares, uma troca, um
para ter um olhar crítico sobre a própria realidade, para fazer
intercâmbio das distintas perspectivas que existem, para a
este mergulho em si próprio se perguntando: Quem eu sou? Por
transformação daquela realidade, para a construção do edu-
Entrevista extraída do CD encarte do Livro “Encontros e Caminhos – Formação de Educadores Ambientais e Coletivos Educadores” (disponível no site www.mma.gov.br).
Falando a lingua do PAP Aqui no Fractais Coleciona/SP, vamos bater um papinho sobre a PNEA, o PPP, a CGEA...
Calma la. Que “PAP” e esse?
O educador ambiental popular esta sempre ensinando e aprendendo. Ha termos que sao importantes conhecer. Posso te ajudar?
Acho que voce tem razao. Vamos la...
Vamos esclarecer essas siglas todas primeiro.
Ola, pessoal!
Orgao Gestor da PNEA:
DEA/MMA e o Departamento de Educacao Ambiental do Ministerio do Meio Ambiente. Foi criado em 1999 e e responsavel por estimular a ampliacao e aprofundamento da Educacao Ambiental em todos os municipios do pais, desenvolvendo acoes a partir das diretrizes da PNEA.
Formado pelo DEA/MMA e a CGEA/MEC, é responsavel por coordenar a PNEA, definindo como ela seraá implantada no pais, supervisionando programas e projetos em Educacao Ambiental e negociando financiamentos para eles. PAP : Esta sigla tem dois significados. Pode ser a metodologia de pesquisa participativa utilizada pelos coletivos educadores, chamada Pesquisa-Acao Participante. Mas tambem pode ser o nome dado as pessoas e instituicoes envolvidas nos coletivos educadores e que utilizam a metodologia PAP, as Pessoas que Aprendem Participando.
PNEA e a sigla para Politica Nacional de Educacao Ambiental, definida pela Lei N. 9.795/99. Esta e a Lei que define e da as diretrizes para a Educacao Ambiental no Brasil, alem de criar o orgao Gestor da PNEA. PROFEA e o Programa Nacional de Formacao de Educadores Ambientais, o documento do DEA/MMA dialoga com os coletivos educadores o que e importante (necessario para) na nossa formacao (formacao dos educadores ambientais populares).
PPP e a sigla para Projeto Político Pedagogico. O PPP e é quem define a proposta educacional, os conceitos, a filosofia de trabalho e política que nosso Coletivo Educador adotou para o projeto de formacao dos Educadores Ambientais Populares.
Ele e construido de forma participativa, e deve levar em consideracao o sonho de futuro e o contexto atual da realidade da regiao onde esta o Coletivo Educador para estabelecer as suas acoes educacionais.
CGEA/MEC e a Coordenacao-Geral de Educacao Ambiental do Ministerio da Educacao. Desenvolve acoes para fortalecer a PNEA, para apoiar projetos e formar continuamente professores em Educacao Ambiental e para ampliar o debate sobre Educacao Ambiental no ensino superior. Cardapio/Item de aprendizagem - sao alternativas para as grades e disciplinas tradicionais, adotadas pelos coletivos educadores na formacao dos Educadores Ambientais Populares e cada educador escolhe os itens que quer oferecer a degustar.
Ufa! Quanto termo novo, ne?
Pois e, agora vamos aproveitar a leitura. Boa viagem!
AbrangĂŞncia dos coletivos educadores no Estado de SĂŁo Paulo (Julho de 2007)
O Coletivo Mantiqueira leva a serio a questao da agua... mas tambem, os municipios que o coletivo reune sao importantes no abastecimento de tres sub-bacias: as do rio Piracicaba, Capivari e Jundiai! O Projeto Político Pedagógico está em fase de encerra-
As Instituições de Ensino Superior parceiras do Coletivo
mento de discussões. Após a consolidação dos PAP2 através da
Educador Mantiqueira Sustentável irão certificar o curso na
Oficina de Constituição realizada no dia 29 de março de 2007,
modalidade extensão.
foram formados três grupos de trabalho: O GT de Formação, o
O Curso de Formação PAP3 será dividido em aulas presen-
GT de Planejamento e o GT de Comunicação. Durante o pro-
ciais, educação à distância, estudo em biblioteca e videoteca
cesso, foi trabalhada a formação dos integrantes do coletivo
virtuais, trabalhos de campo (visitas de estudo e vivência ins-
através de discussão de conceitos importantes, como Cardápio
titucional) e elaboração e execução de projeto formativo.
de Aprendizagem, Comunidades Interpretativas e Pesqui-
Está sendo realizado um mapeamento das atividades de
Coletivo Mantiqueira
sa–Ação–Participante, através da apresentação de vídeos e
Educação Ambiental dentro de cada município, para apoiar a
o envio de documentos e referências relacionados à Educação
formação de uma Rede de Informação e Articulação para Con-
O Coletivo Mantiqueira foi proposto a fim de promover na região
Ambiental a todos os envolvidos. Os andamentos dos traba-
servação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável da região.
de cabeceiras dos rios Piracicaba-Capivari-Jundiaí, a criação de
lhos até então desenvolvidos na implantação do Coletivo Man-
O curso de formação para agentes ambientais constitui
uma estrutura coletiva de reflexão-ação socioambiental, através
tiqueira foram integrados através de uma Oficina realizada no
uma das portas de entrada para este processo, pois através
de um processo de retroalimentação em Educação Ambiental.
dia 17 de maio. Foi sugerido um esboço da Proposta Pedagógi-
dele os novos agentes seriam incluídos nos processos de for-
Localizado na microrregião do alto da Serra da Manti-
ca para formação de PAP3, que depois de discutida pelo grupo
mação continuada já existentes no Coletivo, tornando cada vez
queira, envolve seguintes municípios: Atibaia, Bom Jesus dos
e sofrer algumas correções, foi aprovado pelos presentes, com
maior e mais forte a estrutura.
Perdões, Bragança Paulista, Joanópolis, Nazaré Paulista, Pira-
as seguintes considerações:
Este processo de formação deve ser uma ruptura dos pa-
• A questão da “ÁGUA” foi definida como eixo central
drões existentes de formação, para uma práxis que valorize
para atuação do Coletivo, de forma a ficar menos di-
a intervenção e diferentes atividades existentes na região. O
Estes municípios são considerados de vital importância
fuso e mais eletivo, conferindo mais foco ao projeto,
indivíduo deverá perceber a sua própria capacidade de criar
como fonte produtora de água para as sub-bacias hidrográfi-
uma vez que são muitas as questões ambientais que
ações no local, independente de sua área de conhecimento
cas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, inseridos no âmbito
podem decorrer a partir desta questão;
específico. Dessa forma, haverá o empoderamento enquanto
caia e Vargem no Estado de São Paulo e Extrema, Camanducaia e Itapeva no Estado de Minas Gerais.
do Comitê PCJ (SP/MG). A escolha desses municípios leva em conta as seguintes considerações: • A bacia do Piracicaba é a maior bacia de todas, sendo
• O trabalho deverá caminhar em consonância com o programa “Municípios Educadores Sustentáveis – MES”;
animadores locais, que conceitualmente independe da sua área de conhecimento. Próximos passos...
responsável pelo abastecimento de cerca de 60% da
• Existe a necessidade de um CURSO PILOTO para ava-
Julho - Encerramento do Projeto Político Pedagógico,
Região Metropolitana de São Paulo, além de Campi-
liação do GT-Formação, com acompanhamento mo-
desenvolvimento de conteúdos e metodologias, ativação do
nas e Região;
nitorado, número de pessoas definido por turma e
Portal do Coletivo Mantiqueira.
• Há preocupação quanto à disponibilidade natural de
logística de apoio local;
recursos hídricos proveniente destes municípios, in-
• Os PAP4 serão certificados com carga horária menor
clusive muito discutido no âmbito do Comitê PCJ, já
e para serem certificados em PAP3 deverão cumprir a
que muitas nascentes estão diminuindo, em decor-
carga horária complementar.
rência de atividades antropogênicas;
Agosto - Contato com as mídias e instituições, ampla divulgação e Ativação do Portal EaD. Setembro - turma piloto, lançamento do processo formativo e início do processo de formação dos PAP3.
Serão abertas 20 turmas com 25 vagas cada, totalizando
• Critérios de maior proximidade e identidade regional:
a formação de 500 PAP3. A carga horária total será de 140 ho-
potencial turístico, ambiental e de desenvolvimento
ras, com o processo de formação acontecendo dentro de cada
econômico;
município.
• Fazem parte do cinturão econômico as margens de
Os critérios de seleção serão: 1) Nível de escolaridade
duas rodovias federais que ligam a importantes centros
– Ensino Fundamental completo. 2) Estar comprometido em
metropolitanos do país: Rod. D. Pedro I e Fernão Dias.
desenvolver uma ação socioambiental local.
Coordenador: Edwaldo Luiz de Oliveira E-mail: coletivomantiqueira@terceiravia.org.br Fone: (11) 4539-7776
O COE-Mantivale Coletivo Educador da Mantiqueira e Vale do Paraíba O COE-Mantivale COLETIVO EDUCADOR DA MANTIQUEIRA E
Estamos trabalhando de forma voluntária, as distâncias
operacional do trabalho. Um forte aliado do coletivo é a rede
VALE DO PARAÍBA, engloba a região do Vale do Paraíba e da
entre os municípios é um desafio, trabalhamos na forma de
de solidariedade do SENAC que engloba várias pessoas e ins-
Serra da Mantiqueira, no estado de São Paulo. Atualmente te-
reuniões itinerantes, para que as pessoas possam aderir ao co-
tituições envolvidas com as questões sócio-ambientais. Nosso
mos mais de 10 municípios mapeados na região: Campos do
letivo. Entendemos que a visão do novo governo do estado de
nome é fruto de construção coletiva e estamos no processo de
Jordão, São José dos Campos, Santo Antônio do Pinhal, Cru-
fomentar a EA é positiva, assim como este engajamento com
criação de logomarca ou selo que também seja construído co-
zeiro, Taubaté, Caçapava, Jacareí, Guará, Pindamonhangaba
a Política Estadual de EA que está sendo construída pelos edu-
letivamente, em cima do perfil deste Educador popular.
e Piquete. Estamos agora partindo para delinear o perfil do
cadores ambientais do estado reflete o bom momento político
educador popular que irá atuar em nossa região. Já sabemos
pelo qual estamos passando.
de antemão que esse educador deverá desempenhar em meio
Nossas reuniões têm momentos de formação com o apro-
a um ambiente de muita resistência, pois quando falamos das
fundamento conceitual através da discussão sobre as entrevis-
questões ambientais em nossa região, todos concordam que é
tas do livro “Encontros e Caminhos” da DEA/MMA, e também
importante trabalhar pelo meio ambiente, mas quando se tra-
com a distribuição de CDs com conteúdo do livro procuramos
ta de mudar velhos hábitos e agir a história passa a ser outra.
iniciar com a sensibilização e uma pauta para organizar o lado
Sala Sala Verde Verde Ubatuba Ubatuba A Sala Verde Ubatuba está programando para o início do mês de Agosto, uma discussão sobre o Coletivo Educador a todas as instituições parceiras e novas convidadas para que todos compreendam melhor o processo das atividades que irão ocorrer com o projeto, que foi assinado em meados de junho de 2007, quando estávamos mergulhados em uma série de atividades já anteriormente programadas. Firmamos uma parceria com a Secretaria Municipal de assistência social em março e iniciamos um projeto de geração de renda com a comunidade de Itamambuca. Nesse projeto, ocorreu um processo de Educação Ambiental que foi se intensificando através das pinturas dos animais e das plantas nativas da Mata Atlântica, encontradas no local e culminou na eleição da nova diretoria da ONG API, que estava inativa desde 2004. Dessa vez, é a comunidade que assume suas atividades e não nós, os técnicos que constantemente buscam promover uma série de projetos sem que haja maior envolvimento dos beneficiados.
No último domingo, a coordenação de projetos de geração de renda da secretaria de assistência social promoveu em parceria com a Sala Verde, um evento que apresentou o projeto da comunidade de Itamambuca e de outros grupos com produções diversificadas, onde propusemos um modelo artesanal de barracas e conseguimos um espaço público para exposição mensal. Durante a exposição, o grupo de Dança para Educação Ambiental da Sala Verde, fez apresentações. No mês de junho também, deu-se o início de uma parceria que levou à estruturação de um cursinho pré-vestibular através do voluntariado de um grupo de professores, no prédio que estamos administrando para manter o funcionamento da Sala Verde. Trata-se do apoio e parceria da Igreja Evangélica Ágape, que está num processo de prontidão para estruturar um canal específico de Educação Ambiental e manejo de áreas degradadas no Município de Ubatuba e nos outros onde atua, conectando esse trabalho inclusive, a outras igrejas. Em fevereiro, firmamos uma parceria com a FUNDACC, uma entidade municipal de apoio a menores infratores. Foi a melhor alternativa que conseguimos nesses dois anos e meio de trabalho, para a questão da falta de funcionários. São esses
O COE- Mantivale é coordenado pelo IAP – Instituto Águas do Prata Contatos: Elvira Rose Atuali, e-mail: iap1@terra.com.br e Adriana Prestes, e-mail: profadrianaprestes@ig.com.br
menores que produzem mudas, que distribuem material educativo nas casas, que nos apoiam com limpeza, manutenção e confecção de material de apoio. Os mini-cursos de educação ambiental para os moradores continuaram ocorrendo principalmente em escolas e Associações de bairros e ainda são considerados nossos principais meios de tornar claros os motivos que devem levar a todos a terem novas condutas em suas relações com o meio ambiente. Nos envolvemos também em um projeto para geração de sustentabilidade financeira para a Sala Verde, o que nos toma grande parte do tempo. Apesar disso tudo, a Sala Verde Ubatuba continua trabalhando com muitas dificuldades. financeiras, de pessoal, e estamos vendo as articulações em torno da constituição enquanto Coletivo Educador como um reforço para nossas lacunas e a possibilidade de nos estruturarmos para que os projetos possam ocorrer conforme julgamos que há necessidade. Temos um blog em funcionamento: salaverdeubatuba. blogspot.com, onde constam algumas fotos. Contato: Vânia Carrozzo. Sala Verde, Ubatuba. E-mail: vaniacarrozzo@yahoo.com.br Fone: (12) 38333010
ColetivoEducador Educadorde deRibeirão RibeirãoPreto PretoeeeRegião Região Coletivo Coletivo Educador de Ribeirão Preto Região
IPÊ ROXO ROXO IPÊ IPÊ ROXO
Há inúmeras possibilidades de olhar para um processo e
mação popular. Nesse momento, o Projeto gerou uma grande
contá-lo. E quando este é coletivo a responsabilidade da-
expectativa em relação ao aporte de recursos públicos
queles que escrevem sobre ele aumenta... O coletivo de
para a efetivação de um projeto de formação. Também
Ribeirão Preto iniciou sua mobilização em julho de 2005,
notamos que se iniciou um processo, em alguns mo-
com cerca de 20 pessoas e instituições participantes.
mentos conflituosos, de discussão sobre o papel do Pro-
Está situado na Bacia do Pardo e tem aproximação com algu-
jeto no Coletivo: o Projeto fazia parte do Coletivo ou o
caminhar em grupo. Há uma agenda elaborada para cons-
mas cidades da região - Serrana, Jardinópolis, Sertãozinho,
Coletivo se resumia no Projeto? O Coletivo teria condições de
trução do “Mapa socioambiental de Ribeirão Preto”, “Feira
Cravinhos e outras - além de Ribeirão Preto. De lá pra cá muitas
existência fora do/sem o Projeto?
dos Frutos”, dentre outras ações. A perspectiva de ampliação
pessoas/organizações circularam, se aproximaram, se afasta-
- A organização coletiva de um evento, na Semana do
do grupo, da chegada de novos parceiros, de aproximação com
ram, se renovaram, deixaram marcas e muitas contribuições.
Meio Ambiente, fortaleceu laços e referendou posições das
o outro Coletivo da região, o fortalecimento dos coletivos em
Aquelas que hoje estão presentes – Programa USP Re-
pessoas participantes, conferindo um ritmo de trabalho con-
seus estados e o PROFEA também nos anima e encanta a con-
cicla/campus USP de Ribeirão Preto, Associação Olhos
creto ao grupo. Ações conjuntas no município foram fortaleci-
tinuar no processo!
D´Água, Depto de Gestão Ambiental/PMRP; Projeto Gira
das. Pessoas de outros cantos do país aceitaram o convite para
Recicla/Faculdade Barão de Mauá e Casa da Ciência/Sala
fazer conferências e trocar experiências com Ribeirão Preto,
Verde - compartilham um pedaço desta história, sob
animando a continuidade do trabalho.
Coletivo Ipê Roxo Contato: Edina Sim: ednacosta@gmail.com USP Recicla: (16) 3602-3584/4904
um determinado olhar, como sempre. Buscamos iden-
- Um terceiro ponto marcante no processo deste grupo foi
tificar para este artigo aspectos que nos movem e nos
a saída de uma professora referência em Educação Ambien-
desafiam no processo de construção coletiva de ações de For-
tal, representante da instituição proponente, que exercia uma
mação de Educadores Ambientais Populares em nosso terri-
coordenação aglutinadora no Coletivo. Esta saída representou
tório. Olhamos para isto esperançosos de compreendermos
mudanças na comunicação com essa instituição e um rearran-
O projeto dos Coletivos Educadores aqui na região (Restinga,
melhor nosso caminho e colaborar na reflexão com os demais
jo de papéis, lideranças e passos de trabalho do grupo. A pro-
Serrana e Ribeirão Preto), municípios do interior do estado de
coletivos do estado sobre como nos constituímos em coletivos
moção de uma oficina de Projeto Político Pedagógico – PPP
São Paulo está parado. Houve uma grande mobilização inicial,
educadores. Destacamos, em nosso caminho quatro momen-
pela assessoria da Diretoria de EA/MMA nos esclareceu diver-
e um interesse nosso e de outras instituições em construir o
tos e neles, alguns eventos dinamizadores:
sos aspectos e alimentou a caminhada.
Coletivo, mas há de fato uma impossibilidade operacional
Prosa de Gaia
- Momento inicial de formação do Coletivo – quando
- Por fim, destacamos a questão das relações entre
para efetuar essa vontade. A idéia aqui na região era a de po-
percebemos que certas características do PROFEA facilitaram a
participantes do Coletivo – o grupo teve um momento
tencializar o trabalho que as instituições já desenvolvem em
congregação de múltiplas intencionalidades, pessoas e organi-
intenso de enfrentamento de suas diferenças numa cer-
EA, manter uma rede para trocas, multiplicação da proposta
zações. O convite inicial, aberto às diferentes possibilidades de
ta etapa do processo, com diálogo difícil e divergências
e para organizar oficinas de formação de educadores(as) am-
composição de cardápios de formação, sem a exigência única
marcantes. Este fato, porém, não nos faz concluir que as
bientais. Como as instituições já estão com muito trabalho e
do espírito acadêmico, animou a aproximação de atuantes di-
divergências são um problema num grupo, mas ao contrário,
pouco pessoal, ficou difícil operacionalizar esse projeto, e aqui
versos em EA. Ainda no final de 2005, a resposta do Coletivo de
nos faz valorizar ainda mais a importância que temos que dar
vai uma pergunta: a DEA poderia nos apontar um caminho, em
Ribeirão Preto ao edital do FNMA constituiu-se num momento
para a abertura ao diálogo.
função da experiência de outros coletivos? Essa é a situação do
intenso de reflexões sobre o potencial de cardápios do municí-
Em Ribeirão Preto um grupo coletivo continua se reunin-
pio e busca de parceiros, quando um grupo buscou um formato
do, pautado no PROFEA. A re-construção e aprofundamento
que respondesse ao edital, permeado pelo referencial de for-
do Projeto Político Pedagógico oferecem uma base para se
CE daqui! Contato: Thelmeli: projetorp@uol.com.br
10
Ação Sócio-Educativa Sócio-Educativa no no COEDUCA COEDUCA Ação Coletivo Educador Educador Ambiental Ambiental de de Campinas/Brasil Campinas/Brasil Coletivo Introdução O COEDUCA – Coletivo Educador Ambiental de Campinas é
e políticos são tão importantes quanto os econômicos e eco-
são as pessoas e não necessariamente os processos, os equipa-
lógicos na necessária busca desta qualidade de vida para a
mentos ou mesmo as legislações, estas sim, focos de atuação
totalidade da população da cidade.
das pessoas formadas no processo proposto pelo COEDUCA.
um grupo de pessoas e instituições governamentais e não-
Neste sentido, o COEDUCA se compromete constante-
governamentais atuantes na cidade de Campinas (Brasil) que
mente com os processos de combate à exclusão e diminuição
reconhecem em sua atuação cotidiana uma preocupação (ou
das desigualdades sócio-econômicas e, para isto, se posiciona
O processo de formação do COEDUCA iniciou-se em de-
efetiva ação) com a formação de Educadores Ambientais no
de uma maneira crítica quanto a valores como o materialis-
zembro de 2004, e as atividades de formação dos primeiros
âmbito municipal. Com base nas diretrizes do ProFEA (Progra-
mo, o individualismo, a competitividade e a homogeneização
150 Educadores Ambientais no município tiveram início em
ma de Formação de Educadoras e Educadores Ambientais),
cultural por intermédio de uma globalização hegemônica que
fevereiro de 2007. Após a realização de um amplo diagnóstico
implementado pela Diretoria de Educação Ambiental do Mi-
tende a desvalorizar a diversidade entre os grupos e povos.
ao longo de 2 anos, através do projeto do COEDUCA foram for-
Métodos
nistério do Meio Ambiente (DEA/MMA), o COEDUCA tem como
Finalmente, devemos deixar claro que, apesar de partir-
mados 21 grupos (“Coletivos Locais de Ação Sócio-Educativa”)
proposta formar 150 Educadores Ambientais em todo o muni-
mos das questões (problemas) sócio-ambientais presentes na
em diferentes regiões do município, cada um deles abrangen-
cípio, que formarão outros Educadores Ambientais Populares
sociedade, nos diferenciamos de outras atividades ditas am-
do uma ampla diversidade de pessoas que, por sua vez, estão
nos seus bairros e regiões, contribuindo para a melhoria da
bientais, pois nosso foco é prioritariamente educativo e não
inseridas nessas comunidades locais, através de diversos pro-
qualidade de vida da população campineira.
de gestão ambiental. Citando Paulo Freire: “A educação não
jetos de ação nas áreas cultural, social e ambiental e em sin-
Nosso principal objetivo é o de construir uma sociedade
transforma o mundo, a educação transforma pessoas e pesso-
tonia com outros Coletivos Educadores similares em diversos
sustentável o que significa que os processos sociais, culturais
as transformam o mundo”, desta forma, nosso foco de atenção
municípios de todo o Brasil. A adesão a este processo tem ocorrido a partir da manifestação espontânea de pessoas que se identifiquem com os princípios conceituais e metodológicos expostos pelo COEDUCA. Desta forma, uma ampla divulgação deste processo de convite tem sido fundamental, tanto para que pessoas das mais diferentes experiências pessoais e profissionais sejam envolvidas no processo, quanto para que estas pessoas “representem” a diversidade e a extensão territorial de Campinas. Paralelamente, esta ampla divulgação tem permitido que, por meio de uma linguagem plural e acessível, estas pessoas reconheçam e, eventualmente, se identifiquem com algumas das características inovadoras deste processo: 1 a formação de pessoas por meio de uma Ação sócioeducativa; 2 o estímulo à criação de Coletivos Locais responsáveis pelas Ações e 3 o apoio a estes processos por meio da disponibiliza-
Os Pap2 do Coeduca na abertura do projeto em dezembro de 2006
ção de um Cardápio de Aprendizagem que represente
11
a diversidade de visões sobre conteúdos e metodolo-
de atividades formadoras oferecidas pelos integrantes do COE-
gias presentes na formação de educadores ambien-
DUCA, quanto por atividades que partam da suas próprias ne-
tais em Campinas
cessidade (identificadas e expostas para o Coletivo), passando
Todo este processo deve ser acompanhado, na forma
prioritariamente pelas atividades de formação que os próprios
de tutoria, pelos integrantes do COEDUCA, grupo que cresce
Coletivos Locais já disponham na forma de conhecimentos e ha-
permanentemente, à medida que mais pessoas se identifi-
bilidades de seus membros ou de pessoas da comunidade.
cam com o movimento. Desta forma, o COEDUCA, mais que
Deste modo, se compõe um cardápio de aprendizagem
um grupo definido de pessoas, passa a ser uma verdadeira
que disponibiliza atividades de formação - amplas, ricas e di-
rede local de Educadores Ambientais, comprometidos com
versas – que serão acessadas e demandadas pelos integrantes
a formação de outros por meio, tanto do apoio aos Coletivos
de todos os Coletivos Locais, cada qual compondo seu particu-
Locais de Ação Sócio-Educativas, quanto das nossas atividades
lar e apropriado percurso de formação.
cotidianas.
Resultados parciais
Conclusões parciais, mas definitivas
Estamos no final da primeira fase do processo de forma-
Ainda no meio de um processo de formação, no qual nos
ção dos Educadores Ambientais. Nesta fase foram vivenciadas
educamos ao educarmos outras pessoas, citamos Paulo Freire
(“Extensão ou Comunicação”, 1970) para apresentar nossas conclusões parciais: “Educar, educar-se [ou coeducar] ... é tarefa daqueles que sabem que pouco sabem, e por isso sabem que sabem algo e, podem assim chegar a saber mais, em diálogo com aqueles que, quase sempre, pensam que nada sabem, para que estes, transformando seu saber que nada sabem em saber que pouco sabem, possam igualmente saber mais.”
Coordenador: Sandro Tonso E-mail: coeduca_contato@yahoo.com.br Fone: (19) 8116-6763 – Osvaldo
04 atividades que tiveram por objetivo: 4 ampliar o conhecimento in loco de cada pessoa com o próprio território municipal, ou seja, com o espaço da cidade de Campinas, sua história, seus processos
O Coletivo Coletivo Educador Educador Piracicamirim Piracicamirim O
de apropriação e transformação e seus mais diversos grupos de expressão cultural – Re –conhecendo
O Coletivo Educador do Ribeirão Piracicamirim (Pisca) é fruto de
Campinas.
uma articulação que existe na sub-bacia do Pisca há alguns anos.
5 ampliar a capacidade de percepção e de expressão de
O território desta sub-bacia abrange 3 municípios: Saltinho,
cada pessoa colocando-as em contato com atividades
Rio das pedras e Piracicaba e está dentro da bacia do Rio Piracicaba,
e dinâmicas que exigiram que as dimensões senso-
na URGH – PCJ.
riais e afetivas fossem estimuladas por meios os mais diversos – Caminhos. 6 propiciar as trocas de histórias (de aprendizagem) de cada participante reconhecendo em cada um deles um fundamental ator/agente de transformação de sua própria história e território - Relatos. 7 criar espaços de discussão ampla sobre alguns dos conceitos fundamentais deste processo: comunida-
O momento atual é a elaboração do nosso Projeto Político Pedagógico (PPP), através da reflexão sobre qual é a água que permeia nosso Coletivo, ou seja, nossos conceitos e objetivos em comum. Para isso olhar a bacia, olhar as instituições, as ações, as pessoas, as relações, as parcerias dentro deste cenário é fundamental para todo o processo do Coletivo Educador agora e no futuro. Uma decisão importante tomada é de que durante um ano um dos integrantes do Coletivo terá o papel de animá-lo, ou seja, planejar e facilitar todo o processo.
des interpretativa de aprendizagem e pesquisa-ação
Hoje esta função é exercida pelo Projeto Bacias Irmãs – Equipe Piracicamirim ESALQ/USP.
participante, além de diversos conceitos básicos so-
O caminho agora é finalizar o marco situacional e conceitual do PPP e seguir rumo à formação dos cardápios e definição dos
bre os quais estes se fundamentam: alteridade, per-
PAPP 3, lembrando que incorporamos um P a mais nos PAP´s = Pessoas que aprendem Participando com PACIÊNCIA.
tencimento e potência de ação – PAP. Nesta nova fase do projeto, os Coletivos Locais definirão seu próprio processo de formação a partir tanto de um conjunto
Joyce Brandão, e-mail: joycebras@yahoo.com.br, blog: coletivopisca.blogspot.com Colaboração: Julia Faro
12
Coletivo Educador da Região Norte da cidade de São Paulo
Iniciada a primeira etapa do projeto “Coletivo Educador da região norte da cidade de São Paulo” Em junho, o Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultu-
trabalho terá como objetivos:
Do ponto de vista teórico-metodológico, a intervenção
ra de São Paulo – IBECC iniciou a execução da primeira etapa
• Organizar espaços urbanos na região selecionada,
proposta caracteriza-se pelo esforço para produzir, mediante
do projeto “Coletivo Educador da Região Norte da Cidade de
constituindo-os em micro-territórios delimitados em
a ampliação do universo de livre interlocução, concomitante-
São Paulo”, com o apoio do Fundo Nacional do Meio Ambiente
torno das escolas públicas nela existentes;
mente com ações cooperativas e refletidas no socioambiente,
– Ministério do Meio Ambiente e contando com a cooperação
• Implementar, a partir dos agentes de saúde e em
uma tecnologia social que propicie aos sujeitos participantes
do LAPSI / IP-USP – Laboratório de Psicologia Socioambiental
conjunto com as escolas e comunidade, programas,
a experiência de criar novas formas de construir a história de
e Intervenção do Instituto de Psicologia da Universidade de
ações e iniciativas visando o aprofundamento das
vida (pessoal e coletiva), objetivando a apropriação da condi-
São Paulo, Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da PMSP,
análises da questão socioambiental;
ção de sujeito histórico – um agente de transformação socio-
Centro de Educação Unificada - CEU Paz da Secretaria de Educação da PMSP, Rede Paulista de Educação Ambiental (REPEA), Fundação Zerbini, Instituto Kairós, Associação Holística de Participação Comunitária e Econômica (AHPCE).
• Gerar e realizar estudos diagnósticos e prognósticos do socioambiente; e • Planejar e estruturar as dimensões técnicas da educação ambiental e dos programas de trabalho.
Estrategicamente, o trabalho pretende constituir um co-
O território abrangido pelo projeto é formado pelos dis-
letivo de instituições públicas e/ou da sociedade civil sediadas
tritos administrativos que definem a fronteira ao norte do
e/ou atuando na região norte de São Paulo, com o propósito
Município de São Paulo, acompanhando o desenho da Serra
de emular, promover e subsidiar a organização de coletivos de
da Cantareira até o Pico do Jaraguá, denominados: Tremembé,
habitantes e/ou associações enraizando-se, propagando-se
no extremo norte, Mandaquí, Cachoeirinha, Brasilândia, Jara-
e expandindo-se “na” Região Norte. O projeto visa o aprimo-
guá, Perus e Anhangüera, no extremo noroeste. A área total
ramento na eficiência e eficácia de produção de mudanças
desse território é de 191,55 Km² (SEMPLA / Geocidade de São
ambientais comprometidas com a construção de sociedades
Paulo) e sua população é de 913.969 habitantes, alocados pre-
sustentáveis pela via da educação ambiental e através da or-
dominantemente em domicílios com renda mensal entre 0 e 7
questração de ações e iniciativas, englobando:
salários mínimos (IBGE - Censo 2000).
• Formação de educadores ambientais,;
ambiental.
Do ponto de vista ético, o projeto caracteriza-se pelo
• Educomunicação socioambiental;
contato com as demandas de grupos minoritários (no sentido
• Educação por meio de estruturas educadoras; e
psicossocial e político, conforme adotado por Kurt Lewin) e
• Educação em foros e coletivos.
pela compreensão crítica acerca da necessidade de superar as
Todo o projeto é permeado pela pressuposição da ne-
inúmeras formas de atuação interventiva que, muitas vezes,
cessidade de um processo coletivo de planejamento adapta-
fomentam a manutenção do status quo, seja, por um lado, em
tivo; neste sentido, estão previstas estratégias continuadas e
decorrência de práticas produtoras de degradação ambiental
flexíveis de acompanhamento avaliativo, que fornecerão os
seja, por outro lado, em função do direcionamento da dese-
elementos para o prosseguimento das ações e iniciativas no
jabilidade popular no sentido da inclusão nos espaços (reais e
campo. Em sua primeira etapa, com duração de seis meses, o
virtuais) urbanos.
Contato: Eda Tassara e Yara Vicenti: ibecc.mma@terra.com.br La na grande cidade de Sao Paulo, o pessoal da zona norte trabalha um novo olhar sobre a cidade para poder mudar seu SOCIOAMBIENTE e possibilitar a inclusao popular nos espacos urbanos. E nao fica so por ai! Eles querem se expandir para o Vale do Paraiba Paulista, formando um novo Coletivo Educador por la!
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ColetivoEducador Educador Coletivo Coletivo Educador
Serra do do mar mar Serra Um começo simples: um grupo de educadores de Parques e Zôos da Baixada interessados em conhecer projetos uns dos
Uma fonte para duas crianças
outros. Logo percebemos que nossas semelhanças extrapola-
mos com a mesma quantidade de alimentos que alimentava um só? Apesar de principiar a multiliderança, novos quadros ainda não se apropriaram naturalmente da REABS. Mas a rede vê, forçadamente, seus líderes terem de direcionar tempo para o CE-BS, já que se trata de um processo menos orgânico que a REABS, com prazos e demandas estabelecidos externamente. Qual a diferença exata entre uma Rede de EA e um CE? Em que, ou quais pontos pode-se distinguir a proposta de um e de outro? Há diferenças entre os públicos com que trabalha um e outro? Apesar de haver consciência de que o CE-BS alimentará
vam as atividades, alcançando anseios, sonhos, desejos. Entre
Um bebê quando nasce mama que é uma beleza. Como todo
a REABS ao formar novos educadores ambientais, não se tem
cafezinhos e bolachas, surgiram as primeiras reuniões. Logo
e qualquer organismo recém nascido ou em concepção, de-
muito clara esta distinção.
depois a lista na internet da REABS.
manda proporcionalmente mais energia do que aqueles já
Pretende-se continuar a questionar o padrão organiza-
Envolvemos mais instituições e tivemos de articular en-
crescidos. Em fase de expansão plena, acumula mais recursos
cional hegemônico com a REABS, estimulando a cultura de
contros maiores. Em um ano, três grandes encontros estabele-
energéticos para permitir seu desenvolvimento. O mesmo
redes a partir de sua vivência. Mas pretende-se também es-
ceram, fortaleceram e expandiram a rede. Criamos um grupo
acontece com os organismos sociais, como o Coletivo Educador
truturar uma dinâmica sinérgica dos processos formativos em
de estudos para aprofundar conhecimentos e entender a vi-
da Baixada Santista.
EA no território, composto pelos nove municípios da Região
vência em rede e realizamos visitas técnicas para socializar os
A analogia com um bebê é muito propícia para abordar o
Metropolitana da BS (Bertioga, Guarujá, Santos, Cubatão,
CE-BS, pois é também um bebê. Oriundo da Chamada Pública
São Vicente, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe),
A aprovação na Chamada Pública 001/2006 (DEA/)MMA)
DEA 001/2006, nasceu, mas precisa crescer. Isto é, identificar o
e potencializar a ação dos Educadores Ambientais a partir do
foi apenas o começo de nova fase. Não temos clareza ainda
seu terreno, encontrar as instituições com potencial de forma-
CE. Mas o alimento para os dois corpos ainda é o mesmo que
dos limites entre rede e Coletivo Educador, mas sabemos que
ção de Educadores Ambientais (PAP2), construir o Projeto Po-
alimentava um só.
o mais importante já foi conquistado: a consolidação do grupo
lítico Pedagógico (PPP) e depois o Cardápio de Aprendizagens,
com parceiros integrados, motivados, sintonizados e unidos
para após trabalhar na formação dos educadores ambientais
por laços de admiração, respeito e carinho. Desta força surgi-
(PAP3)... mas até lá há uma intensa jornada.
trabalhos desenvolvidos.
rão as respostas necessárias para seguir em frente! Como diz a canção...
Porém, para desenvolver-se saudavelmente necessita de muitos recursos, energias, matéria humana comprometida,
Todos juntos somos fortes
com tempo para dispor e destinar ao crescimento do organis-
Somos flecha e somos arco
mo.
Todos nós no mesmo barco
Mas e se o mesmo alimento que permite o pleno desen-
Não há nada a temer
volvimento de um corpo necessita ser dividido para satisfazer
Ao meu lado há um amigo
dois? Provavelmente o crescimento de um, de outro, ou dos
Que é preciso proteger
dois será comprometido. Esta é uma característica do CE-BS
Todos juntos somos fortes
e um dilema para seus integrantes, que membros do Grupo
Não há nada para temer!
Gestor da REABS – Rede de EA da Baixada Santista, hoje se
(Todos juntos – Enriquez Bardotti e Chico Buarque)
vêem obrigados a direcionar suas energias e seus tempos para a estruturação do CE-BS.
Carla Cerqueira Bióloga, Horto Municipal de São Vicente.
Surgem então dois questionamentos: Como destinar tempo, energia e recursos para o CE-BS sem que a REABS venha a cair na inatividade? Ou então, como alimentar dois organis-
Bruno Pinheiro Contato: coletivoserradomar@gmail.com
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Coletivo Educador Ambiental do Coletivo Coletivo Educador Educador Ambiental Ambiental do do
A valorizacao do conhecimento popular tambem e um item da mochila! No RIOMOGI ela estaápresente ja no planejamento das atividades de formacao, onde todo mundo devera aprender e ensinar!
Rio Mojiguaçu O coletivo do Mojiguaçu (grafado desta forma, preservando
- Mogi Guaçu; SAMAE; Secretaria de Comunicação de Mogi
pescadores, pedreiros, donas de casa, crianças, pajens, profes-
o dialeto de origem) atualmente abrange os municípios de
Guaçu.
sores e professoras de todos os níveis, empregadas domésti-
Mogi Guaçu, Estiva Gerbi. Já articulamos Mogi Mirim, Itapira,
As primeiras reuniões do grupo articulador operacional
cas, comerciantes e comerciários, empresários e industriários,
Socorro; pretendemos chegar a Lindóia, E. S. Pinhal, Conchal e
ocorreram na Escola Comunidade Interativa Objetivo. Foi en-
líderes de associação de bairros, sindicalistas, etc. Observamos
demais municípios do Alto–Mogi.
tão que antigos parceiros disseram ao MMA: Presentes! Esta-
que algumas destas PAPs4 precisarão ser escaladas para atu-
mos aqui!
arem como PAPs3 em algumas oficinas, incorporando sabe-
Encontra-se em fase de estruturação e ampliação da articulação de novos parceiros, de coleta de dados e informações e
Enquanto aguarda a formalização do contrato de cola-
res populares aos cardápios de aprendizagem (por exemplo,
no aguardo da celebração do Termo de Cooperação Técnica en-
boração com o MMA, o GAO (grupo articulador operacional)
alguns catadores e artesãos que orientarão algumas oficinas
tre o MMA e a ONG Comunidade Cooper 3 R Rio Mogi Guaçu.
reúne-se para coletar dados e informações, inserindo-se em
formadoras de PAPs4).
No ano de 2006, alguns integrantes da OSCIP Comunida-
contextos e diálogos com os outros Coletivos, aprendendo a
No último encontro, o GAO definiu as próximas ações:
de Cooper 3 R Rio Mogi Guaçu, proponente do projeto, cujo
ser PAPs2 ao participar de alguns encontros. Bia e Cláudia (Co-
buscar contato com representantes de novos núcleos (Lindóia,
presidente é o Sr. Joselito de Jesus Paiva, catador, convidou os
munidade 3 R) estiveram em São Paulo em 1º de dezembro
Conchal, Espírito Santo do Pinhal); marcar encontro com nú-
representantes das ONGs ORE - Organização Regional Ecológi-
de 2006, onde foi elaborada a minuta da PEEA SP Políti-
cleos de Socorro, Itapira e Mogi Mirim; criar logotipo; elaborar
ca, ICMG – Instituto Cidadania Mogi Guaçu e OCA – Organiza-
ca Estadual de EA do Estado de São Paulo (Diálogos da
folder divulgando o que é o Coletivo e convidando todos os
ção Comunidade Ativa (Estiva Gerbi) para atenderem à Cha-
DUMAPAZ).
segmentos sociais a participarem; elaborar texto para carta-
mada Pública do MMA “Mapeamento de Potenciais Coletivos
No lançamento do COEDUCA, estiveram em Campinas:
proposta e documentação para formalizar as parcerias com
Educadores para Territórios Sustentáveis“ e formalizarem as
Sandra, Bia, Tainá, Vítor (Comunidade 3R), Lucélia (Comuni-
carta de adesão ao Coletivo Educador por instituições (PAPs2)
parcerias em ações políticas, culturais e educativas socioam-
max), Reginaldo e Shirlei (ICMG) e Lara (ex–vereadora jovem).
que irão participar com recursos logísticos e financeiros e/ou
bientais interinstitucionais que já vinham realizando juntos.
Lá pudemos esclarecer algumas dúvidas e nortear as ações
político-pedagógicos.
Já de início, chamaram seus outros parceiros de luta,
para a construção do CE RIOMOJI.
workshops, seminários e encontros: APROMA (Associação
Estamos contatando as lideranças de associações, facul-
de Proteção ao Meio Ambiente); ONG TUPEC; Museu Histórico,
dades, escolas, poder público, etc. de Mogi Guaçu, identifican-
Pedagógico, Arqueológico Franco de Godoy. Outros órgãos e
do as PAPs3 e PAPs2 de Mogi Guaçu, Estiva, Itapira e Mogi Mi-
setores responderam afirmativamente: CBH MOGI; DEPRN
rim (por ora). Os PAPs4 serão: catadores, trabalhadores rurais,
Coordenação/articulação: Maria Beatriz Vedovello Bimbati. E‑mail: fonoaudio.bia@terra.com.br
15
Boletim:
Coletivo CUESTA CUESTA Educador Educador Coletivo Região de abrangência: A região delimitada inicialmen-
A gestão do grupo tem se pautado em decisões coleti-
ampliar seu espaço de formação e multiplicá-los também é o
te para o Projeto está nos municípios de Pardinho, Botucatu,
vizadas, especialmente nos encontros presenciais. Sempre se
grande elemento facilitador, uma vez que a proposta do Cole-
Areiópolis, São Manuel, Pratânia, Itatinga Anhembi, Conchas,
colocam em consulta e votação as discussões e idéias que en-
tivo Educador possibilita a arregimentação de pessoas identi-
Bofete, Pereiras, Porangaba, Torre de Pedra.
volvem os vários pontos do trabalho do Coletivo, objetivando
ficadas com essas idéias, cujo propósito é o de formarem-se e
em todo o processo a gestão compartilhada.
multiplicarem-se no campo socioambiental.
Inicio da caminhada é marcada por dois momentos: um em 2005 quando um grupo de diferentes instituições se reúne para organizar-se entorno da construção do coletivo. Por inúmeras razões o grupo não se consolida e nem apresenta proposta ao Edital no.005/2005. Reunindo-se novamente um grupo com composição semelhante, mas ampliado, agora com seis instituições da região de Botucatu, iniciam no segundo semestre de 2006 o segundo momento que culmina com a elaboração do projeto para concorrerem ao Edital do DEA/MMA,
Eventos relacionados ao CE programados para o 2º semestre de 2007:
Mapeamento Socioambiental: Iniciado o mapeamento desde o processo de construção do projeto quando cada ins-
a) Programa de Formação do PAP 2 conforme tabela a
tituição, proponente e parceiras, levantou ações que realizam e o contexto socioambiental da região.
seguir : b) Reuniões de planejamento de trabalhos e elaboração do PPP, a partir de da segunda quinzena de setembro; c) Mapeamento socioambiental – ampliação e organização dos dados;
É importante ressaltar que a região de Botucatu está sobre áreas de recarga do Aqüífero Guarani, o segundo maior reservatório de água doce do planeta, e que, algumas destas áreas de recarga estão situadas em solos muito susceptíveis a processos
deste mesmo ano. O envolvimento de pessoas e instituições
d) Formalização das parcerias;
em várias demandas da Educação Ambiental em diferentes
e) Elaboração do PPP.
espaços é o que propicia a aproximação com a proposta do
Dificuldades e desafios para o CE: A construção de um
seus perímetros parcialmente localizados dentro da APA Botuca-
grupo inter-institucional voltado para a elaboração de progra-
tu-Corumbataí-Tejupá. No Perímetro Botucatu desta APA encon-
mas de auto-formação e formação multiplicada constitui-se
tra-se um dos mais importantes sítios arqueológicos do Estado, o
por si só um grande desafio, especialmente, quando se espera
abrigo Sarandi, no Município de Guareí, com registros pré-histó-
uma diversidade de pessoas e instituições. No entanto, o que
ricos de cerca de seis mil anos. Outro patrimônio desta APA é o da
nos parece ser o elemento dificultador, ou seja, reunir pesso-
formação geológica das cuestas basálticas, único no Brasil.
Coletivo Educador apresentado pelo DEA/MMA. – Um item muito importante de se ter na mochila e o respeito aàDIVERSIDADE. La no CUESTA o pessoal ja percebeu: E dificil trabalhar com ela, mas e ela que permite que o trabalho seja feito, bonito como deve ser!
erosivos em áreas vulneráveis a contaminação do Aqüífero. Os Municípios de Botucatu, Pardinho e Bofete e Itatinga tem
as que representam segmentos diferenciados e sedentos em
Tema 1º Trocas de experiências
Reponsável Cicilia, Fernanda, Maria Clara e Mariana 2º Fundamentos de educação ambiental Marília 3º questões socioambientais do território de botucatu 4º Políticas e gestão em educação ambiental 5° Metologias participativas em educação ambiental
Linder Lourdinha/Janaína Célio
No momento da primeira reunião de ampliação reto-
Dia/hora 31/06 e 07/08 8 às 13 horas 14/08 e 21/08 8 às 13 horas 28/08 8 às 13 horas 04/09 8 às 13 horas 11/09 e 18/09 8 às 13 horas
Local EMA Escola do Meio Ambiente UNESP Departamento de Educação Instituto Floravida Secretaria Municipal de Educação Diretoria de Ensino
16
mamos esse diagnóstico por meio de um cadastro de identi-
conteúdos para a formação do coletivo educador, no âmbito
sociadas a estratégias de ampliação por meio da inserção de
ficação de iniciativas socioambientais de cada novo membro
do PAP2 e PAP 3. Com essa metodologia espera-se integrar e
release do Coletivo Cuesta Educador em sites das instituições,
e instituição parceira. Esses dados iniciais que percolam in-
contemplar a diversidade de experiências sociais que serão
release para jornais e programas nas tvs locais.
formações sobre os trabalhos ou projetos desenvolvidos, os
desenvolvidas na região para serem incorporadas e integradas
materiais produzidos e seus resultados, bem como o estágio
ao processo advindo de diversos campos do conhecimento.
de envolvimento da instituição com a área da Educação Am-
Processos educacionais que estão permeando a cons-
biental, estão em fase de tabulação. Esse mapeamento estará
trução do coletivo são: utilização dos espaços e estruturas edu-
orientando as atividades relacionadas principalmente com a
cadoras de cada instituição que estão integrando o PAP 2, tanto
construção do PPP e a formação dos PAP 3.
para desenvolver as reuniões de trabalhos quanto os processos
Cardápio Regional: No decorrer do processo de forma-
formativos; o incentivo a participação em foros e colegiados da
ção do PAP 2 (agosto e setembro), haverá encontros que prevê-
região e do estado com a integração as redes e demais coletivos
em oficinas de trocas de experiências, momentos importantes
do estado; a formação de educadores ao nível do PAP 2 através
para cada instituição participante disponibilizar os recursos e
de cursos, reuniões e seminários; e a divulgação das ações as-
As avaliações permeiam o processo constante do grupo, pois a cada encontro ou ações realizadas têm-se retomado os passos já percorridos e as propostas que ainda estão em estágio embrionário. Coordenação: Marilia de Freitas Tozoni-Reis/Maria de Lourdes Spazziani e-mail: mariliaedu@ibb.unesp.br) (spazziani@ibb.unesp. br), Tel. 14 3811 62 32 – Instituto de Biociências/Depto de Educação da UNESP – Botucatu/SP
O início de uma trilha: a articulação do pré-coletivo Educador das Bacias Tietê-Jacaré e Tietê-Batalha As Bacias Hidrográficas Tietê-Jacaré e Tietê-Batalha estão
representando o Coletivo Educador de Campinas (COEDUCA),
localizadas na região centro-oeste do Estado de São Paulo e
Miguel Anselmo e Sérgio “Natureza”, representando o Coleti-
abrangem 70 municípios, totalizando mais de 2 milhões de
vo Educador de São Carlos, Araraquara, Jaboticabal e Região
habitantes. Esta área compartilha aspectos ambientais po-
(CESCAR). Para demonstrar a experiência ambiental de um
sitivos, como manchas de Cerrado com rica biodiversidade e
município, o Prefeito de Bocaina, Kiko Danieletto, fez uma pe-
negativos, com a invasão da monocultura da cana-de-açúcar,
quena apresentação das iniciativas em desenvolvimento na-
trazendo consigo a exploração social e todos os impactos no
quela comunidade. Também foram apresentadas as caracte-
ar, água e solo decorrentes desta atividade. Muitas institui-
rísticas dessas duas bacias, como um retrato de um conhecido
ções, grupos e indivíduos têm se empenhado em realizar ações
que unia os presentes.
que favoreçam a melhoria das condições ambientais, sociais
Os participantes do encontro tiveram a oportunidade de
e econômicas desta região, muitas vezes de forma isolada e
apresentar suas iniciativas em painéis e no debate feito no
improvisada. Buscando potencializar essa energia, o Instituto
período da tarde. Ao final da atividade, cerca de 60 indivídu-
para orientar essa trilha. Perceber tanta diversidade de idéias
Ambiental Vidágua, de w e o Instituto Pró-Terra, de Jaú, pro-
os/instituições se manifestaram interessados em iniciar a for-
e ações visando a construção de uma sociedade crítica e que
moveram em 22 de julho o I Encontro de Iniciativas Socioam-
mação de um ou mais coletivos neste território. As próximas
pense de forma coletiva tem nos incentivado a somar neste
bientais das Bacias Hidrográficas Tietê-Jacaré e Tietê-Batalha,
articulações incluem a participação do grupo no III Encontro
processo. E viva o embrião Coletivo Educador que cresce a cada
reunindo aproximadamente 200 pessoas de governos, orga-
Estadual de Educação Ambiental e a realização de oficina so-
dia nesta região!!!
nizações não governamentais, estudantes, comunidades indí-
bre coletivos educadores, para definição dos grupos de traba-
genas, assentados, empresas e demais interessados.
lho. Muitas atividades também foram citadas como potencial
Para compartilhar com este grupo os conceitos de um co-
para reunir os interessados, demonstrando que há inúmeras
letivo educador estiveram presentes Semíramis Biasoli, repre-
iniciativas percorrendo o interior paulista. A troca de experi-
sentando o Ministério do Meio Ambiente, Vitor (completar!)
ências com os coletivos já formados têm sido fundamental
Inicialmente os contatos deste pré-coletivo são o Instituto Ambiental Vidágua (14 – 3281-2633/ contato@vidagua.org. br) e o Instituto Pró-Terra (14 – 9702-8922/ institutoproterra@hotmail.com).
17
Coletivo Educador Educador do do Coletivo
Pontal do Parapanema ria da qualidade de vida da comunidade onde estão inseridos
e mais de 10.000 pessoas abordadas diretamente pelo proje-
e trabalhar temáticas sobre aquecimento global e escassez de
to.
água.
Projeto Gente e Natureza
A região compreendida pelo Coletivo Educador “Dedos
O desenvolvimento das atividades contou com a partici-
Verdes” são os municípios de Teodoro Sampaio, Mirante do
pação direta e auxílio de diversos jovens (participantes do Pro-
Paranapanema, Rosana, Euclides da Cunha Paulista, Sando-
jeto Jovens ECOnscientes - parceria IPÊ com o Instituto Elektro)
valina, Tarabai, Estrela do Norte, Narandiba e os distritos de
e mais de 20 voluntários, estudantes das áreas urbanas e ru-
Primavera, Planalto do Sul, Costa Machado, Paraíso e Cuiabá
rais de Teodoro Sampaio, que possuem envolvimento com as
Paulista, da Bacia Hidrográfica do Pontal do Paranapanema,
questões socioambientais do município. Dentre as atividades
extremo oeste do Estado de São Paulo.
realizadas estão: palestras temáticas, plantio de mudas de es-
No momento, a implantação do Coletivo Educador apre-
pécies nativas, visitas monitoradas a um viveiro agroflorestal
senta como desafio a própria questão do voluntariado, que se
comunitário do município e tendas “Biodiversidade & Susten-
caracteriza por ser desde o princípio um processo participati-
tabilidade” (montadas em espaços públicos da comunidade
vo, de forma que nada seja imposto e direcionado e sim tudo
– escolas, praças e instituições - onde houve distribuição de
discutido, pensado e planejado coletivamente e que a realiza-
árvores nativas e de materiais didáticos, exposição de fotos e
ção das atividades esteja conciliada com o tempo disponível
informações de projetos socioambientais em desenvolvimen-
dos participantes.
to na região, projeção de vídeos ecológicos, oficinas educativas
Atividades programadas para o 2º semestre de 2007:
diversas e jogos ecológicos digitais).
- julho: ampla divulgação do planejamento e implan-
O projeto Gente e Natureza: Mãos dadas para a conservação
As atividades foram promovidas em parceria com a Po-
tação do Coletivo Educador na região do Pontal do Pa-
socioambiental no Pontal do Paranapanema – Uma proposta
lícia Ambiental e de Mananciais, o Departamento Municipal
ranapanema durante atividades guiadas (orientação
para a implantação dos Coletivos Educadores “Dedos Verdes”
de Meio Ambiente, o Departamento Municipal de Educação, o
e capacitação) com grupos de voluntários de Teodoro
teve sua primeira iniciativa durante o mês de junho de 2007
Instituto Elektro, a Cerb (Comunidade Ecológica Ribeirão Boni-
Sampaio;
com o desenvolvimento da Semana do Meio Ambiente pelo
to), o Viveiro Agroflorestal Alvorada, o Itesp (Instituto de Terras
- agosto: fortalecimento das práticas e saberes do gru-
Programa de Educação Ambiental “Um Pontal Bom Para Todos”
de São Paulo) e o Incra (Instituto Nacional de Colonização e
po de voluntários para o desenvolvimento das ações
do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, Diretoria Regional
Reforma Agrária).
práticas do Coletivo Educador na região do Pontal do
de Ensino Mirante do Paranapanema e Prefeitura Municipal de Teodoro Sampaio.
A mobilização comunitária que foi provocada pela ação desse grupo de jovens atingiu diretamente cerca de 2.000
Durante a Semana do Meio Ambiente foram realizadas
pessoas no desenvolvimento das atividades educativas, confi-
diversas atividades sócio-educativas em Teodoro Sampaio
gurando um dos momentos significativos do processo Coletivo
com o objetivo de incentivar a participação dos jovens no de-
Educador. Estima-se a participação de 260 jovens (20 de cada
senvolvimento de ações socioambientais que visem a melho-
município/distrito) nas ações de informação e de capacitação
Paranapanema; - setembro: ações de educação e conservação comunitária. Contato: Maria das Graças de Souza, e-mail gracinha@ipe.org.br Tel. (18) 3282-3924.
18
CESCAR São Carlos, Araraquara, Jaboticabal e região São Carlos, Araraquara, Jaboticabal e região
Em uma frase, poderíamos dizer que o objetivo fundamental
de PAP3, representantes comunitários, professores das redes
se estruturado em 3 Núcleos Gestores (NG São Car-
do CESCAR é formar sujeitos atuantes em Educação Ambien-
de ensino, técnicos de organizações governamentais e não-
los; NG Araraquara e NG Jaboticabal);
tal (EA)! Em outra, formar educadoras e educadores ambientais
governamentais e profissionais graduados ou não, interessa-
• Para atender as demandas específicas foram or-
que possam formar outros novos sujeitos em EA, que possam in-
dos na problemática ambiental e com perfil de participação
ganizados Grupos de Trabalho com função de
tervir sistemática e cotidianamente em seus contextos de vida.
e mobilização.
elaborar propostas: GT de Cardápio e PPP; GT de
A formação do coletivo teve o seu marco inicial no Semi-
Além de educandas(os) pertencentes aos municípios ci-
(Edu)comunicação e Divulgação; GT de Articulação
nário de Indaiatuba, em março de 2005, com a presença de
tados, foram incluídos inicialmente representantes PAP3 de
externa; GT de Diagnóstico de Ações, Projetos e Pro-
educadores ambientais convidados pela DEA/MMA, dentre es-
Ribeirão Bonito, integrante do recorte territorial, e Américo
gramas de EA e Diagnóstico Sócio-Ambiental. As de-
tes, 10 representantes de São Carlos, um de Araraquara e um
Brasiliense e Rincão, pela proximidade com Araraquara. Dos 92
cisões são acertadas nas Reuniões Gerais, das quais
de Jaboticabal. Num segundo encontro em maio do mesmo
candidatas/os selecionadas/os, 24 pertencem a instituições par-
participam as instituições parceiras (PAP2);
ano, o pólo regional do interior paulista formado em Indaiatu-
ceiras, e algumas dessas pessoas têm a função de PAP2/PAP3.
• PAP2 e PAP3 se encontram quinzenalmente para os
ba reuniu-se em um Seminário Regional na UFSCar – Univer-
Nossa proposta educacional tem o objetivo maior de pro-
Encontros Gerais (que atualmente corresponde aos
sidade Federal de São Carlos, para discutir o detalhamento das
mover uma articulação das ações educativas voltadas para as
encontros educativos do curso propriamente dito); e
linhas de ação do projeto e a definição de instituições âncoras
atividades de proteção, recuperação e melhoria sócio-ambien-
• Além disso, vêm se estruturando grupos menores de
para a instalação de Coletivos Educadores na região. Em reu-
tal, potencializando o papel da educação para as necessárias
PAP2/tutoras(es) e PAP3 que vão se dedicar aos
niões posteriores foram agregadas instituições de Dourado e
mudanças culturais e sociais em direção à sustentabilidade.
projetos de intervenção educativa, formando Comu-
outras de Jaboticabal (trazendo a articulação de municípios em torno do Programa MES), formando-se o CESCAR.
Desse modo, o programa de formação deverá ser entendido como um processo de potencialização das capacidades
Atualmente, o Coletivo reúne 38 instituições de 09 mu-
individuais e de grupos para a realização de interações edu-
nicípios paulistas: Araraquara, Bebedouro, Dourado, Guariba,
cativas reflexivas e críticas levando em conta as dimensões
Ibaté, Jaboticabal, Monte Alto, São Carlos e Taquaritinga, que
espacial, histórica, cultural, econômica, ecológica e política da
apostam no trabalho cooperativo, crítico e reflexivo de forma-
realidade sócio-ambiental. Talvez, na melhor das versões para
ção em EA.
a sigla PAP, que pode significar Pessoas que Aprendem Partici-
Na fase atual, o CESCAR está trabalhando com o proje-
pando ou Pessoas que Aprendem Praticando, realmente.
nidades Interpretativas/de Aprendizagem que deverão incorporar mais à frente os grupos de PAP4. Merecem destaque dois aspectos observados durante o processo de implementação do projeto: • Nas Reuniões Gerais mensais são compartilhadas as propostas dos GTs mencionados, e as decisões to-
to de formação intitulado “Viabilizando a Utopia”, financiado
Várias são os esforços de organização do CESCAR que per-
madas coletivamente. Esse movimento entre as reu-
pelo FNMA. Em janeiro de 2007, foram iniciados os cursos gra-
mitem trabalhar de maneira coerente com a abordagem da
niões de GTs, Reuniões Gerais, Encontros Gerais com
tuitos de extensão e de especialização em EA, certificados pela
pesquisa-ação-participativa:
os PAP3 e futuramente os Encontros de Tutoria, criam uma dinâmica que, se por um lado representa um
UFSCar - Universidade Federal de São Carlos e outras instituições envolvidas no Coletivo Educador. Fazem parte do quadro
• Do ponto de vista geográfico/territorial o CESCAR tem
movimento relativamente lento e exige maior dedi-
19
cação dos envolvidos, por outro vem consolidando
No começo do curso de formação de educadoras(es) ambientais, começam as descobertas.
uma prática de gestão democrática do projeto, que
Dentre as ações formativas do CESCAR, os exercícios de percepção propostos nos primeiros encontros (mapa contorno e
busca ser coerente com a proposta da pesquisa-ação-
percepção ambiental por meio de fotografia) possibilitaram a compreensão inicial de potencialidades e problemas presentes
participante. E tem gerado também uma apropriação
nos municípios, relatados pelos PAPs3, bem como estimular a observação e reflexão mais apurada sobre os modos de vida,
crescente do projeto e de seus princípios norteadores,
os valores, etc. Os PAP3 registraram em fotografia as suas impressões sobre o ambiente em que vivem, apresentaram para o
bem como uma identidade com o CESCAR;
grupo o resultado do trabalho e depois foram convidados a refletir sobre a experiência:
• O Coletivo Educador apresentou um crescimento de
“No primeiro momento achei que tirar fotos era uma atividade simples que se daria facilmente (...) Verifiquei então que
100% desde sua formação original - de 19 para 38
não era uma tarefa tão simples, pois antes de mais nada, teria que além de ver, teria que enxergar detalhes, ver com outros
instituições.
olhos, de observador, de inquisidor sobre o lugar. Hoje sinto que comecei a domesticar e educar o meu olhar para pequenas e grandes coisas graças a esta atividade de fotografar.” Eva dos Santos Cozza.
Provisoriamente tornamos disponível um espaço virtual para acesso aos conteúdos que são trabalhados nos Encontros
“(...) Achei um exercício válido, pois consegui olhar para minha realidade com uma visão diferente, procurando potencialidades, onde só via problemas até então (...)” Viviane Aparecida do Nascimento.
Gerais com os PAP3, no endereço http://www.cdcc.sc.usp.br/
“(...) Consegui fotografar alguns espaços bem legais que na verdade nem eu mesma estava explorando. Parques, campi-
CESCAR/. O sítio definitivo ainda está em processo de elabo-
nhos, áreas verdes. Hoje tenho levado meus alunos nesses locais para aulas de Ed. Física e aproveito para integrar com aulas
ração.
sobre meio ambiente.” Ana Lúcia Lopes Tagliatela. “(...) Quando se documenta (fotografa) os problemas ou as soluções, ficam mais concretos, mais próximo de você, te induz
E-mail: cescarsaocarlos@yahoo.com.br, Fones: (16) 3351-8771 ; (16) 3373-9772 (com Bel Patronis ou Silvia Martins dos Santos) Coordenação: Haydée Torres de Oliveira - UFSCar
a se sentir responsável.” Raimunda Gomes Silva Soares. “Pensar criativamente é acrescentar ao raciocínio lógico elementos conciliadores como a imaginação, o mito, o sonho, a utopia, a sincronicidade, os ritos, a meditação e os insights, como instrumentos de compreensão e de significados tão importantes quanto os conhecimentos científicos”. Kátia, citando Suzete Carvalho.
CJ Caipira juventude em em ação! ação! juventude
O Coletivo Jovem Caipira de Meio Ambiente é um empreendimento de estímulo ao envolvimento e à organização de jovens num processo de engajamento e atuação junto às questões socioambientais. Reflete o espírito interiorano, a construção de um trabalho local, cooperativo e dedicado na inclusão da juventude de nossas cidades no mundo globalizado. Em setembro iniciam-se as atividades do Projeto Braço de Orion que tem como objetivo garantir aos jovens de comunidades escolares a convivência em grupo, a ampliação do universo cultural, acesso às novas tecnologias e a experimentação da vida pública. Serão ao todo 18 cidades das bacias Sorocaba Médio Tiête, Alto Paranapanema e Ribeira do Iguape envolvidas e jovens de 12 a 29 anos podem participar de forma voluntária em inúmeras atividades e oficinas tais como: agricultura urbana, ciberativismo, jazz contemporâneo, gestão de projetos sociais e Mapa Verde, entre outras. Entre em contato pelo e-mail: cjcaipira@gmail.com ou pelo telefone: 11 8142-2699.
20
C.E. Lagamar Coletivo Educador Ambiental do Lagamar O Coletivo Educador do Lagamar foi formado em agosto de
educomunicação entre outros. Atualmente, o Núcleo Cana-
2006 no Complexo Estuarino- Lagunar de Iguape-Cananéia-
néia do C. E. A. Lagamar elaborou um projeto de educação
Paranaguá, mais conhecido como Lagamar e está inserido no
popular para realização de Conferências de Meio Ambiente
baixo Vale do Ribeira. Essa região possui uma extrema impor-
e Agenda 21 Local, visando finalizar com um Fórum Local da
tância para o país, pois além de apresentar os menores Índices
Agenda 21. Este projeto, proposto pelo IpeC - Instituto de Pes-
de Desenvolvimento Humano – IDH do estado, abriga os maio-
quisas Cananéia – tem financiamento do IDESC/FNMA e início
res remanescentes de Mata Atlântica e estoques pesqueiros
no mês de julho.
Lagamar
– CONAPA, coordenando e facilitando os encontros e discus-
ainda conservados no Brasil, sem contar com a diversidade
Outras ações estão sendo realizadas no âmbito regional,
sócio-cultural, composta por comunidades tradicionais de
buscando envolver um maior número de pessoas e institui-
caiçaras, ribeirinhos, quilombolas e indígenas e com a diver-
ções, como a Semana Ambiental do Lagamar, com atividades
A formação do PAP2 está ocorrendo por meio dos encon-
sidade histórica, através dos sítios arqueológicos e das antigas
desenvolvidas pelas instituições e parceiros do coletivo; as
tros mensais do coletivo nos quais estão sendo apresentados
cidades aqui localizadas.
etapas do Circuito Vale Surf 2007; e o Plano de Limpeza das
alguns conceitos e subsídios teóricos para os membros do co-
O C. E. A. Lagamar abrange quatro municípios, Cananéia,
Praias do litoral sul de São Paulo, ambos realizados no dia
letivo educador, mas estamos necessitando de um nivelamen-
Iguape, Ilha Comprida e Pariquera-Açu e indiretamente possui
12/05/2007 pela Associação Ilha Adventures, Biologus ONG
to conceitual e orientações técnicas de especialistas (MMA e
atuação em toda a região do Vale do Ribeira em sua Bacia 11
e Coletivo Educador do Lagamar, nas praias da Ilha Compri-
MEC) e também de outros coletivos existentes.
– Bacia Hidrográfica do Rio Ribeira. Desde a sua formação, o
da, que realizaram atividades de conscientização ambiental,
Serão formados 36 PAP3. A proposta é selecioná-los atra-
grupo vem trazendo à tona aspectos que dificultam as ações
mutirão de limpeza e panfletagem sobre saúde e qualidade
vés de critérios estabelecidos após a realização do mapeamen-
das instituições e pessoas dos quatro municípios que com-
de vida.
to sócio-ambiental e cultural da região, elaboração do PPP e
sões dessa questão na região de abrangência da APA-CIP.
definição dos cardápios de aprendizagem.
põem o coletivo e discutindo de forma concreta estratégias e
Através do crescente envolvimento dos parceiros e utili-
saídas para solucionar estes pontos, sendo que a comunicação
zando como base projetos e ações locais que tiveram resul-
Algumas ações práticas que estão permitindo o engaja-
é um dos principais desafios que temos pela frente, seguido
tados positivos e outras iniciativas que estão sendo realizadas
mento e a articulação das parcerias para potencializar o Cole-
do envolvimento e integração dos três setores, incentivos e
local e regionalmente, estamos permitindo a inserção de pes-
tivo Educador do Lagamar são:
apoios para a consolidação do coletivo, como transporte, fi-
soas e instituições com potencial de serem executoras e propa-
nanciamentos e capacitações continuadas para os PAP2.
gadoras dos objetivos do Coletivo Educador.
• Participação no projeto Em Cena... Ação! Educomunicação para construção da Agenda 21 no município de Cananéia
Alguns projetos realizados localmente inseriram pessoas
Por enquanto os processos educacionais são sendo de-
e instituições da área de abrangência do Coletivo Educador e
senvolvidos localmente, mas desde a formação do Coletivo
• Campanha em defesa do Rio Ribeira de Iguape
possibilitaram trocas de experiências entre os municípios, via-
Educador algumas iniciativas vem sendo discutidas no sentido
• Circuito Vale Surf 2007 e Plano de Limpeza das Praias
bilizando condições para a ampliação desta integração e do
de integração, como por exemplo, as estruturas educadoras
potencial que existe nestas ações coletivas. O principal foi o
que alguns municípios estão buscando e/ou potencializando,
• Coordenação das reuniões da Câmara Técnica de Edu-
projeto “Formação de Educadores Sócio-Ambientais no muni-
como Salas Verdes, COM-VIDAs, Coletivos Jovens entre outras.
cação Ambiental do Conselho da Área de Proteção
cípio de Cananéia” pelo programa Educação de Chico Mendes
A participação em colegiados vem se tornando também algo
Ambiental de Cananéia, Iguape e Peruíbe – CONAPA.
(MEC), que proporcionou a alguns participantes de outros mu-
concreto no Coletivo Educador, como conselhos locais e regio-
nicípios – além de Cananéia - uma vivência da realidade local
nais. Recentemente, foi oferecido ao C. E. A. Lagamar a assun-
C.E. Lagamar - e-mail: gmrigo@gmail.com,
e referenciais teóricos-práticos sobre temas ligados a Agenda
ção da Câmara Técnica de Educação Ambiental do Conselho da
21, sustentabilidade, geração de renda e economia solidária,
Área de Proteção Ambiental de Cananéia, Iguape e Peruíbe
clebebio@yahoo.com, araca@riseup.net Núcleo de Cananéia: (13) 3851-3081
do litoral sul de São Paulo
21
Coletivos Educadores Educadores do do Coletivos Baixo Tiete Tiete Baixo Em 2005 o Coletivo educador do Baixo Tietê começava a dar
ou eventos ligados ás questões ambientais tem colocado os
no que tangem a sua condução, procedimentos, resultados, e
seus primeiros passos, em reuniões para apresentação do
gestores municipais como o principal interventor na área tan-
as mudanças esperadas através das ações realizadas.
projeto Coletivos educadores ambientais para os potenciais
to educacional como ambientalista. A característica ambiental
parceiros nesse trabalho a ser desenvolvido na Bacia Hidrográ-
da região – pobre quanto a reservas florestais, biodiversidade
fica do Baixo Tietê. Contando com a participação da Semíramis
ou mesmo paisagens significativas tem concentrado as ações
A formatação do projeto político pedagógico foi elabo-
Biasoli representante do MMA e muitas entidades de Penápo-
ambientais nos serviços público de saneamento e meio am-
rada em oficinas e GTs – grupos de trabalho cujo documento
lis e região, foram formalizadas as parcerias, definidos alguns
biente, tanto dos municípios como os estaduais com sede na
base foi elaborado pelo grupo executivo segundo a orienta-
itens de cardápios de aprendizagem e organizada a proposta
região. Assim a grande maioria dos interessados pelo projeto
ções do MAPEA. Em cada tópico perguntas orientaram as dis-
de trabalho dos Coletivos Educadores buscando formas de
está ligada aos gestores públicos (Secretarias Municipais de
cussões, acordando o processo de formação, a escolha do PAP3
ampliar suas parcerias e seus cardápios regionais. Realizaram-
Educação, Secretarias Municipais de Meio Ambiente ou de
e entre outros. Para o segundo semestre de 2007 estaremos
se oficinas para que todos visualizassem a capilaridade que
Agricultura, Serviços Autônomos de Saneamento e outros).
realizando o Cadastro das instituições que atuarão no processo
se pretendia instituir no Coletivo da nossa região, e também
Complementarmente temos, tanto na zona rural como na ur-
de formação; detalhando os cardápios existentes no território,
uma oficina conceitual sobre o Projeto Político Pedagógico. E
bana, instituições ou lideranças que demonstraram interesse
observando os recursos financeiros, institucionais, humanos e
assim seguimos a longa caminhada, articulando esforços re-
em participar do projeto, como: Associações de produtores
materiais; Elaborando e apresentando a proposta preliminar
gionais para ampliação de cardápios, divulgação de conceitos
rurais, vinculados aos projetos de Micro bacias desenvolvi-
do PPP seminário para conclusão e definição do calendário das
e princípios do programa, sensibilização de lideranças até che-
dos pela CATI; Usinas de destilaria e Álcool, através dos seus
atividades do processo de formação.
garmos em novembro de 2006 onde realizamos a assinatura
departamentos de relacionamento externo; Sindicatos dos
O processo de formação terá carga horária de 180 horas
do convênio para darmos continuidade aos trabalhos que já
trabalhadores rurais;Membros de Conselhos Municipais de
aula – sendo 132 horas de atividade em grupo e 48 horas de
vinham sendo desenvolvidos. Em 2006 um novo encontro com
Meio Ambiente; Associação e Cooperativas de catadores ou
atividades a serem desenvolvidas nos projetos individuais de
os parceiros para constituição do grupo gestor, apresentação
recicladores de lixo; Membros de pastorais da Igreja Católica;
intervenção. As atividades em grupo serão de oito horas, aos
das fases de aprovação pelo do projeto pelo FNMA e as etapas
Associações de pescadores; Movimentos sociais ligados aos as-
sábados, a cada quinze dias. A estrutura curricular proposta na
previstas para continuidade do programa
sentamentos rurais do INCRA ou ITESP.Ong`s com atuação em
forma de eixos deverá ser implementada de forma intercala-
O projeto utiliza como recorte territorial a área abrangida
educação ambiental ou de caráter ambientalista; Associações
da e não modular. Ou seja, os conteúdos mínimos demandam
pela Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê, composta por 42 muni-
ambientalistas – viveiros de mudas, de proteção ou de gestão
conteúdos instrumentais, que podem ser complementados
cípios. Neste momento estamos trabalhando com 10 muni-
de reservas; Clubes de serviços.
com tema regional específico e assim, ao longo do processo de
O PPP
Atividade desenvolvida com tutoria do PAP2. A metodo-
capacitação dos participantes já podem produzir intervenções
logia utilizada pelos tutores será composta por elementos de
em suas comunidades. Os Eixos Pedagógicos 1- Eixo Bási-
monitoria e avaliação de projetos, comuns nas intervenções de
co - Fundamentos da Educação Ambiental - 40 horas/aula,
políticas públicas e ações implementadas pela sociedade civil
2- Eixo Instrumental: Ferramentas de Planejamento e Ges-
Percebemos que as pessoas transitam por estas denomi-
O monitoramento e a avaliação aqui proposta se refere à forma
tão em Educação Ambiental - 28 horas/aula, Eixo Específico:
nações PAP2 e PAP3. O pequeno número de organizações da
de acompanhamento que a intervenção do PAP3 e PAP4 estão
Temática Regional - 72 horas/aula. O Módulo composto por
sociedade civil existente na bacia, ou mesmo de movimentos
empreendendo em suas comunidades o projeto ser avaliado
assuntos de interesse regional, vinculados à problemática am-
cípios – Penápolis, Promissão, Barbosa, Avanhandava, Birigui, Alto Alegre, Braúna, Brejo Alegre, Araçatuba e Glicério.
PAP2 ou PAP3 ?
22
biental da Região e o Eixo da Intervenção será trabalho do
prensa e da semente do Lixo do Luxo, como se envolveu com o
nas suas atitudes a luta em defesa do ambiente no território
PAP3 junto ao PAP4 na sua comunidade: 48 horas. A certifica-
projeto de tal maneira que em 1997 quando da oficialização da
da Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê, propondo soluções em
ção do curso será realizada pela UNITOLEDO e terá os seguintes
Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Materiais Reciclá-
situações conflitantes utilizando-se de flexibilidade e adapta-
critérios;Certificado de extensão universitária; necessidade de
veis ele era o presidente. Quando questionado sobre sua vitali-
bilidade diante de problemas concretos. A partir destas parce-
presença em 70%, no mínimo, nas atividades a serem desen-
dade e longevidade Otaciano cita o acordo que Pedro, Thiago e
rias diversas e com a valorização das diferentes práticas sociais,
volvidas; necessidade de realização do projeto de intervenção
André fizeram com Jesus que na contagem do tempo de vida o
apresentado quando da inscrição; apresentação final dos re-
encontramos apoio para mobilizar a participação popular.
que foi passado na beira de um rio não pode ser contado.
sultados do trabalho de intervenção de forma mais adequada
Onde pretendemos chegar?
à proposta ( escrito, fotos, vídeos, espetáculos, oficinas, etc). Momentos únicos...
Mapeamos as áreas do projeto nesta primeira etapa, sen-
Olha aí pessoal, as parcerias se comprometendo, boca no trombone...
do que os 42 municípios serão envolvidos nos subcoletivos.
O Instituto Afonso Toledo / UNITOLEDO – estará utilizan-
Durante as oficinas conhecemos pessoas incríveis, uma
Para que possamos concretizar a formação de 5 subcoletivos
delas o senhor Otaciano Moura da Costa, 80 anos, natural de
do do estúdio de TV; produção e edição de programas (25 no
para reproduzirmos as experiências entre eles, aproximando
Santa Luz-Ba, em 1952 veio visitar nossa região e por aqui
total) de TV sobre o projeto que serão veiculados pela TV Uni-
a realidade regional de forma a produzir sinergia, buscamos
ficou. É um profundo conhecedor da nossa região: a história
recursos no Comitê de Bacia do BH-BT através do FEHIDRO
versitária, TV´s das Câmaras de Vereadores da Região e utiliza-
da “construção” da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil com
– Secretaria Estadual do Meio Ambiente.
todas as nuances de destruição ambiental e da dizimação dos
O conceito de capilaridade também será alcançado atra-
3000 indígenas que por aqui viviam, é a sua preferida, não só
vés da realização de projetos individuais de intervenção dos
sabe detalhes como acompanhou a reconstrução das tribos
participantes do projeto de formação de maneira a garantir a
em Brauna. E como ele mesmo diz: “até 1978 eu fui um dos
reprodução e disseminação dos conhecimentos adquiridos.
destruidores da fauna brasileira” o caçador conhecido em toda região, o pescador (atividade praticada até hoje) e até o mine-
O grande sonho...
ção no processo de formação; O DAEP – cessão de hospedagem da página da Internet. Encontro com jornalistas da impressa escrita e falada para documentar as ações de formação do projeto; Desenvolver um vídeo de todas as etapas do projeto com o objetivo dar suporte ao processo de ampliação dos coletivos (formação dos sub-coletivos). Coordenadora: Regina Fátima Ferlini Teixeira – regina.
rador, vasculhou o rio Paraná todinho em busca de minério,
Não temos história de participação, mas vanguardas.
plis@uol.com.br, telefone – (18) 3652-0146 – Penápolis.
fez desse baiano um banco de dados vivo de nossa região. Nos
Atualmente as tomadas de decisões ficam a cargo do poder
Contato: DAEP- Departamento de Água e Esgoto de Pe-
anos 90 ele participava ativamente da Caritas do Brasil, orga-
público. Nosso maior desafio para nos constituirmos como CE
nápolis, www.daep.com.br , telefone – (18) 3654-6100,
nização religiosa, que lançou o Projeto Luxo do Lixo no estado
está em mobilizar para a participação e o envolvimento das
cea@daep.com.br, diretoria@daep.com.br
de São Paulo. Em 1995 quatro amigas procuraram seu Otacia-
vontades políticas da comunidade, do poder público, e da so-
Página na web hospedada no portal do DAEP.
no que não só fez contato com a Caritas para a vinda de uma
ciedade civil nos municípios, a fim de estimulá-los a incorporar
www.daep.com.br/coletivos
Coletivo Coletivo Educador ColetivoEducador Educador
Jaraguá/Parada de Taipas, que integram a Sub-bacia do rio Ju-
ambientalista, contribuindo para o desenvolvimento de ações,
query, vinculada ao Comitê de Bacia Hidrográfica do Alto Tietê
projetos e programas estratégicos e efetivos de defesa do meio
– CBH-AT e ao Subcomitê Juquery-Cantareira – SCBH-JC/AT.
ambiente. Dentre os exemplos, citamos os debates acerca do
Juca Juca Vivo Vivo Vale do Juquery e Serra da Cantareira em São Paulo
Com de cerca de 900 mil habitantes (IBGE - 2004), o vale do Juquery-Cantareira apresenta importantes patrimônios
Plano Diretor da cidade de Cajamar, que representam um grande progresso de iniciativas ligadas à Agenda 21.
tanto naturais quanto arquitetônicos culturais edificados ou
E com esse caldo bastante fértil de cultura e de história po-
O Vale do Rio Juquery e a Serra da Cantareira são localizados
tecnologicamente produzidos. São muitos os exemplos das
lítica democrática, o COLETIVO EDUCADOR JUCA VIVO conta para
no segmento Norte-Noroeste da Região Metropolitana de São
áreas presentes legalmente protegidas.
que as discussões relativas ao planejamento regional e à preser-
Paulo. Abrangem os municípios de Cajamar, Caieiras, Franco
Além de suas características naturais e patrimoniais, o
vação dos recursos ambientais e hídricos tenham novos desdo-
da Rocha, Francisco Morato, Pirapora do Bom Jesus, Santana
bairro paulistano de Perus e a cidade de Cajamar pertencentes
bramentos em termos de participação comunitária, mudanças
de Parnaíba e os bairros paulistanos de Anhangüera, Perus e
ao Vale têm uma arraigada tradição de lutas sociais de perfil
de atitude na vida cotidiana e avanços institucionais na região.
23
Dentre os programas de Educação e Conservação Am-
Nessa edição do Projeto, as atividades de formação de
biental e Patrimonial desenvolvidos na região, podemos citar
Educadores trabalharam a “leitura crítica de imagens de bens
“Chão Verde Terra Firme” e “Rio Pelos Trilhos”.
naturais e patrimoniais” no processo de ensino e aprendiza-
Em 2006, o Instituto de Pesquisa em Ecologia Humana -
gem da EA (Arte-Educação Ambiental). Apresentaram a “Lei-
IPEH, em conjunto com o Conselho Comunitário de Saúde Dr.
tura Crítica”, a partir de um diálogo pioneiro com a Arte-Edu-
Franco da Rocha (CCSFR) – duas das organizações da sociedade
cação, como mais um instrumento de trabalho pedagógico do
civil da região que constituem o movimento de mobilização da
professor, para a compreensão e manejo de conceitos de EA e
comunidade local para recuperação do rio chamado Juca Vivo, e
Patrimonial, entendendo-se que o conhecimento e percepção
pró-desenvolvimento sustentável do vale do Juquery e Serra da
da história da região podem motivar pessoas a se mobilizar
Caminhada ecológica em prol da criação do Parque do Juquery em setembro de 1989. ©Alcir de R. de Oliveira.
Cantareira – realizaram a quarta edição do Programa de Educa-
pelo desenvolvimento local e para a construção de políticas
ção e Conservação Ambiental denominado: Projeto Chão Verde
públicas, em estreita parceria com os poderes públicos locais.
Com reuniões técnicas realizadas tanto em escolas quan-
Terra Firme. Este Projeto é desenvolvido na região desde 1997,
Realizado também com estreita interação com o calendário
com recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (a partir
escolar das redes regionais de ensino, em 2004-2005, o Projeto
de 1999), e tem como principais metas: capacitar na área de
Rio pelos Trilhos já envolveu a comunidade escolar do município
EA com foco na conservação, uso racional e economia da água;
de Cajamar e dos bairros paulistanos de Perus, Anhangüera e
difundir conceitos e boas práticas de educação e conservação
Parada de Taipas (parcerias com a Diretoria de Ensino de Caiei-
ambiental, com foco na questão dos recursos hídricos, uso e
ras, que engloba Cajamar, e com a DE Norte I da Capital).
manejo adequado do solo; prevenir e reduzir o assoreamento e
O Projeto Rio pelos Trilhos buscou, acima de tudo, apoiar e
a ocupação das várzeas e dos cursos d’água; promover o sane-
promover o intercâmbio entre trabalhos em desenvolvimento,
amento ambiental com a participação da comunidade; fomen-
apontando-lhes a alternativa de colaborar na elaboração de
tar campanhas de bom uso da várzea e preventivas de controle
uma obra coletiva sobre o processo de ocupação humana da
de enchentes; educar com base na realidade local; enraizar os
Sub-bacia Hidrográfica do Rio Juquery, como forma de contri-
conceitos difundidos nos concursos do Parque da Várzea e Mo-
buir para uma melhor definição de políticas públicas regionais
radia Ecológica (primeira versão do Projeto).
para os recursos hídricos.
to em entidades comunitárias, o Projeto contou com a participação, na sua fase final, de 934 educadores, estudantes e lideranças populares, ao mesmo tempo em que importantes parcerias possibilitaram a expansão de suas atividades de forma qualificada para a base estudantil e para segmentos organizados das comunidades alvo. Mais informações, nos sites: www.ipeh.org.br e www.ccsfr. org.br. Visite o Setor de Educação na Net dos Programas e conheça os Materiais de Apoio Didáticos em Educação Ambiental e em Recursos Hídricos disponibilizados e realize, no Canal do Professor do Setor, as aulas virtuais do Curso Semi-Presencial para Educadores em Arte-Educação Ambiental.
Coletivo Educador ICEA – Mogi das Cruzes O Coletivo Educador ICEA - Interação Comunidade Para
Pública dos Coletivos educadores ambientais para territórios
cultural e econômica, coordenando atividades públicas, cursos
Educação Ambiental tem como objetivos sensibilizar e for-
sustentáveis (do Ministério do Meio Ambiente), a Associação
de aperfeiçoamento vocacional, artesanal e aprimoramento
mar a população de Mogi das Cruzes para que seja atuante em
Amigos de Taiaçupeba (SAT), formada por um grupo de ci-
sócio-cultural entre outros.
sua realidade, tendo conhecimento de suas responsabilidades
dadãos éticos, com valores morais e legais, empenhados na
No momento, as principais ações do ICEA são: a constitui-
como cidadã e das diversas formas de atuação na conservação
conservação da Mata Atlântica da região. Através de ações de
ção do grupo coordenador, com reuniões semanais e mensais
e preservação de seu ambiente; e desenvolver alternativas que
cidadania e educação ambiental, procuram zelar pela preser-
(no distrito de Jundiapeba – Mogi das Cruzes) e a Capacitação
priorizem um novo perfil de sustentabilidade socioambiental,
vação do meio ambiente e do remanescente da fauna, flora e
e formação para educadores ambientais populares.
compartilhando conhecimentos, informações e sonhos, para
da água e da promoção do desenvolvimento sustentável.
construir uma nova sociedade. Mogi das Cruzes conta com oito distritos que serão participantes do projeto dos Coletivos Educadores. O CE ICEA tem como Instituição proponente na Chamada
No distrito de Jundiapeba, foi desenvolvida a metodologia
A instituição atua ainda para a melhoria da qualidade
MAPA FALADO com a participação de vários lideres comunitá-
de vida, na formação de crianças e jovens, com atividades em
rios, o que resultou no diagnóstico dos maiores problemas. Foi
creches e grupo de escoteiros, entre outras; e desenvolve ações
definido, então, numa escala gradual, que o lixo ocupa 33% da
sociais, mudanças no urbanismo, na preservação histórica,
problemática ambiental, 24% Saneamento Básico e Seguran-
24
Fractais Coleciona/SP Ano 1 - n. 01 - Julho de 2007
ça e, diluídos os itens enchentes, infra-estrutura e ocupações irregulares. Diante da problemática dos resíduos sólidos, o ICEA, vem trabalhando nas ações que levem aos lideres comunitários informações de cidadania, coletividade e necessidade de preservação do meio ambiente. Debatemos, também, sobre a participação efetiva da comunidade e enfatizamos o planeja-
GT do Boletim Bruno Pinheiro (CJ Caiçara SP/ REABS/ CE Serra do Mar); Edna Kunieda (APASC/ CESCAR); Edna Costa (CE Ipê Roxo); Bel Patronis (CESCAR); Luciana Jatobá (CESCAR); Marta Kawamura (Ong Ramudá/CESCAR); Semiramis Biasoli (DEA/MMA); Vitor Tavares Gaspar (COEDUCA)
Coordenadora: Ivete de Fátima Lima Nagao 11-9807-2801 dknagao@uol.com.br Adriana de Oliveira Andrade 11-8253-2977 adriandrade_@ hotmail.com Francisco Cláudio Tavares 11-9969-8222 fclaudio@umc.br Ricardo Arouca Junior 11-9904-9046 ricardoaroucajunior@ gmail.com
Edição: Edna Costa, Bel Patronis, Luciana Jatobá, Marta Kawamura, Semiramis Biasoli FAQ: Luciana Jatobá Desenhos: Daniela da Silva Mapa dos CEs São Paulo: Vitor Tavares Gaspar Projeto Gráfico e diagramação: Guto Sguissardi/Beto Sguissardi/Paulo Paino Agradecimento à Débora Menezes Tiragem: 5.000 mil exemplares Este boletim é uma iniciativa dos Coletivos Educadores do Estado de São Paulo. Os textos sem assinatura são de responsabilidade de cada coletivo reportado. A reprodução dos conteúdos é livre, desde que as fontes sejam citadas (Copyleft).
mento como item fundamental de todo o trabalho que busca resultados positivos.
Articulando a Política Estadual de EA Patrícia Otero é diretora da Ong 5 Elementos - Instituto de Edu-
A Educação Ambiental na escola.
presença de representantes do órgão Gestor da Política Na-
cação e Pesquisa Ambiental e elo articulador da REPEA - Rede
A Educação Ambiental e interfaces com outras Políticas Públi-
cional de Educação Ambiental, Deputados, representantes do
Paulista de Educação Ambiental. Na entrevista a seguir ela co-
cas ambientais.
governo do estado da área ambiental, educacional e toda a
menta a articulação da política estadual de EA.
E como se dará sua execução, financiamento e gestão da Po-
comunidade de educadoras e educadores ambientais atuantes
Bruno Pinheiro - Qual a importância de uma Política Esta-
lítica de EA.
dual de Educação Ambiental (PEEA)?
Bruno - Qual a participação da Rede Paulista de Educação
Patrícia Otero - Com uma Política de EA espera-se superar o des-
Ambiental (REPEA) neste processo?
compasso entre a grande diversidade do que é feito em termos
Patrícia - Quando a Rede Paulista de Educação Ambiental
de EA no estado de São Paulo e o lento processo de implantação. Acreditamos que poderão ser dinamizadas a atuação dos órgãos públicos, programas e projetos. E que também reivindique e otimize recursos e promova ações coordenadas de EA.
– REPEA definiu o objetivo do III Encontro Estadual de Educação Ambiental - III EEEA, de ampliar a reflexão sobre o papel do agente público, da participação e mobilização social para a construção e implementação da Política Estadual de Educação
Bruno - Como se deu o processo de construção da PEEA-SP?
Ambiental, decidimos uma composição em parceria com redes
Patrícia - O processo de consulta à minuta da Política Estadual
locais, Coletivos Jovens e Educadores e ONGs que a Repea faci-
do estado de São Paulo. Já estamos conversando com representantes do legislativo para definir como este projeto de lei entra na assembléia. Bruno - Na sua opinião, qual papel os educadores(as) ambientais e a REPEA devem desempenhar na continuidade desta construção? Patrícia - Desde o início esse processo tem exigido uma articulação e integração dos educadores ambientais do Estado e com isso tem fortalecido a REPEA, promovido o encontro, debate e colhido sugestões. Uma discussão que apareceu nos Pré-Encontros é a necessidade de institucionalização da CIEA
de EA de São Paulo teve inicio em dezembro de 2006, já fo-
litaria os Pré-Encontros.
ram realizados 18 Pré-Encontros nas bacias hidrográficas. Os
Bruno - O processo de consulta pública à Minuta da PEEA-
Pré-Encontros tiveram um perfil democrático e participativo
SP culmina no III EEEA – Encontro Estadual de EA. E depois,
e a orientação é q fosse organizado de acordo com as Bacias
quais serão os encaminhamentos?
Hidrográficas do Estado. A diversidade nas discussões foi gran-
Patrícia - O processo de consulta encerra-se na Plenária final
gulamentação. Aí teremos q divulgá-la, torná-la conhecida no
do IIIEEEA dia 28 de julho em São José do Rio Preto, com a
Estado de São Paulo.
de, potencializando os objetivos e princípios da EA. Principais questões discutidas: Apoio:
– Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental, à qual compete a implementação da Política Estadual de Educação Ambiental-SP. Após a consolidação do documento da PEEA, vamos acompanhar e definir o melhor caminho para sua re-